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fim de atender às necessidades das partes envolvidas em um litígio, em virtude dos variados conflitos
sociais, sejam eles de natureza civil, trabalhista ou tributária.
O obj. fazer a prova pericial é a procura da demonstração da verdade, que fará com que o juiz
ao julgar uma discussão entre as partes, terá a certeza plena de estar realizando a verdadeira justiça.
Como o juiz necessita de especialistas em áreas específicas, nas quais não possua o
conhecimento necessário para elucidar um conflito, surge a figura do PERITO, que irá cumprir uma
importante missão aplicando seus conhecimentos científicos em sua área profissional ao mundo
jurídico, solucionando questões que poderá desvendar de forma objetiva e segura.
Perícia “consiste numa declaração de ciência com o objetivo de esclarecer aspectos técnicos ou
inerentes dos fatos, mediante exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, avaliação ou
certificação. É requerida por uma das partes litigantes ou determinada pelo Juíz, com o objetivo de
fazer prova perante este e as partes”.
“Perícia Contábil é a verificação de fatos ligados ao patrimônio individualizado. Para tal opinião
realizam-se exames, vistorias, indagações, investigações, avaliações, arbitramento, em suma, todos
e qualquer procedimento necessário à opinião.”
“Perícia contábil tem por objeto central as questões contábeis limitação da matéria;
pronunciamento adstrito à questão ou questões propostas; meticuloso e eficiente exame do
campo prefixado; escrupulosa referência à matéria pericial; imparcialidade absoluta de
pronunciamento. São os fatos de natureza contábil abordados nos autos sobre os quais o
magistrado deverá debruçar-se para exarar sua sentença”.
2 – OBJETIVOS
auxiliares da justiça,
o juiz achar que para melhor julgamento de um litígio, necessite de um profissional para o auxiliar.
O mesmo nomeará um expert, juiz o convocará, por nomeação, sempre que “... a prova do fato
depender de conhecimento técnicos ou científicos.. “A perícia contábil, tanto a judicial, como
extrajucial e a arbitral, é de competência exclusiva Contador registrado em Conselho Regional de
Contabilidade” e orienta sobre a competência profissional que o contador, na função de perito-
contador ou perito-contador assistente, adequado nível de competência, aplicáveis à perícia, da
legislação relativa à profissão contábil e das normas jurídicas, atualizando-se permanentemente,
mediante programas de capacitação, treinamento, educação continuada e especialização, realizando seus
trabalhos com a observância do princípio da equidade.
“A perícia tem por finalidade, por objetivo –verdadeiro do objeto (matéria), sobre a qual
foi instalada a se manifestar. Esta opinião, por outro lado, deve estar estruturada sobre
conhecimentos científicos ou técnicos orientados pela independência, de modo a suprir a
ausência de conhecimentos especiais do usuário, com a isenção e não-animosidade que a
independência propicia”.
Para ORNELAS (1995, p.30) “A perícia contábil é o conjunto de procedimentos técnicos que
tem por objetivo a emissão de laudo sobre questões contábeis, mediante exame, vistoria,
indagação, investigação, arbitramento, avaliação ou certificação”.
A perícia e a auditoria as diferenças são bastante consideráveis quando nos aprofundamos na sua
execução.
Diferentemente da perícia, é habitual, podendo ser feita por seleção e amostragem e visa atingir um
público bem maior, como seja sócios, diretores, credores, investidores, fisco e demais usuários
interessados na informação.
MÉTODO DA PESQUISA
USUÁRIOS INFORMAÇÃO
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Perícia – Com oportunidade – é determinada pelo magistrado ou requerida pelas partes, para
produção de provas em período certo do processo e prazo determinado, por uma única vez.
ESCOPO DO TRABALHO
Perícia – Todos os meios de provas aceitos em juízo para elucidação dos fatos objetos da lide.
4 – TIPOS DE PERÍCIA
A perícia Judicial é aquela que envolve o Poder Judiciário, quando as partes em um litígio não
fazem acordo para resolver uma questão, normalmente uma das partes ou as partes requerem e o juiz
defere o requerimento, ou ainda quando o juiz entende que a questão necessita de um laudo pericial,
requer a perícia.
MORAES (2000, p. 70) afirma que “Quando a perícia é solicitada pelas partes diz-se ser perícia
requerida, e quando determinada pelo juiz, diz-se ser perícia de ofício”.
A Perícia de Ofício, não solicitada por nenhuma das partes, é solicitada pelo juíz que entende a
necessidade da investigação. Nesse caso os honorários do perito do juíz correrão por conta do autor
do processo, e cada parte arca com os honorários do perito contador assistente.
Varas Cíveis – as perícias versam principalmente, sobre avaliações patrimoniais, lides entre sócios,
indenizações, prestação de contas, revisional de aluguéis, avaliação de fundos de comércio
(valores imateriais integrantes do estabelecimento comercial, tais como: valor de marcas,
patentes, nomes comerciais, contratos, royalties. Diferença entre o valor real de aquisição e a
sua reavaliação a preço de mercado, etc);
Varas de Fazenda Pública - quaisquer litígios que envolvam o Estado, quando trata-se de direitos
patrimoniais.
É um tipo de perícia que não envolve o Poder Judiciário, geralmente é uma forma amigável entre
partes resolver um litígio. As partes de forma consensual elegem um perito para apresentar um
laudo pericial objeto da lide.
o perito, via de regra, é uma pessoa amiga das partes, além de gozar de confiança irrestrita de
ambas. Essa forma de perícia é muito peculiar. não desejam dar publicidade aos fatos envolvidos e nem
se interessam por resolução conflitante, pelo contrário, estão mais propensas ao acordo”.
“A arbitragem é um modo de solucionar controvérsias entre duas ou mais pessoas – físicas ou jurídicas –
em questões que envolvem direitos patrimoniais. Trata-se de exercício processual em que o julgador (o
árbitro) pode valer-se de mecanismos idênticos aos da Justiça Comum (realizar audiências, ouvir
testemunhas e determinar levantamentos de provas) com a finalidade de se convencer e prolatar sentença
sobre a questão”.
“As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios
relativos a direitos patrimoniais disponíveis”.
Segundo MORAES (2000, p.74) “A perícia arbitral, a exemplo de outras formas de perícia, deverá
conhecer do processo e reportar-se diretamente ao árbitro ou tribunal arbitral que é a autoridade
designada para propor a solução do conflito. Nessas condições a perícia arbitral muito se assemelha à
perícia judicial”.
Como a arbitragem é relativamente nova no Brasil, para o contador exercer a função de árbitro
necessita de conhecimento de suas regras, efeitos e aplicações.
Especialidades – no caso de uma questão mais técnica, poderá ser nomeado um árbitro do ramo;
Ambiente – menos formal e mais flexível, sem o rigor dos processos judiciais. Há maior possibilidade
de se preservar as relações existentes;
Custos – cobrados de acordo com o previsto em tabela própria, em consonância com o praticado nas
demais instruções arbitrais brasileiras e alienígenas.
A lei processual civil chama de perito aquele que é nomeado por iniciativa do Juiz. Depois da
nomeação do perito, podem as partes ou uma delas indicar assistente técnico (“Perito das Partes”).
5) substituído por decisão do juiz 5) pode ser substituído pela parte que o
contratou
O Conselho Federal de Contabilidade preconiza através da NBC – T-13, item “13.5.3 – O laudo será
datado, rubricado e assinado pelo perito contador, que nele fará constar a sua categoria profissional de
Contador e o seu número de registro em Conselho Regional de Contabilidade”, nem sempre é possível ou
conveniente ao assistente participar da elaboração do laudo conjuntamente com o perito e surgem aí
vantagens e desvantagens conforme abaixo:
Vantagens:
- Discussão do laudo
- Não haver emissão de parecer contrário ao laudo
- Parágrafo único art. 433 “Art. 433 - ... Parágrafo único. Os assistentes técnicos oferecerão seus
pareceres no prazo comum de dez dias após a apresentação do laudo, independentemente de
intimação”.
- Celeridade no processo
- Cooperação nas diligências
- Relação amistosa
Desvantagens:
- Português instrumental
- Resoluções emanadas pelo CFC
- Relação interpessoal
- Lei das S/A
- Lei das Falências
CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA PERÍCIA CONTÁBIL
Para LOPES SÁ (2000, p.32), “toda perícia envolve uma questão, ou seja, um
pedido de opinião ou informação de quem é competente para dar”, defende ainda o auto
que “os fatos são ocorrências que não se confundem com as razões que motivaram uma
perícia, mas é preciso conhecer a ambos para planejar”, portanto este é um trabalho que
deverá ser bem planejado, pois quando perito do juiz, a tendência é que seu laudo seja
de maior confiabilidade do juiz, se perito das partes o profissional precisa se aprofundar
nas razões de seu cliente, e dentro dos meios lícitos, éticos e conhecimentos, buscar
razões em seu favor, para o perito assistente não há o ônus da suspeição, mas exigi-se o
dever ético do profissional.
A NBC-T-13, orienta que a perícia deve ser planejada cuidadosamente, com vista
ao cumprimento do prazo, inclusive o da legislação relativa ao laudo ou parecer, o
conhecimento detalhado dos fatos concernentes à demanda, as diligências a serem
realizadas, os livros e documentos a serem compulsados, a natureza, a oportunidade e a
extensão dos procedimentos de perícia a serem aplicados, a equipe técnica necessária
para a execução do trabalho, os quesitos, quando formulados, e o tempo necessário para
a elaboração do trabalho. A NBC-T-13, afirma ainda que o perito contador assistente
pode, tão logo tenha conhecimento da perícia, manter contato com o perito contador,
pondo-se a disposição para o planejamento e a execução conjunta da perícia. Uma vez
aceita a participação, o perito contador deve permitir o seu acesso aos trabalhos. Na
execução do trabalho pericial deve o perito manter registros dos locais e datas das
diligências, nomes das pessoas que os atenderem, relacionado os livros e documentos
examinados ou arrecadados, dados e particulares de interesse da perícia.
O CPC prevê no “art. 429 – Para o desempenho de sua função, podem o perito e
os assistentes técnicos utilizar-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas,
obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder de parte ou em
repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias e
outras quaisquer peças.”
A NBC-T-13 afirma que a perícia deve ser planejada cuidadosamente, com vista
ao cumprimento do prazo, inclusive o da legislação relativa ao laudo ou parecer.
6 – NOMEAÇÃO DO PERITO
O Código de Processo Civil, em seu artigo 421, diz que o Juiz nomeará o perito,
através de um despacho no processo, emiti um mandado de intimação, que é a forma
oficial onde o profissional, cadastrado na instância judicial, toma conhecimento de sua
nomeação para realizar a perícia.
Art. 146 - O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo que lhe assina
a lei, empregando toda a sua diligência; pode, todavia, escusar-se do
encargo alegando motivo legitimo.
Parágrafo único: A escusa será apresentada dentro de cinco dias, contados
da intimação, ou do impedimento superveniente, sob pena de reputar
renunciado o direito de alegá-la (art. 423).
Art. 423 - O perito pode escusar-se, ou ser recusado por impedimento1 ou
suspeição, ao aceitar a escusa ou julgar procedente a impugnação, o juiz
nomeará novo perito.
IMPEDIMENTO LEGAL
IMPEDIMENTO TÉCNICO
SUSPEIÇÃO
O art. 422 do CPC revela que “o perito cumprirá escrupulosamente o encargo que
lhe foi cometido, independentemente de termo de compromisso. Os assistentes técnicos
são de confiança das partes, não estão sujeitos a impedimentos ou suspeição”.
Quando nomeado o perito contador em juízo, para que ele possa desempenhar seu
verdadeiro papel, perante o magistrado, que é o de levá-lo a decidir pela verdadeira
justiça.
Não deverá por hipótese alguma demonstrar interesses, dos mais diversos
possíveis, no julgamento da causa para beneficiar terceiros ou a si próprio, direto ou
indiretamente. Tornando-se assim suspeito os seus atos, mesmo que todos os
envolvidos nos autos não hajam com má fé. O Código de Processo Civil em seu art.
135 aplica ao perito a mesma penalidade que o juiz:
Conforme o art. 424 do CPC o perito nomeado para um trabalho pericial, poderá
ser substituído em um processo judicial.
7 – PROPOSTA DE HONORÁRIOS
A oferta de honorários, deve ser feita mediante petição ao juiz no caso do perito
contador e no caso do perito contador assistente diretamente com as partes, para
MAGALHÃES (1995, p.91) “Na petição de requerimento do arbitramento de seus
honorários, o perito contábil fará uma exposição resumida dos principais eventos de seu
trabalho, a título de justificativa e embasamento para o valor requerido”.
8 – PRAZOS
A NBC T-13 afirma “A perícia deve ser planejada cuidadosamente, com vista ao
cumprimento do prazo, inclusive o da legislação relativa ao laudo ou parecer. Na
impossibilidade do cumprimento do prazo, deve o contador, antes de vencido aquele,
requerer prazo suplementar, sempre por escrito”.
“Art. 178. O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é contínuo, não se interrompendo
nos feriados.”
“Art. 182. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar
os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte,
prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias.”
“Art. 240. Salvo disposição em contrário, os prazos para as partes, para a Fazenda
Pública e para o Ministério Público contar-se-ão da intimação.
Parágrafo único. As intimações consideram-se realizadas no primeiro dia útil seguinte,
se tiverem ocorrido em dia em que não tenha havido expediente forense.” (acrescentado
pela Lei 8079/90)
“Art. 185. Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o
prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.”
“Art. 187. Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz
exceder, por igual tempo, os prazos que este Código lhe assina.”
“Art. 188. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer
quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.”(redação anterior)
Quando o Perito do juíz se deparar com um perito assistente leigo, quer dizer, um
assistente que não seja Contador inscrito no Conselho Regional de Contabilidade,
obedecendo as normas, deverá este não trabalhar em conjunto e comunicar ao juíz que
trata-se de um perito assistente leigo, e fundamentado pedir a destituição do assistente
do referido encargo.
“A conduta dos contabilistas em relação aos colegas deve ser pautada pelos
princípios de consideração, respeito, apreço e solidariedade, em
consonância com os postulados de harmonia da classe.
Parágra Único – O espírito de solidariedade, mesmo na condição de
empregado, não induz nem justifica a participação ou conivência com o erro
ou com os atos infrigentes de normas técnicas ou legais que regem o
exercício da profissão”.
“Art. 147. O perito que por dolo ou culpa prestar informações inverídicas responderá
pelos prejuízos que causar à parte, ficará inabilitado por dois anos, a funcionar em
outras perícias e incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer”.
“Art. 424. O perito pode ser substituído quando: (Redação determinada pela Lei
8455/92)
I – carecer de conhecimento técnico ou científico;
II – sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado.
(Redação determinada pela Lei 8455/92)
Parágrafo Único. No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à
corporação profissional respectiva, podendo, ainda impor multa ao perito, fixada tendo
em vista o valor da causa e o possível prejuízo decorrente do atraso no processo.
(Redação determinada pela Lei 8455/92)
“Art 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade, como testemunha, perito,
tradutor ou intérprete em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo
arbitral:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Parágrafo 1º. Se o crime é cometido com o fim de obter prova destinada a produzir
efeito em processo penal:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.”
O artigo acima tem como objeto jurídico a administração da justiça, no que diz
respeito ao prestígio e seriedade da coleta de provas.
“Art. 344. Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio
ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é
chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo
arbitral:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à
violência”.
Fraude Processual
Exploração de Prestígio
“Art. 357. Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir
em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionários de justiça, perito, tradutor,
intérprete ou testemunha:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que o
dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.”
10 – PROVA PERICIAL
ÔNUS DA PROVA
MEIOS DE PROVA
O CPC Art. 332 dispõe: “todos os meios legais, bem como moralmente legítimos, ainda
que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que
se funda a ação ou a defesa”.
A prova no CPC
“Art. 422. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido,
independentemente de termo de compromisso. Os assistentes técnicos são de confiança
da parte, não sujeitos a impedimento ou suspeição.”(Redação determinada pela Lei nº
8455/92).
“Art. 427. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na
contestação, apresentar sobre as questões de fato pareceres técnicos ou documentos
elucidativos que considerar suficientes.”(Redação determinada pela Lei nº 8455/92)
“Art. 428. Quando a prova tiver de realizar-se por carta, poderá proceder-se à
nomeação de perito e indicação de assistentes técnicos no juízo, ao qual se requisitar a
perícia.”
“Art. 436. O juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formar a sua convicção
com outros elementos ou fatos provados nos autos”.
O perito não pode desconhecer da eficácia das provas para o deslinde do processo.
Alguns dos artigos assim se manifestam:
“Art. 365. Fazem a mesma prova que os originais:
I – as certidões textuais de qualquer peça dos autos, do protocolo das audiências, ou de
outro livro a cargo do escrivão, sendo extraído por ele ou sob sua vigilância e por ele
subscritos;
II – os translados e as certidões extraídas por oficiais públicos, de instrumentos ou
documentos lançados em suas notas;
III – As reproduções dos documentos públicos, desde que autenticadas por oficial
público ou conferidas em cartório, com os respectivos originais.”
“Art. 367. O documento feito por oficial público incompetente, ou sem a observância
das formalidades legais, sendo subscrito pelas partes, tem a mesma eficácia probatória
do documento particular.”
“Art. 376. As cartas bem como os registros domésticos provam contra quem os
escreveu quando:
I – enunciam o recebimento de um crédito;
II – contem anotações, que visam suprir a falta de título em favor de quem é apontado
como credor;
III – expressam conhecimento de fatos para os quais não se exija determinada prova.”
“Art. 377. A nota escrita pelo credor em qualquer parte de documento, representativo
de obrigação, ainda que não assinada, faz prova em benefício do devedor.
Parágrafo único. Aplica-se esta regra tanto para o documento, que o credor conservar
em seu poder, como para aquele que se achar em poder do devedor.”
“Art. 379. Os livros comerciais, que preencham os requisitos exigidos por lei, provam
também a favor do seu autor no litígio entre comerciantes.”
“Art. 380. A escrituração contábil é indivisível; se dos fatos que resultam dos
lançamentos uns são favoráveis ao interesse de seu autor e outros lhe são contrários,
ambos serão considerados em conjunto como unidade.”
“Art. 381. O juiz pode ordenar, a requerimento da parte, a exibição integral dos livros
comerciais e dos documentos do arquivos:
I – na liquidação de sociedade;
II – na sucessão por morte de sócio;
III – quando e como determinar a lei.”
“Art. 382. O juiz pode, de ofício, ordenar à parte a exibição parcial dos livros e
documentos, extraindo-se deles a suma que interessar ao litígio, nem como reprodução
autenticadas.”
“Art. 385. A cópia de documento particular tem o mesmo valor probante que o original,
cabendo ao escrivão, intimadas as partes, proceder à conferência e certificar-se a
conformidade entre a cópia e o original.
Parágrafo 1º. Quando se tratar de fotografia, esta terá de ser acompanhada do respectivo
negativo.
Parágrafo 2º. Se a prova for uma fotografia publicada em jornal, exigir-se-ão o original
e o negativo.”
11.1 - Direitos
“Art. 432. Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do
prazo, o juiz conceder-lhe-á, por uma vez, prorrogação, segundo o seu prudente
arbítrio”.
“Art. 429. Para o desempenho de sua função, podem o perito e os assistentes técnicos
utilizar-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações,
solicitando documentos que estejam em poder de parte ou em repartições públicas, bem
como instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias e outras quaisquer peças.”
“Art. 15. É defeso às partes e seus advogados empregar expressões injuriosas nos
escritos apresentados no processo, cabendo ao juiz, de ofício ou a requerimento do
ofendido, mandar riscá-las.
11.2 – Deveres
De aceitar o encargo.
Dever de servir. Refere-se a obrigação que tem o perito de cumprir o ofício. Art.
146 – (já abordado anteriormente)
“Art. 424. O perito pode ser substituído quando: (Redação determinada pela Lei
8455/92)
“Art. 433. O perito apresentará o laudo em cartório, no prazo fixado pelo juiz, pelo
menos vinte dias antes da audiência de instrução e julgamento. (Redação determinada
pela Lei 8455/92)
Parágrafo único. Os assistentes técnicos oferecerão seus pareceres no prazo comum de
dez dias após a apresentação do laudo, independentemente de intimação.”
12 – LAUDO PERICIAL
13.6.1.6. O Laudo Pericial Contábil deve ser uma peça técnica elaborada de
forma seqüencial e lógica, para que o trabalho do perito-contador seja
reconhecido também pela padronização estrutural.
13.6.2.1. O Laudo Pericial Contábil deverá ser uma peça técnica, escrita de
forma objetiva, clara, precisa, concisa e completa. Ainda, sua escrita
sempre será conduzida pelo perito-contador, que adotará um padrão
próprio, como o descrito no item Estrutura.
13.6.2.2. Não deve o perito-contador utilizar-se dos espaços marginais ou
interlineares para lançar quaisquer escritos no Laudo Pericial
Contábil.
13.6.2.5. O Laudo Pericial Contábil deverá ser escrito de forma direta, devendo
atender às necessidades dos julgadores e ao objeto da discussão,
sempre com conteúdo claro e dirigido ao assunto da demanda, de
forma que possibilite os julgadores a proferirem justa decisão. O
Laudo Pericial Contábil não deve conter elementos e/ou informações
que conduzam a dúbia interpretação, para que não induza os
julgadores a erro.
TERMINOLOGIA
ESTRUTURA
g) conclusão;
Para que o laudo pericial seja de boa qualidade, deve conter objetividade, rigor
tecnológico, concisão, argumentação, exatidão e clareza.
O perito contador assistente, manifesta a sua opinião de forma objetiva que pode
concordar ou discordar do laudo oficial.
Para JESUS (2000, p.177) “ O parecer pericial contábil é a peça escrita na qual o
perito contador assistente expressa, de forma circunstanciada, clara e objetiva, os
estudos, as observações e as diligências que realizou e as conclusões fundamentadas
dos trabalhos. O parecer pericial contábil, serve para subsidiar as partes, bem como
para analisar de forma técnica e científica o laudo pericial contábil”.
14 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
ALBERTO, Valder Luiz Palombo, Perícia contábil. São Paulo: Atlas, 1996.
ORNELAS, Martiho Maurício Gomes de, Perícia contábil. São Paulo: Atlas,
1995.
PIRES, Marco Antônio Amaral, Perícia contábil: uma abordagem teórica, ética, legal,
processual e operacional; casos praticados. São Paulo: Atlas, 1998.
SALOMON, Délcio Vieira, Como fazer uma monografia, São Paulo: Martins Fontes,
2000.
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. 29ª edição – Editora Saraiva – 2001
PETIÇÕES
A–
B–
C–
Atenciosamente
Natal/RN, .....................................................
Para melhor esclarecimento, solicita apenas uma via de cada Nota Fiscal,
ou na falta, a exibição dos Livros Fiscais de Saídas de Mercadorias onde se possa
colher os dados correspondente ao período retro, identificado nos quesitos.
Cordialmente,
Processo nº:
Autor:
Réu:
Pede deferimento.
Natal/RN, ......................................................
Autor:
Réu:
Ação:
Processo n°:
Obs.: Tais motivos são somente aqueles insertos no art. .......... do CPC e nos itens do
Impedimento Legal ou Impedimento Técnico da NBC P 2.3 – Impedimento e
Suspeição.
Nome do perito-contador
Registro no CRC
MODELO DE PETICÃO DE HONORÁRIOS
PERICIAIS CONTÁBEIS
Processo nº:
Ação:
Autor/Requerente:
Réu/Requerido:
Perito:
HONORÁRIOS PERICIAIS
CUSTO DA PERÍCIA HORAS TOTAL
ESPECIFICAÇÃO DO TRABALHO PREVISTAS R$/HORA R$
Retirada e entrega dos autos
Leitura e interpretação do
processo
Planejamento dos trabalhos
periciais
Abertura de papéis de trabalho
Elaboração de petições e/ou
correspondências para solicitar
informações e documentos
Realização de diligências e
exame de documentos
Pesquisa e exame de livros e
documentos técnicos
Realização de cálculos,
simulações e análises de
resultados
Laudos Interprofissionais
Preparação de anexos e
montagem do Laudo
Reuniões com perito-
contadores assistentes, quando
for o caso
Reuniões com as partes e/ou
com terceiros, quando for o
caso
Redação do laudo
Revisão final
TOTAL
Cidade e data.
Nome completo
Perito Contador CRC .......... nº ................
Processo nº:
Ação:
Autor/Requerente:
Réu/Requerido:
Perito:
Cidade e data.
Nome completo
Perito Contador CRC .......... nº ................
Processo nº
Ação:
Embargante:
Embargado:
Natal(RN), .
1. OBJETIVO DA PERÍCIA:
2.2 Para o procedimento do item anterior, tomou-se por base as fichas financeira
acostadas aos autos, referente a novembro e dezembro/93. Para janeiro e
fevereiro/94 o valor percebido pelos autores em cruzeiros reais, informado pelo
embargante às fls. 14, 29, 45, 60, 73, 88, 102, 116, 130 e 143. Procedimento este
adotado pelo fato das fichas financeiras apresentarem o valor das vantagens dos
servidores para janeiro e fevereiro de 1994 indevidamente em URV.
2.3 – Para apurar as diferenças devidas em URV nos meses de março/94 à junho/94,
deduziu-se o valor pago em URV ( fichas financeiras dos autores), após procedeu a
conversão da diferença em URV para cruzeiros reais, (QUADRO
DEMONSTRATIVO DAS DIFERENÇAS EM URV).
2.6 - Esclarece esta Perita, que o valor do salário família considerado para o mês de
janeiro e fevereiro/94, foi o determinado no dispositivo do artigo 3º da Lei 6.568 de
24.01.94.(fls. 156/181 dos autos), levando-se em consideração a quantidade de
quotas devida, através de análise das fichas financeiras dos autores.
3. CONCLUSÃO:
Após o levantamento e efetuados os cálculos esta perita concluiu que
o valor total da execução atualizado até outubro de 2000 é de R$ 36.698,61 (trinta e seis
mil seiscentos e noventa e oito reais e sessenta e um centavos).
Nada mais havendo a considerar, damos por encerrado o presente
trabalho.
Natal(RN), .......