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SUMÁRIO

1 gasometria pág. 4

2 equilíbrio ácido/base pág. 4

3 coleta arterial pág. 5

4 coleta venosa pág. 6

5 técnica pág. 6

6 resultados da gasometria pág. 8

6.1 interpretação dos resultados pág. 9

7 identificação dos distúrbios pág. 10

8 referências pág. 12
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1 GASOMETRIA

Gasometria é a medida dos gases. Estimativa da quantidade de gás


presente em uma mistura. (COREN 2009)

A gasometria pode ser obtida a partir de uma amostra da mistura de


gases de um ambiente para comparação com a padrão. Na área da saúde os
gases mais importantes por servirem de parâmetro para diagnose são os gases
que podem ser encontrados no sangue. A amostra de sangue pode ser colhida
de sangue arterial ou venoso, daí a necessidade de identificação do local da
coleta da amostra para que se possa estabelecer qual parâmetro de
comparação será o utilizado para a amostra. Os gases de importância
medicinal pesquisados são o gás carbônico(CO2) e o oxigênio(O2). Outro valor
que pode ser aferido pela amostra de sangue e possui grande valor preditivo
do quadro do paciente é o pH (potencial hidrogeniônico). O pH é observado
para se estabelecer o equilíbrio ácido-base do momento do exame e que
correções podem ser necessárias a fim de se evitar uma alcalose ou uma
acidose. Ions de hidrogênio no organismo se originam tanto dos ácidos voláteis
como dos ácidos fixos sua interferência no mecanismo ácido-base se dá pela
sua alta capacidade de combinação e reação com blocos protéicos, enzimas e
catalisadores, alterando a composição de proteínas estruturais e funcionais,
modificando funções enzimáticas e características (excitabilidade,
permeabilidade) das membranas, alterando as reações químicas na
dissociação e nos seus potenciais iônicos(Guyton 1977).

2 EQUILÍBRIO ÁCIDO/BASE

O equilíbrio ácido-base é mantido por diversos e complexos mecanismos


que interagem com os líquidos corporais e seus sistemas especiais de controle.
Se a concentração de hidrogênio se alterar o centro respiratório é estimulado a
mudar a velocidade da ventilação pulmonar alterando a velocidade da retirada
do dióxido de carbono dos líquidos corporais. Outro mecanismo do sistema
tampão e a concentração dos ácidos na urina que pode ser aumentada ou
diminuida conforme a necessidade do organismo. O ácido carbônico H2CO3
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deve manter seu equilíbrio com o gás carbônico (CO 2). O exame de gasometria
é realizado mediante pedido médico(Guyton 1977).

3 COLETA ARTERIAL

A coleta da gasometria arterial é feita em uma artéria. Preferencialmente


se usam os acessos pela artéria radial, femural e braquial. O material
necessário é a seringa que deve ser uma seringa especial para coleta de
gasometria (heparinizada) ou uma seringa de 5ml (3 ml) comum. Se seringa
comum deve ser heparinizada o conteúdo de uma ampola de heparina deve
ser aspirado para espalhado no interior da seringa e devolvido a ampola
ficando a seringa apenas molhada com a heparina evitando excesso de
heparina na seringa que causa alteração no resultado do pH da amostra. Após
a escolha do local de punção o local deve ser desengordurado e ou limpo com
álcool 70%. A punção é feita em 30º até a perfuração da artéria, evitando
transfixar. Aspira-se o sangue, cerca de 3 ml, retira-se a seringa da artéria,
comprime-se o local da punção por 3 minutos no mínimo, para evitar
hematomas e hemorragias. A seringa deve ser manuseada em movimentos
circulares para misturar a heparina na amostra evitando a coagulação ou
formação de coágulos. Os movimentos bruscos ou agitação da amostra
também pode provocar aglutinação de hemácias dificultando a realização do
exame com precisão. A agulha é retirada e uma gota de sangue deve ser
desprezada evitando a presença de ar na seringa e conseqüente alteração da
amostra. Uma rolha de borracha é colocada no local da agulha ou a agulha é
introduzida em uma rolha de borracha para evitar a entrada de oxigênio.

Deve ser analisada em menos de uma hora sob risco de perda de


interesse clínico. Se houver demora ou necessidade de transporte da amostra,
uma refrigeração de +4 graus é necessária para manter a qualidade da
amostra. Além de outros profissionais, a coleta pode ser realizada pela equipe
de enfermagem. No caso da enfermagem a coleta deve ser realizada apenas
por técnicos de enfermagem e por enfermeiros(Smeltzer 2005).
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4 COLETA VENOSA

A coleta da gasometria venosa é feita preferencialmente em ambiente


ambulatorial e após preparo. È mais utilizada em pacientes renais crônicos
para identificação dos mecanismos tampão com base renal, do que em casos
de urgência em clientes críticos como base para prescrição de oxigênio terapia.

Preparo: o cliente deve ser mantido por 15 minutos em repouso. Se


realizou algum esforço este repouso deve ser prolongado para 30 minutos.

Deve-se questionar se o cliente fez uso de broncodilatadores.

Se faz uso de oxigênio.

Se possui alguma doença pulmonar como asma, bronquite, enfisema,


pneumonia.

Se possui alguma espécie de shunt artério venoso ou comunicação


átrio-ventricular patológica.

Se possui alguma doença renal, cardíaca,

O exame atualmente é feito por uma maquina que possui eletrodos em


uma câmara com temperatura e umidade controlada. Estes eletrodos efetuam
a medição da pressão parcial do dióxido de carbono (PaCO2), da pressão
parcial de oxigênio PaO2, e do pH. Tanto na gasometria arterial quanto na
venosa.

A amostra é colhida por punção dos vasos. Podendo ser amostra de


sangue arterial ou venoso devendo ser colhida em vasos não canulados.

5 TÉCNICA

Necessita do uso de precações padrão.

Palpar a artéria braquial ou radial para verificar a pulsação.

Realizar o teste de Allen antes de perfurar artéria radial


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Limpar a área com solução adequada.

Heparinizar a seringa quando esta não for heparinizada.

Ejetar todas as bolhas de ar da seringa.

Estabilizar a artéria esticando e pele.

Inserir a agulha diretamente sobre o pulso a um anglo de 45º a 60º graus.

Obter de 3 a 5 ml de amostra de sangue.

Retirar a agulha quando obtiver a amostra.

Aplicar pressão sobre o local por cinco a 15 minutos.

Se o acesso for cateterizado seguir a indicação do fabricante para coleta de


amostras.

Cobrir a seringa e coloca-la imediatamente no gelo.

Etiquetar a amostra conforme o protocolo da instituição.

Providenciar o transporte imediato da amostra ao laboratório.

Aplicar atadura de pressão no local quando indicado.

Registrar a temperatura, o percentual de oxigênio, o método de distribuição, o


local da perfuração, e o levantamento circulatório após a perfuração.

Interpretar os resultados e adaptar o tratamento, conforme necessário.


(COREN,2009)

Obs: No caso da coleta venosa, pode existir e necessidade de


garroteamente do membro para evidenciar o traçado dos vasos.

Não é necessário, após a coleta, pressão sobre o local por tempo maior que
três minutos.

6 RESULTADOS DA GASOMETRIA
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Valores de referência da gasometria arterial

Parâmetro Sangue arterial

Ph 7.35 a 7.45

PaCO2 35 a 45 mmHg

PaO2 80 a 100 mmHg

HCO3 22 a 28MMOL/L

CO2 TOTAL 23 a 30 MOL/L

B. E. -2 a +2

% SaO2 93% a 97%

Valores de referência da gasometria venosa

Parâmetro Sangue venoso

pH 7.35 a 7.45

PaCO2 35 a 40 mmHg

PaO2 40 a 45 mmHg

HCO3 22 A 28 MMOL/L

B. E. -2 a +2

% SaCO2 70 a 75%

6.1 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Os resultados são interpretados em três momentos. O primeiro e mais


importante é o estabelecimento de acidose ou alcalose que é feito com base no
resultado da escala de percentual hidrogeniônico (pH). O segundo momento é
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a verificação da pressão parcial de dióxido de carbono (CO2), e o terceiro


momento é a verificação da base, o bicarbonato (HCO3)(Knobel 1998).

O pH é o primeiro parâmetro a ser observado no resultado. È ele que


indica o equilíbrio ácido-base um pH normal descarta um desvio ou demonstra
que o organismo está conseguindo compensar a disfunção. Por outro lado, se
o pH está abaixo de 7,35 dizemos que existe uma acidose, porém sem
identificar se é metabólica ou respiratória. Se o pH está acima de 7,45, dizemos
que existe uma alcalose da mesma forma, sem conseguir identificar se de
origem metabólica ou respiratória. Portanto, a análise do pH demonstra apenas
e existência de uma alcalose ou acidose ou nenhuma destas. Porém é possível
dizer que 7,25 é valor indicativo de uma acidose severa e 7,45 é indicativo de
uma alcalose severa.

O segundo valor a ser conferido é a pressão parcial de CO 2. Os valores


normais estão entre 35mm/Hg e 45 mm/Hg. Medições fora destes valores
indicam alteração no equilíbrio. Quando a pressão parcial de O2 se apresenta
elevada acima de 45mm/Hg é sinal de que o organismo está retendo CO2, a
respiração não está sendo eficiente para eliminar o CO 2 da corrente
sanguínea. Ao contrário, quando a pressão parcial de CO2 está inferior a
35mmHg é um indicativo de que a ventilação está eliminando mais CO2 do que
o necessário. Portanto a alteração do pH e da pressão parcial de CO2 são um
indicativo de que a função pulmonar é a base da disfunção do pH.
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O terceiro parâmetro a ser analisado é quantidade de HCO3. Seus


valores normais são de 22MMOL/L A 28MMOL/L. Uma alteração neste valor
indica modificação no componente metabólico da regulação do mecanismo
ácido-base. Na verdade esta é uma medida derivada das outras duas, pH e
pressão de CO2. O bicarbonato é controlado pelos rins e o ácido carbônico
controlado pelos pulmões. O valor de HCO3 é calculado em comparação a
necessidade de HCO3 da amostra para se equiparar a uma solução onde a
PCO2 é 40mm/Hg. Quando o valor desta diferença é inferior a 22Mm/l significa
que parte da reserva de bases do organismo foi consumida, eliminada ou não
teve reposição, gerando uma acidose metabólica. Ao contrário, quando o
HCO3 está acima de 28mM/l significa que o organismo não está conseguindo
eliminar estas bases e portanto está em alcalose metabólica com elevação do
pH.

7 IDENTIFICAÇÃO DOS DISTÚRBIOS

Desta forma, os resultados basicamente podem apresentar quatro


desvios.

- Acidose metabólica

- Acidose respiratória

- Alcalose metabólica

- Alcalose respiratória

Acidose metabólica: Situação em que o pH se apresenta abaixo de 7,35


ao mesmo tempo que o valor de HCO3 acima de 28MMO/L. Os ácidos estão se
acumulando no organismo ao meso tempo em que a respiração não é
suficiente para contrabalancear em velocidade e quantidade suficiente. Os
distúbios que podem levar a acidose são, a diarréria grave, a insuficiência renal
crônica, a cetoacidose de origem diabética a acidose lática entre outros
estados patológicos.
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Acidose respiratória: Situação evidenciada pelo pH abaixo de 7,35 ao


mesmo tempo em que a PCO2 apresenta valores acima de 45mmHg. Nesta
situação o trabalho dos alvéolos não é suficiente para eliminar o dióxido de
carbono do organismo. A hipoventilação é uma das causas que podem levar a
acidose respiratória. Outras causas podem ser, uma atelectasia, o
sufocamento, o edema agudo de pulmão, os afogamentos, um pneumotórax, a
DPOC entre outros estados patológicos.

Alcalose metabólica: Situação evidenciada pelo pH acima de 7,45 ao


mesmo tempo e que a concentração de HCO3 se apresenta acima de
28MMOL/L . Nesta situação o bicarbonato está acumulado no organismo ou
existe pouco ácido. Os vômitos de bile, uso excessivo de bicarbonato na
correção de uma acidose, uso excessivo de diuréticos podem ser as causa.

Alcalose respiratória: Situação evidenciada pelo pH acima de 7,45 ao


mesmo tempo em que a PCO2 apresenta valores abaixo de 35mmHg. Nesta
situação o aparelho pulmonar está trocando mais O2 e CO2 que o necessário.
O dióxido de carbono é eliminado em excesso dificultando a manutenção dos
níveis de ácido carbônico no organismo. A alcalose respiratória pode se
apresentar após episódios de hiperventilação provocados pela ansiedade,
regulação inadequada do ventilador mecânico, em conseqüência de alteração
no ritmo da ventilação provocada por tumores cerebrais.

8 Referências

Knobel, Elias; Condutas no paciente grave; São Paulo; Editora Atheneu,


1998
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Guyton Arthur C. .Tratado de fisiologia médica; Rio de Janeiro; Editora


Guanabara Koogan; 8ª edição

Smeltzer, Suzana C; Tratado de enfermagem médico cirúrugica, Editora


Guanabara Koogan; 2005

Parecer COREN-SP 21/2009; Cateterização arterial por enfermeiros


para coleta de sangue e realização de gasometria.

http://www.labhpardini.com.br/scripts/mgwms32.dll?
MGWLPN=HPHOSTBS&App=HELPE&EXAME=S%7C%7CGASOV

http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/003423.htm

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