Acampamento DESPERTA! – Abrindo os olhos a caminho de Emaús.

Acampamento DESPERTA! – Mensagem 01/021

Abrindo os olhos a caminho de Emaús.

(Lc 24:13~35)

Introdução.

Um dia eu estava dirigindo, com a minha esposa do lado. Não sei no que estava pensando
e nem do que estávamos conversando, mas o fato é que parei na faixa de pedestre, diante
do semáforo, mas ele estava verde. Minha esposa deve ter pensando: “Não... ele não está
fazendo isso...”. Sou um péssimo piloto admito, mas aquilo já era o cúmulo! Subtamente
ela me disse: “O que você está fazendo? Você não está vendo que tá verde?”. O mais
engraçado é que quando só percebi o que estava fazendo quando o sinal mudou de verde
para vermelho na minha frente. Ainda assustando e sem entender o que estava
acontecendo, quando o sinal ficou vermelho, acelerei e fui embora. Eu estava olhando
para o sinal. Vi o verde para ir e parei. Vi o vermelho e andei. Vi mas não vi.

E isso acontece muito com as pessoas. Lógico que não dessa maneira. Mas elas vêem
certas coisas, mas parece que essa informação não chega direito aos seus cérebros. A
história de hoje é sobre dois discípulos a caminho de Emaús, que passaram por uma
situação semelhante. Eles viram, mas não viram.

Convido você a abrir comigo no texto para lermos essa história.

O Texto: Lc 24:13~35
13
Naquele mesmo dia, dois deles estavam indo para um povoado chamado Emaús,
a onze quilômetros2 de Jerusalém. 14 No caminho, conversavam a respeito de tudo o que
havia acontecido. 15 Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e
começou a caminhar com eles; 16 mas os olhos deles foram impedidos de reconhecê-lo.
17
Ele lhes perguntou: “Sobre o que vocês estão discutindo enquanto caminham?”.
Eles pararam, com os rostos entristecidos. 18 Um deles, chamado Cleopas, perguntou-lhe:
“Você é o único visitante em Jerusalém que não sabe das coisas que ali aconteceram
nestes dias?”
19
“Que coisas?”, perguntou ele. “O que aconteceu com Jesus de Nazaré”,
responderam eles. “Ele era um profeta, poderoso em palavras e em obras diante de Deus
e de todo o povo. 20 Os chefes dos sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para
ser condenado à morte, e o crucificaram; 21 e nós esperávamos que era ele que ia trazer a
redenção a Israel. E hoje é o terceiro dia desde que tudo isso aconteceu. 22 Algumas das
mulheres entre nós nos deram um susto hoje. Foram de manhã bem cedo ao sepulcro 23 e
não acharam o corpo dele. Voltaram e nos contaram ter tido uma visão de anjos, que
disseram que ele está vivo. 24 Alguns dos nossos companheiros foram ao sepulcro e
encontraram tudo exatamente como as mulheres tinham dito, mas não o viram.”

























































1
Pregado no Acampamento DESPERTA! (MEP, IP. Sinil e IP Sinam em Guararema, 21.04.2011. Método: 4 páginas.
2
Nas versões antigas, seis estádios.

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25
Ele lhes disse: “Como vocês custam a entender e como demoram a crer em tudo
o que os profetas falaram!
26
Não devia o Cristo sofrer estas coisas, para entrar na sua glória?” 27 E começando
por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as
Escrituras.
28
Ao se aproximarem do povoado para o qual estavam indo, Jesus fez como quem
ia mais adiante. 29 Mas eles insistiram muito com ele: “Fique conosco, pois a noite já
vem; o dia já está quase findando”. Então, ele entrou para ficar com eles.
30
Quando estava à mesa com eles, tomou o pão, deu graças, partiu-o e o deu a eles.
31
Então os olhos deles foram abertos e o reconheceram, e ele desapareceu da vista deles.
32
Perguntaram-se um ao outro: “Não estava queimando o nosso coração, enquanto ele
nos falava no caminho e nos expunha as Escrituras?”
33
Levantaram-se e voltaram imediatamente para Jerusalém. Ali encontraram os
Onze e os que estavam com eles reunidos, 34 que diziam: “É verdade! O Senhor
ressuscitou e apareceu a Simão!” 35 Então os dois contaram o que tinha acontecido no
caminho, e como Jesus fora reconhecido por eles quando partia o pão.

Exposição do texto.

1. Os olhos dos discípulos a caminho de Emaús estavam fechados.

Domingo. Duas pessoas andando pelo caminho. Destino delas era uma povoado chamado
Emaús, distante 11 quilômetros de Jerusalém, de onde estavam saindo. Decepção e
tristeza eram as duas palavras que podiam definir o que eles estavam sentindo naquela
hora. Naquela sexta, a três dias atrás, Jesus, o mestre a quem seguiram por três anos fora
traído e morto, crucificado como criminoso em Jerusalém. Todos os seus sonhos haviam
ruído, e com o coração cheio de decepção voltavam para as suas casas para reconstruir as
suas vidas.

Aquela estrada era a estrada da desolação. “Como tudo aquilo pôde ter acontecido?”,
“Jesus era uma pessoa tão boa e um mestre tão amoroso”, “E agora, o que será de
nós?”. A conversa deles girava em torno de Jesus. O texto diz: “Naquele mesmo dia, dois
deles estavam indo para um povoado chamado Emaús, a onze quilômetros de Jerusalém.
No caminho, conversavam a respeito de tudo o que havia acontecido.” (vr.13, 14).

De repente, um outro viajante os alcança. Ele estava numa passada mais rápida do que os
dois. Vendo que os dois discípulos a caminho de Emaús estavam cabisbaixos, ele se
aproximou... Quem era esse viajante? O próprio Jesus ressurreto. Porém, os discípulos
não podiam identificá-lO, seus olhos estavam fechados, “eles foram impedidos de
reconhecê-lO” (vr. 16). Os dois discípulos estavam justamente falando do Senhor Jesus e
não puderam perceber que Ele estava ao seu lado.

“Ele lhes perguntou: “Sobre o que vocês estão discutindo enquanto caminham?”. Eles
pararam, com os rostos entristecidos. Um deles, chamado Cleopas, perguntou-lhe:
“Você é o único visitante em Jerusalém que não sabe das coisas que ali aconteceram
nestes dias?”” (vr. 17, 18). Jesus puxa o papo. Ele queria saber do que aqueles discípulos

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estavam falando. “Mas como assim? Você não sabe do que aconteceu? Você é a única
pessoa que, vindo de Jerusalém, não sabe de nada!”. Ainda tristes, os discípulos
começaram a explicar o que havia acontecido naquele dia: Jesus fora crucificado na cruz
e o seus sonhos de ver o Reino de Deus foram frustrados.

““Que coisas?”, perguntou ele. “O que aconteceu com Jesus de Nazaré”, responderam
eles. “Ele era um profeta, poderoso em palavras e em obras diante de Deus e de todo o
povo. Os chefes dos sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser
condenado à morte, e o crucificaram; e nós esperávamos que era ele que ia trazer a
redenção a Israel. E hoje é o terceiro dia desde que tudo isso aconteceu. Algumas das
mulheres entre nós nos deram um susto hoje. Foram de manhã bem cedo ao sepulcro e
não acharam o corpo dele. Voltaram e nos contaram ter tido uma visão de anjos, que
disseram que ele está vivo. Alguns dos nossos companheiros foram ao sepulcro e
encontraram tudo exatamente como as mulheres tinham dito, mas não o viram.” (vr.
19~24).

Eles estavam tristes por que? Porque Jesus havia morrido. Mas eles mesmos estavam
dizendo que anjos apareceram anunciando que o Senhor ressuscitara. Alguns dos
discípulos haviam ido ao túmulo para ver se o corpo de Jesus estava lá. Porém, todos
eram unânimes em um ponto: esqueceram-se que Jesus prometera ressuscitar. Para eles,
haviam roubado o corpo de Jesus. Por isso, estavam tristes, deprimidos...

Para os discípulos, Jesus era um profeta, um grande homem de Deus que foi morto por
seu próprio povo. Porém, o entendimento que eles tinham de Jesus era ainda muito
limitado. Jesus já havia predito que morreria e ressuscitaria ao terceiro dia. Aquele era já
o terceiro dia. Mas, novamente, os seus olhos estavam fechados. Por causa da intensidade
dos acontecimentos, eles nem se quer lembravam do que o Senhor lhe havia prometido.

2. Os nossos olhos podem estar fechados para a realidade de Cristo.

Meus irmãos, os nossos olhos também podem estar fechados para a realidade de Jesus
Cristo. Mesmo ele estando diante de nós, do nosso lado, andando conosco, Ele pode
passar desapercebido.

De alguma maneira todos nós conhecemos Jesus. Sabemos que Ele foi uma pessoa muito
importante, que Ele veio ao mundo nos salvar e que ressuscitou ao terceiro dia. Porém,
quando tudo isso habita em nós apenas em forma de conhecimento intelectual e não em
vida, podemos ser como os discípulos a caminho de Emaús, que mesmo tendo o Senhor
da glória ressurreto ao seu lado, não o enxergaram.

Amados, será esse o seu caso? Você não consegue ser indiferente a uma pessoa que você
ame muito. Você não consegue ignorar uma pessoa que conheça muito. O texto não está
falando de pessoas do mundo. Os dois personagens centrais são os DISCÍPULOS de
Jesus. Mesmo nessa condição, Eles não reconheceram o seu mestre. Não é por que você
vem na igreja, que você serve em algum ministério, que você faça alguma coisa para

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Deus que você enxergue Jesus ao seu lado. Jesus está do seu lado hoje: o Senhor
ressurreto está pertinho do você. Você consegue percebê-lO em sua Vida?

Podemos ter um entendimento de Jesus ainda muito limitado. Mais uma vez, Ele pode ser
um profeta que nos deu grandes mensagens e que realizou muitos milagres, mas só isso.
Jesus pode ser para nós até um exemplo de vida, mas pode parar por aí. Será que você
realmente conhece o Senhor Jesus? Será que você realmente depende Dele? Aqueles
discípulos passaram anos aprendendo do próprio Jesus, em primeira mão, o Evangelho...
nós estamos na igreja a muito tempo também. O que mudou em nós? Somos mais
próximos de Jesus a ponto de reconhecê-lO agindo em nossas vidas?

Os discípulos a caminho de Emaús estavam tristes e decepcionados. Você pode estar

assim. Meu irmãos, servir a Cristo é alegria! Já dizia aquele corinho: “A alegria está no
coração de quem já conhece Jesus”. Se você não desfruta alegria na sua vida, Jesus pode
ser desconhecido para você. Não estou falando de rir a toda hora, de uma vida livre de
problemas. Pelo contrario, estou falando da verdadeira alegria, alegria essa que brota, às
vezes, dentro de uma dificuldade muito grande, uma alegria que é fruto da confiança em
Deus, da presença de Jesus.

Os olhos deles estavam fechados, mas a presença de Jesus, a sua conversa o comunhão
começaram a mudar a vida daqueles dois discípulos.

3. A presença de Jesus abriu os olhos dos discípulos.

“Ele lhes disse: “Como vocês custam a entender e como demoram a crer em tudo o que
os profetas falaram! Não devia o Cristo sofrer estas coisas, para entrar na sua glória?”
E começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito
dele em todas as Escrituras.” (vr. 25, 26).

Jesus começa a falar. E de um viajante alheio a tudo o que acontecera naqueles dias, Ele
se transforma em um exímio professor, que passou a explicar tudo o que ocorreu com
base na Lei e nos profetas. Ele pegou o Antigo Testamento mostrando que Cristo deveria
sofrer daquela maneira para que Ele pudesse ser glorificado. Mesmo assim, os seus olhos
estavam fechados. Mas com o passar do tempo, quanto mais eles escutavam aquele
viajante falar, mais sentiam algo diferente. A tristeza deles começou a se transformar e
gotas de esperança começaram a pingar no solo árido daqueles corações.

“Ao se aproximarem do povoado para o qual estavam indo, Jesus fez como quem ia mais
adiante. Mas eles insistiram muito com ele: “Fique conosco, pois a noite já vem; o dia já
está quase findando”. Então, ele entrou para ficar com eles.” (vr. 28, 29). O viajante
apressa os seus passos para seguir com o seu caminho, mas os dois discípulos insistem
que ele fique com eles a conversar mais. O papo estava muito bom, eles estavam sendo
consolados de toda a tristeza que estavam sentido. “Fique conosco!”. E como é bom
conversar e bater um bom papo. Os três entraram numa estalagem para comerem.

“Quando estava à mesa com eles, tomou o pão, deu graças, partiu-o e o deu a eles.

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Então os olhos deles foram abertos e o reconheceram, e ele desapareceu da vista deles”
(vr. 30, 31).

Já era a hora do jantar, e como o Marcelo pregou ontem, os judeus realmente tinham o
costume de comer com pessoas muito próximas. Aquele viajante “viajante”, já havia se
tornado em um amigo, um companheiro. Amigo bom é amigo bom de papo, que você
senta e ao conversar com ele, esquece de tudo, do tempo, das dores... o jantar começou. O
cardápio: pão, vinho... O viajante pegou o pão agradeceu a Deus. Partindo o pão, deu aos
dois. Nesse momento, os olhos deles foram abertos. Inúmeras vezes eles haviam visto
aquela cena. Era Jesus! No momento em que eles perceberam que aquele viajante era
Jesus, o Senhor desapareceu diante deles.

Claro! Era Jesus! “Perguntaram-se um ao outro: “Não estava queimando o nosso

coração, enquanto ele nos falava no caminho e nos expunha as Escrituras?”” (vr. 32). O
jeito de falar, o amor com que ele ensinava, a paciência com que conversava: não podia
ser outra pessoa se não o Senhor Jesus! Ao ouvir a voz de Deus, eles sentiam que os seus
corações estavam queimando! Queimando de amor, queimando de saudade!!

4. A presença de Jesus nos abre os olhos para a Sua realidade.

Jesus tem um jeito muito peculiar de falar com as pessoas. O que eu amo Nele é que Ele
fala comigo. Quantas foram as vezes ao que ao ler a minha bíblia ouvi a sua voz, quantas
vezes, durante as pregações, sentia meu coração arder, meu olhos se encherem de
lágrimas e meu coração explodir de tanta alegria que poderia, como diz a música,
“dançar por mil milhas por causa do Seu amor”.

Meus irmãos, da mesma maneira que Jesus, com a sua presença, com a sua intimidade,
abriu dos olhos daqueles dois discípulos que nunca mais foram mencionados na bíblia,
Ele quer abrir os nossos olhos para enxergamos muito mais além do que tudo aquilo que
podemos simplesmente ver e enxergar.

Alguns de vocês estão na igreja a muito tempo. Alguns tem pais e avôs que são servos de
Deus e pilares dentro do Seu Reino. Muitos de vocês são professores e alguns ministros
de louvores. Pode ser que hoje, mesmo depois de tanto tempo e mesmo depois de tudo
isso, você ainda não percebe que Jesus está ao seu lado.

Mas Jesus está do seu lado. Ele está falando com você hoje. Ele está aquecendo o seu
coração agora. Você pode até fingir que não é com você, sair daqui para tomar uma
aguinha, mas Jesus está ao seu lado até lá fora.

O convite de Jesus para essa manhã é simples: “Veja que estou do teu lado”. Não quero te
julgar e tão pouco te acusar de nada. Talvez nem Jesus queira isso de você. Mas Jesus
quer que hoje, você possa percebê-lO, reconhecê-lO e entronizá-lO como Senhor de sua
vida!

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Quando você enxerga Jesus, tudo muda, tudo ganha cor e intensidade! Que eu e você
possamos vê-lO com os olhos da fé, para achar nEle a razão da nossa existência, o motivo
para qual fomos criados, que não foi de ser feliz, ganhar dinheiro, ter casa, carro, moto,
playstation. Não! Quando enxergamos Jesus, percebemos que Ele é o nosso maio
tesouro, que se vivemos é para a Sua glória.

“Levantaram-se e voltaram imediatamente para Jerusalém. Ali encontraram os Onze e os

que estavam com eles reunidos, que diziam: “É verdade! O Senhor ressuscitou e
apareceu a Simão!”. Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como
Jesus fora reconhecido por eles quando partia o pão” (vr. 33~35)

Jesus está do nosso lado, vamos percebê-lO?

A presença de Jesus abre o nosso olhos para a sua realidade. Amem.

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