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Curitiba
2006
1
UnicenP
Centro Universitário Positivo
Curso de Jornalismo
Curitiba
2006
2
AGRADECIMENTOS
3
RESUMO
4
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................1
Tema/problema....................................................................................2
Justificativa..........................................................................................3
Objetivos..............................................................................................5
Metodologia.........................................................................................6
CAPÍTULO V – CONCLUSÃO...............................................................................46
ANEXOS - ..............................................................................................................49
5
INTRODUÇÃO
1
De acordo com Wilson Bueno (2003), por colaborador entende-se os empregados de uma
empresa.
6
mudanças de mercado, é papel do jornalista criar soluções para otimizar o fluxo de
informação dentro e fora da empresa, utilizando-se de novas tecnologias para
acompanhar o desenvolvimento tecnológico da sociedade.
Dessa forma, este projeto foi idealizado com o propósito de criar um projeto-
piloto de comunicação empresarial para um escritório de advocacia. Assim, será
possível verificar a real necessidade de veículos jornalísticos eficientes para disseminar
a informação dos colaboradores da área jurídica, mesmo que em escritórios de
pequeno porte.
TEMA/ PROBLEMA
2
Turnover – índice de rotatividade de funcionários de uma empresa, de acordo com o site
www.empreendedor.com.br, acessado em 14/08/2006.
7
Dessa forma, faz-se necessária a produção de um veículo de comunicação para
integrar e aproximar os colaboradores. Caberá a este projeto estudar qual é o veículo
ideal para integrar os funcionários, motivá-los, e dessa forma, fazer com que a empresa
ganhe um maior potencial competitivo frente ao mercado.
JUSTIFICATIVA
8
Um dos fenômenos mais característicos das modernas sociedades industriais é
o crescente uso das funções de comunicação para sobrevivência,
desenvolvimento e prosperidade das organizações. Repartidas esboçadas de
acordo com os diversos modelos organizacionais e assumindo importância cada
vez maior, as funções comunicativas engajam-se definitivamente nos desenhos
de estruturas pequenas, médias e grandes empresas. (REGO, 1987, p. 11)
Graça Monteiro (In Duarte 2003) segue a linha de pensamento de Caldas, que
acredita que no mundo globalizado em que o ser humano vive hoje, a comunicação
passa a ser uma necessidade comercial. “A empresa ou indústria que deixa de
comunicar sua posição, ou de reagir a questões na mídia, pode obter para si
conseqüências muito negativas, inclusive um desastre financeiro”. (Monteiro, In: Duarte
2003, p. 147)
No entanto, Wilson da Costa Bueno (2003) aponta para o fato de que nada
adianta as empresas darem crédito a veículos e ações de comunicação se o jornalista
não inovar.
9
Tendo como base as idéias de todos os autores acima, esse projeto será
importante para o escritório Conselvan, Fraxino & Advogados Associados por integrar
os colaboradores por meio de um canal de comunicação (informativo mensal), que terá
como objetivo motivar os funcionários, diminuir o turnover da empresa e assim tornar a
empresa mais competitiva frente a seus concorrentes.
Para a sociedade, jornalismo e demais empresas, este projeto será importante
por comprovar, por meio de estudos, que mesmo empresas de pequeno porte, como
escritórios de advocacia, podem ter seu problema de comunicação resolvido por
jornalistas. O projeto irá mostrar que cada vez mais se faz necessário que empresas de
todos os segmentos e portes precisam desenvolver canais de comunicação para
integrar seus funcionários, e conseqüentemente cada vez mais os jornalistas terão
novos “campos de mercado” para explorar: a comunicação empresarial em pequenas
organizações.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
10
3.3 Metodologia
11
A pesquisa utilizada foi a quantitativa, que segundo o Instituto de Pesquisa
Aplicada (Instituto Ethos), é um método eficiente por gerar respostas precisas e
confiáveis. Dessa forma, é possível medir opiniões, atitudes e preferências, além de
determinar o perfil de um grupo de pessoas, baseando-se em características que elas
tenham em comum. Na realização da pesquisa, foi aplicado um questionário com 15
questões fechadas de múltipla escolha, que foi respondido pelo universo de 40
colaboradores do escritório Conselvan, Fraxino & Advogados Associados. Desses,
62% são femininos e 38% masculinos. Constatou-se ainda que 52% dos colaboradores
têm de 25 a 30 anos, 33% de 15 a 20 anos, 10% de 30 a 40 anos e apenas 5% têm
mais de 50 anos.
A pesquisa mostrou ainda que 53% dos funcionários possuem ensino superior,
33% pós-graduação, e 14% têm o 2° grau completo.
Esses dados foram fundamentais para a construção do veículo, somente a partir
deles foi possível definir o perfil do público-leitor, bem como a linguagem a ser utilizada
no veículo de comunicação.
Um maior detalhamento da metodologia utilizada a partir da pesquisa encontra-
se nos capítulos III e IV.
12
1. A HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
A campanha era tão intensa que não dava tempo para ninguém pensar
nos brutais métodos de treinamento dos animais a nas rigorosas
condições de trabalho de toda a equipe. O sucesso desse grupo de
agentes levou ao aparecimento de milhares de publicistas em muitas
áreas, inclusive nas dos negócios e da política. (AMARAL, In Duarte, 2003,
p. 53)
13
sim o de construir essa verdadeira imagem e fazer com que os colaboradores
somem esforços ao alcançarem os objetivos principais da empresa.
Segundo Amaral (1996), Ivy Lee preferiu se destacar na comunicação
atendendo a empresas e indústrias em dificuldade. Lee foi contratado na
Pennsylvania Railroad em 1906 para assessorá-la no acidente de Gap. Amaral
aponta que em uma situação como esta, o instinto dos empresários seria
minimizar os fatos, afastar repórteres do local e desestimular o máximo qualquer
tipo de cobertura. No entanto, Lee inovou, ele levou repórteres à área, colocou
engenheiros à disposição do grupo para explicar as causas da tragédia e facilitou
entrevistas com os dirigentes da empresa. Dessa forma, ainda que no século XX,
quando ainda se iniciava a comunicação empresarial, Lee fez com que a
Pennsylvania Railroad sumisse das manchetes sensacionalistas e escandalosas.
Além da Revolução Industrial, Amaral aponta para outro fato que levou à
consolidação da comunicação nas empresas: a Primeira Guerra Mundial. Isso
ocorre quando os presidentes Theodore Roosevelt e Woodrow Wlilson começam a
sentir necessidade de mostrar uma “boa imagem” para seus países. Segundo
Amaral (1996), a guerra foi muito importante para o desenvolvimento das técnicas
de promoção, propaganda e relações públicas e assessoria de imprensa.
Com base nos fatores que levaram à necessidade da comunicação
empresarial, é possível perceber que ela tende a crescer no mundo, uma vez que se
baseia em princípios socioeconômicos que continuarão acontecendo na sociedade.
Apesar de ter vindo ao Brasil tarde, o jornalismo empresarial no País
também tende a crescer. Da mesma forma que, há anos, os presidentes norte-
americanos apostaram na comunicação empresarial para manter sua boa imagem,
no futuro os empresários de organizações brasileiras devem continuar seguindo
este caminho.
14
De acordo com Rego, “O Brasil conheceu o jornalismo empresarial muito
depois de seu aparecimento e expansão nos Estados Unidos e na Europa”. (1987,
p. 26). Segundo o autor, um dos grandes motivos disso foi o retardamento sofrido
pelo País durante a industrialização. Outro grande motivo, para Rego, “foi o atraso
recebemos os avanços tecnológicos nas artes gráficas e editoriais”. Ele dá o
exemplo de que enquanto em 1895 a empresa Hoe, na Filadélfia, fabricava
impressoras capazes de imprimir 24 mil exemplares de jornais de 32 páginas em
uma hora, a mais alta tecnologia brasileira ainda imprimia 5 mil exemplares por
hora.
15
sentir a necessidade de produzir house-organs3 para se comunicarem. No
entanto, revela o autor, seria prematuro imaginar que realmente existia uma
comunicação empresarial como nos dias atuais. O grande passo dado pela
comunicação empresarial foi quando a Aberje, a mais importante entidade da área
de jornalismo empresarial no Brasil, então denominada Associação Brasileira de
Editores de Revistas e Jornais de Empresas passou a ser definida como
Associação Brasileira de Comunicação Empresarial.
De acordo com Manuel Carlos Chaparro (1994), o boom brasileiro ocorreu
em 1964 quando as atividades de relações públicas e de assessoria de imprensa
começaram a ser utilizadas pela iniciativa privada. Mesmo assim, a comunicação
empresarial ainda era algo muito incipiente no Brasil.
3
Segundo o Portal da Comunicação Empresarial, house organ é a denominação dada ao veículo
(jornal ou revista) de uma empresa ou entidade. Ele geralmente é concebido para divulgar os fatos
e as realizações da empresa ou entidade e pode assumir diferentes configurações, dependendo do
público a que se destina.
16
Segundo Chaparro, o plano de comunicação da empresa só foi bem
sucedido porque os assessores de imprensa estabeleceram um convício
profissional ético com os jornalistas das redações.
No entanto, de acordo com Bueno (2003) foi a década de 80 a grande
impulsora da Comunicação Empresarial no Brasil – anos que trouxeram a
“vigência do regime democrático, que exigiu nova postura das organizações”
(2003, p. 5). Já nos anos de 1990, a “comunicação empresarial passou a ser
estratégica para as organizações, o que significa que se vincula estritamente ao
negócio, passando, também, a ser comandada por profissionais com uma visão
abrangente, seja da comunicação, seja do mercado em que a empresa ou
entidade se insere”. (BUENO, 2003, p. 7)
Com base nas idéias dos autores, é possível observar que desde que se
iniciou no Brasil, o jornalismo empresarial só cresceu, e essa tendência deve
continuar, uma vez que, de acordo com Bueno (2003), as empresas cada vez
mais consideram a comunicação empresarial estratégica para o crescimento do
negócio.
17
informação. Apesar disso, para Caldas, o mundo do jornalista e do assessor são
díspares. O jornalista das redações atua como um historiador do cotidiano,
influenciando as reflexões e provocando ações e transformações sociais. No
entanto, a preocupação que move os profissionais de assessoria de imprensa é a
conquista de uma imagem positiva da instituição perante a opinião pública.
Ao comparar o mundo do jornalista e do assessor, Caldas acredita que
apesar do interesse do assessor de comunicação e do jornalista das redações ser
comum, isso não significa que o tipo de notícia seja o mesmo. O jornalista das
redações é responsável por produzir informações de interesse da sociedade em
geral. Isso não ocorre com o assessor de imprensa. Na comunicação empresarial
o enfoque principal do jornalista é em seu público interno, fornecedores e clientes
da empresa. Assim, as notícias são produzidas para esse público específico – elas
podem ser sobre metas atingidas, diretrizes, faturamento, e funcionários da
empresa, por exemplo. Isso facilita o trabalho do comunicador, que deverá se
pautar em notícias em torno da corporação para facilitar o trabalho dos
funcionários e pessoas envolvidas com a empresa.
Por outro lado, Amaral (1996) aponta para o fato dos “interesses materiais”
do jornalista empresarial comprometer a qualidade da informação. Segundo ele, o
jornalista deve ser imparcial e ético, não deve “vender-se” para os gestores das
organizações para que não percam “seus clientes”.
18
informação de forma democrática. “Em nossos dias, a imprensa e demais veículos
de comunicação social ingressaram na fase empresarial e industrial em que a
liberdade de imprensa passa a ser liberdade de informação, com um adendo:
liberdade de informar e direito de ser informado”. (ANDRÉ, 2001, p. 12)
Com base no conhecimento e idéias de autores, o informativo para o
escritório Conselvan, Fraxino & Advogados Associados será produzido: no
veículo, não conterão somente informações de interesse da “cúpula” do escritório,
mas de todos os colaboradores, que receberão as notícias de forma ética e
democrática.
19
todas as suas estratégias ao assessor de comunicação. Dessa forma, as
empresas tendem a caminhar para o sucesso, atingindo seus objetivos de
comunicação. Essa integração entre as áreas justifica-se mesmo em empresas de
pequeno porte, como escritórios de advocacia: por mais que não existam
diferentes áreas de comunicação, é importante que as diferentes áreas colaborem
com o comunicador e o informem sobre o que está ocorrendo naquele setor, para
que todos tenham uma mesma visão da organização.
Com base nas idéias de Margarida Kunsch (1936), os sistemas das
organizações são interdependentes. É através da interligação e do relacionamento
dos membros que uma empresa consegue atingir seus objetivos definidos. “A
comunicação é imprescindível para qualquer organização social. O sistema
organizacional se viabiliza graças ao sistema de comunicação nele existente, que
permitirá sua realimentação e sua sobrevivência. Caso contrário, ele entrará num
processo de entropia e morte” (KUNSCH, 1936, p. 29)
Para Duarte (2003), a Comunicação Empresarial engloba outras atividades,
que conforme citadas por Margarida Kunsch, são interdependentes. Elas são as
seguintes: Marketing; Relacionamento com o cliente; Relações Públicas;
Publicidade; Assessoria de Imprensa e Comunicação Interna.
Caberá a este trabalho o aprofundamento específico na comunicação
interna, colocada em prática através de meios jornalísticos. Segundo Duarte,
(2003), mesmo que se foque no jornalismo empresarial é possível estabelecer um
conceito normativo de comunicação e – um profissional ligado à determinada
assessoria de imprensa pode editar publicações, Internet, atuar com
planejamento, gestão de equipes, política, relações públicas e marketing.
Citando frase de Rego (1986), Duarte mostra a importância da
Comunicação Empresarial para as organizações nos dias atuais. “A comunicação
empresarial sistêmica dá unidade a um conceito de empresa, harmonizando
interesses, evitando a fragmentação do sistema, promovendo, internamente,
sinergia negocial e, externamente, comportamentos e atividades favoráveis à
organização”. (REGO,1986, p. 68)
20
Com base nos autores citados acima, é possível compreender, que a
comunicação empresarial se faz necessária uma vez que as organizações
brasileiras têm necessidade de uma prática comunicativa abrangente ancorada na
visão de negócio.
21
Investir em comunicação interna se faz necessário mesmo em escritórios
de advocacia, que podem passar por crises financeiras, constantes perdas de
causas jurídicas, entre outras dificuldades. É justamente nessa hora que os
colaboradores devem estar informados sobre o que realmente está ocorrendo com
a organização, para juntos somarem esforços e resolverem o problema.
Mas não é só em época de crise financeira que a empresa não deve abrir
mão da assessoria de comunicação empresarial. João José Forni (In Duarte,
2003), cita exemplos de empresas que podem entrar em crise quando se
comprometeram com sua reputação. A falta de hábito de lidar com a mídia, a
carência de informações e a mobilização da opinião pública e dos governantes
são exemplos de atitudes que levam uma organização à crise.
Segundo o autor, nesse momento se faz ainda mais necessária uma
assessoria de comunicação, para que a imagem da empresa não piore.
22
veículos dos fatos efetivamente ocorridos, para que não haja nenhuma distorção,
levando à queda na reputação da imagem da corporação.
23
nas grandes corporações que existem funcionários engajados ao RH). A
responsabilidade estratégica que o comunicador deve assumir é a de divulgar as
informações de maneira ética e jornalística para os colaboradores da empresa.
24
organização. Todos os colaboradores serão encorajados a compartilhar na
definição de pautas, sugestões de matérias e novas colunas.
Para Bueno (2003), os meios de comunicação empresarial são os
instrumentos mais apropriados para resolver os problemas gerados pela
burocratização, estabelecendo pontes informais entre os empregados. Exemplo
disso são os jornais ou newsletters4, produzidos pelos comunicadores, que
aproximam os colaboradores internos.
Ainda de acordo com Bueno, existem diferentes tipos de colocar a
comunicação interna em prática: a produção de house-organs em formato de
boletins, jornais ou revistas. No entanto, é necessário estudar o público a quem o
house-organ se destina para então escolher o tipo ideal de comunicação. Bueno
diz que é importante que se estimule a implementação de house-organs
eletrônicos, newsletters, revistas e jornais online, com atualização permanente,
adaptando-se o ritmo dos veículos empresariais à aceleração do mundo moderno
e ao uso intensivo e interativo das novas tecnologias.
O veículo escolhido pela empresa deve se adaptar desde seu público até às
condições tecnológicas que uma empresa tem. De nada adianta o veículo ser on-
line ou disponibilizado na intranet se a maioria dos funcionários não tem acesso a
um computador. Esse não é o caso do escritório Conselvan, Fraxino & Advogados
Associados, uma vez que todos os colaboradores têm acesso a computadores
com Internet - esse é um dos motivos que levou esse projeto a chegar a conclusão
da praticidade de se produzir um veículo online para os funcionários.
4
Newsletters, de acordo com o site www.saoinformatica.com.br, são informativos mensais,
geralmente enviados do fornecedor para o cliente através do e-mail, previamente cadastrado.
25
1.5 Quando a área comercial fala mais alto
26
Os autores fundamentam a afirmação na argumentação de Cathelin,
Bousset e Mailhos, que em 1995 ressaltavam a natureza do jornalismo
empresarial e seu público.
27
2. A COMUNICAÇÃO NO MEIO VIRTUAL
5
De acordo com J. B. Pinho, backbone é a espinha dorsal de uma rede, uma estrutura composta
de linhas de conexão de alta velocidade, que, por sua vez, se conecta a linhas de menor
velocidade em várias sub-redes.
6
De acordo com J. B. Pinho, BBS (Bulletin Board System) é um sistema que disponibiliza aos seus
usuários arquivos de todo o tipo (programas, dados ou imagens), softwares de domínio público e
conversas online (chat).
28
De acordo com Ferrari, enquanto o número de universidades e
investimentos aumentava, tanto na capacidade dos hardwares como dos
softwares usados nas grandes redes de computadores, outro núcleo de
pesquisadores criava silenciosamente a World Wide Web (WWW) – rede de
abrangência mundial baseada em hipertexto7 e sistemas de recursos para a
Internet.
O WWW foi um grande avanço para a história da Internet, que passava por
transformações, como novas configurações gráficas, ao mesmo tempo que reunia
cada vez mais ansiosos e especialistas com know-how para explorar todas as
possibilidades tecnológicas do sistema.
Pinho (2003) aponta para o rápido desenvolvimento tecnológico da Internet,
que possibilita diversas formas de interatividade com o usuário: por meio de
hipertextos, (que em 1992 faz a Internet ultrapassar o número de 1 milhão de
usuários, ligada a 13 países), hiperlinks, e constantes lançamentos tecnológicos
como a chegada da Microsoft de Bill Gates, que impulsiona a navegabilidade de
cerca de 80 milhões de usuários e 150 países ao redor do mundo.
Navegabilidade essa, que não pára de crescer, segundo J. B. Pinho, que
credita esse “boom”, entre outros motivos, à independência da Internet, uma vez
que ela é formada por diferentes comunidades e nenhum órgão, empresa ou
instituição de poder é capaz de controlar a rede mundial.
7
De acordo com J. B. Pinho, hipertexto: texto eletrônico em um formato que fornece acesso
instantâneo, por meio de links, a outro hipertexto dentro de um documento ou em outro documento.
Em uma estrutura hipertextual, o internauta não precisa seguir uma seqüência natural ou prévia –
começo, meio e fim -, podendo traçar uma ordem particular, navegando pelos documentos
interligados.
29
2.2 As vantagens e desvantagens da Internet na Comunicação
8
De acordo com Pinho, “portal” é a porta pela qual se entra na Web. Eles são megasites que
oferecem uma série de serviços e informações, como notícias, correio eletrônico, música ao vivo,
sistema de busca, chats e links para diversas páginas da Web.
9
De acordo com Pinho, intranet é um rede fechada que funciona interligando os computadores de
uma mesma empresa, no mesmo prédio, ou de uma corporação, nos escritórios de diversos
países. As intranets utilizam com freqüência protocolos da Internet para entregar conteúdo e são
normalmente protegidas da Internet por servidores de segurança.
30
O que podemos comprovar é que, como disse Pierre Lévy, “quanto mais
informações, mais equivocados ficam os leitores. Criamos uma
sociedade com uma consciência sem história, sem passado, voltada
para a atemporalidade da “inteligência artificial”. Vivemos a sociedade da
informação que não informa, apenas absorve grandes quantidades de
dados”. (FERRARI, 2003. p. 21)
Com base nos autores citados acima, é possível entender que é necessário
que os jornalistas adotem intranets e informativos eletrônicos de caráter
estratégico nas corporações. Dessa forma, será possível criar condições para uma
moderna gestão do conhecimento societário e empresarial. Isso irá abrir espaço
para uma convivência que agregue valor ao processo de comunicação.
31
2.3 A eficiência da Intranet na Comunicação Interna
10
Budget significa orçamento, em inglês. Geralmente utilizado para definir a verba disponível para
uma determinada campanha ou período de tempo, incluindo produção e mídia, de acordo com o
site http://www.gtmarketing.com.br/glossario.htm, acessado em 10/09/2006.
32
Pinho acredita que a intranet oferece uma comunicação melhor e mais
rápida entre os empregados, tornando-se um importante meio para que eles
possam colaborar em projetos. “A comunicação interna beneficia-se sobremaneira
da informação facilmente compartilhada pelos funcionários e pelas facilidades que
a intranet proporciona para uma comunicação dialógica”. (PINHO, 2003, p. 45).
Assim, por mais que a empresa seja pequena, ela precisa ter uma pessoa
da área de comunicação responsável pelas atualizações de seu site e veículos de
comunicação interna. Essa pessoa precisa também ser capaz de identificar os
veículos mais adaptáveis à empresa, e isso implica no cuidado que o comunicador
deve ter desde a rapidez com que a informação deve chegar até o leitor até a
diagramação do veículo, que deve ser atrativo ao ponto de prender o colaborador.
Para um escritório de advocacia, lugar onde um fluxo de informação muito
grande circula, a veiculação ideal é de informativos que estejam acessíveis em
uma intranet, ao invés do envio de newsletters por e-mail. Assim, os
colaboradores não correm o risco de deixarem o e-mail com o informativo passar
no momento em que estão atribulados com suas tarefas. Os boletins informativos
33
hospedados em intranets estarão disponíveis na hora em que o funcionário
desejar se informar.
Para Pinho (2003) informativos eletrônicos são recomendados quando são
formados por textos de conteúdo, e não notícias urgentes como nas newsletters.
Além disso, a ausência de recursos gráficos no formato newsletter pode causar a
perda de interesse do leitor durante a leitura de textos corridos que não
apresentam nenhum atrativo visual.
Roberto de Camargo Penteado Filho (In Duarte, 2003) segue a mesma
linha de pensamento de Pinho. Para ele, é possível dividir os informativos
eletrônicos em dois tipos: os enviados por e-mail (entrega – push11) e os
disponíveis no site (disponibilização – pull12). Principalmente no modelo push,
deve-se cuidar para que os informativos eletrônicos não fiquem muito carregados
com imagens, para que não ocorra uma redução na velocidade de visualização
das páginas (segundo o autor, as páginas podem não abrir, ou abrir apenas parte
dela).
Com base nas idéias dos autores acima observa-se que o informativo
eletrônico disponível na intranet é o veículo ideal para uma empresa de pequeno
porte que tenha um grande fluxo de informações, uma vez que este veículo é
rápido e pode conter recursos gráficos adequados para que os colaboradores da
empresa sintam-se satisfeitos quando o lêem.
11
Push media, de acordo com Pinho, é a tecnologia que “empurra” (conforme tradução literal do
termo em inglês) qualquer tipo de conteúdo da Internet para o computador do usuário. De acordo
com suas preferências e interesses, mesmo quando o usuário não está navegando, o que deve ser
feito de comum acordo.
12
Pull media, segundo Pinho, é a tecnologia que obriga o usuário a uma conexão com o site de um
jornal on-line, por exemplo, para consultar as notícias disponíveis, selecioná-las e lê as do seu
interesse.
34
3. COLETA DE DADOS E ANÁLISE DOS RESULTADOS
A pesquisa foi mandada por e-mail para um dos sócios do escritório, Luiz
Gustavo Fraxino, no dia 23/05/2006, que a encaminhou para todos os funcionários
do escritório. Conforme estipulado com Luiz Gustavo, os colaboradores tiveram
um prazo de três dias para responder a pesquisa. Após este período, o
questionário foi encaminhado novamente por Fraxino, via e-mail, no dia
26/05/2006. Todos os colaboradores da empresa (um universo de 40 funcionários)
responderam a pesquisa quantitativa.
Sexo
38%
Feminino
Masculino
62%
Idade
10% 0% 5%
33%
de 15 a 20 anos
de 25 a 30 anos
de 30 a 40 anos
de 40 a 50 anos
mais de 50 anos
52%
35
Escolaridade
0% 14%
33% 1º grau completo
2º grau completo
Ensino Superior
Pós Graduação
Mestrado
Doutorado
53%
Atuação na Empresa
0% 5% 5%
secreária
38% advogado
estagiário
recursos humanos
52% financeiro
36
O quarto gráfico mostra que grande parte dos funcionários são estagiários
(51%), seguido pelos advogados que correspondem a 38%. Esse dado também foi
fundamental para a definição do perfil do público, e conseqüentemente, da
linguagem.
0%
23%
Eficaz
Regular
Falha
77%
9%
18%
Eficaz
Regular
Falha
73%
37
Já com relação à comunicação entre os integrantes de outros
departamentos, 73% a consideram regular, 18% falha e 9% eficaz. Pode-se
perceber que o problema de comunicação está entre os funcionários de outras
áreas, uma vez que a maioria dos colaboradores que trabalham no mesmo setor
estão satisfeitos com a comunicação.
0% 14%
9%
muito bom
bom, agradável
poderia ser melhor
ruim
77%
38
11) Qual a influência, na sua opinião, do clima organizacional nas
funções operacionais e nos resultados da empresa?
5% 5%
total
parcial
não há influência
90%
18%
39%
externa - de clientes e parceiros
estratégicas da empresa
dos próprios colaboradores
43%
39
necessidade de produzir matérias a respeito de outros colaboradores e outras
áreas. E por último, sentiu-se a necessidade de construir matérias a respeito de
clientes e parceiros: novas contratações, o que eles esperam com o novo serviço,
se estão satisfeitos com a assessoria prestada pelo escritório, entre outras
informações.
5%
Sim
Não
95%
12% 8%
4%
4%
jornal impresso
informativo online
intranet
mural
revista
19%
outro
53%
40
A opção informativos online recebeu mais da metade das indicações (53%).
Quanto à periodicidade do veículo, 57% dos colaboradores optaram por receber o
veículo mensalmente, 24% semanalmente e 19% quinzenalmente.
24%
semanalmente
quinzenalmente
mensalmente
57%
19%
41
4. DESCRIÇÃO DE PRODUTO
4. 1 Formato
A parte gráfica deste projeto teve o intuito de trabalhar as características de
lay-out e design do site do escritório de advocacia (www.conselvan-fraxino.com.br),
transformando- o em um informativo interno. Para seguir essas características, foi
contratada a Dual Branding Marketing & Design - a mesma empresa de design
que criou o website do escritório (orçamento em viabilidade econômica). Com o
objetivo de atingir essa “semelhança” entre o site e o informativo, foram
consideradas duas particularidades conforme abaixo:
1ª) De acordo com o código de ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
os sites dos escritórios de advocacia devem ser singelos e não devem ter
conteúdo comercial, e sim informativo;
2ª) Considerou-se importante manter os conceitos gráficos trabalhados no site,
(desenvolvidos pela empresa de design e marketing Dual Branding), como peças
de xadrez que suscitam dinamismo, inteligência e estratégia.
13
Hospedagem, de acordo com Pinho (2003), é o armazenamento de páginas da Web em um
computador que funciona como servidor, para que as informações fiquem disponíveis na rede
mundial.
42
Página inicial do site do escritório Conselvan, Fraxino & Advogados Associados
4. 1. 1 Cores
43
serão utilizadas no informativo. Além disso, o laranja é considerado como uma cor
“quente”, fator que, de acordo com o autor, “comandam a atenção”. Para Williams,
“uma página cinza, formada apenas por texto, pode ter uma aparência
desinteressante que, além de não incentivar a leitura, cria confusão”. (1995, p.
118). Portanto, a cor cinza, considerada como “monótona” pelo autor, deve ser
compensada e combinada com cores “vivas” de contraste, como o laranja e o
amarelo. Outra justificativa para isso, é que o escritório já trabalha com esses tons
em seu website. A utilização das mesmas cores no informativo irá criar um
conceito maior de comunicação integrada, em que todos os públicos da empresa a
vêem da mesma maneira. Durante o “Seminário de Comunicação” realizado no
mês de setembro de 2006 pela Amcham (Câmara Americana de Comércio) de
Curitiba, o diretor da Opus Múltipla, Rodrigo Rodrigues, falou a respeito da
importância da comunicação integrada em uma empresa. Nesse sentido,
Rodrigues explicou que é importante que os clientes, colaboradores e
fornecedores da organização a vejam da mesma forma, e citou o exemplo do
símbolo da Nike, que é reconhecido por todos sem ter o nome da marca.
Rodrigues explicou também que a primeira providência que a empresa deverá
tomar se desejar trabalhar com a comunicação integrada é criar uma identidade
usando sempre as mesmas cores em qualquer “veículo de comunicação” como
banners, folders, informativos, websites e jornais murais.
4. 1. 2 Fonte
Em todo o conteúdo do informativo utiliza-se a fonte Verdana entre os
tamanhos 10 e 12 (para corpo da matéria) e 14 para títulos, tamanho ideal para
veículos digitais, de acordo com Pinho (2003), por oferecer maior espaçamento
entre as letras e facilitar a leitura.
4. 1. 3 Disposição do texto
De acordo com os conhecimentos adquiridos durante o curso de Jornalismo
e o padrão da web, os textos não possuem parágrafos e são organizados em
44
blocos. Para facilitar a leitura e chamar mais atenção do leitor, os textos são
alinhados à esquerda.
4. 1. 4 Ilustração
A capa, todas as matérias e páginas do informativo são ilustradas com fotos
dos colaboradores, entrevistados ou com a logomarca institucional da empresa.
De acordo com Pinho (2003), ilustrações e fotos estimulam a leitura das pessoas.
4. 2 Estrutura
45
O produto será formado por páginas fixas e páginas que serão atualizadas
conforme a necessidade de informação dos colaboradores. No menu estará
disponível também a opção “Últimas notícias”, que será integrada ao informativo
quando necessário - as notícias recentes que não podem esperar a próxima
edição do informativo serão atualizadas nesta página. Para que os colaboradores
saibam que chegaram notícias para eles, será mandado um aviso por e-mail,
contendo o link direto da página de acesso restrito.
Os funcionários poderão ler o informativo por meio do site, onde terão um
acesso restrito através de login e senha individual. De acordo com a empresa Dual
Branding, esse acesso restrito permitirá a possibilidade de inclusão e exclusão de
colaboradores e consulta dos dados cadastrados na área segura do site.
4.3 Conteúdo
4.3. 1 Linguagem
46
20 anos, 10% têm 30 a 40 anos e os 5% restantes encontram-se na faixa dos 50
anos ou mais. Sobre a escolaridade 53% são apenas graduados, 33% possuem
pós-graduação e o restante concluiu o 2o grau.
Depois de traçar o perfil do público-leitor, foi possível definir a linguagem
que seria usada no informativo: uma linguagem coloquial e objetiva, que possibilita
textos curtos, tendo em vista o pouco tempo que os colaboradores têm para
leitura.
4.3. 2 Conteúdo
47
serviços contratados por velhos ou novos clientes, se estão satisfeitos com a
assessoria prestada, o que pensam da empresa, entre outros assuntos “externos”,
que não estão ou acontecem no escritório.
2ª) Além do Escritório – esta página irá levar alguma informação de
utilidade profissional para o funcionário, que se encontra fora do escritório. O
objetivo da matéria “CFAA participa ativamente de Câmaras de Comércio” foi o de
informar os funcionários sobre o que são câmaras de comércio, sua utilidade, e o
mais importante de tudo: mostrar para os colaboradores que eles poderiam
participar desses eventos da mesma maneira que o sócio do escritório faz. O
maior intuito dessa matéria, foi o de estimular os funcionários a participarem
desses “comitês” e discutirem sobre todos os segmentos da economia, se
profissionalizarem, e falarem sobre concorrência e assuntos do aspecto, que, de
acordo com Bueno (2003), ainda é considerado um “tabu” nas organizações.
3ª) Destaque do Mês – o principal objetivo da criação dessa página era o de
motivar os funcionários reconhecendo o trabalho e dedicação “especial” ao
escritório. Além disso, a pesquisa de campo, que mostrou que 39% gostaria de
receber informações sobre os próprios colaboradores, também foi fundamental
para a construção desse conteúdo. Assim, foi possível informar a respeito de
informações estratégicas de cada área, quando divulgado o faturamento do
Núcleo Renault, (já que a maioria dos funcionários (43%) respondeu na pesquisa
que gostaria que informações estratégicas chegassem até eles). E também foi
possível falar sobre cada colaborador que faz parte da área destaque do mês. O
objetivo, é que todas as áreas do escritório sejam reconhecidas por seu trabalho e
conquistas pelo menos uma vez, para sentirem-se valorizadas e motivadas.
4ª) Palavra do headhunter14 - esta página com o artigo de um dos melhores
headhunters do Brasil foi criada para levar informações de histórias de
profissionais, bem ou mal sucedidos na visão de um especialista. O autor desses
artigos escreve todos os domingos para a coluna “Capital Humano” da Gazeta do
Povo e prontificou-se a escrever artigos para os informativos internos do
14
Headhunter: Grupo de pessoas ou empresas especializadas na procura de profissionais
talentosos ou gestores de topo
48
Conselvan, Fraxino & Advogados Associados. Assim, os colaboradores lêem
sobre assuntos não somente relacionados à advocacia, mas também à carreira,
que pode agregar na vida profissional de cada um.
5ª) As últimas páginas estão relacionadas a assuntos pontuais, de interesse
de todos os funcionários do escritório: novos colaboradores e aniversariantes do
mês, que os lembrarão também, a respeito dos aniversários que ainda estão
chegando.
4.4 Periodicidade
49
4.5.1 Estimativas de custos
50
5. CONCLUSÃO
51
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2006.
52
SEBRAE. Disponível em: <http://www.sebraepr.com.br>. Acesso em 14 de junho de
2006.
53
ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO DE COMUNICAÇÃO INTERNA
1) SEXO
38% Feminino
62% Masculino
2) Idade
33% de 15 a 20 anos
52% de 25 a 30 anos
10% de 30 a 40 anos
0% de 40 a 50 anos
5% mais de 50 anos
3) Escolaridade
0% 1º grau completo
14% 2º grau completo
53% Ensino Superior
33% Pós Graduação
0% Mestrado
0% Doutorado
4) Atuação na Empresa
5% secretária
38% advogado
52% estagiário
0% recursos humanos
5% financeiro
54
43% Eficaz
47% Regular
10% Falha
11) Qual a influência, na sua opinião, do clima organizacional nas funções operacionais
e nos resultados da empresa?
90% total
5% parcial
5% não há influência
13) Você acha importante que a empresa tenha um veículo de comunicação para
informar os colaboradores sobre assuntos do escritório?
95% Sim
5% Não
14) Através de qual veículo você gostaria que essas informações chagassem até você?
8% jornal impresso
53% informativo online
19% intranet
4% mural
55
4% revista
12% outro
56
ANEXOS 4 – ORÇAMENTOS EMPRESAS DE DESIGN E
DIAGRAMAÇÃO
Proposta 610/06
À Patrícia
Fone: (41) 8405-5440
E-mail: patricia.b@amcham.com.br
Descrição do projeto:
Atenciosamente,
Rafael Dalzochio
Clã Design Ltda.
57
Proposta
À Patrícia Bahry
Criação do produto:
Atenciosamente,
Mariana Kluppel
Dual Branding
58
ANEXO 4 – DECLARAÇÃO DE VIABILIDADE DO PROJETO
DECLARAÇÃO
Atenciosamente,
59