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Toda leitura é um processo pessoal e intransferível. O trajeto de uma leitura é sempre uma
viagem “maravilhosa”. A leitura é um dos aspectos fundamentais para que o homem se desenvolva
e transforme a sociedade em que vive.
No ato da leitura, o leitor aciona o seu conhecimento prévio observando conhecimento
lingüístico, o vocabulário, além disso, o leitor utiliza o que já está internalizado, e o que é
construído no decorrer de sua vida. Esses elementos são considerados essenciais no ato da leitura.
Segundo Ângela Kleiman (2004).
A leitura, de fato, parece ser a síntese da percepção e da criação; ela coloca ao mesmo
tempo a essencialidade do sujeito e do objeto. O objeto é essencial porque rigorosamente
transcendente, porque impõe as suas estruturas próprias e porque se deve esperá-lo e
observá-lo; mas o sujeito também é essencial porque é necessário, não só para desvendar
1
Acadêmica do Curso de Letras/ UNIPAN. Cascavel. Pr
email: teacher_monica_pio@yahoo.com.br
2
Coordenadora do Curso de Letras/ UNIPAN. Cascavel. Pr
Mestre em Letras – UEL. Londrina. Pr
email: ednaanita@unipan.br
o objeto (isto é, para fazer com que haja um objeto), mas também para que esse objeto
seja em termos absolutos (isto é, para produzi-lo). Em suma o leitor tem consciência de
desvendar e ao mesmo tempo de criar; de desvendar criando, de criar pelo
desvendamento. Não se deve achar, com efeito, que a leitura seja um operação mecânica,
que o leitor seja impressionado pelos signos como a placa fotográfica pela luz. (SARTRE,
2006, pg.37).
O leitor idealizado pelo modelo ascendente é aquele que analisa cuidadosamente o input
visual e que sintetiza o significado das partes menores para obter o significado do todo. O
leitor idealizado pelo modelo descendente é aquele que se apóia principalmente em seus
conhecimentos prévios e sua capacidade inferencial para fazer predições sobre o que o
texto dirá, utilizando os dados visuais apenas para reduzir incertezas. Tanto no primeiro
como no segundo modelo pretendem descrever os comportamento do leitor ideal e são
calcados em observações empíricas de sujeitos leitores tanto proficientes como também
ineficientes. (KATO, 1999, pg.66).
Existem dois aspectos dentro de um texto, o rico aquele que após a leitura o leitor aumentará
sua produção e o pobre, não há nenhum traço enriquecedor para que o leitor possa extrair e ampliar
seus conhecimentos.
A teoria do efeito por Wolfang Iser é possível dizer que todo leitor deve ser flexível e ter a
mente aberta, preparados para criticas e estar disposto a seguir as normas do texto.
O tipo de leitor que a literatura afetará mais profundamente é o que já está equipado com
a capacidade e as reações “adequadas”; aquele que é eficiente em operar certas técnicas
de critica e reconhecer certas convenções literárias. Mas este é precisamente o tipo de
leitor que menos precisa ser atingido. Tal leitor é “transformado” desde o inicio, e está
pronto a arriscar-se a novas transformações exatamente pó esta razão. Para ler
“eficientemente” a literatura devemos exercer certas capacidades críticas, que sempre são
definidas de maneira problemática. Mas são precisamente essas capacidades que a
“literatura” não poderá colocar em questão, porque a sua existência depende delas. Aquilo
que definimos como a obra “literária” estará sempre relacionada de perto com aquilo que
consideramos técnicas criticas “adequadas”: uma obra “literária” significará,
aproximadamente, a obra que pode ser utilmente esclarecida por esses métodos de
indagação. (EAGLETON, 2006, pg.121).
Uma obra literária pode ser analisada por diferentes maneiras, não há exclusivamente uma
única interpretação, no entanto é necessário que passe por uma fundamentação teórica. O texto que
foi analisado tem que ser interpretado de forma coerente.
Para Iser (1999, p.11) o leitor não é capaz de “apreender um texto num só momento,” mas
sim em fases consecutivas da leitura. É um constante ir e vir ao texto, pois as informações ali
presentes nunca são esgotadas num só momento.
Hans Robert Jauss e Wolfanf Iser partem da idéia de que o texto só existe a partir da atuação
do leitor. No entanto, enquanto para Jauss o texto está ancorado no momento histórico- a
historicidade literária – para Iser, o texto apresenta uma estrutura de apelo que colabora para o
efeito e reação do leitor frente à obra.
Partindo dos pressupostos nas teorias da Estética da recepção e Teoria do Efeito o alemão
Hnas Kügler estabelece níveis de Recepção Literária no ensino. Para ele, a leitura passa por três
estágios denominados: leitura primária; constituição coletiva do significado; e modos de ler
secundário. Para demonstrar sua teoria desenvolve o seguinte gráfico.
Leitor----------------------------------Texto
Na leitura primária, são definidas três aspetos: a não - duplicada que é a interação entre
leitor e texto caracterizada por uma leitura pessoal e silenciosa.
Na segunda etapa é projeção e auto - iserção simulativa, o leitor se projeta, identificando-se
com algum personagem e se joga para dentro do texto.
Na terceira etapa o leitor se desloca para a história, saindo do personagem e começando a se
entender, interagindo com o texto.
No segundo momento de leitura, ocorre a constituição coletiva do significado este aspecto é
considerado como ponto principal no ato da leitura, porque o leitor começa a atribuir significados
ao texto.
No terceiro momento, modos de ler secundário, o leitor atribui críticas sobre o texto, ele não
vê mais o texto ficcional, mas, uma leitura real entre autor/texto/leitor.
Para a maioria das pessoas o contato com o livro se dá na escola e é de fundamental
importância o professor como mediador incentive e oriente o aluno a aprender a técnica da leitura e
escrita, considerando um processo linear, formando um indivíduo letrado para a sociedade.
REFERÊNCIAS
EAGLEATON, T; Teoria da Literatura: Uma introdução. 03 ed. São Paulo: Martins Fontes,
1997.
EAGLEATON, T; Teoria da Literatura: Uma introdução. 06 ed. São Paulo: Martins Fonte,
2006.
KATO, M; O Aprendizado da Leitura. 05 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
KLEIMAN, A; Texto e Leitor Aspectos Cognitivos da Leitura. 09 ed. Campinas.SP: Pontes,
2004.
SARTRE, J. P; Que é Literatura? 03 ed. São Paulo: editora ática, 2006.