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1.

Marcos Silveira Luiz e Priscila Garcia Luiz pretendem se casar, mas guardam
parentesco consanguíneo de tio e sobrinha. Seus pais não se opõem a matrimónio.

Entretanto ao se submeterem ao processo de habilitação tiveram negado seu


requerimento, sob fundamentação de que, de acordo com o Código Civil Brasileiro
de 2002, existe impedimento matrimonial para que parentes de 3º grau se casem.

Diante da negativa, eles o(a) procuram como seu(sua) advogado(a), a fim de tentar
solucionar o óbice.

R. A resposta é que sim, desde que sejam preenchidas as exigências do Decreto-Lei


n.3200/1941: porque quanto aos impedimentos entre colaterais, observa-se que o
novo Código não contempla a ressalva de autorização judicial para o casamento entre
os colaterais de terceiro grau (tio e sobrinha), que no atual sistema jurídico
tem lugar por força de disposição do Decreto-Lei 3.200/41.
Requerimento ao juiz, que determinará a realização de exame médico, para lhes
atestar a sanidade, afirmando não haver inconveniente, sob o ponto de vista, da saúde
de qualquer deles e da prole, na realização do matrimônio.

DECRETO-LEI Nº 3.200/1941

DO CASAMENTO DE COLATERAIS DO TERCEIRO GRAU


Art. 1º O casamento de colaterais, legítimos ou ilegítimos do terceiro grau, é
permitido nos termos do presente decreto-lei.
Art. 2º Os colaterais do terceiro grau, que pretendam casar -se, ou seus
representantes, legais, se forem menores, requererão ao juiz competente para a
habilitação que nomeie dois médicos de reconhecida capacidade, isentos de suspeição
para examiná-los e atestar-lhes a sanidade, afirmando não haver inconveniente, sob o
ponto de vista, da saúde de qualquer deles e da prole, na realização do matrimônio.
§ 1º Se os dois médicos divergirem quanto à conveniência do patrimônio,
poderão os nubentes, conjuntamente, requerer ao Juiz que nomeie terceiro, como
desempatador.
§ 2º Sempre que, a critério do Juiz, não for possível a nomeação de dois médicos
idôneos, poderá ele incumbir do exame um só médico, cujo parentesco será
conclusivo.
§ 3º O exame médico será feito extrajudicialmente, sem qualquer formalidade,
mediante simples apresentação do requerimento despachado pelo Juiz.
§ 4º Poderá o exame médico concluir não apenas pela declaração da
possibilidade ou da irrestrita inconveniência do casamento, mas ainda pelo
reconhecimento de sua viabilidade em época ulterior, uma vez feito, por um dos
nubentes ou por ambos, o necessário tratamento de saúde. Nesta última hipótese,
provando a realização do tratamento, poderão os interessados pedir ao juiz que
determine novo exame médico, na forma do presente artigo.
§ 5º Quando não se conformarem com o laudo médico, poderão os nubentes
requerer novo exame, que o juiz determinará, com observância do disposto neste
artigo, caso reconheça procedentes as alegações.
§ 6º O atestado, constante de um só ou mais instrumentos, será entregue aos
interessados, não podendo qualquer que se refira ao outro, sob penas do.art.153 do
código penal.
§ 7º Quando o atestado dos dois médico, havendo ou não desempatador, ou do
único médico, no caso do § 2º deste artigo, afirmar a inexistência de motivo que
desaconselhe o matrimônio, poderão os interessados promover o processo de
habilitação, apresentando, com o requerimento inicial, a prova de sanidade ,
devidamente autenticada. Se o atestado declarar a inconveniência do casamento,
prevalecerá em toda a plenitude, o impedimento matrimonial.
§ 8º Sempre que na localidade não se encontrar médico que possa ser nomeado,
o juiz designará profissional de localidade próxima a que irão os nubentes.
§ 9º Os médicos nomeados terão a remuneração que o juiz fixar, não superior a
cem mil réis para cada um.
Art. 3º Se algum dos nubentes, para frustrar os efeitos do exame médico
desfavorável, pretender habilitar-se, ou habilitar-se para casamento, perante outro
juiz, incorrerá na pena do art. 237 do Código Penal.

2. Generosa Costa ajuizou ação declaratória de existência de união estável contra o


espólio de Gementino de Oliveira alegando que desde a data de 21 de Outubro de
1979 passou a conviver maritalmente com o falecido, relatou que o ex-companheiro
lhe presava assistência material e moral e em contra partida ela cuidava dele.
Afirmou que os filhos do falecido tinham ciência desse relacionamento. Diante disso,
Generosa requer o reconhecimento da união estável entre ambos.

No curso do processo, constatou-se que Gementino não havia se divorciado de sua


esposa, que ainda residia em uma propriedade rural que a ele pertencia e onde ele
toda semana comparecia, segundo testemunhas, para cuidar de negócios.

Como juiz(a) decida se Generosa tem direito ao reconhecimento da união estável.

R. De acordo com o CC (Artigo 1723) a existência de casamento não impede o


reconhecimento de união estável se os casados tiverem se separado (de fato ou de
direito).

O mencionado artigo do CC não apenas não proíbe, mas expressamente autoriza a


União Estável entre pessoas já casadas com terceiros (desde que este casamento só
exista "no papel"). No caso em tela o casamento só existia no papel, uma vez que a
visita de Gementino era apenas para tratar de negócios, e há testemunhas a esse
respeito.
Quanto a existência de da união estável havida entre o “de cujus” e devidamente
provada, já qa senhora Generosa, uma vez que este prestava assistênca material e
moral e em contra partida ela cuidave dele, ficando caracterizado a união entre os
dois sendo que esta mencionada união era do conhecimento dos filhos do senhor
Gementino.

Portanto justo que seja declarado a união estável da Senhora Generosa com o
falecido, para que também possa concorrer no espólio.

Reza o Artigo 1723:

"Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a
mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com
o objetivo de constituição de família.

§ 1o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521;


não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar
separada de fato ou judicialmente"

MARIA APARECIDA FELICIANO

RA 407203229

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