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Exposição
A lei da separação: Estado e Igrejas na República
Sinopse
A Lei de separação do Estado das Igrejas correspondeu a uma reivindicação essencial
do movimento republicano: a autonomia entre o poder civil e o religioso.
Assinada por todos os membros do Governo Provisório, deveu-se principalmente ao
Ministro da Justiça, Afonso Costa, que fez da Lei da Separação um instrumento de
influência política.
A radicalidade de algumas das suas propostas acabou por originar divisões no seio do
movimento republicano, dos partidos que dele surgiram e de personalidades do próprio
Governo Provisório.
A Lei, apesar dos conflitos que originou, foi um marco fundamental na modernização
do Estado e a sua aplicação constituiu uma etapa marcante na independência das
confissões religiosas e da afirmação da participação cívica.
Núcleos
A caminho da Lei
A necessidade da Separação era consensual no movimento republicano. As opiniões
sobre a Lei, não. Diferentes visões sobre a organização do Estado e as suas funções, as
instituições religiosas e o seu papel, foram ocasião de divisões e disputas que
envolveram a administração pública, a Igreja Católica, as confissões religiosas que
aguardavam
o fim da confessionalidade e as diferentes sensibilidades republicanas.
Concórdias e Conflitos – A aplicação da Lei da Separação de 1911
O republicanismo, pretendendo «modernizar» o país, teve de debater-se com o peso de
práticas e tradições das comunidades locais. A Lei da Separação, afrontando algumas
delas, condensou e camuflou afrontamentos políticos, sociais e disputas de
protagonismos nessas comunidades. A execução da Lei mostra algumas das facetas
relevantes do complexo processo de construção do Estado e da sociedade portuguesa ao
longo do século XX.