Sie sind auf Seite 1von 4

DIREITO CIVIL 02/03/10

FATO JURÍDICO

Conceito: é todo o acontecimento humano apto a criar, modificar ou extinguir relações jurídicas.

ordinário
1. Fato Jurídico em sentido estrito
extraordinário

Fato Jurídico 2. Ato- Fato


Ato Jurídico em sentido estrito
Lícitas: Ato Jurídico
Negócio Jurídico
3. Ações humanas

Ilícitas Ato Ilícito

1. FATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO é o acontecimento NATURAL, ordinário ou


extraordinário deflagrador de efeitos jurídicos.

OBS.: Para o Prof. por conta da sistemática e hermenêutica do CC o ato ilícito não pode ser
considerado espécie de ato jurídico.

OBS.: Existe na doutrina quem entenda o ato ilícito como espécie de ato jurídico (Machado Neto).
Entretanto, perfilhamos tese diversa no sentido de reservar a expressão “ato ilícito” a ação humana
anti-jurídica, inclusive pelo fato de ser tratamento autônomo no CC (Zeno Veloso).

O tema ato ilícito assim como o abuso de direito, serão vistos na grade de responsabilidade civil.

O que é ATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO?


CONCEITO: também chamado de ato não negocial, traduz comportamento humano voluntário e
consciente cujos efeitos jurídicos são previamente determinados por lei. No Ato Jurídico em sentido
estrito, NÃO EXISTE LIBERDADE na escolha dos efeitos jurídicos do ato que se realiza. Exemplo
deste tipo de ato: atos materiais e de participações.
Atos materiais: meros comportamentos voluntários – pesca em local permitido.
Ex.: especificação – criar uma obra de arte – forma automática de adquirir a propriedade
transformando matéria bruta.
Participações: atos de comunicação.

O NEGÓCIO JURÍDICO por sua vez, categoria desenvolvida pela escola Alemã, é de profundidade
filosófica muito maior. Isso porque consiste em uma declaração de vontade, emitida segundo o
princípio da autonomias privada a pela vida a realizar e atingir determinados efeitos escolhidos, nos
limites dos princípios da função social e da boa-fé objetiva. Ex. Contrato e testamento.

OBS: por conta da diagnose diferencial entre ato-jurídico em sentido estrito e negócio jurídico,
podemos observar que o CC/02 adota a teoria dualista regulando o negócio jurídico nos artigos
104 e seguintes e o ato jurídico em sentido estrito apenas no art. 185.
2. ATO-FATO JURÍDICO:

O ato fato jurídico, categoria não expressamente regulamentada pelo CC, desenvolvida pelo gênio
de Pontes de Miranda, traduz em comportamento que, posto derive do homem, é desprovido de
vontade consciente na sua realização ou na projeção do resultado jurídico alcançado.

Segundo o prof. Jorge Ferreira um perfeito exemplo de ato-fato jurídico é a compra de um doce por
uma criança em tenra idade (absolutamente incapaz), por conta da ausência de uma vontade
consciente que justifica-se o complexo processo formativo de um contrato.

3. NEGÓCIO JURÍDICO:

Teorias explicativas do negócio jurídico.

I – Teoria de vontade (Willenstheorie): os adeptos desta teoria explicam o negócio jurídico


traduzindo-o como a simples vontade interna ou intensão do declarante.
OBS: esta Teoria influenciou muito o CC conforme podemos observar na leitura do art. 112 CC.

II- Teoria da Declaração (Erklarungstheorie): os defensores desta traduzem o Negócio Jurídico


como a vontade externa ou declarada.

Para o prof. na verdade:


o NJ seria a vontade interna (causa) + a vontade externa = manifestação da vontade.

OBS: o que seria teoria da pressuposição? Elaborada por Windscheid em meados do séc. XIX, para
esta doutrina, o negócio jurídico somente seria considerado válido e eficaz se a certeza subjetiva do
declarante não se modifica-se depois. (Teoria superada).

NEGÓCIO JURÍDICO

1. EXISTÊNCIA (elementos que compõem a estrutura do negócio jur.)

PLANOS 2. VALIDADE

3. EFICÁCIA

1. PLANO DA EXISTÊNCIA:

1.MANIFESTAÇÃO DE VONTADE;

2.AGENTE EMISSOR DA VONTADE;


Pressupostos existenciais:
3.OBJETO

4.FORMA

1) MANIFESTAÇÃO DE VONTADE (VI + VE): Sabemos que a vontade é pressuposto


existencial do neg. Jur.. Todavia, pergunta-se: o silêncio traduz manifestação de vontade?
Caio Mario da Silva Pereira afirma que em regra o silêncio é ausência de manifestação de
vontade, de maneira que não produziria efeito. Todavia, em situações excepcionais, o nosso
direito (art. 111), na linha dos sitemas belga e francês admite que o silência possa traduzir
manifestação de vontade e produzir efeitos.
Exemplo nos termos do art. 539, o silêncio pode traduzir aceitação na doação pura (sem encargo).

O negócio jurídico para EXISTIR, em regra, pressupõe uma forma ou um meio pelo qual a vontade
se manifeste: verbal, escrita, mímica etc.

PLANO DA VALIDADE

Art. 104 CC – pressupostos de validade: basta que se qualifique os pressupostos de existência.

1. Manifestação da vontade → LIVRE + BOA-FÉ


2. Agente → CAPAZ + LEGITIMADO
3. Objeto → Lícito + Possível + Determinado ou Determinável
4. Forma → LIVRE ou PRESCRITA EM LEI

OBS: Objeto ilícito é aquele que viola o padrão médio social, não tem haver com ilicitude penal.
Ex. Serviços de prostituição.

OBS: Vigora no Brasil o princípio da liberdade da forma, nos termos do artigo 107 CC. Sucede que,
em determinadas situações, a forma do negócio pode ser exigida ou para efeito de prova em juízo –
art. 227 (Negócio ad probationem) ou então a forma exigida com o pressuposto de validade do
próprio negócio – art. 108 (negócio ad solemnitatem).

PLANO DA EFICÁCIA: elementos acidentais do negócio jurídico.

1. CONDIÇÃO

Plano da Eficácia 2. TERMO

3. ENCARGOS

DEFEITOS (OU VÍCIOS) DO NEGÓCIO JURÍDICO


OBS: Dentro do Plano da Validade.

1ª ERRO: ao menos no plano teórico, podemos diferenciar erro de ignorância. O erro é uma
falsa representação positiva da realidade, ao passo que a ignorância traduz total desconhecimento.

O erro, definido com precisão por CAIO MARIO, em sintéticas palavras como a opinião
errada a cerca de uma situação fática, é vício invalidante do negócio jurídico nos termos dos artigos
158 e seguintes do CC.

Segundo a doutrina clássica o erro só invalidaria o negócio jurídico se concorressem dois


elementos: o erro deveria ser essencial ou substancial e perdoável ou escusável.

Doutrina moderna: mantém o erro essencial, mas exigir também a escusabilidade é muito
subjetivo e inseguro. Basta demonstrar que houve prejuízo por conta do erro substancial.

A doutrina moderna, todavia, com razão, (enunciado 12 da 1ª jornada) afirma que, a luz do
princípio da confiança é dispensável a demonstração da escusabilidade do erro para efeito de se
invalidar o negócio.
DIREITO CIVIL 10/03/10

ESPÉCIES DE ERRO: (ROBERTO DE RUGGIERO)

OBJETO: Incide sobre a natureza da coisa ou as suas características essenciais.

ERRO SOBRE NEGÓCIO: Incide na própria declaração de vontade.


(Art. 139 CP)
PESSOA: Incide na identidade ou características pessoais do outro declarante.

OBS: Especial aplicação do Erro sobre a Pessoa veremos no módulo de direito de família, uma vez
que, a luz dos artigos 1556 e 1557 ambos do CC, erro sobre pessoa pode anular o casamento.

QUESTÃO DE CONCURSO: O Erro de Direito também é invalidante? Clóvis Beviláqua não


aceita a Teoria do Erro de Direito. Todavia, autores como Eduardo Espínola, Carvalho Santos e
Caio Mario repensaram a negativa, ao defenderem a possibilidade de haver erro sobre a ilicitude do
fato.

O erro de direito, admitido expressamente pelo 139, III do CC, sem traduzir intencional recusa de
aplicação da lei, pode ocorrer na medida em que o declarante interpreta equivocadamente o alcance
permissivo da norma jurídica.

DOLO

O Dolo é vício invalidante do negócio jurídico, consiste no artifício malicioso provocado por uma
das partes ou por terceiro, em prejuízo de outrem, quando da celebração do negócio jurídico.

OBS: Dita raízes no Direito Romano ao diferenciar “dolus bonus” (socialmente aceito) e “dolus
malus” (vício).

OBS: O “dolus malus”, que vicia, podendo resultar em responsabilidade civil encontra terreno fértil
na denominada “mensagem subliminar” combatida pela doutrina e por dois projetos de lei (PL
4068/08 e 4825/09).

O CCB, nos artigos 145 e 146 distingue duas modalidades de dolo:

DOLO PRINCIPAL: Causa invalidade do negócio jurídico, pois atinge a sua causa).
DOLO ACIDENTAL: que, posto não invalide o negócio, podendo gerar responsabilidade civil).

OBS: A luz do princípio da boa-fé objetiva, o art. 147 CC proíbe o chamado dolo negativo,
consistente no dever jurídico de informar.

Das könnte Ihnen auch gefallen