Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Falar é fácil
Se o mundo inteiro concorda que é preciso controlar o aquecimento global, por que é que o problema não
pára de aumentar? Então estamos de acordo: com a divulgação do relatório sobre o clima do IPCC, o painel
de meteorologistas criado pela ONU, não há mais dúvidas de que o mundo está ficando perigosamente
quente, o culpado é o homem e este é um problema seríssimo. Os primeiros alertas sobre o aquecimento
surgiram nos anos 70, mas até há pouco tempo falar disso era coisa de ecochato. Agora é fashion, como
provou a São Paulo Fashion Week ao escolher como tema a sustentabilidade e mostrar estilistas prometendo
plantar árvores.Fica desde já oficializado que, na história do debate ambiental, 2007 foi o ano em que fizemos
consenso.E como foi que de uma hora para outra o planeta concordou sobre a ameaça? Bem, você precisaria
ser cego, surdo e turrão para insistir que não havia algo de errado com o clima após uma seqüência de 5 anos
batendo recordes históricos de temperatura. Ou depois de assistir ao documentário Uma Verdade
Inconveniente. Ou após o furacão Katrina devastar Nova Orleans e o inverno europeu não ver a cor da neve.
Ou escutando líderes políticos e empresariais reunidos em Davos, na Suíça, concordar que a mudança
climática é o tema mais importante do mundo. Ou ao saber que o George W. Bush (pasmem e aleluia!) se
comprometeu pela primeira vez a limitar o consumo de combustíveis fósseis. Ou ao ler o relatório do IPCC
afirmando que os efeitos do aquecimento são irreversíveis nos próximos 100 anos. Lindo. Constatar que o
mundo chegou a um acordo é ótima notícia ± para resolver um problema, o primeiro passo é admiti-lo. O
diabo é que essa também é a parte mais fácil. Na hora de arregaçar as mangas, o buraco é mais embaixo. As
emissões de carbono seguem crescendo ano a ano. E, se as propostas contra o aquecimento existem, suas
aplicações exigem sacrifício. Em última instância, passam pelo modo comoa sociedade global se organiza. E
como você ± isso, você mesmo ± leva a vida.
problema é seu
O primeiro motivo para a histórica falta de ação dos governos no combate ao aquecimento é o de sempre:
interesses econômicos. Em 2006, a petrolífera Exxon Mobil lucrou um recorde de US$ 39,5 bilhões, o maior já
registrado na história dos EUA. Para manter essa dinheirama, a indústria do petróleo faz de tudo ± por
exemplo, paga cientista para ³provar´ que o aquecimento global é blábláblá. Contrariar gente poderosa
assim é sempre difícil. Mas a questão vai além. Se as petroleiras lucram, é porque nós compramos o que elas
vendem. E não é só para encher o tanque do carro. Seis horas de vôo lançam tantos gases na atmosfera
quanto um ano andando de carro. Mas como reduzir as viagens de avião neste mundo globalizado?
Europa, EUA e China dependem da queima de combustíveis fósseis para gerar eletricidade ± e isso quer
dizer que cada ventilador chinês que você compra para aliviar o calor contribui para aumentá-lo. Os
fertilizantes, que impulsionam a agricultura e colocam comida no nosso prato, emitem um gás 310 vezes mais
poluente que o CO2. Mas como alimentar 6 bilhões de pessoas sem usá-los? E, é claro, existe você. Que
franze a sobrancelha de preocupação ao ler esse texto, mas tem um punhado de desculpas à mão para
explicar por que é inviável trocar o carro pela bicicleta a caminho do trabalho. Ou seja, diminuir de repente a
emissão de gases não afetaria apenas os lucros astronômicos de multinacionais ± pode causar também crise
econômica global, uma recessão assustadora e fome generalizada. Resumindo: não há meio de resolver o
aquecimento global sem que a maior parte dos habitantes do globo sofra um enorme impacto na rotina.
Sozinho, você pode até fazer sua parte e começar a salvar o planeta, mas precisamos de soluções mais
abrangentes. E aí entra a boa notícia: com o consenso alcançado, os cientistas podem parar de se preocupar
em provar que o problema existe e se concentrar em discutir propostas para resolvê-lo. Uma das mais
interessantes é cobrar impostos sobre o carbono, encarecendo os produtos que causam o aquecimento
global. A idéia, já adotada nos países escandinavos, é simples: como a espécie humana provou se preocupar
mais com dinheiro do que com qualquer outra coisa, então façamos com que as opções mais baratas do
supermercado sejam as ecologicamente corretas (a taxa também serviria como estímulo para a indústria
desenvolver produtos limpos). A energia atômica, antiga vilã, é a bola da vez para o lugar do carvão como
fonte de eletricidade ± ela praticamente não emite gases. Os fertilizantes, bem, assim como os aviões, eles
ainda buscam um substituto viável ± tampouco há solução à vista contra o lobby do petróleo. E as propostas
mais conhecidas continuam valendo, ainda que sua implantação seja muito mais difícil do que nos
prometeram: o respeito ao Protocolo de Kyoto, que mal entrou em ação e já está defasado por ser esnobado
pelos EUA e não obrigar os grandes poluidores Brasil, China e Índia a reduzir emissões; e o fortalecimento de
um mercado de carbono, que até agora teve resultados pouco animadores. As cartas do jogo estão postas na
mesa e as regras, definidas. Agora falta a parte difícil: começar a jogar. É o único jeito de termos chance de
vencer o adversário.
Cigarros
öc c c
c
c
c
c ác
c c
c c c c cc c c
cc
cc
c
cc
các
ccc
cc cc
c
c
cc
ccc
c
cccc
cccccc
cc
c
ccc
c
â Conta de gás
rácc c
c
cc c
c
c
c c
cc
các
cc
c
ác c
c
c c ác c c
c
c c
c c
c
c c c c
c
c
cc
7 Conta de luz
c
c
c ÿc
cccá
cácc ccc
c
c c
!"#c c c c c c á
c c c
c c
c c
c c
c
ccrc
c
cccc
c
các
cc
Saiba mais
1 Transporte
c
c
c c
c c
c
c c $#c c c c
c rc
c c c
cácc
cc
cc c
c
c
ÿc
2 Viagens aéreas
c$$c
cc
c%
c
cc"$c&cccc
ccc
ccc
cc'c&crc
c%c
c
c
c' "#cc
cccc
c
c
c
cc"c
c
cc
c
c"#c
3 Carne bovina
c
cc
cc
cc
cácc
ccccc
cc
c
c c
c c
c
c ác
c
(c
c
c ác
c
c c )"c c
c
c
c
c
c cc
c
c
cc c
c
c*
c
c
c c
c
c c ác
c c c c c
c rc
c ác
c+c
c
c
c+c c
c
cc
$ Reciclagem
c ,
c c c
c
cá
c
c c
c c -c &c cc
c
c .
c c
c
ccccc
crác
ccc
cc,
cc$#c%các
c
c cc
cc
ccc
ÿ
cc
cc
c
(c
2cc
cc
2cc
c
2c
c
c
2cc
cc
ccc
c
2cc
c
1
3c
cccc co buraco é mais
embaixo6c
cc
c
ccc
c
c
c
:c
2crc
c
cÿ
ccc
c
2crc
cc
cc
cc
c
c
c
cc
2cc
c%c
ccc
ccc
c
c
c
2cc
c
các
cc
c
2c
cc
ccc
c
8 cSimulado Nacional ± EF ± 8º ano (7ª série) ± 1/2007
20
c
ccc
c,
c
cccc
cc$$ c
c
c
c
c
cc
cc
ccc
c
c
c
c
c
c ccc
cc$$c&ccc
cc
c
c
c
c9c
c
, ccÿc
c
c
c
c
cc c cc
cc
c
c
c
cc,
:c
2cc2c"c
2c'c2cc
2cc
21
rc
c
c
ccccc
c
c
c
cc
c
cc
c
c
c
c
c
crc
c
c
c
c
c
cá
cc
á c
cDDDDDDDcccDDDDDDDDc
c
ccc
c
cc
c
c
(c
2c
c
cc
c
c
c
2cc
cc
c
c
c
2c
c
cc
c
c
2cc
cc
c
c
c
2c
c
c
cc
c
c
c
22
rc
c
c.
cc?
các
%cc
c
c
c
c
c
c
c
cc
c
c.
cc?
c
c
(c
2c c
c
c
ccc
c
c%ÿc
2c c
c
cc c
c
2c cc
cc
ccc
c
c
cc4
c
c
2c ccccÿcc c
c cccc
c
ccE$Ec
2cr cc
c
c ÿ
c
c
23
c,
c
cácc
c
cc
c
c
c
cc,
ccc
c
c
cc
c
c-c&cc,
cc
c
c
c
cc
cc
cc
c
c
cccc4
c
c,
c
cc(c
*cc
các
c
c
c c
c,
c%cc
c
c
c
ccácc
ccc
cc
**c
cc
cc
c
ccá c
ccc
***c
c
c
c
cc
c
ccc
c
c,
c7cc
c
c
c
c c
c
c
cc
c
rccc
c
2cr cc*c
2cr cc**c
2cr cc***c
2c*cc**c
2c*cc***c
2$
3cc
cccc
c
c
cc
c
c cc
c
c
c c
lo6c
c
c
ÿ
ccccc
c(c
2c
c
2c
c
2c
c
2cc
2c
c
c
25
7
cc
c
ÿ
c c
c
c
c
c
,
(c3c$$ cc
ÿc,,
c
c
cc
cc74Fc'! "c
c
c
c%c
ccc
c7r6 c
c
cc c
c(c
2c'! "cGc$$c2c'!"cGc$$c
2c' !cGc$$c2c' !"cGc$!c
2c' !"cGc$$c
2â
c
cc
c4
cc
cáccc
cc
c c
c
c
cc
c
c
crc
c7=rcc7= cc
c
4
c
c
ccc
ccc
c
cc
cc
cc
cc
c
cc
cc
cc c+cc c
các
cc
(c
2c
%
c
2c
c
2c
c
2c
c
2c c
27
rc c
c
c
c cc
c
c
c
c
c
cc cc
c
c
ccc
c
c
c
c
c
c c
c
c c
c
c7r cccc
c
2cc
cá
c<=*** cc*c
c
c
ccc
c
2cH
c
c
cc
c4 c
cc
c
c
c
c
c
c
c
c
c
cc c
2cc
ccrá
cc
c
á
c
ccr crá
cc
c
2crc c
cá
c<=*** cc*c
cc
ccc
c
2c
cc*c c
c
c
cc
c
c
c crá
c
c
c
c
cc cc
c
cr
c.c
28
c,
cc
c
c
c ÿc
cc
cc
c
c
c
c (c ccc
cc ÿccc
ÿ
c,
cexceto(c
2c
c* c
2c,
cÿccc
2ccc
c
2ccc
c
c
2c
c
cc
c
cSimulado Nacional ± EF ± 8º ano (7ª série) ± 1/2007
2
c,
c35các
6 c
cc cc c
fashion
c
c
c
crccc
cc c
c
ccfashion
c
c,
c
2c7c
ccÿ
c
ccc
cc
c
c
c
2c7c
cc
cc
c c
c
2c=
cc c
c
cc c
c
2cHcc
ccc cccác
ÿ
cccc
c
2c4c
c
cc
c
c
c
c
c
30
4
cccccc
c cácácc
cá
ccc
c
rc
c cc
ccccc
c
cr
c
cc
c
c
cc cccc
c c
c
c
7cccc
ccc
c
c
cccc
ccc
(c c
c
c
c
ÿ
cc
c-c
ccc9cc
ccc
c
c
c
ÿ
cc
cc"$c:c
2c,cAc'c c@cAcc ccAc$ "cc
2c,cAcc c@cAcc ccAc "cc
2c,cAc'c c@cAcc ccAc "cc
2c,cAcc c@cAc'c ccAc "cc
2c,cAcc c@cAc "c ccAc$ "cc
31
7
ccc
cc
c
c
c
c
ccc,
cá
cc c
c
c
c
c
:c
2cc8cc
2c'c8c'c
2cc8cc
2cc8cc
2cc8cc
32
c
cácc
cc
các
c
c
c
c
c9cc
ácÿc
c
c
c
cc
c>cc2:c
2cc
2c
c
2c;
c
2cc
2c
c
33
c
c
cc
c
c c
c
c ÿc
c
cc
c c
c7r c
c c0
c1c cc
c
c
c
cc
c
ÿc
c
ccc
c
c
c
ÿc
cc
ccccc
c
cc c
c ÿ c
c
cc
c
c
c
c c
cc
cc
c
,
c
>2(c
2cr
cc
c
2c
ccc
2c
cc/@
c
2c.
!c
2cH
cc*c
3$
c
c c
c c
ccc c
c
c
crc
% ccc cá
cc
c
c
ccc
cccc
c
c
cc
cc
(c
2cc
cccr cc
c
c
c
c
c cc
c%c %ÿ
c
cc
c
2cccÿc
c
cc4
c
c
2cc,
cc
ccccc
c
2cc
,ccc
ÿ
c
c
c
c
c
2cccc
cc
ccc
c
35
3
cestamos c
c
cc
c
c
c
c
c
c
c* c
c cc
c
c
c7 c
cÑá cccc
c
cestá
ficando
c6c
rc
c
c
cc%
c
c
ccc
ác
(c
2c%
c
c%
c
c%
c
,c
2c%
c
c%
c, c%
c
c
2c%
c
c%
c
c%
c
c
2c%
c
c%
c, c%
c
c
2c%
c
c%
c c%
c
c
3â
c
c
c
cc)!c
c
cc
, c
c
c
cc
cc c%c
c
cc
c7rcc
c c,,
c
cá(c
2c-!)Ec
2c--)Ec
2c")c
2c-')Ec
2c-)Ec
10 cSimulado Nacional ± EF ± 8º ano (7ª série) ± 1/2007
37
3rác$$" c
c
c ccpotável caos alimentos
cc
c
c
c
cc c
coceanos
c
c
c
c
c
ccccc
c ca
cc
c
cc cc
c
c
c
c
cc
c c
cccc
cc
cmuito ,
c
c
c
c
c
6c
ccc
c
c
c
c
ccc
cc c
c
c,
c
:c
2cr%
c
c
%
c
c%
c%
c
cc
c%
cc
2cr%
c
c
c
c%
c
c
%
c
c%
cc
2cr%
c
c%
c
c%
c
%
c
c c%
cc
2c4%
c
c
c%
c%
c
cc%
cc
2cr%
c
c
c
c
c
c%
c%
c
c%
cc
38
4c
c c
c
ccc
c
c
cc
cáccc
cc
cc
c
c
cc c
cc
ccc
c
cc
:c
2cIc
2c$Ic
2cE$Ic
2cIc
2c!Ic
3
c
c
c c
c
c
c
cc
c
c ccccc
c
cc
ccc
c
á
c
,cc c
cc
c
cc
ÿcc
c ÿ
c
c
c
c(c
2c
cc
c
2c
cc
c
2c
cc
c,
c
2c
c
c,
cc
c
2c
ccc
$0
cc
ccc
c
c
c
ccc
cc
c
cc
c
cc.
c5
cc
c
c
c
ccc.
c>c c;ÿc<=2c cccc
%
cc-!' ccccc
c
c
c
c
c
ccc4cc c3
c
cc
cc
cc
c ccc
cc c5 c cc cccc6c
cc
c
c
cc
cc
c
cc
c
cccc cc
cccÿ
c
(c3=cc.
6 c3=ccJ6 c3=cc
6c*
c
(c
2cc5c á
c
2ccrác
c
c
2cc
c
2cc
c
c
2c
c
c
$1
rcc
c
c
cc
c
ccr cc c
c
cc
c
c
c c,
c
c
cc
cr c
c
ccc
c
c
(c
2ccc"c
2cccc
2c'ccc
2cccc
2c"ccc
$2
3rác$$" c
c
c ccpotável c
c
c c
c
c
c
c
cc c
coceanos
c
c
c
c
ccc
cc
c ca
cc
c
c
cc
c
c
c
c cc
c
c
cccccc
cmuito
,
c
c
c
c
c
6c
ccc
c
cc
c
ccc
cc c
c
c
,
:c
2cr%
c
c
cá
c
2cr%
c%
c
c
c
2c4
c
c%
c
c
2cr
c
c
cá
c
2c=
c%
c
cá
c
$3
c
c
cc
cc
cc
c
cc
c
cc
c
ccÿc
c
c
c
,c
c
c
c
c
(c
2cccc
c
c
2c
c
ccc
%c
2c
ccc
c
c
2c
c
cccc
2cc
%cc
c
c
cSimulado Nacional ± EF ± 8º ano (7ª série) ± 1/2007 11
$$
c
c
c
c,
c
ccc
cc
cc
c c
cc$$- c
c
cc34
c
c
5
c1&6c
c
c
c
cc
ccccc
4
c
cccác
cc(c
2c
c
c
c
cc
c
c
c
c
cc
c
c
2c
c
cc c
c
c
c
cc
c
c-$c
2c
cc
c
cc
c
c
c
c
c
c
2c
c
c ÿ cc,
cc
c
cc/@
cccc
ccc
c
2cc
ÿc,,
c
cc ccc
cc
c
c
12 cSimulado Nacional ± EF ± 8º ano (7ª série) ± 1/2007
ANTAÇÕES
cSimulado Nacional ± EF ± 8º ano (7ª série) ± 1/2007 13
ANTAÇÕES
1$ cSimulado Nacional ± EF ± 8º ano (7ª série) ± 1/2007
ANTAÇÕES