Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
15−2008
1. URBANIZAÇÃO E SUSTENTABILIDADE
Ao longo dos tempos, a evolução da humanidade e o seu progresso têm sido largamente
condicionados pelo desenvolvimento urbano. Contudo, a situação actual não tem paralelo
noutra época na História.
1
graca@dpp.pt.
2
Worldwatch Institute, Vital Signs 2007-2008, Washington, 2007.
A dimensão das cidades, em termos do espaço físico por elas ocupado e da população
que concentram, atingiu uma escala inédita: não só se verificou uma explosão da
população urbana, como se multiplicou o número de cidades com mais de um milhão de
4
habitantes e de megacidades .
Embora os padrões de vida das populações sejam condicionados pelo espaço em que
habitam e diferentes comunidades tenham diferentes necessidades e aspirações, os
grandes objectivos perseguidos são sempre os mesmos: basicamente o acesso a
3
Na América Latina, com taxas de urbanização já muito elevadas (77%), verificou-se um
abrandamento do crescimento das megacidades, contudo, face aos elevados níveis de desigualdade
económica e social, continuou a registar-se o crescimento de largas faixas da população em
subúrbios degradados, “bairros de lata” ou favelas.
4
No início do século XIX, Londres era a única cidade que atingia a população de um milhão de
habitantes.
5
Worldwatch Institute, Vital Signs 2007-2008, Washington, 2007.
Se as cidades e o seu modo de vida ocupam a maioria da terra, então elas terão que ser
fulcrais no debate sobre o futuro do planeta, que o Relatório Brundtland centrou no
conceito de desenvolvimento sustentável.
Coloca-se então a questão de saber em que medida as cidades podem contribuir para a
construção de um novo paradigma de desenvolvimento económico e social que cumpra
os requisitos da sustentabilidade.
A matéria não é simples, começando por se questionar a própria definição do que é uma
cidade, em que medida se identifica ou distingue do conceito mais lato de aglomeração
6
urbana . Mesmo não aprofundando este aspecto, e usando os dois conceitos como
sinónimos, a resposta à questão da sustentabilidade é complexa e exige um conjunto de
respostas que, muito simplificadamente, se pode sintetizar:
6 “No extremo, as “áreas urbanas” negam o próprio conceito de cidade: elas tornam-se fenómenos
pós-urbanos, muito distantes da tradicional imagem da cidade pré-industrial e mesmo da do século
XIX.” “... a cidade oferece densidade e variedade; a combinação eficiente de funções económicas e
sociais, economizadora de energia e tempo; a oportunidade de restaurar a rica arquitectura herdada
do passado. As áreas urbanas são um conceito estatístico. As cidades são projectos para um novo
estilo de vida e trabalho.” (Comissão das Comunidades Europeias, Green Paper on the Urban
Environment, COM (90) 218.
Para alguns autores, este conceito encerra uma contradição insanável, considerando que,
por definição, uma cidade nunca foi nem pode ser sustentável. Contudo, o conceito pode
ser encarado num sentido mais lato, referido ao contributo das cidades para o
desenvolvimento sustentável. Nesse sentido (e em termos gerais, que não especifiquem
características que poderão à partida indicar a opção por um dado modelo), uma
resposta a esta interrogação poderá ser:
7 Girardet, H., Creating Sustainable Cities, Schumacher Briefings, Green Books, 1999.
8
Naess, P., 'Urban planning and sustainable development', European Planning Studies, vol. 9, no. 4,
2001.
9
O seu consumo aumentou cerca de cinco vezes desde meados do século XX, em boa parte devido
ao uso generalizado e sistemático de automóveis particulares.
10
A Carta de Atenas resultou do Congresso Internacional de Arquitectura Moderna que teve lugar em
1933. A Conferência e o documento dela resultante, publicado por Le Corbusier em 1942,
concentravam-se no conceito de “cidade funcional”, fundamentado na criação de zonas
independentes para as quatro funções: habitação, trabalho, lazer e circulação. Estes conceitos foram
aplicados à reconstrução de cidades europeias após a Segunda Guerra Mundial. O exemplo mais
paradigmático da aplicação estrita do conceito é a construção de Brasília.
espaço rural circundante, convertido em vastas áreas de dormitórios a partir das quais
as populações se deslocam diariamente.
◆ Congestionamento de tráfego;
Uma primeira fase, que está na base de muitas cidades europeias e dos centros
históricos de cidades mais antigas, a dimensão é relativamente pequena, o ambiente
urbano é denso e a maioria dos destinos encontra-se a uma distância razoável para
serem percorridos a pé.
Após os anos 50 do século XX, com a difusão do automóvel particular, passou a ser
menos importante a proximidade entre local de trabalho e residência e foi fortemente
reduzida a dependência do transporte público. Este facto permitiu a proliferação de
modelos urbanísticos de baixa densidade, com expansão dos núcleos habitacionais,
centros de comércio e outras actividades para distâncias cada vez maiores, com uma
separação muito marcada das zonas funcionais.
Difusão do automóvel
(dominante após II Guerra )
Novas cidades
de baixa
densidade;
•Expansão para maiores distâncias com fim da necessidade de expansão de
Fase III
proximidade do local de trabalho e/ou transporte público cidades
antigas
•Transporte público mais flexível (autocarro) segundo novo
•Possibilidade de divisão das cidades em zonas funcionais modelo com
esvaziamento
•Desenvolvimento de formas dispersas de urbanização dos centros
Nesta última fase, o paradigma é muito distinto da anterior na qual, não obstante se
tivesse verificado uma expansão urbana para distâncias consideráveis, o padrão
predominante se caracterizava por uma densidade relativamente elevada e pela
multifuncionalidade.
2. A CIDADE COMPACTA
Em particular, pela sua relação com a mobilidade das populações, as cidades estão na
origem de crescente concentração de gases, nomeadamente com efeito de estufa.
Contudo, todo o estilo de vida urbano actual (e não apenas a mobilidade) é muito
consumidor de energia: directamente, na construção e manutenção das diversas infra-
estruturas e edifícios, na preparação e conservação de alimentos, iluminação,
climatização, transportes, produção de bens, e indirectamente nos alimentos e outras
mercadorias importadas. À extensão indefinida e sem coerência dos seus limites físicos
associam-se fenómenos de ruptura social e o declínio de vastas zonas urbanas, a falta de
coordenação com o espaço envolvente, e graves problemas ambientais decorrentes.
Coloca-se pois com especial premência as questões da sustentabilidade das diferentes
formas de aglomeração urbana e da identificação dos principais elementos que para ela
concorrem.
A cidade sustentável
Adaptado de Rogers, Richard, Cities for a Small Planet, Faber and Faber, 1998
◆ uma mesma densidade pode ser atingida com diferentes repartições das
densidades no espaço urbano, isto é, com diferentes graus de continuidade;
Estas linhas de acção traduzem-se num uso mais eficiente do solo, pela limitação da
extensão do espaço físico ocupado, pela valorização e dinamização do património e maior
atractividade das zonas construídas.
Como alternativa, o conceito de cidade compacta tem vindo a ganhar força, reflectindo-
se nas actuações dos governos e na definição de políticas espaciais, designadamente na
Europa, o “Livro Verde sobre o Ambiente Urbano”, publicado pela Comissão
Europeia em 1990, representou um primeiro passo numa abordagem integrada das
Não parece possível nem defensável parar o processo de evolução económica que,
associada ao processo de globalização e à integração de novas economias no sistema
mundial de comércio, tem vindo a elevar o nível de vida em vastas áreas do globo,
gerando aumentos substanciais do consumo de energia.
11
Neste contexto, dois outros documentos de referência são a Carta de Aalborg, Carta das
Comunidades Europeias para a Sustentabilidade (aprovada pelos participantes na Conferência
Europeia sobre Cidades Sustentáveis, realizada em Aalborg, Dinamarca, em 1994) e a Carta de
Leipzig sobre Cidades Europeias Sustentáveis (assinada em Leipzig, em 2007 pelos ministros
europeus responsáveis pelo ordenamento do território e urbanismo, numa reunião informal sobre
desenvolvimento urbano e coesão territorial organizada pela presidência alemã da UE).
12
Muitos destes princípos encontram-se no movimento “New Urbanism”, surgido nos Estados Unidos
no princípio dos anos 80, com tradução europeia no movimento de Renascimento Urbano, Os
princípios globais encontram-se na carta do movimento, ratificada em 1996: “We advocate the
restructuring of public policy and development practices to support the following principles:
neighborhoods should be diverse in use and population; communities should be designed for the
pedestrian and transit as well as the car; cities and towns should be shaped by physically defined and
universally accessible public spaces and community institutions; urban places should be framed by
architecture and landscape design that celebrate local history, climate, ecology, and building
practice”.
∗
Particularmente evidente no caso de Manchester em cujo centro, em 1990, havia 90 moradores
tendo passado a 25000 em 2005; no mesmo período a população de Liverpool quadruplicou.
Foi a crescente facilidade em viajar regularmente entre distâncias cada vez maiores que
possibilitou o padrão de localização das áreas habitacionais e actividades económicas
construído a partir de meados do século passado. Por outro lado, a escolha segundo as
preferências individuais, nomeadamente da localização da residência, está implícita no
funcionamento das sociedades democráticas, onde a própria mobilidade (e por extensão
o automóvel particular) assumiu a natureza de um direito cuja limitação coloca sérios
problemas.
13
Face à interacção uso do solo/transportes , estes assumem papel fulcral no
desenvolvimento das cidades, sendo determinante a repartição modal, a qual,
actualmente, privilegia os modos motorizados, e em particular o automóvel, num modelo
que se auto alimenta. A relevância da relação entre estrutura espacial e mobilidade é
ainda mais evidente quando se consideram os seus efeitos a outros níveis,
designadamente no bem-estar da população, pelo tempo e rendimento absorvidos em
viagens diárias e pelos recursos públicos destinados à construção manutenção de uma
rede rodoviária dedicada ao escoamento de grandes volumes de tráfego.
13
Destacam-se os estudos dos australianos Peter Newman e Jeffrey Kenworthy que, a partir de
vários estudos empíricos estabelecem uma relação inversa entre consumo de energia e densidade
urbana.
Para alguns autores, não estão provadas as vantagens da cidade compacta, dado que
nenhum estudo decisivo terá avaliado os seus custos (directos e indirectos). De um
modo geral, pode dizer-se que o processo de compactação urbana contém em si
aspectos contraditórios.
14
Alguns põem mesmo em causa a relação entre densificação e redução das deslocações .
Outros factores terão que ser tidos em conta, como por exemplo a relação entre
habitação e oportunidades de trabalho, sendo necessário associar a densificação à
redefinição global da repartição de actividades, habitação e oferta de serviços públicos.
14
Por exemplo, segundo Simmonds e Coombe D. (“The transport implications of alternative urban
forms”, em Jenks M. et al. Achieving a sustainable urban form , Spon, 2000), na cidade de Bristol, a
estratégia de densificação não teve os resultados esperados ao nível do tráfego.
do espaço urbano tem que responder a uma procura de habitação que resulta, não do
crescimento demográfico, mas de profundas alterações que se têm verificado nas
preferências individuais, organização social e familiar, dimensão das famílias, condições
económicas e de acesso ao financiamento.
Dado que o modelo disperso tem sido o dominante, poderá ser difícil passar para uma
lógica de compactação que exigiria profundas alterações na implantação das actividades
económicas e na distribuição das populações. Provavelmente, será difícil promover o
retorno a áreas degradadas (cuja requalificação envolve elevados custos) e tornar
aceitável para as populações a implementação de uma lógica de compactação
normalmente associada a menores áreas das habitações, menos espaços verdes e
carácter mais impessoal.
Embora a distância das residências aos serviços e outros equipamentos tenda a ser
muito menor nas áreas centrais da cidade, traduzindo-se em menores percursos médios,
poderão surgir mecanismos compensatórios, em sentido oposto. Segundo alguns
estudos, quando as distâncias são curtas, tem-se verificado uma tendência para
aumentar o número de viagens (lazer, compras, múltiplos empregos, etc.), explicada
pela maior disponibilidade de tempo. Alguns autores apontam a possibilidade de, numa
perspectiva ambiental e de emissões de GEE, o facto de as actividades diárias exigirem a
realização de percursos curtos poder gerar efeitos perversos pelo incentivo a uma maior
frequência de alguns tipos de viagens.
Contudo, a maioria dos estudos empíricos aponta para uma correlação entre a
localização do emprego, da residência e das diversas actividades necessárias à vida
diária e as escolhas em termos de transportes. Mas, por muito determinantes que sejam,
o tipo e frequência das viagens não dependem apenas destes factores, sendo, em larga
medida, afectados por factores económico-sociais e individuais, resumidos no que
podemos designar por “estilo de vida”.
Muitas das críticas aos primeiros estudos empíricos nesta matéria resultam do facto de
não terem em conta factores socioeconómicos ou de natureza individual como atitudes
ou estilos de vida. Eventualmente, alguns padrões de mobilidade que são apontados
como resultantes de factores de localização poderão ser em parte justificados por
factores de outra natureza (níveis de rendimento, padrões familiares, nível cultural, etc.).
QUADRO SÍNTESE
JUSTIFICAÇÃO CONTRA-ARGUMENTOS
▪ Maior economia nas redes de gás, ▪ Não está provada de forma inequívoca a
electricidade, água, saneamento existência de economias na oferta de
serviços públicos associadas à
▪ Economias de energia nas
compactação
habitações (as habitações
unifamiliares são mais ▪ Face a novas tecnologias, com
energívoras regulamentação adequada é possível
equiparar as habitações unifamiliares às
colectivas, em termos de eficiência
energética
15
2. Relação inversa entre consumo de energia per capita e densidade urbana
JUSTIFICAÇÃO CONTRA-ARGUMENTOS
15
Curva de Newman e Kenworthy, obtida a partir do estudo empírico de 32 grandes cidades em todo
o mundo e confirmada por estudos posteriores.
Uma resposta para esta questão é o que alguns autores consideram o modelo urbano
óptimo de concentração descentralizada:
16
Burton, E. “Measuring urban compactness in UK towns and cities ”Environment and Planning B:
Planning and Design, 29(2002).
17
Processo de renovação e requalificação urbana, associada ao influxo de residentes de classe média
ou de altos rendimentos, excluindo os habitantes com menores rendimentos, também denominado
gentrificação, numa tradução directa do termo inglês gentrification.
As actividades têm-se deslocado para fora dos centros urbanos com base em motivações
diversas, tais como a fuga ao congestionamento, facilidade de distribuição, redução de
custos, necessidade de mais espaço, qualidade do ambiente envolvente. Também são
determinantes a oferta de espaços para habitação acessível e atractiva, bem como a
aparição e consolidação de grandes superfícies comerciais afastadas dos centros das
cidades, na medida em que afectam as condições de oferta de força de trabalho. Por
outro lado, as tecnologias de informação e comunicação e a melhoria dos meios de
transporte e vias de comunicação alteram o conceito de distância, reduzindo a
necessidade de concentração e centralização das actividades.
3. CONCLUSÃO
Coloca-se assim a questão de encontrar uma solução de equilíbrio entre estes dois
extremos que compatibilize critérios de sustentabilidade nas suas diversas vertentes,
económica, social e ambiental.
Como fazer para que elas se aproximem do conceito de cidade sustentável, caracterizada
por atributos como a dimensão, forma, densidade e compactação, tipologia das
habitações, espaços verdes, distribuição das funções, articulação de diferentes
aglomerados urbanos e coerência da sua distribuição no espaço? Será que existe uma
resposta única e inquestionável para esta questão?
Contudo, o debate teórico e a experiência revelam que estas vantagens estão longe de
ser unanimemente aceites. No mínimo, os benefícios não serão tão evidentes e
marcados como se previa. Designadamente, verificam-se custos que não foram
Assim, terão que ser considerados múltiplos aspectos além da compactação e o debate
da sustentabilidade terá que ser alargado ao amplo espectro de questões associadas.
Não deixando de ser central para a sustentabilidade das cidades e do planeta, a
problemática dos padrões de mobilidade e consequente consumo energético, não pode
ser exclusiva, devendo ser integrados aspectos como a conservação dos recursos e
paisagens naturais, as condições sociais, bem-estar económico e de estilos de vida.
Globalmente, as conclusões relativas ao uso misto dos solos são positivas, traduzindo-se
em benefícios a nível de equidade social, mobilidade, acessibilidade aos serviços e
equipamentos.
De facto, provavelmente, não existirá uma solução definitiva, com benefícios universais,
mas antes uma multiplicidade de potenciais formas urbanas sustentáveis (que podem
evoluir ao longo do tempo e, eventualmente, coexistir numa mesma cidade). Ganha
força a ideia de que, mais do que um estado, a sustentabilidade é um processo
que implica adaptação ao longo do tempo, à medida que as condições sociais,
económicas e ambientais se alteram.
Por outro lado, além do debate, mais ou menos teórico, em termos da sustentabilidade
dos diversos modelos urbanos, coloca-se a questão da sua praticabilidade. Um dado
modelo urbano só poderá ser considerado sustentável se puder ser implementado de
facto, o que implica analisar as implicações em termos de parque edificado, custos
económicos, políticos e grau de aceitação social. A escolha das soluções adequadas a
cada caso depende das características específicas, designadamente do edificado
residencial e não residencial, da oferta de infra-estruturas e serviços pré-existentes. De
facto, por mais apelativo que seja um modelo urbano, de um modo geral, ele não poderá
ser construído a partir do nada. Por outro lado, as decisões tomadas vão ter impactos
significativos nos padrões de emprego, mobilidade, condições sociais e ambientais,
qualidade de vida, cujo sentido e dimensão nem sempre é inequívoco. Há que fazer uma
abordagem complexa e integrada que conjugue as restrições físicas pré-existentes com
as condições ambientais, económicas, sociais e culturais, na busca de uma solução
adequada a cada situação específica.
Tendo em conta que, por mais adaptável que seja a solução, é impossível eliminar um
certo grau de rigidez, exige-se um grande rigor na análise das variáveis e determinação
de impactos previsíveis.
De qualquer modo, por muito determinante que a forma seja para a sustentabilidade das
cidades, ela é insuficiente: terá que ser conjugada com políticas de transportes,
económicas, sociais e ambientais e apoiada em mudanças de atitudes e estilos de vida.
BIBLIOGRAFIA
Berke P. R., Does Sustainable Development Offer a New Direction for Planning?
Challenges for the Twenty-First Century, Journal of Planning Literature; 17; 21,2002
Burton, E., Williams, K., Jenks, M. The Compact City and Urban Sustainability: Conflicts
and complexities., in Jenks et al (ed.) The compact city, a sustainable urban form, E&FN
Spon, (1996)
Droege, P., The Renewable City: Dawn of an Urban Revolution, Bulletin of Science
Technology Society; 26; 141, 2006
Hillman, M. in Favour of the Compact City, in Jenks et al (ed.) The compact city, a
sustainable urban form, E&FN Spon, (1996)
Holden, E., Ecological footprints and sustainable urban form, Journal of Housing and the
Built Environment, 19,1, 2004.
Naess, P., Urban Structure Matters-Residential location, car dependence and travel
behaviour, Routledge, NY, 2006
Neuman, M., The Compact City Fallacy, Journal of Planning Education and Research, 25,
1, 2005
Newman, P., Kenworthy,J. Sustainable Urban Form: The big picture, in Williams et al
(ed.) Achieving Sustainable Urban Form, E&FN Spon, (2000)
Rogers, R., Cities for a Small Planet, Faber and Faber, Londres, 1997
Rogers, R., Cities for a Small Country, Faber and Faber, Londres, 2000
Rogers, R. et, al, Towards a Strong Urban Renaissance, Urban Task Force, 2005
Salingaros, N. A., Compact City Replaces Sprawl, in: Crossover: Architecture, Urbanism,
Technology, by Graafland, A. e Kavanaugh, L. (Ed.), 010 Publishers, Roterdão, 2006
Thomas, L.; Cousins, W. The Compact City: A successful, desirable and achievable urban
form?, in Jenks et al (ed.) The compact city, a sustainable urban form, E&FN Spon,
(1996)
Williams, K., Burton, E. e Jenks M., Achieving Sustainable Urban Form: An Introduction,
in Williams et al (ed.) Achieving Sustainable Urban Form, E&FN Spon, (2000)
Williams, K., Burton, E. e Jenks M., Achieving Sustainable Urban Form: Conclusions, in
Williams et al (ed.) Achieving Sustainable Urban Form, E&FN Spon, (2000)
Williams, K., Does Intensifying Cities Make them More Sustainable, in Williams et al (ed.)
Achieving Sustainable Urban Form, E&FN Spon, (2000)