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MINICURSO

ORCAD PSPICE

R1

2.2k

Vcc
Vcc

R4 V1
Vee 15Vdc
D1 D1N4007 100k
4

LM741 U1 R5
C1 C2 C3 2 1
V-

- OS1 1k V2 0
6 15Vdc
24n 24n 24n OUT
3 5
V+

+ OS2 V
R9 R8 R6
20 20 1k Vee
0
7

D2

0 0 D1N4007 R7
Vcc
100k

Vee

ORGANIZAÇÃO:

1
AGRADECIMENTOS

Ao Programa de Educação Tutorial – PET pela oportunidade.

Aos Acadêmicos Fernando Ricard Wessler e Rafael Marc Le Boudec pelo


desenvolvimento deste material didático.

Esta apostila trata-se de um material didático, destinado aos acadêmicos


de Engenharia Elétrica.

Comentários, sugestões e críticas de professores e alunos serão bem


vindos.

Joinville, 16 de março de 2007.

2
INDÍCE

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 4
2. O AMBIENTE DE TRABALHO E PARAMETROS BÁSICOS............................................................. 5
2.1 INICIANDO UM PROJETO .................................................................................................................... 5
2.2 PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE EDIÇÃO........................................................................................ 7
2.3 OBSERVAÇÕES RELEVANTES ............................................................................................................ 8
2.4 COMANDOS DE ATALHOS ................................................................................................................... 9
3. CRIAÇÃO DE CIRCUITOS..................................................................................................................... 10
3.1 INSERINDO E CONECTANDO OS COMPONENTES DE UMA BIBLIOTECA........................... 11
3.2 EDITANDO OS VALORES DOS COMPONENTES........................................................................... 13
4. SIMULANDO UM CIRCUITO ................................................................................................................ 14
4.2 PLOTAGEM DE DUAS FORMAS DE ONDAS EM UM MESMO GRÁFICO................................ 17
4.3 PLOTAGEM DE FORMAS DE ONDAS EM DOIS GRÁFICOS SIMULTANEAMENTE ............ 18
4.4 OBTENÇÃO DOS VALORES NUMÉRICOS DAS FORMAS DE ONDAS GERADAS ................. 19
4.5 PERSONALIZANDO EIXOS E ESCALAS .......................................................................................... 20
4.6 VISUALIZAÇÃO APENAS DOS VALORES DAS VARIÁVEIS....................................................... 21
5. PARÂMETROS DE FONTES .................................................................................................................. 23
6. ANÁLISE DC SWEEP............................................................................................................................... 25
6.1 CURVA DE TRANSFERÊNCIA DE UM CIRCUITO QUALQUER ................................................ 25
6.2 DETERMINANDO A CURVA CARACTERÍSTICA DE UM DIODO ............................................. 27
6.3 DETERMINANDO A CURVA CARACTERÍSTICA DE UM TRANSISTOR ................................. 29
7. RESITÊNCIA EQUIVALENTE DE UM CIRCUITO ........................................................................... 32
8. ANÁLISE AC SWEEP – VARIANDO A FREQUÊNCIA ..................................................................... 34
8.1 ANÁLISE AC SWEEP PARA DETERMINAÇÃO DO GANHO DE UM AMPLIFICADOR ........ 35
8.2 DIAGRAMA DE BODE .......................................................................................................................... 38
9. ANÁLISE TRANSITÓRIA ....................................................................................................................... 42
9.1. CIRCUITO COM CAPACITOR........................................................................................................... 42
9.2. CIRCUITO COM CAPACITOR COM CONDIÇÕES INICIAIS NÃO NULAS............................. 44
9.3. CIRCUITO COM INDUTOR ................................................................................................................ 45
10. INDUTÂNCIA MÚTUA .......................................................................................................................... 47
11. ANÁLISE MONTE CARLO................................................................................................................... 51
11.1. ANÁLISE MONTE CARLO DO PIOR CASO .................................................................................. 51
11.2. ANÁLISE MONTE CARLO ESTATÍSTICA .................................................................................... 54
12. ANÁLISE PARAMÉTRICA ................................................................................................................... 58

3
1. INTRODUÇÃO

Os simuladores de circuitos foram inicialmente construídos na década de


70 por causa da grande complexidade que os circuitos passaram a ter a partir desta década e
para auxiliar nos projetos de Circuitos Integrados, pois um circuito integrado só é
fisicamente construído quando todas as simulações elétricas do circuito mostram o
resultado desejado.

Um dos primeiros simuladores desenvolvidos foi o SPICE (Simulation


Program with Integrated Circuits Emphasis), o qual até hoje é a plataforma utilizada pela
maioria dos simuladores atuais, como seus conceitos são gerais, pode ser usado para
qualquer rede que possa ser descrita em termos de elementos básicos de circuitos
(resistores, capacitores, indutores, fontes dependentes e independentes).

O objetivo principal de se usar um simulador de circuitos é o custo, o qual


tem a ver com tempo, confiabilidade e precisão, mas os simuladores eletrônicos também
são usados como ferramentas auxiliares. Por todas as razões acima expostas é que o
simulador de circuitos é uma ferramenta indispensável para estudantes, professores e
profissionais de eletrônica.

Este minicurso do Software Orcad-Pspice visa fornecer aos alunos noções


básicas para a utilização do programa em simulações que serão apresentadas passo a passo
no decorrer deste.

4
2. O AMBIENTE DE TRABALHO E PARAMETROS BÁSICOS

Uma das facilidades deste software é que cada projeto iniciado possui
uma janela independente, o que nos permite o gerenciamento de vários projetos na mesma
seção e o controle de forma reunida e organizada de todas as informações necessárias a
cada projeto, incluindo diretórios de esquemáticos, páginas esquemáticas, componentes,
dentre outros. Como mostrado abaixo.

2.1 Iniciando um Projeto

No botão de Iniciar do Windows, selecione o programa ORCAD


FAMILY RELEASE e depois CAPTURE CIS.

5
6
Ferramentas de Zoom

Ferramentas para inserção de


componentes e linhas

TELA DO ORCAD CAPTURE E SEUS ÍCONES

A tela apresentada acima é denominada folha e é nela que iremos


desenhar nossos circuitos.

2.2 Principais Ferramentas de Edição

As principais ferramentas de edição podem ser acessadas através do menu


PLACE ou da barra de ferramentas que se encontra à direita da área de trabalho. As
principais ferramentas de edição são descritas a seguir:

• PART – insere um componente


• WIRE – desenha a conexão
• BUS – desenha um barramento
• JUNCTION – coloca uma junção
• BUS ENTRY – conexão com o barramento
7
• NET ALIAS – labels em nós
• POWER – alimentação
• GROUND – terra
• PLACE TEXT – inserir texto

2.3 Observações Relevantes

• TODO CIRCUITO NECESSITA DE UM PONTO DE TERRA


• O simulador Orcad-Pspice não distingue entre caracteres maiúsculos e minísculos.
• O número de um campo pode ser qualquer número real. Sendo que esses podem ser
seguidos por um expoente inteiro (80E-5 ou 3.1415e6) ou ainda fatores de escala
simbólicos, como mostrado na tabela a seguir:

Símbolo Forma Exponencial

F 1E-15

P 1E-12

N 1E-9

U 1E-6

M 1E-3

K 1E3

MEG 1E6

G 1E9

T 1E12

• Letras após um número que não fatores de escala, são ignoradas, sendo que as letras
após as de fatores também são desprezadas. Como exemplo, 5, 5A, 5V representam

8
o mesmo número.

2.4 Comandos de Atalhos

Muitos comandos são utilizados com freqüência, com isso abaixo são
apresentados os principais atalhos desses comandos.

9
3. CRIAÇÃO DE CIRCUITOS

Este capítulo descreve como criar um simples circuito, mostrado na


figura a seguir:

R1 R2

1k 1k

V2
VOFF = 0 R3 R4
VAMPL = 10
FREQ = 60 2k 3k

1. Abra o programa conforme mostrado no capítulo 2.

2. No gerenciador de projetos, no menu FILE, em NEW selecione PROJECT.

3. Selecione ANALOG OR MIXED A/D.

4. Na caixa NAME, entre com o nome do projeto.

10
5. Na caixa LOCATION, selecione o local onde o projeto será salvo, então clique
em OK.

6. Selecione a opção CREATE A BLANK PROJECT e depois OK.

3.1 Inserindo e Conectando os Componentes de uma Biblioteca

1. No menu PLACE e depois PART, ou então use como atalho SHIFT + P.

Componentes
da biblioteca
especificada

Biblioteca de
componentes

Os componentes do ORCAD PSPICE encontram-se divididos em


bibliotecas, sendo que novas bibliotecas podem ser adquiridas em sites de fabricantes de
componentes. Abaixo são mostradas algumas bibliotecas do software em questão que

11
serão utilizadas durante o curso.

BIBLIOTECA ANALOG

Nesta biblioteca encontram-se os componentes básicos (capacitores,


indutores, resistores).

BIBLIOTECA PHIL_BJT

Nesta biblioteca encontram-se os principais transistores BJT que


iremos utilizar.

1. Selecione a biblioteca em que se encontra o componente. Após escolhido o


mesmo pressione OK.

2. Posicione corretamente o componente no local desejado.

3. Após colocado todos os componentes na área de trabalho devemos conectá-los


utilizando o comando WIRE no menu PLACE.

**É obrigatória a presença de um nó zero(terra) no circuito.

12
3.2 Editando os Valores dos Componentes

1. Clique duas vezes sobre o valor do componente, com isso abre-se uma janela de
edição onde os valores default desses componentes podem ser alterados
facilmente.

***Alguns componentes como fontes, necessitam de mais de uma especificação


(valor, freqüência e outros).

2. Após completa todas as definições dos parâmetros, o circuito estará pronto para
ser simulado.

13
4. SIMULANDO UM CIRCUITO

Após montado o circuito corretamente (não esqueça a presença de um


nó zero), podemos simular o mesmo para determinarmos os valores desejados, para isso
devemos criar uma nova simulação, seguindo os passos abaixo.

No menu PSPICE, escolha a primeira opção, NEW SIMULATION PROFILE, ou


escolha esta opção através do botão mostrado na figura abaixo.

New Simulation

1. Depois de selecionada esta opção, a janela mostrada a seguir será aberta


automaticamente.

2. Nomeie a simulação conforme desejado e então clique em CREATE.

14
Tempo de Simulação

Início da Simulação

Tipo de Simulação

3. Pressione OK.

4. Para rodar a simulação, após definido os parâmetros acima, podemos usar a tecla
de atalho F11, ou ainda pressionando o botão PLAY mostrado na figura a seguir.

5. Após iniciarmos a simulação, aparece rapidamente na tela a janela PSPICE


NETLIST GENERATION, esse NETLIST identifica possíveis erros na etapa
de edição da página esquemática.

Caso a simulação esteja correta a seguinte janela será aberta.

15
6. A partir de agora poderemos então fazer uma melhor análise das formas de
ondas, valores de tensões, correntes, potência e outros. Para isso retorne ao
ORCAD CAPTURE e com os botões mostrados a seguir escolha a opção
desejada.

3.2Tensão
3.2Corrente

3.2Potência

7. Selecione a ponteira desejada e depois posicione a mesma na parte desejada do


circuito. Volte a tela de simulação e verifique que a simulação já está
apresentada nesta tela. Para demonstração, conectaremos a ponteira de tensão
no resistor R1.

16
Ao posicionar a ponteira de corrente, ela deverá estar junto da
extremidade de um componente. A corrente será positiva se a corrente estiver
entrando na extremidade do componente e negativa se estiver saindo.

R1 R2

1k 1k
V

V2
VOFF = 0 R3 R4
VAMPL = 10
FREQ = 60 2k 3k

Ao retornarmos a janela de simulação poderemos verificar a seguinte forma de onda.

10V

0V

-10V
0s 10ms 20ms
V(R1:2)
Time

Caso seja necessário, ajuste os tempos de simulação para melhor visualização.

4.2 Plotagem de Duas Formas de Ondas em um mesmo Gráfico

Muitas vezes necessitamos plotar mais de uma forma de onda em um


mesmo gráfico afim de compará-las, isso é possível neste software. Para isso proceda
seguindo as etapas apresentadas a seguir.

1. Após termos plotado uma forma de onda, apenas retorne ao Capture e


posicione a ponteira no local desejado do circuito.

17
2. Retorne a simulação e verifique que ambas são apresentadas simultaneamente
no mesmo gráfico.O resultado desta nova simulação é apresentado na figura a
seguir.

10V

0V

-10V
0s 10ms 20ms
V(R1:2) V(R2:2)
Time

4.3 Plotagem de Formas de Ondas em Dois Gráficos Simultaneamente

Muitas vezes quando estamos analisando um circuito existem


variáveis de grandezas bastante diferentes. Com isso podemos plotar essas curvas em
dois gráficos simultaneamente.

Para demonstrarmos isso iremos plotar em um gráfico a tensão no


resistor R1 do circuito anterior e no outro gráfico a corrente desse mesmo resistor. Para
isso devemos seguir os seguintes passos.

1. Plote novamente a tensão no resistor R1, após isso no menu PLOT da janela de
simulação escolha a opção ADD PLOT TO WINDOWN, um novo gráfico irá se
abrir.

2. Retorne ao ORCAD CAPTURE e posicione a ponteira de corrente sobre o


resistor R1 e retorne a tela de simulação. Observe que dois gráficos são
apresentados simultaneamente com escalas diferentes.

18
5.0mA

0A
SEL>>
-5.0mA
-I(R1)
10V

0V

-10V
0s 4ms 8ms 12ms 16ms 20ms
V(R1:2)
Time

4.4 Obtenção dos Valores Numéricos das Formas de Ondas Geradas

Às vezes em uma curva de simulação precisamos obter alguns valores


sobre a mesma, isso pode ser feito de duas maneiras, a primeira não iremos apresentar
neste curso, mas seria através da visualização do arquivo de saída gerado pelo
simulador. A segunda que será abordada agora, é feita através do posicionamento do
cursor sobre a curva gerada pela simulação.

1. No menu de comandos da janela de simulação em TRACE escolha a opção


CURSOR > DISPLAY. Com isso o valor poderá ser obtido selecionando o local
sobre a curva com o auxilio do mouse. A figura a seguir exemplifica isso.

10V

0V

-10V
0s 4ms 8ms 12ms 16ms 20ms
V(R1:2)
Time

Nesta opção ainda contamos com as opções de máximos, mínimos,


intersecção com os eixos e outras funções.

19
4.5 Personalizando Eixos e Escalas

No menu PLOT – AXIS SETTINGS podemos definir limites


personalizados para valores dos eixos nos Menus X AXIS e Y AXIS.

Ainda no menu X AXIS clicando em AXIS VARIABLE é possível


definir uma nova variável para o eixo X, o que permite a análise de uma variável em
função de outra variável do circuito.

Caso estejamos analisando duas variáveis com escalas de grandezas


diferentes podemos definir escalas diferentes para o eixo Y independentes para cada
uma delas utilizando no menu PLOT o comando ADD Y AXIS, para esse comando
devemos seguir os passos citados a seguir.

1. Apague todas as curvas, clicando no nome da mesma e Delete.

2. No menu PLOT escolha a opção ADD Y AXIS.

3. Adicione uma nova curva para o primeiro eixo.

4. Selecione o segundo eixo Y e adicione a segunda curva.

A figura abaixo ilustra um exemplo da aplicação deste procedimento.

10V 2.0mA
1 2

0V 0A

>>
-10V -2.0mA
0s 5ms 10ms 15ms 20ms
1 V(R1:2) 2 -I(R2)
Time

20
4.6 Visualização Apenas dos Valores das Variáveis

Para visualizar apenas os valores das variáveis desejadas e não suas


formas de onda façam o uso das ferramentas do ORCAD CAPTURE apresentadas na
figura a seguir.

Ao colocarmos essas ponteiras BIAS POINTS nos pontos desejados


do circuito, podemos verificar que os valores são gerados instantaneamente, conforme
mostrado a seguir.

R1 R2

V6 1.200mA 800.0uA
1k
VOFF = 2
VAMPL = 10 R3 1k
FREQ = 60 400.0uA
1.200mA 2k

EXERCICIO 1: Construa o circuito retificador apresentado na figura abaixo e encontre


as tensões nos pontos A, B e a Corrente no Diodo apresentados na figura. Apresente os
resultados em gráficos diferentes e em mesmo gráfico, porêm escalas diferentes.

D5
A B
D1N4007
Corrente
V3
VOFF = 0 C2 R5
VAMPL = 10
FREQ = 60 100u 200

21
10V 600mA
1 2

5V 400mA

0V 200mA

-5V 0A

>>
-10V -200mA
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms 80ms 90ms 100ms
1 V(D1:1) V(C1:2) 2 I(D1)
Time

22
5. PARÂMETROS DE FONTES

Muitas vezes necessitamos de fontes que apresentam determinadas


formas de ondas (quadradas, triangulares, etc), com isso devemos configurá-las de
modo a atender nossas necessidades, desta forma este capítulo tem como objetivo
principal à demonstração das principais configurações e fontes disponíveis na biblioteca
SOURCE.

A figura a seguir explica como configurar os parâmetros da fonte


VPULSE da biblioteca SOURCE para gerarmos uma forma de onda triangular de
período 0.5ms.

V1 = -3V TR = 0.25E-3
V
V2 = 3V V1 TF = 0.25E-3
R1
TD = 0.0000000001 PER = 0.5E-3
1k
PW = 0.1E-10

23
A seguir é apresentada a forma de onda produzida por esta fonte,
depois de configurado todos os parâmetros e gerado uma nova simulação, conforme já
apresentado anteriormente.

4.0V

2.0V

0V

-2.0V

-4.0V
0s 0.4ms 0.8ms 1.2ms 1.6ms 2.0ms
V(V1:+)
Time

24
6. ANÁLISE DC SWEEP

Até este momento do curso, caso desejássemos simular um circuito


para diferentes valores de uma fonte, precisaríamos alterar estes valores quantas vezes
fosse necessário e rodar a simulação cada vez que alterássemos esses parâmetros.
Contudo, este capítulo terá como objetivo principal a demonstração de uma nova
técnica a fim de evitar essas repetições desnecessárias.

6.1 Curva de Transferência de um Circuito Qualquer

Muitas vezes necessitamos saber como varia a tensão de saída de um


circuito quando variamos a tensão de entrada do mesmo, com este sofware isto se torna
muito simples, para exemplificarmos isso o circuito abaixo será utilizado.

R2 R4
Vsaída
4.7k
560
Ventrada
25V R3 R5
2.3k 1k

O Vsaída é o nome dado a um determinado nó. Podemos distinguir os


nós de qualquer circuito através do menu PLACE NET ALIAS.

25
Depois de construído o circuito uma nova simulação deverá ser criada,
contudo como desejamos obter a curva de transferência do circuito, iremos alterar
alguns parâmetros desta simulação. A figura a seguir demonstra todos os parâmetros
que devemos configurar.

Fonte

Tipo de Simulação
Variação/Parâmetros

Depois de configurado esses parâmetros, acabamos de impor ao


software que simule uma variação de uma fonte de tensão (neste exemplo V2) de 30V,
escolhemos também o tipo de variação (linear). Note que foi definido valor inicial e
final e também incremento do mesmo.

Rode a simulação e acrescente a variável desejada no gráfico através


do menu TRACE > ADD TRACE.

26
Escolha tensão V(Vsaida), conforme mostrada acima e pressione OK.
Com isso está determinada a curva de transferência do circuito e a mesma está
apresentada abaixo.

4.0V

2.0V

0V
0V 5V 10V 15V 20V 25V 30V
V(VSAIDA)
V_V2

6.2 Determinando a Curva Característica de um Diodo

Como agora conhecemos um pouco mais sobre este poderoso software


temos condições suficientes de encontrar a curva característica de um diodo, para isso
simularemos o circuito abaixo.

27
R2
Vdiodo
500
Ventrada
5 D1
D1N4007

Criamos uma nova simulação e configuramos os parâmetros conforme


mostrado no exemplo anterior, porém neste exemplo a variação de tensão da fonte de
entrada será de –1.5V a 1.5V e o incremento será de 0.1V. Abaixo são apresentadas
duas figuras, a primeira apresenta a tensão no diodo e a segunda apresenta a corrente no
diodo em função da tensão no diodo.

2.0V

0V

-2.0V
-1.5V -1.0V -0.5V 0V 0.5V 1.0V 1.5V
V(VDIODO)
V_V2

2.0mA

0A

-2.0mA
-1.6V -1.2V -0.8V -0.4V 0V 0.4V 0.8V
I(D2)
V(VDIODO)

28
Para obtenção da curva de transferência de um diodo zenner siga os
mesmos passos apresentados para a função de transferência de um diodo.

6.3 Determinando a Curva Característica de um Transistor

A seção anterior, na qual foram demonstradas ferramentas que nos


dão suporte a obtenção da curva característica de um circuito qualquer, porém optamos
por encontrar a curva característica de um diodo. Contudo esta ferramenta é de extrema
importância no nosso dia-a-dia, com isso para fixarmos tais conceitos iremos repetir tais
passos para obtenção da curva característica de um transistor.

Para isso iremos simular o circuito apresentado a seguir:

Q1

BC548A
V1
0Vdc I2

0Adc

Depois de montado o circuito da figura apresentada


anteriormente, devemos criar uma nova simulação DC SWEEP e configurar os mesmos
parâmetros já utilizados na obtenção da curva característica do diodo, porém agora
estamos trabalhando com duas fontes, uma de tensão e uma de corrente.

Primeiramente configure os parâmetros para a fonte de tensão, esses


parâmetros estão apresentados na figura seguinte, ou seja, a fonte recebe um valor
inicial de tensão de 0V, sendo essa tensão incrementada de 0.1V até que seja alcançado
os 10V.

29
Depois de configurados esses parâmetros para a fonte de tensão, ainda
devemos configurá-los para a fonte de corrente. Para essa configuração escolha a opção
SECONDARY SWEEP, conforme apresentado na figura anterior.

Agora configure os parâmetros para a fonte de corrente, esses


parâmetros estão apresentados na figura seguinte, ou seja, a fonte recebe um valor
inicial de corrente de 0mA, sendo essa corrente incrementada de 2mA até que seja
alcançado os 10mA.Conforme apresentado na figura a seguir.

30
Com isso rode a simulação (F11), conecte uma ponteira de corrente
no coletor do transistor, com isso está levantada a curva característica do transistor, veja
os resultados a seguir.

500mA

250mA

0A
0V 2V 4V 6V 8V 10V
IC(Q1)
V_V1

31
7. RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DE UM CIRCUITO

Este capítulo irá mostrar um método de obtenção da resistência


equivalente de um circuito, contudo vale lembrar que esse método tem validade apenas
para circuitos que apresenta somente resistores, para circuitos que apresentam
impedância que varia com a freqüência uma modificação deverá ser efetuada, essa
observação será apresentada no final deste capítulo.

Esse método é bastante simples, devemos desligar todas as fontes de


tensão ou corrente do circuito em análise, conectar um gerador de corrente a entrada do
circuito, aplicar então o DC SWEEP fazendo com que a corrente varie de 0mA até um
valor qualquer. Simula-se o circuito e plota-se o gráfico V(Vs)/I_I1 (supondo Vs como
um ponto adotado como referência na entrada do circuito). Após esses procedimentos,
analisando o gráfico, fica claro que a leitura do valor constante é a leitura do valor da
resistência equivalente do circuito. Abaixo são apresentadas as figuras que ilustram este
procedimento.

Para acrescentar operações matemáticas à variável que será plotada no


gráfico, deve-se clicar do lado direito da janela que se abre ao clicar no menu TRACE >
ADD TRACE. Ver figura abaixo:

32
R10

1k

Vs R8 R12

1k 1k

I1 R2 R7 R11
R9
0Adc 2k 2k 1k
1k

Simule o circuito acima e encontre a forma de onda V(Vs)/I_I1. O


momento de estabilidade do gráfico nos mostra a resistência equivalente do circuito.
Observe a figura a seguir, onde a mesma ilustra o valor da resistência equivalente
fazendo o uso do cursor.

500

250

0
0A 0.2A 0.4A 0.6A 0.8A 1.0A
V(VS)/ I_I1
I_I1

***Para circuitos em que a impedância varia com a freqüência


(indutores e capacitores ) substitua o gerador de corrente DC por uma fonte de corrente
alternada com fase zero.

33
8. ANÁLISE AC SWEEP – VARIANDO A FREQUÊNCIA

Nos capítulos anteriores tratamos apenas de circuitos que envolviam


análise DC e um pouco sobre AC. Porém, em certos casos, precisamos analisar circuitos
com diferentes valores de uma grandeza AC, sendo essa análise aplicada diretamente
para a construção de Diagrama de Bode – Gráficos de Ganho e Fase e análise de
fasores. Para isso iremos fazer uso da ferramenta de simulação AC SWEEP.

Para mostrarmos o funcionamento desta ferramenta iremos simular o


circuito apresentado na figura a seguir.

R5 L1
1 2 1 2 3
1 318uH
V4
12 R7
R6 I1 C2
3
2 2A 159u

Porém, como podemos perceber no circuito acima, temos dois


componentes ainda não utilizados até o momento, sendo elas a fonte de tensão VAC e a
de corrente IAC. O valor ACMAG, ou ainda, a magnitude da fonte AC pode ser
interpretado como um valor RMS ou de Pico, ficando a escolha do projetista, basta
escolher a interpretação desejada e todas as outras obtidas serão também interpretadas
da mesma maneira.

Como estamos interessados em uma simulação em que a freqüência


possa ser variada, crie uma nova simulação e em ANALYSIS TYPE escolha a opção AC
SWEEP/NOISE.

Como para esta simulação iremos usar a freqüência variando de 1kHz


a 11kHz, insira estes valores nos parâmetros que devem ser configurados nessa
simulação, outro parâmetro a ser configurado é o de pontos por década, neste exemplo

34
iremos usar 100 pontos. Para este caso iremos visualizar as tensões nos pontos 1, 2 e 3
com uma análise linear.

A seguir está apresentado o resultado desta simulação.

20V

10V

0V
1KHz 2KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz
V(1) V(2) V(3)
Frequency

8.1 Análise AC SWEEP para Determinação do Ganho de um Amplificador

No início deste capítulo aprendemos como usar a análise AC SWEEP


e como exemplo fizemos uma simples simulação. Contudo, uma das maiores aplicações
desta análise é a obtenção da reposta em freqüência de um amplificador. É necessário

35
frisar que esta análise, quando realizada em um circuito com transistor, o ponto de
operação DC é calculado e o transistor é visto como uma variação de um pequeno sinal
ao redor do ponto de operação. Segundo SEDRA/SMITH esta análise só pode ser
utilizada para calcular o ganho de pequenos sinais e resposta em freqüência.

Para fixarmos o uso desta ferramenta, iremos efetuar a análise AC do


amplificador retirado do livro de Microeletrônica SEDRA/SMITH e mostrado na figura
seguinte para freqüências variando de 1Hz a 100MHz com 100 pontos por década, e
uma análise logarítmica.

V1 R4
12V
R1 6k C2
Vo
8k
Q2 1U
R3 C1 R6
4k
0 4k
V4 1U Q2N3904
1Vac 0
0Vdc R2
R5 C3
4k
3.3k 10U
0

0 0 0

Crie novamente uma simulação conforme efetuado no item anterior e


configure os parâmetros de acordo com a figura apresentada abaixo.

36
Depois de configurados esses parâmetros, podemos rodar a simulação
(F11). Contudo, como queremos analisar o ganho deste amplificar para uma ampla
faixa de freqüências devemos analisar a tensão de saída em dB. Para isso siga os passos
mostrados nas figuras a seguir.

37
100

-100
1.0Hz 100Hz 10KHz 1.0MHz 100MHz
DB(V(VO))
Frequency

8.2 Diagrama de Bode

O Diagrama de Bode possui uma característica relevante para análise


de um circuito, visto que com ele podemos ao mesmo tempo visualizar a amplitude e a
fase de um circuito em função da freqüência.

Para demonstrarmos como obtemos o diagrama de Bode de um


circuito iremos utilizar o circuito apresentado no livro de Microeletrônica
SEDRA/SMITH e mostrado na figura a seguir.

38
R2
Vo

V1 1k
1Vac
0Vdc C1
1U

Como podemos verificar o circuito trata-se de um Filtro Passa baixas,


como sabemos o capacitor para altas freqüências se comporta como um curto,
permitindo então apenas a passagem de baixas freqüências.

Podemos ainda obter a freqüência wo, onde a mesma é dada pelo


inverso do produto Resistor Capacitor, de acordo com os componentes escolhidos
teremos uma freqüência de corte igual a 159Hz, sendo que por definição esta
freqüência apresenta uma queda de –3dB no ganho do circuito.

As figuras seguintes apresentam os passos para encontrarmos o


diagrama de Bode deste filtro, os passo de criação da simulação serão omitidos. Após
rodar a simulação.

39
Como podemos perceber na figura acima em FUNCTIONS OR
MACROS, como estamos interessados tanto na amplitude e fase do diagrama devemos
escolher a opção mostrada em azul, o mesmo vale para variável de saída que queremos
plotar, ou seja, a saída Vo. Após esses procedimentos obtemos o Diagrama de Bode que
é apresentado na figura a seguir.

-20

-40
DB(V(VO))
0d

-50d
SEL>>
-100d
1.0Hz 10Hz 100Hz 1.0KHz 5.0KHz
P(V(VO))
Frequency

40
Como podemos observar no diagrama de amplitude, a freqüência de
corte calculada está de acordo com o valor encontrado no Diagrama de Bode.

41
9. ANÁLISE TRANSITÓRIA

Nesta parte do curso iremos demonstrar as ferramentas para análise de


circuito em função do tempo, onde o mesmo será simulado levando em consideração
uma súbita mudança no circuito devido à abertura ou fechamento de chaves. A análise
transitória que iremos simular permite visualizarmos formas de onda em função do
tempo, similar a um osciloscópio. Para demonstrar o uso desta ferramenta iremos
simular circuitos com capacitores com condições inicias nulas, condições iniciais não
nulas e também iremos apresentar a resposta transitória de um indutor.

9.1. Circuito com Capacitor

Nesta seção iremos apresentar a simulação de um circuito com uma


mudança súbita de estado. Na primeira parte será simulada uma chave abrindo e na
segunda parte uma chave fechando. Para esta simulação iremos utilizar a chave
“SW_TOPEN” para o primeiro caso e “SW_TCLOSE” para o segundo caso, como
exemplo iremos simular o circuito abaixo.

4ms R1
1 2 Vo
U1
500
V1
10V
R2 C1
1k 10U

Depois de criada a simulação abaixo e configurado o tempo de


simulação, rode a mesma e assim obteremos a seguinte tensão em cima do capacitor, ou
tensão de saída do circuito.

42
7.5V

5.0V

2.5V

0V
0s 4ms 8ms 12ms 16ms 20ms
V(R3:2)
Time

43
9.2. Circuito com Capacitor com Condições Iniciais não Nulas

Como este curso visa mostrar as principais ferramentas deste software,


iremos sempre utilizar circuitos didáticos, ou seja, circuitos que antes mesmo de
simularmos já imaginamos a sua resposta. Para exemplificarmos a situação de um
capacitor que inicia uma simulação com uma tensão inicial, iremos simular o circuito
abaixo, no qual iremos considerar o capacitor com uma tensão inicial de 10V e que após
1ms do início da simulação a chave será fechada, fazendo com que o capacitor seja
descarregado nos resistores que se encontram em paralelo com o mesmo.

1ms
Vresistor 1 2 Vcapacitor
U2

R2 R1 C1
1k 1k 10U

Depois de montado o circuito mostrado na figura acima, ainda


devemos configurar a tensão inicial que se encontra no capacitor e o seu valor, para isso
dê um duplo clique sobre o componente e a seguinte tela se abrirá.

Valor de Tensão Inicial

Como desejamos uma tensão inicial no capacitor de 10V, conforme já


especificado acima, e queremos que a tensão nos resistores seja positiva, por convenção
iremos adotar que a tensão deverá ser negativa (-10V). Após esta última configuração
crie uma simulação e execute a mesma. Os resultados estão apresentados a seguir.

44
10V

5V
SEL>>
0V
V(VCAPACITOR)
10V

5V

0V
0s 1.0ms 2.0ms 3.0ms 4.0ms 5.0ms 6.0ms 7.0ms
V(VRESISTOR)
Time

9.3. Circuito com Indutor

Para análise de circuitos com indutores, as ferramentas serão as


mesmas já utilizadas nas análises que envolviam capacitores, vale lembrar que
capacitores não permitem que a tensão varie bruscamente enquanto que indutores não
permitem que a corrente varie bruscamente. Com isso, caso seja necessário realizar uma
simulação com condições iniciais, o procedimento adotado deverá ser o mesmo já usado
anteriormente. Para exemplificarmos um circuito transitório que envolva indutores
iremos simular o circuito abaixo.

0.5ms R2
1 2 Vindutor
U1
1
2k
V1 R1 L1
5
1k 1H

Depois de configurados os parâmetros necessários a simulação nos


fornecerá o seguinte resultado.

45
4.0mA

2.0mA

0A
0s 0.5ms 1.0ms 1.5ms 2.0ms 2.5ms 3.0ms
I(L1)
Time

46
10. INDUTÂNCIA MÚTUA

Por definição sabemos que a indutância mútua é a razão entre a força


eletromotriz induzida em um circuito e a taxa de variação de corrente emno outro, ou
ainda o fluxo magnético de um circuito varia com o tempo em virtude de correntes
variáveis em circuitos vizinhos, o que prova uma força eletromotriz induzida.

Como agora já relembramos o conceito de indutância mútua, também


devemos relembrar que o coeficiente de acoplamento entre duas bobinas é a parte do
fluxo magnético gerado por uma bobina que atravessa a outra.

Com isso, para simularmos um circuito com indutância mútua


devemos apenas definir o indutor e o coeficiente de acoplamento entre tais indutores,
para este modo de simulação iremos desenhar o circuito abaixo, muita atenção deve-se
ter com a polaridade dos indutores.

L1 L2
1 2 1 2 Vo
3m 1m
2

L3
V2 R3
1 C4 7m
1k
0Vdc 50u
R4 1

0
100

Depois de desenhado o circuito acima, nos resta definir os parâmetros


de acoplamento entre os indutores, para isso iremos utilizar o “K_LINEAR” com isso
inserimos duas vezes esse componente.

Agora nos resta definir quem é a indutância L1, L2, L3 e qual o


coeficiente de acoplamento entre elas. Para o primeiro caso iremos definir que L1=L1 e
Coeficiente de Acoplamento é 0.4, para o segundo caso definimos L1=L1 e L2=L3 e
Coeficiente de Acoplamento é 0.8, para configurar esses parâmetros siga os passos
abaixo.

47
1. Dê um duplo clique sobre o “K_LINEAR”, e a seguinte tela se abrirá.

Acoplamento Indutâncias

Para retornar novamente ao esquemático apenas feche esta janela, nas


configurações do segundo caso repita as condições iniciais e insira os parâmetros já
citados acima.

Acoplamento Indutâncias

Após essas configurações o esquemático estará da seguinte forma.

L1 L2
1 2 1 2 Vo
3m 1m K K3
2 K_Linear
L3 COUPLING = 0.4
V2 R3
1 C4 7m
1k
0Vdc 50u
K K4
R4 1
K_Linear

COUPLING = 0.8
0
100

Crie uma simulação “AC SWEEP” e defina os parâmetros conforme mostrado na figura
a seguir.

48
Rode a simulação e escolha a tensão de saída.

Com isso o resultado está apresentado na figura a seguir.

49
1.0V

0.5V

0V
1.0Hz 10Hz 100Hz 1.0KHz 10KHz 100KHz 1.0MHz
V(VO)
Frequency

50
11. ANÁLISE MONTE CARLO

Na maioria das vezes em que projetamos um circuito, ou mesmo


simulamos, esquecemos de considerar as tolerâncias de valores de um componente. No
caso de um circuito que não seja exigida uma alta precisão, a tolerância é um parâmetro
que pode ser desconsiderado, caso contrário, ela será um parâmetro a ser considerado
em toda a análise e desenvolvimento do projeto. Portanto, o ORCAD PSPICE possui
uma excelente ferramenta, a análise MONTE CARLO. Essa análise nos fornece como a
tolerância de um componente afeta o desempenho do circuito, essa simulação nos
fornece inúmeras respostas. Contudo apenas duas de maiores relevâncias serão
abordadas neste curso:

• A Análise MONTE CARLO DO PIOR CASO;

• A Análise MONTE CARLO “ESTÁTISTICA”;

A primeira como seu próprio nome nos diz, nos fornece os valores
máximos ou mínimos de um parâmetro dado às tolerâncias dos componentes, já a
segunda, dado um circuito e especificado as tolerâncias dos componentes e uma
tolerância para que este circuito seja de qualidade aceitável para sua aplicação, essa
análise nos fornecerá estatisticamente quantas parte de uma determinada amostra serão
considerados eficientes para a sua aplicação.

Uma observação importante é que está simulação só pode ser


executada quando temos fontes cujos parâmetros sejam variáveis em amplitude ou
ainda em freqüência (AC SWEEP / DC SWEEP / TRANSIENT).

11.1. Análise Monte Carlo do Pior Caso

Como já citado anteriormente, esta análise nos fornece os valores


máximos ou mínimos de um parâmetro dado as tolerâncias dos componentes do
circuito. Para verificarmos a eficiência desta análise, iremos fazer uma simples

51
simulação:

R1 +-5%
10k
V4
1Vac
0Vdc
Vo

R2 +-5%
10k

Como podemos verificar no circuito apresentado na figura acima,


trata-se de um simples divisor de tensão no qual os resistores apresentam uma tolerância
de +-5%, porém este parâmetro deve ser especificado para o nosso simulador, para isto,
de um duplo clique sobre o resistor e a seguinte janela se abrirá.

Tolerâncias

Neste campo devemos definir a percentagem da variação em relação


ao valor ideal do componente, neste caso, o resistor. O próximo passo a ser seguido é a
criação de uma análise AC SWEEP (também poderíamos ter utilizado uma análise DC
SWEEP) e configurar os parâmetros da seguinte forma.

52
O próximo passo a ser tomado é a criação da simulação MONTE
CARLO DO PIOR CASO, para isso proceda da maneira ilustrada nas figuras seguintes.

Variável de Saída

PIOR CASO

Após essas configurações estamos pronto para rodar a simulação.


Contudo, uma explicação sobre a resposta esperada é válida. Como se trata de um
divisor de tensão com dois resistores de valores iguais, espera-se que a tensão de saída
seja a tensão de entrada dividida por dois, contudo, esses componentes possuem uma
certa tolerância, ou seja, de +-5%, como estamos fazendo uma simulação do pior caso
possível, esperamos que um componente tenha uma variação de +5% e o outro –5% dos
seus valores, com isso esperamos uma saída de aproximadamente 0.525V ou 0.475V,
rodando a simulação poderemos comprovar esta análise, que está apresentada na figura

53
a seguir.

Selecione ALL e em seguida OK.

510.0mV

500.0mV

487.5mV

475.0mV

0Hz 0.2KHz 0.4KHz 0.6KHz 0.8KHz 1.0KHz


V(VO)
Frequency

Caso precisarmos analisar a outra resposta faça pequenos ajustes


utilizando o botão MORE SETTINGS já mostrado na figura anterior.

Caso precisarmos ver como um circuito se comporta para tolerância


variando entre dois pontos isso também pode ser obtido facilmente. TENTE FAZER!

11.2. Análise Monte Carlo Estatística

O método adotado nesta simulação visa fornecer uma visão estatística


da porcentagem de circuitos de um determinado número de amostras que atende

54
certas especificações previamente definidas no momento das configurações dos
parâmetros.

Para demonstrar o uso desta ferramenta, iremos fazer a análise do


mesmo circuito já mostrado anteriormente, o divisor de tensão. Sabemos que este
circuito tem um ganho ½ da saída em relação à entrada, nesta análise queremos saber
então qual a porcentagem de uma amostra de 100 peças deste circuito me fornecer um
ganho maior do que 0.49. Para isto execute as seguintes configurações, depois de já
configurada a simulação AC SWEEP apresentada na seção anterior.

55
Selecione ALL e em seguida OK.

40
P
e
r
c
e 20
n
t

0
460m 480m 500m 520m 540m
Max(V(VO))

n samples = 100 sigma = 0.00989789 median = 0.499396


n divisions = 10 minimum = 0.477807 90th %ile = 0.51314
mean = 0.500068 10th %ile = 0.486386 maximum = 0.522544

Como podemos verificar através do HISTOGRAMA apresentado na

56
figura anterior, um número aproximado de 18 amostras, neste caso 18% das amostras
não irão satisfazer as condições previamente especificadas.

Para maiores detalhes observe alguns pontos gerados pelo ARQUIVO


DE SAÍDA O ORCAD PSPICE.

57
12. ANÁLISE PARAMÉTRICA

Em alguns casos, na análise de circuitos, desejamos saber como um


circuito comporta-se para diferentes valores de um componente, ou seja, parametrizado
este componente. Essa análise é possível com este software, sendo demonstrada através
da análise do circuito abaixo, no qual o componente parametrizado será o resistor de
entrada. O circuito que será simulado está apresentado na figura a seguir.

Vcc Vcc
0 V1

4
Vin U1A 0Vdc
3

V+
+
1 Vo
V3 R2 OUT
0Vdc 2 V-
Vin -
1k 0
LM324
11

0 V2
-Vcc 0Vdc
R1

{Rval} -Vcc

Para acrescentar as conexões Vcc, -Vcc e Vin selecione a opção “place


off page conector” e o componente CAPSYM, renomeando o componente depois de
colocado no esquemático.

O nosso componente que será parametrizado será o “RVAL”, assim


denominado apenas por questão de conveniência, o mesmo poderia receber um nome
qualquer, contudo esse nome deverá ser o mesmo no momento da parametrização do
componente.

Para parametrizarmos um componente insira o componente


“PARAM”, de um duplo clique sobre o mesmo e a seguinte tela se abrirá.

58
Selecione “NEW ROW” e a janela apresentada a seguir será
mostrada.

Escolha a opção “APLY” e a janela que se abrirá em seguida apenas


cancele esta opção.

Depois de configurados esses parâmetros crie uma simulação e nesta


mesma escolha a opção “PARAMETRIC SWEEP” e “GLOBAL PARAMETER”.
Depois de definidas essas opções, devemos definir o intervalo de variação do valor
deste componente e ainda um incremento, ou apenas definimos os nossos próprios

59
valores de interesse. Neste exemplo iremos determinar que o mesmo assuma os valores
mostrados abaixo, inicie em 1k e termine em 10k com um incremento de 1k.

Lista de Valores
Nome do Componente

Após as definições desses parâmetros podemos rodar a simulação, o


resultado está apresentado a seguir.

0V

-10V

-20V
0s 0.2us 0.4us 0.6us 0.8us 1.0us
V(VO)
Time

60
13. Exercícios

Construa os circuitos a seguir e encontre as tensões nos pontos indicados:

U6
uA7815C
1 2

GND
IN OUT
V1 2
VOFF = 0 V V
VAMPL = 26 R1
FREQ = 60 D9 D10 C1 C3

3
0 15
2200u 10u
1
V2 0
VOFF = 0
VAMPL = 26 0 2 0
FREQ = 60 C2 C4
D11 D12 2200u 10u R2
U5
uA7915C 15
3 2 1

GND
IN OUT

V V

1
0

40V

0V

-40V
0s 40ms 80ms 120ms 160ms 200ms
V(U5:OUT) V(D10:2) V(U6:OUT) V(C2:1)
Time

61
Vcc
Vin
PARAMETERS:

V2
1Vac
0Vdc
R2 D1
3.3k D1N3940
0
R1 C1
Vo
Vcc Vin 0.47u
{Rval} VDB
R4
R3 D2
V1 5.6k
5Vdc 3.3k D1N3940

-20

-40
1.0Hz 100Hz 10KHz 1.0MHz 100MHz
VDB(VO)
Frequency

62

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