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(10 horas para Líder de Desbravadores)

28 a 30 de Agosto de 2009

Esta Apostila Pertence:


__________________________________________________________________

Clube ____________________________________ Região _______


Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 2

CURSO DE CLASSES AGRUPADAS


10h para Líder

Introdução
O curso de Líder destina-se primeiramente aos jovens adultos ou a conselheiros em
treinamento (16 – 19 anos), mas é aberto a todos interessados que cumprem os requisitos do
curso e que estejam envolvidos com o ministério dos Desbravadores.
Tendo em vista sua íntima conexão com o trabalho dos Desbravadores, esta classe é
vista como uma transição entre o ministério dos Desbravadores e o ministério Jovem.
Espera-se que aqueles que estão envolvidos no programa de Líder sejam ativos nas
atividades da igreja relacionadas com as crianças em idade dos Desbravadores.
As atividades para a faixa etária dos Desbravadores não se restringem às atividades do
Clube e envolvem todas as outras atividades nas quais essas crianças se encontram, tais
como Escola Sabatina, Escola Cristã de Férias, evangelismo infantil, etc.
O treinamento de Líder destina-se a líderes que servem a igreja em todos esses
aspectos.

Liderança na Oração. – “A vereda dos homens que estão colocados como líderes não
é fácil. Mas devem eles ver em cada dificuldade um chamado à oração. Jamais devem
deixar de consultar a grande Fonte de toda a sabedoria. Fortalecidos e iluminados pelo
Obreiro-Mestre, serão capacitados a permanecer firmes contra pecaminosas influências e a
discernir entre o certo e o errado, o bem e o mal. Aprovarão o que Deus aprova, e
empenhar-se-ão com todo o fervor contra a introdução de princípios errôneos em Sua
causa. – Profetas e Reis, pág.31.

Confiamos que todos os temas abordados neste curso sejam absorvidos por cada
participante, e seu aprendizado seja canalizado para uma liderança dinâmica e eficaz no
Clube de Desbravadores.

Aproveite ao máximo o curso e que Deus conceda sabedoria a cada líder para juntos
fortalecermos o exército celestial, e nos esforçarmos para a salvação de nossas crianças,
juvenis e adolescentes.

Anderson Duarte
Coordenador de Desbravadores ARJ

Definição de Liderança:
Melhorar e talvez até transformar o que herdamos de outros sem colocar em risco a missão da organização e sem
fazer da organização uma escrava do nosso ego.

Definição de Líder:

 Aquele que toma as iniciativas e decisões num grupo, dirige e orienta os outros membros.
 AQUELE QUE VAI NA FRENTE E OCUPA a principal posição no decurso de um processo.
 Aquele que cria hegemonia.
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 Aquele que sabe conviver, relacionar-se e tratar com todos do grupo.
 Aquele que conhece as potencialidades de cada um e utiliza conforme a necessidade

Três tipos de Líder:

Líder de Soluções: Está sempre consertando os erros do passado.

Um dia depois do outro


Procure sempre ritualizar os ciclos que se fecham em sua vida. Pode ser o final de um dia de trabalho ou o
encerramento de um projeto que consumiu meses de sua atenção. Procure sempre fechá-lo com uma
manifestação de caráter espiritual, cante louvores, ore, faça o que você quiser. “O importante é que você sempre
reflita sobre um determinado momento antes de passar para o seguinte”, diz a terapeuta Ita Wilde. “É um ótimo
exercício para quem precisa dominar a própria ansiedade”.

Líder de Previsões: Vive estressado, se preocupando em não errar.

Preocupação é o estado de espírito de quem se atormenta com pensamentos dolorosos. Ansiedade, palavra usada
praticamente como sinônimo de preocupação, é um mal-estar psicológico causado pela incerteza quanto a
possíveis prejuízos. É uma aflição que invade o nosso coração com tanta freqüência que dificilmente a
percebemos nem quando entra nem quando sai.
A ansiedade pode ter relação com o futuro ou com o passado o futuro quando se trata de algo que poderá
acontecer e o passado quando tem a ver com as possíveis conseqüências de algo que já aconteceu. Não estamos
falando da prudência que devemos usar para precaver-nos contra sinistros. Referimo-nos ao medo irracional de
coisas que poderão não acontecer ou não serão tão prejudiciais como imaginamos.
Jesus e Paulo pregavam a mesma mensagem a respeito da ansiedade;
“Não andeis ansiosos de cousa alguma....” ( Filipenses 4:6)
Jesus assegurava aos seus colaboradores que o Pai celeste sabia que necessitavam dessas coisas e que bastavam
buscarem o reino de Deus em primeiro lugar para que elas lhes fossem acrescentadas ( Mateus6:32 e 33 )
Por reconhecermos que a ansiedade é um receio irracional , situações que a provocam, seja o que resolvamos
fazer, deveremos fazer com bastante determinação. . O que não podemos é “deixar pra depois” , porque a
procrastinação não resolve nada e só aumenta nosso stress. Devemos agir.

Líder de Adaptações: Os problemas são solucionados a medida que vão aparecendo, durante o percurso, e são
vistos como oportunidade de crescimento.

Confiança em Deus é o oposto da ansiedade. É sempre bom lembrar


“Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos
os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas.” ( Provérbios 3: 5 e 6 )

FÉ – NÃO PERDER O OBJETIVO DE VISTA – SEGUIR EM FRENTE

Jesus:

“Muita gente, mesmo não sendo cristã, o considera um grande e sábio mestre. Sua influência sobre a humanidade foi
provavelmente maior que a de qualquer outra pessoa que jamais tenha existido”. (Enciclopédia Delta Universal).

O mundo está clamando por líderes, como Jesus, cujos objetivos sejam construir e não destruir; educar e não
explorar; equiparar e não dominar.
Jesus como Líder me tocou como o mais nobre deles, o que Ele fez para beneficiar outros não se limitou a
ensinamentos espirituais. Ele também deu ajuda prática. Por exemplo, certo dia, usando cinco pães e dois peixes,
alimentou 5.000 homens (além de mulheres e crianças).

NOVE PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA

1. Conheça a si mesmo: Entender seus valores e aonde você quer chegar irão garantir que você saiba que direção
tomar.

2. Explique-se: Somente assim seus funcionários poderão entender aonde você quer chegar e se querem acompanhá-
lo.
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3. Exija o máximo: Exigir o melhor é um pré-requisito para obtê-lo.

4. Busque o comprometimento: Obter consenso antes de uma decisão irá mobilizar aqueles dos quais você depende
após tomar a decisão.

5. Comece já: Obter apoio hoje é indispensável, se você planeja lançar mão dele no futuro.

6. Prepare-se: Buscar tarefas variadas e desafiadoras agora irá desenvolver confiança e habilidades que serão
necessárias mais tarde.

( Lucas2: 42-49) Jesus com doze anos, no templo com doutores ouvindo-os e interrogando-os. Diz à sua mãe: “Estou
tratando dos negócios de meu pai”.

7. Aja com rapidez: A inércia é sempre tão desastrosa quanto a ação imprópria.

8. Encontre-se: Para usar seu potencial de liderança é necessário que você combine seus objetivos e talentos à
empresa certa.

9. Mantenha-se firme: A fé em sua visão irá assegurar que seus seguidores permaneçam inabaláveis na busca de seus
objetivos.

O guia do líder
1- Saiba exatamente o motivo que o levou a ser indicado para um cargo e o que as pessoas que o indicaram esperam
de você.

2 -Identifique modos de, ao mesmo tempo, remunerar o acionista e servir o interesse público no longo prazo, mesmo
que os lucros sejam momentaneamente reduzidos. Assim, você poderá promover uma cultura favorável, atrair uma
equipe de empregados competente e estabelecer uma reputação pública capaz de compensar qualquer diminuição
temporária no valor do investidor.

3 -Se você tomou várias decisões erradas, prepare-se para ter sua liderança questionada.

4 -Se você quiser confiança e apoio, explique-se. Ser uma pessoa de poucas palavras pode funcionar num cargo
técnico, mas é um desastre num cargo de liderança.

5 -Se você espera que as pessoas que trabalham para você sejam capazes de julgar entre o certo e o errado,
providencie para que ganhem experiências na tomada de decisões. Se você espera que elas entendam como você
pensa, compartilhe agora suas experiências anteriores.

6 -Estabelecer agora quem são seus aliados é a única forma de assegurar que eles estarão disponíveis quando
necessário.

7 -Em momentos de ansiedade e estresse, seu funcionário menos experiente será o primeiro a entrar em pânico.
Fornecer o máximo de treinamento para os recém-contratados é uma forma de evitar isso.

8 -A expectativa de um bom desempenho é um pré-requisito para que aqueles que trabalham com você o alcancem.
Seu otimismo não irá garantir um resultado favorável, mas a ausência dele irá com certeza criar o oposto.

9 -A criação de equipes por meio de treinamento e exercícios resulta em tomadas de decisões precisas e rápidas.

10- Reconheça que as pessoas têm diferentes motivações para se envolver e participar das equipes. Esse é o primeiro
passo essencial para que elas contribuam. A criação de oportunidades para que todos sejam bem-sucedidos,
independentemente de seus motivos, é o segundo passo essencial.
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11 -Quando o pico de uma montanha, um produto ou projeto parecem estar ao alcance, moderar o excesso de
confiança pode assegurar que a energia fique concentrada em alcançá-lo. Quando o objetivo parece estar quase fora de
alcance, promover maior confiança pode assegurar que a motivação permaneça.

12 -Se você está solicitando o apoio de um grupo, convença-o de que a causa é justa, a intenção nobre, o caminho
coletivo, o desafio crítico. Mostre que o objetivo não pode ser alcançado sem o compromisso de todos.

13 -Ganhar a confiança de seu grupo agora pode ser indispensável no futuro. O tempo investido em angariar apoio, até
mesmo de seus oponentes, pode significar a diferença entre o sucesso e o fracasso quando você tiver um teste decisivo
pela frente.

14 -Algumas das medidas utilizadas hoje na mobilização de pessoas podem não ter muito valor. Outras trazem ótimos
resultados. Uma vez que não se pode saber qual medida será indispensável mais tarde, você não pode se dar ao luxo
de ignorar qualquer uma delas.

15 -Quando você é promovido a um cargo de responsabilidade sem nenhum aviso e pouquíssima preparação, pergunte
que medidas devem ser tomadas nesse cargo e quais as estratégias que funcionaram no passado.

16 -A experiência em cargos variados desenvolve confiança pessoal e outras habilidades necessárias para dominar um
conjunto de tarefas mais ambiciosas. A experiência em diferentes empresas estimula os requisitos essenciais para
liderar organizações diferentes.

17 -A inércia é tão prejudicial à liderança quanto uma medida ineficaz.

18 -Cooperação explícita, auto-avaliação, aceitação da responsabilidade e um enfoque concentrado na recuperação são


ingredientes decisivos para restaurar a reputação ameaçada de uma empresa.

19 -Não se atenha a convenções. Faça aquilo que funcionar melhor.

20 -A convicção em relação à sua opinião é uma condição indispensável para realizá-la. Sem uma mente totalmente
convencida a respeito do que você deseja conseguir, as pressões que surgirem no meio do caminho vão desviá-lo do
seu objetivo.

A Humanidade de Jesus

Alguns tentam induzir que Jesus não tinha natureza humana, por isso a razão da sua liderança ser tão esplêndida.
Querendo afirmar que não podemos usá-lo como exemplo de liderança.
Jesus possuía os elementos essenciais à natureza humana, isto é, um corpo natural, alma racional conforme (Mateus
26:38; João 11:33; Lucas 24:39).
 Ele sentia Fome. (Mateus 4:2)
 Ele sentia cansaço. (João 4:6)
 Ele tinha mente humana. Ele pensava e conhecia. (João 19:28)
 Ele sentia amor. (Marcos 10:21)
 Ele sentia indignação. (Marcos 3:5)
 Ele estava sujeito às leis do desenvolvimento. (Lucas 2:40)
 Ele padeceu e morreu. (Lucas 22:44)

Seu estilo de liderança teve premissas simples como:


1- Foi uma pessoa que treinou doze seres humanos que prosseguiram de forma a influenciar o mundo, que até o
próprio tempo agora é registrado como sendo antes (A.C) e depois (D.C.) de sua existência.
2- Seu estilo de liderança pode ser usado por qualquer um de nós.

Liderança Cristã: E qualquer de vós que quiser ser o primeiro, será servo de todos. Marcos 10:44

O Estilo de Administração de Jesus incorpora e transcende o melhor dos


estilos de liderança porque, ao aproveitar a energia humana, cada um de nós, homens e mulheres, pode se
tornar líder com poderes de que o novo milênio precisará.
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O essencial é que aprendam a trabalhar de forma produtiva com a diversidade. Os integrantes da equipe
devem aprender a enxergar opiniões diferentes como uma oportunidade de ampliar sua maneira de pensar, em vez de
uma oportunidade para defender seu modo de pensar. O ideal é enfrentar com curiosidade - em vez de hostilidade - o
questionamento de pessoas de fora da equipe.

Concluí que o melhor lugar para se aplicar o Estilo de Administração de Jesus é o local de trabalho, onde a
maioria de nós passa a maior e melhor parte de nossa vida.
EX: Dia 24h dividido em 3 parte de 8 h
- Realmente o local de trabalho é um solo fértil e sagrado.
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10 QUALIDADES ESSENCIAIS DE UM VERDADEIRO LÍDER

1. Conhecer a Jesus
a) O êxito de sua relação com os jovens depende da relação que existe entre a sua pessoa e a pessoa de Cristo.
b) Esse é o requisito mais importante para o êxito de sua liderança.
c) Esse conhecimento não é algo teórico, mas experimental.

2. Deve inspirar
As pessoas que entram em contato com o líder precisam sentir motivação e inspiração. Diz um pensador as
palavras convencem, mas o exemplo arrasta. Se o líder de nossa igreja não possui esta condição, não foi
modelado por nosso Senhor Jesus.

3. Visão
Ter visão ou perspicácia, segundo o dicionário, é ter um discernimento.É uma qualidade santificada que Deus
implanta profundamente no coração do homem que não se conforma com suas realizações passadas. Sente-se
impelido a avançar continuamente, intentando e realizando com a fortaleza do céu grandes coisas
para Deus. A visão o fará alcançar os alvos que havia proposto. De algum modo lutará para obter a vitória,
ainda que tenha que rodear todos os obstáculos ou passar por cima ou ainda por baixo deles.

4. Estudante da Bíblia
Na Bíblia o líder obtém o estímulo e a inspiração para elaborar planos adequados. Numa descrição dos
dirigentes de nossa igreja, a sra. White declara: "Devem ser estudantes inteligentes da Palavra, capazes de
também para ensinar a outros, tirando de Seu Tesouro coisas novas e velhas."

5. Humilde
Cristo disse: "Porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado e qualquer que se humilha será
exaltado." Lucas 18:14

6. Responsabilidade
A responsabilidade é uma virtude imprescindível para ser um bom dirigente. Você quer ser dirigente? Então
analise este conselho inspirado: "Vivei, então, tendo o devido sentido da responsabilidade, não como homens
que não conhecem o significado e o propósito da vida, mas sim como quem é sábio."

7. Fiel
O líder que está à frente para falar ao público deve ter uma vida em conformidade com o que fala. Claro que
terá defeitos, mas o alvo de sua vida deve estar claramente apontado para frente e para cima.
Que seja de uma só palavra. Que não fale de outros.

8. Auto-Avaliação
"O Senhor quer que os seres humanos examinem com espírito crítico as complexas emoções e movam de seu
coração e ao discernirem o que está errado, modifiquem sua maneira de ser. Que anela que seus servos
conheçam seu próprio coração." Meditaciones Matinales, 1952 - 94

9. Aprender
O líder deve estar disposto a aprender cada dia, para estar informado de tudo o que seja necessário. A
mediocridade e a liderança são opostas.

10. Não ser autoritário


Deus aborrece a autoridade arbitrária, o espírito dominante, o livre-arbítrio é uma característica de Deus.

DESENVOLVENDO UMA LIDERANÇA COMPETENTE

I. CARACTERÍSTICAS DE UM LÍDER COMPETENTE


CONHECIMENTO
Quem tem mais conhecimento, possui um potencial maior de realização e se torna mais competente. Mas se tornar
efetivamente competente implica colocar todo o conhecimento em prática de forma a alcançar objetivos e obter
resultados.
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UM VISIONÁRIO
Tem missão e direção e define o foco do seu trabalho, evoluindo continuamente.

UM FORMADOR DE EQUIPES
Coloca as pessoas certas nos lugares certos. Capitaliza suas forças e recursos individuais e continuamente desenvolve-
as como uma equipe e como líderes individuais que possam cumprir com o que é exigido deles.

UM SÍMBOLO VIVO
Dirige uma conversa de uma forma extremamente clara, não necessariamente sendo carismático, mas sim exercendo
um padrão de reforço constante e inabalável de foco em todas as oportunidades.

UM INDIVÍDUO DELIBERATIVO
Enfrenta as questões difíceis, percebe os desafios apresentados pelo ambiente, toma as decisões duras e faz as
mudanças drásticas necessárias. É aberto para ouvir, mas ele é quem tem a responsabilidade última de enfrentar a
situação e dar a resposta às questões críticas da sociedade.

QUALIFICAÇÃO
É o domínio de conhecimentos especializados resultantes da experiência, formação e treinamento, requeridos para a
execução do cargo. Quanto mais bem qualificados para a execução de trabalhos especializados, mais probabilidades as
pessoas têm de serem competentes.

“Nunca serás feliz enquanto te atormentares porque outro é mais feliz.”


(Sêneca, De ira, III, 30, 3)

I. APTIDÃO
Diz respeito principalmente às características ou atributos físicos, mentais ou intelectuais, espirituais, de
personalidade, de temperamento ou caráter.
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APTIDÃO X ASPIRAÇÃO
Uma das maneiras de medir a “felicidade” de um diretor de jovens é analisar duas linhas – a linha de aspiração
(aquilo que ele(a) deseja ser ou ter) e a linha de aptidão (aquilo que ele(a) pode ter ou ser).

Quanto mais “descoladas” ou separadas forem as duas linhas, maior a infelicidade. Quanto mais próximas as
duas linhas, maior a sensação de felicidade.
Se nosso nível de aspiração (o que queremos, desejamos, aspiramos) estiver muito acima do nosso nível de aptidão (o
que realmente podemos ser ou ter) teremos uma profunda sensação de infelicidade. Quanto mais nossas aspirações
estiverem “coladas” com nossas aptidões, maior a sensação de felicidade. É claro que devemos sonhar, aspirar,
desejar. Mas é preciso ter uma boa dose de consciência da realidade, de nossas reais aptidões, de nossas reais
possibilidades.

HABILIDADE
Está relacionado com a maneira de executar tarefas, aplicar conhecimentos, de agir, de pensar.
Ter a condição de raciocinar é aptidão; agilidade de raciocínio é habilidade.
Ter a condição de falar é uma aptidão; falar com clareza é uma habilidade.

Se quisermos ter sucesso na liderança de um clube de desbravadores temos que trabalhar mais e com maior
“produtividade” – isto quer dizer que temos que fazer “mais” coisas com “menos” recursos. esses recursos são:
dinheiro, tempo, energia, etc. para isso temos que ter habilidade e a capacidade de priorizar as coisas que temos para
fazer. não podemos nos dar ao luxo de perder tempo com coisas acidentais e que não sejam essenciais em nosso
trabalho.

LÍDER EFICIENTE VS LIDER EFICAZ

“Eficiência é fazer as coisas bem feitas, e eficácia é fazer as coisas certas”


– Peter Druker

Muitos fazem coisas bem feitas que não precisam ser feitas, desperdiçando tempo, energia e dinheiro! São eficientes,
mas não eficazes.

O conceito de eficácia não desprestigia ou desvaloriza o conceito de eficiência. A diferença está nos resultados.

“Eficácia não depende de quanto esforço aplicamos, mas se o aplicamos na coisa certa” S.R.Covey

O Clube de Desbravadores precisa dispor de pessoas eficientes e eficazes dependendo da natureza do trabalho

Um Líder eficaz, deve ter duas coisas fundamentais:


foco e energia.

EXISTEM 4 TIPOS DE LÍDERES


1) Aqueles que não têm foco nem energia.. Sem foco e sem energia tudo fica por conta do tempo e do “Deus dará”
como dizemos. Deixam tudo para depois, são procrastinadores. Os que não assumem, não se comprometem.
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2) Aqueles têm um foco alto e uma energia baixa.. São os ”cansados”. Os que não lutam pelos seus propósitos. Eles
sabem o que querem e devem fazer mas falta-lhes a “força para fazer, para implementar”. Não são realmente
“engajados” no desenvolvimento da sociedade JA, desistem logo, acomodam-se frente a qualquer desafio maior.

3) Aqueles que têm uma energia alta e foco baixo.. São “ativistas”. Fazem, fazem, correm, correm, mas não sabem
direito para onde estão correndo nem se o que estão fazendo os levará a algum lugar. Sentem uma desesperada
necessidade de estar “fazendo alguma coisa o tempo todo”. Ocupam-se de tarefas que não lhes é pertinente.
Centralizam tudo para sentirem-se ocupados e ativos.

4) O Líder IDEAL é aquele que tem foco alto, bem definido e energia elevada. Esses são aqueles que realmente
fazem a diferença pois além de saberem exatamente onde querem chegar, têm a necessária energia para fazer,
implementar, acompanhar, motivar pessoas. São os que pensam, questionam, planejam, fazem acontecer, estimulam
colaboradores, mostram a direção certa, motivam, lideram.

O LÍDER E SUA COMPETÊNCIA EMOCIONAL

“Qualquer pessoa pode zangar-se – isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa,
na hora certa, na medida certa, pelo motivo certo e da maneira certa – não é fácil”. Aristóteles

Daniel Goleman, no livro Inteligência Emocional tornou esse conceito de maior importância e destaque. Para ele
competência emocional é:

• Saber controlar irritação, nervosismo e agressividade. É saber manter-se calmo numa discussão.

• É saber dosar entusiasmo e euforia. É saber manter o bom humor em situações complicadas.

• É saber administrar expectativas exageradas e ambição.

• É saber fazer concessões em relação a seus interesses e privilégios.

• É saber “engolir sapos” para preservar as relações.

COMPETÊNCIA EMOCIONAL É FAZER COM QUE:

 O otimismo supere o pessimismo


 A persistência supere o desânimo
 A auto-motivação predomine sobre a frustração
 A alta-estima vença a baixa auto-estima.

O LÍDER E SUA COMPETÊNCIA ESPIRITUAL

COMPETÊNCIA ESPIRITUAL É:

Manter diariamente sua vida devocional


&Ser um exemplo de integridade
Ser um exemplo de serviço à igreja e a comunidade
Viver os princípios morais da palavra de Deus
Nunca abrir mão dos valores espirituais em qualquer situação favorável ou desfavorável.
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O QUE UM LÍDER COMPETENTE NECESSITA

Administrar sua vida, conciliando a dedicação ao trabalho à família, ao lazer e ao auto desenvolvimento.

Ser uma pessoa com espírito de cidadania, procurando integrar suas buscas e metas pessoais com o interesse e
contribuição para uma sociedade melhor.

Conhecer e respeitar seu jeito de ser, sabendo tirar proveito dos seus pontos fortes e não deixar de reconhecer
suas limitações e dificuldades, mas sem sofrer por causa delas

Entender que é necessário aprender a conviver com dificuldades e imperfeições e que a perfeição é apenas um
objetivo a ser buscado

Soltar-se nos momentos de descontração e buscar o equilíbrio nas situações sérias da vida.

Conquistar seus espaços e sucessos pelo seu valor, sem prejudicar os outros.

Desenvolver e seguir valores e princípios de vida.

Ter consciência da necessidade de respeitar seu corpo e de ter persistência para cuidar da saúde, condições
básicas para uma melhor qualidade de vida.

Entender que felicidade é algo que não se compra, mas que se conquista diariamente em pequenas coisas e
realizações.

Saber agradecer diariamente a Deus pelo ar que respira, o alimento que se come, pela saúde que se tem, pela
oportunidade do trabalho, pela capacidade de pensar e criar e pelo privilégio de poder fazer amizades e amar
pessoas.

Pr. Elias Brenha


Ministério Jovem USB

DESENVOLVIMENTO DE NOVAS HABILIDADES

A – Técnicas de Grupo Úteis na Liderança de Uma Unidade de Desbravadores


Objetivo
Conscientizar-se do número de técnicas básicas da liderança do grupo necessárias para liderar um grupo ou unidade de
Desbravadores.

Explanação
Espera-se que os participantes passem a desenvolver técnicas básicas de liderança de grupo, necessárias para dirigir e
conduzir uma unidade ou grupo de Desbravadores na conclusão bem-sucedida, das tarefas requeridas por seu programa ou
currículo de classe. Essas técnicas podem ser realçadas mediante a discussão dos seguintes tópicos:

1) Modelando os valores e atitudes cristãs positivos


a) O jovens modernos se defrontam com muitas escolhas. É-lhes exigido que formem algum
sentido de todas as incertezas e aspectos confusos da vida ao aprenderem a avaliar,
apreciar e adquirir o que constitui os verdadeiros valores. Nesse contexto tendemos a usar
a palavra “valor” como denotando as crenças, objetivos e atitudes que são cuidadosamente escolhidas, sustentadas e
praticadas. Sendo que vivemos em uma sociedade dinâmica onde ocorrem rápidas transformações, talvez seria
prudente que focalizássemos nossa educação religiosa no processo de avaliação em vez de apenas em determinados
“valores” em si.

Abordagens Tradicionais para os Valores


 Modelar – Estabelecendo um exemplo tanto direta, de acordo com o comportamento dos adultos, quanto
indiretamente, indicando bons modelos no passado ou no presente.
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 Persuadir e Convencer – Apresentando os argumentos e motivos para esses ou aqueles valores e ao
mostrar os ardis e armadilhas de outros.
 Estabelecer o Limite – Limitando as escolhas ao dar às crianças apenas daqueles valores que
“aceitamos”, tais como pedir as crianças para escolherem entre lavar os pratos ou ajudar a limpar o chão;
ou ao dar escolhas entre um valor que aceitamos e um que ninguém aceitará, tais como pedir às crianças
para escolherem dizer a verdade ou nunca mais falar com ninguém.
 Inspirar – Apelando de forma dramatizada ou emocional para certos valores, muitas vezes seguido por
modelos de comportamento associados com o valor.
 Regras e Regulamentos – Destinados a restringir e modelar o comportamento até que
inconscientemente seja aceito como “certo”, mediante o uso de recompensa e castigo para acentuar certo
comportamento.
 Aconselhar – Dogmas religiosos ou culturais apresentados como critério ou princípio incontestável, tais
como dizer que algo deverá ser crido porque “nosso povo sempre procedeu assim”.
 Moralizar – Dizendo “como as coisas devem ser” é um método bom e fácil. É simples e fácil explicar as
situações e experiências através das quais você passou.

GRUPOS DE DISCUSSÃO
1) Debata as formas pelas quais os valores são transferidos dos adultos para as crianças e determine,
em sua concepção, que formas são mais eficazes.
2) Prepare uma lista com os 10 valores mais significativos de relevância para a faixa etária dos
Desbravadores e discuta como empregar o material acima como uma base para ajudar no
desenvolvimento valores e atitudes cristãs de seus Desbravadores.
Compromisso Honestidade Responsabilidade
Coragem Honra e Integridade Autocontrole
Habilidade Amor Devoção
Confiabilidade

2) Dinâmica básica de um grupo pequeno


Muita atenção tem sido dada, pelos cientistas sociais, ao processo de grupos nos anos recentes. Eles têm tentado
isolar os motivos pelos quais alguns grupos são eficazes e outros não. Os estudos revelam que cada grupo tem seu
padrão exclusivo de forças. Essas forças dizem respeito:
a) a como os membros do grupo se relacionam uns com os outros,
b) à forma pela qual o grupo toma uma decisão, e,
c) aos problemas de comunicação. Embora estes possam estar presentes em cada grupo, para que o líder seja
mais eficiente ele deve estar preparado para enfrenta-los.

Todas as pesquisas sobre grupos trouxeram à luz princípios interessantes sobre o comportamento do grupo. Alguns
dos fatos mais impressivos encontram-se a seguir:
1) Para que um grupo seja eficaz seus membros devem se sentir envolvidos na tomada da decisão.
2) Pelo fato de todos os membros do grupo serem indivíduos capazes não é, necessariamente, verdade que
todos atuarão como um grupo eficaz.
3) É possível ajudar um grupo a crescer e a se tornar maduro. Ao empregar as devidas técnicas, um grupo de
indivíduos pode ser canalizado para um trabalho eficaz e podem ser rompidos os conflitos internos que
retardam a eficácia do grupo.
4) Qualquer grupo pode se beneficiar de um líder habilidoso e dedicado. Contudo, o líder eficaz de um grupo
deve compreender que a contribuição para a tarefa total da liderança é uma responsabilidade de cada
membro. Nenhum grupo pode tornar-se totalmente produtivo até que cada membro esteja disposto a assumir
a responsabilidade pela forma em que o grupo age.
 É de vital importância que cada líder compreenda esses quatro princípios pertinentes ao comportamento do
grupo.

3) Papel e função dos conselheiros e líderes de grupos


Há métodos específicos de liderança que ajudam o grupo a alcançar e cumprir essas tarefas e funções de
manutenção.
Um dos objetivos do grupo é cumprir seu alvo ou concluir sua tarefa. O outro objetivo é mantê-lo nas devidas
condições de funcionamento. Há pessoas em cada grupo que empregam os diversos métodos de liderança que o
ajudam a atingir e realizar essas tarefas e a manter as funções.

As lideranças que funcionam e que estão preocupadas com a conclusão da tarefa são:
1) Iniciador / contribuidor – aquele que inicia as coisas.
2) Pesquisador da Informação – aquele que faz perguntas.
3) Prestador da Informação – aquele que dá respostas.
4) Coordenador – aquele que mantém as coisas em andamento.
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5) Orientador – aquele que apresenta os alvos ao grupo. Mantém o grupo se encaminhando na direção certa.
6) Sumariante – aquele que reúne as idéias pertinentes. Ele resume os pontos altos das discussões.
7) Analista do Consenso – aquele que envia “balões de teste”para ver se o grupo está chegando à conclusão, ou
aquele que afere para averiguar o acordo que foi alcançado.

As funções da liderança, que dizem respeito à manutenção do grupo e a ter seus membros trabalhando uns
com os outros são:
1) Encorajar – dar apoio aos outros no grupo para mantê-los trabalhando juntos.
2) Apaziguar – manter os membros do grupo trabalhando em prol do mesmo alvo.
3) Vigiar – manter o grupo ciente do tema em mãos.
4) Definir o padrão – expressar o que deseja que o grupo alcance. Estabelecer limites para atividades e
o comportamento dos seus membros. Ajudar a resolver, eficazmente, os conflitos.

4) Identificação e Resolução de conflito


Fatores ou Personalidades que Destroem a Coesão do Grupo
1) Bloqueador
 A resistência faz com que o grupo deixe de trabalhar junto.
 Sai pela tangente.
 Reage negativamente a todas sugestões.

2) Não-participativo
 Age indiferente ou passivamente.
 Tolo/ devaneador.
 Rouba a atenção do grupo ao falar/ cochicar com os outros. Teme não ser aceito pelos companheiros e o
fracasso.

3) Combativo
 Agressivo ou invejoso.
 Trabalha pelo status ao fazer críticas aos companheiros, ao reduzir-lhes o ego – rancoroso.
 Demonstra hostilidade para com o grupo ou indivíduo.

4) Palhaço
 Faz palhaçadas.
 Interrompe o trabalho dos outros.
 Imita os outros.
 Distrai a atenção do grupo para os alvos.
 Desvia a atenção.

5) Dominador
 Dogmático/ Inflexível.
 Interrompe os outros.
 Pensa ser autoridade.
 Age com superioridade.

6) Forma panelinha
 As pessoas conspiram umas contra as outras.
 Fofoca e maledicência.

7) Desatento
 Não se concentra, ou na verdade nem ouve.
 Pouca atenção.

8) Hiperatividade

9) Falta de entusiasmo

10) Liderança/ Organização deficiente.

ATIVIDADE DO GRUPO
Discuta a forma de tratar qualquer das distrações acima que provocam conflito na unidade dos desbravadores.
Acrescente à lista acima outros fatores que afetam o funcionamento atual da unidade dos Desbravadores.

5) Motivando os desbravadores
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 14
Um dos primeiros defeitos de qualquer grupo é a inatividade de certos membros. A inatividade de qualquer um
provoca muitos problemas ao grupo e ao seu líder. O problema óbvio é a perda da contribuição dos membros
inativos. Isso diminui a eficácia do grupo como uma unidade.

Mas, talvez o mais crítico seja o efeito desmoralizante que cada membro inativo exerce sobre os outros devido a não
conseguir participar e unir forças para dividir a carga. Isso diminui o entusiasmo e pode chegar a um ponto tal de
exercer um efeito notoriamente negativo sobre o grupo.

O motivo principal porque alguns membros do grupo são inativos é o não compreenderem a tarefa a ser realizada ou
a parte que lhes cabe desempenhar. Muitas vezes a devida motivação não é aplicada para leva-los à ação. A falha não
está com os membros. Eles normalmente respondem à motivação que recebem – muitas vezes nenhuma, ou é
aplicada sem considerar os interesses pessoais ou o ponto de vista dos membros do grupo.

COMO MOTIVAR O GRUPO


Deve-se reconhecer que a motivação é a fonte de toda ação. A inatividade resulta da falta de motivação. Osto não
significa necessariamente falta de esforço motivacional, mas o mero esforço para motivar não produz por si só
motivação.
Você como líder, tem que ser capaz de fazer com que seu grupo ou seus membros avancem – ou permaneçam
avançando – na direção desejada.
Na tentativa de motivar as pessoas, necessitamos reconhecer que as necessidades individuais são especialmente
importantes e desempenham um papel preponderante na determinação do que “faz as pessoas avançarem”.
Uma pesquisa atual sugere que você e eu motivamos em grande medida ao respondermos às necessidades interiores.
Como líder você necessita compreender essas necessidades e como elas atuam, de tal modo a poder trabalhar com a
índole da natureza humana e não contra ela.
“Abraham Maslow, em seu conceito de uma hierarquia de necessidades (ver diagrama) sugere que as necessidades
individuais estão dispostas em uma ordem de prioridades com a necessidade mais acentuada desejando satisfação
imediata, antes que as outras possam ser satisfeitas.

FISIOLÓGICO SEGURANÇA SOCIAL ESTIMA AUTO-REALIZAÇÃO


Fome Estabilidade Pertencer Auto-respeito Crescimento
Sede Proteção contra Aceitação Consecução Realização
Sono o perigo Vida Social Status Desenvolvimento Pessoal
Amizade e amor Reconhecimento

FISIOLÓGICO – Essas são as necessidades físicas do homem por alimento, abrigo, afeto, gratificação sexual e
outras funções do organismo.
SEGURANÇA – Isso inclui a necessidade de se sentir seguro contra os perigos físicos e a necessidade de segurança
física, mental e emocional.
SOCIAL – Inclui a necessidade de pertencer e amar, a necessidade de se sentir parte de um grupo ou organização, de
pertencer a alguém e de estar com essa pessoa. Implícita nela está a necessidade de dar e receber amor,
de partilhar e de ser parte de uma família.
ESTIMA – Essas necessidades se encontram em duas categorias intimamente relacionadas – auto-estima e estima
dos outros. A primeira inclui nossa necessidade de respeito por nós mesmos, de sentir o valor pessoal,
adequação e competência. A segunda abrange nossa necessidade de respeito, louvor, reconhecimento e
status aos olhos dos outros.
AUTO-REALIZAÇÃO – A necessidade de alcançar o máximo possível, de desenvolver os dons pessoais ou a
plenitude do potencial.

Maslow faz duas observações interessantes sobre essas necessidades.


1a se uma de nossas necessidades mais fortes é ameaçada nós nos posicionamos para defende-la. Ninguém se
preocupa com o status quando está morrendo de fome. Assim, se você parecer ameaçar a segurança das
pessoas com suas propostas de mudanças, como líder, você deverá esperar uma forte resposta defensiva.
2a satisfeita a necessidade cessa a motivação. Quando uma área da necessidade é atendida, a pessoa envolvida toma
consciência de outro conjunto de necessidades. Essas, por sua vez, passam agora a motiva-la.
Obviamente, essa teoria é muito abrangente. Quando as necessidades psicológicas e de segurança foram
satisfeitas ela não nos motivam tão fortemente. Até onde esses princípios se elevam na escala é uma
matéria para discussão.

Prover o devido ambiente e oportunidades para que essas necessidades sejam atendidas por cada indivíduo no grupo,
possivelmente é a mais difícil e certamente a mais desafiadora e recompensadora tarefa do líder.
“Effective Leadership, por John Adar, págs, 36, 37, 132, 140.

B – Técnicas de Comunicação
1) Processo de Comunicação
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 15
a) O que é Comunicação
Sempre entendemos que os lábios de alguém estiverem se movendo está ocorrendo a comunicação. Mas
a via de mão dupla da conversação implica em dar e receber informação. Com muita freqüência, ela envolve mais do que falar. É
também o processo de receber ou ouvir. A esse duplo processo devemos acrescentar uma terceira dimensão – compreensão.
Freqüentemente pensamos e compreendemos o que um está dizendo ao outro, mas o que ouvimos não é o que se queria dizer.
Queremos que a outra pessoa não apenas ouça o que temos a dizer, mas que também compreenda.

b) Cinco Níveis da Comunicação


Nível 5 – Conversa Comum.
Nível 4 – Conversação Efetiva
Nível 3 – Idéias e Opiniões
Nível 2 – Sentimentos e Emoções
Nível 1 – Percepção Profunda

c) Barreiras à Conversação Eficaz - O “transmissor de soluções” carrega sua fala com ordens, diretrizes e
comandos. “Venha aqui”. “Apresse-se”. “Se você fizer isso novamente, eu... Outra é “o moralizante”. Você não sabe o suficiente
para... “A maioria de nós ficamos ressentidos quando nos dizem que devemos, deveríamos ou é melhor fazer algo.

d) regras para Eficácia na Conversação

2) Ouvir Ativamente
a) O ângulo de ouvir da comunicação
b) Barreiras no ouvir eficaz
c) Regras para o ouvir eficaz

3) Retroefeito
a) O retroefeito não planejado pode surgir de várias formas.
b) Retroefeito planejado
 Através da reflexão
 Através da Auto-análise
 Através de um instrutor
 Retroefeito pessoal

COMUNICAÇÃO
A comunicação tem dois elementos essenciais:
1º - o EMISSOR (Transmissor) envia uma mensagem;
2º -o RECEPTOR responde ao conteúdo dela, de acordo com sua percepção.

O envio e recepção de mensagens não garantem, que a comunicação tenha ocorrido. Várias circunstâncias internas e externas
como meio-ambiente, emoções, habilidades verbais, etc. afetam o processo de comunicação e determinam seu sucesso ou
fracasso.
Um conhecimento das dificuldades à comunicação efetiva pode reduzir mal-entendidos entre pessoas. Entre estas barreiras
estão:
. O meio físico
. O emissor
. O canal
. O receptor

EMISSOR: Pessoa com a mensagem a comunicar.


CANAL DE COMUNICAÇÃO: O caminho que a mensagem percorre entre emissor e receptor.
RECEPTOR: Pessoa que ouve a mensagem e interpreta o seu significado.
MEIO FÍSICO: O que circunda todo o processo de comunicação. Inclui o seu espaço de trabalho e o local físico onde está o
cliente e ainda se esses locais são
quentes ou frios, barulhentos ou quietos,etc.
AMBIENTE PSICOLÓGICO: O que ambos, emissor e receptor, operam internamente. Compõem-se de suas experiências
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 16
passadas, medos e expectativas,suposições e preconceitos. Afeta a forma como o emissor estrutura a mensagem e como o
receptor a interpreta.
FEEDBACK: A maneira como o receptor indica que a mensagem foi ouvida e compreendida, ou que está confusa. A resposta do
receptor ao emissor.

MÉTODOS DE TRANSMISSÃO
As mensagens são transmitidas por 3 modos ou métodos:
Simbólica, Verbal e Não-Verbal.
SIMBÓLICA: Pessoas integram-se através de símbolos, que
transmitem significados para outras pessoas. Ex.: escolha de
roupas, cabelos, área residencial, etc.
VERBAL: Quando a comunicação é expressa através de palavras.
Ex.: um cumprimento: “boa noite”.
NÃO-VERBAL: Ela se dá através de ações usualmente involuntárias
e, por isso, normalmente é mais confiável que as linguagens
simbólica e verbal. Ex.: postura, gestos, contato ocular.

. Respeito pela opinião alheia


comunicação flui - ouvem e são ouvidos
. Falta de respeito pela opinião alheia
comunicação falha - fofoca
A Arte de se Comunicar
Formas de Comunicação • VERMELHO - estimula
• 7% com a VOZ • AZUL - acalma
• 38% com o TOM da voz • AMARELO - atenção
• 53% com olhar, semblante, mãos, gestos, postura... • VERDE - crescimento
Formas de Aprendizado • CINZA - estabilidade
• 20% OUVINDO Um Bom Visual
• 80% VENDO • Força ordem e seqüência.
Nós Lembramos • Seleciona idéias chaves.
• 20% do que ouvimos. • Evita o esquecimento de pontos importantes.
• 50% do que ouvimos e vimos. • Reduz o tempo.
• 80% do que ouvimos, vimos e participamos. • Infunde confiança no orador.
As CORES, o que comunicam: Comunicação Visual Positiva é:
Quando usadas corretamente • Visibilidade.
• aceleram a comunicação • Clareza.
• aumentam a motivação • Simplicidade
• aumentam a disposição na leitura
• melhora e cresce a compreensão
COMO PRENDER A ATENÇÃO

STEPHEN GRUNLAN
D.Min., pastor da igreja Comunidade de Balboa,
San Diego, Califórnia, Estados Unidos
"O melhor orador é aquele que pode transformar um ouvido em olho" -Provérbio árabe
Em uma classe introdutória de psicologia de uma grande Universidade, o professor fez soar uma campainha durante sua palestra. Em
seguida, os estudantes receberam a ordem para escrever sobre o que eles estavam pensando no momento em que ouviram o som.
Vinte por cento disseram estar alimentando pensamentos eróticos, outros 20% pensavam na família ou em problemas de trabalho e
12% prestavam atenção à aula. O restante estava pensando em tolices variadas.
Será que, como pastores, nos atrevemos a pensar que os membros de nossas igrejas seriam diferentes? Tudo isso nos leva a uma
questão simples: Como podemos captar a atenção dos nossos ouvintes?
Durante anos, eu tenho ocupado parte do meu tempo ensinando em universidades cristãs e seculares. Atualmente, ensino sociologia
em uma j faculdade local. Como parte do contrato, devo assistir a determinado número de horas de seminários de treinamento. Em um
desses seminários, um professor de comunicação partilhou algumas estratégias sobre "Como conseguir que os estudantes ouçam".
Enquanto eu ouvia a palestra, ilustrada com pesquisas e exemplos que reforçavam seus pontos de vista, compreendi que tudo o que ele
dizia aplicava-se a nós, pastores, na tarefa de conseguir a atenção dos ouvintes em nossas igrejas. Aqui enumero os principais pontos:

Dê uma razão para ser ouvido


Necessitamos dar aos nossos ouvintes uma razão para que nos ouçam. Quanto mais imediata for a razão, maior será a sua atenção.
Infelizmente, como pastores, freqüentemente assumimos que as pessoas vão nos ouvir porque estamos pregando a Palavra de Deus. A
realidade é que a maioria das pessoas vão à igreja com pouca ou nenhuma motivação para ouvir.
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 17
Como podemos dar razões para ser ouvidos? Partilhando com os ouvintes os benefícios que eles terão. Por exemplo, se nós
pregamos sobre Filipenses 5:21-33, podemos dizer-lhes: "Vocês sabem que esta passagem contém quatro princípios de ação que
podem mudar seu casamento ?" Isso despertará sua atenção.

Diga O que vão ouvir


No exemplo dado, os ouvintes não apenas têm uma razão para ouvir, mas também tomam conhecimento do que vão ouvir: os quatro
princípios de ação. As pessoas nos ouvirão mais cuidadosamente se lhes informarmos o que iremos falar.
Pesquisas mostram que quando as pessoas sabem o que vão ouvir, a atenção cresce 40%. E por isso que eu costumo incluir notas do
sermão no boletim da igreja. O rascunho inclui alguns pontos relevantes da mensagem.

Use ilustrações
Jesus usou muitas ilustrações e isso agradava o povo. Numa das minhas primeiras igrejas, eu ilustrei um dos meus sermões com uma
história sobre um navio e um farol. Durante os dez anos em que eu estive ali alguns irmãos ainda se lembravam daquela ilustração.
Quando as pessoas me procuram no escritório, para conseguir a cópia de um sermão, elas não o identificam pelo título ou tema, mas
por alguma história contada durante a mensagem.
Uma das razões pelas quais as história são tão efetivas é que elas são tanto visuais como verbais. Nossos ouvintes começam a fazer
quadros na mente. Por isso, necessitamos de palavras e ações descritivas em nossas histórias, para ajudar os ouvintes a pintar o quadro
mental.

Use palavras significativas


Como pastores, exageramos na linguagem teológica e nos polissílabos. Mas a maioria dos nossos ouvintes, mesmo os mais eruditos,
usam os dissílabos de todo dia. Para comunicar com eles, necessitamos falar sua linguagem. Não é a palavra que é importante, mas o
seu significado é que deve ser transmitido.
Também necessitamos usar expressões locais e coloquialismos familiares aos ouvintes. Gosto muito de esportes e costumo usar
ilustrações relacionadas com eles em meus sermões. Mas certo dia uma irmã me advertiu no sentido de que metade da congregação
era composta de mulheres; e a maioria delas não se interessava por esportes. De modo que as ilustrações não faziam muito sentido
para esse grupo. Passei a usar poucas ilustrações esportivas, e, quando o faço, refiro-me a eventos esportivos mundiais conhecidos
como as Olimpíadas.

Crie intimidade
Adote um comportamento de intimidade verbal e não verbal com seus ouvintes. Com isso quero sugerir um sentimento amistoso de
aproximação e calor humano.
Uma atitude de aproximação verbal inclui linguagem informal, bem-humorada (sem ser irreverente), referência ao nome das pessoas,
ilustrações pessoais. Quando usamos uma ilustração pessoal, permitimos que os ouvintes se identifiquem conosco. Outro exemplo de
intimidade verbal é o uso da primeira pessoa do plural ao invés da segunda ou terceira pessoas. Por exemplo, é melhor dizer: "nós
necessitamos tomar tempo para Deus cada dia”, do que “vocês precisam tomar tempo para Deus cada dia". No primeiro caso, nós
falamos com o povo (incluindo-nos). No segundo, falamos ao povo.
Intimidade não verbal envolve contato visual. Conheço congregações onde o pastor olha acima da cabeça do povo. Alguns pregadores
não tiram os olhos do esboço, e ficam sem olhar o povo. O contato visual nos liga aos ouvintes. Embora não seja preciso decorar o
sermão, devemos estar tão familiarizados com ele que necessitemos olhar apenas ocasionalmente as anotações. A maior parte do
tempo devemos manter contato visual com o povo.
Uma postura rígida e formal distância. Portanto, relaxe. Não costumo ficar preso atrás do púlpito. Apenas deixo ali a Bíblia e o
esboço, e uso um microfone de lapela. Assim, fico livre para movimentar-me na plataforma. Às vezes, quando quero fazer um apelo
mais pessoal aos ouvintes, chego a caminhar pela nave.
O tom de voz também influencia. Os pastores tendem a levantar a voz quando querem enfatizar algum ponto. Entretanto, isso também
afasta o povo. Uma aproximação mais efetiva é feita com um tom de voz mais baixo, temo, como que ao pé do ouvido.

Ensine a fazer anotações


Precisamos acostumar o povo a fazer anotações. As pessoas que anotam o que ouvem prestam mais atenção e retêm o que foi dito.
Em minha congregação, pelo menos 70% das pessoas anotam o que eu falo no sermão. Além das referências no boletim, também
distribuo um esboço com espaço para as anotações. Qualquer coisa que for feita nesse sentido ajudará as pessoas a se tornarem
melhores ouvintes. Quando elas escrevem o que ouvem, de certa forma vêem e ouvem o que está sendo falado. Retemos mais aquilo
que vemos e ouvimos do que aquilo que apenas ouvimos.

Organize os assentos
Pesquisas revelam que as pessoas ouvem melhor, retêm melhor, e são mais facilmente persuadidas quando estão num cenário
compacto. Quando estabelecemos dois serviços de cultos, percebi que não poderíamos encher o santuário nos dois serviços. Para que
não houvesse lugares vazios, fechamos o acesso aos bancos das laterais e demarcamos os bancos do centro para o povo, num arranjo
compacto. Se o templo é grande demais para os adoradores, você precisa fazer algo para que eles ocupem os assentos da frente e do
centro,
Parece que certas pessoas têm assentos favoritos no templo. Algumas preferem sentar-se mais afastadas, outras mais atrás, ou nas
laterais. Na medida do possível, sem ferir sensibilidades, devemos fazer algo para alcançar um arranjo de assentos que favoreça a
captação da atenção dos ouvintes.
A Palavra de Deus tem poder para mudar vidas, e é nossa responsabilidade ajudar o povo a ouvir mais efetivamente a apresentação
dessa Palavra. Nosso objetivo deve ser a transformação da vida dos ouvintes. Acredito que as técnicas aqui sugeridas podem nos
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 18
ajudar a cumprir as palavras do Senhor: "Quem tem ouvidos, ouça."

“Na Igreja, há três tipos de pregadores: aqueles a quem não podemos ouvir, os que podemos ouvir se envidarmos o máximo esforço,
e aqueles a quem não podemos deixar de ouvir. "

Revista O Ministério / Julho- Agosto. 2001

DICAS E SEGREDOS DA ORATÓRIA

INTRODUÇÃO

“A MÚSICA SERIA A MAIS BELA DAS ARTES, SE NÃO FOSSE A ORATÓRIA”. Johan Wolfang Goethe

Duas importantes coisas que os pregadores precisam ter em mente:

1-O SEU MELHOR É SUFICIENTEMENTE BOM, NÃO IMPORTA QUÃO POBRE SEJA.

2-QUAQUER COISA MENOS QUE O SEU MELHOR NÃO É BOM SUFICIENTE, NÃO IMPORTA QUÃO BOM SEJA.

I-O USO CORRETO DAS PALAVRAS


“Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo” – Salomão.
A pregação bíblica é um duplo milagre.
1-Deus usar o homem imperfeito para transmitir a perfeita e infalível palavra de Deus.
2-Pessoas receberem a mensagem por intermédio de seres imperfeitos e serem transformados pela mensagem.
Uma coisa precisa ficar clara:
Todas as técnicas reunidas e colocadas em prática não fazem de alguém um bom pregador. Para ser um bom pregador é preciso ter
técnica e algo mais, o milagre do Espírito Santo.

Veja um exemplo Bíblico. Êxodo 4:10 “Ah! Senhor! Eu nunca fui eloqüente...”.
Moisés era um homem preparado. Aos 40 anos conhecia todas as técnicas dos mais variados ramos do conhecimento humano,
inclusive a arte de falar em público em diferentes línguas. Porém faltava-lhe o algo a mais: O milagre!
Foi esse milagre que Deus lhe ofereceu quando disse: “Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca, e te ensinarei o que hás de
falar”. 4:12
É A MISTURA DO HUMANO COM O DIVINO QUE DÁ PODER A PALAVRA.
“A grande responsabilidade do pregador é escolher e combinar bem as palavras a fim de que elas produzam o melhor efeito na vida
espiritual das pessoas”.

“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”. II
Timóteo 2:15
“O senhor me deu uma língua de eruditos, para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado...” Isaías 50:4-5

“Seja sua fala melhor do que o silêncio – ou então fique calado” – Dionísio

COMO AUMENTAR O PODER DA PALAVRA:


a- Ler mais, principalmente a Bíblia.
b- Usar um dicionário Bíblico.
c- Evitar as palavras complicadas.
d- Pronunciar frases com sentido.
e- Pedir para outros corrigirem seus erros.
f- Nunca usar palavras de significado desconhecido para você.
g- Tenha certeza que a mensagem tocou profundamente em você primeiro.
h- Mude de vez em quando o tom e a intensidade da voz.

“O homem que lê é cheio. O homem que escreve é exato. O homem que fala é pronto”. Francis Bacon

II-O USO APROPRIADO DA VOZ


Você comunica:
• 7% com a voz
• 40% com o tom da voz
• 53% com olhar, semblante, mãos, gestos, postura...

“DEVEMOS APRENDER A FALAR E ORAR...” O.E. pág.88


“A VOZ DEVE SER EDUCADA PARA FALAR O BEM”. P.J. pág. 335
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 19
“O AMOR ERA EXPRESSÃO NO OLHAR E NA VOZ”. DTN, 134.

A voz é a expressão sonora da personalidade


Qualquer voz pode ser melhorada.
O mau uso da voz, pode ocorrer por:
• Respiração errada
• Forçar as cordas vocais
• Intensidade excessiva
• Ataque vocal defeituoso
• Deficiências da articulação
• Tom inadequado
A educação física da voz compreende três elementos:

EMISSÃO VOCAL
É o ato de emitir a voz. Ela deve ser regulada e pausada. É preciso colocar a voz, aprendendo a respirar corretamente, de modo a não
ser interrompido pela falta de fôlego.
Respiração Clavicular – Enche os pulmões na parte superior – (Incorreta)
Respiração Diafragmática- Enche os pulmões na parte inferior para cima (correta)

DICÇÃO
É a pronúncia ou o modo como se dizem as palavras. Está baseada nos movimentos dos órgãos do aparelho fonador: fossas nasais,
boca, dentes, língua, cordas vocais, etc.
Para que haja uma boa dicção é importante:
• Proferir bem as vogais
• Proferir bem as consoantes
• Observar corretamente os acentos

INFLEXÃO
É a mudança do tom e do volume da voz, permitindo obter efeitos variados e provocar a emoção, o temor, a ansiedade, o entusiasmo,
a indignação, a ironia, etc...
TER BOA INFLEXÃO É SABER COLOCAR OS SENTIMENTOS NA VOZ

III-COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL


A aparência exterior do pregador:

• Cabelo bem cortado e bem penteado;


• Usar camisa que combine a cor. Se for listrada, cuidado!
• Gravata combinando com a camisa e o paletó. O tamanho também é importante;
• Sapato em boas condições, engraxado e na cor;
• As meias devem combinar com as cores dos sapatos e calças;
• Os ternos ou combinação de blazers e calças devem ter cores sóbrias e escuras;
• Roupas bem passadas;

“SUA APARÊNCIA NO PÚLPITO VAI DETERMINAR O RESPEITO”

IV-O OLHAR E A EXPRESSÃO FISIONÔMICA

Todo o nosso corpo fala quando estamos pregando. A posição dos pés e das pernas, o movimento do tronco, dos braços, das
mãos e dos dedos, a postura dos ombros, o balanço da cabeça, as contrações do semblante, porém 53% do sucesso da nossa
comunicação está no olhar e na expressão fisionômica.
Nosso semblante funciona como uma espécie de tela, onde as imagens do nosso interior são apresentadas em todas as suas dimensões.
Cada sentimento possui formas diferentes para ser apresentado pelo semblante.
O queixo, a boca, os olhos, o nariz, a sobrancelha e a testa trabalham isoladamente ou em conjunto, para demonstrar idéias e
sentimentos transmitidos pelas palavras e muitas vezes sem a existência delas.
O semblante também trabalha como indicador de coerência e de sinceridade das palavras. Não posso estar falando de tristeza e ter um
semblante de alegria. Seria um atestado de falsidade. Um comportamento que afetaria toda a mensagem restante.
Exemplos:
Malícia, esperteza: piscar de olhos.
Entendimento, descoberta, compreensão: olhos semicerrados e mordendo levemente o canto do lábio inferior.
Pouco caso, desconfiança, vingança: olhos semicerrados.
Espanto, surpresa: olhos abertos, boca pouco mais aberta e testa franzida.
Idiotice: olhar fixo no infinito.
Pensativo: morder levemente todo o lábio inferior.
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 20
V-QUALIDADES DE UM BOM ORADOR
 Caráter.
- Deve primeiro conhecer a Deus e depois ensiná-lo aos outros.
- Você é mais importante do que o estilo ou a técnica de pregar.
- A vida do pregador deve sustentar suas palavras.
-

 Fala de forma simples.


- O pregador consegue dar-se entender até mesmo para as crianças.
 Sinceridade.
- Deve crer naquilo que prega.
- Um incrédulo disse que queria ouvir Moody. Quando alguém objetou dizendo que ele não cria na pregação do evangelista,
respondeu: “Mas Moody crê”.
 É sucinto.
- Dizer somente o que é preciso.
- Não corre o risco de exceder os limites de tempo desejados.
 Memória.
- Seu valor é importante, mas, não confie somente nela. A emoção do momento poderá afugentá-la.
 Possui conhecimento do assunto.
- Se não há mensagem a ser transmitida, não há motivo para falar.
- Deve saber mais do que aquilo que vai expor.
- Gasta horas de pesquisa separando o maior número de material que fala sobre o assunto escolhido.
 Criatividade e Imaginação.
- Contar coisas antigas de maneira diferente.
- Reveste os velhos pensamentos com roupagem nova.
- A imaginação torna os fatos vivos e reais.
 Naturalidade.
- Não se comporte como um robô cujos movimentos e ações são totalmente programados.
- Procure melhorar, aperfeiçoar, desenvolver, mas seja você mesmo.
 Originalidade.
- É você apresentando o sermão de maneira nova, com aplicação adequada, despertando o interesse dos ouvintes.
- Quando você reveste a velha verdade com novos significados, novas ilustrações, novas aplicações, você é considerado um orador
original. Você pode dizer: “Isto é meu”.

VI-COISAS QUE O ORADOR NÃO DEVE FAZER

 Nunca chegue na hora. Chegue antes da hora.


 Não conte piada. Não exagere em provocar risos, tornando-se palhaço.
 Não ignore as reações do público.
 Não entre em debates.
 Não ignore o conhecimento do público.
 Não pergunte se pode continuar ou terminar o sermão.
 Levantar ou abaixar a voz demais.
 Não seja monótono, mas varie de tom.
 Não se desfaça em gritos.
 Não trema (na medida do possível).
 Não use expressões maliciosas ou sarcasmo.
 Não ataque hostilmente com palavras acusadoras de censura.
 Não elogie a si mesmo.
 Não faça ilustrações longas.
 Não canse os ouvintes com sermões longos.
 Não se afaste do texto e do tema.
 Não crave os olhos no chão ou no teto.
 Não fixe o olhar demasiadamente em uma só pessoa. Nunca se esqueça das galerias e do coral que muitas vezes está atrás do
pregador.
 Não fique rígido ou imóvel como uma estátua.
 Não faça gestos ridículos.
 Não ande na plataforma como passos gigantes, nem pequenos demais.
 Não coloque as mãos na cintura e nos bolsos.
 Não fique abotoando e desabotoando o paletó.
 Não fique o tempo todo com o dedo indicador em forma acusadora.
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 21
 Não dê socos na mesa ou púlpito.
 Não exagere em tirar e colocar os óculos.
 Não fique arrumando a gravata.
 Não jogue a bíblia sobre o púlpito.
 Não fique alisando o cabelo.
 Não fique olhando o relógio todo o tempo.
 Não ajoelhe apenas com um dos joelhos.
 Não direcione a mensagem a alguém do auditório.
 Não se desculpe por não estar preparado.
 Não diga repetidas vezes: logo vou terminar.
 Não procure imitar alguém.
 Não se expresse de maneira presunçosa ou orgulhosa.
 Não dê pancadas no microfone antes de usá-lo.

VII- TIPOS DE SERMÕES


Sermão Sedativo – É aquele que parece anestesia geral. Mal o pregador começou a falar a congregação já está dormindo.
Sermão Insípido – Esse sermão tem até uma linguagem mais moderna e um tom de voz melhor, mas não tem gosto e é duro de
engolir. Idéias pálidas, sem nenhum brilho que as torne interessantes. É como comida sem sal.
Sermão Óbvio – É aquele que diz apenas o que todo mundo já sabe e está cansado de ouvir. O ouvinte é capaz de
adivinhar o final de cada frase de tanto que já a ouviu.
Sermão Indiscreto – É aquele que fala de coisas apropriadas para qualquer ambiente menos para uma igreja, onde as pessoas estão
famintas do pão da vida.
Sermão Reportagem – É aquele que fala de tudo, menos da Bíblia. Inspira-se nos jornais, manchetes de revistas e reportagens de
televisão. Mais parece uma compilação das notícias de maior impacto da semana.
Sermão Marketing – É aquele usado para divulgar e promover os projetos da igreja ou as atividades dos diversos departamentos.
Usar o púlpito para promover congressos, divulgar literaturas, prestar relatórios financeiros ou estatísticos, fazer campanhas para
angariar fundos. A igreja precisa de marketing, mas deve ser feito em outro horário, nunca no espaço do culto e do sermão.
Sermão Metralhadora – É usado para disparar, machucar e ferir. Às vezes a crítica é contra um grupo com idéias opostas, contra
administradores da igreja, contra uma pessoa que está em pecado ou rivais, ou mesmo contra a congregação. Seja qual for o destino, o
púlpito não é uma arma para disparar contra ninguém.

Lembre-se: A congregação que passa a semana toda lutando pelo pão de cada dia, chega ao culto precisando de um bálsamo para as
suas feridas espirituais. Se você quer ser um pregador de poder, busque a Deus, gaste dezenas de horas no estudo da Bíblia antes de
pregá-la, experimente o perdão de Deus em sua vida e pregue um sermão onde Cristo seja o centro.

VIII-TRÊS MOMENTOS MAIS IMPORTANTES NO SERMÃO

1- Início

Você nunca terá uma segunda oportunidade para causar uma primeira boa impressão.

Um bom começo produz um efeito positivo sobre o público e o orador.


Este é o momento para atrair a atenção do público.
Há duas maneiras em geral de começar:
• Com as formalidades – “Bom dia, queridos irmãos e amigos. Agradeço a oportunidade de lhes falar nesta manhã sobre o grande
amor de Deus por nós”. Esta é uma introdução formal, conseqüentemente o público continuará esperando mais de você.
• Com algo além das formalidades – “Nos próximos 45 minutos vocês estarão aprendendo algo muito importante sobre o caráter de
Deus. Que algo é esse? É a maneira maravilhosa como Deus pode aceitar pecadores mesmo na ultima hora de sua vida”. Esse tipo
de abordagem pode impressionar mais.

Veja algumas maneiras para conseguir a atenção das pessoas:


• Surpreenda o público com algo que ele desconhece. “Foi aprovado ontem no Congresso Nacional uma lei que possibilita o
jovem adventista ser liberado das aulas de sábado”.
• Comece fazendo uma pergunta.
• Desperte sua curiosidade. “Quantos tem medo da morte?”
• Faça com que se lembrem de alguma coisa. “Nesta mesma data no ano passado o mundo presenciou...”.
• Conte uma história engraçada.
• Informe um fato relacionado ao assunto.
II.
III. Estabeleça um vínculo com o público.
Isso significa a maneira como você quer ser visto pelo seu público.
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 22
Fale com entusiasmo.
O entusiasmo mostrará para o público se o pregador acha que sua mensagem é importante para as pessoas.

O início é, por definição, breve e deve ser considerado e organizado, em uma proporção conveniente em relação ao todo.

2- O centro da apresentação: o meio

É a parte mais comprida do sermão e é nela que você deve:


• Transmitir o conteúdo da sua mensagem;
• Manter a atenção e desenvolver o interesse.
• Seja sempre claro. Sempre existe a possibilidade de mal-entendidos. A responsabilidade é sua. Você é que tem de deixar as coisas
claras.
• Seja Descritivo. O sermão deve pintar um quadro na mente dos ouvintes.
• Usar sua atitude física para amplificar sua mensagem. Aqui entra além do entusiasmo, os gestos e a animação, a voz.
• Prestar atenção às dicas sobre como o público está reagindo:
- As pessoas estão inquietas e impacientes?
- Estão sussurrando ou conversando umas com as outras?

3- Conclusão
O final do sermão assim como o começo é importante. Como no começo, o final pode precisar de uma consideração especial na
preparação para dar um bom resultado.

Na conclusão você pode:


• Contar uma história relacionada com o tema e aplicá-la no apelo.
• Relatar uma experiência real.
• Terminar com uma pergunta.
• Recapitular apenas os tópicos principais do sermão.
• Terminar com a leitura de um pensamento importante.

Evite:
• Parecer terminar e ainda continuar dizendo “finalmente” umas três vezes e ainda continuar falando.
• Apressar-se a concluir, fazendo um final atrapalhado e sem nexo.
• Recapitular o sermão, pensamentos, etc.
• Concluir sem ter feito um apelo.

Crie uma estrutura definida e mantenha-a em sua mente o tempo todo.

CONCLUSÃO
Um princípio básico da comunicação diz o seguinte:
“NÓS NÃO COMUNICAMOS AQUILO QUE QUEREMOS, MAS AQUILO QUE SOMOS”.
Na vida deve haver uma coerência entre o que fazemos e o que acreditamos, do contrário, mais cedo ou mais tarde a comunicação
será quebrada.

“NA VIDA HÁ DUAS TEORIAS: OU VOCÊ VIVE O QUE PREGA OU PREGA O QUE VIVE” – James Archelemberger

“EU NÃO TENHO PALAVRAS, EU NÃO TENHO MENSAGEM, A MINHA VIDA É A MINHA MENSAGEM”. Mahatma Gandhi

C – Técnicas de Acampar
1) Filosofia de Planejamento e direção de um Acampamento de Unidade
a) Introdução

Dependendo para que grupo você queira se referir, o significado é diferente.


Para as pessoas em geral: recreação, jogos, brincadeiras, descanso, silêncio, ar puro, etc.
Igrejas ou grupos religiosos: reflexão, meditação, sentir-se parte da natureza, procura interna para melhorar...
Militares: sobrevivência, disciplina, resistência para a adversidade.
Desbravadores: novas experiências. Disciplina, regulamentos não estão em su-as mentes.

Nossa filosofia
Objetivos:
Conhecer-se (amizade, companheirismo).
Aprender novas habilidades (especialidades).
Que a criança encontre sua auto-independência.
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 23
Procurar entre meninos(as) os líderes naturais.
Aprender a refletir sobre o segundo livro do Criador – a Natureza.
Recrear-se (cânticos, brincadeiras de roda em volta de uma fogueira).

Desenvolvimento Espiritual

Dedicação a Cristo - qualquer que seja o nosso trabalho devemos ter isto em vista.
Acampamento deve proporcionar uma atmosfera de maior comunhão com Deus: a tranqüilidade, os pássaros, o pôr-do-sol, longe do
barulho da cidade.

Demonstração prática da observância do sábado


Pôr do sol - início e fim.
Escola sabatina em pequenos grupos.
O estudo da natureza vai tornar o sábado inesquecível.
Meditação e contemplação.
Tempo para estar sozinho.
Refletir, pensar.
Olhar mais de perto as coisas da natureza: a montanha, a sombra, as ondas do mar.

Potencial Evangelístico
O auditório está o dia todo conosco. No momento em que começa o acampa-mento, começa o evangelismo.
Apelo para o batismo.

Desenvolvimento Físico
Saúde - exercício, descanso, aulas sobre saúde, refeições.
Atividades ao ar livre - jogos, gincanas, eventos, tomar banho no lago, no mar. A-prender salvamento.

Desenvolvimento Social
Qual é a primeira preocupação ou pensamento dos jovens quando se fala em acampamento? Ver e rever amigos e fazer novas
amizades. Tal ocasião é ótima oportunidade para o desenvolvimento social, pois existem inúmeras situações que exigem o
entrosamento. Acampamento oferece desafios:
Aprender a viver e trabalhar juntos.
Aprender a se desfazer das panelinhas e viver num grupo maior.
Aprender a viver em grupo sem perder sua identidade.
Aprender a conviver com outros.
Aprender a sentir-se responsável individualmente e em grupo.
Aprender hábitos de limpeza.
Aprender ordem.
Associação com adultos.
Para os desbravadores os conselheiros são seus amigos e pais adotivos. A imagem do conselheiro será lembrada por muito tempo.

Trabalhando juntos
Ao trabalharem juntos nas tarefas, desempenhando trabalhos manuais, os desbravadores aprendem a trabalhar juntos. Agindo assim,
percebem que são parte de uma grande família, sentem que pertencem a um grupo que gosta de fazer as mesmas coisas. E isto tem um
bom efeito neles.

Amizades e relacionamentos duradouros


Entre acampantes e acampantes e entre acampantes e líderes.

Desenvolvimento Psicológico
Existem quatro desejos básicos dos jovens, segundo W. I. Thomas:
Segurança – Alimento – Roupa - Abrigo
Ao mostrar que a igreja está investindo dinheiro neles para sua recreação, o jo-vem vai sentir-se agradecido e importante.
As recreações ao ar livre, tais como acampamento, oferecem novas experiências - contato com novas pessoas, o que impulsiona o
desenvolvimento psicológico. Entre várias situações, o acampamento proporciona:
independência dos pais;
exercício de diferentes funções;
envolvimento em diferentes atividades;
liberdade de jogar, criar, explorar, cantar;
reconhecimento - ser alguém aos olhos dos seus companheiros, fazer uma es-pecialidade e ganhar o distintivo;
senso de aceitação - ser querido, sentir que os outros gostam da sua companhia.

PLANEJAMENTO
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Escolher data
Certificar-se de que não esteja em conflito com eventos da igreja/associação.

Escolher a equipe
Nacional ou importada. Lembre-se: você é o técnico do time.

Escolher o local
Privacidade - se não vai faltar coesão.
Distância - não muito longe nem muito perto.
Não permitir entrada e saída, principalmente de visitantes. Isto muda a química de crescimento.
Custo.
Comodidade – eletricidade, lugar plano, banheiros, chuveiros, etc.
Lista do que precisam e do que não precisam levar.
Aventura.
Reuniões.
Tempo livre.
Recreação.
Surpresas - comida, pessoas, eventos.
Avaliação com o staff.
Seguimento.

b) Por que, O que, Onde e quando Acampar.

1) Princípios de Segurança no Acampamento

a) Como podemos fazer da “Segurança uma Prioridade”em aventuras ao Ar Livre?


A maioria dos acidentes é resultado de mau planejamento e falta de preparo. Um acampante descuidado ou imprudente
prejudica não só a si mesmo, mas põe em risco o bem estar dos outros.
Há certos riscos ao acampar, mas com o planejamento adequado, podem ser reduzidos. Examine as seguintes dicas sobre
segurança ao ar livre:

b) Dicas de Segurança no Acampamento


Natação – sempre nade acompanhado. Se você tiver uma cãibra! Relaxe, mude os movimentos e volte para a margem.
Caminhadas – Sempre vá uma caminhada acompanhado e permaneça nas trilhas. Vista-se adequadamente e leve o
equipamento necessário.
Plantas Venenosas – Nunca coma plantas ou frutos que não lhe sejam familiares. Se acha que tiver tocado árvores, ervas ou
outras plantas venenosas, lave-se com água morna e um sabão bem forte. Não toque outras partes do seu corpo.
Insetos – evite roupas de cores fortes, perfumes, loções e alimentos doces expostos ao ar livre.
Primeiros socorros – saiba onde estão localizados os estojos de primeiros socorros e aprenda a usa-los.
Exposição ao calor – as vítimas de insolação ficarão com o rosto vermelho, febre alta e pele ressecada.
Cobras e outros animais – fique longe deles e eles ficarão longe de você! Verifique com os líderes
do acampamento se há cobras venenosas na região.

c) Notas sobre sobrevivência numa caminhada


a) Grupo
 Tamanho: menos de quatro é perigoso, acima de quinze é problemático.
 Verifique a forma e habilidade física de cada um, inclusive seus problemas de saúde.
 O líder deve ser:
o Organizador eficiente;
o Capaz de usar sua autoridade;
o Capaz de avaliar a competência da equipe e a adequação do equipamento para o percurso planejado;
o Consciente dos perigos e de como evita-los.
o Tem a última palavra em caso de perigo ou acidente.

b) Ritmo
 Deve apropriar-se ao mais lento;
 Coloque uma pessoa forte e com experiência na retaguarda;
 Dispersem-se quando estiverem entre a vegetaÇão densa;
 Observe de perto o nível de cansaço somente no fim do dia;
 Quando estiver andando nas estradas, fique à mão direita e em fila única.

c) Áreas Problemáticas
1) Navegação – assegure-se de que as informações sobre o percurso são confiáveis e atualizadas;
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 25
2) Cruzamento de rios – evite rios ou riachos nas cheias, mesmo os riachos podem subir seu nível
rapidamente – observe-os antes;
3) Montanhismo – Estude a subida e determine o percurso mais fácil;

3) Procedimento de Busca, Resgate e Primeiros Socorros


Antes de sair de casa
 Separe seu mapa e bússola
 Saiba usa-los
 Separe seu estojo de primeiros socorros.

Na viagem
O líder deve verificar constantemente o progresso do grupo. Ele deve freqüentemente recorrer ao mapa e ao
faze-lo deve verificar a direção seguida pelo grupo. Todos os membros devem saber o percurso planejado e estar
atentos aos marcos a cada espaço de tempo, caso seja necessário recapitular seu percurso. Cada grupo deve ter
no máximo três pessoas.

Não corra riscos


 Enchentes ou cheias – nunca arrisque sua vida em rios ou correntes. A água de enchentes é sempre bem
mais perigosa do que parece.
 Risco de Incêndio – tome cuidado com as fogueiras do acampamento e sempre as apague com água antes
de sair. Evite áreas onde haja arbustos queimando.
 Terrenos acidentados e ladeiras encostas/ barracos pedregosos – onde a escalada se torne tão difícil que
alguém possa cair, podendo ser grave, devem ser tomados caminhos mais conhecidos, ou a rota deve ser
evitada.

Quando em problemas
 Ferimentos graves – caso um membro de seu grupo seja gravemente ferido, mande buscar ajuda. É melhor
mandar duas pessoas com uma descriÇão escrita das condições do ferido, com detalhes incluindo
referências de sua localização no mapa (se possível) e outras informações relevantes.
 Se ficar perdido – sente-se e faça planos lógicos assim que perceber que está perdido. Não fique mais
perdido ainda persistindo em andar sem rumo. Ao usar um mapa e relembrar o espaço percorrido, decida
qual é o percurso melhor e mais seguro. A partir do momento em que se sentir inseguro quanto à sua
localização, marque o percurso que está fazendo quebrando galhos, e outros.
 Atraso na chegada de grupos – Se qualquer membro de seu grupo separar-se e perder-se, você deve
comunica-lo imediatamente ao serviço de busca e resgate.

Primeiros socorros do Excursionista com mochila

Incidente Sintomas Tratamento


Bolhas Vermelhidão e ardências locais Perfurar para sair o líquido, usar atadura. Solte as roupas,
acessórios, etc.
Frio Hipotermia Agasalhar, abrigar, colocar deitado c/ outros e dar bebida
quente e doce.
Afogamento Parada Respiratória Ressuscitar c/ respiração boca a boca. Fazer massagem
cardíaca, buscar ajuda médica imediatamente.

Desidratação Cãibras, suor excessivo Dar água fria com açúcar e sal (soro)
(calor) exaustão, desmaio e febre Caso a pessoa fique incosciente.

D – Criatividade e Desenvolvimento de Materiais


1 – Formas de aprendizagem dos desbravadores
Há um reconhecimento geral de que as pessoas aprendem de duas formas básicas: através da informação, e através
da experiência. O programa dos Desbravadores foi desenvolvido para incorporar ambas facetas da aprendizagem.

Processo de Percepção
Os educadores salientam que há duas diferenças principais na aprendizagem. A primeira é como compreendemos a
informação. A segunda, como a processamos.
Há vários princípios relacionados aos processos e mecanismos pelos quais a pessoa aprende.
1) Motivação
2) Prática
3) Experiência anteriores
4) Nível de maturidade
5) Atividade
6) Consolidação
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7) Transferência da Aprendizagem.

Características do Ensino Eficaz


1) Objetivo da Lição – para que uma lição seja proveitosa, tanto o professor quanto os desbravadores necessitam,
de forma geral, saber o que se espera que realizem.
2) Apresentação dos métodos de aprendizagem – para facilitar a aprendizagem devem ser apresentados novos
materiais, de forma coerente, seqüencial, ilustrada e aplicada de diversas formas.
3) Atmosfera de aprendizagem – a atitude e comportamento do professor pode ser efeito significativo nos tipos de
questões comportamentais que os desbravadores exigem e desenvolvem, ainda no clima do grupo de
aprendizagem.
4) Recursos de ensino – há, literalmente, centenas de recursos possíveis de ensino que, se inteligentemente
empregados, contribuirão para facilitar a aprendizagem.
5) Ser criativo – um dos aspectos mais importantes da aprendizagem é a criatividade.

2 – Desenvolvimento dos Recursos de Ensino para o Currículo dos Desbravadores


Os requisitos individuais das classes de desbravadores foram destinados para formar parte de um conjunto total de
informações e experiências destinadas a conduzir o desbravador ao desenvolvimento pleno de seu potencial. Cada requisito,
geralmente, permite uma variedade de métodos de ensino. Os Manuais das Classes traçam os requisitos, o objetivo especial
por detrás deles, e uma ou quatro maneiras de ensinar esses requisitos.
a) Tipos de recursos – há uma variedade de áreas nas quais pode-se encontrar os recursos de ensino.
 Pessoal – O pessoal é um dos mais valiosos “recursos”para o professor do clube de desbravadores. Muitas
pessoas escolhem uma profissão na qual se tornam especialistas e, muitas vezes, estão totalmente dispostas a
partilhar seus conhecimentos com os desbravadores. Médicos, engenheiros, enfermeiras, empresários podem e
devem ser usados para ajudar nos requisitos selecionados de ensino.

b) Fatores que afetam a escolha e uso dos materiais – há vários fatores que necessitasm ser considerados na escolha
de recursos para uma lição ou aula especial.
 O Local – O local onde seus desbravadores se reúnem normalmente terá que ser levado em conta na escolha dos
materiais. Se vocês re reúnem em salão grande poderão fazer mais uso de certos tipos de materiais do que se
vocês se reúnem em uma pequena sala lotada.
 Número de desbravadores – O número de desbravadores sob sua direção tem também um peso na determinação
na quantidade e estilos de recursos que você procura.
 Qualificações e Experiência – Se você foi designado como instrutor de uma classe, talvez sua escolha e seleção
de materiais tenderá a refletir sua própria experiência na área de ensino.

c) Organizando um Arquivo de Materiais – Uma vez que vocês, como instrutores da classe de desbravadores,
estejam a par da área que necessitam atender, poderão determinar um arquivo de materiais que pode ser
acrescentado à medida que se descobre algo novo.

3 – Como Desenvolver um Culto Criativo


No coração de cada cristão está um relacionamento – um relacionamento com Jesus Cristo. Este relacionamento
normalmente será expressado em algum tipo de louvor, muitas vezes associado com um grupo de pessoas que pensam sobre Jesus de
uma forma similar. É isso que normalmente chamamos culto.
Devido ao culto centralizar-se nas necessidades das pessoas, deve ser vivo e dinâmico. Os desbravadores aprenderão
a valorizar e a apreciar o louvor e a celebração, e todos os outros aspectos do culto, se puderem sentir que houve empenho por torna-
lo agradável e significativo.
Para tornar os cultos em momentos agradáveis tenha em mente dois fatores principais – atitude e criatividade.

1) Atitudes – É amplamente reconhecido que os jovens necessitam aprender algo mais além de fatos e habilidades.
Necessitam desenvolver atitudes desejáveis. Estas são fundamentais para as dinâmicas do comportamento. Elas determinam, em
grande medida, o que os jovens aprendem.

O desenvolvimento das atitudes positivas é uma preocupação fundamental para o instrutor por muitos motivos.
 Nenhum desbravador deve ser forçado a aprender o que quer que seja se não desejar faze-lo.
 Mesmo que os desbravadores aprendam a descobrir as coisas importantes, a primeira preocupação da aprendizagem
contínua é permitida quando eles não desenvolvem atitudes positivas.
 As escolhas vocacionais dependem, grandemente, das atitudes.
 A aplicação das idéias, em grande medida, dependem das atitudes positivas.
 As atitudes positivas serão favoráveis ao instrutor e ao clube como um todo.

Criatividade
De muitas formas, o culto oferece oportunidades ímpares de pensamento criativo e original.
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 27
a) Os desbravadores estejam ativamente participando nos conceitos de descoberta através do
pensamento reflexivo, da resolução do problema, da experimentação em novas experiências e da
análise.
b) Os desbravadores sejam encorajados a fazer perguntas, a discutir as diferenças nas opiniões, e propor
novas idéias que são diferentes das de seus colegas.
c) Os desbravadores sejam encorajados a dar motivos para as respostas, declarações, métodos e regas a
fim de que saibam “o por quê” e “o como” daquilo que fazem e crêem.
d) Estejam preparados com materiais, ilustrações e lições objetivas que reforcem a compreensão dos
desbravadores quanto a um conceito.
e) Demonstrem entusiasmo pelos membros de sua classe e por suas idéias diferentes.

4 – Desenvolver criatividade por meio das especialidades

CRIATIVIDADE
A criatividade não é um dom especial que só algumas pessoas possuem.
Você pode desenvolver sua criatividade se buscar continuamente a informação sobre tudo que o cerca, se tiver sensibilidade
para todas as coisas que acontecem à sua volta e curiosidade para descobrir o que se esconde nas aparências dos fatos, dos objetos, das
pessoas.
A inspiração do “click”, é o resultado final de muita leitura, observação e analise. A inspiração é o momento em que o
arquivo mental entra em ação e abre-se uma gaveta com uma grande idéia. Para que esta gaveta se abra, o arquivo tem que ser
abastecido.

COMO SER CRIATIVO


1. Faça anotações. Não saia sem papel ou lápis ou algo para escrever. Anote tudo, não confie na sua memória.
2. Armazene idéias. Coloque em cada pasta um assunto. Idéias para a casa, para aumentar sua eficiência no trabalho, para ganhar
dinheiro.
E vá aumentado este banco de dados através de leitura, viagens, conhecimento com novas pessoas, filmes, competições esportivas,
etc...
3. Observe e absorva. Observe tudo cuidadosamente. Aproveite o que você observa. E principalmente, observe tudo como se fosse a
última vez que você fosse ver.
4. Desenvolva uma forte curiosidade sobre pessoas, ciosas, lugares. Ao falar com outra pessoa faça com que ela se sinta importante.
5. Aprenda a escutar e a ouvir, tanto com os olhos quanto com os ouvidos. Perceba o que não foi dito.
6. Descubra novas fontes de idéias. Através de novas amizades, de novos livros, de assuntos diversos e até de artigos como este que
você está lendo
7. Mantendo sinal verde de sua mente sempre ligados, sempre aberto.
8. Construa GRANDES idéias a partir de pequenas idéias. Associe idéias. Combine. Adapte. Modifique. Aumente. Diminua.
Substitua. Reorganize-as. E finalmente, inverta as idéias que você tem.
9. Evite coisas que enfraqueçam o cérebro: barulho, fadiga, negativismo, dietas desequilibradas, excessos em geral.
10. Aprenda a fazer perguntas que desenvolvam o seu cérebro: Quem, Quando, O quê, Porquê, Qual, Como.
11. Coloque as idéias em ação. Lembre-se de que uma idéia razoável colocada em ação é muito melhor que uma grande idéia
arquivada.
12. Use o seu tempo ocioso com sabedoria. Lembre-se de que na maior parte das grandes idéias, os grandes livros, as grandes
composições musicais, as grandes invenções foram criadas no tempo ocioso de seus criadores.

FASES DO PROCESSO CRIATIVO


1. Preparação
É a fase de coleta e manipulação do maior número de dados e elementos pertinentes a um problema. Ler, anotar, discutir,
colecionar, consultar, rabiscar, cultivar sua concentração no assunto.
2. Incubação
É quando o inconsciente entra em ação e, desimpedido pelo intelecto, elabora as inesperadas conexões que constituem a
essência da criação.
3. Iluminação
O momento da gênese da idéias, a iluminação ou síntese ocorre para o homem criativo em incubação nos momentos mais
inesperados.
4. Ventilação
Nesta fase, o intelecto termina a obra que a imaginação iniciou. O criador analisa, julga e testa sua idéia para avaliar sua
adequação.

A CRIATIVIDADE E O CLUBE DE DESBRAVADORES


1. O mundo atual vive de dinheiro e tecnologia;
2. Não temos dinheiro nem tecnologia; precisamos usar de grande cria atividade para tornar o programa do clube
atrativo;
3. A criatividade no clube não deve ser apenas uma receita para o sucesso ou uma prática da diretoria. Deve ser um ideal de vida e
desenvolvimento a ser alcançado pelo desbravador;
4. Temos muitas mentes criadoras em nossas mãos, e o seu sucesso em parte depende de nós.
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 28
PENSAMENTOS
“As pessoas que vencem neste mundo são as que procuram as circunstâncias de que precisam e, quando, não as encontram, as criam.”
(Bermard Shaw - Filósofo)
“Minhas invenções são fruto de 1% de inspiração e 99% de transpiração.”
(Thomas Edison - Inventor)
“As mentes são como os pára-quedas: só funcionam se estiverem abertas.”
(Ruth Noller - Pesquisadora da
Universidade de Buffalo)
“As boas idéias vêm do inconsciente. Para que uma idéia seja relevante o inconsciente precisa estar bem informado.”
(David Ogilvy - Publicitário)
Dicas de Criatividade
Estamos vivendo num mundo onde o ser humano esta sendo posto à prova dia-a-dia sempre buscando o melhor do individuo; pois
esse mundo cobra novas idéias e novos métodos de trabalho a todo instante. Em um mundo como esse e imperativo ter criatividade .
Todas essas idéias, métodos, conceitos, novidades são frutos de mentes criativas, de homem e mulheres que se colocam em campo
com o objetivo de inovar. Se nós queremos acompanhar esse trilho precisamos aprender a ser criativo.

Criativo?EU...
Ser criativo é algo extraordinário, é algo que todo mundo quer ser e que quase todo mundo é. A diferença è que algumas pessoas usam
e desenvolvem mais a criatividade do que outras, mas todos nós podemos viver nosso cotidiano com mais idéias criativas e usá-las
para resolver nossos problemas em todas as áreas. Para o nosso trabalho com as crianças[ AVENTUREIROS, DESBRAVADORES E
LIDERES ]nós precisamos ser muito mais do que criativos. Esse é nosso desafio a partir de agora. Você conhece um jeito bem
criativo de fazer isso? Então vamos em frente!

O QUE É CRIATIVIDADE

Criativo: adjetivo, criador, que lhe delineara a faculdade criativa.


Criar: Tirar do nada; dar existência a; dar principio a; inventar, imaginar, suscitar, estabelecer, fundar; fazer aparecer.
Criatividade: qualidade de criador; aquele que tem imaginação criativa.

Então criatividade é algo que torna alguém capaz de criar, de inovar. Ser criativo é conseguir tirar de onde não se espera algo novo.
Porém para nos a criatividade será descoberta e descobrir consiste em olhar para o que todo mundo esta vendo e pensar uma coisa
diferente. Portanto, se quiser ser mais criativo, olhe para o que os outros vêem e pense uma coisa diferente.
O homem não é a criatura das circunstâncias; as circunstâncias é que são criaturas do homem.

Vamos começar?

Já vimos a criatividade de uma forma global, seu significado,seu valor e agora vamos começar a compreender e utilizar os processos
criativos com a maior eficiência possível.
Vamos aprender como erguer nossa trilha da criatividade . Pois precisamos pensa em coisas diferentes com mais freqüência. Existem
duas razões fundamentais para isso . A primeira é que não é preciso ser criativo para fazer boa parte do que fazemos. Por exemplo:
não precisamos ser criativos quando fazemos as tarefas do dia-a-dia .As mesmas estão num plano de “ROTINAS ‘‘ que facilita a vida
, vamos parar para pensa # o que seria a vida sem as rotinas por exemplo não amarrar o cordão do sapato. Permanecer nos trilhos do
pensamento de rotina possibilita que a gente faça o que tem de fazer sem pensa”.
Em certas ocasiões porem você precisa se criativo e gera novo meio para atingir os seus objetivos . Nessas situações ate mesmo as
coisas em que você acredita podem funcionar como impedimento . E aqui chegamos á segunda razão por que não pensamos em coisas
diferentes com mais freqüência . È que a maioria de nos tem uma postura que bloqueia o pensamento criativo e os mantém pensando
mais no mesmo .Tais atitudes são necessárias para quase tudo que fazemos mas representam entraves quando tentamos ser criativos.
Vamos chamar estas posturas de bloqueios mentais e vamos listar dez .Nosso trabalho será vencer estes bloqueios que se seguem :

1. A RESPOSTA CERTA;
2. ISSO NÃO TEM LÓGICA;
3. SIGA AS NORMAS;
4. SEJA PRATICO;
5. EVITE AMBIGUIDADES;
6. É PROIBIDO ERRAR;
7. BRINCAR É FALTA DE SERIEDADE
8. ISSO NÃO E DA MINHA ÁERA ;
9. NÃO SEJA BOBO;
10. EU NÃO SOU CRIATIVO.

Precisamos desaprender, precisamos nos deseducar,esquecer tudo o que sabemos por algum tempo para que possamos ser
criativos. Sem a capacidade de esquecer temporariamente o que a gente sabe , a cabeça fica atravancada com respostas prontas e
nunca se tem a oportunidade de formular as perguntas que saem do caminho usual para novas direções . Como as atitudes que criam
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 29
bloqueios mentais foram todas aprendidas uma chave para abrir esses cadeado sé desaprender temporariamente uma por uma- ou
seja esvaziar nossa mente.
As pessoas desenvolvem com freqüência convicções limitadoras sobre que são ,e do que são capazes. Porque não conseguiram no
passado , acreditam que também não conseguirão no futuro em decorrência por medo da dor ,passam a focalizar constantemente
que são “realistas”.
A técnica parece simples mas às vezes é difícil de aplicar . Geralmente esses bloqueios estão de tais maneiros integrados no
pensamento e no comportamento
que nem sequer percebemos como somos guiados por eles .

1- A R C
Se alguém pensar que só existe uma resposta correta e obvio que vai parar de procurar outras e, portanto , só vai encontrar
uma.
Dica n1 – um bom jeito de ser criativo e procurar a segunda resposta certa.Existe várias maneiras de procurar exposta , mas
o mais importante e procurar.
Dica n2 –as reposta que você encontra dependem das perguntas que faz brinque com a formulação das perguntas para obter
respostas diferentes .

2-I N T L
A lógica e um importante instrumento de criação .Seu uso e especialmente adequado na fase pratica do processo criativo ,
quando você esta avaliando as idéias e se preparando para coloca-las em pratica.
Dica n3 –para ter mais e melhores idéias usem uma boa dose de pensamento difuso
Dica n4-use metáforas
Dica n5- saia a procura de metáforas

3- S A N
O pensamento criativo não e só construtivo. Pode ser destrutivo também.Lembre-se :violaras normas não leva
necessariamente as idéias criativas, mais o caminho e esse .
Dica n6- Vista a camisa de revolucionário e conteste as normas
Dica n7- Evite se apaixonar pelas idéias
Dica n8- Realize uma limpeza de normas. Detectar e eliminar normas que não servem mais pode ser divertido.

4- S P
O Mundo e feito por gente pratica que sabe como ouvir sua imaginação e construir a partir das idéias encontradas.
IV. Dica n9- Pergunte “e se’’ e use as respostas inteligentes que obtiver como de apoio para novas idéias “.
Dica n10- Cultive a imaginação

5- E A
Todos nos aprendemos a ‘’evitar ambigüidades’’ por causa dos problemas de comunicação que elas podem provocar .Isso e
valido em situações práticas quando as conseqüências de um mal –entendido seriam graves.
Dica n11- tire vantagem da ambigüidade que existe no mundo
Dica n12 –cultive suas fontes de ambigüidade
Dica n13- procure usar o humor para colocar a si mesmo ou ao seu grupo em estado de espírito criativo.
Dica n14- faça para si mesmo uma descrição ambígua de trabalho a ser executado. Pense em três modos diferentes de
interpretar o que escreveu.

6–EPE
Há ocasiões em que não se pode errar, mas que fase onde germinam as idéias do processo de criação não e uma delas. Os
erros são um sinal de que estamos saindo dos trilhos habituais . Se não erramos de vez enquanto, e indicio de que não
estamos sendo muito inovadores.
Dica n15- se cometer um erro ,trate de usa-lo como ponto de apoio para uma nova idéia que sem isso você não descobriria.
Dica n16- fortaleça seu ‘’ músculo de risco ‘’ .todo mundo tem um mas necessário exercita-lo para não se atrofie.Faça
empenho em errar pelo menos uma vez a cada 24 horas
Dica n17- Lembre-sede duas vantagens que decorremos erros a primeira e que quando falha você descobre o que não
funciona. A segunda e que o fracasso lhe da a oportunidade de tentar uma nova abordagem.

7- B F S
Se a necessidade e a mãe da invenção , o divertimento e pai . Use o último para tornar sua mente fértil em pensamentos .
Dica n18 – da próxima vez que tiver um problema , brinque com ele.
Dica n19 – se não tiver nenhum problema para resolver ,aproveite o tempo bricando .você pode achar idéias novas
Dica n20 – faça do seu local de trabalho um espaço divertido

8- I N D M A
A especialização e um fato da vida. Para funcionar no mundo você tem de restringir o foco e limitar seu campo de visão
Quando esta procurando gerar novas idéias porem essa maneira de manipular a informação pode ser limitativa ela não só
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 30
força você a delimitar o problema numa bitola estreita como também impede a busca de idéias em outras áreas .Um
conselho :Prestem atenção as idéias novas e interessantes que os outros usaram com sucesso e façam disso um hábito .
Dica n21 – desenvolva a atitude de caçador ,a certeza de que existem idéias esperando para ser descobertas onde quer que
você vá
Dica n22 – cultive diferentes tipos de territórios de caça.Quanto mais amplo e diversificado for seu conhecimento mais áreas
terá onde caçar.
Dica n23 –procure analogias nas situações, geralmente problemas semelhantes aos seus foram resolvidos em outras áreas.
Dica n24 – Quando ‘’capturar ‘’ uma idéia não deixe de tomar nota dela por escrito

9- N S B
Niels Bohr disse certa vez, ‘’Existem coisas tão serias que você é obrigado a rir delas’’.Tem gente que seliga de tal maneira
ás suas idéias que chega a coloca-las num pedestal E difícil ser objetivo quando se investiu muito do próprio ego em uma
idéia .
Dica n25- desligue seu ‘’detector de tolices’’ de vez quando , brinque de bobo e veja as idéias loucas que você consegue
bolar.
Dica n26- observe para ver se você ou aos outros estão sendo conformistas ou se estão reprimindo o bobo .
Dica n27- que a farsa esteja consigo.

10- E N S C
Ações diferentes produzem resultados diferentes. POR QUE ? Porque toda ação é uma causa desencadeada, e sue efeito se
soma a efeitos passados para nos levar numa direção definida .E todo movimento conduz a um fim o nosso desenvolvimento.
Dica n28- Esperem ! Esperem ! Escutem-me ! ...
Não temos que ser so Desbravadores,Aventureiros e Lideres
O que você é ?
Dica n29- não é suficiente ter uma boa mente ; o principal é usá-la bem .
Dica n30- pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei ,e abrir-se-vos-á .
Dica 31- a repetição é a mãe da perfeição.
Dica 32- você precisa assumir um estado de determinação para alcançar o êxito.

Para ser criativo segundo Roger Oech, podemos viver quatro papéis que nos ajuda a trilhar o sucesso da criatividade sempre
tendo em mente que nada poderá ser feito antes que encontre a chave dos bloqueios mentais .

Então ,para ser criativo:


Ao sair em busca de novas informações, seja um EXPLORADOR.
Ao transformar dados em idéias novas,seja um ARTISTA.
Ao ponderar sobre uma idéia,seja um JUIZ .
Ao colocar sua idéia em prática,seja um GUERREIRO.

#EXPLORADOR- o personagem que coleta informações.

1- Identifique seu objetivo


Você precisa saber o que esta procurando para poder encontrar. Ou seja , a questão é você definiu o
que esta procurando?
2- Procure idéias aos montes
A melhor maneira de ter uma boa idéia é ter um monte de idéias As chances de solucionar um
problema com uma única idéia são mínimas e serão tanto maiores quanto mais idéias você tiver.
3- Mude a sintonia
Fique atento a diferentes tipos de informação De repente, pode seguir um padrão, modelo ouy crotério que
pode passar despercebido.
4- Não subestime o óbvio
Algumas vezes as idéias mais úteis estão bem diante de nos Como notou o explorador Scott Love certa
vez ; ‘’Só o mais tolo dos ratos se esconderia na orelha de um gato ,Mas só o gato mais esperto se lembraria de procurá-lo
lá’’
Pergunte a si mesmo : que recursos existem bem diante de mim?
5- Use obstáculos para sair da rotina
Programe ‘’quebrar’’ na sua rotina ;mude o horário de
trabalho, faça outro percurso para chega ao trabalho ,
cultive novas amizades ,experimente uma receita
diferente .

# ARTISTA – O personagem que transforma informações em novas idéias

1- Imagine
Lembra-se do ‘’E SE..?’’ Existem muitas perguntas deste tipo com as quais vai questionar suas idéias
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 31
2- Inverta olhe o avesso das coisas
Olhe para o lado oposto ,procure o avesso das coisas Descobrira coisas nunca antes vista
3- Compare faça uma metáfora
Compare.Crie uma metáfora para sua idéia Que semelhança ela tem com a música, a medicina , a
guerra? E com a jardinagem, as viagens, o namoro.
4- Parodie
Brinque com sua idéia Desligue a tecla do autocontrole e seja irreverente
A que ponto você consegue bancar o bobo?

#JUIZ- O personagem que avalia e decide sobre os destinos de uma idéia.

Objetivo : para que serve esta idéia ?


Prós : o que relatam de interessante e valido?
Contras :quais são suas desvantagens?
Probabilidade : quais as chances de êxito ?
Revertério: se falhar, o que se pode aproveitar?
Maturidade: o momento e adequado para lançá-la?
Prazo:de que tempo disponho para decidir?
Vieses:de que pressupostos estão partindo?
Atualidade: os pressupostos ainda são válidos?
Ponto cego: que pressuposto utilizo sem perceber, inconscientemente?
Arrogância: já obtive sucesso com idéias semelhantes?Em caso positivo , o êxito anterior poderia me impedir de ver os
limites de idéia atual?
Humor: o que o bobo da corte teria a dizer?
Veredicto: qual é minha sentença?

# GUERREIRO – O personagem que põe idéias em prática

O GRITO DE GUERRA DO GUERREIRO.


Seja ousado
Trace um plano
Arme-se com um coração de leão
Vá em frente
Capitalize seus recursos
Afie sua espada
Reforce seu escudo
Saiba o que está vendendo
Force a passagem
Use bem sua energia
Levante-se quando for derrubado
Saboreie as vitórias e aprenda com as derrotas

Lembre-se de que a chave para o sucesso é desenvolver um senso de certeza__ o tipo de convicção que lhe permite se
expandir como pessoa , e assumir a ação necessária para tornar ainda melhor a sua vida, e a de pessoas ao seu redor. Você
pode acreditar hoje que alguma coisas é verdade ,mas precisa se lembrar que, á medida que os anos passam e vamos
crescendo ,estará exposto a novas experiências.E podemos desenvolver convicções ainda mais fortalecedoras,
abandonando coisas sobre as quais outrora tínhamos certeza.Compreenda que suas convicções podem mudar ,á medida que
adquire referências novas,no caso da criatividade isso é mais do que real não esqueça o que foi feito ,não coloque tudo que
aprendeu no pedestal do conformismo do eu já sabia , faça acontecer sai do casulo do tempo de espera .

Claudio Aguiar Da Silva .


SUB – COD-CLB DE LIDERES.

E – Evangelismo infantil e jovem


1 – Formas de Aprendizagem dos Desbravadores
O objetivo desta seção é levar o você a compreender o papel do evangelismo infantil e jovem. Promover o
desenvolvimento da filosofia ao explicar que o desbravadorismo necessita ser de natureza evangelística.

1- Evangelismo Jovem
a) Definição e alvo
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 32
b) Objetivo
c) Comissão evangélica

2- Doutrina dos Dons Espirituais


a) Estudo bíblico dos dons espirituais
b) Reconhecimento e exploração dos dons espirituais de cada desbravador.
c) Estimular a cada desbravador desenvolver novos dons espirituais

3- Evangelismo jovem no Clube de Desbravadores


a) Evangelismo pelo Clube
b) Evangelismo pela Unidade
c) Evangelismo pessoal

4- Tipos de ação missionária


a) Voz da Mocidade
b) Serviço comunitário
c) Testemunho pessoal
d) Atividades de ação missionária
e) Acampamento de um dia

5- Materiais e Recursos

II. ESTATÍSTICA
Igrejas com clube e sociedade J.A.
 90 % permanecem na igreja
Igrejas com clube e sem sociedade J.A.
 70% permanecem na igreja
Igrejas sem clube e sem sociedade J.A.
 20% permanecem na igreja
Clube é Evangelismo e conservação

III. TIPOS DE ALCANCE


Desbravador
Ano Bíblico
Clube do livro
Atividades espirituais das classes
Especialidades que envolvam atividades espirituais
Incentivo da freqüência e participação nas programações da Igreja
Classe Bíblica

Unidade
Atividades de Sábado a tarde
Cantinho da unidade / Culto da unidade
Momentos de testemunho e oração
Incentivar atividades em casa com a família
A voz do juvenil
Olimpíada Bíblica

Família
 Seminário para pais
 Visitas da liderança aos pais
 Envio de literatura
Autoridades
 Homenagem a autoridades
 Guarda a bandeira
Comunidade
 Serviços voluntários em instituições carentes
 Adoção de uma praça ou rua
 Campanhas de arrecadação para instituições
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 Campanha da vacinação
 Projeto sementinha
Vizinhos
 Projeto “Boa Ação do Dia”
 Projeto “Boa Vizinhança”
 Ligações Telefônicas “Jesus Ama Você”
 Escola Cristã de Férias
 Acampamento diurno
Escola
 Palestras sobre assuntos especiais
 Exposições especiais
Carentes
 Visitas a asilos, creches, hospitais e presídios
 Adoção de um idoso
 Flores e cartões para enfermos
 Projeto Bálsamo
Igreja
 Escola Cristã de Férias
 Distribuição de folhetos e convites
 envolvimento em atividades especiais
 Evangelismo datas especiais
 Semana Santa
 Seminário do Apocalipse
 “A voz do Juvenil”
 Arrastão na Igreja
IV. MATERIAIS DISPONÍVEIS
a. Capelão do clube
b. Interesse pessoal
c. Exemplo de vida
d. Bíblia do Desbravador
e. “Amigos do Coração”
f. Vídeos com estudos Bíblicos
g. Vestibular Bíblico

MATERIAIS DE APOIO AO LÍDER

HISTÓRIA DA IGREJA ADVENTISTA NO BRASIL

Igreja Adventista do Sétimo Dia (o nome adventista é uma referência à sua crença no advento, segunda vinda de Jesus), surgiu entre
as décadas de 1850 e 1860 concomitantemente nos Estados Unidos e na Europa.

O padre Jesuíta chileno Manuel Lacunza que nasceu em 1731, escreveu um livro singular – La Venida Del Mesias em Gloria
y Majestad. Conhecido desde 1785, o livro do padre Jesuíta foi impresso em 1812. Esta publicação agitou os meios religiosos, e foi
precursora do movimento Adventista dos que crêem na segunda vinda de Jesus.
No início do século passado, no seio das igrejas evangélicas, o movimento alastrou-se, tendo como foco o advento, ou o
retorno pessoal de Jesus.
Daí surgiu a palavra Adventista, caracterizando uma das crenças fundamentais da Igreja.
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 34
Dentro deste movimento, uma atenção especial foi dada ao estudo da Bíblia, tanto do Novo como do Velho Testamento.
Surgiu também a compreensão do dia do repouso Bíblico de acordo com Êxodo 20, bem o relato do Velho Testamento e
confirmado por nosso Senhor Jesus Cristo no Novo Testamento. A observância do quarto mandamento da Lei de Deus como uma
homenagem semanal ao Criador e ao Salvador que vai voltar a terra, caracterizou também a nova igreja que surgia na metade do
século passado tomando forma legal em 1863, nos Estados Unidos.
No Brasil, a mensagem Adventista chegou através de impressos que ingressaram nas colônias de imigrantes alemães e
austríacos, nos estados de Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo.
Um livro bem conhecido, “Der Grosse Kampt”(O grande Conflito), em alemão, chegou às mãos do jovem Guillerme Stein Jr,
na época noivo de Maria Krahembuhl.
Este livro descreve a história universal sob o enfoque religioso e bíblico, dando, além do vislumbre do passado, uma projeção
quanto ao futuro, em termos proféticos, tendo como base especialmente os livros de Daniel e Apocalipse.
Após sua leitura, este jovem resolveu unir-se à Igreja Adventista do Sétimo Dia, e foi batizado no Brasil, em 1895, nas
proximidades de Piracicaba, estado de S. Paulo.
Nesta ocasião outros batismos também ocorreram em Santa Catarina entre as pessoas batizadas estava Guillerme Belz .
Guilherme Belz nasceu na Pomerânia, Alemanha, em 1835. Veio para o Brasil e estabeleceu-se na região de Braunchweig
(hoje Gaspar Alto), a cerca de 18 quilômetros de Brusque. Certa ocasião, ao voltar das compras na Vila de Brusque, notou algo de
especial nos papéis envolvidos nas mercadorias. O papel de embrulho trazia um texto escrito em alemão. A leitura do impresso deixou
Belz pensativo por várias semanas, até que, ao visitar o irmão Carl, descobriu que este havia comprado um livro do alcoólatra
Frederich Dressler - livro que "coincidentemente" tratava, dentre outras coisas, do mesmo assunto do folheto. O livro era o
Comentário Sobre o Livro de Daniel, de Urias Smith e também estava escrito em alemão.
Nascido em família cristã Guilherme tinha o hábito de ler a Bíblia. Depois de pesquisar profundamente a Palavra de Deus aos
cinqüenta e quatro anos Guilherme decide-se pela fé Adventista e se torna uns dos primeiros a ser batizado no Brasil. Belz e sua
família tornaram-se missionários voluntários na região onde moravam, no interior de Santa Catarina. Pouco tempo depois, algumas
famílias já se reuniam para estudar a Bíblia.
Em maio de 1893, por designação da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o missionário Albert B. Stauffer
chegou ao Brasil. Juntamente com outros missionários, Stauffer espalhou a literatura adventista em Indaiatuba, Rio Claro, Piracicaba
e outras localidades. Assim, os primeiros interessados na mensagem Adventista, em São Paulo, foram surgindo, o mesmo crescimento
aconteceu no Estado do Espírito Santo, onde Stauffer espalhou vários exemplares do livro O Grande Conflito, da escritora Ellen
White.
Os adventistas que viviam em São Paulo e no Espírito Santo, estavam totalmente alheios a existência dos irmãos de Santa
Catarina que há alguns anos professavam a mesma fé.
Em agosto de 1894, chegou ao Brasil outro missionário adventista: Willian Henry Thurston. Willian, acompanhado da esposa
Florence, veio dos Estados Unidos com a missão de estabelecer um entreposto de livros denominacionais no Rio de Janeiro, para
atender aos missionários no Brasil. Thurston trouxe duas grandes caixas de livros e revistas impressos em inglês, alemão e pouca
coisa em espanhol. Na época, não havia nada publicado em português, pois a Casa Publicadora Brasileira só iniciaria suas atividades a
partir de 1900.
Para chegar ao seu destino, muitos impressos eram despachados nos navios, outros nos barcos fluviais a vapor (ou mesmo a
remo), outros ainda em carros de boi, em lombo de burro e, às vezes, em alguns lugares, nas costas dos missionários.
Em 1896 o casal Stein começa a trabalhar no Colégio Internacional de Curitiba, Paraná, a primeira instituição educacional Adventista
do Brasil.

Desenvolvimento Cronológico Resumido da Igreja Adventista no Brasil:


1884 - O pacote contendo dez revistas Arauto da Verdade, em alemão, chega a Brusque, SC.
1890 - Surgem os primeiros seguidores da fé Adventista no Brasil.
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 35
1893 - Albert B. Stauffer, primeiro missionário enviado ao Brasil pela Liderança Mundial da Igreja Adventista, chega em São
Paulo.
1894 - (1) Albert Bachmeier encontra Adventistas em Brusque e em Gaspar Alto;
(2) W. H. Thurston chega ao Rio de janeiro com dois caixotes de livros, estabelecendo naquela cidade um depósito de livros.
1895 - (1) Pastor Frank H. Westphal chega ao Rio de janeiro em fevereiro. Acompanhado por Albert Stauffer, inicia uma viagem
realizando batismos em São Paulo e terminando com a cerimônia batismal de Gaspar Alto, em junho;
(2) Em oito de junho de 1895, a primeira igreja adventista do Brasil é estabelecida com a inauguração de seu templo na cidade de
Gaspar Alto, Santa Catarina;
(3) No mês de julho, os irmãos Berger chegam ao Brasil para colportar;
(4) Pastor H. F. Graf chega ao Brasil em agosto e, em dezembro, realiza o batismo em Santa Maria do Jetibá, no Espírito Santo;
(5) É criada a Missão Brasileira da Igreja Adventista.
1896 - (1) Pastor Spies chega ao Brasil e batiza 19 pessoas em Teófilo Otoni, Minas Gerais; (2) Em julho começa a funcionar o
Colégio Internacional de Curitiba, PR, a primeira escola particular adventista.
No ano 2000, a Igreja Adventista do Sétimo Dia é uma comunidade mundial. Ela reúne mais 11 milhões de membros e, outros
milhões, que a consideram seu lar espiritual.

DINÂMICAS
01- A PALAVRA DE DEUS QUE TRANSFORMA

Objetivo: Fazer o grupo refletir de que forma assimilamos a PALAVRA DE DEUS em nossas vidas.
Material: uma bolinha de isopor, um giz, um vidrinho de remédio vazio, uma esponja e uma vasilha com água.

Descrição:

Primeiro se explica que a água é a palavra de Deus e que o objeto somos nós, depois se coloca a água na vasilha, e alguém mergulha o
isopor, após ver o que ocorre com o isopor, mergulhar o giz, depois a vidro de remédio e por último a esponja. Explicar que a água é a
Palavra de Deus e os objetos somos nós. Dê um objeto para cada pessoa.

Colocar 1º a bolinha de isopor na água. Refletir: o isopor não afunda e nem absorve a água. Como nós absorvemos a Palavra de Deus?
Somos também impermeáveis?

Mergulhar o giz na água. Refletir: o giz retém a água só para si, sem repartir. E nós?

Encher de água o vidrinho de remédio. Despejar toda a água que ele se encheu. Refletir: o vidrinho tinha água só para passar para os
outros, mas sem guardar nada para si mesmo. E nós ?

Mergulhar a esponja e espremer a água. Refletir: a esponja absorve bem a água e mesmo espremendo ela continua molhada.

Iluminação Bíblica: Is 40,8 ; Mt 7,24 ; 2Tm 3,16


02- A TROCA DE UM SEGREDO

Participantes: 15 a 30 pessoas
Tempo Estimado: 45 min.
Modalidade: Problemas Pessoais.
Objetivo: Fortalecer o espírito de amizade entre os membros do grupo.
Material: Lápis e papel para os integrantes.
Descrição: O coordenador distribui um pedaço de papel e um lápis para cada integrante que deverá escrever algum problema,
angústia ou dificuldade por que está passando e não consegue expressar oralmente. Deve-se recomendar que os papéis não sejam
identificados a não ser que o integrante assim desejar. Os papéis devem ser dobrados de modo semelhante e colocados em um
recipiente no centro do grupo. O coordenador distribui os papéis aleatoriamente entre os integrantes. Neste ponto, cada integrante
deve analisar o problema recebido como se fosse seu e procurar definir qual seria a sua solução para o mesmo. Após certo intervalo de
tempo, definido pelo coordenador, cada integrante deve explicar para o grupo em primeira pessoa o problema recebido e solução que
seria utilizada para o mesmo. Esta etapa deve ser realizada com bastante seriedade não sendo admitidos quaisquer comentários ou
perguntas. Em seguida é aberto o debate com relação aos problemas colocados e as soluções apresentadas.
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 36
Possíveis questionamentos:
- Como você se sentiu ao descrever o problema?
- Como se sentiu ao explicar o problema de um outro?
- Como se sentiu quando o seu problema foi relatado por outro?
- No seu entender, o outro compreendeu seu problema?
- Conseguiu pôr-se na sua situação?
- Você sentiu que compreendeu o problema da outra pessoa?
- Como você se sentiu em relação aos outros membros do grupo?
- Mudaram seus sentimentos em relação aos outros, como conseqüência da dinâmica?
03- AFETO

Participantes: 7 a 30 pessoas
Tempo Estimado: 20 minutos
Modalidade: Demonstração de Afeto.
Objetivo: Exercitar manifestações de carinho e afeto.
Material: Um bichinho de pelúcia.
Descrição: Após explicar o objetivo, o coordenador pede para que todos formem um círculo e passa entre eles o bichinho de pelúcia,
ao qual cada integrante deve demonstrar concretamente seu sentimento (carinho, afago, etc.). Deve-se ficar atento a manifestações
verbais dos integrantes. Após a experiência, os integrantes são convidados a fazer o mesmo gesto de carinho no integrante da direita.
Por último, deve-se debater sobre as reações dos integrantes com relação a sentimentos de carinho, medo e inibição que tiveram.
04- VARINHAS QUE NÃO QUEBRAM

Material: Um feixe de 16 varinhas (pode-se usar palitos de churrasco)


Utilidade pastoral: União do grupo. A fé como força que pode agregar, unir e dar resistência às pessoas.

1. Pedir que um dos participantes pegue uma das varinhas e a quebre. (o que fará facilmente).
2. Pedir que outro participante quebre cinco varinhas juntas num só feixe (será um pouco mais difícil).
3. Pedir que outro participante, quebre todas as varinhas que restaram, se não conseguir, poderá chamar uma outra pessoa para ajudá-
lo.
4. Pedir que todos os participantes falem sobre o que observaram e concluíram.
5. Terminar com uma reflexão sobre a importância de estarmos unidos.
05- DINÂMICA DA BALA

Participantes: 7 a 15 pessoas
Tempo Estimado: 30 minutos
Modalidade: Avaliação dos Integrantes.
Objetivo: Abordar pontos positivos e negativos individuais dos integrantes do grupo.
Material: Balas de cereja (com sabor azedo) e bombons na proporção de uma de cada tipo para cada integrante do grupo.
Observações: Nada impede que o número de balas e bombons seja aumentado ou que os mesmos sejam novamente utilizados durante
a dinâmica, opção do coordenador. Esta dinâmica é mais indicada para grupos homogêneos em termos de laços de amizade.
Descrição: O coordenador deve distribuir as balas e bombons para os integrantes do grupo. Cada integrante deve distribuí-los do
seguinte modo:
- O bombom é dado a uma pessoa que tenha feito algo positivo que tenha chamado a atenção do integrante.
- A bala azeda é dado a uma pessoa que tenha agido de maneira que tenha entristecido a pessoa que deu a bala ou alguma outra
pessoa.
A distribuição não deve apresentar nenhuma ordem em especial, sendo totalmente espontânea. Uma bala ou bombom pode ser dado a
alguém que já tenha recebido outra do mesmo tipo. Os integrantes podem dar balas ou bombons para si próprios. A apresentação
correspondente às balas azedas deve ser feita com sinceridade, mas também com muita sensibilidade para que a pessoa, sem ser
ofendida, possa rever algumas de suas ações.
06- SEMEANDO A AMIZADE

Participantes: 7 a 15 pessoas
Tempo Estimado: 30 minutos
Modalidade: Amizade.
Objetivo: Lançar boas semente aos amigos.
Material: Três vasos, espinhos, pedras, flores e grãos de feijão.
Descrição: Antes da execução da dinâmica, deve-se realizar a leitura do Evangelho de São Mateus, capítulo 13, versículos de 1 a 9.
Os espinhos, as pedras e as flores devem estar colocados cada qual em um vaso diferente. Os vasos devem estar colocados em um
local visível a todos os integrantes. Nesta dinâmica, cada vaso representa um coração, enquanto que grãos de feijão, representam as
sementes descritas na leitura preliminar. Então, cada integrante deve semear um vaso, que simboliza uma pessoa que deseje ajudar,
devendo explicar o porquê de sua decisão. Pode-se definir que as pessoas citadas sejam outros integrantes ou qualquer pessoa. Além
disso, se o tempo permitir, pode-se utilizar mais que uma semente por integrante.
07- PRESENTE DE AMIGO
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 37
Participantes: 10 a 30 pessoas
Tempo Estimado: 30 minutos
Modalidade: Avaliação dos Integrantes
Objetivo: Enaltecer qualidades dos integrantes do grupo.
Material: Lápis e papel para os integrantes
Descrição: O coordenador divide o grupo em subgrupos de quatro a seis integrantes e, em seguida, expõe o seguinte: "Muitas vezes
apreciamos mais um presente pequeno do que um grande. Muitas vezes ficamos preocupados por não sermos capazes de realizar
coisas grandes e negligenciamos de fazer coisas menores, embora de grande significado. Na experiência que segue, seremos capazes
de dar um pequeno presente de alegria para alguns integrantes do grupo." Prosseguindo, o coordenador convida os integrantes para
que escrevam mensagens para todos os integrantes de seu subgrupo. As mensagens devem ser da seguinte forma:
- Provocar sentimentos positivos no destinatário com relação a si mesmo;
- Ser mais específicas, descrevendo detalhes próprios da pessoa ao invés de características muito genéricas;
- Indicar os pontos positivos da pessoa dentro do contexto do grupo;
- Ser na primeira pessoa;
- Ser sinceras;
- Podem ser ou não assinadas, de acordo com a vontade do remetente.
As mensagens são dobradas e o nome do destinatário é colocado do lado de fora. Então elas são recolhidas e entregues aos
destinatários. Depois que todos tiverem lido as mensagens, segue-se à conclusão da dinâmica com um debate sobre as reações dos
integrantes

CLUBE DO LIVRO
O Clube do Livro JA foi criado para prover leitura edificante para as crianças e jovens adventistas. É de suma importância ensinar-
lhes o hábito da boa leitura, em contraposição ao hábito de ver televisão.

Especialistas no assunto indicam que atualmente há milhões de juvenis e jovens no mundo inteiro que perderam interesse pela leitura
de livros porque acham mais cômodo e prático o entretenimento televisivo que leva a uma vida de indolência e escapismo.

Cada dia há mais consciência dos efeitos nocivos da televisão na formação das novas gerações. Este sistema reflete e projeta no
subconsciente das pessoas a imagem irreal de personagens estereotipadas, modelos humanos perfeitos, combinação de homens com
máquinas e fantasias urbanas. O interminável drama da violência, crime e imoralidade é apresentado como digno de imitação.

É por isso e muito mais que a leitura de bons livros não poderá ser substituída pela televisão. Mas compete aos líderes dos juvenis e
jovens adventistas realizar esforços renovados e agressivos nesta direção, a fim de incentivar, motivar e levar a nossa juventude ao
nobre rumo da leitura sadia.

Para isso, apresentamos os requisitos do Clube do Livro J.A. em suas categorias:

I – Clube do Livro para Primários e Aventureiros (6 – 9 anos)

•1 livro sobre história bíblica


•1 livro sobre missões
•1 livro sobre natureza
•1 livro de escolha dos candidatos, publicado dentro dos dois anos anteriores à data de aplicação
(Os livros para primários não têm um mínimo de páginas requeridas, mas recomenda-se que sejam livros pequenos e apropriados à
idade correspondente.)

II – Clube do Livro para Juvenis e Desbravadores (10 – 15 anos)

•1 livro sobre missões


•1 livro sobre natureza ou ciência
•1 livro sobre biografia(s)
•2 livros de escolha do candidato, publicados dentro dos dois anos anteriores à data de aplicação.
(Cada um destes livros para juvenis deve ter, no mínimo, 80 páginas.).

III – Clube do Livro para Jovens, Líderes de Jovens (maiores de 16 anos)

•1 livro sobre missões


•1 livro sobre natureza ou ciência
•1 livro sobre religião ou filosofia cristã
•2 livros de escolha pessoal, publicados dentro dos dois anos anteriores à data de aplicação.
(Cada um destes livros para juvenis deve ter, um mínimo, 120 páginas.)
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 38
Passos que um bom líder deve saber

1 - Visão Global: Conhecer a cultura de sua empresa, como ela está posicionada no mercado e o que fazer para, cada vez mais, tornar-se melhor. Há interferência de uma
ação em todo processo.

2 - Visão sistêmica: Todos os setores da organização são importantes. Valorizar cada serviço realizado na organização.

3 - Diagnosticar contextos: Saber o que a equipe precisa, até mesmo de capacitação para o desenvolvimento ou pré-requisitos básicos para exercer funções.

4 - Planejar: Estabelecer objetivos e ser um gestor para atingir os resultados. Observar como estes resultados foram atingidos e se existe necessidade de revê-los. Tem
que ser mensurável e específico para que você possa ter um gabarito dos resultados. Deve ser atingível, assim como sua evolução deve ser progressiva.

5 - Agente de mudança: O líder deve provocar mudanças e não ser um reagente a ela. Deve estar atento e propor inovações através de uma leitura de necessidades
(equipe,cliente e mercado). Deve dinamizar-se para que a organização caminhe para frente e para cima do podium.

6 - Prever e não apenas reagir: A liderança deve tomar atitudes preventivas, elencar obstáculos e estabelecer alternativas.

7 - Não empurrar os problemas com a barriga: Nada se resolve sozinho, cada vez que o tempo passa o problema cristaliza-se. Por exemplo, ao ver um profissional de
“cara feia”, de “cara amarrada” pergunte o que houve.

8 - Busque gestão participativa: Isto gera comprometimento. Neste tipo de gestão pergunte sempre a forma de ação, para que não joguem sobre você simplesmente
idéias soltas e sem um raciocínio de praticidade.

9 - Não responsabilize sua equipe: O sucesso é da equipe. A falta dele significa que você não administrou bem sua equipe ou, no mínimo, não tomou a decisão
necessária sobre um comportamento inadequado ou não elogiou aquele profissional capaz.

10 - Possua estabilidade para se comunicar: Coloque-se no lugar de seu profissional e do seu diretor também. É seu papel estabelecer esta fusão e equilíbrio entre estes
dois patamares.

11 - Tenha habilidades para correr riscos: Enfrente os desafios. Cada desafio superado é acompanhado de crescimento e ampliação de seu repertório de respostas até às
soluções de problemas. Você cresce medida em que se expõe.

12 - Saiba buscar informações: Tudo modifica. Leia, investigue e converse com outros profissionais de sua área. Amplie sua fonte de informação. É importante que o
líder canalize os tipos de informação e direcione o que vai fazer com elas para que não fique apenas no grau informativo e passe para o grau de conhecimento, ou seja, a
liderança deve adaptar as informações à sua realidade e colocá-las em prática. Tenha uma boa rede de contatos. INFORMAÇÃO É PODER: QUANTO MAIS SABE,
MAIS PODE CONHECER E SER RESPEITADO.

13 - Seja eficiente: Ser eficiente é cumprir o dever e a rotina de trabalho. Verifique se a metodologia é adequada. É acompanhar todo o processo e fazer com que
funcione. Tenha em mente que sua atividade principal é orientar a forma correta de trabalho.

14 - Seja eficaz: Ser eficiente não basta em seu papel de líder. É fundamental que a liderança esteja à frente de seu tempo, pois isso enriquecerá as funções.

15 - Desenvolva suas habilidades básicas: É fácil. Faça as seguintes perguntas:


- O que você tem como pontos fortes?
- O que prejudica estes pontos fortes? Não vale responsabilizar os outros. Pense naquilo que depende de você.
- O que preciso desenvolver?
- O que posso fazer para realizar este desenvolvimento?
- Eu possuo os pré-requisitos básicos para esta função?
Lembre-se que quando temos oportunidades, devemos nos preparar para sermos compatíveis com tais expectativas. Peça a sua equipe que escreva quais os pontos você
precisa melhorar e filtre aqueles que estão sob o grau emocional. Isso já é uma boa oportunidade para verificar o tipo de relação interpessoal que você mantém com sua
equipe. Nunca, em tempo algum, vá junto à pessoa que fez a colocação e se justifique. Veja o que pode fazer para adequar sua atitude às necessidades da organização, da
equipe e às suas próprias. Deve existir a comunhão deste triangulo: você, organização e sua equipe e logo, lado a lado, está o mercado.

16 - Ética: Saiba como lidar com os valores humanos. Existe líder que detém a informação para manipular sua equipe e quando ela percebe isso, inicia-se o jogo de
manipulação entre equipe e liderança. Quem vence? Você já sabe a resposta. Quantos técnicos ótimos, cuja equipe não os aprovaram, estão em seus times? É importante
utilizar a informação como instrumento de crescimento, desenvolvimento e orientação.

17 - Tenha uma logística: Saiba de onde vem e para onde vai seu trabalho e a conseqüência de sua boa elaboração.
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 39
O departamento J.A. da Associação/Missão publicará anualmente, em consulta com o gerente do SELS, a lista de livros que serão
usados para preencher os requisitos de acordo com as diretrizes anteriores, e dará os respectivos certificados a todos os que cumpram
os requisitos. Este certificado deve ser
solicitado pelo diretor do clube à Associação/Missão.

Para os requisitos de Juvenis e Jovens poderá ser aceita a combinação de livros que tenham paginação menor à requerida em sua
categoria, sempre que estes sejam sobre o tópico indicado e que o total de páginas de ambos iguale ou ultrapasse o mínimo requerido
para sua categoria.

Fonte: Pastor Erton köhler DSA

Desenvolvendo líderes
No início de cada ano, os profissionais que atuam na área de Desenvolvimento e Treinamento das organizações, iniciam a longa
peregrinação na busca de eventos, consultores e materiais (fitas de vídeo, livros, entre outros) que possam desencadear o
Programa de Desenvolvimento Gerencial ou de Líderes. Normalmente, esse programa está fundamentado numa pesquisa de
necessidades de treinamento, em formulários que são preenchidos pelos líderes e pelos colaboradores ou ainda, baseados em
muitas reuniões, cujos resultados são tabulados, compilados e aprovados pela diretoria da organização.

Fato interessante e muito comum é que, durante o ano, mais da metade dos eventos programados não se realizam, quer por falta
de interesse dos líderes, quer pela urgência de se realizar outros eventos prioritários ou, ainda, pelo simples fato de que os
gestores estão com excesso de trabalho e não têm tempo disponível nem em seus dias de descanso, quanto mais para
participarem de atividades cujos resultados são de longo prazo ou considerados duvidosos.

Em outros casos, são contratados experientes consultores que já realizaram eventos em outras empresas, com temas adequados à
realidade da organização e ao final, os líderes avaliam com nota máxima o consultor, o coffee break, o local e o envolvimento dos
demais líderes. Entretanto, argumentam que não dá para aplicar os conhecimentos no dia-a-dia de trabalho. Alguns manifestam,
inclusive, incompreensão pelo fato dos seus superiores ou colaboradores não terem participado do evento.

Os líderes da área de Desenvolvimento e Treinamento desesperam-se ao ver tanto dinheiro e tempo desperdiçados e os analistas,
muitas vezes, ficam constrangidos e à procura de funcionários para preencher as vagas dos eventos contratados.

Fatos raros são aqueles eventos, realizados de última hora, a pedido de algum líder que conheceu uma nova metodologia ou
ferramenta gerencial e que tenha conversado e convencido outros líderes a participarem. O resultado é excelente e, para o
espanto dos analistas de D&T, todos passam a usar o que aprenderam.

Algumas explicações para resultados inadequados podem ser dadas. Muitas delas serão reconhecidas e outras não. Cada
organização tem suas peculiaridades e seus problemas, mas um fato é comum a todas – o resultado está intimamente vinculado
ao maior ou menor comprometimento dos líderes na elaboração dos programas de Desenvolvimento.

Os líderes são avaliados pelos resultados que obtém no trabalho, pela qualidade do relacionamento com seus colaboradores e
pela capacidade de aprender algo novo para atingir melhores resultados.

Ressaltaria, ainda, que os líderes precisam reconhecer as pessoas com quem trabalham. Necessitam buscar referenciais teóricos e
práticos para conhecer as principais competências de cada um dos participantes das equipes. Porém, o exercício da liderança
exige, também, uma constante busca de autoconhecimento e de autodesenvolvimento.

Para solidificar as considerações acima, dediquei-me ao assunto e consegui desenvolver um evento que auxilia os líderes e as
organizações a iniciarem um processo de reconhecimento mais detalhado das suas competências pessoais. Refiro-me, aqui, ao
programa Desenvolvendo Talentos que está fundamentado em modernos e eficazes instrumentos de pesquisa adaptados à
realidade da organização e trazem os seguintes benefícios:
* Reconhecimento dos perfis de liderança de cada gestor e das equipes de líderes;
* Determinação do estilo principal de liderança utilizado;
* Conhecimento do grau de flexibilidade dos líderes;
* Determinação das competências gerenciais básicas.

A principal proposta deste trabalho é a de realizarmos em conjunto com os líderes, de forma dinâmica e agradável, a descoberta
de habilidades, competências, perfis de liderança e de poder. A partir dessas descobertas, tanto a organização quanto os líderes
poderão orientar os processos de desenvolvimento gerencial, de autodesenvolvimento e de resultados pessoais e organizacionais.

Além disso, alguns dias após o evento, o trabalho é complementado através do fornecido um relatório individual e outro geral,
onde é apresentado um cruzamento das informações dos testes de perfil de liderança, de utilização de poder e de habilidades
gerenciais.
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 40

Por fim, após traçar e entender os aspectos que envolvem a natureza qualitativa dos líderes, pesquisando os principais estilos de
liderança e se considerando o comprometimento dos gestores, são elaborados e apresentados programas de desenvolvimento para
a organização voltada para os resultados.

A CONJURAÇÃO
(Modelo)

Chegastes agora, em vosso programa ao ponto de estudo e auto desenvolvimento pelo qual estais preparados
para assumir nova relação na igreja e em sua obra concluístes o trabalho delineado no clube de desbravadores
para a (s) classe (s) de __________________________________________
A insígnia que ora recebestes representas mais elevados ideais da Organização Adventista do Sétimo Dia.
Esta insígnia deve ser mantido em confiança somente enquanto refletis em vossa vida os ideais que ela
representa – ideais estes compreendidos no voto e na lei dos Desbravadores.
Portanto conjuro que pelo graça de deus vos esforceis todos os dias a acariciar estes elevados princípios e vivê-
los em vossas palavras e atos que assim fazendo possais provar se um fiel servo de Deus e amigo de fatos.
Se por qualquer motivo perderdes de vista estes ideais, e não cuidardes de acaricio-os e pratica-los a vossa vida
diria estais ligados por honra a devolver a insígnia a Associação que vo-la conferiu
Contudo confio que Deus sempre vos mantenha fiel a ele e a estes valorosos ideais.

ORDEM UNIDAPARA DESBRAVADORES


É a instrução que permite a exteriorização da disciplina e tem profundo reflexo na atitude e na apresentação de todos.

1. Relacionar sete ou mais objetivos da Ordem Unida (OU)


a) Constitui uma das principais escolas de disciplina, obediência pronta e espontânea às ordens superiores, cujas bases
estão alicerçadas na hierarquia e na união dos membros da Unidade;
b) Desenvolver os reflexos de obediência e o sentimento de coesão;
c) Proporciona um andar desembaraçado e marcial;
d) Adestrar as pessoas no comando;
e) Faz desaparecer a insegurança, a timidez e estimula a desenvoltura;
f) Estimula a pessoa a pertencer a um grupo homogêneo que se desloca com confiança e cadência firme;
g) A pessoa adquire experiência e aumenta a sua confiança ao comandar, desenvolvendo assim, as qualidades de chefia e
liderança, principalmente em situações críticas, através de comandos enérgicos. Ex: Incêndio, Calamidade Pública, etc...

2. Definir
a) Formação - É a disposição regulamentar de um grupo em linha ou em coluna.
b) Linha - é o conjunto de unidades cujos elementos são dispostos uns ao lado do outro, quaisquer que sejam as formações e
intervalos, tendo a frente voltada para o mesmo ponto. Ex: Vamos limpar uma área, então vamos em linha, um ao lado do outro.
c) Fileira - É a formação de um grupo em que os desbravadores estão colocados na mesma linha, um ao lado do outro, todos
voltados para a mesma frente.
d) Intervalo - É o espaço entre dois desbravadores colocados na fileira.
e) Coluna - É a disposição de uma unidade cujos desbravadores estão um atrás do outro.
f) Fila - É a formação em que os desbravadores estão colocados um atrás do outro, num grupo formado em linha, com mais
de uma fileira; ou formação em que estão colocados um ao lado do outro, num grupo formado em coluna por dois ou mais. O primeiro
de cada fila chama-se: CHEFE DA FILA.
g) Distância - É o espaço entre dois desbravadores.
h) Cobrir - É o alinhamento entre os desbravadores: o frontal e o lateral.
i) Base - É o ponto de referência pelo qual deverá ser feito a cobertura e o alinhamento. A COLUNA DA DIREITA, sempre
que não for mandado em contrário, será a COLUNA-BASE.
j) Cadência - É o ritmo do deslocamento do grupo.

 Meios de Comando
Os meios de comando podem ser:
- Comando por voz;
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 41
- Gestos;
- Toque de corneta;
- Apito; e
- Ordens.
Comando por voz é a maneira padronizada pela qual o chefe exprimir verbalmente a sua vontade. Na instrução de OU, as
vozes de comando constam de VOCATIVO OU ATENÇÃO, ADVERTÊNCIA e EXECUÇÃO.

l) Voz de atenção ou vocativo - tais como: Grupo, Pelotão, Escola, Unidade, Clube, Acampamento, etc
m) Voz de advertência - que define o movimento a executar, como: direita, meia volta, etc
n) Voz de execução - Entre a voz de advertência e a voz de execução deve haver um intervalo que permita a compreensão
dos movimentos. É dada no momento exato em que o movimento deva começar ou cessar. A voz de advertência deve ser longa, a voz
de execução deve ser curta e enérgica.

3. Explicar, demonstrar as ações em cada um dos seguintes grupos:

a) Atenção, à vontade, descansar


- Atenção - É um comando de advertência.
- À vontade - A este comando, dado com o clube / unidade em posição de descansar, o desbravador se mantém no seu lugar,
de modo a conservar o alinhamento e a cobertura, podendo mover o corpo, falar, etc. Se for dado um vocativo qualquer, volta à
posição de descansar.
- Descansar - Segue-se da posição de sentido ou firme abrindo-se a perna esquerda, sem flexioná-la, os braços são lançados
as costas sendo que a mão direita segura o punho esquerdo, a mão esquerda se apresenta fechada, a perna direita em momento algum
sai de sua posição.

b) Marcar passo, acelerado, sem cadência


- Marcar passo - Para se marchar no mesmo lugar, inicia-se o movimento com a perna esquerda, é importante que ambas as
pernas façam o mesmo movimento alternado, os braços estão parados e estendidos paralelos ao corpo, para iniciar o deslocamento
comanda-se: EM FRENTE! O desbravador inicia o desfile rompendo a marcha com o pé esquerdo.
- Acelerado - Para romper a marcha no passo "acelerado", o desbravador leva a perna esquerda flexionada à frente, o tronco
inclinado para a frente, a perna direita retesada, os braços colados ao corpo, punhos cerrados, formando com os braços um "L".
Durante o deslocamento no passo ÄCELERADO", a perna que está na frente deve estar flexionada e a que está à retaguarda, retesada
e no prolongamento do corpo. Os pés não são levantados excessivamente do solo. O tronco deve estar inclinado para a frente. Os
passos devem ser curtos.
- Sem cadência - Inicia-se o deslocamento rompendo com a perna esquerda vivamente, dando forte pancada com o calcanhar
do pé esquerdo no solo. Ao comando de MARCHE!

c) Continência e apresentar armas


- Continência - É a saudação que o desbravador isolado faz à bandeira, ao Hino nacional e aos superiores e pares. Ela é feita
a qualquer hora do dia ou da noite.
A ATITUDE, o GESTO e a DURAÇÃO, variáveis de acordo com a situação especial dos executantes, são elementos
essenciais da continência individual.
- Apresentar armas - Deve ser dado, quando para efeitos de continência, o comando é: EM CONTINÊNCIA,
APRESENTAR ARMAS! Os desbravadors, na posição de sentido, farão a continência.

d) Frente para a direita/esquerda e coluna à direita/esquerda


- Frente para a direita/esquerda - Partindo da posição de descansar, dá-se um salto dá-se um salto para a direção indicada,
as mãos permanecem sempre nas costas, ao chegar na posição indicada dá-se um brado, RÁ! ou outro brado estipulado por quem está
comandando.
- Coluna à direita/esquerda - Este comando será dado quando se deseja deslocar o clube não havendo espaço suficiente
para deslocá-lo como um todo. O comando será: a partir da coluna da direita/esquerda sem cadência ou fora de forma marche! a
coluna ordenada iniciará o deslocamento sendo o último da coluna ao passar dirá em voz alta: ÚLTIMO!

4. Demonstrar habilidade para executar corretamente os seguintes movimentos básicos!

a) Alto – No passo ordinário, a voz deve ser dada quando o pé esquerdo assentar no terreno; dá-se mais dois passos, um com
o pé direito e outro com o pé esquerdo, unindo-se então com energia o calcanhar direito ao esquerdo, batendo fortemente com o pé
direito ao solo e ao mesmo tempo unindo as mãos às coxas.
b) Descansar – Nesta posição, as pernas ficam naturalmente distendidas e o peso do corpo igualmente distribuído. Segue-se
da posição de sentido ou firme abrindo-se a perna esquerda, sem flexioná-la, os braços são lançados as costas sendo que a mão direita
segura o punho esquerdo, a mão esquerda se apresenta fechada, a perna direita em momento algum sai de sua posição. A ordem que se
segue é a de SENTIDO, exclusivamente.
c) Á Vontade – A este coando, dado com a unidade/grupo/acampamento, etc em posição de descansar, o desbravador se
mantém no seu lugar, de modo a conservar o alinhamento e a cobertura, podendo mover o corpo, falar e beber água do cantil. Se for
dado um vocativo qualquer, volta a posição de descansar.
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 42
OBS: O comando á ser dado será: Á VONTADE EM FORMA! Os comandados responderão em alta voz: BOA! Poderá,
quando necessário, ser acrescido à voz de à vontade, comandos complementares, tais como: sem beber, sem falar, etc.
d) Esquerda Volver – A partir da posição de sentido ou firme, virar 90º à esquerda, apoia-se na ponta do pé direito e
calcanhar do pé esquerdo, juntar o pé direito ao esquerdo após a movimentação assumindo novamente a posição de sentido. As mãos
permanecem o tempo todo coladas às coxas.
e) Direita Volver – Semelhante ao esquerda volver, sendo que se vira 90º à direita e a seqüência do movimento é o inverso.
f) Posição para a Oração – Este comando deverá ser precedido do “RETIRAR A COBERTURA” e do “Á VONTADE EM
FORMA!”, então é dado início a oração.
g) Apresentar Armas – Este comando será dado, exclusivamente, na posição de sentido para saudar o Hino Nacional
(quando este não for cantado), á Bandeira Nacional, as Autoridades do Governo e aos líderes de nossa igreja, será executada a
qualquer hora do dia ou da noite, sendo da seguinte forma:
1- Suspender a arma/ bastão na vertical, empunhando-a, aproximadamente, entre 10 a 20 cm do Bandeirim, até que a mão direita fique
na altura do ombro da mão direita, ficando o polegar estendido sobre a arma/bastão.
2- A arma/bastão é levada para a frente do corpo, empunhada pela mão esquerda, ficando inclinada de 45º em relação a vertical, o
Bandeirim para a esquerda, afastada do corpo cerca de 20 cm; braço esquerdo no plano das costas o cotovelo colado/unido ao corpo; e
3- Dar uma torção na arma/bastão para cima e para frente, com as duas mãos, de modo que a arma venha a ficar na vertical, à frente do
corpo. Cotovelos lançados para frente, antebraço esquerdo na horizontal.

- Descansar Arma :
1- Com a mão esquerda trazer a arma/bastão, na posição vertical, para junto do ombro direito, enquanto a mão direita vem segurá-la
acima da mão esquerda; e
2- A mão esquerda abandona a arma/bastão e vem unir-se à coxa esquerda, enquanto a mão direita desce a arma/bastão ao longo do
corpo, colocando a base da arma/bastão paralela ao pé direito. O braço direito ficará formando com o antebraço um ângulo de
aproximadamente 135º, cotovelo unido ao corpo, braço no plano das costas.

CORTESIA
Todo desbravador deve aos superiores, como tributo natural à autoridade de que se acham investido, provas de
disciplina e cortesia, manifestadas em todas as circunstâncias, por atitudes e gestos precisos, rigorosamente observados.

TRATAMENTO
a) O desbravador que se apresentar ou for apresentado a outro desbravador, estando ele uniformizado, depois de
assumir a posição de sentido, fará a continência e dirá: MARANATA! desfazendo-a automaticamente e em seguida diz:
DESBRAVARDOR FULANO DE TAL, CARGO TAL E UNIDADE OU CLUBE A QUE PERTENCE!;
b) Para falar ou apresentar-se a outro desbravador, este aproxima-se até a distância de 2 (dois) passos, fazendo o
descrito no item anterior;
c) O desbravador para retirar-se da presença do outro desbravador, faz-lhe a continência e pede licença, executando
após a meia volta regulamentar, rompendo a marcha com o pé esquerdo.
NÓS E AMARRAS

Nó Direito
Utiliza-se para unir duas cordas da mesma espessura.

Nó de Escota
Utiliza-se para unir duas cordas de diferente espessura.

Nó em Oito
Utiliza-se para evitar o desfiamento da ponta de uma corda. Utilizado também por montanhistas para unir duas
cordas (nó em oito duplo).

Nó Corrediço
Serve para fazer uma alça corrediça em uma corda.

Volta do Fiel
Nó inicial ou final de amarras. Não corre lateralmente e suporta bem a tensão. Permite amarrar a corda a um
ponto fixo.

Volta da Ribeira
Utilizado para prender uma corda a um bastão (tronco, galhos, etc.) depois mantê-la sob tensão.

Catau
Utiliza-se para reduzir o comprimento de uma corda sem cortá-la. Serve também para isolar alguma parte
danificada da corda, sem deixá-la sob tensão.
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 43
Nó Aselha
é utilizado para fazer uma alça fixa no meio de um cabo.

Balso pelo Seio


Serve para fazer duas alças fixas do mesmo tamanho em uma corda.

Fateixa
Serve para prender um cabo a uma argola.

Lais de Guia
Utilizado para fazer uma alça fixa (e bastante segura) tendo em mãos apenas uma ponta da corda.

Nó de Pescador
Utilizado para unir linhas de pesca, cordas corrediças, delgadas, rígidas, cabos metálicos e até cabos de couro.

Volta do Salteador
Utilizado para prender uma corda a um bastão, com uma ponta fixa e outra que quando puxada desata o nó.
Amarra Diagonal (ou em X)
Serve para aproximar e unir duas varas que se encontram formando um ângulo agudo. é menos usada que a Amarra
Quadrada, mas é muito utilizada na construção de cavaletes de ponte, pórticos etc. Para começar usa-se a Volta da Ribeira
apertando fortemente as duas peças, dão-se três voltas redondas em torno das varas no sentido dos ângulos, e em seguida,
mais três voltas no sentido dos ângulos suplementares, arrematando-se com um anel de duas ou três voltas entre as peças
(enforcamento) e uma Volta de Fiel para encerrar. Pode-se também encerrar unido a ponta final a inicial com um nó direito.

Amarra Quadrada (ou plana)


é usada para unir dois troncos ou varas mais ou menos em ângulo reto. O cabo deve medir aproximadamente setenta vezes o
diâmetro da peça mais grossa. Começa-se com uma Volta de Fiel bem firme ou uma Volta da Ribeira. A ponta que sobre desse
nó, deve ser torcida com o cabo para maior segurança ou utilizada para terminar a amarra unindo-se a ponta final com um nó
direito. As toras ou varas são rodeadas por três voltas completas redondas entre as peças (enforcamento) concluindo-se com a
Volta do Fiel na vara oposta ao que se deu o nó de início ou com o nó direito na extremidade inicial.

Amarra de Tripé (ou trípode)


Esta amarra é usada para a construção de Tripés em acampamentos, afim de segurar lampiões ou servir como suporte para
qualquer outro fim. A amarra de tripé é feita iniciando com uma volta da ribeira e passando alternadamente por cima e por
baixo de cada uma das três varas, que devem estar colocadas lado a lado com uma pequena distância entre elas. A vara do
meio deve estar colocada bem acima, afim de amarrar a sua extremidade inferior à extremidade superior das outras duas ao
lado. Não é necessário o enforcamento nesta amarra, pois ao ajustar o tripé girando a vara do meio a amarra já sofre o
"enforcamento" sendo suficientemente presa. Entretanto, em alguns casos o enforcamento pode ser feito, passando voltas
entre as varas e finalizando com uma volta do fiel ou nó direito preso a extremidade inicial.

Amarra Paralela (ou circular)


Serve para unir duas varas colocadas paralelamente. Pode ser usada para apoiar ou até sustentar o outro bambu. Faz-se uma
argola e dá-se voltas sobre ela e as duas varas como se estivesse falcaçando, terminando, também como uma falcaça,
passando a ponta do cabo pela argola e puxando a outra extremidade para apertar. Finaliza-se com um nó direito unindo as
duas extremidades.

ALPINISMO
Segurança

A escalada é um esporte seguro, quando observadas as regras de segurança (como na maioria dos esportes). Em primeiro lugar, é
recomendado que se inicie no esporte junto com pessoas que já praticam a mais tempo e têm conhecimento das normas de segurança
e das técnicas necessárias para um bom desempenho. Utilize sempre o equipamento adequado para cada situação ou tipo de escalada,
nunca tente "quebrar o galho" com um equipamento que não é específico para a situação. Acima de tudo, nunca use equipamento em
mau estado de conservação. Alguns alpinistas mais experientes recomendam que assim que um equipamento seja considerado
"condenado", deve-se jogá-lo fora, para que você não seja tentado a usá-lo novamente. Portanto, na dúvida não use o equipamento, ou
simplesmente não escale. Lembre-se que a rocha onde você vai escalar esteve ali por milhares de anos e não vai desaparecer da noite
para o dia, e se você esqueceu o equipamento certo a ser usado, lembre-se o quanto vale mais a sua vida do que um dia de escalada
perdido. Ao sair para uma escalada, leve sempre um Kit de primeiros socorros, pois em escalada em rocha são comuns as escoriações
e outros ferimentos. Em geral os acidentes ocorrem por 3 motivos principais:

* Uso inadequado do equipamento;


Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 44
* Uso de equipamento em mau estado;

* Excesso de autoconfiança. Este último item é o mais perigoso. Tanto na escalada como em outros esportes ao ar livre, os acidentes
costumam acontecer quando o desportista adquire uma excessiva autoconfiança ao ponto de não usar o equipamento de segurança. É
o caso da escalada solo, na qual o escalador não usa nenhum tipo de segurança. Portanto, antes de fazer uma escalada solo, tenha
certeza de saber o que está fazendo, e nunca o faça desacompanhado.

III - Equipamento

Mosquetões: são elos de duralumínio ou aço, que possuem um fecho com mola, por onde se prende ou passa a
corda para efetivar sistemas de segurança como costuras ou ancoragens. A mais ou menos 40 anos atrás, os
mosquetões eram de ferro e forjados a mão, e em caso de quedas, rompiam-se antes mesmo que as cordas ou
grampos. Atualmente são fabricados mosquetões tão resistentes que podem por exemplo puxar um vagão de
trem. A escalada esportiva proporcionou a fabricação de mosquetões muito rápidos, de abertura suave,
dimensões e peso reduzido.

Martelo ou batedor: usado para enfiar grampos e pítons nas fissuras da rocha.

Friends: foram inventados 15 anos atrás por um californiano chamado Ray Jardine. Seu principal benefício é a
rápida colocação, mas requer cuidado redobrado. É possível instalar um friend apenas com uma mão. O friend
possui um gatilho que aciona algumas peças circulares moveis. Quando o gatilho é puxado essas peças se
fecham estreitando a sua largura e permitindo sua introdução na fenda. Quando o gatilho é solto, as peças voltam
a posição, exercendo uma pressão na fenda que faz com que o friend fique preso.

Parafusos: usados para fixar as chapeletas nos spits.

Chapeletas: seguranças móveis que são fixadas nos spits ou grampos de expansão com um parafuso.

Sapatilhas: são importantíssimas numa escalada pois possuem uma sola de borracha macia e de grande
aderência, além de se ajustarem perfeitamente aos pés, apesar de causarem algum desconforto. Por terem um
preço relativamente alto (R$ 80,00 - R$ 150,00), recomenda-se que os iniciantes no esporte adquiram um
"kichute", que é um tênis barato, ao alcance de todos os bolsos. Basta tirar dele as travas da sola.

Oito e ATC: usados para dar segurança ou para fazer rappel. Funcionam como freio

Cadeirinha: usada para prender o escalador à corda. Deve ser muito resistente e ficar bem ajustada ao corpo. Usada em toda escalada
ou situação que seja necessário uma segurança através de cordas. Deve-se escolher um modelo que evite desconforto e ofereça uma
grande absorção de impactos numa eventual queda.
Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 45
Nuts: são fixados na rocha em fissuras e preso a ele existe um cabo de aço ou fita por onde será fixado o mosquetão da costura.
Seu encaixe deve ser justo e para isso somente a experiência do escalador pode indicar qual o modelo e tamanho mais adequado para
cada fenda, tanto horizontal ou vertical (veja a imagem acima) quanto em positivas ou negativas. Uma grande área do nut deve estar
em contato com a rocha e deve-se levar em conta a direção da força da corda numa eventual queda. É conveniente lembrar que use
uma costura presa ao cabo do nut, para que ele não se desencaixe com o balançar da corda.

Fita expressa: também chamadas de costuras, são compostas de dois mosquetões, um para
ser colocado na ancoragem (grampos, nuts, friends, pítons...) e outro para inserir a corda, unidos por uma fita. Isso faz com que a
corda fique livre de atrito com a rocha. Atualmente existem fitas de vários tamanhos fabricadas especialmente para a confecção de
costuras, onde se destacam as marcas Petzl, Camp, e Cassin. Apesar de aconselhar o uso de costuras feitas especificamente para este
fim, pode-se fazê-las usando fitas tubulares fazendo sempre um nó de fita para unir suas pontas.

Fitas tubulares: possuem entre 20 e 25 mm de diâmetro. São usadas para confecção de peitorais e cadeirinhas
improvisadas e também para fazer ancoragens em pontos da rocha que o uso da corda não é recomendado devido ao
desgaste causado pelo seu atrito com as quinas da rocha.

Bolsa de magnésio: é colocada na parte de trás da cadeirinha. O magnésio é usado pelos escaladores para secar os
dedos, aumentando assim sua aderência na rocha.

Cordas: a corda é o principal elemento de segurança em uma escalada. No inicio do alpinismo a corda feita de
cânhamo era a única união entre os escaladores , nessa época ainda não eram utilizados cadeirinhas nem
mosquetões. Atualmente as cordas são fabricadas com fibras sintéticas como o perlon e o náilon. A escolha por
materiais sintéticos se deve por vários motivos, entre eles a facilidade de execução de nós, a pouca absorção de
água e também faz com que a corda possua mais resistência aos agentes da natureza.

Como escolher a melhor corda: na escalada deve-se usar sempre cordas dinâmicas que evitem um impacto seco no momento de uma
queda, absorvendo a energia cinética. O principal aspecto para a obtenção de uma corda é verificar se ela é homologada pela UIAA
(Cassin, Mammuth, Beal, Roca, Salewa...). Os próximos aspectos importantes são a facilidade para a execução de nós, o pouco
retorcimento da corda e por último, o comportamento dinâmico da corda durante uma queda. A UIAA estabelece que uma corda deve
resistir a um mínimo de 5 quedas. Deve-se levar em conta também o local da escalada. Se for uma escalada no gelo, é recomendável
que se utilize uma corda com tratamento especial a seco (dry), pois este tipo de corda não absorve água, sendo portanto mais prática e
segura para este fim, uma vez que uma corda encharcada nestas condições poderia se congelar e partir-se. Por fim, nunca compre uma
corda levando em conta seu aspecto visual, considere sempre seu aspecto técnico. O diâmetro e o comprimento: para usar uma única
corda faz-se necessário que esta tenha entre 10mm e 11 mm, a de 10,5mm é a ideal devido a sua relação peso/resistência. Se for usada
uma corda de 8mm ou 9 mm, deve-se utilizá-la em dupla. Quanto ao comprimento o mais comum é de 50m, mas existem cordas de
40m, 60m,100m e até de 150m de comprimento. Conservação da corda: sem dúvida, a corda é o equipamento de escalada mais
delicado e portanto exige inspeções periódicas. Mantenha sua corda sempre seca, caso molhe, deixe secar sempre em um lugar bem
arejado e na sombra. Quando estiver escalando, evite pisá-la ou arrastá-la na pedra e não a deixe em tensão durante longos períodos.
Nunca a guarde com nós. Uma boa corda é um objeto vivo e dinâmico. Se for usada com freqüência (semanalmente) deve ser trocada
no máximo a cada 12/14 meses.

• Todas as informações contidas nesta apostila foram copiadas da “Apostila do Curso de Classes
Agrupadas 2007” da Associação Rio de Janeiro, com autorização verbal do Coordenador Eduardo.

ANOTAÇÕES

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Curso de 10hs – Classes Agrupadas ARF e Região Lagos – 2009 46
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