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Direito Internacional

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A SOCIEDADE INTERNACIONAL

→ O que é direito? É o conjunto de normas que visam regular a vida em


sociedade.
→ Sendo assim, a sociedade é uma premissa da existência do direito.
→ Para haver sociedade é necessário a pluralidade de pessoas
(coletividade), sendo necessária ainda a iteração desta coletividade.
→ Na sociedade internacional não existe um só Estado a se respeitas, mas
vários Estados que interagem. Por esse motivo existem as normas de
direito internacional para evitar guerras.
→ A guerra é um evento ser evitado pelo direito internacional, contudo é
ultima solução de conflitos.
→ As armas atômicas são armas de dissuasão.
→ Na sociedade internacional não há ninguém para diminuir a liberdade
dos Estados, os quais se autodenominam soberanos. O direito
internacional vem, pois, tentar diminuir a liberdade dos Estados e
resolver os conflitos entre eles.
→ A sociedade internacional é anárquica e descentralizada (anárquica
porque não tem governância central).
→ O direito internacional não emana de um único Estado Federativo.
→ A norma internacional deve ser aceita pelos Estados Soberanos.
→ O direito internacional não é cogente, pois, precisa de consentimento,
bem como não é erga omnes e sim inter partis.

CARACTERISTICAS DA SOCIEDADE INTERNACIONAL

1. Inexistência de autoridade superior – existência da soberania, só


se submetendo as regras de direito internacional se quiseram.
2. Princípio da horizontalidade dos Estados – os Estados não
podem ser considerados iguais.
3. Inexistência de representação – Toda vontade estatal só pode ser
manifesta pelo próprio sujeito do direito internacional (é direito
personalíssimo).
4. Princípio da Não intervenção – é vedado no direito internacional
intervir na vontade alheia, sob pena de vício de consentimento.
5. Inexistência de hierarquia entre normas de direito internacional –
os tratados têm a mesma força, a não ser que um tratado tenha os

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mesmos elementos motivadores e mesmos sujeitos. A lei interna não é


causa da exclusão da punibilidade do direito internacional.
6. Estagio Intermediário entre sociedade natural (luta de todos
contra todos) e sociedade de direito.
7. Direito Interno – Relação de subordinação – O direito
internacional dá relação de coordenação (relação jurídica).

CARACTERISTICAS QUE DIZEM RESPEITO AS SANÇÕES


INTERNACIONAIS

A Sanção Internacional só se aplicará por intermédio de outro país ou


grupo de países.

1. Precariedade do Sistema de Sanções, o qual existe, mas, por muitas


vezes é ineficaz, por falta de meios efetivos.
2. Inexistência de autoridade superior, motivo pelo qual a sanção
encontra limitação objetiva na sua efetivação.

FUNDAMENTOS DO DIREITO INTERNACIONAL

1. Estados Soberanos (pluralidade de Estados Interagindo).


2. Auto determinação (o Estado escolhe sozinha o seu próprio destino)
– Constituição Federal – art. 4° - autodeterminação dos povos.
3. Normas que definam os conflitos e que os punam quando ocorrido
(fundamento finalístico do Direito Internacional) – Busca a paz e a
ordem na sociedade internacional.
4. Consentimento – as normas do direito internacional serão sempre
consentidas, nunca impostas.
a. Consentimento Criativo – Estrada em um tratado que ainda
não existe.
b. Consentimento Perceptivo – Entrada em um tratado que já
existe (Estados Aderentes).
5. Só as partes fiscalizam a aplicação do tratado, sendo obrigatório
através do Pacta Sunt Servanda - Os tratados têm força normativa
entre os Estados.

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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL

 São 09 as fontes, sendo 07 fontes consolidadas e 02


fontes não consolidadas.

 Fontes Consolidadas (art. 38 do Estatuto da Corte


Internacional de Justiça – CIJ). Categorias:

 Fontes Principais:
1°- Tratado Internacional
2°- Costumes Internacionais
3°- Princípios Gerais do Direito Internacional

 Fontes Auxiliares ou Acessórias:


1°- Doutrina internacional
2°- Jurisprudência internacional

 Meios de loclupetamento e resolução de antinomias


(formas de integração do ordenamento:
1°- Analogia
2°- Equidade

 Fontes não consolidadas: estão soltas no sistema. São:


1°- Decisões das Organizações Internacionais
2°- Atos Unilaterais.

FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL (continuação)

1) Tratados Internacionais:
→ É fonte consolidada – artigo 38 do Estatuto da CIJ.
→ Só a partir do consentimento do país que vai fazer ou aderir o
tratado que se tornará para ele obrigatório, sob pena de sanção
internacional dos outros Estados Signatários.
→ Após o consentimento terá efeito de lei.
→ Tratado = carta = protocolo = ato = convenção – tratado
internacional em sentido amplo.

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→ Não existe hierarquia entre tratados internacionais.


→ Concordata é uma forma de tratado internacional – uma das
partes é a Santa Sé e o objeto do tratado é sobre prática eclesiástica.
→ Tratado de Latrão – Itália reconhecendo a personalidade Jurídica
do Vaticano.

2) Costumes:
→ Opinio Juris – O costume só será aceito juridicamente se houver
a prática reiterada, acompanhada de opinio juris (o costume cumprido
por achar-se que é obrigatório).
→ O asilo político diplomático é um costume (proteção pela embaixada).
→ O costume poderá ser Secundo Legi (segundo a lei), Prater Legi
(complementando a lei), ou Contra Legi (Contra a lei - não é fonte do
direito, no máximo é fundamento para desuso).

3) Princípios Gerais do Direito Internacional:


→ Nos princípios gerais do Direito Internacional, surge os direitos
humanos (regras que, independente de acordo devem ser respeitadas).
→ Os princípios gerais do Direito Internacional orientam a
formação das normas.
→ Gerações de direitos humanos:
•1ª Geração – Direitos políticos.
•2ª Geração – Direitos sociais, econômicos e culturais.
•3ª Geração – Interesses difusos e coletivos.
•4ª Geração – Direito humano da paz (e para alguns
doutrinadores o direito da bioética).

4) Doutrina Internacional:
→ Pensamento dos estudiosos de relevância para o direito internacional.

5) Jurisprudência Internacional:
→ É diferente de Precedente (único julgado que abre discussão sobre um
determinado assunto).
→ Jurisprudência é a decisão pacificada sobre um assunto com os
mesmos fundamentos.
→ Deve ser empregada com base na mesma orientação normativa, ou
seja, sempre tem que ter o mesmo fundamento normativo.
→ A jurisprudência internacional deve ser sempre originaria.
→ A jurisprudência internacional é empregada nos casos de tratados
multilaterais.
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→ É sempre endógena aos sujeitos do tratado. Só atinge ao tratado


especificamente.

6) Analogia:
→ É utilização de norma incidente a caso análogo ao caso concreto
desprovido de normas.
→ Só é aplicável se houver a anuência de todas as partes envolvidas no
litígio, ou seja, a CIJ não poderá aplicá-la livremente.

7) Equidade:
→ Emprego do melhor sendo quando não há nenhuma norma análoga
para aplicar-se ao caso concreto.
→ Só é aplicável se houver anuência das partes (todas as partes
envolvidas no litígio).
→ CIJ não pode aplicá-la livremente.

8) Decisões das Organizações Internacionais:


→ Todas as deliberações políticas ou jurídicas que se direcionem aos
seus membros.
→ Traz direitos subjetivos aos seus membros.

9) Atos Unilaterais:
→ Atos que uma vez praticados devem ser assimilados pelos demais
países.
→ É uma norma que o seu detentor pode realizar ou não (faculdade),
gerando direito subjetivo para o seu instituidor.

SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL

→ São os entes de direito internacional capazes de direitos e obrigações.


→ Pode ser classificado em duas fases, quais sejam:

1. Corrente Clássica: São sujeitos do Direito Internacional:


 Estados;
 Organizações Internacionais;
 Santa Sé (que é equiparada a Estado).

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2. Corrente Progressista “todo direito existe pelo homem e para o


homem”: São sujeitos do Direito Internacional:
 Individuo;
 Estados;
 Organizações Internacionais;
 Santa Sé (equiparada a Estado);
 Empresas Transnacionais (multinacionais – estão
presentes em vários países).
 Organizações não governamentais – ONGs (Greenpeace,
cruz vermelha, etc).

OBS.:
*Outras coletividades = corrente progressista.
* Empresas públicas não são sujeitos de direito internacional.

O ESTADO E SEUS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS

⇒ Governo: Elemento Político do Estado. O Estado precisa de governo


para ser criada, mas em alguns momentos poderá ficar sem governo
(anarquia interna).

⇒ Território: Elementos físico do Estado. Não precisa ser estático ao


longo de toda sua historia. Existem 06 formas de aquisição / perda do
território. São elas:
1. Terra Nulio ou Descoberta (forma de aquisição) – só tem
validade em relação ao planeta (só na crosta terrestre).
OBS.: A Antártida- Pólo Sul não é possível de descoberta, pelo
princípio da res comunis.
2. Terra Derelicta ou Terra Abandonada (forma de aquisição e
perda) – Se o Estado abandonar parcela territorial própria, outro
país poderá se apropriar daquele território.

3. Conquita (forma de perda e aquisição) – uso da força para se


apropriar de território alheio. Hoje o direito internacional proíbe
a conquista. Está proscrita, com “efeitos ex nunc”.

4. Cessão Gratuita (doação de território): forma de aquisição e


perda.

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5. Cessão Onerosa (compra e venda): forma de aquisição e perda.


É permitido, bem como o arrendamento de território estrangeiro
(Ex.: Porto Rico).

6. Atribuição de Território: Quando uma Organização


Internacional reconhece e determina a quem deverá pertencer
parte de um território. É uma forma mais recente, ocorrendo
através da autuação política da Organização Internacional. (Ex.:
Em 1947 as Nações Unidas instituiu o Estado de Israel).

⇒ Povo / População: É elemento Humano do Estado.

o Povo – corrente progressista: Conjunto de indivíduos que


independentemente de sua situação geográfica está vinculado
pela nacionalidade.

o População – corrente clássica: Conjunto de indivíduos que


residem no mesmo momento em determinado território.

⇒ Observações:
o Alguns doutrinadores entendem a soberania como elemento
constitutivo do Estado (corrente minoritária). Contudo, a
corrente majoritária da doutrina explica que a soberania é
qualificadora do governo.
o O Estado tem duas fases existenciais para o Direito
Internacional: A reunião simultânea de governo, território,
povo / população + fato exógeno (reconhecimento da sociedade
internacional como novo Estado – reconhecimento excterno).

A NACIONALIDADE BRASILEIRA

→ É ligado ao povo.
→ O conceito de povo é essencial para a caracterização da nacionalidade.
→ Não pode existir um Estado que não atribua nacionalidade.
→ Uma das finalidades é a proteção fora do país.
→ Cada Estado será livre para estabelecer as regras ou fixação da
nacionalidade.
→ O Direito Internacional procura evitar a apátria (inexistência de
nacionalidade). O Direito Internacional não admite a apátria.
→ Nacionalidade é um direito humano de 1ª geração.
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A NACIONALIDADE BRASILEIRA

→ A apátria é repudiada pelo Direito Internacional.

→ Jus Sanguinis: Vínculo com o sangue (ascendentes e


descendentes). É independente do local de nascimento.

→ Jus Solis: Vínculo de nacionalidade como território / país (não


leva em conta a hereditariedade).

→ O Brasil adota o jus solis e o jus sanguinis (critério misto).

→ Há um tratado internacional onde determina que a criança


apátrida terá a nacionalidade de sua mãe (apenas 19 países aderiram a
este tratado).

→ Como a nacionalidade é direito fundamental, para evitar a


apátria, os países deverão se utilizar do critério jus solis. O nascido
em um determinado país será considerado de lá sua nacionalidade por
toda a comunidade internacional, ainda que aquele país não a
reconheça (Segundo a Doutrina).

→ Heimatlos = apátrida.

→ A Constituição Federal, em seu artigo 12 regulamenta a


nacionalidade brasileira, a dividindo em originária e derivada.

i. Originária: São os brasileiros NATOS, ou seja, aqueles


que receberam a nacionalidade brasileira no momento
do seu nascimento.

1. Art. 12, I Constituição Federal:

a. Alínea a – Todos os nascidos no Brasil


serão considerados brasileiro, salvo os
filhos dos estrangeiros a serviço do seu

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estado, excluindo-se, pois, a nacionalidade


brasileira (critério do jus solis).

OBS.: Pai é mãe devem ser estrangeiros a


serviço de seu Estado.
EX.: Pai e mãe argentinos a serviço do
Uruguai no Brasil. O filho deles nascido no
Brasil é brasileiro.

b. Alínea b – filho de pai ou mãe brasileiros,


nascido no estrangeiro terá nacionalidade
brasileira (critério do jus sanguinis).

OBS.: A criança é registrada no consulado


(certidão provisória) e quando voltar ao
Brasil deve homologá-la no cartório do 1°
ofício de onde tiver seu domicilio.

c. Alínea c – Filho de pai ou mãe brasileiros,


nascido no estrangeiro terá a nacionalidade
brasileira caso venha a residir no Brasil e
opte a qualquer tempo pela nacionalidade
brasileira (critério do jus sanguinis).

OBS.:

*Optar pela nacionalidade é apenas requerer


que seja reconhecida sua nacionalidade
brasileira. A nacionalidade brasileira
acompanha a criança desde o seu
nascimento, mas será somente ativada
quando requerer o reconhecimento de sua
nacionalidade.

*Cabe apenas para o primeiro grau (filho),


devendo estar morando no Brasil e não é

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automática, ou seja, há a necessidade de se


fazer a opção, ou seja, o requerimento.

*O requerimento é procedimento formal de


opção de nacionalidade, não é
administrativo e sim judicial.

*A competência para julgar os requerimento


será da JUSTIÇA FEDERAL DE
PRIMEIRA INSTÂNCIA.

*O efeito da sentença será


DECLARATÓRIO, com efeito EX TUNC
(retroage a data do nascimento).

* STF – a opção é personalíssima (não cabe


representação ou assistência).

* A Lei de Registros Públicos estabelece o


registro provisório do menor de 18 anos (vez
que não cabe representação ou assistência
para o requerimento), que valerá até os 18
anos e não vai suprir a necessidade de
requerimento formal, com sentença judicial,
após esta idade.

ii. Derivado: São os brasileiros naturalizados, ou seja, os


estrangeiros que, preenchendo determinados requisitos
pretendam se tornar brasileiros.

1. O processo de naturalização é administrativo,


perante órgãos do Ministério da Justiça.

2. A naturalização, via de regra, muda a


nacionalidade (passa a ser parte do povo
brasileiro).

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3. É vedado a lei infraconstitucional estabelecer


distinções entre brasileiros natos e naturalizados
(só a Constituição Federal pode).

4. Para estrangeiros (não naturalizados) poderá existir


diferenciação do brasileiro (nato ou naturalizado)
em lei infraconstitucional.

5. Hipóteses de naturalização: pode ser


Extraordinária ou Privilegiada (ordinária):

a. Extraordinária: Acontece quando o


estrangeiro reside no Brasil a pelo menos 15
anos ininterruptos e comprova que nunca
sofreu condenação penal.

OBS.:

*O requerimento é administrativo.

*Se cumprir todos os requisitos o Brasil é


obrigado a naturalizar (é direito liquido e
certo de quem pede).

*Não pode ter condenação penal alguma,


independentemente de reabilitação.

b. Privilegiada / Ordinária: É direcionada


para os Lusófonos (nascidos em país cuja
língua oficial seja o português).

i. Requisitos:

1. 1 ano de residência no Brasil,


de forma ininterrupta.

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2. Idoneidade moral.

3. Demais requisitos exigidos


em lei.

*OBS.: Não é decisão vinculada – é de


natureza discricionária – pode ter o pedido
rejeitado mesmo que presentes todos os
requisitos.

a. Diferenças

1) Entre Brasileiros (natos e naturalizados) e Estrangeiros: Podem


haver diferenciações na Constituição Federal ou ainda em Lei
infraconstitucional.

2) Entre Brasileiros Natos e Brasileiros Naturalizados: Apenas as


diferenças contidas na Constituição Federal (Emendas Constitucionais
podem trazer novas diferenciações). A Lei infraconstitucional não
pode trazer diferenciações; se houver serão inconstitucionais.

a. Art. 5°, inciso LI: Brasileiros natos não podem ser extraditados
e os brasileiros naturalizados, em regra, também não poderão,
salvo as exceções deste artigo.

“nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em


caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, na forma da lei”

b. Art. 12 § 3°: Cargos privativos a brasileiros natos (o


naturalizado não pode exercê-los):

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OBS.:

*Governador de Estado pode ser naturalizado.

*Vice presidente do senado pode ser naturalizado (interpretação


restritiva da Constituição Federal).

*Os 11 ministros do STF precisam ser brasileiros natos.

*Os ministros do STJ podem ser naturalizados.

*Cargos do exercito acima de tenentes são considerados oficiais


(sargento é praça).

§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:


I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa(Incluído pela Emenda
Constitucional nº 23, de 1999)

c. Art. 89, III, Constituição Federal

O conselho da República é órgão superior de consulta do


Presidente da República e dele participam:
I – O vice presidente da república;
II – O presidente da câmara dos deputados;
III – O presidente do senado federal;
IV – Os lideres da maioria e da minoria na câmara dos
deputados;
V – Os lideres da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI – Os ministros de justiça;

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VII – Seis cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos de


idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois
eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos
Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a
recondução.

d. Art. 222 - Constituição Federal: “A propriedade de empresa


jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é
privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10
anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as eis brasileiras e
que tenham sede no país”.

 Perda da Nacionalidade – Art. 12 § 4° Constituição Federal.

o Brasileiro Naturalizado: Através de sentença judicial que o


considere nocivo ao Brasil.

o Brasileiro nato e naturalizado: Aquisição de outra


nacionalidade.

o Exceções à perda da nacionalidade (ainda que adquiridas


novas nacionalidade:

 Quando há reconhecimento de nacionalidade originária.


 Quando o brasileiro se naturalizar em outro país como
condição de permanência ou exercício dos seus direitos
civis (a condição – imposição – deve vir do Estado).

OBS.: Só se perde a nacionalidade nesta hipótese depois do


devido processo administrativo, se encerrando com um
DECRETO PRESIDENCIAL. Não é automática.

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o Uma vez perdida a nacionalidade poderá voltar a ser


brasileiro?

 Posição Minoritária (Alexandre de Moraes): Só poderá


através de processo administrativo de naturalização.

 Posição Majoritária: Deverá encaminhar processo


administrativo ao Presidente da República requerendo
que seja restabelecida a situação anterior.

OBS.: Nos casos de perda da nacionalidade por sentença


judicial só poderá voltar a ser brasileiro através de processo
administrativo de naturalização.

***IMPORTANTE: A nacionalidade originária é sempre


um Soldado de Reserva. Se perder a nacionalidade por
adquirir outra e perder esta segunda, voltará a ter a primeira
(será brasileiro nato). Portanto, pode-se perder a
nacionalidade, mas nunca será definitivamente.

Estatuto da Igualdade (quase nacionalidade):

→ Ocorre entre o Brasil e Portugal.

→ Art. 12 § 1° Constituição Federal – Equiparação de fato e recíproca de


Direitos como se nacionais fossem (adquire direitos dos naturalizados).

→ Serve para fazer com que o português no Brasil e o brasileiro em


Portugal (a requerimento destes) sejam considerados como se
naturalizados fossem, sem se naturalizar (continua com a nacionalidade
originária).

→ Só poderá ocorrer se houver reciprocidade (de fato) entre Brasil e


Portugal.

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→ Poderá votar e ser votado, não podendo, contudo, exercer os cargos


privativos à brasileiros natos.

→ A equiparação é dada em dois níveis distintos, são eles:

1°. Quanto aos direitos civis;


2°. Quanto aos direitos políticos (há o requisito de estar
domiciliando no País há pelo menos 03 anos).

→ É direito personalíssimo.

→ Não se perde a nacionalidade originária com a equiparação.

CONDIÇÃO JURÍDICA DOS ESTRANGEIROS

→ Português equiparado é estrangeiro.


→ Estrangeiro são todos os não brasileiros.
→ Para vir ao Brasil precisa de passaporte.
→ Todo país tem liberdade para estabelecer quais condições para
que o estrangeiro possa entrar em seu território.
→ O direito internacional preconiza que os estrangeiros devem ser
tratados iguais (contudo, na prática não ocorre assim).
→ O passaporte brasileiro é expedido pela Polícia Federal (poder de
polícia naquilo que se refere aos estrangeiros).
→ Viagens de brasileiros a países do Mercosul não precisam de
passaporte, apenas carteira de identidade expedida pelas secretaria de
segurança pública (é assim com todos os países membros do
Mercosul).

→ São 07 as cores de passaportes emitidos pelo Brasil:

i. Azul – passaporte comum, ordinário (é a cor escolhida


pelo bloco do Mercosul).
1. OBS.: Na legislação antiga a cor azul era para
brasileiros à serviço.
ii. Verde – Passaporte de serviço.

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iii. Vermelho – Passaportes diplomático e consular.


1. É dado a todos os deputados federais, senadores,
ministro do tribunal superior, primeiro escalão do
poder executivo (presidente, vice presidente,
ministros de estado, procurador geral da república
e sub procurador geral da república). Este
passaporte é emitido ainda a todos os respectivos
familiares se forem acompanhar em missão oficial.
Se as pessoas acima mencionadas forem à passeio
devem usar o passaporte comum.
2. Ao fim do mandato ou ao sair do serviço deve-se
devolver o passaporte vermelho.
iv. Amarelo – finalidade de identificar aqueles que estão em
asilo político ou refugio no Brasil – é expedido, pois,
para estrangeiros.
1. Asilo político territorial.
2. Asilo político diplomático (asilo preliminar nas
repartições diplomáticas de um país ainda dentro
do país perseguidor – acaba sendo um meio para
obtenção do asilo territorial.
3. A aceitação de asilado é discricionária, podendo o
asilo ser revogado a qualquer tempo.
4. Art. 4° Constituição Federal – O pedido de asilo é
feito ao governo federal, no ministério da justiça
por um ato decisório do Presidente da República.

→ Obtenção de visto: é a autorização precária para um estrangeiro


ingressar no país.

i. Pode ser dispensado, dependendo de tratados e


convenções.
ii. É sempre ato discricionário do Estado, quando exigido –
é decisão de índole soberana.

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iii. Visto é uma mera expectativa, podendo o estrangeiro ser


barrado ao entrar no país – Impedimento à entrada, que
é ato discricionário.
iv. Alguns países dispensam o visto para turismo e trabalho
(Brasil X União Européia, por exemplo), o que não
significa entrada livre no país.
v. O visto é limitado no tempo.
vi. A qualquer tempo o visto pode ser revogado.
vii. Se for estudar, mesmo que por curto período de tempo, o
visto terá que ser especifico para estudante.

FORMAS DE EXCLUSÃO

→ Deportação: É ato unilateral. Exclusão do estrangeiro em


virtude de entrada ou estada irregular.
i. Manda o estrangeiro de volta ao seu país de origem, de
forma compulsória.
ii. Não gera seqüela – não implica em nenhum óbice para o
reingresso do estrangeiro segundo o direito
internacional.

→ Expulsão: É ato unilateral. Estrangeiro que já cometeu crime no


país ou é considerado nocivo ao interesse do país.
i. Gera seqüela – uma vez expulso não se pode voltar ao
país.
ii. O presidente da república edita decreto de expulsão.
iii. O estrangeiro expulso para voltar ao país deve ser
anistiado pelo presidente da república.
iv. Precisa de condenação transitada em julgado, observando
a preceitos constitucionais.

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→ Extradição: É ato bilateral, dependendo sempre da provocação


de um Estado a outro.
i. Não precisa da existência de tratado entre os país,
podendo haver apenas processa de reciprocidade.
ii. Finalidade – o individuo que cometeu crime e esteja em
território alheio seja devolvido para responder processo
ou cumprir pena – apenas para prisões criminal /
processos criminais.
iii. O extraditando não precisa ser nacional do país
requerente da extradição.
iv. Não se extradita estrangeiros se o crime foi cometido no
Brasil, podendo ainda ocorrer nos casos de “bandeira”
(navios, por exemplo) ou quanto a persecução criminal
seja de competência brasileiro –art. 7° do Código Penal.
v. A analise de extradição é mista / híbrida: poder executivo
e poder judiciário (STF).
1. OBS.: O STJ apenas homologa sentença
estrangeira e exequator. Não analisa extradição.
vi. Há a prisão cautelar do extraditando.
vii. O ministro relator do STF analisa os requisitos que são
cumulativos, são eles:
1. Quanto à nacionalidade: o extraditando não pode
ser brasileiro nato (art. 5° LI da Constituição
Federal) ou brasileiro naturalizado, salvo se
cometeu crime anterior a naturalização ou tráfico.
Sendo assim, o Brasil só poderá extraditar
brasileiros excepcionalmente (e brasileiros
naturalizados). Brasileiros natos nunca poderão ser
extraditados.
2. Quanto à competência: O estado requerente deve
comprovar ser competente para o julgamento,
sendo extraditada a pessoa apenas se o Brasil não
for competente para julgar o crime.
3. Quanto a natureza do tribunal: O Estado
requerente deve estar processando o extraditando

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em algum tribunal, não admitindo-se extradição se


for tribunal de exceção.
4. Quanto a natureza do crime: Brasil só extradita
por crime comum – não extradita por crime
político ou de opinião.
5. Quanto a gravidade do delito – mínimo de
gravidade: Brasil só extradita se a pena aplicada
for pena privativa de liberdade ou pena superior a
um ano.
6. Quanto a prescrição: Brasil não extradita se o
crime já estiver prescrito. São analisados os
critérios de prescrição dos dois países e aplicado o
mais benéfico ao extraditando.
7. Sentença condenatório ainda que não
transitada em julgado: Brasil só extradita se
houver decisão, ainda que não definitiva, acerca da
culpa do extraditando.
8. Quanto a correspondência de tipos: O Brasil não
extradita se o crime do exterior não for
considerado crime no Brasil.
viii. Se presentes estes requisitos o STF defere a extradição –
se ausente, ainda que apenas 1, o STF indefere. Os
pedidos são cumulativos.
ix. Após deferida o estado estrangeiro tem 60 dias para pegar
o extraditando.
x. Se passar 60 dias, o extraditando é posto em liberdade,
não podendo ser requerida sua extradição novamente
pelo mesmo fato.
xi. Para pegar o extraditando em 60 dias o país requerente
faz um compromisso, com os seguintes termos:
1. Extraditando vai ser punidos nos termos
mencionados na extradição.
2. Não haverá pena de morte ou pena perpetua,
computando-se na Pena privativa de liberdade
(pena de morte impede a entrega do extraditando).

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3. Não se agravará a pena por crimes políticos (não


pode haver agravantes políticas).
4. Desconta da pena o tempo preso no Brasil.
5. Não entregará o extraditando a terceiro país sem
autorização do Brasil.
6. OBS.: Observa-se nesse compromisso o Pacta
Sunt Servanda – não é mero compromisso de
cavalheiros, é considerado um tratado.

IMUNIDADES E PRERROGATIVAS DIPLOMÁTICAS E


CONSULARES

→ Convenção de Viena de 1961 (diplomatas) e convenção de


Viena de 1963 (consulares) – finalidade de não incidente de
jurisdição local, ressalvando as diferenças culturais entre os países.
→ Não é apenas para a área criminal.
→ Exemplo: Diplomata brasileiro a serviço dos estados unidos não
se sujeita a jurisdição norte americana. Se cometer crimes retornará
ao Brasil para, sobre a ótica das leis brasileiras ser processado e
condenado.
→ São regras históricas.
→ Diplomatas: Governo para Governo – índole pública
→ Consulares: Governo para Particulares – índole privada.
→ Há variação na imunidade conferida à diplomata e cônsul.
→ Diplomata de carreira no Brasil poderá ter imunidade
diplomática ou imunidade consular, dependendo da atividade que
desempenha em determinada missão.
→ A imunidade diplomática é mais ampla que a imunidade
consular.

→ Imunidade Diplomática – Convenção de Viena de 1961:


• Imunidade Penal – Imunidade absoluta.
• Imunidade Civil é relativa.
• Não tem imunidade civil nos seguintes casos:
o Imóveis particulares (direito real).

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o Feito sucessório.
o Reconvenção.
o Atividade comercial.
o Profissão Liberal.
o OBS.: em contrato de locação tem imunidade. Se
bater o carro tem imunidade (se o diplomata entrar
com a ação para indenização por bater o carro, por
exemplo, haverá possibilidade de reconvenção –
contudo, na execução da sentença terá imunidade).
• Imunidade tributária: O diplomata terá imunidade
tributária, salvo em três exceções:
o Todos os tributos referentes a particular (ex.: IPTU).
o Tributação Indireta ( IPI e ICMS).
o Tarifas ou preços públicos (conta de luz, água,
telefone, etc);
o OBS.: Se o diplomata for comprar um carro importado
terá imunidade.
• Quanto aos direitos trabalhistas a convenção de Viena é
omissa, contudo o STF e o TST entendem que não existe
imunidade em matéria trabalhista para agentes diplomáticos
no Brasil. Entretanto, uma sentença de penhora, por exemplo,
terá imunidade.
• OBS.: Os familiares e os funcionários ligados à missão terão
todas as imunidades e prerrogativas referentes ao diplomata.
• Essas imunidades podem ser removidas, contudo, a renúncia
tem quem que partir do estado de origem e não do diplomata.

→ Imunidade Consular – Convenção de Viena de 1963:


• Os consulares só terão imunidade quanto a atos de ofício.
• Imunidade Penal, civil e trabalhista – atos de ofício.
• Não terá imunidade tributária (pois não há tributação sobre os
atos de ofício).
• OBS.: O prédio do consulado terá imunidade tributária (Pessoa
Jurídica).
• Essas imunidades podem ser removidas, contudo, a renúncia
tem que ser do Estado de origem e não do cônsul.

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→ Renúncia as imunidades diplomáticas e consulares: A


renúncia deve ser do Estado de origem, podendo ser retirada a
imunidade a qualquer momento mesmo sem o requerimento do cônsul
ou diplomata.

→ OBS.: Pode instaurar-se inquérito contra diplomatas e cônsul (é


ato administrativo), contudo, se o Ministério Público oferecer
denúncia caberá Habeas Corpus para trancar o processo.

DOMÍNIO INTERNACIONAL PÚBLICO


Ramo do direito internacional que estuda as coisas comuns.

→ Direito do mar (convenção de montego bay – 1982):


i. Águas interiores – rios e lagos no interior – o Estado
exerce sua soberania plenamente.
ii. Mar: 12 milhas náuticas (medidos a partir da maré baixa)
- soberania do Estado.
1. OBS.: é autorizada a navegação em passagem
inocente sem autorização. Se for embarcação
militar deve ostentar a bandeira. Se for submarino
deve emergir e ostentar a bandeira.

iii. Zona Contígua: O Estado que quiser terá até mais 12


milhar de zona contígua. É ato unilateral do estado, não
havendo soberania, apenas fiscalização.

iv. Zona de Exploração: 200 milhas náuticas ou 188 milhar


náuticas do mar territorial – exploração dos recursos
marinhos.

v. Águas Internacionais: coisa comum.

vi. Plataforma continental: É característica geológica e


pode ultrapassar a zona de exploração.

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vii. Espaço Aéreo: Soberania Nacional acima do território e


mar territorial do Estado.

viii. Antártida: Exploração livre para todos os países desde


que cientifica.

ix. Pólo Norte: Usa-se a convenção de Montego Bay por


analogia.

x. Espaço Sideral: qualquer país é livre para explorar o


espaço sideral (menos para fins militares).

OBS.: Não existe direito de passagem de vôo – sempre


deverá ter autorização.

DIREITO DOS TRATADOS

→ O Estado é livre para aceitar ou repudiar o tratado.

→ A negociação pode ser bilateral ou multilateral.

→ Após a negociação, se houver duas partes, o tratado é bilateral,


se houver mais de duas partes o tratado será multilateral.

→ O Presidente da República tem competência para negociar


tratado, podendo apontar um PLENIPOTENCIÁRIO (qualquer
pessoa, sendo, normalmente um agente diplomático).

→ O Presidente da República deve expedir um documento dando


poderes a determinada pessoa como plenipotenciário. Os documentos
podem ser:
i. Carta Credencial: O plenipotenciário só poderá negociar o
tratado. Chefes de estado e de governo não precisam
desta carta.

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ii. Carta de Plenos Poderes: O plenipotenciário poderá


negociar e assinar o tratado.

→ Ministro das Relações Exteriores – Tem função híbrida – não


precisa de documento para negociar, mas precisa de carta de plenos
poderes para assinar o tratado.

→ No ato da assinatura o Estado poderá fazer RESERVAS (como


um veto de determinada parte do tratado que não valerá para o
Brasil).

→ A assinatura por si só não dá validade jurídica ao Tratado.


Apenas a RATIFICAÇÃO dará validade jurídica a determinado
tratado.

→ A RATIFICAÇÃO será feita da seguinte forma:


i. É feita pelo Presidente da República, após submetida a
apreciação e manifestação do Congresso Nacional.
ii. Se o Congresso Nacional não aceitar o tratado, este não
poderá ser ratificado.
1. Câmara dos Deputados em primeiro.
2. Depois, Senado Federal.
iii. A ratificação pelo Presidente da República Serpa feita
através de um decreto presidencial.

→ O Estado Aderente de um contrato deve aceitá-lo integralmente,


não podendo, pois, fazer qualquer tipo de reservas.

→ DENÚNCIA: quando um país signatário deseja sair do tratado.


Cada tratados pode determinar as regras de denúncia.
i. Prescrições – País que denunciou ao tratado paga todas as
dividas para sair ou pré-notifica para sair, por exemplo.

→ EMENDA CONSTITUCIONAL N.° 45:


i. Antes da EC 45 todo tratado era lei ordinária.

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ii. Após a EC 45: Os tratados referentes a direitos humanos


podem ser Emenda Constitucional, devendo, para tanto,
ter o mesmo procedimento para aprovação de EC, ou
seja, ser aprovados duas vezes em cada casa com 3/5 de
votos de cada uma das seções dúplices de cada casa.
iii. Em outras matérias os tratados continuam como Lei
Ordinária, com votação simples (maioria simples)
1. OBS.: Importante observar que só se começa a
votação se houver maioria absoluta (presença).

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