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DIAGNÓSTICO MOLECULAR DA DOENÇA DE GAUCHER

A Doença de Gaucher (DG) é a mais comum das alterações relacionadas ao armazenamento


lipídico (esfingolipidose), causada por uma deficiência de glicocerebrosidase lisosomal, resultando
na acúmulo de glicocerebrosídeos nas células do sistema retículo endotelial (macrófagos).
Os pacientes com Gaucher são geralmente divididos em três fenótipos de acordo com os sinais
e sintomas clínicos apresentados:
Tipo 1 (crônica, não neuropática ou adulta): caracterizado por hepatoesplenomegalia, anemia,
trombocitopenia e degeneração óssea. A expressão clínica da doença pode variar dos
primeiros meses de vida até a oitava década. O sistema nervoso não está envolvido.
Tipo 2 (aguda, neuropática ou infantil): pacientes têm anormalidades nervo-craniais e no tronco
cerebral, hipertônia, retardamento mental, apnéia, hepatoesplenomegalia. Idade de
aparecimento de sintomas em torno de 6 meses.
Tipo 3 (subaguda, neuropática ou infanto-juvenil): pacientes têm sintomas similares ao tipo 1,
mas os sinais neuropáticos (demência, apraxia motora ocular) aparecem durante a
adolescência.
A principal diferença entre os três fenótipos é a presença e a progressão de complicações
neurológicas e os sintomas que podem aparecer na infância. Os macrófagos contendo os
glicolipídeos acumulam-se nos tecidos e são responsáveis por todas as manifestações não
neuropáticas da doença, como hepatoesplenomegalia, anemia, leucopenia, trombocitopenia e
acometimento ósseo.
A trasmissão da Doença de Gaucher tem caráter autossômico recessivo e a alteração genética
está localizada no cromossomo 1q21. As mutações mais comuns são: N370S, L444P, 84GG,
IVS2+1, G377S. Geralmente, a presença da mutação aparentemente é uma mutação que protege
contra os distúrbios neurológicos, ao passo que pacientes homozigotos para a mutação L444P,
apresentam sintomas neurológicos (tipo 3).

Indicações do diagnóstico molecular


Casos de hepatoesplenomegalia volumosa inexplicável, com anemia, leucopenia e
trombocitopenia, diatese com sangramento, ou outras manifestações da doença em outros sistemas,
como nos ossos (fêmur), onde o paciente apresenta uma deformidade chamada de “frasco de
Erlenmeyer”, que é característica da DG. Também deve ser indicado para pacientes com história
familiar da doença, podendo ser feito também o diagnóstico pré-natal.
Ressaltamos a importância do diagnóstico preciso da DG, tendo em vista a possibilidade de
tratamento com reposição enzimática (Alglucerase), atualmente disponível.
Departamento de Genética Humana
O Departamento de Genética Humana do Instituto Hermes Pardini realiza o diagnóstico
molecular das mutações N370S, L444P e R463C, pela técnica de Reação em Cadeia da Polimerase
seguida da digestão do produto amplificado com enzimas de restrição (PCR-RFLP).
Condição
1 tubo de sangue total (EDTA).
Conservação para envio
Enviar em temperatura ambiente até 2 dias ou refrigerado entre 2° e 8°C em até 7 dias.
Tempo de liberação
30 dias úteis após as 18:30h.
Referência bibliográfica:

1. Pocovi M, Cenarro A, Civeira F, Torralba MA, Perez-Calvo J et al. β-glucocerebrosidase gene


locus as a link for Gaucher´s disease and familial hypo-α-lipoproteinaemia. Lancet. 1998; 351:
1919-23.
2. NIH, Technology Assement Panel: Gaucher disease; Current issues in diagnosis and treatment.
JAMA. 1996; 275:548.
3. Hollack CE et al. Individualised low-dose aglucerase therapy for type 1 Gaucher´s disease.
Lancet. 1995; 345:1474.
4. Altarescu G, Hill S, Wiggs E, Jeffries N, Kreps C. The efficacy of enzyme replacement therapy in
patients with chronic neuromonopathic Gaucher´s Disease. J Pediatr.2001; 138:539-47.
5. Bakst AE, Gaine SP, Rubin LJ. Continuos intravenous epoprostenol therapy for pulmonary
huypertension in Gaucher´s disease. Chest.200;117:1821.
6. Niederau C, Rolfs A, von Dahl S, Häussinger D, et al. Diagnosis and therapy of Gaucher
disease. Current recommendations of German therapy centers in the year. Med Klin.2001:96:32-
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7. Glucocerebrosidase gene mutations in patients with type 2 Gaucher disease. Hum Mutat.2000;
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