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Sociedade, tecnologia e ciência

Paula Cardoso
Julho 2010
Sociedade, tecnologia e ciência

Ressonância magnética

É uma técnica que permite determinar propriedades de uma


substância através do cor relacionamento da energia absorvida contra
a frequência, na faixa de megahertz (MHz) do espectro magnético,
caracterizando-se como sendo uma espectroscopia. Usa as transições
entre níveis de energia rotacionais dos núcleos componentes das
espécies (átomos ou iões) contidas na amostra. Isso dá-se
necessariamente sob a influência de um campo magnético e sob a
concomitante irradiação de ondas de rádio na faixa de frequências
acima citada.

Ressonância Magnética Nuclear

Em espectroscopia, o processo de ressonância magnética é similar


aos demais. Pois também ocorre a absorção ressonante de energia
electromagnética, ocasionada pela transição entre níveis de energia
rotacionais dos núcleos atómicos.

O efeito da ressonância magnética nuclear fundamenta-se


basicamente na absorção ressonante de energia electromagnética na
faixa de frequências das ondas de rádio. Mais especificamente nas
faixas de VHF.

Fig.1-Frequências de Rádio

A unidade de Espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN)


da Universidade de Coimbra é uma pequena unidade de investigação
que explora as potencialidades desta técnica nos vários domínios de

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impacto já referidos, contribuindo para o esclarecimento das relações


teóricas entre os parâmetros espectrais da RMN.

A primeira unidade, pioneira nestes estudos em Portugal apareceu


em 1962 na Universidade de Coimbra.

A técnica da ressonância magnética nuclear é usada em Medicina e


em Biologia como meio de formar imagens internas de corpos
humanos e de animais, bem como de seres microscópicos (como no
caso da microscopia de RMN). É chamada de tomografia de
ressonância magnética nuclear ou apenas de ressonância magnética.

O Aparelho de RM e seu funcionamento

Na sua maioria os aparelhos de RM são uma espécie de cubo gigante


mais ou menos de 2m de largura x 2m de altura x 3m de
comprimento, apesar dos aparelhos mais modernos serem de
dimensões mais reduzidas.

Fig.2-Aparelho actual de ressonância magnética

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Um tubo atravessa o íman (magneto) da parte dianteira para a


traseira, formando uma espécie de vão. O paciente deita-se de costas
numa mesa especial e desliza para dentro do vão onde entra primeiro
a cabeça ou os pés, dependendo do exame que vai realizar.

O aparelho percorre o corpo do doente e a parte que vai ser


examinada deve ficar no centro do campo magnético, para se iniciar
o exame, construindo assim uma espécie de mapa dos tipos de
tecidos que vai originar imagens em 2D ou 3D. Este íman muito
poderoso faz com os protões do corpo se orientem a favor ou contra
a direcção do forte campo magnético do aparelho.

Fig.3-Imagem de vão

A água é um factor crítico importante para a RMN, uma vez que a sua
funcionalidade é devida ao facto de 75% do corpo humano ser
constituído por água. A molécula de água (H2O) é composta por 2
átomos de hidrogénio (H) e um átomo de oxigénio (O). O interior do
núcleo de cada hidrogénio contém um protão.

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Sob condições normais, estes protões estão constantemente em


movimento de rotação, que os envolve dentro de um pequeno campo
magnético. Normalmente, este campo magnético intrínseco é
orientado aleatoriamente, isto é, não apresenta uma orientação
específica.

A intensidade do sinal da RM de um determinado tecido está


relacionada com a densidade dos protões nesse tecido, e
consequentemente com o conteúdo em água. Quanto maior for este
conteúdo, mais forte é o sinal da RM e melhor a imagem resultante,
sendo esta a razão porque os humanos (e os animais) são candidatos
ideais para a realização de uma RMN. Tecidos diferentes contêm
quantidades de água diferentes, e normalmente verifica-se que os
tecidos com lesões têm mais água que um tecido saudável.

Na RM, os principais alvos são o cérebro e a espinal-medula


(designados por sistema nervoso central ou SNC). As lesões do SNC
apresentam maior conteúdo em água que o normal.

Fig.4- Imagem do cérebro

Os aparelhos de RM funcionam por RF (rádio frequência)


direccionados somente ao hidrogénio, pulso este que é dirigido para a
área do corpo que é preciso examinar.

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Este pulso faz com que os protões daquela área, absorvam a energia
necessária para que se movam numa direcção diferente, forçando os
protões a girar com um sentido específico.

A frequência específica (frequência de Lamour) é calculada com base


no tecido cuja imagem vai ser gerada e na intensidade do campo
magnético.

Os pulsos de RF são aplicados através de uma bobina, projectados


para as diferentes partes do corpo que se adaptam ao contorno da
parte a examinar e assim gerar uma imagem.

Fig.5-Bobina

É possível diagnosticar qualquer área do corpo, em qualquer direcção


sem mover o aparelho, o que se torna uma grande vantagem em
relação a outro tipo de exame de diagnóstico de imagem.

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IMPACTO NA MEDICINA

A ressonância magnética (RM) veio auxiliar na detecção de várias


doenças graves em estado pouco avançado ou inicial, como por
exemplo o cancro da mama e a esclerose múltipla.

No caso do cancro da mama, através da RM é possível fazer um


diagnóstico mais preciso, podendo assim identificar as lesões em
estado inicial, antes do aparecimento do tumor. O exame permite
obter imagens importantes para a detecção da doença e a elaboração
de um diagnóstico mais preciso.

Este tipo de exame é o mais aconselhado para as pessoas que


possuem um histórico de risco. O ideal seria que estas pessoas
pudessem fazer o exame como rotina, mas o alto custo limita esta
prática.

Fig.5- Exame á mama

Na esclerose múltipla (EM) a recolha de imagens através da RM


permitiram identificar uma anormalidade no progresso desta doença.
Baseando-se nestas descobertas, os médicos podem diagnosticar a
EM de forma mais exacta e identificar o paciente em risco de
desenvolver esta doença.

A EM é uma doença crónica auto-imune, que se caracteriza pela


destruição da camada protectora que rodeia as células nervosas. Com

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a ajuda da RM é possível detectar ou acompanhar mais facilmente o


desenvolvimento da doença, fazendo com que as terapêuticas
possam ser administradas mais cedo de forma a poder modificar o
impacto da doença na vida das pessoas.

Fig.6-Imagem de cérebro

Imagem na RM

Os exames de imagem usam o contraste injectável ou corantes.

O contraste da RM funciona alternando, o campo magnético local do


tecido que está a ser examinado. Os vários tecidos irão reagir de
formas diferentes, logo criam sinais diferentes, sendo estes
transferidos para as imagens. Estas imagens permitem visualizar,
vários tipos de anomalias nos tecidos e nos processos das doenças,
de uma forma bastante mais clara do que a que veríamos sem o
contraste.

A imagem por ressonância magnética (IRM) é o resultado de sinais de


frequência de rádio originados por núcleos de peso atómico quando
voltam ao seu estado de repouso depois de serem alinhados por um
pulso magnético forte e homogéneo. No cérebro, o núcleo do átomo
de hidrogénio da água é a principal fonte de sinal na IRM. A leitura do
sinal em momentos distintos permite visualizar diferenciadamente

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substância cinzenta de substância branca e de fluido cerebrospinal.


Ossos densos, que contêm pouca água, são invisíveis em tais
imagens.

Fig.7-Exame ao cérebro Fig.8-Imagem de ossos

Vantagens da RM

Não utilizam radiação ionizante (usada por ex. no RX). Os materiais


de contraste têm incidência de efeitos colaterais muito pequena. Tem
capacidade de gerar imagens de qualquer plano, o paciente não se
movimenta. O aparelho escolhe a parte exacta do corpo que se quer
recolher a imagem.

Desvantagens da RM

Muitas pessoas não fazem este exame porque se recusam a entrar


num aparelho de RM (sofrem de claustrofobia), outras são grandes
demais. Os exames são longos e o paciente tem que ficar imóvel
durante todo o exame para as imagens serem nítidas, o aparelho faz
muito barulho tornando-se um pouco incomodativo.

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Reflexão

Apesar de já ter ouvido falar da ressonância magnética, desconhecia


como este exame é tão importante na sociedade. A ressonância
magnética é um exame que permite detectar e fazer diagnósticos
mais precisos de doenças que na sua maioria são difíceis de
descobrir, o que vai permitir fazer um acompanhamento e tratamento
mais cedo o que é benéfico para o paciente.

Praticamente todas as pessoas, de várias faixas etárias, podem fazer


este exame, havendo um pequeno grupo de risco ao qual não é
aconselhável fazer (como por exemplo, pessoas com pacemaker, pois
existe interferência nas ondas deste).

Fig.9/10-Pcientes a fazer a RM

Os benefícios são quase ilimitados para a maioria dos pacientes, se


comparados com os inconvenientes, sendo a RM uma mais-valia para
a sociedade em geral.

Este tema vem de encontro ao tema que abordamos nesta UFCD, já


que tudo se inicia no átomo (micro), na molécula dando origem ao
exame final de imagem (macro).

Paula Cardoso
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Bibliografia:

 http://novastecnologiassaude.blogspot.com/2008/05/breve-nota-
histrica-da-ressonncia.html
 http://pt.wikipedia.org/wiki
 http://redepsicologia.com/fisica-ressonancia-magnetica-como-
funciona-mri
 http://sabecomofunciona.blogspot.com/2008/05

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