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e
7.14
2
1
Introdução
3
“E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me:
Estes são os que vieram da grande tribulação, e
lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue
do Cordeiro”.
Apocalipse 7.14
“...Ο υ τ ο ι ε ι σ ι ν ο ι ε ρ χ ο µ ε ν ο ι ε κ τηζ θλ
ιψ ε ω ζ τη ζ µ ε γ α λ η ζ ...” 1
1 2 3 4 5 6 7 8 9
estes são os que vêm de a aflição grande 2
“...Ο υ τ ο ι ε ι σ ι ν ο ι ε ρ χ ο µ ε ν ο ι ε κ τηζ θ
λιψεω ζ τη ζ µ ε γ α λ η ζ ...” 3
1 2 3 4 5 6 7 8 9
estes são os que vêm de a tribulação a grande 4
adjetivo verbo art. verbo prepôs. artigo substantivo artigo adjetivo
definido
“...Ο υ τ ο ι ε ι σ ι ν ο ι ε ρ χ ο µ ε ν ο ι ε κ τηζ θλ
ιψ ε ω ζ τη ζ µ ε γ α λ η ζ ...” 5
“...Ο υ τ ο ι ε ι ν α ι ο ι ε ρ χ ο µ ε ν ο ι ε κ τηζ θλ
ιψ ε ω ζ τη ζ µ ε γ α λ η ζ ...” 6
ser / são
“... these are they which came out of great tribulation, ...”
(King James Version)
4
“... São estes os que vêm da grande tribulação...”.
(Almeida Revista e Atualizada / S.B.B. – 1994).
Como podemos observar nos escritos originais gregos temos uma formação
gramatical (lógica e seqüencial) que em sua transliteração direta para a língua
portuguesa fatalmente incorre em uma incoerência lingüística. Como
conseqüência, em algumas versões brasileiras dadas as dificuldades de um
ajustamento gramático-lingüístico, houve a utilização de regras gramaticais
para proporcionar uma leitura mais coerente e harmoniosa. Vejamos.
5
o Dic. Internacional de Teologia do N.T. 8; o que em momento algum sugere
alguma mudança de evento como veremos adiante.
6
Quando analisamos os relatos bíblicos contidos no capítulo sete de
Apocalipse, estamos lendo e vendo os fatos que ocorrerão em plena “Grande
Tribulação”, e jamais a ‘tribulação’ da história da igreja. Coerente a mesma
linha de raciocínio, o Dr. R. N. Champlin afirma em seu comentário do Novo
Testamento a distinção destes eventos.
7
negar. Usar versículos isolados é prejuízo certo na ortodoxia bíblica,
finalizando com desvio doutrinário.
Notas.
1. Novo Testamento Interlinear (Grego Koinê / S.B.B., Sociedade Bíblicas Unidas – 1994)
2 e 4. s traduções estão apresentadas conforme cada obra citada. As versões gregas (3 e 4)
apresentam apenas o texto integral.
3. Novo testamento Grego Analítico (Grego Koinê / E.V.N., United Bible Societies – 1975)
5. Novo Testamento Grego (Grego Koinê / The Trinitarian Bible Society - 1994)
6. Novo Testamento Grego (Grego Bambas / The Trinitarian Bible Society – 1994).
7. Novo Testamento Interlinear (Grego Koinê / S.B.B., Sociedade Bíblicas Unidas – 1994)
8. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, 2ª edição, Vol. II, Ed. Vida Nova,
São Paulo, SP. 2000. Pg.1658.
9. . Dicionário VINE, 1ª edição, C.P.A.D., Rio de Janeiro, RJ. 2000, pg. 1037.
10. A despeito deste assunto, a “70º semana de Daniel”, sugerirmos para um entendimento
mais exaustivo a leitura do livro Manual de Escatologia (Pentecoste, J. Dwight 1ª edição., Ed.
Vida, São Paulo, SP. 1998.) e A Verdade Sobre a Tribulação, (Ice, Thomas; Demy, Timothy.
Actual Edições, 1ª edição, Porto Alegre, RS. 2001).
11. A Vitória Final, 1ª edição, C.P.A.D., Rio de Janeiro, RJ. 1995, pg. 113-114.
12. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, 9ª reimpressão, Ed. Candeia,
São Paulo, SP. 1995, pg. 484 – 485.
13. Bíblia de Estudo de Genebra, Ed. Revista e Atualizada, 1ª edição, Ed.Cultura Cristã /
S.B.B.. São Paulo, SP. 1999. pg. 1535.
8
2
As Tribulações
e
9
a Grande
Tribulação
10
uma análise rápida para podermos distinguir a diferença entre “Tribulação” e a
“ Grande Tribulação”.
Nota.
13. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, 2ª edição, Vol. II, Ed. Vida Nova,
São Paulo, SP. 2000, pg. 1658.
2.1
11
A Tribulação
de
JESUS CRISTO
12
próprio SENHOR JESUS CRISTO. Sabemos que existe uma distinção de
papeis e natureza entre essa tribulação vivida por JESUS e as demais (Israel e
igreja-gentios); porém, de alguma forma, tendo uma ligação direta quando
observada do ponto de vista literal de sofrimento e assimilando com a
necessidade da prática testemunhal pela igreja. Apesar das grandes diferenças
quanto à origem, intensidade e foco, não podemos deixar de admitir que a
tribulação seja algo inerente aos cristãos fiel desde a origem do cristianismo.
13
Voltando para os textos de Mt 20.22-23 e Mc 10.38-39, temos
primeiramente o anúncio do final trágico que estava reservado ao FILHO de
DEUS. O Cálice que tomaria é um simbolismo utilizado no Antigo Testamento
para expressar sofrimento e ira Divina. “... Beber o cálice...” é tomar para si
uma grande leva de sofrimento (o pecado da humanidade - Is 54.4-6) e a ira
Divina (a rejeição pelo Pai – Mt 27.46, Mc 15.34), o que fatalmente o conduzi-o
ao martírio (veja: Sl 75.8; Is 51.17-22; Jr 25.15; Ez 23.31-34; Mt 26.39-42; Mc
14.36 e Jo 18.11). Em segundo lugar o batismo final “... receber o batismo
com que sou batizado” é o ato que sacramenta a esperança e a mensagem
principal do Cristianismo: a eterna ressurreição (Rm 6.3-7). O “... batismo
com que sou batizado” é uma metáfora para experiência da ameaça de
morte e julgamento, sabendo que a esperança é no livramento definitivo (Cl
2.11-13). Certamente, a princípio, como todo bom novo cristão, os apóstolos
não alcançaram o entendimento e a intensidade das palavras do SENHOR
JESUS, “... bebereis o cálice que EU bebo e recebereis o batismo com
que Sou batizado”, quando afirmaram “... podemos...” (Mt 10.17-18, 21-22,
24.9; Jo 16.33; At 12.1-3; Ap 1.9). Mesmo diante de todas as nossas
limitações humanas, o que nos impossibilita de entender por completo a
grandiosidade das palavras de CRISTO, não podemos aceitar que palavras tão
claras e diretas, “... bebereis o cálice que EU bebo e recebereis o
batismo com que Sou batizado”, sejam colocadas de lado e negligenciadas
no cotidiano de uma igreja que pretende participar do sofrimento de CRISTO e
do arrebatamento. Querer excluir do verdadeiro cristianismo as perseguições,
os sofrimentos, as adversidades, as lutas, os obstáculos, a dor, o esforço
sobre-humano (por obra e Graça do ESPÍRITO SANTO – Jo 16.7; Rm 8.26), é
heresia, é pregar outro evangelho, é enganar o povo e conduzi-los ao inferno.
Notas.
15. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, 2ª edição, Vol. II, Ed. Vida Nova,
São Paulo, SP. 2000, pg. 1659.
16. Mini Dicionário da Língua Portuguesa, 5ª edição, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, RJ.
2001, pg.24.
14
2.2
A Tribulação
da
Igreja
15
Quando nos voltamos para analisar o termo “tribulação” e a sua aplicação
para a igreja, acabamos nos deparando com outra realidade vivenciada pelos
cristãos atualmente. Vemos hoje em dia a fragilidade da grande maioria de
seus “ocupantes” quanto ao conhecimento de causa e quanto a colocar-se em
posição digna de participar das “aflições de CRISTO”. Digo isto, certo de que
para o cristão chegar a este ponto precisa estar em pé (Lc 21.36; 1 Co 10.12),
com uma vida santificada, pois sabemos que com uma vida desajustada, sem
santidade, o cristão não incomoda as trevas. Deixando de ser “luz” e perdendo
o “gosto”, o cristão só serve para ser pisado pelo seu próprio semelhante (Mt
5.13-15). Jamais irá incomodar o reino das trevas, como acontecera com Pedro
e os demais cristãos (At 5.40-41, cf. At 7.55-57); como sempre fora o ministério
de Paulo (2 Co 11.16-33).
16
“Conjuro-te, pois, diante de DEUS, que há de julgar os vivos e
os mortos, na vinda do seu Reino, que pregues a Palavra,
instes a tempo e fora de tempo, redarguas, exortes, com toda
a longaminidade e doutrina”
2 Timóteo 4.1-2
17
Apocalipse, não somente em Apocalipse 2.22, mas também em 7.14 (cf. 3.10)
onde, nestes casos, a referência é ao período da “Grande Tribulação”.
Há uma distinção entre a “tribulação” que a Igreja está sujeita, e até mesma
obrigada a passar, e a “grande tribulação” futura, conforme adverte o apóstolo
Paulo em 1 Tessalonicenses 3.3-4 “Para que ninguém se comova por
estas tribulações; porque vós mesmos sabeis que para isto fomos
ordenados, pois, estando ainda convosco, vos predizíamos que
havíamos de ser afligidos, como sucedeu, e vós o sabeis”.(leia também
1 Ts 5.2,9).
18
apóstolo Paulo deixa bem claro que os cristãos experimentam as aflições em
solidariedade a JESUS CRISTO “Regozijo-me agora no que padeço por
vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de CRISTO, pelo
seu corpo, que é a igreja”. Este é um pensamento natural e familiar nos
escritos Paulino. Esta verdade, igualmente, é declarada várias vezes no Novo
Testamento “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no
mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. (Jo
16.33), “Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a
permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar
no reino de DEUS” (At 14.22), e expressa de um modo mais explicito em 1
Tessalonicenses 3.3, onde Paulo escreve orientando e exortando a igreja para
tais expectativas “... para que ninguém se comova por estas
tribulações; porque vós mesmos sabeis que para isto fomos
ordenados” ( eis touto keimetha - veja 1 Pe 2.21). Como resultado, a
tribulação já é uma realidade na situação do Novo Testamento. A igreja em
Jerusalém (At 11.19), em Corinto (2 Co 1.4), em Tessalônica (1 Ts 1.6, 3.3) e
na Macedônia de modo geral (2 Co 8.2), já vivenciavam as aflições que lhes
eram designadas pelo amor ao seu SENHOR; aflições essas que tinham
sempre o propósito de produzir esperança (Rm 5.3ss). Vejamos como Paulo
deixa claro que a igreja tem de passar por essas tribulações.
Foi esta a razão maior para que Paulo e Barnabé exortassem os discípulos
a continuarem firmados na fé, ou seja, por mais adversidades que enfrentemos
e por maiores que elas sejam, teremos sempre a consolação do SENHOR
JESUS na mesma proporção. Como reafirma o apóstolo Pedro em 1 Pedro
2.19-21 “Porque para isto fomos ordenados...” . Mas, glorificado seja o
SENHOR JESUS CRISTO pelo consolo e exortação do ESPÍRITO SANTO e
por sua Palavra como em João 16.33 “... mas tende bom ânimo, EU venci
o mundo”. Palavras que conforme relatou o mesmo apóstolo Paulo, são
tribulações que devem produzir qualidades nos cristãos como: paciência,
experiência e esperança (Rm 5.3-4).
19
“... E alvoroçou-se toda a cidade, e houve grande concurso de
povo; e, pegando Paulo, o arrastaram para fora do templo, e
logo as portas se fecharam. E, procurando eles matá-lo,
chegou ao tribuno da coorte o aviso de que Jerusalém estava
toda em confusão; o qual, tomando logo consigo soldados e
centuriões, correu para eles. E, quando viram o tribuno e os
soldados, cessaram de ferir a Paulo.”
Atos 21.30-32
Nota.
17. Fazemos essa citação acerca da Igreja Evangélica Assembléia de Deus por diversos
motivos: 1º. Por fazermos parte de seu rol de membros, tendo nascido na fé como
assembleiano e por acompanhamos o comportamento e liturgia ao longo de alguns anos ; 2º.
Por termos conhecimento do bom testemunho que acompanhava a igreja até então como
característica nata de seus membros. Não queremos afirmar que não exista mais testemunho,
seria uma inverdade e sandice, mas é necessário reconhecer, até como identificação de
cumprimento de profecias acerca da igreja dos últimos dias, que não temos mais essa
característica como forma de identidade de um assembleiano. As doutrinas afrouxaram; as
disciplinas tornaram-se restritas apenas para membros comuns (salvo algumas exceções); os
casamentos irregulares tomaram parte da vida de muitos; as separações ao ministério
tornaram-se algo de cunho pessoal e familiar; a pregação da Palavra ficou relegada e a mercê
das cantatas; os sinais deixaram de ser freqüentes; as disputas por cargos tornou-se princípio
para destaque, entre outros tantos problemas. Fazemos referencia a Assembléia de Deus por
20
sermos membro desta igreja, mas esses problemas que acabamos de relacionar estão
presentes em todas as denominações evangélicas, sem qualquer distinção de credo.
2.3
A
Grande
Tribulação
21
A escatologia de modo em geral tem sido um assunto que vem
despertando, como não poderia deixar de ser, o interesse de muitos fiéis,
colaborando assim com o surgimento de algumas boas obras literárias sobre
esta matéria bíblica18. Não diferente dentre os temas escatológicos a grande
tribulação e o arrebatamento da igreja são alvos da curiosidade da grande
maioria das pessoas que se aproximam da Palavra de DEUS. Por conta disto
nos preocupamos em não nos estendermos por demais neste pequeno estudo.
Como já dissemos anteriormente, o interesse deste estudo foi provocado diante
da necessidade do esclarecimento pela afirmação negativa da existência da
salvação durante a grande tribulação por um “famoso” pastor e pregador aqui
da “Terra dos Marechais”.
22
Apesar da falsa paz, evento que acontecerá nos primeiros 3 ½ anos, não
podemos deixar de considerar todo o período da “70ª Semana de Daniel” como
a “Grande Tribulação” quando focamos a cronologia dos eventos históricos e
colocamos em paralelo com a cronologia escatológica. Durante a primeira
metade da semana haverá perseguição sobre todos os moradores da terra (Ap
13.16-17), não uma perseguição aos moldes do final deste período, porém,
uma perseguição sorrateira e disfarçada com a implantação de um sistema
político-sócio-econômico, oprimindo a humanidade e submetendo-a ao governo
do anticristo 19. Será retirada a “liberdade” que temos hoje em dia, implantando
uma nova “ordem mundial” para o estabelecimento do governo do anticristo.
Classificamos a perseguição como “sorrateira” e “disfarçada” porque para
aqueles que certamente se identificarão com o sistema de governo do
anticristo, vislumbrando nele e no falso profeta o poder para a solução de todos
os problemas (Ap 13.5,7, 11-17) e enganados pelo espírito da mentira (2 Ts
2.3,10-11), será um tempo de grandes soluções. Tudo estará bem, a princípio,
porém, para os fiéis do SENHOR, aqueles que vierem a reconhecer o Senhorio
de JESUS CRISTO logo depois o arrebatamento da igreja e provavelmente
após passar por uma espécie de êxtase e loucura pelos eventos do
arrebatamento, será um tempo de angústia e perseguição. Serão perseguidos
por não negarem a sua fé e pela rejeição ao sistema anticristão implantado
pela Nova Ordem Mundial. Estes serões tidos por infiéis, no ponto de vista
mundial, e precisam ser eliminados pela ótica do novo sistema governamental
(Ap 13.7,15). Entretanto, todos os que adorarem a besta se depararão com um
final trágico (Ap 13.7-8; 20.15). Para que o anticristo governe e estabeleça a
“falsa paz”, terá ele que possuir o domínio sobre todas as nações,
estabelecendo assim um governo mundial. Apesar de haver “paz”, não significa
dizer que a terra não esteja passando pela “Grande Tribulação”. Este período
caracteriza-se pela aquisição do poder e o governo mundial pelo maior
adversário de DEUS em toda a história da humanidade (Ap 13).
23
Notas.
2.3.1
A grande
tribulação,
a igreja e a
política
24
“E aconteceu que, num daqueles dias, estava
ensinando, e estavam ali assentados fariseus e
doutores da lei, que tinham vindo de todas as
aldeias da Galiléia, e da Judéia, e de Jerusalém. E a
virtude do SENHOR estava com ELE para curar”.
Lucas 5.17
Não é papel para a igreja do SENHOR, contrariando aos muitos que assim
declaram, participar de um sistema extremamente corrupto e corruptor como é
o da nossa política “brasileiramente” democrática. Fazemos parte de um
contingente que existe para disseminar e implantar um Reino e um sistema
completamente adverso ao sistema de “César” ao qual estamos, de certa
forma, submetidos ainda que temporariamente. A função para qual a igreja foi
desiguinada é pregar e defender a Palavra de DEUS, além de implantar e ser
representante do Reino de DEUS aqui na terra (Ef 3.9-10; 1 Pe 1.12, 3.15; 2.5-
11).
25
agora alcançastes misericórdia. Amados, peço-vos, como a
peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das
concupiscências carnais que combatem contra a alma...”
1 Pedro 2.5-11
Chega a ser incrível como as pessoas que estão dentro das igrejas, muitas
delas se auto-denominando como detentores do conhecimento bíblico, estão
se deixando envolver e envolvendo as demais pessoas com este falso
sentimento de democracia; fazendo assim que as portas da igreja sejam
escancaradas para este sistema político que hoje, traçando um paralelo com os
dias da igreja primitiva, representa nada menos que o Império Romano.
Não quero aqui levantar uma bandeira contra o direito constitucional que
cada cidadão brasileiro tem de votar e ser votado; porém, não posso deixar de
manifestar a minha insatisfação com o modelo implantado deste sistema
político que em muito se desvia de seus princípios. Não posso aceitar como
verdade, verdade essa imposta por algumas lideranças da igreja, que a “Noiva
do Cordeiro” precisa adentrar nos arraiais da política, dos poderes seculares e
mundanos como forma de se salvaguardar das intempéries as quais está
fadada a passar pelo seu testemunho de fé em CRISTO. Como já falamos
anteriormente, a igreja não passará pela Grande Tribulação, mas nem por isso
deixará de ter e passar por tribulações. Seria injustiça de minha parte deixar de
enxergar que os “políticos da igreja” conseguem, sob forma de uma permuta
mercantilista, “benefícios” para a igreja e seus líderes como tijolo, areia,
cimento, piso, cadeiras, cotas de combustíveis, emprego para os filhos e
amigos, entre outros tantos benefícios; implantando assim, a princípio, no seio
da igreja, um sistema extremamente corrupto e corruptor.
26
Estaríamos afirmando então que a política é essencialmente má? Em teoria
não, já na prática não podemos negar que os malefícios causados tem estado
em franca vantagem em relação as suas verdadeiras ações teóricas. Na
filosofia aristotélica a política é a ciência que tem por objeto a felicidade
humana e divide-se em ética (que se preocupa com a felicidade individual
do homem na pólis) e na política propriamente dita (que se preocupa com a
felicidade coletiva da pólis). O objetivo de Aristóteles com sua Política é
justamente investigar as formas de governo e as instituições capazes de
assegurar uma vida feliz ao cidadão. Por isso mesmo, a política situa-se no
âmbito das ciências práticas, ou seja, as ciências que buscam o
conhecimento como meio para ação. As poucas ações realizadas dentro da
igreja, pelos “irmãos da política”, não são e jamais serão suficientes para
incobrir que essas intervenções políticas provocam o início de práticas
corrúptas e corruptoras, visando como finalidade a eleição dos mesmos.
27
doutrinariamente embasadas na Bíblia Sagrada. Opiniões e conceitos
religiosos, científicos e sócio-filosófico não são e jamais serão suficientes para
desfazer a Palavra de DEUS.
Notas.
3
A Salvação
durante
a Grande
Tribulação.
28
“E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes
dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que
foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela
palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a
sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas
nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com
Cristo durante mil anos”.
Apocalipse 20.4
29
Em Apocalipse 13.7 e 15 temos a clara afirmação acerca da salvação
durante a “Grande Tribulação”, onde os opositores da besta serão martirizados.
Neste caso, portanto, está mais que comprovado que haverá salvação durante
a “Grande Tribulação”, “E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos e
vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda tribo, língua, e nação. E foi-
lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que
também a imagem da besta falasse e fizesse que fossem mortos
todos os que não adorassem a imagem da besta”. Vejamos o
comentário da B.E.P. sobre estes versículos.
30
calamitoso para quem tiver família e filhos (Mt 24.19); será
tão terrível, que os santos que morrerem são tidos por Bem-
aventurados; porque descansam da sua lida e ficam livres da
perseguição
(Ap 14.13)”.24
Para que não venha haver salvação durante a grande tribulação será
necessário reinterpretar a Bíblia e encontrar uma forma diferente de entender o
que a Palavra de DEUS relata sobre alguns fatos; o que inevitavelmente
provoca algumas perguntas, dentre elas:
Em seu livro “Nosso Destino”, o Dr. Stanley Horton comenta algo muito
31
proveitoso, expondo claramente a posição que aqui defendemos.
“Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre
vós fazer-se grande seja vosso serviçal; e, qualquer que entre
vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; bem como o Filho
do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para
dar a sua vida em resgate de muitos”.
Mateus 20.26-27
32
mesmo”.
Filipenses 2.3
Notas:
22. Bíblia de Estudo Pentecostal, Ed. Revista e Corrigida, 2ª impressão, C.P.A.D., Rio de
Janeiro, RJ. 1995. pg 1439.
23. Bíblia de Estudo Pentecostal, Ed. Revista e Corrigida, 2ª impressão, C.P.A.D., Rio de
Janeiro, RJ. 1995.pg.1999.
24. Bíblia de Estudo Pentecostal, Ed. Revista e Corrigida, 2ª impressão, C.P.A.D., Rio de
Janeiro, RJ. 1995.pg. 1987.
25. Bíblia de Estudo Pentecostal, Ed. Revista e Corrigida, 2ª impressão, C.P.A.D., Rio de
Janeiro, RJ. 1995.pg. 1987.
26. Nosso Destino, 1ª edição, C.P.A.D., Rio de Janeiro, RJ, 1998., pg. 100.
4
33
Conclusão
“Não haverá salvação durante a grande tribulação”. Foi por esta afirmativa
que resolvemos escrever apenas um pequeno comentário sobre o assunto, o
que acabou se alongando um pouco. Esperamos ter conseguido o objetivo
inicial de mostrar a ocorrência da salvação durante o período tribulacional.
34
Em momento algum estamos defendendo uma vida relapsa por conta dos
cristãos de hoje ao defendermos a possibilidade de salvação durante o período
da “Grande Tribulação”, o que certamente será um período que dificultará em
muito a aquisição da salvação, e onde muitos não conseguirão alcançá-la. Que
isto sirva em algum momento para o despertar de muitos dos que dormem,
principalmente por ser o arrebatamento, para muitos que estão na igreja, uma
oportunidade ímpar à salvação; única em suas particularidades. Veja o
conselho bíblico em Apocalipse 20.6 “Bem-aventurado e santo aquele
que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a
segunda morte, mas serão sacerdotes de DEUS e de CRISTO e
reinarão com ELE mil anos”.
35
função nas igrejas tenham o mesmo sentimento conforme o apóstolo Paulo
declara em 2 Coríntios 11.2.
36
- Bíblia Sagrada. Ed. Contemporânea, 12ª impressão, Ed. Vida, São Paulo, SP. 1999.
- Bíblia Sagrada. Ed. Claretiana / Pastoral Catequética, 138ª edição, Ed. Ave Maria, São
Paulo, SP. 2000.
- Bíblia Sagrada. Ed. Pastoral, 14ª impressão, Ed. Paulus, São Paulo, SP. 2000.
- Bíblia Sagrada. Ed. Pe. Matos Soares, 34ª, Ed. Paulinas, São Paulo, SP. 1977.
- Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional, 1ª Edição, Ed. Vida, São Paulo, SP. 2000.
- Bíblia Sagrada. Nova Tradução Linguagem de Hoje, 1ª Edição, S.B.B., Barueri, SP. 2000.
- Bíblia de Estudo de Genebra. Ed. Revista e Atualizada, 1ª edição, Ed.Cultura Cristã /
S.B.B., São Paulo, SP. 1999.
- Bíblia de Estudo Pentecostal. Ed. Revista e Corrigida, 2ª impressão, C.P.A.D., Rio de
Janeiro, RJ. 1995.
- Bíblia de Estudo Almeida. Ed. Revista e Atualizada, 2ª edição, S.B.B., Barueri, SP. 1999.
- Champlin. Russel N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, 9ª
reimpressão, Ed. Candeia, São Paulo, SP. 1995.
- Coenen, Lothar; Brawn, Colin. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, 2ª
edição, Vol. II, Ed. Vida Nova, São Paulo,SP. 2000.
- Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Dicionário da Língua Portuguesa, 5ª edição, Ed.
Nova Fronteira, Rio de Janeiro, RJ. 2001
- Friber, Bárbara e Timothy. O Novo Testamento Grego Analítico, 1ª edição, Ed. Vida Nova,
São Paulo, SP. 1987.
- Gingrich, F. Wilbur; Danker, Frederick W. Léxico do N.T. Grego – Português, 3ª edição, Ed.
Vida Nova, São Paulo, SP. 1991.
- H KAINH ∆ Ι Α Θ Η Κ Η . Text Bambas, The Trinitarian Bible Society, London, England,
1994.
- H KAINH ∆ Ι Α Θ Η Κ Η . Text Receptus - Koinê, The Trinitarian Bible Society, London,
England, 1994.
- Horton. Stanley M. - A Vitória Final, 1ª edição, C.P.A.D., Rio de Janeiro, RJ. 1995.
- Nosso Destino, 1ª edição, C.P.A.D., Rio de Janeiro, RJ, 1998.
- Ice, Thomas; Demy, Timothy. A Verdade Sobre a Tribulação, Actual Edições, 1ª edição,
Porto Alegre, RS. 2001.
- Novo Testamento Interlinear Grego – Português. 1ª edição, S.B.B., Barueri, SP. 2004.
- Pentecoste, J. Dwight. Manual de Escatologia, 1ª edição., Ed. Vida, São Paulo, SP. 1998.
- Reinecker, Fritz; Rogers, Cleon. Chave Lingüística do Novo Testamento Grego, 5ª edição,
Ed. Vida Nova, São Paulo, SP. 2000.
- Sacconi, Luiz Antônio. Gramática Essencial da Língua Portuguesa, Ed. Atual, São Paulo,
SP.
- Vine, W. E.; Unger, Merril F.; White, William. Dicionário Vine, 1ª edição, C.P.A.D., Rio de
Janeiro, RJ. 2000.
- www.bibliacatolica.com.br. King James Version, Bíblia Vulgata.
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37
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38
De: Aconselhamento <aconselhamento@chamada.com.br>
Enviado: Segunda feira, 8 de maio de 2006 08:09:38
Para: <marcellosepol@hotmail.com>
Assunto: Re: Perguntas e aconselhamento
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Instituto Cristão de Pesquisas
Elvis Brassaroto Aleixo
De:
<teologia@icp.com.br>
segunda-feira, 8 de maio de 2006 11:0
Enviado:
1:03
Para: <marcellosepol@hotmail.com>
Assunto: ICP RESPONDE
Capítulo 6
A grande tribulação
A grande tribulação é uma expressão bíblica, tirada de Apocalipse 7.14, que se
refere a um período amplamente profetizado e descrito tanto no Antigo quanto no Novo
Testamento. No Antigo, é descrita como “dia do Senhor” ou “dia da ira”. E esse dia é
tratado como um período de angústia e dor, como nunca houve em nenhum outro
período da história humana (Dn 12.1). Nas palavras de Jesus, nem antes nem depois
será encontrado algo igual (Mt 24.21; Mc 13.29).
Resposta de e-mail do ICP (Instituto Cristão de Pesquisa), órgão publicador da revista “Defesa da Fé”,
referente à passagem de Ap 7.14.
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Instituto Bíblico das Assembléias de Deus
Rua João Bosco, Nº 1114, Santana, Pindamonhogaba – SP.
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