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1
Mrs. Charles F. Parham, The Life of Charles F. Parham Founder of the Apostolic Faith Movement
(Joplin, Mo.: Hunter Printing Company, 1930), 52,53,65–68.
vários avivamentos e movimentos de Fé Apostólica.2 O que fez Charles F. Parham o pai
do pentecostalismo e de Topeka, Kansas, o foco do pentecostalismo, e Ozman Agnes, a
primeira pentecostal, não foi a singularidade desta experiência, mas a nova
compreensão bíblica/hermenêutica dessa experiência.
"Por volta das 10:00 horas da manhã, tocou a campainha chamando todos os alunos à
capela para obter o relatório deles sobre o assunto. Para meu espanto, todos tinham a
mesma história, que, apesar de várias coisas estarem ocorrendo quando caiu a benção
pentecostal, a prova irrefutável em cada ocasião era que eles falaram em outras
línguas ".5
Agnes Ozman foi a primeira, mas não a última pessoa a falar em línguas na Escola
Bíblica. Em 03 de Janeiro de 1901, outros alunos, e até mesmo o próprio Parham,
falaram em línguas. Quando questionado sobre a sua experiência, a senhorita Ozman
"apontou-lhes as referências bíblicas, mostrando que [ela] tinha recebido o batismo de
acordo com Atos 2.4 e 19.1-6."7
6
Ibid., 66.
7
Ibid.
Carl Brumback: Um Exemplo de Hermenêutica Pentecostal Clássica "Pragmática"
Assim como o fogo é impulsionado pelo vento através da pradaria seca, assim, nas
décadas seguintes aos decisivos eventos na Escola Bíblica Betel, os ventos do Espírito
varreram as chamas do pentecostes sobre os corações espiritualmente secos. O
recente avivamento pentecostal avançou e cresceu, tornando-se rapidamente mais
internacional do que a tábua das nações do primeiro pentecostes cristão (Atos 2.9-11).
O avivamento espalhou-se rapidamente a partir do Kansas e Missouri, até o Texas e
Califórnia.8 E dali para os confins da terra. Contrariamente às expectativas e desejos da
maioria do incipiente movimento, ele coligou-se em várias estruturas
denominacionais. Depois de 50 anos ele foi cautelosamente admitido na principal
corrente do evangelicalismo.9 Através desse caleidoscópio de variedades que
caracteriza o pentecostalismo localmente, nacionalmente e até mesmo
internacionalmente, um aspecto permaneceu constante - a hermenêutica pragmática
que olhou para o pentecostes como o padrão para a experiência contemporânea.
8
Veja o capítulo 3, “The Revival Spreads to Los Angeles (1901–1906,” em William W. Menzies, Anointed
to Serve (Springfield, Mo.: 1971), 41–59.
9
Veja o capítulo 9, “Cooperation: From Isolation to Evangelical Identification,” em Menzies Anointed,
177–227.
línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem' é o padrão bíblico para
os crentes de toda era da igreja."10
Essa afirmação foi escrita por Carl Brumback, a quem escolhi como um exemplo de
hermenêutica pentecostal.11 Essa afirmação da hermenêutica pentecostal, no entanto,
poderia ter sido escrita em qualquer década da história do movimento, ou por
qualquer pessoa pertencente ao movimento.
Para os pentecostais, então, as línguas são normativas para sua experiência, assim
como elas foram normativas na experiência da Igreja Apostólica registrada em Atos.
Apesar de normativa, as línguas não são o propósito do batismo. Para os pentecostais,
em geral, e Brumback em especial: "Jesus estabeleceu o propósito do batismo ou o
enchimento com o Espírito Santo em Lucas 24.49 - 'permanecei, pois, na cidade, até
que do alto sejais revestidos de poder.' Novamente em Atos 1.8 Ele disse: 'mas
recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo.'"13
10
Carl Brumback, “What Meaneth This?” A Pentecostal Answer to a Pentecostal Question (Springfield,
Mo.: Gospel Publishing House, 1947), 192.
11
Por exemplo, compare as duas exposições seguintes sobre teologia pentecostal da mesma editora de
Brumback, “What meaneth This?”: Frank Lindblad, The Spirit Which Is From God (Springfield, Mo.:
1928), e L. Thomas Holdcroft, The Holy Spirit: A Pentecostal Interpretation (Springfield, Mo.: Gospel
Publishing House, 1979).
12
Brumback, “What Meaneth This?”, 186,187,200.
13
Ibid., 197.
o Pentecostes, foi e é o revestimento dos crentes com 'o poder do alto.'"14 Esse dom
de poder, certamente, serve para possibilitar ou capacitar o testemunho ou o serviço
dos crentes.
14
Ibid.
Terceiro, os neopentecostais ou movimento carismático mostrou aos pentecostais
clássicos uma variedade de hermenêuticas alternativas, adoração e estilos de vida.
Como princípio geral Fee defende: "Deve ser um axioma de hermenêutica bíblica em
que o intérprete leva em conta o gênero literário da passagem que está interpretando,
junto com a questão do texto, gramática, filosofia e história."18 Então, em Atos, sobre
o qual está baseado a teologia pentecostal: "... não é uma epístola, nem um tratado
teológico. Mesmo que se ignore o seu valor histórico, não pode-se, e de fato não se
deve, ignorar o fato de que [Atos] é moldado em forma de narrativa histórica."19 A
15
Gordon D. Fee, “Hermeneutics and historical Precedent — A Major Problem in Pentecostal
Hermeneutics,” em Perspectives on the New Pentecostalism, editado por Russell P. Spittler (Grand
Rapids, Mich.: Baker Book House, 1976), 118–132.
16
Gordon D. Fee, “Acts—The Problem of Historical Precedent,” em How to Read the Bible For All Its
Worth: A Guide to Understanding the Bible, por Gordon D. Fee e Douglas Stuart (Grand Rapids, Mich.:
Baker Book House, 1982), 87–102.
17
Gordon D. Fee, “Baptism in the Holy Spirit: The Issue of Separability and Subsequence”: Pneuma, Vol.
7, No. 2 (1985): 87–99.
18
Fee, “Hermeneutics,” 124.
19
Ibid., 125.
importância da plena noção de que Atos é moldado em forma de narrativa histórica "é
que, na hermenêutica da história bíblica, a principal tarefa do intérprete é descobrir a
intenção do autor (eu acrescentaria, do Espírito Santo) no registro histórico."20 Três
princípios surgem a partir dessa visão no que diz respeito à hermenêutica da narrativa
histórica:
a. A Palavra de Deus em Atos, que pode ser considerada como normativa para os
cristãos, está relacionada principalmente com qualquer narrativa com a
intenção de ensinar.
c. O precedente histórico, para ter valor normativo, deve estar relacionado com a
intenção. Ou seja, se puder ser demonstrado que o propósito de uma narrativa
é estabelecer precedentes, tal precedente deve ser considerado como
normativo.21
1. O uso do precedente histórico como uma analogia pelo qual se estabelece uma
norma nunca é válido em si mesmo.
20
Ibid.
21
Ibid., 126.
22
Ibid., 128,129.
Com base nas suas orientações para o uso do precedente histórico, Fee, em seguida,
discute certas distinções pentecostais - batismo no Espírito distinto e subsequente à
conversão, e falar em línguas como evidência física inicial. Seguindo James D. G. Dunn,
Fee afirma: "Para Lucas (e Paulo) o dom do Espírito Santo não é uma espécie de
complemento para a experiência cristã, nem é um tipo de segunda maior parte da
experiência cristã. Ele é sim o elemento principal no evento (ou processo) da
conversão cristã".23 E ainda: "A questão de saber se as línguas são a evidência física
inicial de qualidade de vida carismática no Espírito é um ponto discutível."24 De fato,
"insistir para que elas sejam o único sinal válido parece colocar muito peso sobre os
precedentes históricos de três (talvez quatro) ocorrências em Atos."25
"O que, então," Fee pergunta: "pode o pentecostal dizer sobre a sua experiência,
tendo em vista os princípios hermenêuticos sugeridos neste artigo?"26 À sua pergunta,
ele dá uma resposta quíntupla, concluindo:
"Visto que o falar em línguas era uma expressão repetida dessa dinâmica, ou
carismática, dimensão da vinda do Espírito, o cristão contemporâneo pode esperar
isso, também, como parte de sua experiência no Espírito. Se os pentecostais não
podem dizer que se deve falar em línguas, eles podem certamente dizer, por que não
falar em línguas? Eles tem repetido o precedente bíblico, que teve valor probatório na
casa de Cornélio (Atos 10.45, 46), e - apesar do muito que tem sido escrito ao contrário
- elas tem valor, para a edificação do indivíduo crente (1 Coríntios 14.2-5) e, com a
interpretação, para a edificação da igreja (1 Coríntios 14:5, 26-28)."27
30
Ibid.
31
Fee, “Baptism,” 87–99. Em “Suggested Areas for Further Research in Pentecostal Studies,” Pneuma,
Vol. 5, No. 2 (1983) Russell P. Spittler comenta: “Subsequência… é uma não-questão. Os primeiros
pentecostais não tinham a intenção de criar um novo ordo salutis, um algoritmo para a piedade. Ao
contrário, eles estavam dizendo que é possível aos cristãos desanimados serem renovados” (p. 43).
Howard M. Ervin: Uma Hermenêutica "Pneumática"
32
Howard M. Ervin, “Hermeneutics: A Pentecostal Option,” Pneuma, Vol. 3, No. 2 (1981): 11–25.
Reimprimido com pequenas alterações sob o mesmo título em Essays on Apostolic Themes: Studies in
Honor of: Howard M. Ervin, editado por Paul Elbert (Peabody, Mass.: Hendrickson Publishers, 1985), 23–
35.
33
Charles Farah, Jr. e Steve Durasoff, “Biographical and Bibliographical Sketch,” em Essays, editado por
Elbert, xi.
34
Ervin, “Hermeneutics,” 11.
também para o pietismo e neo-ortodoxia, o resultado é uma dicotomia perene entre
fé e razão. Ele resume as consequências deste problema epistemológico com estas
palavras: "A consequência para a hermenêutica tem sido que, em alguns setores há
um racionalismo destrutivo (neo-ortodoxia), em outros, uma intransigência dogmática
(ortodoxia), e ainda em outros, um misticismo não racional (pietismo).”35
Diante desse impasse epistemológico, "O que é necessário", escreve ele, "é uma
epistemologia firmemente enraizada na fé bíblica com uma fenomenologia que atenda
aos critérios da experiência sensorial empiricamente verificável (cura, milagres, etc.) e
não viole a coerência das categorias racionais"36 Para Ervin, uma epistemologia
pneumática não só atende a esses critérios, mas também oferece uma resolução de (a)
a dicotomia entre fé e razão, que o existencialismo procura preencher, embora ao
custo do pneumático; (b) o antídoto para um racionalismo destrutivo que, muitas
vezes, acompanha uma exegese histórico-crítica; e (c) responsabilidade racional para o
misticismo da piedade baseada no sola fide.37
35
Ibid., 12.
36
Ibid.
37
Ibid.
38
Ibid., 17.
39
Ibid.
40
Ibid.
41
Ibid., compare pp. 18,22,23.
Espírito Santo. Há contato direto com a realidade não material que liga-se a uma
epistemologia pentecostal, portanto, a sua hermenêutica."42
42
Ibid., 23.
43
Ibid.
William W. Menzies: Uma Hermenêutica "Holística"
A hermenêutica holística de Menzies possui três níveis: (1) o nível indutivo, (2) o nível
dedutivo, e (3) o nível de verificação. O nível indutivo é a exegese científica das
Escrituras. Ele vê três tipos de acesso indutivo: (a) declarativa, ou seja, aqueles textos
"cuja transparência torna o seu significado relativamente inequívoco", (b)
implicacional, para algumas verdades importantes, como a doutrina da Trindade "é
implícita nas Escrituras, ao invés de afirmações em declarações categóricas de um tipo
evidente", e (c) descritivo, que é o verdadeiro campo de batalha.
44
William W. Menzies, “The Methodology of Pentecostal Theology: An Essay on Hermeneutics,” em
Essays, editado por Elbert, 1–14.
45
Menzies, “Methodology,” 4.
46
Ibid.
Neste campo de batalha, "O livro de Atos é a questão quente em todo o debate."47
Essa é a questão de Fee sobre o gênero e, como observa Menzies, é o verdadeiro cerne
do debate. Pode-se ser demonstrado que Lucas não tinha a intenção de ensinar
teologia pelo que ele descreveu, portanto, "não há base genuína para uma teologia
pentecostal em tudo."48 Essa concepção leva Menzies a rejeitar as orientações de Fee
sobre o precedente histórico e normatividade, e ele conclui, contra Fee, que os dados
bíblicos implicam normatividade, ao invés de mera repetição.49
47
Ibid., 5,6.
48
Ibid., 6.
49
Ibid., 8–10.
50
Ibid., 10.
51
Ibid., 11.
52
Ibid., 13.
53
Ibid.
fundadores tem servido o movimento bem em sua pregação e ensino direcionados
para aqueles que estão dentro do movimento. Ela não é mais adequada para a
apologética dirigida àqueles de fora do pentecostalismo clássico, sejam eles
carismáticos ou não-carismáticos. Por essa razão, as longas décadas da era do vácuo
analítico da hermenêutica pragmática do pentecostalismo clássico está para sempre e
irreversivelmente encerrado.
Vários anos depois, ele reafirmou sua conclusão de que os pentecostais compreendem
Atos melhor que os não pentecostais. Ele escreve: "Não podemos considerar o
pentecostalismo como um tipo de aberração nascido de excessos experimentais, mas
um avivamento do século 20 da teologia do Novo Testamento e da religião. [O
54
Clark H. Pinnock, revisto por Michael Green, “I believe in the Holy Spirit” em His, junho, 1976: 21.
pentecostalismo] não só tem restaurado a alegria e o poder da igreja, mas também
uma leitura clara da Bíblia."55
55
Clark H. Pinnock, “Foreward,” para The Charismatic Theology of St. Luke, por Roger Stronstad
(Peabody, Mass.: Hendrickson Publishers, 1987), viii.
56
http://enrichmentjournal.ag.org/top/month_holyspirit.cfm