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1- ALFABETIZAÇÃO

A alfabetização pode ser definida como um processo no qual o


indivíduo constrói a gramática e em suas variações.
Esse processo não se resume apenas na aquisição dessas habilidades
mecânicas de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar,
resignificar e produzir conhecimento. Essas capacidades citadas só serão
concretizadas na medida em que a criança vai se desenvolvendo. A
alfabetização promove socialização, pois possibilita o estabelecimento de
novos tipos de trocas simbólicas com outros indivíduos, vai além das
decodificações das letras, ou seja, do usual aprender a ler e escrever. É
importante, que o professor alfabetizador compreenda a dinâmica da
aprendizagem, percebendo o significado da prática escolar na condução desse
processo e no desenvolvimento das funções psicológicas superiores da
criança, ele deve orientar o aluno ao uso da escrita e leitura de modo
interpretativo, para que seja possível à criança não só ler e escrever, mas
entender o que foi lido e saber fazer uso da palavra.
Segundo Emilia Ferreiro o método da alfabetização é a partir da
psicogênese da língua oral e escrita. Apresentando em suas pesquisas e
demonstrando resultados significativos sobre os níveis de padrões evolutivos
(pré - silábico, silábico, silábico - alfabético e alfabético). No trabalho em
questão os aspectos destacados permitem caracterizar a alfabetização como
um processo histórico social de múltiplas dimensões, e exigir análises e
enfoques numa perspectiva ampla, Esse tipo de enfoque contribui para o
estudo da alfabetização na sua totalidade dentro do processo ensino-
aprendizagem.
No trabalho em classes de alfabetização não existe um critério de como
as coisas têm de ser feitas. Os alunos não aprendem em uma sequência, do
mais fácil para o mais difícil. Ao contrário, eles aprendem fazendo muitas
relações entre tudo o que faz parte do que chamamos de campo conceitual da
alfabetização.
Campo conceitual de alfabetização é um conjunto de situações que
dão sentido aos atos de escrever e ler. Por isso eles aprendem escrevendo e
lendo. Para que isso aconteça, o professor deve propor diariamente atividades
que envolvam letras, palavras e textos. Não pode se enganar achando que se
está trabalhando com textos já está naturalmente trabalhando com palavras e
letras.
Durante o processo de alfabetização o professor deve criar
situações didáticas que permitam aos seus alunos pensar sobre a escrita e
deve estar atento às especificidades do trabalho com letras, com palavras e
com textos. Seus objetivos para os três não são os mesmos e todos são
igualmente importantes.

Os Objetivos da Alfabetização :

Segundo os Referenciais Curriculares para a Educação Infantil e os


Parâmetros Curriculares da Língua Portuguesa temos que as crianças podem
conseguir uma alfabetização de melhor qualidade, entendendo por isso:
- a compreensão do modo de representação da linguagem que corresponde ao
sistema alfabético da escrita;
- a compreensão das funções sociais da organização da língua escrita e,
portanto, geram diferentes expectativas a respeito do que se pode encontrar
por escrito nos múltiplos objetos sociais que são portadores de escrita (livros
diversos, jornais, cartas, embalagens de produtos comestíveis ou de
medicamentos, cartazes na rua, etc.);
- escrita, que determinam diferenças na a leitura compreensiva de textos que
corresponde a diferentes registros de língua escrita (textos narrativos,
informativos, jornalísticos, instruções, cartas, recados, lista, etc.), enfatizando a
leitura silenciosa mais que a oralidade convencional;
- a produção de textos, respeitando o modo de organização da língua escrita
que corresponde a esses diferentes registros;
- a atitude de curiosidade e falta de medo diante da língua escrita.
Segundo experiências alternativas de alfabetização de crianças
que utilizam as descobertas sobre a psicogênese da língua escrita na criança,
Ferreiro destaca que é possível obter uma alfabetização qualitativamente
diferente com práticas orientadas por principio
2 - LINGUAGEM, LEITURA, ESCRITA.

2.1 - LINGUAGEM
A história da evolução humana é cultural, tornamos humanos na
cultura, essa cultura é representada pelo entrelaçamento entre a linguagem e
emoção, formando redes de comunicação. Segundo. Maturana (1997) diz que
humanizar-se é compartilhar com outros um conjunto de valores e significados
que dão sentido as relações estabelecidas por este grupo. Aprender uma
língua não é somente aprender as palavras, mas também seus significados
culturais e, com eles, os modos pelos quais as pessoas do seu meio sócio-
cultural entendem e interpretam a realidade.
A linguagem é um dos eixos mais importante
no desenvolvimento da criança, na sua formação,
interação e na construção de conhecimentos e no
desenvolvimento do pensamento. De acordo com
Ajuriaguerra (1992 apud Rosa Neto, 2002, p. 24)
confirma as possibilidades e implicações da linguagem:
A linguagem nos possibilita representar as complexas
abstrações que são o fundamento de nossa sociedade.
No desenvolvimento da linguagem, intervêm fatores
biológicos e ambientais. A execução de tarefas
construtivas práticas é uma das formas manifestadas da
atividade intelectual do homem. A segunda forma, muito
mais elevada, é o pensamento discursivo ou lógico-
verbal, mediante o qual o homem, baseando-se nos
códigos da linguagem, é capaz de ultrapassar o marcos
da percepção sensorial, refletir sobre relações simples e
complexas, formar conceitos, elaborar conclusões e
resolver problemas teóricos complicados. Essa forma de
pensamento é singularmente importante, já que serve
como base à assimilação e ao emprego dos
conhecimentos e como meio fundamental da atividade
cognitiva complexa do homem. (Ajuriaguerra (1992 apud
Rosa Neto, 2002, p. 24)

LEITURA E ESCRITA

A leitura é um fenômeno de utilização de signos lingüísticos no ato da


leitura, sempre está envolvido o uso múltiplo de muitos índices, e a escrita é
uma parte delas. Mas o que é ler? Segundo o dicionário Aurélio (1986, p.
1019), ler é:
"ver o que está escrito, decifrar, interpretar um texto por
meio de leitura: compreender o que está dito através dos
sinais gráficos; tomar conhecimento do conteúdo de um
texto pela leitura; reconhecer a mensagem do texto".
(Aurélio (1986, p. 1019)

O ensino da leitura é um processo complexo e atravessam várias


fases e momentos do sujeito, os estímulos visuais implicados deixam de ser
neutro, o que ocorria antes de aprender a ler e passam a ser discriminativos,
por conseguinte, o aprendizado da leitura é um processo mediante o qual se
modifica o caráter que certos estímulos visuais têm para o sujeito.
A escrita, ao contrário da oral, não faz parte de nossa
hereditariedade, se, por um lado, nascemos para falar; por outro, precisamos
aprender a escrever. A criança à medida que vai desenvolvendo vai adquirindo
condutas motoras manuais básicas através da reprodução de modelos gráficos
que são estímulos visuais. Ela escreve de acordo esses modelos, quando
alcança função discriminativa, quando controla sua conduta manual. O primeiro
modelo a imitar estaria constituído pela mão do professor, no momento de
traçar o que foi escrito. Não há idade para se aprender a escrever; em outras
palavras, podemos aprender a escrever aos 6, 7, 12, 50 anos, ou nunca,
dependendo das oportunidades de acessos a bens culturais, sendo a escrita
um dos aspectos mais importantes que uma sociedade pode ter. Segundo
Ferreiro (1993, p. 34).
"A fala não se confunde com a escrita. Escrever não é transformar o que se ouve em formas
gráficas, assim como ler também não equivale a reproduzir com a boca o que o olho reconhece

visualmente" (Ferreiro (1993, p. 34).

Dessa forma, alguns estímulos visuais neutros, o modelo da escrita de


copiar, as letras, se constitui em estímulos de uma conduta manual (escrever),
que tem como conseqüência à aparição de outros estímulos visuais, as
primeiras letras escritas pelo sujeito.

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