RECORRENTE: ÉRICA FERNANDA PEREIRA RECORRIDO: FASHION WORK CONFECÇÕES LTDA. - ME ORIGEM: VARA DO TRABALHO DE ITU
Dispensado o relatório, nos termos do inciso IV do § 1º do
artigo 895 da Consolidação das Leis do Trabalho.
VOTO
Conhece-se do Recurso Ordinário posto que regularmente
processado.
VÍNCULO EMPREGATÍCIO
A parte reclamante postula a reforma da decisão que não
reconheceu o vínculo empregatício com a parte reclamada no período indicado na exordial, esclarecendo-se que na defesa apresentada a demandada negou que a obreira lhe tivesse prestado serviços.
Todavia, em que pese o inconformismo da parte recorrente, não
lhe assiste razão no particular.
Processo nº 01745-2007-018-15-00-7 – Fl. 1
Firmado por assinatura digital em 17/03/2009 conforme Lei 11.419 - AssineJus ID: 00927018 Com efeito, o MM. Juízo de origem rejeitou a pretensão obreira concluindo que a reclamante não poderia ter laborado para a reclamada. Tal conclusão decorreu do fato de que a única testemunha obreira declarou que esta laborou na mesma rua em que ela (a testemunha) residia. Todavia, o endereço residencial declarado pela testemunha não é o mesmo em que a reclamada está localizada, salientando-se que em seu contrato social não consta a existência de nenhuma filial.
Embora nas razões recursais a parte reclamante tenha tentado
esclarecer que prestava serviços em um galpão localizado em outro endereço, afirmando que aquele indicado na petição inicial correspondia à sede social da empresa, a verdade é que não há nos autos nenhuma prova de que o galpão em que prestava serviços funcionava algum setor da parte reclamada.
Portanto, compartilhamos do entendimento de origem de que a
testemunha obreira não logrou convencer de que a parte reclamante tenha de fato laborado para a demandada.
Ademais, a improcedência da ação também pode ser
confirmada por outro fundamento. Como a defesa negou que a obreira tivesse laborado para a parte reclamada, àquela competia provar a prestação laboral.
Não obstante a falta de credibilidade do depoimento da
testemunha obreira, frente aos demais elementos de convicção presentes nos autos, como exposto acima, não se pode olvidar que a única
Processo nº 01745-2007-018-15-00-7 – Fl. 2
Firmado por assinatura digital em 17/03/2009 conforme Lei 11.419 - AssineJus ID: 00927018 testemunha patronal, empregada da reclamada, afirmou que a obreira jamais trabalhou para essa empresa.
Portanto, ainda que se pudesse afastar a contradição do
depoimento da testemunha autoral, a contraposição das declarações da testemunha patronal impede que se considere provado o fato constitutivo da pretensão exordial. Logo, por esse fundamento o vínculo empregatício também não poderia ser reconhecido.
CONCLUSÃO
Diante do exposto, decide-se CONHECER DO RECURSO de
ÉRICA FERNANDA PEREIRA e NÃO O PROVER.
MARCELO MAGALHÃES RUFINO
Juiz Relator
Processo nº 01745-2007-018-15-00-7 – Fl. 3
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