Sie sind auf Seite 1von 19

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE AGRONOMIA E ENGENHARIA DE ALIMENTOS


SOCIOLOGIA RURAL

CONTAG
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA
AGRICULTURA

Goiânia-GO
Abril de 2011
2

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS


ESCOLA DE AGRONOMIA E ENGENHARIA DE ALIMENTOS
SOCIOLOGIA RURAL

CONTAG
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA
AGRICULTURA

Professor: Gabriel Medina

Alunos:
Adriana Moreira Cardoso
Giselli Lacerda Camilo
Joelina da Silva Mendonça
Juliana de Oliveira Silva
Khaico Henrique Mendonça
Laryssa Moreira Bernardes
Mariana Vaz Bisneta
Rodrigo Hermann
Rodrigo Leonel de Paula
Rui Rosa de Paula Júnior
Wellington Alvarenga

Goiânia-GO
Abril de 2011
3

SUMÁRIO

1. HISTÓRICO ............................................................................................................... 04
1.1. TRAJETÓRIA POLÍTICA DA CONTAG ...................................................... 04

2. OBJETIVOS ................................................................................................................ 07
3. ESTRATÉGIA DE AÇÃO .......................................................................................... 09
4. RESULTADOS NO BRASIL ...................................................................................... 11
5. RESULTADOS EM GOIÁS ....................................................................................... 13
6. TODO GRUPO POSSUI UM INIMIGO – CNA ........................................................ 15
6.1. PRESIDENTE ................................................................................................. 15
6.2. ESTRUTURA .................................................................................................. 15
6.3. ALGUNS PROGRAMAS ............................................................................... 16
6.4. ALGUNS PROGRAMAS REALIZADOS PELA CNA ................................. 17
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 19
4

1. HISTÓRICO

Criada em 1963 por organizações trabalhistas e presidida primeiramente por


Lyndolpho Silva, com o intuito de defender e apoiar os interesses profissionais e sociais,
individuais e coletivos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, na ativa ou aposentados,
guiando-se pelas leis em vigor.
É a maior entidade camponesa da América Latina organizada em 27 Federações
Estaduais de Trabalhadores na Agricultura e 4100 Sindicatos de Trabalhadores Rurais.

1.1. Trajetória política da CONTAG


A partir da década de 50 começaram a surgir movimentos com objetivo de defender os
trabalhadores e trabalhadoras do campo, a fim de melhores condições de vida.
Em Pernambuco foi fundada a Sociedade Agrícola e Pecuária dos Plantadores,
promovendo importantes lutas na época, surgindo assim a primeira experiência de Ligas
Camponesas. Com esse processo de organização e luta, foram criadas outras organizações,
como por exemplo, o Movimento dos Agricultores Sem Terra – MASTER no sul do país.
Em 1954 com a necessidade de uma representação nacional dos camponeses foi criada
a União dos Lavradores Agrícolas do Brasil – ULTAB, tendo como presidente Lyndolpho
Silva, que uma década depois viria a ser o primeiro presidente da CONTAG.
Com a atuação de todas essas organizações, a criação de sindicatos foi acelerada,
fazendo com que as bandeiras de luta e as linhas de ação comuns fossem ampliadas. Com esse
intuito realizaram o 1° Congresso Nacional de Lavradores e Trabalhadores Agrícolas (1961) –
convocado e coordenado pela ULTAB.
Em 22 de fevereiro de 1963, trabalhadores rurais de 18 estados, distribuídos em 29
federações, decidiram criar a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura –
CONTAG, reconhecida em 31 de janeiro de 1964 por decreto presidencial.
A CONTAG torna-se assim a primeira organização sindical reconhecida por lei em
caráter nacional. Nascendo em um momento de crise, resistiu bravamente ao regime militar.
Com o regime militar houve uma paralisação nas mudanças que vinham ocorrendo.
Dirigentes sindicais foram presos, torturados e substituídos por interventores do Estado. O
governo militar promoveu a concentração de áreas nas mãos dos patronatos, que exploravam
mão-de-obra barata. A repressão do sindicato não permitia aos trabalhadores rurais
reivindicarem seus direitos.
5

As lideranças políticas sindicais comprometidas com a luta por direitos e liberdade,


resistiram como puderam ao regime militar e no 1° Congresso Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura – CNTR, onde se viu claramente a existência de dois grupos políticos, um ligado
ao interventor e outro ligados aos trabalhadores rurais.
Em 1967, o Rio de Janeiro foi sede da Conferência Nacional Intersindical, conferência
na qual a reforma agrária foi defendida de forma unânime. Surgindo dessa conferência uma
chapa para concorrer às eleições da CONTAG.
A nova diretoria encabeçada por José Francisco da Silva tomou posse em 1968, já
convocando todas as federações para a elaboração de um Plano de Integração Nacional – PIN,
sendo a reforma agrária sua principal bandeira de luta.
A CONTAG investia na formação de líderes, por meio de cursos sobre realidade
brasileira, legislação trabalhista, agrária, agrícola, cooperativismo e de organização sindical,
iniciando com isso um contínuo trabalho de conscientização dos trabalhadores rurais sobre
seus direitos, qualificando-os para a luta cotidiana.
Em 1968/1969 foi criada a revista mensal “O trabalhador rural”, onde a CONTAG
expunha suas bandeiras de luta, ideias e propostas.
Em 1971 foi realizada a 4° eleição da CONTAG, escolhendo José Francisco como
presidente.
2° Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais – CNRT 1973.
3° Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais – 1979, dando visibilidade nacional
ao sindicalismo de trabalhadores coordenados pela CONTAG.
O 4° CNTR em 1985 teve como ponto alto a reforma agrária. Em dezembro de 1985
aconteceu a 1° Eleição Congressual da história da CONTAG.
O dirigente Francisco Urbano foi eleito presidente da CONTAG no 5° CNTR em
1991.
O 6º CNTR, em 1995, foi um marco, pois a partir daí o Movimento Sindical dos
Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – MSTTR incorporou o conceito de agricultura familiar
às suas formulações. Também no 6° CNTR foi aprovada a filiação da CONTAG à Central
Única dos Trabalhadores - CUT.
Em 1998 durante o 7° CNTR foi debatido e aprovado o Projeto Alternativo de
Desenvolvimento Rural Sustentável – PADRS, tendo como princípio a reforma agrária. Neste
mesmo Congresso foi incluído mais um “T” no seu nome, e passou a ser 7° Congresso
Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, sendo aprovada a cota de no mínimo
30% de mulheres em todas as instâncias do sindicalismo rural.
6

Em 2001, na realização do 8° CNTTR, foi criada a Comissão Nacional de Jovens


Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais.
Os congressos da CONTAG proporcionaram o debate, a socialização e a integração
nacional das políticas do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais –
MSTTR.
O 9° Congresso Nacional da CONTAG, realizado em Brasília, em 2005, serviu para
implementar e ajustar o PADRS, ressaltando-se a solidariedade, passando a ser chamado de
Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário – PADRSS.
Com a incorporação de novas propostas no PADRSS, houve uma grande mudança no
MSTTR, aumentando assim suas frentes de luta, expandindo e qualificando suas ações. Com
essa ampliação foram criadas secretarias específicas em todos os Sindicatos, visando sempre à
qualificação política, sindical e profissional de novas lideranças sindicais e técnicas do
MSTTR.
Todo esse processo de formação busca unir política sindical com as necessidades de
melhorias na qualidade de vida, nas condições de trabalho, aumento dos salários, ensino de
qualidade, saúde pública, lazer. Associado à distribuição mais justa da terra, direito ao crédito,
infra-estrutura social, tecnologia de produção, isso tudo de um modo sustentável.
Atualmente a CONTAG tem como presidente Alberto Ercílio Broch e conta com
várias secretarias e sindicatos pelo país.
A CONTAG, desde sua criação até hoje, conta com a participação e colaboração de
milhões de trabalhadores e trabalhadoras rurais, lutando por uma sociedade mais justa,
democrática, solidária e desenvolvida sustentavelmente.

“O desenvolvimento deve vir acompanhado de transformações sociais e políticas.”


7

2. OBJETIVOS

A CONTAG tem as seguintes finalidades e objetivos:

• organizar, apoiar e desenvolver as ações que visem a conquista de melhores condições


de vida e de trabalho para a categoria trabalhadora rural e para o conjunto da classe
trabalhadora;

• defender e lutar pela manutenção e ampliação das liberdades e garantias democráticas


como instrumento de defesa dos direitos e conquistas dos trabalhadores, trabalhadoras
e de suas organizações sindicais;

• lutar por uma organização sindical democrática, autônoma, participativa,


autossustentada e classista, livre de qualquer tipo de interferência ou intervenção
externa;

• defender e promover a unidade e solidariedade entre os trabalhadores;

• promover a formação e educação sindical dos integrantes da categoria trabalhadora


rural, propiciando o aparecimento de novas lideranças;

• participar da elaboração construção e implementação do projeto de desenvolvimento


rural sustentável e solidário;

• lutar por melhores condições de trabalho, de salário, de segurança e de vida digna para
os assalariados e assalariadas rurais;

• lutar pela implementação de uma reforma agrária ampla, geral e massiva, com a
participação dos trabalhadores e trabalhadoras rurais e de suas entidades sindicais, que
assegure a democratização do acesso á terra;

• lutar pela implementação de uma política agrícola diferenciada que promova o


fortalecimento e a valorização da agricultura familiar;

• lutar pelo aprimoramento da seguridade social (previdência social, assistência social e


saúde) pública, universal e solidária, assegurando o acesso de todos os trabalhadores e
trabalhadoras rurais aos seus benefícios;

• lutar pelo acesso dos trabalhadores e trabalhadoras rurais a políticas públicas de


educação gratuitas e de qualidade, que atendam as especificidades do setor rural;

• defender os interesses dos aposentados, aposentadas e pensionistas rurais;


8

• lutar contra qualquer forma de discriminação por motivo de sexo, idade, cor, raça,
etnia, filiação partidária, estado civil ou crença religiosa;

• Promover a valorização e participação igualitária da mulher trabalhadora rural nas


entidades sindicais e na sociedade;

• promover a valorização e assegurar a participação dos trabalhadores e trabalhadoras da


terceira idade e dos jovens nas ações sindicais, encaminhando e defendendo as suas
reivindicações específicas;

• lutar pelo acesso dos trabalhadores e trabalhadoras rurais à infra-estrutura básica,


serviços e a habitação de qualidade e adequados à realidade rural.

• lutar por um meio ambiente saudável e equilibrado, promovendo a sua conservação e


utilização sustentável, visando o bem-estar das gerações atuais e futuras;

• lutar pela preservação do patrimônio artístico e cultural;

• desenvolver ações para a proteção integral para crianças e adolescentes do campo, que
garantam o seu desenvolvimento físico, psíquico, social, pessoal e cultural, com
acesso à educação de qualidade; e

• reivindicar, monitorar e avaliar a implementação de políticas públicas que atendam aos


interesses e necessidades dos homens e mulheres do campo, visando o seu pleno
desenvolvimento e a melhoria das suas condições de vida.
9

3. ESTRATÉGIA DE AÇÃO

As estratégias utilizadas pela CONTAG desde a sua criação (1963) até hoje, para
atingir seus objetivos foram e são definidas em encontros, seminários, debates, em reuniões
de planejamento e avaliação, seminários e congressos estaduais regionais e nacionais
organizados pela CONTAG, FETAEG’s e STTR’s.

Essas estratégias visam uma ampla e massiva reforma agrária, consolidação e


valorização da Agricultura Familiar através de ações para desenvolvimento local, formulação
e acompanhamento de planos municipais e regionais, articulação nos vários níveis, local,
estadual e nacional. Desenvolvendo um trabalho de unidade integrada com secretarias
municipais de agricultura, organizações de pesquisa e assistência técnica, escolas,
universidades, igrejas, cooperativas, associações comunitárias e imprensa.

A CONTAG valoriza em primeiro lugar elaboração de projetos de desenvolvimento


local por processos democráticos com participação popular e atuação nos conselhos
municipais de desenvolvimento para garantir a inclusão das propostas de projetos. Pois assim
a movimentação tem início num ambiente micro com predominância do macro que são os
ideais por quais a CONTAG luta. Tendo assim uma diversidade de perfis enriquecedora com
participação de todos; valorização das mulheres e dos jovens. Tal valorização ocorre
principalmente com a criação de agro indústrias ligadas a agricultura familiar o combate ao
trabalho escravo e infantil, contratações legais, qualificação profissional e campanhas de
educação e prevenção sobre o uso de agrotóxicos.

Outro aspecto da estratégia adotada pela CONTAG é o estabelecimento de alianças


entre os movimentos sindicais que lutam pela melhoria da condição de vida dos trabalhadores.
Em que promove-se a mobilização da comunidade, onde não se defende apenas os interesses
dos representados, propõem-se ações para o conjunto de movimentos sociais.

Formação de líderes sindicais, através de cursos sobre a realidade brasileira,


legislação trabalhista agrária, cooperativismo e organização sindical. Consolidação de um
sistema de comunicação e marketing, divulgando a importância e representatividade da
agricultura familiar para sociedade, tendo seu reconhecimento e valorização devida;
utilizando-se materiais de comunicação sindical: Boletins, jornais, revistas e sociodrama para
conscientização e a socialização das vitórias e lutas.
10

Em síntese as estratégias são mobilizações de massa, elaboração de políticas sociais,


participações em audiências públicas, propostas de leis, formação sindical, comunicação e
marketing sindical, denúncia para contestação e reivindicações e quando necessário
ocupações de órgãos públicos e latifúndios.

Diante das experiências anteriores, atualmente a estratégia da CONTAG é a proposta


de organização dos trabalhadores para atingir hegemonia na sociedade e promover as
mudanças necessárias a partir da política pública.
11

4. RESULTADOS NO BRASIL

A agricultura familiar é o setor de maior importância econômica e social do meio


rural, com grande potencial de fortalecimento e crescimento. Ela emprega hoje, no Brasil,
cerca de 70% das pessoas que trabalham no meio rural e representa 18% de toda população
economicamente ativa do País. É também o principal agente propulsor do desenvolvimento
econômico nas pequenas e médias cidades do interior do Brasil. É estratégico para a
ampliação de empregos, para a distribuição de renda e para a garantia da soberania alimentar
do País.

A construção de um novo projeto de desenvolvimento para o campo, deve


necessariamente priorizar políticas para a agricultura familiar e enfatizar a reforma agrária
como uma forma de incluir novos agricultores e esse é um dos papéis da Contag no Brasil.
Um exemplo dos trabalhos da Contag no Brasil e o seu programa A Voz da Contag é voz do
trabalhador e da trabalhadora rural. O programa semanal de rádio é transmitido, há quase 14
anos, por centenas de emissoras do País. Trata-se da mais importante, duradoura e continuada
experiência de rádio do movimento sindical brasileiro.

O programa veicula informações de interesse dos (as) assalariados (as) rurais,


agricultores (as) familiares e trabalhadores (as) sem-terra do País. Ele também é porta-voz do
movimento sindical dos trabalhadores e trabalhadoras rurais e repercute a agenda do campo
com os dirigentes da Contag. A Voz da Contag divulga ainda as lutas e mobilizações das
Fetags. Outro fato importante da Contag no Brasil são suas reivindicações e representações
em diversos conselhos e pauta a luta e as necessidades dos trabalhadores rurais nos diversos
meios de participação popular principalmente na área de sustentabilidade econômica, social e
ambiental.

Atualmente a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura luta para que o


governo destine no Plano Safra 2011-2012 pelo menos 16 bilhões de reais, o mesmo que foi
liberado para o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) para
financiar a pequena produção. Outro objetivo que a Contag defende para todos os produtores
no Brasil é o aumento do limite de financiamento por produtor e também o fortalecimento da
assistência técnica no meio rural e extensão rural.

A agricultura familiar está presente em 45% dos ecossistemas brasileiros,


desenvolvendo atividades produtivas diversificadas e de baixo impacto, a Contag vem
12

apresentando propostas para alterar o projeto de lei do novo Código Florestal Brasileiro, o
meio rural brasileiro visto como um espaço plural se amparado por políticas públicas
específicas, possibilita oportunidades que desafiam os agricultores(as) familiares a assumir
novas posturas no tratamento das questões ambientais. Por isso, é necessário que a adequação
do Código Florestal correspondam às especificidades e necessidades da agricultura familiar.

Priorizar este segmento, por meio de políticas públicas e leis que assegurem o respeito
a diversidade dos sistemas de produção, garantindo a segurança e a soberania alimentar e
nutricional da população, é a melhor opção para os governos que almejam um território
ambientalmente sustentável. Alguns resultados que se busca é o apoio á comercialização, ao
cooperativismo e a habitação no campo, assim como implementação de agroindústrias.

Dentre vários resultados que a Conta luta no Brasil pelos trabalhadores no campo
podemos citar alguns benefícios como criação de escolas na área rural, onde cresce com a
participação das mulheres. Outro ponto importante que a Confederação busca aos pequenos
produtores é a política de geração junto com o Governo Federal, a garantia de renda, solução
para o endividamento agrícola, ampliação das políticas de seguro agrícola e aumento de
recursos para a reforma agrária. A confederação também tem força e resultou em grandes
conquistas para os pequenos produtores, tais como o Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf); Lei da Agricultura Familiar (11.326/2006), Programa de
Garantia de Preços da Agricultura Familiar; Proagro Mais – Seguro Agrícola; Programa de
Aquisição de Alimentos e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
13

5. RESULTADOS EM GOIÁS

FETAEG
A FETAEG é órgão sindical de grau superior, de representação e defesa dos interesses
e direitos dos trabalhadores rurais do Estado de Goiás. Sua organização de base são os
sindicatos de trabalhadores rurais do Estado de Goiás a ela filiados, sendo que, legalmente,
tem o poder de representação direta dos trabalhadores dos municípios não organizados em
sindicatos.
Atualmente são 121 os sindicatos de trabalhadores rurais a ela filiados.
A FETAEG representa:
• Os ocupantes de terras a qualquer título – pequenos arrendatários, parceiros,
comodatários, posseiros e agricultores familiares em geral.
• Os empregados rurais em todas as atividades de natureza rural (agricultura,
pecuária, extrativismo, e agroindústria no próprio empreendimento ou na cooperativa),
englobando os contratos de curta duração para as atividades de safra.
• Os trabalhadores rurais autônomos, englobando os prestadores de serviços em
geral, pequenos empreiteiros, agregados e outros trabalhadores rurais sem vínculo
empregatício.
A FETAEG, na sua forma de organização e deliberação, conta com; um Congresso
Estadual, que se reúne a cada 4 anos para realizar avaliação geral das ações, conquistas e
desafios e para definir prioridades para o período seguinte, além de ser a instância competente
para eleger a diretoria.
Frentes de lutas:
 reforma agrária;
 agricultura familiar;
 assalariados rurais;
 gênero e geração;
 políticas públicas;
 combate ao trabalho infantil;
 combate ao trabalho escravo;
 proteção do meio ambiente;
 crédito fundiário;
 facilitação do crédito.
14

Números de representações da Fetaeg :


 121 - Sindicatos;
 11 - Pólos;
 10 - Diretorias;
 22 – Assessores;
 170 - Dirigentes executivos;
 191 - Funcionários (nos Sindicatos);
 28 - Cooperativas de Produção;
 06 - Cooperativas de Crédito;
 100 - Extensões de base.
 100.200 - Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais.

Cooperativas
Em Goiás são mais de 45 Cooperativas de Agricultores Familiares;
Destas 45, 36 estão cadastradas na FETAEG e estão atuando de forma efetiva 28
cooperativas; além destas, existem 7 Cooperativas de Créditos e 1 de Assistência Técnica;
Estas cooperativas atendem em média 3.944 famílias;
A Base da Economia destas Cooperativas é o leite, porém se desenvolvem outras
culturas como: suinocultura, frutas, pimenta, mel, açafrão e grãos.
15

6. TODO GRUPO POSSUI UM INIMIGO - CNA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA é uma entidade


representante do setor rural brasileiro. A CNA lidera o sistema organizacional do setor
produtivo. Com sede em Brasília, a Confederação é o fórum nacional de discussões e decisões
dos produtores rurais brasileiros, atuando permanentemente na defesa dos direitos dos
produtores agropecuários e de seus interesses sócio-econômicos.
O Sistema CNA funciona da seguinte forma: as Federações da Agricultura trabalham
nos Estados, os Sindicatos Rurais no âmbito dos municípios e a Confederação da Agricultura
e Pecuária do Brasil – CNA atua na defesa dos interesses dos produtores rurais brasileiros
junto ao Governo Federal, ao Congresso Nacional e aos tribunais superiores do poder
Judiciário, nos quais dificilmente um produtor, sozinho, conseguiria obter respostas para as
suas demandas.

6.1. Presidente
A Presidente da Confederação Nacional dos Agricultores é a senadora Kátia Abreu
(DEM-TO). É formada em psicologia e é uma grande agricultura do Estado do Tocantins,
dando início na atividade após a morte do marido em 1987. Pelo seu destaque no uso de
tecnologias e inovação na agricultura foi convidada a candidatar-se a presidência do Sindicato
Rural de Gurupi, depois foi convidada a se candidatar a presidência da Federação da
Agricultura de Tocantins - FEAT. E em 2005 assumiu a Presidência da Confederação
Nacional dos Agricultores.

6.2. Estrutura

Fonte: Site CNA


16

6.3. Alguns programas realizados pela CNA

• Sindicato Forte: Desenvolver serviços e capacitar pessoas para desenvolver uma auto-
sustentabilidade dos sindicatos participantes, buscando melhorar a vida do produtor
rural.

• Campo Futuro: É um programa destinado aos produtores, trabalhadores rurais e suas


famílias. Esse programa procura desenvolver no produtor a capacidade ter visão de
riscos de preços, custos e produção.

• Com Licença Vou a Luta: É destinado a produtoras e trabalhadoras rurais, procurando


desenvolver competências por meio de atividades na área de empreendedorismo,
direito trabalhista, liderança e planejamento, tornando a participação da mulher no
campo mais ativa.

• Inclusão Digital: Destinado a produtores, trabalhadores rurais e suas famílias, o


programa consiste em inserir no mundo digital as pessoas que trabalham pelo sucesso
do Brasil.

• Ciranda da Cultura: Destinado a produtores, trabalhadores rurais e suas famílias,


consiste em levar cultura (linguagens regionais, música, dança...) e promove a
cidadania pelo país.

• Secretaria Eficiente: Destinado a produtores, trabalhadores rurais e suas famílias, o


programa busca dotar secretarias com melhores condições.

• Negócio Certo: Destinado a produtores, trabalhadores rurais e suas famílias, consiste


em promover a gestão da propriedade rural e o empreendedorismo do produtor e da
sua família.

• Mãos Que Trabalham: É destinado aos produtores rurais, esse programa tem caráter
educativo e preventivo, levando informações aos produtores rurais em relação à
Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho.

• Empreendedor Rural: É destinado aos produtores e trabalhadores rurais, buscando


desenvolver neles competências empreendedoras.

• Observatório: É destinado a população da área rural, esse programa procura identificar


e solucionar as necessidades sociais dos produtores rurais.
17

6.4. Algumas dos divergências e disputas entre esses grupos

• O principal motivo pela briga entre CNA e Contag é por estarem em lados opostos no
que diz respeito a representatividade rural, CNA em geral representa os grandes
proprietários e a Contag os assentados rurais e agricultura familiar, além da CNA
defender a manutenção da estrutura agrária atual e a Contag pedir uma mudança,
principalmente no que diz respeito a reforma agrária;

• A Contag juntamente com o deputado Assis Miguel do Couto, criaram um projeto de


lei que trata da contribuição sindical do setor agrícola foi discutido na Comissão de
Agricultura da Câmara. A Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e
a Confederação Nacional dos Agricultores (CNA) disputam associados e o dinheiro
que eles deixam no caixa das entidades, isto porque desejam um novo enquadramento
de atividade rural.

• Devido terem opiniões contrárias quanto ao assunto REFORMA AGRÁRIA. Várias


são as alfinetadas dadas uma na outra. Um exemplo foi em outubro de 2009, quando a
CNA divulgou um pesquisa sobre os assentamentos rurais no Brasil, a Contag
contestou os dados da pesquisa, porque entende que a mesma não usou critérios
corretos para avaliar os assentamentos. Apenas 0,1 % dos assentamentos do país são
citados no trabalho e, além disso, foram escolhidos assentamentos antigos, ainda da
época da ditadura militar. Segundo a nota oficial da Contag, a intenção da CNA foi
desqualificar o processo de reforma agrária do Brasil;

• Uma declaração feita pelo secretário geral da Contag e vice-presidente da Central de


Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), David Wylkerson de Souza, diz: “O
que não se pode admitir em qualquer hipótese é que a CNA, na tentativa de tirar de
foco o debate sobre a absurda concentração de terra no Brasil, que inclusive tem
aumentado, visa desqualificar os movimentos sociais e tenta macular a imagem dos
que continuam sonhando e lutando por uma efetiva reforma agrária nesse país, com
justiça e igualdade de condições para produzir”. Essa declaração foi feita após a
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), presidida pela senadora
Kátia Abreu (DEM-TO), aprovar uma carta a ser entregue aos candidatos à presidência
da república, fruto do seminário “O que esperamos do próximo presidente”, realizado
pela entidade em 24 e 25 de março, em São Paulo;
18

• A Contag afirma que a CNA, que é presidida por uma das grandes adversárias da
agricultura familiar, a senadora Kátia Abreu, não pode falar em nome de trabalhadores
do campo. Ocorre que, como o ano é eleitoral, a CNA vem se colocando publicamente
dizendo à sociedade que a agricultura brasileira é uma só e tem que ser tratada de um
único jeito;

• William Clementino, secretário de Política Agrária da Confederação Nacional dos


Trabalhadores na Agricultura (Contag), critica os padrões de produtividade usados no
Brasil, precisam ser mudados, pois os padrões de produtividade foram estipulados a
mais ou menos 20 anos atrás. Já pela CNA, a presidente Kátia Abreu reforça defesa
pelo fim dos índices de produtividade no campo.

 Segundo Kátia Abreu, não é correto que a discussão sobre o aumento


dos índices de produtividade tenha sido movida a partir de pressões do
MST. “Não vamos admitir que um movimento sem regularidade possa
ter voz e voto e força junto ao Palácio do Planalto e o presidente Lula.
Não podemos admitir que meia dúzia de criminosos e baderneiros
prejudiquem o agronegócio.", criticou a senadora.
19

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Com discreto aval do Planalto, Contag acança sobre a base CNA. Disponível em:
http://www.webgeral.net. Acesso em: 05 março 2011, 23:00.

Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG. Disponível em:


http://www.contag.org.br/. Acesso em: 19 março 2011, 20:30.

Contag manda CNA se calar a respeito de agricultura familiar. Disponível em:


http://www.brasil.agenciapulsar.org/nota.php?id=6164. Acesso em: 05 março 2011, 23:15.

Imposto Sindical – Contag versus CNA. Disponível em: www.camara.gov.br. Acesso em: 05
março 2011, 22:30.

Kátia Abreu reforça defesa pelo fim dos índices de produtividade no campo - Notícias CNA.
Disponivel em: http://www.canaldoprodutor.com.br . Acesso em: 05 março 2011, 23:05.

Trajetória Política da CONTAG – As Primeiras Lutas. Publicação – Revista CONTAG 40


anos; 2003. Disponível em: http://www.contag.org.br/imagens/CONTAG-Revista40anos.pdf
Acesso em: 03 de Abril de 2011 21:00h.

Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG. Disponível em:


http://www.contag.org.br/. Acesso em: 03 de Abril 2011, 18:45h.

Das könnte Ihnen auch gefallen