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EDUCAÇÃO, COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIA - MÓDULO 01

Educação, Comunicação e Tecnologias


Professor Conteudista: Luís Fernando Maximo

Apresentação da Disciplina
A disciplina Educação, Comunicação e Tecnologias figura na matriz curricular do
curso do curso de Pedaogia com a função de promover o conhecimento sobre as
possibilidades de uso das tecnologias de informação e comunicação como dispositivo
pedagógico. Durante a disciplina abordaremos aspectos teórico-práticos que poderão servir
de base para melhoria e para novas formas de atuação docente no universo das novas
tecnologias de informação e comunicação. Para tanto, a disciplina apresenta-se dividida em
quatro módulos.

No Módulo 1 – Tecnologias e mediação pedagógica – nossa tarefa é lhes possibilitar


a compreensão dos papéis e posturas que vocês enquanto professores e professoras
poderão assumir para um melhor aproveitamento das tecnologias de informação e
comunicação nas suas práticas pedagógicas.

No Módulo 2 – Mídia-educação – vamos discutir juntos sobre os desafios postos à


educação face ao desenvolvimento e popularização de tecnologias de acesso aos meios de
comunicação de massa. Como a escola pode interferir e minimizar a influência da mídia
sobre nossos alunos e alunas. Como prepará-los para uma recepção crítica e equilibrada
das informações da grande mídia?

No Módulo 3 – Informática na Educação – abordaremos os diferentes usos do


computador na educação e suas respectivas abordagens pedagógicas. Vamos conhecer
formas de classificação e seleção de softwares educacionais. Inclusão digital também fará
parte de nossas discussões nesse módulo.

No Módulo 4 – Atualidades em Tecnologias da e para a Educação – trabalharemos


os aspectos mais práticos da nossa disciplina. Veremos como tornar nossas buscas de
informação na internet mais eficientes. Conheceremos algumas bibliotecas virtuais e
repositórios de recursos educacionais. Novas possibilidades de utilização de programas
editores de texto e de apresentação de slides para o uso educacional serão apresentadas.
Para finalizar vamos aprender uma forma de otimizar e direcionar a utilização da internet
como fonte de informação e pesquisa para os nossos alunos.

Para promovermos uma integração da teoria e da prática os temas que compõem o


Módulo 4 serão trabalhados de modo transversal aos demais módulos. Esse trabalho será
desenvolvido desde o início da disciplina.

Esperamos então que as discussões e produções resultantes da disciplina


Educação, Comunicação e Tecnologias possam contribuir de forma efetiva na sua formação.
Que ao final do processo que agora se inicia possamos não só identificar as possibilidades
da tecnologia como dispositivo pedagógico, mas, também, reconhecer a importância da
ação docente no universo da apropriação das tecnologias no contexto educacional.

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MÓDULO 01 - Tecnologias e mediação pedagógica

Como foi dito na apresentação da disciplina no Módulo 1 nossa tarefa é lhes


possibilitar a compreensão dos papéis e posturas que vocês enquanto professores e
professoras poderão assumir para um melhor aproveitamento das tecnologias de informação
e comunicação nas suas práticas pedagógicas. Vamos focar a mediação pedagógica com
sendo a principal relação de comunicação entre professores e alunos e como a tecnologia
pode agregar valor e qualidade nessa relação. O Módulo 1 está organizado em duas
unidades.

Na unidade 01 - Comunicação, Informação e Conhecimento – estudaremos noções


de comunicação, seu desenvolvimento ao longo do tempo e também diferenciações entre
informação, comunicação, conhecimento, tecnologias de informação e comunicação e
tecnologias educacionais.

Na unidade 02 – Papel do professor diante das novas tecnologias – juntando as


noções apresentadas nas unidades anteriores, faremos uma reflexão sobre o desafio a ser
vencido para uma apropriação eficiente das tecnologias na educação. Que papel, que
postura comunicativa, nós professores e professoras, devemos assumir para vencer esse
desafio?

Com votos de que possamos aproveitar ao máximo a flexibilidade da modalidade a


distância convido vocês alunos e alunas para entrarmos no campo da discussão sobre as
tecnologias da e na educação. Conto com vocês para desenvolvermos bons estudos.

Unidade 01: Comunicação, Informação e Conhecimento

Objetivos da Unidade 01
Apresentar o desenvolvimento da noção de comunicação ao longo
do tempo e desenvolver uma diferenciação entre as noções de
comunicação, informação, conhecimento, tecnologias de informação
e comunicação e tecnologias educacionais.

A P R ESEN TA Ç Ã O
“O filósofo francês Michel Sèrres afirma que ‘As novas tecnologias não
trazem novos desafios à educação’. Segundo Sèrres, os desafios que a
escola de hoje enfrenta são antigos e independem das tecnologias.
Dessa forma, podemos considerar que um dos grandes desafios da
escola, mais do que utilizar tal ou qual recurso tecnológico, é derrubar
o paradigma da comunicação em estrela.” (GONÇALVES, 2003, p. 1)

Não lhes parece estranho iniciarmos o tema comunicação, numa disciplina que trata
de Tecnologias de Informação e Comunicação justamente com a afirmação de que elas não
trazem desafios “novos” à educação? Na verdade, isto é uma provocação e ao mesmo
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tempo um convite à reflexão. Vocês já pararam para pensar em quantas escolas já possuem
laboratórios de informática, acesso à internet e salas com TV e vídeo? Dependendo da
visão que temos, este número pode ser considerado pequeno como também pode ser
considerado bom. Mas, então, por quê será que, pelo menos nestas escolas, não temos
notícias de grandes revoluções no processo educacional? Chega a parecer que houve
apenas uma modernização de antigos procedimentos e instrumentos, como aula expositiva,
retro-projetor ou livros.

Será que as tecnologias de informação e comunicação não teriam de fato tantas


possibilidades a oferecer à educação? Certamente as têm e é aí que reside a nossa
questão. A princípio, o grande desafio da educação seria equipar-se com computadores,
internet, vídeo. Equipar uma escola implica capacitar professores para o uso de tais
equipamentos, e, isto também é um grande desafio. Mas, se pensarmos que pelo menos em
algumas escolas tudo isto já foi feito e, ainda assim, resultados significativos dificilmente
aparecem, é porque deve existir alguma barreira impedindo que as coisas dêem certo. Deve
existir um desafio ainda maior.

Será que este desafio está ligado à comunicação na educação? É! Isso mesmo!
Comunicação! A comunicação pode ser vista como fator essencial na educação e do tipo ou
modelo de comunicação adotado pelos professores decorre um melhor ou pior
aproveitamento das tecnologias. Ah! Mas, isto é assunto para nossa terceira unidade.
Agora, convido vocês para melhorarmos nossa noção do que vem a ser comunicação, um
dos seu principais elementos, ou seja, a informação e aquilo que pode vir a ser construído a
partir da comunicação na educação: o conhecimento. Após termos feito uma breve
diferenciação entre comunicação, informação e conhecimento, poderemos fazer uso, com
um pouco mais de segurança, de noções igualmente importantes para a nossa disciplina
como “Tecnologias de Informação e Comunicação” e “Tecnologia Educacional”. Comecemos
então pela comunicação. Vamos lá? Vocês nos acompanham?

A c o m u n ic a ç ã o

Vocês já se comunicaram hoje? Estão em comunicação agora? Na verdade a


comunicação é tão essencial para nossa sobrevivência que muitas vezes nem nos damos
conta de que estamos nos comunicando com alguém. Há quanto tempo vocês acham que
se estuda a comunicação? Acertou que pensou que isso acontece há muito tempo. Segundo
Trigueiro (2001), Aristóteles já falava em comunicação definindo um estrutura clássica
triádica que veio a inspirar as teorias de comunicação durante um longo período da história.
Tal estrutura seria composta pelos seguintes elementos:

 LOCUTOR – a pessoa que fala (quem)

 DISCURSO – o que é dito (diz o que)

 OUVINTE – a audiência (a quem) (Trigueiro, 2001).

Em 1947, Shannom e Weaver definiram como sendo a estrutura da comunicação:

Fonte  Emissor  Sinal  Receptor  Destinatário

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Mesmo o modelo de Lasswell – Quem? Diz o que? Para quem? Com que meio?
Com que finalidade? – que acrescentava o componente da intencionalidade da
comunicação ao perguntar “com que finalidade”, não foge dos componentes clássicos
instituídos por Aristóteles.

Paulo Freire, contribui para a construção de uma visão mais ampla e flexível sobre o
processo de comunicação quando alerta que
“todo ato de pensar exige um sujeito que pensa, um objeto pensado, que
mediatiza o primeiro sujeito do segundo, e a comunicação entre ambos,
que se dá através de signos lingüísticos. O mundo humano é, desta
forma, um mundo de comunicação” (FREIRE, 1977, p. 66).

Na visão de Trigueiro (2001), o conceito de comunicação de Paulo Freire se


contrapõe aos modelos tradicionais que estabelecem uma relação linear e de condução
entre emissão/recepção em que prevalece o poder do emissor sobre o receptor. O novo
modelo proposto é estabelecido pela bilateralidade entre emissor e receptor em uma relação
assimétrica, que contém elementos emocionais, cognitivos e que ocorre tanto de forma
verbal como não verbal. É um amplo processo de interação, de negociação dos sentidos.

Pense um pouco! Você enquanto professor ou professora adota qual postura


de comunicação com seus alunos e alunas? Frequentemente você adota uma
comunicação mais linear ou mais perto da bilateralidade? Que implicações isso pode
ter sobre o processo educacional?

Bem, é certo que, o modelo o modelo de comunicação vigente na educação escolar


anda muito próximo da linearidade. Ou seja, a comunicação ocorre com muito mais
frequência partindo do professor para o aluno do que o contrário. E, mesmo com todo
aparato tecnológico que já temos à nossa disposição, é impressionante como o cenário
educacioanl ainda não despertou totalmente para um modelo comunicacional mais aberto,
cooperativo e colaborativo.

Seria este um indicador do desafio que precisamos superar para aproveitarmos


melhor as tecnologias na educação? Vamos pensando.

Neste sentido, Pierre Levy (2000) fala das novas dimensões que tomam o processo
de comunicação com o advento das evoluções tecnológicas, das redes, sobretudo as que
reuno telecomunicações e informática (telemáticas), e do desenvolvimento da cibercultura.

Para Levy (2000), o esquema da comunicação não seria mais "A" (emissor)
transmite alguma coisa a "B" (receptor), mas sim "A" modifica uma configuração que é
comum a A, B, C, D etc. Ou seja, a comunicação envolve não só um emissor e um receptor
estáticos, mas vários sujeitos que se comunicam trazendo consigo seus conhecimentos
prévios e carga emocional suficientes para dar, cada um, sentidos particulares às
mensagens recebidas. Os sujeitos ditos comunicantes são, ao mesmo tempo, emissores e
receptores partilhando, colocando em jogo os sentidos que dão às mensagens.

A noção de comunicação posta por Levy é aquela que talvez mais se aproxime
daquilo que gostaríamos de ver implantado como postura comunicativa entre professores e
alunos nas nossas escolas. Uma comunicação como partilha de informações e sentidos e
não como transmissão ou ditado. Por hora, vamos apenas afirmar aqui, que adotar este tipo
de postura comunicacional na educação resultaria na melhor possibilidade de

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aproveitamento das tecnologias de informação e comunicação para construção do


conhecimento.

Mas, espere aí! Informação e comunicação não são a mesma coisa? Porque as tecnologias
não são ditas apenas de informação ou de comunicação? Quando eu uso tais tecnologias
estou tendo acesso à informações ou à conhecimento?

A in fo r m a ç ã o e o c o n h e c im e n to

A informação é um conjunto estruturado de sinais (significantes) que tem a intenção


de serem interpretadas (produzirem significado) por nós quando as capturamos por meio
dos nossos sentidos. Para entendermos o que está escrito acima, basta pensarmos que
cores, sons e odores são informações. Entretanto, se não tivermos experiência de vida e
conhecimentos prévios suficientes não conseguiremos interpretá-las. A informação é
componente básico tanto da comunicação quanto do conhecimento.

O conhecimento, por sua vez, é um conjunto de argumentos, conceitos e


experiências que nos permite interpretar ou não as informações que nos chegam através
dos processos de comunicação. O conhecimento de cada indivíduo é construído
socialmente no seu caminhar histórico, nos diferentes contextos que ocupa, nas culturas e
situações as quais foi exposto. Por este motivo, não podemos transmitir conhecimentos,
somente informações. Podemos ajudar a construir o conhecimento de outros sujeitos por
meio de nossas ações mediadoras buscando aproximar as novas informações a serem
partilhadas com os elementos constitutivos do conhecimento destes sujeitos.

Sendo assim, os meios de comunicação, as tecnologias de informação e


comunicação (internet, livros, televisão, etc...) são sempre fontes de informação que pode vir
a ser transformada em conhecimento. O ciclo da construção do conhecimento pode ser visto
da seguinte forma: através do processo de comunicação adquirimos informações que
podem ser transformadas em novo conhecimento. O novo conhecimento passa a ser
conhecimento prévio na continuidade do ciclo permitindo a apropriação de novas
informações e assim por diante.

T e c n o lo g ia s d e in fo r m a ç ã o e c o m u n ic a ç ã o

No final da década de 80 surge a expressão “novas tecnologias de informação e


comunicação”. Esta expressão surgiu para designar o uso convergente e integrado de meios
já conhecidos, como a televisão ou o rádio, com “novas opções apoiadas no
desenvolvimento de máquinas e dispositivos projetados para armazenar, processar e
transmitir, de modo flexível, grandes quantidades de informação” (PONS, 1998, p. 52). Ou
seja, o uso conjugado da programação de TV com recursos do rádio, da telefonia e da
informática. A partir da popularização da internet, a expressão volta com força total, agora,
estando mais ligada as dispositivos de comunicação derivados da convergência
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principalmente das telecomunicações e da informática (telemática). A medida que o uso do


computador e da internet foi se tornando mais comum, a expressão passou a ser utilizada
sem o “nova”, ficando apenas tecnologias de informação e comunicação.

Sendo assim, a expressão tecnologias de informação e comunicação não se resume


ao computador ou a televisão ou ao rádio enquanto objetos tecnológicos isoladamente.
Representa à convergência entre estas mídias. Ou seja, os novos recursos, formas e
possibilidades de utilização que surgem da fusão de conceitos e do uso conjugado destas
mídias. Por exemplo, utilizar recursos da TV na internet ou aplicar um estilo de comunicação
do rádio na TV, criar redes de comunicação convergindo a informática e as
telecomunicações, etc.

Outra diferenciação que se faz necessária é entre tecnologias de informação e


comunicação e tecnologias educacionais. Com freqüência estas expressões têm se
misturado nos mais variados textos, mas, é preciso tomar cuidado ao utilizá-las pois a
primeira, como vimos, diz respeito ao uso convergente de técnicas, tecnologias e recursos
tecnológicos para prover informação e promover a comunicação. A segunda representa
mais uma área de estudos, uma disciplina ou um corpo de conhecimentos que trata da
apropriação de metodologias, recursos técnicos e tecnológicos para a prática do ensino e
promoção da aprendizagem.

T e c n o lo g ia e d u c a c io n a l

“Entendemos a tecnologia educacional como o corpo de conhecimentos que,


baseando-se em disciplinas encaminhadas para as práticas do ensino, incorpora todos os
meios ao seu alcance e responde à realização de fins nos contextos sócio-históricos que lhe
conferem significação.” (LITWIN, 1997, p. 13)

Na visão de Litwin (1997), assim como a didática, a tecnologia educacional tem suas
preocupações voltadas às práticas de ensino, porém vai além, preocupando-se também com
o exame da teoria da comunicação e dos novos desenvolvimentos tecnológicos, como por
exemplo, a informática.

“A tecnologia posta à disposição dos estudantes tem por objetivo desenvolver as


possibilidades individuais, tanto cognitivas como estéticas, através das múltiplas utilizações
que o docente pode realizar nos espaços de interação grupal.” (LITWIN, 1997, p. 10)

Entenderam? Sim? Não? O que acham de discutirmos um pouco mais sobre estas
questões num Fórum de Discussão no ambiente Teleduc? Acessem a ferramenta Fóruns de
Discussão e cliquem no Fórum Educação, Comunicação e Tecnologias.

Antes disso, vamos revisar o que trabalhamos na unidade 01. Nesta unidade
iniciamos com uma provocação afirmando que, mais do que equipamentos e treinamentos, o
grande desafio posto ao contexto educacional em relação a apropriação das tecnologias diz
respeito à comunicação. Mas, esta questão ficou para trabalharmos na unidade 02 e
aproveitamos a unidade 01 para acompanharmos os avanços das noções de comunicação
ao longo do tempo. Além disso, também realizamos algumas diferenciações entre
informação, comunicação e conhecimento, e também entre tecnologias de informação e
comunicação e tecnologias educacionais. Falta agora, entrarmos de vez na questão sobre

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como a postura comunicativa adotada reflete nos papeis dos professores diante das
tecnologias e seu uso na educação. Vamos mergulhar na unidade 02?

R E F E R Ê N C IA S

FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.

GONÇALVES, Mílada T. Comunicação e Internet. Portal Educarede, Informática & CIA,


Informática na Escola. Disponível em:

<http://www.educarede.org.br/educa/internet_e_cia/informatica.cfm?id_inf_escola=29>.
Acesso em 25/09/2003.

Lévy, Pierre. Cibercultura. Rio de Janeiro: Editora 34, 2000.

LITWIN, Edith. Tecnologia educacional : política, histórias e propostas. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1997.

TRIGUEIRO, Osvaldo. O estudo científico da comunicação: avanços teóricos e


metodológicos ensejados pela escola latino-americana. PCLA. V. 2, N. 2, jan/fev/março,
2001. Disponível em:

<http://www2.metodista.br/unesco/PCLA/revista6/artigo%206-3.htm>. Acesso em
01/03/2004.

Unidade 02: Papel do professor diante das novas tecnologias

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Objetivos da Unidade 02
Possibilitar a compreensão de que papeis e posturas dos
professores podem levar ao melhor aproveitamento das tecnologias
na educação.

A P R ESEN TA Ç Ã O
Vocês lembram do convite à reflexão feito no início da unidade 01? Sugiro que
façam uma releitura do início da apresentação da unidade 01 e em seguida voltem a este
ponto. De fato, estamos abordando a questão do papel dos professores diante das novas
tecnologias de uma forma um pouco diferente da convencional. Na maioria dos textos que
vocês já encontraram ou ainda vão encontrar sobre o uso de tecnologias na educação,
existe uma imposição de que todos os professores devem se apropriar das tecnologias o
mais rápido possível sob a pena de perderem seus espaços. Aparece também a idéia de
que o professor deve mudar de uma postura tradicional para uma postura de facilitador da
aprendizagem a partir da incorporação das tecnologias à sua prática pedagógica.

Nesta unidade vamos trabalhar a idéia de que não são as tecnologias em si que
vão facilitar ou melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem. Nem tampouco, são as
tecnologias que vão credenciar um professor ou professora a ganhar ou perder espaços na
educação. Trata-se de abordar a questão da apropriação das tecnologias na educação a
partir dos diferentes papéis que os professores assumem em decorrência da postura
comunicativa que adotam. Vamos também lhes oferecer algumas dicas e princípios
norteadores para a apropriação das tecnologias mais comumente utilizadas hoje na
educação: o vídeo e a informática.

Então, vamos começar a desfiar este novelo? Iniciamos pelos modelos ou padrões
de comunicação.

M o d e lo s d e c o m u n ic a ç ã o

Segundo Bordenave (2002), em uma situação de ensino-aprendizagem, três


padrões principais de comunicação entre professor e alunos podem ocorrer num dado
momento:

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Figura 13 – Comunicação unilateral ou linear ou estrela do professor (bola azul) com alunos (bolas
verdes)

Figura 14 – Comunicação bilateral ou bidirecional do professor (bola azul) com alunos (bolas verdes)

Figura 15 – Comunicação multilateral ou em rede do professor (bola azul) com alunos (bolas verdes)

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Para Bordenave (2002), o modelo de comunicação linear ou estrela representa a


educação tradicional, vertical ou bancária. O modelo bidirecional representa um começo de
diálogo onde o desnível professor-aluno é diminuído, embora não eliminado. Já o modelo de
comunicação em rede traz um sério desafio a professores e alunos acostumados ao ensino
tradicional. Nesse modelo o professor participa de uma dinâmica de comunicação como um
membro mais experiente do grupo. Vejam nas figuras que o professor deixa o centro do
processo para apoiar a comunicação entre os alunos, não ficando só na direção professor-
aluno-professor.

Portanto, o grande desafio a ser vencido pela educação é superar o modelo de


comunicação linear ou em estrela, no qual, na maioria das vezes, o professor age como se
fosse a única fonte de informação para o aluno, é o único emissor diante de vários
receptores sem direito a voz. De que nos adiantaria, por exemplo, um laboratório de
informática ou acesso à internet num modelo de comunicação deste tipo. Para refletir na tela
a mensagem que o professor quer passar? Vamos ainda mais longe dizendo que mesmo o
modelo bidirecional de comunicação, no qual o aluno pode interagir com o professor, já não
é suficiente. Seria importante conseguirmos adotar um modelo de comunicação em rede, ou
seja, todos interagindo entre si. A comunicação ocorre em vários sentidos, entre alunos e
entre professor e alunos. Todos são emissores e receptores, ou melhor dizendo, todos são
sujeitos comunicantes.

Mas, que relação isso tem com o uso da tecnologia na educação?

Pensem um pouquinho! Se no modelo de comunicação linear o professor é quem


tem o poder de falar e ser a única fonte de informação do aluno, de nada ou muito pouco
adiantaria termos a disposição deste professor e principalmente dos seus alunos os
recursos da Internet, por exemplo. Ou então, se um professor com tal postura comunicativa
usasse um computador na sua exposição este serviria tão somente como um retro-projeto
utlramoderno. Ou seja, para professores que adotam constantemente uma postura
comunicativa do tipo linear as tecnologias tem um baixo aproveitamento do seu potencial
informativo e comunicativo. Funcionam mais como um brilhante ilustrador das aulas.

Já os professores que assumem um modelo de comunicação bidirecional, acabam


tendo mais chances de explorar melhor o potencial das tecnologias de informação e
comunicação. Isto porque, neste modelo, o professor já não se põe mais como única fonte
de informação, permitindo aos alunos explorarem um pouco mais o caráter informativo das
tecnologias. O modelo de comunicação bidirecional parece ser aquele que hoje mais ocorre
em relação aos demais.

No caso do modelo de comunicação em rede temos a situação de maior


possibilidade de aproveitamento do potencial das tecnologias. Além de excelentes fontes de
informação, que podem ajudar muito no trabalho com o trabalho por projetos ou pedagogia
de projetos, as tecnologias podem possibilitar a ampliação do espaço e tempo da sala de
aula ao permitir a troca de mensagens e o contato entre os alunos e destes com seus
professores mesmo não estando no espaço físico da escola e no horário de aula.

Ao analisarmos o papel dos professores diante do uso das tecnologias na educação


pelo viés do modelo de comunicação adotado passam a fazer mais sentido as freqüentes
afirmações de que o professor deve deixar de ser um mero transmissor de informações para
se tornar um orientador/mediador dos seus alunos. Ao mudar do papel de transmissor de
informações para mediador da construção do conhecimento, na verdade o professor está

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deixando para trás uma postura comunicativa tradicional linear para uma postura
comunicativa em rede. Assim, poderá aproveitar melhor todo o potencial informativo e
comunicativo que as tecnologias têm para nos oferecer.

Para finalizar esta unidade, gostaria de convidá-los para participarmos juntos de um


Fórum de Discussão no Teleduc sobre os temas até aqui apresentados.

Mas, espere só mais um pouquinho que vamos revisar as questões trabalhadas


nessa unidade 02 que se encerra agora.

Na unidade 02 desenvolvemos a idéia de que o grande desafio a ser vencido para


uma apropriação eficiente das tecnologias na educação é anterior ao próprio uso das
tecnologias. Trata-se de uma mudança de postura comunicativa na relação entre
professores e alunos. Vimos também que o tipo de comunicação entre professores e alunos
que tem a possibilidade de aproveitar melhor o potencial das tecnologias de informação e
comunicação na educação é a comunicação em rede.

Com a unidade 02 encerramos também o Módulo 1 da nossa disciplina Educação,


Comunicação e Tecnologias. Esperamos que vocês tenham aproveitado bem as questões
aqui apresentadas e que possam fazer proveito delas não só para suas práticas diárias, mas
também para o acompanhamento deste curso.

Vamos em frente, com força, responsabilidade e não esquecendo de partilhar com


professores e colegas nossas descobertas, dúvidas, angústias e alegrias. Assim teremos a
constituição de uma Comunidade Virtual de Aprendizagem forte e conseqüentemente um
curso de sucesso.

Bons estudos!

R E F E R Ê N C IA S

BORDENAVE, Juan Diaz; PEREIRA, Adair Martins. Estratégias de Ensino-Aprendizagem.


Petrópolis: Vozes, 2002.

MORAN, J. M. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias audiovisuais e


telemáticas. In: MORAN, J. M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. (Org). Novas
tecnologias e mediação pedagógica. Campinas. Papirus, 2000.

VIDAL, E. M.; MAIA, E. B.; SANTOS, G. L. Educação, informática e professores.


Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2002.

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PEDAGOGIA

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