Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Junho – 2010
Universidade Federal de Viçosa
Elaborado por:
Robson Zuccolotto
Camila Henriques de Paula
Rômulo José Soares Miranda
Junho – 2010
1
Universidade Federal de Viçosa
Sumário
1. Produtos e oportunidades de negócio ................................................................... 4
1.1. Caracterização do produto ................................................................................ 4
1.2. Descrição técnica e aplicação ............................................................................ 4
2. Mercado ............................................................................................................ 6
2.1. Oportunidades inicialmente previstas............................................................... 6
2.1.1. Outras oportunidades investigadas ...................................................................... 6
2.2. Aspectos regulatórios ........................................................................................ 7
2.2.1. Legislação e regulamentação ................................................................................ 7
2.2.2. Certificação e registros .......................................................................................... 9
2.2.3. Tendências dos aspectos regulatórios................................................................. 10
2.3. Priorização de oportunidades .......................................................................... 11
2.3.1. Contexto de mercado e suas tendências ............................................................. 11
2.3.2. Dimensionamento de mercado ........................................................................... 11
2.3.3. Público alvo ......................................................................................................... 12
2.4. Análise dos resultados ..................................................................................... 13
2.5. Necessidades dos clientes ............................................................................... 16
2.6. Forças de mercado ........................................................................................... 18
2.6.1. Relações de forças ............................................................................................... 18
3. Negócio ........................................................................................................... 19
3.1. Análise SWOT ................................................................................................... 19
3.1.1. Oportunidades ..................................................................................................... 19
3.1.2. Ameaças .............................................................................................................. 20
3.1.3. Forças .................................................................................................................. 20
3.1.4. Fraquezas ............................................................................................................ 21
3.1.5. Ações estratégicas ............................................................................................... 21
3.2. Estratégia de comercialização ......................................................................... 21
3.2.1. Posicionamento ................................................................................................... 21
3.2.2. Canais de distribuição ......................................................................................... 21
3.2.3. Precificação ......................................................................................................... 21
3.3. Barreiras e riscos relativos ao projeto ............................................................. 22
3.4. Contrapartidas públicas ................................................................................... 22
5. Cenários .......................................................................................................... 32
2
Universidade Federal de Viçosa
5.1. Quantidades de viagens por dia ...................................................................... 33
5.2. Capacidade do veículo por viagem .................................................................. 33
5.3. Quantidade de veículos em operação ............................................................. 34
7. Anexos ............................................................................................................ 38
7.1. Anexo I – Divisão Questionários ...................................................................... 38
7.2. Anexo II – Questionário de amostra ................................................................ 39
Lista de Tabelas
Tabela 1: Características técnicas do VLT ..................................................................................... 5
Tabela 2: Principal meio de locomoção em Viçosa ..................................................................... 13
Tabela 3: Relação observada entre meio de locomoção e renda ............................................... 14
Tabela 4: Aprovação da implantação do VLT por meio de locomoção ....................................... 15
Tabela 5: Aprovação implantação do VLT por faixa de renda .................................................... 15
Tabela 6: Necessidades dos usuários .......................................................................................... 16
Tabela 7: Projeção das Quantidades Demandadas Individual e Total por ano........................... 28
Tabela 8: Estimativa de Receita Anual (em R$)........................................................................... 29
Tabela 9: Alíquotas de impostos ................................................................................................. 31
Tabela 10: Gasto com pessoal e encargos trabalhistas............................................................... 32
Tabela 11: Investimentos e Gastos iniciais.................................................................................. 32
Tabela 12: Cenário projetado 1 ................................................................................................... 33
Tabela 13: Cenário projetado 2 ................................................................................................... 33
Tabela 14: Cenário projetado 3 ................................................................................................... 34
Tabela 15: VPL e FCA dos cenários simulados............................................................................. 37
Lista de Figuras
Figura 1: Gráfico da Priorização das Necessidades dos clientes ................................................. 17
Figura 2: Relações de forças entre os players ............................................................................. 18
Figura 3: Curva de Demanda Individual pelo VLT em Viçosa ...................................................... 27
Figura 4: Comportamento Sazonal da Demanda de VLT ............................................................ 30
Figura 5: Valor Presente Líquido – Análise de Cenários Simulados ............................................ 36
Figura 6: Fluxo de Caixa Acumulado – Análise de Cenários Simulados ...................................... 37
3
Universidade Federal de Viçosa
1. Produtos e oportunidades de negócio
1.1. Caracterização do produto
O veículo leve sobre trilhos (VLT) é um pequeno trem urbano, cujo tamanho permite que sua
estrutura de trilhos se encaixe no meio urbano existente. Portanto é uma espécie de "bonde"
moderno cuja finalidade é facilitar o transporte urbano, tornando-se alternativa de transportes
em cidades de grande e médio porte com problemas de mobilidade urbana.
Os VLTs são um misto de metrô e ônibus, com a diferença de que custa a metade do primeiro
e transportam quatro vezes mais passageiros que o segundo. Por ser um veículo ferroviário
leve de passageiros para trânsito urbano e suburbano, a frota pode ser composta por dois
vagões com capacidade para transportar até 358 passageiros, sendo: 96 sentados e 262 em pé.
A velocidade operacional pode chegar a 80km/h e a energia utilizada pode ser o diesel ou
biodiesel, com sistema automotriz (partida no próprio motor), tração hidráulica e duas cabines
de comando (uma em cada extremidade).
O traçado percorrido pelo VLT é pelo canteiro central das vias férreas deixando as pistas
laterais para os carros, ônibus, motos e bicicletas. No caso de Viçosa, o trajeto será realizado
entre a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e o Parque Tecnológico de Viçosa, localizado no
Bairro Silvestre.
Para a segurança dos passageiros que viajarão em pé (VLT urbano) serão instalados apoios e
suportes (colunas e barras de pega-mão) de modo que os mesmos possam se firmar. Todas as
bordas dos bancos que possam entrar em contato com os usuários serão lisas e arredondadas,
a fim de evitar lesões corporais ou danos às vestimentas. Os bancos apresentarão robustez
adequada ao seu uso, para garantir estabilidade, evitar vibrações e ruídos e facilitar a limpeza.
O VLT pode utilizar óleo diesel, biodiesel, álcool, eletricidade ou gás natural veicular para
tração, com arranjo de tanques que possibilitem uma autonomia mínima de 800 quilômetros.
4
Universidade Federal de Viçosa
Sob a modalidade de veículo urbano deverá possuir piso baixo para acesso ao salão de
passageiros.
Todos os carros que constituirão o VLT urbano deverão possuir uma porta de acesso ao salão
adequadamente identificada, equipado com rampa retrátil e dispositivo para acionamento
interno e externo, de forma a facilitar o acesso de passageiros que utilizem cadeiras de rodas.
A configuração do arranjo interno será adaptada às condições específicas do transporte,
possibilitando a acomodação de usuários sentados e em pé, para os deslocamentos urbanos.
Os níveis médios de ruído, produzidos no interior do carro, não deverão ultrapassar 85 dB(A),
com o carro operando com todos os equipamentos funcionando em condições normais.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
Movido a diesel ou biodiesel
Transmissão hidromecânica
Movimentação bidirecional
Duas cabines de comando
Passagem entre carros tipo gangway
Ar condicionado
Sistema de rádio comunicação
Sistema de informação audiovisual para os passageiros
Sistema de vigilância tipo homem morto
1
Fonte: www.cbtu.gov.br/estudos/pesquisa/vltpadrao.pdf. Acesso em: 02 mar. 2010.
2
Fonte: http://www.bomsinal.com/det_prod.php?id=1&descr=VLT%20-%20TRAM Acesso em: 27 abr.
2010.
5
Universidade Federal de Viçosa
2. Mercado
Nesse sentido, as pessoas têm buscado alternativas de transporte que sejam ao mesmo tempo
rápida, segura, confortável e confiável. Assim, um VLT, além de atender a todas essas
exigências permite a conjugação com ações culturais, turísticas e de desenvolvimento.
Além dos problemas gerados pelo intenso fluxo urbano de veículos no município, há também
os relacionados à infra estrutura deficiente da via pública. Não há estímulo para o uso de
transporte público e a qualidade dos ônibus que atendem é baixa.
6
Universidade Federal de Viçosa
A realização da Copa do Mundo no Brasil está estimulando o investimento na implantação de
VLTs, principalmente nas capitais para facilitar e dinamizar a locomoção.
Atenção especial deve ser dada a Especificação e Projeto de todos os equipamentos, de forma
a assegurar uma geração mínima ou mesmo atenuação das vibrações, de modo a não afetar o
conforto dos usuários. As freqüências próprias das vibrações deverão se afastar ao máximo
daquelas prejudiciais à saúde e definidas pela Norma Técnica ISO 2631. Segundo essa Norma
Internacional, não deverá ser extrapolada a vibração para freqüências fora da banda 1 a 80
Hz.4
O VLT deverá ser equipado com filtros, catalisadores e sistema de diagnóstico embarcado, para
garantir que a emissão de poluentes esteja dentro dos níveis de aceitação mundialmente
consagrados (atendendo, no mínimo, os padrões estabelecidos pela Norma Técnica EURO III).
Ensaios para a determinação da qualidade deverão ser executados nos materiais empregados
para a fabricação dos carros/módulos, conforme Norma Técnica de fundamentação específica
e com a devida emissão de certificados. Os índices de propagação de chama e de fumaça para
3
Fonte: www.cbtu.gov.br/estudos/pesquisa/vltpadrao.pdf. Acesso em: 02 mar de 2010.
4
Fonte: wwwp.feb.unesp.br/jcandido/vib/iso2631.doc. Acesso em: 06 mar de 2010.
7
Universidade Federal de Viçosa
os diversos materiais empregados deverão atender as condições especificadas nas Normas
Técnicas ASTM-E-162 e 662.
Todas as borrachas expostas ao meio ambiente devem ser resistentes a óleos, graxas,
solventes e ozônio. Deve-se prever a realização de ensaios específicos de comprovação,
conforme estabelecido pela Norma Técnica ASTM-D2000. A resistência à tração e o
alongamento das guarnições de vedação não devem ser menores do que 13,8 Mpa e 500%
respectivamente, quando testadas de acordo com a especificação D 412 da ASTM.
As peças moldadas de fibra de vidro devem ser submetidas a ensaio de absorção de umidade,
conforme a Norma ASTM D-570, índice de propagação de chama, conforme ASTM E-162,
densidade de fumaça, conforme a ASTM E-662, método de teste, conforme a ASTM D-635,
impacto, conforme ASTM D-256 e flexão, conforme ASTM D-790.
Os cabos elétricos devem atender as Normas NBR 6880 e DIN 57/0281. A padronização do
isolamento e de cores da fiação deverá se ater às especificações da ABNT, no que se refere à
utilização de alimentação através de energia alternada e/ou contínua, ou aterramento,
identificação do nível de isolamento e composição do cabo.
Os relés, botoeiras, contatores e chaves comutadoras devem atender aos Ensaios de Tipo e
Rotina definidos na Norma Técnica IEC-60077. Já os motores devem seguir aos padrões de
qualidade estabelecidos pela Norma Técnica IEC-60349. Já os fusíveis a serem instalados nos
circuitos de tensão inferior a 600 V obedecerão a Norma Técnica IEC-269-1.
2.2.1.2. Da concessão
A Lei nº. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 (Lei das Concessões) versa em seu capítulo VIII
sobre os encargos da concessionária.
8
Universidade Federal de Viçosa
Os Serviços de Transporte Público Rodoviário são de responsabilidade municipal, conforme
reza a Constituição, e em grande parte prestados pela iniciativa privada através de contratos
de concessão, ao passo que os serviços metroviários e ferroviários são geralmente de âmbito
federal, ou estadual, parte dos quais também privatizados.
O Anexo do Decreto n° 1.832 em seu artigo 42 explana que os menores de até cinco anos de
idade viajarão gratuitamente, desde que não ocupem assento. Segundo o Art 43 ninguém
poderá viajar sem estar de posse do bilhete ou de documento hábil emitido pela
Administração Ferroviária, salvo nos casos de bilhetagem automática.
Todos os eletrodos empregados na fabricação dos veículos deverão ter apresentados seus
respectivos Certificados de Qualidade.
As empresas de transporte urbano que se destacam nas suas atividade podem obter o
Certificado de Participação do Prêmio Profissional Modelo do Transporte Urbano, ou o
Certificado de Participação do Prêmio Nacional de Conservação e Uso Racional de
Combustível, ou o Prêmio Maiores & Melhores do Transporte. Além do Certificado de
Segurança Veicular.
9
Universidade Federal de Viçosa
Ambiente (SVMA), Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano (SEHAB), Procuradoria-
Geral do Município (PGM), Assessoria Técnica Legislativa do Município (ATL).
Há o estímulo para o uso desse tipo de transporte (ferroviário), uma vez que as ligações
ferroviárias têm grande demanda e, em geral, não envolvem grandes investimentos na
infraestrutura básica e nos sistemas de controle e segurança operacional, pois, em geral,
utilizam redes preexistentes. Os maiores investimentos costumam ser nos próprios trens, que
devem oferecer aos usuários conforto, segurança e confiabilidade suficientes para fazê-los
abandonar ônibus ou automóveis e escolher o trem. Uma das vantagens de se usar esse tipo
de transporte é a redução do congestionamento urbano.
De acordo com os dados mostrados nos tópicos anteriores, pode-se observar que algumas das
tendências são: aumentar os requisitos de qualidade no transporte urbano; evitar
congestionamentos e melhorar o tráfego urbano no município; possibilitar o acesso de
diferentes camadas sociais da população, com a cobrança de tarifas acessíveis; facilitar o
acesso e o deslocamento dos cadeirantes; reduzir o nível de ruído, vibração e poluição visual
para não comprometer a saúde do operador e dos passageiros; desenvolver interfaces simples
10
Universidade Federal de Viçosa
de forma a possibilitar aos passageiros um bom uso do veículo, com conforto e consequente
qualidade do serviço.
Para seguir estes critérios, as fabricantes do VLT devem ter o controle, certificarem do
cumprimento das regulamentações e legislações que explanam sobre os materiais que
comporão sua estrutura, além de oferecerem assistência técnica em tempo hábil para
solucionar possíveis falhas observadas. A implantação de VLTs é uma tendência mundial, uma
vez que dentro de algum tempo todo o mercado internacional e nacional deverá adotá-lo.
Além do mais, sabe-se que a qualidade e eficiência comprovada podem elevar a demanda por
esse tipo de transporte. Assim, verifica-se a relevância da necessidade de aperfeiçoamentos
técnicos do produto proposto, como forma de torná-lo satisfatório às necessidades dos
clientes.
Ao longo dos últimos anos está ocorrendo no Brasil a expansão do serviço de transporte
alternativo, que pode trazer benefícios como o aumento nas opções para a realização de
viagens, na mobilidade, além de melhorias na acessibilidade de áreas mais carentes da cidade.
A falta de qualidade nos serviços oferecidos pelo transporte público, evidenciada por
LANGENBUCH (1997)5, abriu a brecha para o surgimento de uma nova opção de transporte. As
principais causas do crescimento do transporte alternativo, segundo MONIÉ e GOMES apud
TEIXEIRA (2003, p. 44)6, estão nas deficiências do sistema de ônibus convencional,
diversificação da demanda e facilidades de financiamento na aquisição de veículos utilitários.
A contagem demográfica realizada pelo IBGE, em 2007, indicou uma população de 70.404
habitantes no município de Viçosa dos quais 65.042 (92,38%) residiam no perímetro urbano e
5
Fonte: www.pet.coppe.ufrj.br/dissertacoes/transporte_publico/teixeira_maria.pdf. Acesso em: 18
mai. 2010.
6
Fonte: www.pet.coppe.ufrj.br/dissertacoes/transporte_publico/teixeira_maria.pdf. Acesso em: 18 mai.
2010.
11
Universidade Federal de Viçosa
5.362 (7,62%) na área rural. No período de 2000 a 2007, a população do município passou de
64.854 habitantes para 70.404. Nos últimos anos do século passado, a população de Viçosa
cresceu a uma taxa média anual superior a 2,6% e nos primeiros sete anos deste século o
crescimento médio anual foi de 1,18%.
A População em Idade Ativa (PIA) constituída por aqueles habitantes na faixa etária entre 16 e
70 anos, foi estimada em 46.674 pessoas, equivalendo a 71,76% da população urbana.
Integram a PIA 1.031 pessoas incapazes para o trabalho e 4.647 aposentadas. Retirando-se da
PIA essas pessoas, chega-se ao grupo conceituado como População Economicamente Ativa –
PEA, que, para o perímetro urbano de Viçosa, corresponde a 63,76%de seus moradores, ou a
40.996 pessoas.7
A definição do público alvo a ser pesquisado, bem como o tipo de pesquisa a ser realizada deu-
se após reuniões com a equipe envolvida no projeto, considerando-se todo o potencial
mercado consumidor do serviço.
Assim, a demanda foi estimada com base em questionários aplicados ao público alvo, quer
seja, todos os habitantes de Viçosa que constituem a População em Idade Ativa (PIA) e toda a
comunidade de estudantes, cujo comportamento é de população flutuante.
A partir dos cálculos estatísticos para determinação da amostra, conforme a fórmula abaixo, e
admitindo-se uma margem de erro 5%, mesmo valor atribuído ao intervalo de confiança, o
número mínimo de questionários a serem aplicados seria de 382.
7
Fonte: Cruz, Tancredo Almeida et al. Retrato Social de Viçosa 2007. Viçosa, MG: CENSUS, 2008.
8
Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Contagem populacional. Rio de Janeiro,
2007
12
Universidade Federal de Viçosa
Z 2 * (α 2) * p * (1 − p ) * N
n= 2
E * ( N − 1) + Z 2 * (α 2) * p * (1 − p )
Em que:
n = número de questionários;
Z = valor de Z tabelado;
α = intervalo de confiança;
p = estimativa da proporção;
N = tamanho da população;
E = tolerância do erro amostral;
Com o intuito de facilitar a distribuição proporcional às diversas regiões geográficas
consideradas e evitar o surgimento de eventuais problemas com algum questionário, optou-se
pela aplicação de 400 questionários, cuja distribuição encontra-se no anexo 1.
Após a realização das entrevistas realizou-se, conforme questionário anexo, a análise dos
resultados e a estimação da demanda potencial pelo uso do Veículo Leve sobre Trilhos.
Os resultados obtidos a partir da análise dos questionários aplicados apontam que um elevado
percentual da população (superior a 50%) utiliza o ônibus urbano como principal meio de
transporte. A tabela 2 apresenta, ainda, que o uso do veículo ocupa a terceira posição ao passo
que a bicicleta é a opção de menor freqüência.
13
Universidade Federal de Viçosa
Uma importante observação a ser feita é o fato de o automóvel representar a opção de
pequena parcela dos entrevistados em comparação com o transporte coletivo. Deve-se
considerar que a estatística parece enganosa quando se trafega pelas ruas da cidade.
Entretanto, o baixo percentual de automóveis não pode ser utilizado como indicativo de um
trânsito de alta fluidez, uma vez que um único ônibus tem capacidade de transportar várias
vezes mais o número de pessoas que um veículo convencional, ocupando espaço pouco
superior nas vias urbanas.
14
Universidade Federal de Viçosa
Tabela 4: Aprovação da implantação do VLT por meio de locomoção
Meio de Locomoção Não Sim
A pé 2,82% 97,18%
Automóvel 13,64% 86,36%
Bicicleta 0,00% 100,00%
Motocicleta 3,03% 96,97%
Ônibus 4,44% 95,56%
Total geral 4,73% 95,02%
As parcelas dos entrevistados que disseram ser usuários de ônibus ou motocicletas bem como
aqueles que andam a pé possuem comportamentos semelhantes, com aprovação próxima a
96%.
Embora a diferença não seja expressiva, há uma relação inversa entre o nível de renda e a
aprovação do VLT. Aqueles que informaram receber até R$ 510,00, ou seja, 1 salário mínimo,
apresentaram a maior taxa de receptividade ao projeto, indicando um outro caráter do
mesmo, ou seja, uma alternativa que, além de se apresentar como forma de amenizar os
problemas de circulação da cidade por questões de deficiências na infraestrutura viária
15
Universidade Federal de Viçosa
existente, representa um anseio da sociedade por um serviço de qualidade, mas com preços
acessíveis de forma a atender o público que dele efetivamente depende e não pode despender
muitos recursos pra locomoção.
As principais necessidades levantadas pelos clientes para ser um transporte de qualidade estão
listadas na tabela 6.
A partir dessa tabela obteve-se o gráfico de Pareto, apresentado na figura 1, que demonstra a
importância relativa de cada necessidade identificada.
16
Universidade Federal de Viçosa
Pelo gráfico percebe-se que os itens que os usuários atribuem maior importância (80% mais
bem pontuados) são: (i) Preço da passagem, de forma que o valor mais acessível aumente a
demanda; (ii) Segurança; (iii) Rapidez na locomoção, beneficiada pelo não congestionamento
da linha férrea; (iv) Conforto e tranqüilidade no percurso, evitando movimentos bruscos; (v)
Baixo nível de poluição, tanto sonora como atmosférica, para isso será adotado o biodiesel; (vi)
Boa ventilação, através de janelas grandes ou ar condicionado para tornar o ambiente
agradável, (vii) Emitir pouco barulho ou ruído, itens relacionados à eficiência do motor.
17
Universidade Federal de Viçosa
2.6. Forças de mercado
Complementadores:
Governo
Uma das principais barreiras para a entrada no mercado, que deverá ser trabalhada é a força
exercida pelas empresas que atuam nesse mercado atualmente.
2.6.1.1. Concorrentes
Os principais concorrentes do mercado alvo, no qual o VLT proposto será lançado, no que diz
respeito ao transporte, são as empresas de ônibus urbano, táxi, automóveis, motos, dentre
outros.
2.6.1.2. Fornecedores
O único fornecedor de VLTs no Brasil, atualmente, é a empresa Bom Sinal Indústria e Comércio
Ltda., que possui sede no município de Barbalha – CE, com uma filial em São Paulo. Um dos
grandes diferenciais desta empresa é a tecnologia utilizada em todo o revestimento, cujo
18
Universidade Federal de Viçosa
material é conhecido com Sheet Moulding Compound (S.M.C.) e além de reduzir ruídos e
vibrações, também é considerado melhor para a segurança do veículo e também na redução
de seu peso.
O trem da Bom Sinal é um modelo de VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos), especialmente
projetado para o transporte de passageiros. Faróis, iluminação interna, assentos e ar-
condicionado energizados e em pleno funcionamento, com dois vagões ligados por um sistema
de gangway (passagem sanfonada que liga um carro ao outro) e permite o deslocamento dos
passageiros de forma rápida e segura.
Desde 2008, essa empresa nacional explora o setor, foi a primeira a produzir VLTs próprios
para as linhas da Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA). Seus vagões são uma versão mais
barata dos similares europeus: por dentro, são idênticos a um ônibus urbano, mas custam 40%
a menos que um veículo importado. Com os VLTs, o país poderá voltar aos trilhos de um
transporte eficiente.
3. Negócio
3.1.1. Oportunidades
19
Universidade Federal de Viçosa
• O aumento do número de cursos de graduação e pós-graduação na UFV e nas demais
faculdades instaladas na cidade influencia no aumento da população flutuante.
3.1.2. Ameaças
3.1.3. Forças
• Para aqueles que não quiserem ler pode se observar a paisagem, pois o VLT tem
janelas grandes. Como o trajeto se faz pelas ruas de comércio, é possível olhar as
diferentes vitrines das lojas de rua, o que não ocorre para as pessoas ao volante, com a
atenção voltada para a pista, sinalizações, outros veículos e pedestres.
20
Universidade Federal de Viçosa
locomoção dos moradores da região, contribuir para a interiorização do turismo. Além
de facilitar a propaganda e publicidade.
3.1.4. Fraquezas
Com base nas listas elaboradas no item 3.1.1 a 3.1.4 propõem-se as seguintes ações
estratégicas:
3.2.1. Posicionamento
O ideal é se posicionar por custo, ou seja, adotar um preço acessível, já que 95% dos
entrevistados consideram esse o ponto de maior importância e impacto, comprovado pelo
gráfico de pareto, no tópico 2.4 deste estudo.
A venda das passagens será feita diretamente para o usuário. Para operações turísticas, ações
especificas de marketing devem ser implementadas e, nesse caso, recomenda-se, além da
venda direta aos passageiros, uma estratégia de vendas para empresas, associações, escolas,
etc.
3.2.3. Precificação
O limite máximo do preço da passagem é o valor praticado no mercado de transportes
urbanos atualmente, e o mínimo é aquele que cubra os custos e de retorno ao investidor.
Nesse sentido, o preço adotado nesse estudo será de R$ 1,50. Esse preço foi escolhido para
estudar a viabilidade visto que se apresenta como popular, oferece boa estratégia para
21
Universidade Federal de Viçosa
divulgação e é acessível a maioria da população. Destaca-se que o estudo trabalha, também
com simulações de valor para mais ou para menos, demonstrando os riscos da precificação no
projeto.
Para o bom andamento e desenvolvimento desse projeto, várias ações podem ser impetradas
pelo setor púbico no sentido de maximizar o potencial o presente projeto como vetor de
desenvolvimento local, inclusão social, responsabilidade ambiental, entre outros.
Sugere-se, também, que o executor desse projeto utilize editais do Ministério das Cidades ou
do Ministério dos Transportes para, em parceria com o poder público municipal, desenvolva
outras ações de mobilidade urbana.
22
Universidade Federal de Viçosa
i) Estudo de mercado de forma a permitir constatar as condições macroeconômicas nas
quais o projeto operará, bem como o público consumidor e a estimativa de consumo e
preços variáveis;
Bezerra da Silva (1995, p.21)10 afirma que um estudo de viabilidade próximo da realidade deve
partir de um bom cenário, dispor de um modelo matemático confiável para simulação,
apresentar indicadores de qualidade e estabelecer critérios particulares de decisão.
9
Fonte: NETO, J. A. L. C.; JUNIOR, J. V. B.; AMORIM, P. H. M. Estudo de um modelo para análise prévia
de viabilidade econômico-financeira de empreendimentos imobiliários em Salvador – BA.
Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2003.
10
Fonte: BEZERRA DA SILVA, Mozart. Planejamento Financeiro para o Setor da Construção Civil. Texto
Técnico 11 (TT/PCC/11). São Paulo: EPUSP, 1995, 47 pág.
23
Universidade Federal de Viçosa
Os fluxos de caixa são valores monetários que representam as entradas e saídas dos recursos e
produtos por unidade de tempo, os quais compõem uma proposta ou um projeto de
investimento. São formados por fluxos de entrada (receitas efetivas) e fluxos de saída
(dispêndios efetivos), cujo diferencial é denominado fluxo líquido (NORONHA, 1987)11. Uma
vez obtidos, estes possibilitam o cálculo de indicadores de rentabilidade da atividade
considerada.
Custos Fixos: O custo fixo total (CFT) compreende aqueles valores invariáveis em sua
totalidade, independentemente da quantidade produzida (q), ao passo que o custo fixo médio
(CFMe) é inversamente proporcional à produção. Assim, à medida que se aumenta a
quantidade produzida, o montante de custos não se altera, muito embora haja maior diluição
desse valor sobre a produção.
CFT
CFMe =
q
Custos Variáveis: O custo variável total (CVT) é aquele que varia diretamente com a
quantidade produzida (q), muito embora seja fixo por unidade. O custo variável médio (CVMe)
representa a razão entre o montante do custo variável total e a quantidade produzida.
CVT
CVMe =
q
Custo do Capital: O custo do capital é de fundamental importância, uma vez que afeta
diretamente a rentabilidade do investimento. Representa o quanto o investidor deixa de
receber ao investir seu capital na atividade considerada ao invés de alocar seus recursos para
outra atividade ou aplicar, por exemplo, no mercado financeiro. È taxa mínima de atratividade
do Investimento (TMAR).
11
Fonte: NORONHA, J.F. Projetos agropecuários: administração financeira, orçamento e
viabilidade econômica. 2 ed. São Paulo, Atlas, 1987. 269p.
24
Universidade Federal de Viçosa
A taxa utilizada na presente análise para se calcular o custo do capital empregado é de 9,5%
(taxa SELIC – que é a taxa livre de risco no Brasil) ao ano, comumente utilizada para
investimentos privados, adicionado de um prêmio pelo risco de 4% (quatro por cento).
Tempo de Retorno do Capital: Representa o período de tempo necessário para que os saldos
anuais gerados pelo empreendimento paguem completamente o capital investido na sua
implantação. Trata-se de uma informação importante da liquidez do investimento.
t FC j
VPL = ∑
j =0 (1 + i ) j
Neste caso, para a aprovação do investimento é necessário que o VPL seja positivo, indicando
que o retorno é superior ao mínimo desejado (TMAR). No caso de valores de VPL negativos, o
projeto torna-se inviável economicamente. VPL igual a zero, indica que o retorno do
investimento é igual a TMAR, não sendo indicada sua implementação.
Taxa Interna de Retorno: É a taxa de juros máxima que o investimento poderá suportar sem
que o projeto se torne inviável, ou seja, a taxa de juros que iguala o Valor Presente Líquido
(VPL) a zero, tornando uma série de desembolsos equivalentes na data presente. Com isso
tem-se maior confiabilidade na indicação de viabilidade do projeto.
t FC j
VPL = ∑ =0
j =0 (1 + i ) j
Em que:
Uma vantagem da TIR, também observada no VPL, é o fato de considerar o efeito da dimensão
tempo dos valores monetários. Caso a TIR apresente resultado superior a Taxa Mínima
25
Universidade Federal de Viçosa
Atrativa de Retorno previamente definida, o investimento é aprovado; caso contrário, é
rejeitado.
∑B
i =0
i
(1 + r ) i
RBC = t
∑C
i =0
i
(1 + r ) i
4.1. Faturamento
A quantificação da oferta e da demanda por transportes urbanos públicos, segundo Ribeiro &
Monte (2009)12, é função de diversos fatores como o conhecimento da distribuição etária e
nível de renda da população urbana, determinação do quantitativo da força de trabalho,
identificação das distâncias e percursos entre o local de trabalho e a residência dos
consumidores, das condições das vias, terminais e veículos, bem como do movimento de
migrações populacionais.
Os serviços sobre trilhos dependem adicionalmente do traçado das linhas. A sua demanda está
diretamente relacionada às localidades que podem ser acessadas por essa forma de
transporte. É preciso, portanto, que todas essas condições sejam atendidas.
Considerando-se que todos os fatores acima foram considerados ou são conhecidos, buscou-se
mensurar a demanda individual pelo serviço proporcionado pelo VLT em Viçosa.
12
Fonte: RIBEIRO, M. Q.; MONTE, C. S. Sistema Viário e Transporte Intermunicipal. Nota Técnica.
Federação Nacional dos Engenheiros. Brasília, 2009.
26
Universidade Federal de Viçosa
este iria adquirir àquele preço, como também simula o comportamento do agente mediante
variações positivas e negativas nesse preço da ordem de 10% e 20%, de forma a evidenciar a
sua sensibilidade individual.
Com base nos diversos valores de quantidades e preços de passagens identificados para cada
indivíduo que se apresentou como disposto a utilizar o serviço, foi calculada uma regressão
linear simples, que caracteriza a função de demanda individual de passagens de VLT em
Viçosa.
Partindo desse pressuposto, de que a soma de todas as quantidades, aos diversos preços, dos
indivíduos respondentes equivale à demanda total da população amostral, as quantidades
podem ser divididas pelo número da amostra, chegando-se ao valor médio de passagens por
indivíduo da amostra. Extrapolando para a população total a ser considerada, é possível obter
a demanda total pelo bem aos mais variados níveis de preço.
Realizados todos os passos descritos, foi encontrada a seguinte função geral de demanda
individual para o VLT em Viçosa, em que as quantidades encontram-se no eixo das abscissas
(x), inversamente relacionadas aos preços, representados no eixo das ordenadas (y).
27
Universidade Federal de Viçosa
serviço como relativamente inelástico. A interpretação econômica desse valor sugere que
variações percentuais no preço da ordem de 1% levariam a variações negativas de 0,846% na
quantidade demandada.
O valor observado de R2 igual a 0,8458 permite concluir que 84,58% das variações na demanda
são explicadas por variações na variável preço, o que caracteriza o conceito de coeficiente de
determinação. Assim, a raiz desse valor leva ao valor do coeficiente de correlação, ou seja,
uma medida de força da relação entre as variáveis, nesse caso igual a -0,9196.
28
Universidade Federal de Viçosa
A partir dos dados apresentados na tabela anterior, é possível calcular a receita total estimada
com a venda de passagens por ano, conforme se observa na Tabela 8. Nota-se um crescimento
significativo das receitas, diretamente relacionado aos aumentos dos preços, entretanto isso
se dá a taxas decrescentes, indicando possível saturação para algum valor superior, não
considerado nesse intervalo.
Os dados e as simulações efetuadas foram anualizados, assim não foi possível identificar o
componente de sazonalidade da demanda pelo uso do VLT em Viçosa. Essa característica é
acentuada pela população de estudantes que, em sua maioria, regressam às cidades de origem
no período de férias.
29
Universidade Federal de Viçosa
Assim, a adoção de preços superiores aqueles praticados pelos concorrentes, pode representar
perdas significativas de mercado e, conseqüentemente, de receitas. Adicionalmente, sugere-se
o estudo da viabilidade de integração intermodal e reestruturação de toda a malha viária de
forma a tornar o atual transporte público um serviço complementar e não substituto.
30
Universidade Federal de Viçosa
Tabela 9: Alíquotas de impostos
Discriminação Base de cálculo Alíquotas
IRPJ Faturamento Bruto 1,20%
CSLL Faturamento Bruto 1,08%
PIS Faturamento Bruto 0,65%
Cofins Faturamento Bruto 3,00%
ISS Faturamento Bruto 2%
Segundo a natureza das ações, os custos totais considerados estão apresentados da seguinte
forma: investimentos, operação e manutenção.
Nos trens turísticos, que é o que utilizaremos como referência, é necessário um maquinista e
um auxiliar em cada máquina. O quadro para cada trem é composto por: 01 Gerente, 01
Analista, 01 supervisor técnico, 01 Supervisor Comercial, 01 Técnico especializado Via
Permanente, 07 Mantenedores de Via permanente, 01 Técnico Especializado Mecânica, 07
Mecânicos, 01 Inspetor Operação, 06 Maquinistas, 03 Auxiliares de Maquinista, 08 Bilheteiros
(1 por bilheteria). Já os serviços de apoio e limpeza são terceirizados.
caso do VLT em Viçosa, foi estimado dois turnos de 08 horas (inicio às 06 horas e
encerramento às 22 horas).
31
Universidade Federal de Viçosa
Tabela 10: Gasto com pessoal e encargos trabalhistas
ANO 1 2 3 4 5
Salário base - mensal R$ 510,00 R$ 552,00 R$ 594,00 R$ 636,00 R$ 678,00
Encargos trabalhistas 80%
Projetou-se o aumento médio esperado do salário mínimo vigente, baseado na média dos
últimos cinco anos, de 2005 a 2010. As despesas descritas acima se referem a um turno de
trabalho e os salários foram estimados com base no mercado, em relação ao salário mínimo
vigente. Os encargos sobre os salários foram estimados em 80% (oitenta por cento) do custo
da remuneração. Destaca-se que essa é a média apropriada para utilização nesse setor.
4.3.2. Investimentos
5. Cenários
Como uma forma para auxiliar a tomada de decisão, criou-se 3 cenários simulados. A
comparação foi realizada modificando algumas variações, porém sempre fixando uma das
variáveis. Utilizamos a modificação dos seguintes fatores: quantidade de viagens/dia;
32
Universidade Federal de Viçosa
capacidade de passageiros/viagem; utilização de mais um veículo. Primeiro cenário
comparando três diferentes quantidades de viagem/dia: 20, 24 e 30 viagens. Segundo cenário
comparando três diferentes níveis de capacidade do veículo: 50%, 75% e 100%; Terceiro
cenário comparou-se dentro do padrão estipulado (80% de capacidade, 24 viagens dia) a
utilização de mais um veículo. Utilizamos os seguintes indicadores como forma de
comparação: TIR, Payback Real e Fluxo de Caixa (FC). O resultado encontra-se em tabela
abaixo.
33
Universidade Federal de Viçosa
5.3.Quantidade de veículos em operação
Tabela 14: Cenário projetado 3
Cenário 3
Nº viagens/dias Capacidade Veículos Cenários TIR Payback Real FC
Realista 12 5 Positivo
24 80% 2 Pessimista NC 13 Positivo
Otimista 20 4,5 Positivo
Obs: NC - Não foi possível calcular para 5 anos
6. Conclusões de viabilidade
O projeto resgata a história da linha férrea, pode contribuir também para a criação de museus
e centro históricos.
34
Universidade Federal de Viçosa
Melhoria da segurança pública e redução da criminalidade;
Melhoria da urbanização;
Implantação de ciclovias secundárias;
Revitalização dos bairros;
Criação e implantação de projetos paisagísticos.
Por tratar-se de um projeto, não existe histórico de custos e/ou despesas que poderiam
alimentar tais projeções. Da mesma forma com que não há informações disponíveis sobre os já
implantados. Dessa forma, utilizou-se a Simulação de Monte Carlo (SMC) como método para
robustecer a avaliação econômico-financeira. A SMC foi alimentada com os investimentos
previstos a ocorrer no período zero e os resultados líquidos projetados para cinco anos, em
cada um dos três cenários. Para comportar tais cenários utilizou-se uma distribuição triangular,
sendo cada cenário um vértice do triângulo. Foram, então, simulados dois mil cenários
aleatórios, utilizando os três cenários-base como balizadores.
Para a realização dos cálculos considerou-se a realização de 30 viagens por dia e a demanda
representando 80% da capacidade total que o VLT pode transportar por ano.
Não foi considerado nenhum valor residual ao final do projeto, pois pretende-se que o mesmo
seja viável dentro dos primeiros cinco anos de operação. Foi utilizada uma Taxa Mínima de
Atratividade (TMA) de 12%, que inclui um prêmio de risco, e pelo fato da taxa básica da
economia, Taxa Selic, estar em torno de 10,25%.
Os resultados obtidos pela média das duas mil simulações apontam um payback descontado à
taxa mínima de atratividade (TMA) de 12% de 5 anos; ou 3,75 anos não descontado; Valor
Presente Líquido (VPL) em torno de R$ 10.851,66 e uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 12%,
ou seja, igual a TMA exigida (de 12%).
Para robustecer a análise foram criados dois gráficos (figuras 5 e 6 a seguir) que demonstram o
comportamento do VPL e do Fluxo de Caixa Acumulado (FCA) em cada cenário simulado. O
primeiro gráfico (figura 5) demonstra a frequência de ocorrência de diversas faixas (intervalos)
35
Universidade Federal de Viçosa
de Valor Presente Líquido. Pode-se afirmar, com base nas simulações, que a probabilidade de
que o VPL seja maior que zero é de 54,25%, ou seja, é possível afirmar que o projeto é
economicamente viável (TIR = TMA) com esta probabilidade.
36
Universidade Federal de Viçosa
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) deve investir R$ 2,5 bilhões até 2010, em
obras de melhoria e expansão nos sistemas de metrôs e de trens urbanos e suburbanos de
passageiros em todo o País. Os recursos são destinados pela Companhia Brasileira de Trens
Urbanos (CBTU), vinculada ao Ministério das Cidades.
37
Universidade Federal de Viçosa
7. Anexos
7.1. Anexo I – Divisão Questionários
População Questionários
Região
Código Bairros
H M T H M T
Clara
Lourdes e do Fátima
11 Campus 14.372 45 48 93
38
Universidade Federal de Viçosa
7.2. Anexo II – Questionário de amostra
39
Universidade Federal de Viçosa
3.3. Quais as linhas você utiliza com mais freqüência e o tempo médio do percurso?
Duração
Destino
Origem
40
Universidade Federal de Viçosa
3 Qualidade do transporte 6 Outro __________________________
4.7. Qual(is) o(s) percurso(s) você utilizaria?
1 Veterinária – UFV/ Quatro Pilastras – UFV
2 Quatro Pilastras – UFV/ Estação Central
3 Estação Central/ Nova Era
4 Nova Era/ Vale do Sol
5 Vale do Sol/ Amoras
6 Amoras/ Vau-Açu
7 Vau-Açu/ Silvestre
8 Silvestre/ Parque Tecnológico de Viçosa
4.8. Qual a freqüência de uso durante a semana
Dia da semana Vezes ao dia Horários
Segunda
Terça
Quarta
Quinta
Sexta
Sábado
Domingo
4.9. Quais meses por ano você não utilizaria o serviço?
1 Janeiro 4 Abril 7 Julho 10 Outubro
2 Fevereiro 5 Maio 8 Agosto 11 Novembro
3 Março 6 Junho 9 Setembro 12 Dezembro
4.10. Qual o preço você pagaria por esse serviço?
- 20% - 10% Preço Ideal + 10% + 20%
Preço (R$)
Passagens
4.11. Por qual o preço você não utilizaria esse serviço? R$___________
5.1. Você é favorável à criação de uma ciclovia ao longo da linha férrea?
1 Sim 2 Não
5.2. Por quê? __________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
5.3. Você estaria disposto a utilizar a ciclovia?
1 Sim 2 Não
41