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Balanços
Perdigão S.A.
2.Objetivos
Este trabalho tem como objetivo analisar econômica e financeiramente a situação da empresa
Perdigão S.A, podendo assim avaliar sua real situação diante do mercado e de suas concorrentes,
utilizando para isso, ferramentas poderosas da análise financeira de balanços, como a determinação dos
índices de estrutura, liquidez e rentabilidade, do fator de insolvência e do EVA.
3.Justificativa
Este trabalho se justifica pela necessidade do Engenheiro de Produção em saber fazer uso da
análise financeira de balanços, já que esta fornece ferramental suficiente para a tomada de decisão.
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4.Perdigão S/A
Diversificando seus negócios, a empresa iniciou, em 1939, suas atividades industriais através de
um pequeno abatedouro e fábrica de produtos suínos. A vila cresceu e tornou-se o município de
Videira. Em 1954, o espírito empreendedor de seus fundadores levou a empresa a investir em
avicultura. Localizada numa região caracterizada por um sistema fundiário de pequenas propriedades, a
Perdigão implantou ali, ao longo dos anos, um sistema produtivo de aves e suínos revolucionário: a
integração vertical, aliando a tecnologia da empresa ao trabalho sério e dedicado dos produtores. Esta
importante parceria busca um objetivo comum: a qualidade do processo, garantindo uma nova relação
capital- trabalho.
Dotada de uma vocação natural para o crescimento, a Perdigão, ao longo de sua história,
consolidou uma significativa expansão industrial. Transpôs as fronteiras de Santa Catarina,
incorporando e implantando unidades produtivas nos estados do Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná, São
Paulo e Minas Gerais, transformando-se em um negócio que emprega mais de 27 mil funcionários e é
constituído por 13 unidades industriais de carnes, 2 de soja, 7 fábricas de ração, 13 incubatórios e 18
centros de distribuição.
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5. Análise Financeira
5.1.Demonstrativos Financeiros
Segue abaixo o balanço patrimonial e a demonstração de resultados retirados diretamente da
Comissão de Valores Imobiliários (CVM) e a padronização dos mesmos que foi utilizada para a
realização efetiva dos cálculos.
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1.02.03.03 Impostos Diferido 31.710 41.554 36.295
1.02.03.04 Títulos A Recuperar 39.756 24.765 20.543
1.02.03.05 Depósitos Judiciais 16.307 13.261 13.352
1.02.03.06 Clientes 10.439 8.859 8.644
1.02.03.07 Outros Direitos 665 701 2.467
1.03 Ativo Permanente 995.436 987.5931.009.147
1.03.01 Investimentos 488 469 442
1.03.01.01 Participações Em Coligadas 0 0 0
1.03.01.02 Participações Em Controladas 0 0 0
1.03.01.03 Outros Investimentos 488 469 442
1.03.01.03.01 Participações Por Incentivos Fiscais 74 74 74
1.03.01.03.02 Outros Investimentos 414 395 368
1.03.02 Imobilizado 918.479 914.974 934.097
1.03.02.01 Terrenos 87.035 84.149 84.782
1.03.02.02 Edificações E Benfeitorias 538.157 522.517 483.212
1.03.02.03 Máquinas E Equipamentos 625.411 583.885 531.696
1.03.02.04 Instalações Elétricas E Hidráulicas 58.328 50.489 34.866
1.03.02.05 Florestas E Reflorestamentos 21.090 17.550 14.994
1.03.02.06 Imobilizações Em Andamento 14.396 22.305 77.994
1.03.02.07 Adiantamentos A Fornecedores 13.935 1.356 1.900
1.03.02.08 Outros 22.782 20.746 19.728
1.03.02.09 (-) Depreciações E Exaustão Acumulados -462.655 -388.023 -315.075
1.03.03 Diferido 76.469 72.150 74.608
1.03.03.01 Gastos Pré-operacionais 59.354 59.354 55.636
1.03.03.02 Implantação De Sistemas Gestão Integrada 14.686 24.547 25.026
1.03.03.03 Projetos De Melhorias Nos Processos Adm. 12.330 206 0
1.03.03.04 Ágio Na Aquisição De Participações 18.888 18.888 18.888
1.03.03.05 Outros 11.190 10.019 2.857
1.03.03.06 (-) Amortização Acumulada -39.979 -40.864 -27.799
4
2.01.04 Impostos, Taxas E Contribuições 43.765 45.045 34.292
2.01.04.01 Obrigações Tributárias 28.787 33.259 23.374
2.01.04.02 Programa De Recuperação Fiscal - Refis 86 31 1.463
2.01.04.03 Contribuições Sociais 14.892 11.755 9.455
2.01.05 Dividendos A Pagar 12.683 3 20
2.01.06 Provisões 54.669 41.136 32.306
2.01.06.01 Provisão Para Férias E 13º Salário 54.669 41.136 32.306
2.01.07 Dívidas Com Pessoas Ligadas 0 0 0
2.01.08 Outros 90.751 99.106 59.745
2.01.08.01 Salários A Pagar 14.774 10.937 7.358
2.01.08.02 Juros Sobre Capital Próprio 24.920 34.637 95
2.01.08.03 Participações A Pagar 32.154 9.441 693
2.01.08.04 Outras Obrigações 18.903 44.091 51.599
2.02 Passivo Exigível A Longo Prazo 517.774 695.465 664.432
2.02.01 Empréstimos E Financiamentos 348.209 531.560 466.841
2.02.01.01 Instituições Financeiras 334.937 528.671 464.019
2.02.01.02 Adiantamentos De Contratos De Câmbio 13.272 2.889 2.822
2.02.02 Debêntures 40.126 53.343 64.580
2.02.03 Provisões 0 0 0
2.02.04 Dívidas Com Pessoas Ligadas 0 0 0
2.02.05 Outros 129.439 110.562 133.011
2.02.05.01 Obrigações Sociais E Tributárias 16.554 5.539 3.479
2.02.05.02 Programa De Recuperação Fiscal - Refis 0 0 0
2.02.05.03 Impostos Diferidos 1.882 2.491 7.502
2.02.05.04 Provisão Para Contingências 111.003 102.532 122.030
2.03 Resultados De Exercícios Futuros 0 0 0
2.04 Participações Minoritárias 0 0 0
2.05 Patrimônio Líquido 970.120 763.187 675.640
2.05.01 Capital Social Realizado 490.000 490.000 490.000
2.05.02 Reservas De Capital 0 0 0
2.05.03 Reservas De Reavaliação 0 0 0
2.05.03.01 Ativos Próprios 0 0 0
2.05.03.02 Controladas/coligadas 0 0 0
2.05.04 Reservas De Lucro 480.120 273.187 185.640
2.05.04.01 Legal 39.276 24.956 18.523
2.05.04.02 Estatutária 0 0 0
2.05.04.03 Para Contingências 0 0 0
2.05.04.04 De Lucros A Realizar 0 0 0
2.05.04.05 Retenção De Lucros 0 0 0
2.05.04.06 Especial P/ Dividendos Não Distribuídos 0 0 0
5
2.05.04.07 Outras Reservas De Lucro 440.844 248.231 167.117
2.05.04.07.01 Reserva Para Expansão 357.928 231.806 171.309
2.05.04.07.02 Reserva Para Aumento De Capital 85.917 28.635 2.902
2.05.04.07.03 Ações De Tesouraria -815 -815 -815
2.05.04.07.04 Lucros Não Realizados -2.186 -11.395 -6.279
2.05.05 Lucros/prejuízos Acumulados 0 0 0
6
3.12.01 Participações -25.482 -9.434 -693
3.12.01.01 Participação Dos Administradores -6.422 -1.930 0
3.12.01.02 Participação Dos Funcionários No Lucro -19.060 -7.504 -693
3.12.02 Contribuições 0 0 0
3.13 Reversão Dos Juros Sobre Capital Próprio 0 0 0
3.14 Participações Minoritárias 0 0 0
3.15 Lucro/prejuízo Do Exercício 295.619 123.547 8.232
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Balanço Patrimonial Padronizado - Passivo
Descrição da Conta 2004 2003 2002
Passivo Total 2.524.768 2.779.008 3.007.234
Passivo Circulante 1.036.874 1.320.356 1.667.162
Operacional
Fornecedores 327.128 323.480 278.607
Outras obrigações 201.868 185.290 126.363
Subsoma 528.996 508.770 404.970
Financeiro
Empréstimos e Financiamentos 507.878 811.586 1.262.192
Duplicatas descontadas 0 0 0
Subsoma 507.878 811.586 1.262.192
Total do Passivo Circulante 1.036.874 1.320.356 1.667.162
Passivo Exigível a Longo Prazo 517.774 695.465 664.432
Capitais de Terceiros 1.554.648 2.015.821 2.331.594
Patrimônio Líquido
Capital Social Realizado e reservas capital 970.120 763.187 675.640
Lucros e Prejuizos acumulados 0 0 0
Total do Patrimônio Líquido 970.120 763.187 675.640
Total do Passivo 2.524.768 2.779.008 3.007.234
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5.2.Análise através de índices
Os índices constituem a análise mais empregada. Sua característica fundamental é fornecer
visão ampla da situação econômica e financeira da empresa. Inicialmente, analisa-se a situação
financeira separadamente da situação econômica; no momento seguinte, juntam-se as conclusões
dessas duas análises. Assim, os índices são divididos em índices que evidenciam aspectos
financeiros e índices que indicam aspectos econômicos. Os índices financeiros, por sua vez, são
divididos em índices de estrutura de capitais e índices de liquidez. Os índices econômicos são os
chamados índices de rentabilidade. Segue abaixo os índices da Perdigão S.A.
5.2.1.Estrutura de capital
Os índices deste grupo mostram as grandes linhas de decisões financeiras, em termos de
obtenção e aplicação de recursos.
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Participação de Capitais de Terceiros
Composição do endividamento
Imobilização do Patrimônio Líquido
Imobilização de recursos não correntes
400%
350%
300%
250%
200%
150%
100%
50%
0%
2002 2003 2004
Nota-se uma melhoria no perfil de estrutura, que pode ser comprovado pela queda da
participação de capitais de terceiros e da imobilização do patrimônio líquido, mostrando que a
empresa tem diminuído a sua dependência a capitais de terceiros, ao mesmo tempo em que
mantém o seu percentual de dívidas de curto prazo. Paralelamente nota-se também a existência
de capital circulante líquido dado somente pela parcela do exigível ao longo prazo, já que não
há capital circulante próprio pois o patrimônio líquido é totalmente imobilizado.
5.2.2.Liquidez
Este grupo compreende índices que, a partir do confronto dos Ativos Circulantes com as
Dívidas, procuram medir quão sólida é a base financeira da empresa.
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Liquidez Geral Liquidez Corrente Liquidez Seca
1,30
1,20
1,10
1,00
0,90
0,80
0,70
0,60
2002 2003 2004
5.2.3.Rentabilidade
Os índices deste grupo mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é, quanto
renderam os investimentos e, portanto, qual o grau de êxito econômico da empresa.
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Margem líquida Rentabilidade do Ativo Rentabilidade do PL
35,0%
30,0%
25,0%
20,0%
15,0%
10,0%
5,0%
0,0%
2002 2003 2004
Os valores foram ordenados de maneira crescente para o cálculo dos decis de tal forma que o
primeiro decil é o valor que deixa 10% dos elementos do conjunto abaixo de si e 90% acima. Ou
seja, o primeiro decil é obtido através da média aritmética do primeiro e segundo elementos e assim
12
sucessivamente. Dessa forma, foram obtidos 9 decis. Pelo modelo de Matarazzo, é possível
observar a colocação da empresa e atribuir uma nota e um conceito para cada índice. O autor atribui
um peso específico para cada índice de estrutura, liquidez e rentabilidade segundo uma ordem de
importância chegando a uma nota final. À esta nota foram atribuídos novos pesos chegando a uma
nota global final de cada ano.
2002
Estrutura 1º decil 2º decil 3º decil 4º decil 5º decil 6º decil 7º decil 8º decil 9º decil
CT/PL 68,6% 115,5% 129,3% 168,2% 227,2% 254,6% 261,5% 305,6% 372,8%
PC/CT 24,0% 29,2% 40,4% 48,2% 54,5% 60,1% 63,8% 67,0% 80,3%
AP/PL 93,9% 97,6% 102,0% 105,0% 111,1% 119,3% 155,1% 188,7% 198,5%
AP/(PL+ELP) 43,2% 46,6% 58,2% 71,6% 76,6% 79,8% 84,6% 86,8% 88,9%
Nota
Perdigão Nota Conceito PESO Final Nota
345,0% 0,5 péssimo 0,6 0,30
72,0% 1,5 deficiente 0,1 0,15
2,40
149,0% 6,5 bom 0,2 1,30
75,0% 6,5 bom 0,1 0,65
Liquidez 1º decil 2º decil 3º decil 4º decil 5º decil 6º decil 7º decil 8º decil 9º decil
(AC+RLP)/CT 0,65 0,69 0,78 0,89 0,95 0,97 0,99 1,02 1,16
AC/PC 0,65 0,83 1,03 1,10 1,14 1,24 1,36 1,58 1,88
(AC-EST)/PC 0,47 0,55 0,57 0,61 0,73 0,87 0,96 1,31 1,66
Nota
Perdigão Nota Conceito PESO Final Nota
0,86 3,5 razoável 0,3 1,05
1,12 4,5 satisfatório 0,5 2,25 4,40
0,76 5,5 satisfatório 0,2 1,10
Rentabilidade 1º decil 2º decil 3º decil 4º decil 5º decil 6º decil 7º decil 8º decil 9º decil
V / AT 0,48 0,61 0,63 0,64 0,70 0,80 0,86 0,91 1,07
LL / V -12,1% -9,7% -8,5% -3,4% 2,9% 5,6% 6,6% 13,6% 37,9%
LL / AT -12,1% -8,9% -3,0% 0,3% 2,9% 5,1% 5,3% 8,6% 16,0%
LL / PL -43,2% -24,7% -21,5% -10,1% 5,4% 11,0% 17,7% 24,2% 30,6%
Nota
Perdigão Nota Conceito PESO Final Nota
0,97 9,5 ótimo 0,2 1,90
0,30% 4,5 satisfatório 0,1 0,45
5,45
0,30% 4 satisfatório 0,1 0,40
1,20% 4,5 satisfatório 0,6 2,70
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Índices Nota Peso Nota Geral Nota Final Conceito
Estrutura 2,40 0,4 0,96
Liquidez 4,40 0,2 0,88 4,02 Satisfatório
Rentabilidade 5,45 0,4 2,18
2003
Estrutura 1º decil 2º decil 3º decil 4º decil 5º decil 6º decil 7º decil 8º decil 9º decil
CT/PL 32,4% 84,8% 155,4% 217,5% 242,6% 247,1% 262,0% 274,0% 352,4%
PC/CT 31,7% 35,3% 41,9% 46,8% 50,9% 57,1% 70,0% 79,3% 86,2%
AP/PL 70,9% 92,2% 109,8% 112,5% 128,2% 153,6% 169,4% 181,2% 188,4%
AP/(PL+ELP) 49,4% 56,4% 62,8% 66,5% 70,9% 72,3% 73,1% 74,1% 84,2%
Nota
Perdigão Nota Conceito PESO Final Nota
264,0% 3 fraco 0,6 1,80
65,0% 3,5 razoável 0,1 0,35
3,70
129,0% 5 satisfatório 0,2 1,00
68,0% 5,5 satisfatório 0,1 0,55
Liquidez 1º decil 2º decil 3º decil 4º decil 5º decil 6º decil 7º decil 8º decil 9º decil
(AC+RLP)/CT 0,67 0,68 0,75 0,83 0,87 0,92 0,95 1,30 2,33
AC/PC 0,87 1,15 1,23 1,38 1,47 1,49 1,55 1,60 2,30
(AC-EST)/PC 0,42 0,50 0,61 0,84 1,00 1,06 1,11 1,22 1,74
Nota
Perdigão Nota Conceito PESO Final Nota
0,89 5,5 satisfatório 0,3 1,65
1,26 3 fraco 0,5 1,50 3,85
0,75 3,5 razoável 0,2 0,70
Rentabilidade 1º decil 2º decil 3º decil 4º decil 5º decil 6º decil 7º decil 8º decil 9º decil
V / AT 0,53 0,65 0,72 0,73 0,87 1,00 1,10 1,26 1,35
LL / V -8,5% 0,7% 0,7% 2,4% 4,5% 5,9% 7,8% 12,6% 32,3%
LL / AT -8,9% 0,3% 0,9% 3,3% 5,7% 7,5% 9,0% 9,4% 16,4%
LL / PL -25,1% 1,9% 4,4% 7,5% 9,9% 12,8% 17,6% 23,7% 29,5%
Nota
Perdigão Nota Conceito PESO Final Nota
1,38 10 ótimo 0,2 2,00
3,20% 4,5 satisfatório 0,1 0,45
7,10
4,40% 4,5 satisfatório 0,1 0,45
16,20% 7 bom 0,6 4,20
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Índices Nota Peso Nota Geral Nota Final Conceito
Estrutura 3,70 0,4 1,48
Liquidez 3,85 0,2 0,77 5,09 Satisfatório
Rentabilidade 7,10 0,4 2,84
2004
Estrutura 1º decil 2º decil 3º decil 4º decil 5º decil 6º decil 7º decil 8º decil 9º decil
CT/PL 49,4% 73,6% 100,3% 117,9% 157,1% 237,2% 289,5% 327,3% 401,2%
PC/CT 38,5% 42,1% 50,2% 57,4% 60,1% 64,9% 73,0% 81,7% 90,4%
AP/PL 63,8% 84,3% 105,5% 111,4% 127,5% 144,1% 171,8% 196,7% 247,9%
AP/(PL+ELP) 51,2% 61,0% 65,0% 68,6% 76,5% 82,3% 85,0% 86,3% 93,1%
Nota
Perdigão Nota Conceito PESO Final Nota
160,0% 5 satisfatório 0,6 3,00
67,0% 4 satisfatório 0,1 0,40
5,40
103,0% 7 bom 0,2 1,40
67,0% 6 bom 0,1 0,60
Liquidez 1º decil 2º decil 3º decil 4º decil 5º decil 6º decil 7º decil 8º decil 9º decil
(AC+RLP)/CT 0,55 0,61 0,67 0,77 0,87 0,90 0,96 1,31 1,74
AC/PC 0,64 0,88 1,14 1,18 1,19 1,23 1,44 1,61 1,79
(AC-EST)/PC 0,43 0,45 0,58 0,71 0,72 0,86 1,01 1,12 1,27
Nota
Perdigão Nota Conceito PESO Final Nota
0,98 7 bom 0,3 2,10
1,22 6 bom 0,5 3,00 5,90
0,66 4 satisfatório 0,2 0,80
Rentabilidade 1º decil 2º decil 3º decil 4º decil 5º decil 6º decil 7º decil 8º decil 9º decil
V / AT 0,44 0,63 0,84 0,95 1,07 1,30 1,51 1,74 2,14
LL / V -17,9% 0,1% 0,1% 0,4% 2,6% 5,6% 7,0% 8,5% 10,9%
LL / AT -9,5% 0,0% 0,1% 1,0% 2,7% 6,0% 8,6% 8,8% 9,1%
LL / PL -50,7% 0,3% 0,4% 3,6% 6,8% 7,6% 10,7% 13,7% 16,9%
Nota
Perdigão Nota Conceito PESO Final Nota
1,93 8,5 ótimo 0,2 1,70
6,10% 6,5 bom 0,1 0,65
9,35
11,70% 10 ótimo 0,1 1,00
30,50% 10 ótimo 0,6 6,00
15
Índices Nota Peso Nota Geral Nota Final Conceito
Estrutura 5,40 0,4 2,16
Liquidez 5,90 0,2 1,18 7,08 BOM
Rentabilidade 9,35 0,4 3,74
Estrutura Liquidez
Rentabilidade Global
10
0
2002 2003 2004
O melhor desempenho da nota global a cada ano demonstra que a empresa vem se destacando
no cenário das empresas alimentícias.
O gráfico permite uma melhor visualização e uma constatação de uma tendência de crescimento
nos índices indicando uma situação econômica e financeira bastante favorável. A empresa se destaca
pela sua excelente rentabilidade, grande atrativo para os investidores.
16
Análise Vertical e Horizontal - Ativo
Descrição da Conta 2004 AV AH 2003 AV AH 2002 AV AH
Ativo Circulante
Financeiro
Disponibilidades 12.349 0,5% 24 10.955 0,4% 21 50.954 1,7% 100
Aplicações Finan. 260.719 10,3% 31 637.565 22,9% 75 853.294 28,4% 100
Operacional
Clientes 244.674 9,7% 124 153.010 5,5% 77 197.520 6,6% 100
Estoques 580.580 23,0% 98 680.853 24,5% 115 594.228 19,8% 100
Outros 170.460 6,8% 102 184.203 6,6% 111 166.356 5,5% 100
Total do A.C. 1.268.782 50,3% 68 1.666.586 60,0% 89 1.862.352 61,9% 100
Ativo RLP 260.550 10,3% 192 124.829 4,5% 92 135.735 4,5% 100
Ativo Permanente
Investimentos 488 0,0% 110 469 0,0% 106 442 0,0% 100
Imobilizado 918.479 36,4% 98 914.974 32,9% 98 934.097 31,1% 100
Diferido 76.469 3,0% 102 72.150 2,6% 97 74.608 2,5% 100
Total do A. P. 995.436 39,4% 99 987.593 35,5% 98 1.009.147 33,6% 100
Total do Ativo 2.524.768 100% 84 2.779.008 100% 92 3.007.234 100% 100
17
Análise Vertical e Horizontal - Demonstração de Resultados
Descrição da Conta 2004 AV AH 2003 AV AH 2002 AV AH
Receita Líquida de
Vendas
e/ou Serviços 4.883.254 100 167 3.825.194 100 131 2.917.379 100 100
Custo de Bens e/ou
Serviços Vendidos -3.532.385 72,3 168 -2.802.321 73,3 133 -2.103.944 72,1 100
Resultado Bruto 1.350.869 27,7 166 1.022.873 26,7 126 813.435 27,9 100
Despesas/Receitas
Operacionais -887.168 18,2 150 -739.471 19,3 125 -591.681 20,3 100
Resultado Op. antes
result financeiros 463.701 9,5 209 283.402 7,4 128 221.754 7,6 100
Receitas Financeiras 84.395 1,7 21 17.421 0,5 4 395.638 13,6 100
Despesas Financeiras -176.181 3,6 29 -152.819 4,0 25 -614.845 21,1 100
Resultado Operacional 371.915 7,6 14602 148.004 3,9 5.811 2.547 0,1 100
Resultado Não Operacional -3.480 0,1 1561 -2.596 0,1 1.164 -223 0,0 100
Resultado Antes
Tributação/Participações 368.435 7,5 15853 145.408 3,8 6.257 2.324 0,1 100
Provisão para IR e
Contribuição Social -36.763 0,8 202 -18.736 0,5 103 -18.229 0,6 100
IR Diferido -10.571 0,2 -43 6.309 0,2 25 24.830 0,9 100
Participações/Cont.
Estatutárias -25.482 0,5 3677 -9.434 0,2 1.361 -693 0,0 100
Lucro/Prejuízo do Ex. 295.619 6,1 3591 123.547 3,2 1.501 8.232 0,3 100
De acordo com a análise horizontal nota-se uma diminuição do financeiro do Ativo Circulante à
medida que as aplicações financeiras caíram para 1/3 do valor referente ao ano base, ao mesmo
tempo em que o Realizável a longo prazo praticamente dobrou possivelmente devido à
investimentos em novas unidades industriais. Com isso temos uma diminuição do ativo. Em relação
ao passivo é notória a diminuição da participação de capital de terceiros por um possível aumento
no custo deste tipo de recurso ou pela maior disponibilidade de recursos próprios já que o total do
patrimônio líquido é 44% maior que o de 2002. O ano de 2004 apresentou um excelente resultado
em vendas gerando um aumento de volume e receita. Mesmo com um aumento de 26% no custo
das vendas em relação ao ano anterior, o lucro líquido em 2004 foi o maior em toda a história da
companhia. Estes números revelam o potencial de esforços realizados bem como o melhor
desempenho nas exportações.
Em relação á análise vertical tem-se que em 2002 o ativo circulante representava 62% do ativo
total, em 2004 este percentual caiu representando 50% do ativo total. O ativo realizável a longo
prazo passou a representar 10% do ativo total em 2004, o que mostra um aumento dos
investimentos a longo prazo. Do ponto de vista do endividamento líquido da companhia observa-se
uma mudança no perfil do endividamento bem como uma queda na participação de capitais de
18
terceiros devido a boa geração de caixa e o gerenciamento para a diminuição das necessidades de
capital de giro. Em 2004, este valor representa 62% do total do passivo enquanto que o patrimônio
líquido numa tendência de crescimento chegou a 39% do total do passivo. Nota-se também que o
lucro da empresa atingiu 6% da receita líquida de vendas enquanto que o resultado operacional está
na faixa de 9,5% representando uma maior eficiência no desempenho operacional.
Onde:
x1 = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido
x2 = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo / Exigível Total
x3 = Ativo Circulante – Estoque / Passivo Circulante
x4 = Ativo Circulante / Passivo Circulante
x5 = Exigível Total / Patrimônio Líquido
Segundo este modelo, a empresa estará insolvente se FI for inferior a -3; a sua classificação
estará indefinida entre -3 e 0 e acima de 0 estará na faixa de solvência.
2,50
2,00 2002
1,50 2003
1,00 2004
0,50
0,00
19
Os índices de prazos médios não devem ser analisados individualmente, mas sempre em
conjunto. A conjugação dos três índices de prazos médios leva à análise dos ciclos operacional e de
caixa, elementos fundamentais para a determinação de estratégias empresariais, tanto comerciais
quanto financeiras, geralmente vitais para a determinação do fracasso ou sucesso de uma empresa.
A partir dos ciclos operacional e de caixa são construídos modelos de análise do capital de giro
e do fluxo de caixa.
DR
PMRV = 360 ⋅ onde: DR = duplicatas a receber
V
V = vendas (receita líquida de vendas)
F
PMRV = 360 ⋅ onde: F = Fornecedores
C
C = Compras = EF – EI + CPV
E
PMRV = 360 ⋅ onde: E = estoques
CMV
CMV = custo das mercadorias vendidas
• Ciclo de Caixa:
20
Para o ano de 2004 temos:
Ciclo de Caixa = 45
PMPC = 32
140
120
100
2004
80
2003
60
2002
40
20
0
PMRV PMRE PMPC Ciclo Ciclo de
Operac. Caixa
Embora o PMPC tenha diminuído de 2003 para 2004, nota-se uma queda no ciclo de caixa
devido principalmente a maior rotação de estoques com diminuição do PMRE, já que o PMRV sofreu
um ligeiro aumento. Isto é favorável a empresa pois diminui a necessidade de captação de recursos para
o capital de giro.
21
criadores, o EVA é a maior e mais categórica medida de desempenho financeiro. As empresas
inteligentes a nível mundial estão explorando o EVA para otimizar a criação de riqueza de seus
acionistas, colocando como enfoque principal em todas as funções, relatórios, planejamentos e tomadas
de decisão, principalmente com o mais novo método de avaliação estratégica "Balanced Scorecard".
Onde:
NOPAT = Result. Oper. antes dos Result. Financ. – Prov. para IR e Contrib. Social
WACC = 12% (valor médio)
CAPITAL = Ativo total ou CAPITAL = PL + ELP
280000
270000
260000
250000 2002
240000 2003
230000 2004
220000
210000
200000
A empresa continua agregando valor aos acionistas, embora o EVA tenha sofrido uma queda
em 2004.
22
5.8. Análise do comportamento das ações
BOVESPA PERDIGÃO
Média 2,1% 3,6%
Desvio 8,4% 10,9%
Beta 0,79
Para esta análise, foram tomadas as ações preferenciais que mostraram uma média de
rendimento da Perdigão superior à média de rendimento das ações da Bovespa. A perspectiva é boa já
que a empresa vem apresentando um bom desempenho e com possíveis retornos sobre os investimentos
que foram realizados no ano de 2004.
O risco sistemático da empresa mostra uma variabilidade menor que a do mercado (β<1) e o
desvio padrão, que mostra a variabilidade total, apresentou um valor maior que o mercado, que é
normal já que a comparação é feita com uma carteira de ações.
O gráfico abaixo aborda o comportamento das ações de Janeiro de 2002 à Abril de 2005. O
desvio padrão foi grande porém não tão superior ao da Bovespa.
IBOVESPA Perdigão
4,5
3,5
2,5
1,5
0,5
1 6 11 16 21 26 31 36
23
y = 0,7939x + 0,0199
2
30%
R = 0,371
20%
10%
0%
-20% -10% 0% 10% 20%
-10%
-20%
24
6. Conclusão
De um modo geral, a empresa encontra-se em uma boa situação econômica e financeira pelo
que se pode observar através dos índices e da comparação com o setor alimentício. Embora o seu valor
agregado tenha diminuído, a Perdigão S.A continua agregando valor aos acionistas e se mostra uma
boa opção de investimento dado a sua excelente rentabilidade e ao risco relativamente baixo.
O índice de falência vem crescendo desde 2002. A empresa encontra-se na faixa de solvência
não apresentando risco de falir. A participação de capitais de terceiros diminuiu bruscamente refletindo
uma possível estratégia da empresa em utilizar recursos próprios para financiar suas atividades.
25
Bibliografia
• Matarazzo, Dante C., “Análise Financeira de Balanços” – 5ª Edição, Editora Atlas S.A., 1998.
• http://www.perdigao.com.br
26