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O passo a passo de uma obra

Última atualização Qua, 02 de Setembro de 2009 14:19

Obra é uma coisa tão grande, tão cheia de detalhes, mas TÃO complicada, que a gente nem
sabe por onde começar. E taí uma coisa que as pessoas normalmente não explicam. Esse
texto explica, pelo menos em parte, o passo a passo, com algumas dicas sobre quais materiais
comprar de cada vez e o que observar durante cada etapa.

ina, estarão faltando aqui


Atenção:
os trechos que foram movidos. Esta versão tem
. problemas técnicos de formata

Passos iniciais e fundação

Uma fundação mal feita, e babau -- você terá uma casa com rachaduras, incapaz de suportar
uma reforma que envolva a construção de um andar superior, ou até mesmo problemas
estruturais graves que podem efetivamente condenar a casa. Por isso, não tente fazer
economia impensada nesta fase. Os primeiros passos serão simplesmente fundamentais para
o restante da obra.

- Depois de limpar o terreno (medida número um), veja se é preciso corrigir desníveis com
aterro. Lembre-se de manter o terreno, sempre que possível, acima do nível da rua, para
evitar que a água das chuvas entre nele e inunde sua futura casa! Além de jogar a terra, é
preciso compactá-la muito bem. Muitas vezes o pessoal que vende aterro trabalha em
conjunto com alguém que tem um rolo compressor.

- Instalar o ponto de luz, isto é, a "casinha" onde fica o relógio medidor de consumo e o

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disjuntor principal da casa. Não é algo exatamente barato, principalmente por conta dos fios e
da ligação que deve ser feita ao poste da rua. A lista de materiais exigidos, fora os óbvios
tijolo/areia lavada/cimento, normalmente pode ser encontrada no site da companhia de
eletricidade do estado. Aproveite a visita à loja de materiais elétricos e compre, além dos
materiais exigidos para a casinha, também um disjuntor tripolar, fita isolante e cabo, de pelo
menos 10mm, dividido em três pedaços equivalentes à metade do comprimento do terreno.
Esse material extra será necessário, depois, para ligar equipamentos como betoneira,
compactador, perfuratriz de sondagem ou de fundação, etc.

- Contratar uma empresa especializada em sondagens de terreno é fundamental. Na


verdade, isso já deve ter sido feito antes mesmo da fase de projeto da casa, mas se você
comprou um terreno novo e quer aproveitar um projeto que já estava pronto, pode ser preciso
redesenhar o projeto de fundação. É uma empresa assim que pode descobrir as
características do terreno, e o laudo de sondagem é a informação básica para que o
engenheiro calculista defina o tipo de fundação mais adequado. O custo de uma sondagem é
de aproximadamente R$ 800,00 (valores de 2006, em Brasília), o que não é exatamente
barato, mas que vale muito a pena se considerarmos os riscos de uma fundação mal feita.

- Sabendo-se o tipo de fundação que será utilizado, é preciso pegar, com o engenheiro
calculista, o engenheiro RT ou o mestre de obra, os quantitativos dos materiais que serão
utilizados, e comprá-los -- basicamente, areia lavada, cimento, brita e ferros de diferentes
medidas. Normalmente, pela quantidade baixa, não é vantajoso comprar concreto usinado
(pronto). Por isso, pode ser necessário também alugar uma betoneira para misturar o
concreto.

- Caso a fundação definida pelo projeto seja de estacas com mais de 3m de profundidade,
ou de estacas Strauss (usadas quando é preciso passar do lençol d´água), é preciso contratar
uma empresa com o equipamento para a furação. Pode ser que a mesma empresa que fez a
sondagem também faça esse tipo de serviço.
- Definir com o mestre de obra como fazer o barracão, que será usado para guardar o
material para o início da obra. Muitas vezes os mestres de obra já têm o material para fazer
um barracão simples, mas pode ser preciso comprar chapas de madeirite, telhas de fibra,
pregos, duas ou três dobradiças para a porta, e uma corrente com cadeado para fechá-la.
NUNCA se pode deixar saco de cimento em contato direto com o chão!

{mospagebreak title=Baldrame}

Baldrame (vigas de piso)

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Baldrame, alicerce, chame como quiser -- trata-se do "pé" da casa. Lembrando que "vigas" são
iguais às colunas, só que ficam na horizontal, o baldrame é o conjunto de vigas interligadas
que se sustenta sobre a fundação. A maior atenção que se deve ter nessa fase e na próxima (a
construção do contrapiso) é com a impermeabilização, para evitar que as futuras paredes
tenham aquele nada simpático tom verdinho que tanto desagrada os alérgicos.

- Compre os tijolos que serão usados nas paredes. O engenheiro e o mestre de obra
podem indicar quais são os tijolos mais adequados -- nem sempre o melhor é o tijolo furado de
20x20x10cm, o mais comum e barato. Isso porque as colunas e vigas devem ter, segundo as
normas atuais de engenharia, 12cm de espessura. A diferença na espessura dos tijolos e das
vigas significa que você vai gastar mais madeira para fazer as formas das colunas, porque
elas precisarão ter um "dente" de 1cm de cada lado da parede, e depois esse centímetro de
desnível nas paredes terá que ser compensado com reboco, que é bem caro. Pode ser
vantajoso comprar tijolos de 12cm de largura, mas eles são mais caros e bem mais difíceis de
encontrar, o que significa a necessidade de encomendar com 20 ou 30 dias de antecedência.

Marcar, ainda na planta, onde ficarão as esperas de água, esgoto (inclusive os tubos de
respiro, que devem subir até o telhado e são necessários para evitar mal cheiro nos
banheiros), telefone, TV e energia, que precisam passar pelas vigas e colunas. Não é nada
recomendável quebrar uma viga ou coluna já construída para passar canos por dentro delas,
porque isso afeta e muito a estrutura. Momento para pensar longe: é preciso definir logo se as
pias de cada banheiro desse piso serão de coluna ou bancada. Isso porque é preciso deixar a
espera de esgoto para a pia de acordo com o modelo: para coluna, a saída pode ficar no chão,
próxima à parede, seguindo direto para o ralo sifonado; enquanto a pia de bancada exige
saída na própria parede, onde será encaixado o sifão do ralo, e a respectiva tubulação
passando pela parede e pela viga inferior.

Comprar os ferros para as vigas e também para, pelo menos, a metade de cada coluna. Isso
porque a ferragem das colunas já é amarrada e concretada nas vigas, cabendo ao pessoal,
depois, apenas amarrar mais ferros para subir as colunas até a altura do teto. Também é
preciso comprar, geralmente, cimento, areia lavada, Vedalit para impermeabilizar, tábuas de
diversas medidas para as formas de vigas e colunas, arame recozido, linha, prego 17x27, lápis
de carpinteiro, trenas e esquadro.

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Comprar também, ou arranjar de algum lugar, alguns pedaços de canos que poderão ser
colocados como esperas para a tubulação e os conduítes. Pode-se usar somente canos de
esgoto, que são mais baratos, para que os canos de água fria e quente passem por dentro
deles; ou pode-se já de cara comprar canos na mesma medida e especificação dos que serão
utilizados -- nesse caso, será preciso ligá-los ao resto do encanamento usando
luvas
, que serão tratadas posteriormente.

Conferir e discutir com o mestre de obra os níveis da casa em cada cômodo. Quando há
diferença de nível, é preciso redobrar a atenção para a existência de vigas que ficam em
níveis diferentes.

Antes de concretar, conferir as esperas das ferragens para a construção das colunas.

{mospagebreak title=Contrapiso}

Contrapiso

O contrapiso é a primeira camada de concreto que se lança sobre a terra nua para formar
aquilo que depois chamamos de piso. Não é preciso que seja muito grosso, ou de concreto
muito forte, e também não precisa ser absolutamente lisinho e nivelado. Nesta etapa é preciso
observar bem o que o projeto define como tubulação subterrânea e tomar os devidos cuidados
para impermeabilização. Esta etapa é bem rápida, coisa de três dias mais ou menos.

Comprar toda a tubulação de esgoto que corre pelo piso: ralos, caixas sifonadas, caixas de
gordura, tubos, joelhos, luvas, tampas para caixas de inspeção, etc), com alguns caps de
diferentes medidas. Esses

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caps
são peças no mesmo material dos canos, que servem para tampá-los durante a obra. Isso é
importantíssimo para evitar que caiam concreto e outras sujeiras nos canos, o que
comprometeria MUITO as saídas de esgoto e causaria entupimentos constantes. Também é
preciso comprar algum material de eletricidade: conduítes (mangueiras corrugadas ou
eletrodutos) para as fiações, já em quantidade suficiente para as fases de alvenaria e reboco;
fita isolante para amarrar os conduítes; e o material necessário para fazer o sistema de
aterramento elétrico da casa, fundamental para evitar que raios queimem sua geladeira e seu
computador. Normalmente é suficiente comprar alguns metros de fio de cobre desencapado
de 8mm ou 10mm (comumente chamado de
cordoalha
) e três estacas de cobre.

Se este contrapiso tem contato direto com a terra, uma boa dica de impermeabilização é
comprar uma tesoura e lona -- sim, aquela lona preta. Mas não é qualquer lona, não: lona é
fabricada em diferentes espessuras e a mais adequada é a de 20 micrômetros (simplesmente,
20 micra).  Ela é vendida em rolos, com 4m ou 8m de largura, devidamente dobrados para
facilitar o transporte, e não é preciso contratar frete para isso. É preciso comprar pelo menos o
dobro da medida da área construída, porque essa lona será colocada em duas camadas sob
todo o contrapiso e contornando, por cima, as vigas do baldrame.E, é claro, o pessoal da obra
sempre vai achar alguma outra aplicação para lona, como fazer uma barraquinha com
sombra ou cobrir os tijolos.

Conferir previamente o posicionamento dos quadros de energia, telefone, comunicação e


antenas, para passar logo os eletrodutos subterrâneos que forem necessários.

Definir os desníveis que separarão os cômodos. Nem sempre eles estão no projeto, e poucas
coisas são tão irritantes quanto água escorrendo para a sala quando se lava a cozinha, por
exemplo. O nível final será dado numa fase seguinte, antes do assentamento do piso, mas
definir os níveis aqui poupa material.

{mospagebreak title=Alvenaria}

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Alvenaria

Aqui é quando a obra FINALMENTE parece estar andando -- até agora, você gastou OS
TUBOS de dinheiro e ainda não teve a sensação de estar fazendo algo de útil. É a etapa de
subir as paredes, de botar tijolo sobre tijolo. Os cômodos surgem, já dá para ter uma certa
noção de espaço (mas sempre parece menor do que é na verdade, não se iluda!), e é uma
fase rápida. Atenção em duas palavras mágicas: esquadro e prumo. Os pedreiros e o mestre
de obra devem estar muito atentos a isso. O esquadro é a angulação entre uma parede e
outra, como se a obra estivesse sendo vista do alto. Normalmente é de 90 graus, pode ser
intencionalmente diferente disso, mas a mínima diferença em relação ao previsto significa que
você vai ter que fazer um cômodo "torto", com aquele piso que numa ponta tem 10 azulejos e
na outra ponta tem 10 e meio. Já o prumo é o alinhamento vertical da parede: a não ser que o
seu arquiteto e você gostem de coisas exóticas, parede boa é parede retinha, e não uma que
parece que vai cair.

Comprar cimento, areia lavada, areia rosa, brita, arame recozido, pregos e tábuas para as
formas das colunas. Também é preciso comprar ferros para as colunas, para as cintas (que
são as vigas do alto das paredes, onde o telhado se sustenta) e para as
vergas
e
contravergas
, nomes quase indecentes para pequenas vigas ou barras que ficam no alto e embaixo de
cada janela ou porta. Elas nem sempre são definidas no projeto estrutural da casa e isso faz
com que normalmente falte ferro no fim da obra. Mas, sem elas, surgem aquelas rachaduras
diagonais que saem dos cantos das esquadrias e se espalham pela parede -- um detalhe de
acabamento que ninguém gosta.

Conferir ou definir, antes de começar, a altura de cada cômodo. Isso é o chamado "pé-direito"
da obra, sabe Deus por quê. Nem sempre o projeto é detalhado em relação a isso, e é preciso
considerar coisas como desníveis existentes na casa (um cômodo pode ficar com altura boa
mas outro ficar baixo demais) e a existência de tubulação de esgoto no andar superior (que
vai exigir o uso de forro no teto). A medida normal fica entre 2,60m e 2m90.

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Conferir o local exato e o tamanho das esquadrias, inclusive o posicionamento e tamanho das
vergas e contravergas.

Mesmo quando não há andar superior, as paredes não acabam depois que chegam à altura
da laje -- elas devem seguir até o telhado, dependendo do desenho adotado pelo projeto.
Nesse caso, é preciso conferir até que altura elas vão seguir, e a inclinação que devem
proporcionar ao telhado.

Ao se chegar no alto das paredes, antes de construir as cintas, é preciso conferir DE NOVO os
pontos das colunas e das vigas superiores que devem ter esperas para água, esgoto e
conduítes de energia, telefone, antena, etc.

{mospagebreak title=Laje}

Laje

Imortalizada por Caco Antibis, o personagem de Miguel Falabella no extinto programa Sai de
Baixo ,a
laje é o teto da casa, sob o telhado -- a não ser, claro, que o projeto dispense a laje e use
somente um forro, ou o telhado aparente. A laje é normalmente necessária quando há um
andar superior -- nesse caso, é a chamada
laje de piso
, mais forte e mais cara do que a simplória
laje de teto
, usada com a mesma função do forro.

É muito arriscado, e freqüentemente impossível, mudar uma laje depois de pronta, porque ela
é elemento estrutural na sustentação da casa. Uma laje comum é composta por três

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elementos. As vigotas são barras de concreto e ferro que são passadas por todo o telhado, por
baixo das barras de ferro que ficam no alto das cintas. Elas são compradas sob medida -- o
fabricante deve visitar a obra para calcular o comprimento e o tipo de ferro que será usado nas
vigotas -- e são elas que definem a qualidade de uma laje. As lajotas
servem apenas como suporte: elas são como tijolos e são apoiadas entre as vigotas, para que
depois se cubra tudo com concreto. Hoje as lajotas mais comuns são de cerâmica e de isopor.
As duas têm preços iguais ou bem próximos. Enquanto as lajotas de isopor são bem mais
leves (claro) e ajudam muito para o isolamento de calor e de barulho entre os andares, elas
não são boas para reboco de cimento no teto -- nesse caso, recomenda-se usar forro ou um
material chamado
gesso-cola
para o teto. Por fim, o último elemento da laje é o concreto por cima dela, que deve seguir
exatamente as orientações do engenheiro quanto a espessura e resistência (determinada pela
proporção entre água, cimento, brita e areia).

- Encomendar a laje ainda durante a fase de alvenaria, pois ela demora alguns dias para
ficar toda pronta. Se você pensa em usar beirais, que ficam por baixo do madeiramento
do telhado nas partes em que eles se estendem além das paredes, avise a empresa, porque
poderá ser necessário aumentar o cálculo da área da laje.

De material elétrico, comprar as caixinhas octogonais de altura dupla que são usadas para
fixar luminárias de teto, e mais conduítes se necessário. Quem quiser pular etapas, pode
aproveitar o embalo para comprar também as caixinhas de parede que serão usadas para
tomadas e interruptores (simples ou duplas) e para luminárias de parede (octogonais de altura
simples, pequenas ou grandes).

Comprar escoras de madeira, tambem chamadas indecentemente de paus roliços. São


usadas para apoiar a laje depois que ela é montada e concretada, e devem ficar montadas por
pelo menos 30 dias para garantir a secagem da laje.

Se houver andar superior, comprar toda a tubulação de esgoto que será usada, com os
respectivos caps de proteção.

Onde houve banheiro ou uma varanda aberta, pode ser preciso tomar alguma medida para

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impermeabilização da laje, que pode ser com lona ou com algum produto específico. O
engenheiro RT pode dar umas boas dicas sobre isso.

{mospagebreak title=Telhado}

Telhado

Se não houver outro andar, já é hora de fazer o telhado -- assim, pode-se continuar o resto do
trabalho sem preocupação com chuva, e a própria obra pode servir de depósito para mais
material. O telhado, porém, costuma ser caro, principalmente quando é dos tradicionais, com
madeira e telhas de cerâmica. Existem telhas de vários formatos, tamanhos e cores, e das
medidas delas é que se tira a conta do madeiramento que será necessário -- também em
diversas madeiras existentes. As combinações são inúmeras. Para minha casa, adotei telhas
do tipo americana -- parecem as coloniais, mas são grandonas, com menos peças por metro
quadrado, e por isso são mais leves e, mesmo sendo mais caras por milheiro, saem mais em
conta. Ah, na cor mesclada, aquela branca que parece queimadinha na outra ponta. Para
madeira, dado o preço salgado do tradicional e ultra-resistente ipê, usei angelim vermelho --
uma madeira bem forte, que não agrada os cupins, e que vem sendo muito adotada no lugar
do ipê. Mas tem a característica de feder a chulé enquanto não está devidamente seca...

O material é relativamente fácil de encontrar e, dependendo da escolha, não precisa ser


comprado com tanta antecedência. Mas é preciso pegar no pé do mestre de obra ou do
engenheiro RT para se fazer a lista de materiais necessários, que normalmente não são
definidos nas plantas do projeto.

Comprar madeiramento com pelo menos 3 dias de antecedência, duas brocas longas para
madeira, um disco de serra para madeira e um para cerâmica, disco de lixa (com disco de
borracha), barra rosqueada do diâmetro da broca com as respectivas arruelas e porcas (sai
mais barato que comprar parafusos), pregos para as ripas, telhas (pelo menos 2 dias de
antecedência), cumeeiras das telhas (são vendidas por unidade).

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- Como eu já disse, existem muitas opções para o madeiramento, mas os principais e mais
recomendados são o ipê, o angelim, o cumaru (também chamado de ipê-champanhe, mais
claro e um pouco menos resistente que o ipê comum) e maçaranduba. Você já deve ter lido em
vários lugares para comprar madeira já envelhecida e seca, que não empena, mas eu não
encontrei nenhuma madeireira que tivesse material assim, porque elas não se arriscam a
trabalhar com estoque grande e a rotatividade do material é alta. O que você pode fazer é já
deixar acertado que, em caso de empenamentos, o material terá que ser trocado. Se a
madeireira não aceitar essa condição, procure outra! E, se o telhado não é aparente, considere
com carinho a opção de usar estrutura metálica em vez de madeira -- o número de empresas
especializadas é crescente e os preços estão ficando bem melhores, ``as vezes até mais em
conta do que madeira. Só que, nesse caso, a instalação não será feita pelo pessoal do mestre
de obra, e sim pela empresa.
- Outro truque maldito das madeireiras: um bom projeto de telhado vai incluir medidas
rigorosamente especificadas e de certa forma padronizadas para as vigotas, mas no mercado
você vai se deparar com a maioria das lojas vendendo apenas vigotas cortadas em medidas
ligeriamente menores do que esse padrão. Óbvia mutreta para fazerem a madeira render mais.
E, acredite, cada centímetro de espessura faz uma diferença BRUTAL na resistência da
madeira. Não aceite medidas menores, não caia em papo de vendedor do tipo "ah, essa
medida ninguém trabalha mais, agora só tem essa aqui" ou "pode levar que não vai fazer
diferença!", e só aceite uma medida diferente se for para mais, ou seja, maior. Certamente vai
sair mais caro, mas se você não fizer isso será enorme a probabilidade de que em 6 meses ou
menos seu telhado fique completamente envergado.
- Se os recursos permitirem, vale a pena comprar a chamada subcobertura, que é uma
manta aluminizada colocada entre o madeiramento e as telhas. É coisa cara, mas serve para
isolar o calor e, principalmente, impede goteiras causadas por deslocamento das telhas. Se o
dinheiro estiver curto, pode-se usar lona, que não é a mesma coisa mas é melhor do que
nada.
- O telhado pode ser extremamente caro, especialmente em casas térreas. É altamente
recomendável que, depois da última telha colocada, você dispense o pessoal por uns meses,
deixe a obra parada, termine de pagar o material e só retome a construção depois que refizer
as economias.

{mospagebreak title=Canos e caixinhas}

Instalações

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Depois de gastar uma boa grana com ferro e cimento para a fundação, essa é a próxima etapa
que come dinheiro. As paredes são "rasgadas" para a instalação dos canos, dos registros, das
caixinhas de tomadas. O material não é tão caro assim, vá lá, mas também não é baratinho
como tijolo, e quem quer fazer uma casa que preste não pode abrir mão de usar materiais da
mais alta qualidade possível -- não tem coisa pior do que ter que quebrar parede para trocar
um registro, consertar cano que rachou, essas coisas. Se é que vale a opinião, lá vai:
tubulação pra mim é Tigre ou Amanco/Fortilit, registro é Deca ou Tigre!

Essa fase é uma das mais chatinhas. O mestre de obra NUNCA vai te dizer exata e
precisamente o que você precisa comprar. Depois que você chegar da loja com o material, ele
vai olhar pra você e perguntar "você comprou a luva de 100?", e você vai querer esbofetear o
miserável porque ele nunca tinha falado de luva nenhuma. Por mais que o engenheiro RT ou
você mesmo se esmere em calcular quanto vai precisar de cada coisa -- luvas, joelhos de 90
graus, joelhos de 45 graus, registros, etc -- sempre vai faltar alguma coisa na hora em que os
caras vão montar os tubos. Fora que, não raramente, eles erram, e aí é difícil aproveitar
alguma coisa de um trecho de tubulação que precisou ser cortado fora.

A solução? Faça logo um acerto prévio com o dono da loja de materiais de construção mais
próxima da obra, ou com o fornecedor preferido do mestre de obra, para que, quando faltar
alguma coisa em cima da hora, eles possam ir lá e pegar, para que você pague depois. Ou
deixe que o mestre de obra pague e você se acerta com ele depois. É, tem que confiar, fazer o
quê? O pessoal das lojas é compreensivo quanto a isso e não cria problemas. Eu apelei para
algo mais preventivo: copiei para folhas de papel, em escala, as plantas baixas da cozinha e
dos banheiros, e desenhei cada uma das paredes -- é como se você tivesse desmontado uma
caixa de papelão e estivesse olhando para ela do alto. Daí desenhei cada uma das saídas de
água ou esgoto nas paredes, desenhei a tubulação, e tirei as medidas dentro da escala. Acho
que é o mais próximo que se pode chegar do quantitativo de material final... Mesmo assim, não
se esqueça de comprar canos e conexões com uma certa "margem" de sobra.

Comprar material bruto de água quente e fria (canos, cola PVC, joelhos, tês, válvulas de
descarga, registros, plugs, material para a caixa d´água). Registros que controlam a água em
todo um ambiente são de gaveta; as torneiras de chuveiro são registros de pressão. Por
razões de tradição, os registros usam roscas com medidas em polegadas, enquanto os tubos
de PVC (soldáveis com cola PVC, daí o nome "cola" para as conexões) já são vendidos com
medidas em milímetros, e para ligar um com o outro é preciso usar adaptadores de rosca para
cola. O registro de pressão precisa de um adaptador e uma luva LR (aquelas de plástico azul,
que têm uma rosca de metal por dentro em uma das pontas); e o registro de gaveta leva dois
adaptadores.

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Não se esqueça de incluir nos cálculos dos tubos de esgoto (normalmente, os de 40mm) as col
unas de ventilação
, que devem partir
da tubulação do chão até algum ponto de saída de ar sobre o teto da casa. Sem essas
colunas, são grandes as chances de você ter um banheiro com aquele agradável aroma de...
merda. Se o ar do sistema não tiver por onde sair, ele vai retornar pelos ralos, por exemplo.

Se isso já não foi feito, comprar as caixinhas de interruptores, caixinhas octogonais para
iluminação de parede (altura simples), mais conduítes se necessário, quadro de distribuição
de energia (normalmente de embutir, observar as entradas para conduítes) e quadro de
telefone.

Definir e discutir amplamente com o mestre de obra e o instalador onde ficarão as tomadas,
os interruptores e suas respectivas luminárias, saídas de antena de TV e telefone, pontos de
interfone e alarme, etc. Não precisa ser tudo igualzinho ao projeto, mas é preciso deixar bem
claras as alterações.

Definir os locais exatos das saídas de água, especialmente a altura delas, de acordo com o
tipo de pia que será utilizado. Existem as torneiras de parede, que devem ser colocadas mais
altas do que a pia, e as torneiras
de mesa
, que são instaladas na própria pia, ligadas à saída de água por uma mangueira apropriada, e
por isso exigem que a saída de água fique mais baixa do que a pia. Nos banheiros, a válvula
de descarga de embutir deve ficar a aproximadamente 100cm do piso.

Definir localização das saídas de esgoto nas paredes. A altura dos sifões depende da altura
das pias: em pias de bancada com cuba embutida, a saída para o sifão fica a cerca de 60cm,
e a distância entre o sifão e a bancada varia em torno de 20cm.

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Conferir na planta a altura e o alinhamento vertical das saídas e torneiras de chuveiro (com
posicionamento da caixinha de tomada). As torneiras do chuveiro devem ter uma altura em
torno de 110cm. A saída do chuveiro fica entre 200cm e 210cm acima do piso -- a não ser que
haja jogadores de basquete na casa.

{mospagebreak title=Reboco}

Reboco

O reboco propriamente dito é uma mistura de cimento e areia (dos tipos rosa e lavada) que é
mais fina e frágil que o concreto, que leva brita. Primeiro essa massa é salpicada na parede,
formando o chapisco. Depois, grandes colheradas dessa massa são arremessadas com força
na parede (uhuu!) para formar o emboço. E aí sim o pedreiro, com uma
imensa barra retangular de alumínio (a régua), alisa esses bolões de massa para deixá-los
completamente nivelados e lisos, formando o reboco.

A fase de instalação deve ser muito bem planejada e conferida depois de pronta porque
quebrar reboco para mudar alguma coisa dá pena, e pode até dar muito trabalho se ninguém
mais lembrar onde exatamente estava passando aquele maldito cano. Aqui é meio caminho
andado para o acabamento, e já se deve começar a pensar nos revestimentos de parede que
serão utilizados. É preciso caprichar na massa: um reboco que leve muita areia, para
economizar cimento, fica frágil e farelento demais, o que, na prática, significará muita dor de
cabeça na hora em que você quiser bater um prego na parede para colocar um quadro, por
exemplo.

Esquadrias

Na fase de reboco você já precisa ter em mente uma parte do acabamento que quer para a
casa. As esquadrias são um exemplo disso. É nessa fase que são instaladas as janelas e
portais, em se tratando de esquadrias de metal, PVC ou madeira; ou são feitos os enquadrame

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ntos se você
optou por janelas e/ou portas de vidro temperado (o popular
blindex
). "Enquadrar" uma janela é simplesmente rebocar a parte de dentro dela, deixando-a com um
aspecto já finalizado, do jeito que ela vai ficar para receber a pintura e o vidro.

As portas internas, especificamente as de madeira, são compostas por diversos itens.


Atualmente algumas madeireiras vendem kits de portas que são instalados de uma só vez na
fase de acabamento, com espuma de poliuretano. Para usar esses kits, só é preciso deixar os
portais enquadrados. Já no sistema tradicional (que ainda é mais barato), é na fase do reboco
que você precisa comprar e instalar os portais, apenas eles -- comprar as portas em si e os
alisares (as molduras que ficam em torno dos portais) é arriscado, pois eles podem pegar
sujeira, mofo e umidade enquanto não chega a fase de acabamento, que é quando eles
realmente são instalados. Decida desde já se suas portas, e os respectivos portais e alisares,
serão pintadas ou envernizadas: se você quer manter a tonalidade natural da madeira, será
preciso instalar os portais já selados e envernizados, para que o cimento não cause manchas.
Na hora de comprar verniz, será preciso escolher entre brilhante e fosco, e também entre o tipo
comum (também chamado de "Copal", sei lá por quê) e o tipo marítimo (mais resistente e
fundamental para áreas que recebam chuva ou muita luz direta do sol). E não se esqueça de
comprar os pregos, que serão fincados nos portais para fixá-los à alvenaria.

Para as esquadrias de metal, a recomendação é comprar tudo de uma vez, se for possível.
Assim, você poderá negociar um preço mais baixo, e principalmente poderá comprar todas as
portas e janelas de uma mesma linha estética. As esquadrias de alumínio são bem leves, não
enferrujam e precisam de pouca manutenção, mas são mais caras do que as de ferro
(aproximadamente o dobro ou triplo do preço), e pelo fato de poderem manchar em contato
com o cimento, e também por normalmente terem espessura menor do que as de ferro, exigem
que a mão-de-obra já tenha experiência com elas -- não é qualquer zé ruela que pode mexer
com alumínio, em outras palavras, e por isso antes de comprar já pergunte ao mestre de obra
se ele tem o conhecimento necessário. Por outro lado, as janelas e portas de ferro,
relativamente baratas, mais fáceis de instalar e em grande variedade de modelos e medidas,
exigem pintura impecável para que não se enferrujem com facilidade (o que invariavelmente
vai acontecer em algum momento).

O vidro temperado é uma opção não exatamente barata, até porque vai exigir a instalação de
cortinas e/ou persianas posteriormente, mas dá um visual moderno que vem sendo muito
utilizado. As portas e janelas de blindex não permitem furos ou cortes depois de prontas, e por
isso é fundamental que a própria empresa fabricante/revendedora mande alguém na obra para
tirar as medidas, depois que os enquadramentos já forem feitos (ou até mesmo depois da
pintura, se possível). E atenção a um detalhe -- as janelas de blindex normalmente usam

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para-peitos (ou peitoris), de mármore ou granito, e muita gente gosta de usar molduras
externas ao redor delas. Pois bem: depois do requadramento, já chame a empresa que vai
fazer e montar essas molduras (para o exterior, elas devem ser de concreto, e não de gesso).
Depois que elas estiverem instaladas, chame a empresa vendedora dos peitoris, para que um
revendedor tire as medidas já somando a espessura das molduras à espessura das paredes (o
ideal é que, no lado de fora, o peitoril ultrapasse a moldura em 0,5cm ou um pouco mais). E só
depois chame o vidraceiro, que levará mais uns 15 dias para entregar o material sob medida.
Não cometa o vacilo que eu cometi, de comprar os peitoris antes das molduras, o que me
obrigou a exigir que o produtor das molduras as fizesse mais finas que de costume.

Jamais, de jeito nenhum, sob qualquer hipótese, nem a cacete caia naquela velha idéia de
fazer o reboco com areia saibrosa, também chamada simplesmente de saibro. Para quem não
conhece, é um tipo de areia argilosa, bem clarinha, constantemente úmida. Misturar isso ao
cimento é uma técnica antiga e infelizmente popular para fazer o cimento "dar liga" e grudar
melhor na alvenaria. Mas meu tio Alexandre certa vez me ensinou: "meu filho, saibro é barro. O
que acontece se você misturar barro no cimento? Estraga seu cimento". É bem verdade e eis
ainda uma outra explicação mais técnica: a areia saibrosa é rica em compostos orgânicos que
um dia simplesmente apodrecem. Isto posto, é fácil concluir que em pouco tempo uma parede
rebocada com saibro vai literalmente apodrecer e mofar. Não é mera teoria: um colega de
trabalho, dia desses, estava se lamuriando por ter feito isso, e me dizendo que vai precisar
desmanchar o reboco inteirinho e refazer. A receita certa para o reboco leva apenas areia
lavada, areia rosa e cimento. Para dar liga e tornar o cimento mais plástico, uma boa dica é
misturar gesso em pó ao reboco, o que também acelera seu endurecimento.

Comprar cimento, areia rosa, régua de alumínio, linha para nível. Também pode ser preciso
comprar espátula e colher de pedreiro.

Comprar as bancadas que precisam ser chumbadas na parede -- pias de granito e inox, por
exemplo. Conferir a altura em que elas devem ficar.

Conferir de novo, antes da execução, as medidas e posição das esquadrias (altura das
janelas e portas em relação ao teto, etc). Normalmente o ideal é que a parte de cima de todas
as janelas e portas esteja nivelada, mas isso pode mudar de acordo com desníveis da casa. O
importante é que não seja preciso quebrar tudo depois de pronto para colocar na altura certa!

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{mospagebreak title=Piso e revestimentos}

Piso e revestimentos

Você queria acabamento?? Aqui começa o dito cujo. Pode ir coçando o bolso porque aqui
começa a parte mais cara da obra. Ou não. As opções são incontáveis, e muitas vezes
materiais bem simples podem se tornar acabamentos lindos quando passam por mãos
devidamente habilitadas. Depende do seu gosto e da sua capacidade de aceitar (ou rebater)
sugestões.

- Comprar as soleiras das portas, que costumam vir em medida padrão (80cm ou 90cm
de largura) e são cortadas com serra na própria obra. O resto depende do material adotado.
No caso de cerâmicas, é preciso comprá-las com um excedente de uns 15%, porque se perde
muito nos cortes para rodapé e ajustes, e é sempre recomendado guardar algumas peças
para o caso de reparos e reformas, já que os desenhos e padrões oferecidos pelos
fabricantes são mudados de tempos em tempos. Além delas, argamassa e rejunte. Os
pedreiros sempre gastam mais argamassa do que o calculado pelos vendedores; portanto
pode ser providencial levar um ou dois sacos a mais. Pode ser preciso comprar também
juntas espaçadoras, de plástico e em formato de cruzeta, que mantêm o esquadro do piso e
têm a espessura que se deseja para o rejunte.

Antes de ser colocado o piso de cerâmica, é feito um segundo contrapiso, num material
semelhante ao reboco, que corrige as irregularidades e determina tanto a eventual inclinação
do piso (o popular caimento) quanto o desnível que separa os cômodos ou ambientes. Antes
da execução, definir e discutir com o pessoal da obra quais serão esses desníveis. E para
testar a inclinação dos pisos, antes que a massa seque, usar bolas de gude ou algo similar.

No caso de piso de banheiro, é preciso não apenas fazer um rebaixo de pelo menos 1,5cm na
área do chuveiro: se o banheiro tiver cobertura de cerâmica de meia-parede e apenas no box
receber cerâmica por completo, é preciso também definir que tipo de fechamento será usado

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(box de acrílico, box de vidro temperado, cortina). O box de acrílico com esquadrias de
alumínio tem cerca de 4cm de largura, e o emolduramento da área de chuveiro, proporcionado
pela cerâmica, deve ter no mínimo essa espessura (contada a partir do rebaixo do box no
piso), para que não fique uma fresta entre a esquadria de aumínio e a parede sem cerâmica.
Já o box de vidro temperado é menos espesso, e basta um emolduramento de pouco mais de
2cm.

{mospagebreak title=Pintura}

Pintura

Outra fase do acabamento, que pode ser igualmente cara ou até surpreender no preço.
Pinturas texturizadas, que estão na moda, muitas vezes são mais práticas que a pintura
tradicional, lisinha, porque podem dispensar a massa corrida. As possibilidades são inúmeras --
e, engraçado, o bolso da gente não é infinito como os donos das lojas pensam. O jeito é ir
pegando idéias legais nas casas dos outros e em revistas.

Para uma pinturinha básica, comum, a lista de materiais é extensa. As massas corridas não
apresentam muita diferença entre as diversas marcas; já as tintas devem ser escolhidas com
mais cuidado. Tetos normalmente levam tinta fosca não-lavável, e em interiores é comum a
pintura lisa com tinta semi-brilho lavável. Além desse material básico, comprar também rolo
anti-gotas, rolo comum, lixas 180 e 220, thinner, pincéis de ¾ e de 1½, impermeabilizante
externo, máscaras de rosto para a fase de lixamento da massa corrida, e fita crepe para
proteção de áreas que não devem sofrer pinturas (especialmente em caso de reforma).

Para o exterior da casa, é bom passar impermeabilizante nas paredes antes da pintura

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definitiva. Meu mestre de obra me convenceu a usar Vedapren Branco, o que causou
estranheza nas lojas de tintas, porque normalmente isso só é usado em lajes. É que ele é
mais grosso que o Vedapren normal e forma uma espécie de película emborrachada. Esse
impermeabilizante pode fazer as vezes de pintura mesmo, branca, enquanto não se aplica a
pintura definitiva.

{mospagebreak title=Montagens}

Montagens

Ok, o nome pode não ser o mais apropriado. Mas essa é a fase de terminar a casa: colocar as
portas, as janelas, as louças do banheiro, as torneiras, essas coisas. Essa fase rivaliza com a
dos pisos em termos de custo, e você já pode se considerar um vencedor se conseguiu chegar
até aqui sem vender as calças. Opções aos milhares, e você até pode abrir mão de um
pouquinho de qualidade em prol do preço -- por exemplo, uma torneira de banheiro que possa
ser trocada facilmente não precisa necessariamente ser da Deca, que é apontada como o
supra-sumo do mercado brasileiro em termos de hidráulica, e por isso copiada por todos os
fabricantes. Essa fase, definitivamente, vai do gosto e do bolso de cada um...

Comprar as portas e os alisares (molduras), se não foram comprados juntamente com os


portais na fase do reboco. Além dessas peças, é preciso lembrar das dobradiças (evitar as de
aço galvanizado, que se enferrujam; prefira as cromadas), fechaduras, pregos pequenos e
sem cabeça para prender os alisares, cola de sapateiro para os laminados de acabamento
das portas de madeira, tinta para as portas pintadas, selador e verniz para as envernizadas, e
mais um pincel de 2 polegadas. Podem ser necessárias, caso o instalador das portas não
tenha todas as ferramentas, uma broca chata para os furos das dobradiças e uma serra-copo
para a abertura dos buracos para fechaduras.

Se as janelas e portas não são de vidro temperado, que já deveriam ter sido encomendadas
na fase do reboco, é a fase de encomendar os vidros para as esquadrias de metal ou madeira.

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Banheiros: comprar torneiras e acabamentos de registros (todos da mesma linha em cada


cômodo), acabamentos de válvula de descarga, engates flexíveis (as mangueiras) para as
torneiras de bancada ou coluna, ducha higiênica, sifões, válvulas de pia (ralos), canos de
chuveiro. Lembre-se de comprar as peças de hidráulica de acordo com as saídas de água e
esgoto que foram escolhidas na fase de instalação -- por exemplo, sifão + válvula de ralo,
torneira + engate flexível + rosca da saída de água, cano de chuveiro + rosca de saída de
água, etc.

Também no banheiro: comprar as louças. Para a fixação de vaso sanitário, pias presas à
parede e colunas de pias, é preciso comprar também parafusos especiais (8mm ou 10mm) e
uma broca para concreto com o mesmo diâmetro. Para o vaso, também é preciso o anel de
vedação (de massa, descartável; ou de silicone, reaproveitável). O acabamento também exige
gel de silicone para vedar as frestas.

É hora de comprar o tanque de lavar roupa, caso ele seja preso à parede, e as mãos
francesas (suportes) caso sejam necessárias. Mesmo que o tanque já tenha sido instalado
antes -- no caso de tanque de embutir na parede, como pias de cozinha -- , também é hora de
comprar torneira, acabamento do registro da área de serviço, válvula de ralo e o respectivo
sifão com rosca do mesmo diâmetro (em pares, no caso de tanque com mais de uma cuba).
Quando há só uma saída de esgoto para as duas ou mais cubas, pode-se usar um tubo
corrugado que une os dois ralos em uma só saída, mas é recomendável o uso de um sifão, ou
a ligação a uma caixa de sabão externa (equivalente à caixa de gordura), para evitar que o
mau cheiro da tubulação de esgoto retorne pelo ralo.

Para a cozinha, além dos já conhecidos kits de torneira, válvula-ralo, sifão e acabamento de
registro, também já se pode comprar a mangueira de gás com respectivas braçadeiras,
triturador de lixo, e o fogão e/ou forno de embutir.

Conferir, antes da instalação, as alturas e níveis em que as bancadas e pias serão instaladas.

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