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Bareme-Imprensa Índice - 3
Índice
Metodologia ............................................................................................................................. 5
Introdução ........................................................................................................................... 7
Metodologia ......................................................................................................................... 7
1. Universo .............................................................................................................. 7
2. Amostra ............................................................................................................... 7
3. Recolha de Informação ......................................................................................... 8
4. Tratamento da Informação.................................................................................... 9
5. Apresentação dos Resultados ................................................................................ 9
Documentação Técnica – Indicadores de Audiência de Imprensa .......................................... 11
Documentação Técnica – CATI – Entrevistas telefónicas assistidas por computador................ 12
Documentação Técnica – Variáveis Sócio-Demográficas........................................................ 13
Documentação Técnica – Grupos Ocupacionais .................................................................... 14
Documentação Técnica – Classes Sociais Marktest................................................................ 16
Documentação Técnica – Regiões Marktest.......................................................................... 18
Documentação Técnica – Amostragem estratificada desproporcional .................................... 19
Introdução
O Bareme-Imprensa é um estudo regular da MARKTEST, onde No início de 1994, concluiu-se o processo que conduziu à exis-
se analisam as audiências de jornais e revistas em Portugal tência de um estudo e uma técnica de recolha de informação
Continental. específica para cada meio estudado (para Televisão,
audimetria, para Rádio, Bareme-Rádio e para Imprensa,
Este estudo surgiu a partir de um estudo geral de meios, o Bareme-Imprensa).
Bareme - Base Regular de Meios - que foi criado em 1983 e
estudava as audiências de Televisão, Rádio e Imprensa. Em Desde o início de 1996, a recolha de informação do Bareme-
1992, incluía apenas a Rádio e a Imprensa, passando a Televisão Imprensa passou a ser realizada por entrevista pessoal e
a ser analisada com outra técnica, genericamente designada por telefónica.
audimetria.
Metodologia
1.Universo
A partir de 2003, os universos analisados no Bareme-Imprensa
2. Amostra
passam a ser calculados com base nos Censos de 2001 do No início de 2003, optou-se por uma distribuição não proporcional
Instituto Nacional de Estatística (INE), cujos resultados definitivos da amostra quanto à variável idade. Esta decisão foi analisada e
foram disponibilizados em Dezembro de 2002. aprovada pela C.A.E.M. (Comissão de Análise dos Estudos de
Os resultados publicados anteriormente, estavam a ser Meios).
extrapolados para os universos quantificados a partir dos Censos
Assim, a amostra deste estudo é proporcional quanto às variáveis
de 1991 do INE.
Sexo e Dia de Semana, para cada um dos concelhos do
1.1. Definição continente, mas não proporcional quanto às variáveis Idade e
O Bareme-Imprensa estuda o universo constituído pelos indiví- Região.
duos com 15 e mais anos, residentes em Portugal Continental. A opção de tornar a amostra não proporcional quanto à variável
Apesar do estudo ser realizado através da técnica de entrevista Idade, resulta do facto dos Censos 2001 revelarem um
telefónica, para a quantificação do universo são considerados envelhecimento da população portuguesa. Assim, à luz destes
também os lares que não possuem telefone. dados, a amostra do estudo iria ser reforçada nos grupos etários
Nos dados disponibilizados pelo INE no estudo Indicadores de mais elevados, nomeadamente no grupo dos indivíduos com mais
Conforto das Famílias de 1997, a taxa de posse de telefone de 64 anos, em prejuízo dos grupos mais jovens. Por se
estimada é de 79.9%. Em 1999, os estudos efectuados pela constatar, nos resultados do estudo, que os indivíduos
Marktest apontavam para uma taxa de 90%. pertencentes aos grupos etários mais elevados têm um
comportamento mais homogéneo, optou-se por manter no grupo
Em 2002, usando já como base o universo de lares quantificados etário “+ de 64 anos”, a amostra que anteriormente lhe era
pelos censos 2001 do INE, os estudos efectuados apontam para atribuída (amostra distribuída com base nos Censos 91) e
uma taxa de posse de telefone de 82.4%, o que representa redistribuir as restantes entrevistas por todos os outros grupos
2 886 647 lares com telefone no continente, para um total de etários, proporcionalmente ao peso que têm na população actual.
3 505 292 lares
A não proporcionalidade por região, tem por base a mesma
1.2. Quantificação justificação, isto é, nos meios urbanos e nomeadamente nas
A partir da 1ª vaga de 2003, para a quantificação do universo regiões da Grande Lisboa e do Grande Porto, existe uma maior
deste estudo foram utilizados os dados definitivos do heterogeneidade de comportamento. Assim, nos concelhos
Recenseamento Geral da População (Censos) do INE de 2001. pertencentes às duas regiões mencionadas (Grande Lisboa e
Com base nestes dados, o universo de indivíduos residentes em Grande Porto), é aplicada uma sobre-amostragem.
Portugal Continental com 15 e mais anos, está quantificado em
8 311 409 indivíduos. Dado que a amostra é ponderada (ver Documentação Técnica
sobre Amostragem estratificada desproporcional), ela é adequada
Os quadros seguintes apresentam a distribuição por algumas das ao presente estudo.
principais variáveis demográficas:
Para a amostra proporcional considera-se, para cada uma das
Quantificação do universo vagas, um total de 4300 entrevistas, sendo a sobre-amostragem
Variáveis Indivíduos % de 740 entrevistas, 485 na Grande Lisboa e 255 no Grande Porto.
Sexo
Masculino 3 968 422 47.7
Feminino 4 342 987 52.3 2.1. Distribuição da Amostra
Idade A tabela seguinte quantifica o número teórico de entrevistas
15 a 17 anos 372 523 4.5 distribuídas por vaga, para as principais variáveis sócio-
18 a 24 anos 1 027 112 12.4 demográficas do estudo:
25 a 34 anos 1 500 736 18.0
35 a 44 anos 1 427 556 17.2
45 a 54 anos 1 274 953 15.3
55 a 64 anos 1 079 933 13.0
65 e mais anos 1 628 596 19.6
Regiões MARKTEST
Grande Lisboa 1 650 626 19.8
Grande Porto 913 926 11.0
Litoral Norte 1 604 834 19.3
Litoral Centro 1 352 110 16.3
Interior Norte 1 842 169 22.2
Sul 947 744 11.4
Total 8 311 409 100.0
Base: Indivíduos residentes em Portugal continental, com idade igual ou
superior a 15 anos.
Também nas situações em que se detectam desvios/incorrecções, A informação relativa a cada vaga é disponibilizada em suporte
provocados pelos entrevistadores, sempre que possível, é tentado informático, num formato de base de dados, integrada no pro-
um novo contacto com o entrevistado. Se esse contacto não for grama MARKSEL (software MARKTEST para análise da informação
possível ou não tiver um resultado positivo, a entrevista é e que integra todos os instrumentos para planeamento de
anulada. campanhas publicitárias).
O MARKSEL permite ao utilizador um vasto conjunto de análises
da base de dados, sendo possível definir targets específicos,
4. Tratamento da Informação caracterizáveis através das variáveis sócio-demográficas.
A informação disponibilizada nos relatórios e na base de dados, é Poderoso instrumento de gestão e de planeamento de meios, o
ponderada e extrapolada para a população com 15 e mais anos MARKSEL permite as seguintes análises:
residente em Portugal continental.
• rankings
Assim, os resultados referem-se a milhares e a percentagens de • planeamento
indivíduos. • tabulação
• optimização
• segmentação
• duplicação
• evolutivas
5.3. Critérios de inclusão/exclusão de títulos no De entre outros aspectos, resulta desses critérios que apenas
questionário e no relatório são apresentados resultados cruzados com as variáveis
Dadas as características metodológicas deste estudo, e tendo sócio-demográficas, para os jornais e revistas que têm 30
sempre como objectivo a qualidade da informação recolhida, ou mais casos na amostra.
existem limitações no número e tipo de publicações a estudar. Por
esse motivo, a Marktest tem discutido com o mercado, critérios
objectivos para inclusão e/ou exclusão de títulos. Em Junho de
2004, o C.T.C. de Imprensa da C.A.E.M. (Comissão de Análise de
Estudos de Meios) aprovou uma nova versão do documento, que
apresentamos na Documentação Técnica anexa à Metodologia do
estudo.
Indicadores de Audiência
de Imprensa
(definição de conceitos utilizados no relatório e no Marksel)
Se, num dado alvo, a Audiência Média de um suporte é Esse indicador é obtido pela relação entre a Cobertura Máxima e
superior à Audiência Média, do mesmo suporte, no a Audiência Média.
universo, então o referido suporte “atrai” mais o alvo em
No limite, o Índice de Fidelidade pode atingir 100%. Tal ocorreria
questão que a globalidade dos indivíduos.
quando todos os leitores de uma publicação, tivessem lido todas
as edições dessa mesma publicação.
Audiência Média
Corresponde ao número ou percentagem de indivíduos que
contactaram com a última edição de um dado suporte (véspera
para diários, última semana para semanários, etc.).
Exemplo 1: Se um jornal semanário tiver 15% de Audiência
média, num dado período de 3 meses, significa que, em média,
cada edição foi contactada por 15% do universo ou alvo.
A documentação técnica da MARKTEST resume métodos e técnicas de estudos de mercado, conceitos e procedimentos estatísticos, de forma a
apoiar uma melhor análise da informação. Poderá encontrar mais informação em WWW.MARKTEST.PT/DOC_TECNICA
Sistema de recolha de entrevistas com apoio de computador. O A ligação em rede permite também várias facilidades na gestão
questionário é construido no software MARKTAB, da Marktest e o da recolha:
entrevistador verbaliza as questões a partir do ecrã, registando • as coordenadoras podem, a qualquer momento, visualizar no
as respostas directamente no computador. ecrã do seu terminal, e em directo, o decorrer da entrevista de
O sistema é especialmente adequado para questionários qualquer entrevistador, enquanto escutam o diálogo, por um
complexos (exemplo: se um inquirido respondeu sim à pergunta telefone de via única
5 e muito insatisfeito à pergunta 7, então passa para a pergunta • gestão integrada dos números de telefone – gestão de
9; se respondeu não à pergunta 5 e muito insatisfeito à pergunta contatos, selecção aleatória, etc.
7, então passa para a pergunta 10; etc.). Nestes casos o
computador, e não o entrevistador, rapidamente selecciona qual
O sistema em rede permite um
a pergunta seguinte, evitando erros de decisão, pausas ou melhor controle das amostras,
desconcentração. supervisão em tempo real e
controle constante de cada
projecto
O computador gere a
aplicação do
questionário em
função das respostas e
valida instan-
taneamente a
informação, reduzindo
drasticamente os erros
de recolha
A documentação técnica da MARKTEST resume métodos e técnicas de estudos de mercado, conceitos e procedimentos estatísticos, de forma a
apoiar uma melhor análise da informação. Poderá encontrar mais informação em WWW.MARKTEST.PT/DOC_TECNICA
Variáveis
Sócio-Demográficas
(definição de conceitos)
Situação na Ocupação
Responsável pela aquisição dos bens não
• Patrão (com empregados)
duradouros para o Lar (Dona de Casa)
Aquele que trabalha por conta própria com um ou mais
Indivíduo que tem a seu cargo a aquisição de bens não duráveis trabalhadores ao seu serviço.
para consumo no lar (independentemente do sexo). • Independente (sem empregados)
Aquele que trabalha por conta própria sem empregados
Num agregado apenas pode ser designado um elemento. Em
• Assalariado
caso de empate, será aquele que mais frequentemente decide as
Aquele que trabalha por conta de outrem, recebendo
marcas dos produtos de limpeza e de alimentação
remuneração
• Familiar não remunerado
Aquele que trabalha para um estabelecimento ou empresa
Instrução escolar pertencente a um familiar, sem receber qualquer remuneração
• Outra situação
O mais elevado ciclo de ensino completado por um indivíduo.
Não activos e indivíduos a cumprir serviço militar obrigatório
Sempre que o grau completado seja apenas parte de um desses
ciclos, um indivíduo é classificado no ciclo imediatamente
anterior.
A documentação técnica da MARKTEST resume métodos e técnicas de estudos de mercado, conceitos e procedimentos estatísticos, de forma a
apoiar uma melhor análise da informação. Poderá encontrar mais informação em WWW.MARKTEST.PT/DOC_TECNICA
Grupos Ocupacionais
• Agricultores, Empresários Agrícolas, Chefes de exploração • Cozinheiros, Pasteleiros, Padeiros, Chefes de Mesa,
agrícola, Criadores de animais (Instrução inferior a 11º/7º ano Despenseiros, Governantas, Mordomos, Ecónomos de Hotel,
antigo). Encarregados de Refeitórios.
• Electricistas, Montadores, Desenhadores, Técnicos de
GO 3 Reparação Electro-mecânicos (com instrução inferior a curso
médio ou cursos profissionais).
Empregados dos Serviços / Comércio / • Trabalhadores de artes gráficas, Heliógrafos, Litógrafos, e
outros trabalhadores de artes gráficas.
Administrativos • Nadadores-salvadores, Mergulhadores, Maqueiros, Socorristas,
• Chefes de Departamento e Chefes de Repartição, Chefes de Banheiros.
Secções Administrativas, Chefes de Vendas, Chefes de • Artistas e Desportistas, Disco-Jockeys e Artesões
Compras, Gestores de Produto, Presidentes de Junta de independentes (com instrução inferior a curso médio).
Freguesia, Gerentes Comerciais (assalariados). (Para todos: • Monitores de Cursos Profissionais/Formadores (com instrução
Instrução inferior a 11º/7º ano antigo) inferior a 11º/7º ano antigo)
• Chefes de estações de Caminhos de Ferro, de Correios e de • Outros trabalhadores Qualificados/Especializados: Inspectores
Outros Serviços de Transporte e Comunicações. de Automóveis, Medidores-Orçamentistas, Controladores de
• Empregados de Escritório, Profissionais de Seguros, Tráfego, Técnicos de Controlo de Qualidade, Analistas
Secretárias (excepto secretárias de direcção com Instrução Químicos, Talhantes (Para todos: instrução inferior a 11º/7º
igual ou superior a frequência universitária), Técnicos de ano antigo).
Exploração dos CTT e Despachantes.
• Guarda-livros e Contabilistas, Técnicos de Contas e GO 5
Tesoureiros (Para todos: instrução inferior ou igual a curso
profissional)
• Empregados Bancários, Gestores de Conta (instrução inferior a
Trabalhadores não Qualificados/não
11º/7º ano antigo). Especializados
• Empregados de Balcão, Ajudantes de Farmácias, Caixas. • Trabalhadores Rurais, Jardineiros, Pescadores, Tratadores de
• Comissários de Bordo, Hospedeiras. animais, Trabalhadores florestais, Caçadores, Caseiros.
• Manequins e Modelos, Decoradores (instrução inferior a • Trolhas, Empregados de Limpeza, Abastecedores de
licenciatura) Combustível, Ajudantes de Cozinha, Ajudantes de Motorista,
• Vendedores, Delegados de Informação Médica, Delegados Distribuídores de Produtos Alimentares, Empregados de Mesa,
Comerciais, Promotores, Angariadores de seguros. Empregados de Balcão de Cafés, Cantoneiros, Empregados de
• Dactilógrafos, Introdutores de dados, Recepcionistas, Armazém, Engomadeiras, Lavadeiras e Lavadores, Pastores,
Telefonistas, Fotocopistas, Assistentes de Consultório Estivadores, Carregadores, Engraxadores, Coveiros,
(instrução igual ou superior a 11º/7º ano antigo) e Arrumadores, Ascensoristas, Portageiros, Outros ajudantes,
Operadores de Microfilmagem. Aprendizes e Repositores de Supermercado, Barmans, Outros
• Inspectores de finanças (Instrução inferior a licenciatura), Trabalhadores de Salas de Jogos.
Inspectores sanitários, Fiscais e Inspectores de outros • Dactilógrafos, Recepcionistas, Telefonistas, Fotocopistas,
organismos públicos (excepto Capatazes/Fiscais da construção Assistentes de consultório (Instrução inferior a 11º/7º ano
civil, de mercados e praças, dos transportes), Fiscais de Salas antigo). Auxiliares de Acção Médica, Auxiliares de Acção
de Jogo. Educativa, Contínuos, Vigilantes infantis, Auxiliares
administrativos, Amas.
• Estagiários.
GO 4 • Porteiros, Carteiros, Cobradores, Paquetes, Seguranças,
Guardas-noturnos, Guardas florestais, Factores e Revisores.
Trabalhadores • Fotógrafos (com instrução inferior a curso profissional).
Qualificados/Especializados • Vendedores ambulantes, caixeiros viajantes, feirantes,
ardinas, vendedores de jornais, peixeiros, empregados em
• Praças e Cabos das Forças Armadas, Agentes da PSP e GNR,
quiosques, donos de quiosques, floristas.
Bombeiros e Guardas Prisionais, Guardas Fiscais e Indivíduos a
cumprir o Serviço Militar Obrigatório.
• Encarregados Fabris, Chefes de Armazém, Chefes de Guardas GO 6
Prisionais, Encarregados Florestais, Preparadores de Trabalho.
• Capatazes/Fiscais da construção civil, de mercados e praças,
dos transportes, Chefes de Conferentes Marítimos.
Não activos *
• Desempregados.
• Operários fabris, Mineiros, Ourives, Gruistas, Metalúrgicos,
• Reformados/Pensionistas/Aposentados.
Artesãos (assalariados), Manobradores de Máquinas.
• A viver de rendimentos.
• Empregados de Construção Civil - Pedreiros, Pintores,
Carpinteiros, Marceneiros, Canalizadores, Picheleiros,
Serralheiros, Soldadores, Torneiros Mecânicos, Aplicadores de GO 7
revestimentos e de estores, Calceteiros.
• Alfaiates, Costureiras, Modistas, Bordadeiras, Costureiros de Estudantes
peles, Sapateiros, Estofadores.
• Cabeleireiros, Barbeiros, Esteticistas, Massagistas. GO 8
• Mecânicos, Bate-chapas, Pintores de automóveis.
• Motoristas de pesados - mercadorias e passageiros, motoristas Domésticas
de ligeiros, maquinistas, Operadores de Rampa.
* - Apesar da designação dada a este grupo (Não activos), ela não é literalmente abrangente, uma vez que a população
estudantil e as domésticas estão classificadas à parte, respectivamente nos Grupos Ocupacionais 7 e 8. Além disso, este grupo
integra também os desempregados que, em algumas classificações, são considerados como pertencentes à população activa.
Para fazer uma análise da totalidade da população não activa, com a inclusão dos desempregados, deverão seleccionar-se os
Grupos Ocupacionais 6, 7 e 8.
A documentação técnica da MARKTEST resume métodos e técnicas de estudos de mercado, conceitos e procedimentos estatísticos, de forma a
apoiar uma melhor análise da informação. Poderá encontrar mais informação em WWW.MARKTEST.PT/DOC_TECNICA
No marketing, a estratificação social dos consumidores é, actual- Mas, o trabalho não ficou por aqui. Logo em 1992, estabeleceu-
mente, uma ferramenta colocada ao mesmo nível-base de utili- se realizar uma 2ª fase de actualização e aperfeiçoamento do
zação que as variáveis sexo, idade, ou regiões geográficas, entre modelo, partindo da experiência que viesse a ser obtida e de
outras. No entanto distingue-se destas por inúmeras característi- alguns pontos que já na altura se considerava necessário
cas, de onde salientaremos a existência (implícita ou explícita) de aprofundar. Entre eles destacavam-se os seguintes:
pressupostos teóricos e a sua dependência de períodos tempo- • Os reformados:
rais, logo, de actualizações periódicas. A classe D apresentava um elevado peso de reformados,
As Classes Sociais MARKTEST, são um modelo de categorização tendo-se verificado que o sistema de classificação da
social que procura, acima de tudo, reflectir a capacidade Ocupação, então utilizado pela Marktest, poderia estar a
económica dos consumidores e não criar um modelo unânime e contribuir para tal. O facto de então não ser considerada a
de utilização universal, tarefa esta que seria praticamente profissão que precedia a reforma, não permitia a
impossível de concretizar. discriminação destes, nem a diferenciação de rendimentos
provenientes da reforma.
Durante 1992 uma equipa multidisciplinar da MARKTEST realizou
a primeira fase de uma aprofundada investigação sobre esta • Desconhecimento da probabilidade média de pertença
problemática. Esse trabalho deu origem a uma categorização, a uma classe:
estatisticamente fundamentada, que foi utilizada de 1993 a As zonas de fronteira entre cada classe eram pouco definidas,
1998. Esta categorização, tinha como indicador subjacente o fazendo com que a probabilidade de inclusão de indivíduos
rendimento mensal líquido do agregado familiar (RMLF) em que presentes nos extremos dos vários clusters, não fosse
o indivíduo está inserido. No entanto, atendendo às limitações conhecida à priori. Esta situação deve-se ao facto do método
com que em estudos de mercado nos deparamos na obtenção do classificar os indivíduos através de uma Análise Multivariada, e
rendimento (principalmente abstenções), não é utilizado o RMLF, os resultados obtidos serem probabilísticos.
mas sim um conjunto de sete variáveis sem as referidas
limitações e que, simultaneamente, têm a capacidade de reflectir Variáveis Utilizadas
a posição de um indivíduo perante aquela variável.
Durante o período que intermediou as duas fases da investigação
tomaram-se então as seguintes medidas:
Variáveis utilizadas na determinação da Classe Social 1. Recolher a informação da profissão que antecedia a
MARKTEST reforma
Variáveis relativas ao Referencial do Lar Foram criados 5 grupos de reformados, dependendo da sua
última profissão na vida activa. Para a análise dos dados, os
• Situação na Ocupação dois últimos foram agrupados, resultando por isso em 4
• Ocupação grupos.
• Instrução escolar
• Sexo RGO 1 - Reformados de Quadros Médios e Superiores
• Idade RGO 1.1 - Quadros Superiores
Variáveis relativas ao Lar RGO 1.2 - Quadros Médios
RGO 2 - Reformados de Técnicos Especializados e Pequenos
• Composição do Agregado Familiar Proprietários
• Regiões MARKTEST RGO 2.1 - Técnicos Especializados
RGO 2.2 - Pequenos Proprietários
Do modelo então criado, resultaram 5 grupos com a seguinte RGO 3 - Reformados de Empregados dos Serviços
distribuição percentual: /Comércio/Administrativos
RGO 4 – Reformados de Trabalhadores
Qualificados/Especializados
RGO 5 – Reformados de Trabalhadores não
35% 31.9% Qualificados/não Especializados
30% 27.6%
25.3%
25% 2. Incorporar a Situação na Ocupação na classificação
20% das Ocupações:
15% 10.7% Concluiu-se, também, que a Situação na Ocupação deveria
10% 4.5% ser incorporada nos Grupos Ocupacionais (GOs), de forma a
5%
0%
que uma mesma Ocupação tivesse diferentes classificações,
A B C1 C2 D dependentes da Situação Profissional de cada caso.
Classes Sociais em 1992
Regiões Marktest
Região da Grande Lisboa Distrito da Guarda
Distrito de Lisboa - concelhos de Amadora, Cascais, Lisboa,
Loures, Odivelas*, Oeiras e Sintra. Distrito de Leiria - concelhos de Alvaiázere, Ansião,
Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e Pedrogão Grande.
Distrito de Setúbal - concelho de Almada
Distrito do Porto - concelhos de Amarante, Baião, Paços de
Região do Grande Porto Ferreira, Paredes, Felgueiras, Lousada, Marco de Canavezes e
Penafiel.
Distrito do Porto - concelhos de Gondomar, Maia, Matosinhos,
Porto, Valongo e Gaia Distrito de Santarém - concelhos de Ferreira do Zêzere,
Mação e Sardoal.
Região do Litoral Norte Distrito de Viana do Castelo - com excepção dos concelhos
Distrito de Aveiro - com excepção dos concelhos de Arouca, de Caminha e Viana do Castelo.
Castelo de Paiva, Sever do Vouga e Vale de Cambra.
Distritos de Vila Real e Viseu
Distrito de Braga - concelhos de Barcelos, Braga, Esposende,
Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Vizela*.
Distrito de Coimbra - concelhos de Cantanhede, Coimbra,
Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Mira, Montemor-o-Velho e
Soure.
Distrito do Porto - concelhos de Póvoa do Varzim, Santo Tirso,
Trofa* e Vila do Conde.
Distrito de Viana do Castelo - concelhos de Caminha e Viana
do Castelo
Distrito de Coimbra - concelhos de Arganil, Góis, Lousã, Distrito de Santarém - concelhos de Almeirim, Alpiarça,
Miranda do Corvo, Oliveira do Hospital, Pampilhosa, Penacova, Benavente, Chamusca, Coruche e Salvaterra de Magos.
Penela, Tábua e Vila Nova de Poiares. Distrito de Setúbal - concelhos de Alcácer do Sal, Alcochete,
Palmela, Grândola, Santiago do Cacém e Sines.
* - Novos concelhos
A documentação técnica da MARKTEST resume métodos e técnicas de estudos de mercado, conceitos e procedimentos estatísticos, de forma a
apoiar uma melhor análise da informação. Poderá encontrar mais informação em WWW.MARKTEST.PT/DOC_TECNICA
Amostragem
estratificada desproporcional
(ou optimizada)
Frequentemente considera-se que a dimensão populacional de Este princípio geral da teoria da amostragem tem aplicação
cada estrato (geográfico, etário, etc.) determina a dimensão da prática em várias situações, de onde se inclui os
respectiva sub-amostra: um estrato com o dobro da população comportamentos de consumo.
de outro, deveria ter o dobro da amostra. Como consequência, a
amostra total a ser seleccionada seria distribuída pelos estratos A nível geográfico, por exemplo, os estratos mais urbanos
na proporção directa do tamanho de cada estrato. apresentam comportamentos de consumo mais heterogéneos
que os estratos com maior índice de ruralidade, pelo que a uma
Podemos visualizar um exemplo na coluna de "Amostra amostragem desproporcional permite obter dados mais
proporcional" do quadro comparativo: o estrato B tem 30.8% da rigorosos, através de uma sobre-amostragem nas regiões
população, pelo que a respectiva amostra proporcional (em Marktest mais urbanas.
1000) será de 308 indivíduos. • Se a população de um estrato apresentar uma elevada
No entanto a precisão de uma amostra não depende homogeneidade de consumo será necessário um menor
unicamente da dimensão da população, mas também da número de observações para abarcar as diferentes situações
respectiva variabilidade (sobre o cálculo do erro amostral ver dessa população.
a nota técnica respectiva ou consultar • Na situação inversa, se a população de um estrato apresentar
www.marktest.pt/Notas_Tecnicas). uma elevada heterogeneidade, é importante aumentar a
respectiva amostra para melhor abarcar o leque de
A variabilidade de um estrato é elevada, quando os seus situações variadas aí existentes.
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