Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
INDICE ANALÍTICO____________________________________________________________1
Introdução______________________________________________________________________2
Questões Propostas_______________________________________________________________3
O que a Bíblia quer dizer com “alma” e “espírito”? Será que são a mesma coisa?___________3
Conclusão______________________________________________________________________15
Bibliografia____________________________________________________________________16
Introdução
Este trabalho tem por finalidade examinar a Essência
da Natureza do Homem, dentro da Teologia
Sistemática, na doutrina que lhe é peculiar e cuja
nomenclatura denomina-se por Antropologia Bíblica.
Abordará as duas teorias que se propõe a explicar
como se dá a formação do homem, bem como as bases
bíblicas usadas em defesa de ambas. Verdade é que,
todos concordam que o homem tem tanto uma
natureza material como uma imaterial. Sua
natureza material é seu corpo; sua natureza
imaterial é sua alma, seu espírito. Surge a
questão: o homem é um ser duplo ou tríplice? O
espírito e a alma são uma só e a mesma coisa ou
devemos diferenciá-los um do outro? Aqueles
que acreditam que a alma e espírito são uma só
coisa são chamados de dicotomistas; os que
afirmam que não são a mesma coisa são
chamados de tricotomistas. Passemos agora a
examinar a exposição e as diferentes opiniões
defendidas por alguns autores a respeito deste
assunto.
Página 2
A Essência da Natureza do Homem
Questões Propostas
Página 3
De quantas partes compõe-se o homem? Explique usando
bases bíblicas.
O homem é composto de duas partes, sendo uma delas material que
é o corpo e outra imaterial, que é chamada de “alma” ou “espírito”. O
homem é tido tanto como “corpo e alma” quanto como “corpo e
espírito”. Jesus nos exorta a não temer aqueles que “matam o corpo e
não podem matar a alma”, mas sim “aquele que pode fazer perecer no
inferno tanto a alma como o corpo” (Mt 10.28). Aqui a palavra “alma”
claramente se refere à parte da pessoa que persiste após a morte. Não
pode significar “pessoa” ou “vida”, pois não faria sentido falar daqueles
que “matam o corpo e não podem matar a pessoa”, ou “que “matam o
corpo e não podem matar a vida”, a menos que haja algum aspecto da
pessoa que continue vivo depois da morte do corpo.
O dicotomista se baseia:
Página 4
e) Pelo fato de o lugar mais elevado na religião ser atribuído à alma
(Marcos 12:30; Lucas 1:46; Hb. 6: 18-9; Tiago 1:21).
Página 5
O que dizem os que defendem a idéia Dicotomista? Cite os
principais defensores dessa idéia e as referências
bíblicas usadas por eles.
Franklin Ferreira e Alan Myat
Uma implicação desta teoria é que Deus não se relaciona com o ser
humano por meio da mente, mas por meio de uma intuição mística.
Através da intuição, a mente pode conhecer a mente de Deus diretamente
e receber a orientação divina. O espírito também experimenta comunhão
com Deus, muito mais profunda do que pode ser experimentada por meio
da mente. Finalmente, o espírito tem uma consciência que convence a
pessoa do bem e do mal. É importante ter em mente que, segundo
Watchman Nee, tudo isso acontece sem o uso do intelecto, que só pode
operar na alma. Sendo inferior, o intelecto não é confiável.
Página 6
sem conteúdo. Neste caso, não seria possível conhecer a Deus, e é difícil
entender como alguém possa receber orientação de Deus sem usar o
intelecto! Mesmo que as emoções façam parte da alma, como na teoria de
Nee, o que acontece no nível prático é que, ao eliminar o intelecto do
relacionamento com Deus, as emoções ficam no controle de tudo. As
intuições, então, são apenas sentimentos e, de repente, a intuição pode
ser identificada com a voz de Deus, mesmo que Deus não tenha falado
palavra nenhuma. O grande perigo deste sistema é que ele desvaloriza
fortemente o raciocínio. Até o estudo da Bíblia fica num lugar inferior ao
das intuições. Portanto, a experiência se torna o critério último para
determinar a verdade. Para evitar o caos que resultaria da prática desta
teoria, Nee ensinou a submissão absoluta dos crentes aos anciões da
igreja.
Esta teoria é sustentada por diversos fatos. Primeiro pelo fato de Deus
ter soprado no homem um só princípio, a alma vivente. (Gn. 2:7). Em Jó
27:3, "vida" e "espírito" parecem ser usados intercambiavelmente; cf.
33:18. Em segundo lugar, pelo fato dos termos "alma" e "espírito"
parecerem ser usados intercambiavelmente em algumas referências (Gn.
41:8 e SI. 42: 6; João 12:27 e 13:21; Mt. 20:28 e 27:50; Hb. 12:23 e Ap.
6:9). Em terceiro lugar, pelo fato de tanto o "espírito" quanto a "alma"
serem atribuídos à criação irracional (Ec. 3:21; Ap. 16:3). Mas como
Pardington observa: "Acredita-se que o princípio vivente nos animais
irracionais (alma ou espírito) seja irracional e mortal; no homem, racional
e imortal". Em quarto lugar, pelo fato da "alma" ser atribuída ao Senhor
(Amos 6:8, lit. "por sua alma"; Jr. 9:9; Is. 42:1; 53:10-12; Hb. 10:38). Em
quinto lugar, pelo fato de o lugar mais elevado na religião ser atribuído à
alma (Marcos 12:30; Lucas l: 46; Hb 6. 18-9; Tiago l: 21). E em sexto lugar,
pelo fato de se falar do corpo e da alma (ou espírito) como constituindo o
todo do homem (Mt. 10:28; I Co. 5:3; 3 Jo 2) e que perder a "alma" é
perder tudo (Mt. 16:26; Marcos 8:36, 37). A isto podemos acrescentar que
o consciente testifica que há dois elementos no ser humano; podemos
distinguir uma parte material e uma imaterial. Mas o consciente de
ninguém consegue distinguir entre a alma e o espírito.
Página 8
O dicotomismo emprega o termo alma falando da relação da vida do
homem para com as coisas terrenas. O homem foi comparado a uma casa
de dois andares, tendo no segundo duas janelas: uma que dá para
contemplar o mundo (alma) e outra que dá para contemplar o céu
(espírito).
Página 9
Wayne Grudem
Página 10
O Novo Dicionário da Bíblia
Página 11
mais bem explicadas como diferenças de função ou aspectos da
personalidade da parte não material do homem.
Página 12
essas categorias não sugerem tipos diferentes de pessoas - os não
cristãos “carnais”, os cristãos “naturais”; que seguem os desejos
da alma e os cristãos mais maduros que seguem os do espírito?
Será que isso não sugere que alma e espírito são elementos
distintos da nossa natureza?
4) 1ª Coríntios 14.14. Quando Paulo diz: "Se eu orar em outra língua,
o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera"
(1Co 14.14), não sugere ele que a mente faz algo diferente do
espírito, e não sustentaria isso o argumento tricotomista de que a
mente e o pensamento devem ser atribuídos à alma, não ao
espírito?
5) O argumento da experiência pessoal. Muitos tricotomistas dizem
que têm uma percepção espiritual, uma consciência espiritual da
presença de Deus, que os afeta de modo que eles sabem ser
diferente do pensamento comum e também das emoções.
Perguntam eles: "Se eu não tenho um espírito distinto dos meus
pensamentos e das minhas emoções, então o que exatamente é
isso que sinto ser diferente dos meus pensamentos e das minhas
emoções, algo que só posso descrever como adoração a Deus em
espírito e como percepção da sua presença no meu espírito?
Porventura não há algo em mim maior, do que meramente meu
intelecto, minhas emoções e minha vontade, e não deve isso se
chamar espírito?
6) É nosso espírito que nos faz diferentes dos animais. Alguns
tricotomistas argumentam que os homens e animais têm alma,
mas sustentam que é a presença do espírito que nos faz diferentes
dos animais.
7) O espírito é aquilo que recebe vida na regeneração. Os
tricotomistas afirmam que, quando nos tornamos cristãos, nosso
espírito recebe vida: "Se, porém, Cristo está em vós, o corpo na
verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida,
por causa da justiça “ (Rm 8.10).
Página 13
São conhecidos como defensores da Teoria Tricotomista:
⇒ Watchman Nee;
⇒ João Damasceno (representante deste pensamento na Igreja
Oriental, que igualmente defendia a tricotomia).
⇒ Orígenes
Página 14
inclusive por ocasião do desenvolvimento deste trabalho extraclasse, foi-
me necessário que, por meio de um exame cuidadoso das Escrituras ante
o exposto pelas duas teorias, eu pudesse definir qual delas se encaixasse
melhor aos ensinamentos bíblicos.
Conclusão
Página 15
com o mundo visível a sua volta. Já quando voltamos nossos olhos para o
homem em relação ao seu Criador, denomina-se a sua parte imaterial
como espírito, que é regenerado ao receber o Espírito Santo por ocasião
da conversão e prossegue dia após dia aperfeiçoando-se mediante o
conhecimento de Deus através da espiritualidade Cristã desenvolvida por
meio da Palavra de Deus e da intimidade com Ele. (Hebreus 12.23).
Bibliografia
Página 16
Teologia Sistemática: Uma Análise Histórica, Bíblica, e Apologética
Para o Contexto Atual, FERREIRA – Franklin/ MYATT, Alan - São Paulo –
Vida Nova, 2007.
Página 17