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FATO JURÍDICO
Conceito: é todo o acontecimento humano apto a criar, modificar ou extinguir relações jurídicas.
ordinário
1. Fato Jurídico em sentido estrito
extraordinário
OBS.: Para o Prof. por conta da sistemática e hermenêutica do CC o ato ilícito não pode ser
considerado espécie de ato jurídico.
OBS.: Existe na doutrina quem entenda o ato ilícito como espécie de ato jurídico (Machado Neto).
Entretanto, perfilhamos tese diversa no sentido de reservar a expressão “ato ilícito” a ação humana
anti-jurídica, inclusive pelo fato de ser tratamento autônomo no CC (Zeno Veloso).
O tema ato ilícito assim como o abuso de direito, serão vistos na grade de responsabilidade civil.
O NEGÓCIO JURÍDICO por sua vez, categoria desenvolvida pela escola Alemã, é de profundidade
filosófica muito maior. Isso porque consiste em uma declaração de vontade, emitida segundo o
princípio da autonomias privada a pela vida a realizar e atingir determinados efeitos escolhidos, nos
limites dos princípios da função social e da boa-fé objetiva. Ex. Contrato e testamento.
OBS: por conta da diagnose diferencial entre ato-jurídico em sentido estrito e negócio jurídico,
podemos observar que o CC/02 adota a teoria dualista regulando o negócio jurídico nos artigos
104 e seguintes e o ato jurídico em sentido estrito apenas no art. 185.
2. ATO-FATO JURÍDICO:
O ato fato jurídico, categoria não expressamente regulamentada pelo CC, desenvolvida pelo gênio
de Pontes de Miranda, traduz em comportamento que, posto derive do homem, é desprovido de
vontade consciente na sua realização ou na projeção do resultado jurídico alcançado.
Segundo o prof. Jorge Ferreira um perfeito exemplo de ato-fato jurídico é a compra de um doce por
uma criança em tenra idade (absolutamente incapaz), por conta da ausência de uma vontade
consciente que justifica-se o complexo processo formativo de um contrato.
3. NEGÓCIO JURÍDICO:
OBS: o que seria teoria da pressuposição? Elaborada por Windscheid em meados do séc. XIX, para
esta doutrina, o negócio jurídico somente seria considerado válido e eficaz se a certeza subjetiva do
declarante não se modifica-se depois. (Teoria superada).
NEGÓCIO JURÍDICO
PLANOS 2. VALIDADE
3. EFICÁCIA
1. PLANO DA EXISTÊNCIA:
1.MANIFESTAÇÃO DE VONTADE;
4.FORMA
O negócio jurídico para EXISTIR, em regra, pressupõe uma forma ou um meio pelo qual a vontade
se manifeste: verbal, escrita, mímica etc.
PLANO DA VALIDADE
OBS: Objeto ilícito é aquele que viola o padrão médio social, não tem haver com ilicitude penal.
Ex. Serviços de prostituição.
OBS: Vigora no Brasil o princípio da liberdade da forma, nos termos do artigo 107 CC. Sucede que,
em determinadas situações, a forma do negócio pode ser exigida ou para efeito de prova em juízo –
art. 227 (Negócio ad probationem) ou então a forma exigida com o pressuposto de validade do
próprio negócio – art. 108 (negócio ad solemnitatem).
1. CONDIÇÃO
3. ENCARGOS
1ª ERRO: ao menos no plano teórico, podemos diferenciar erro de ignorância. O erro é uma
falsa representação positiva da realidade, ao passo que a ignorância traduz total desconhecimento.
O erro, definido com precisão por CAIO MARIO, em sintéticas palavras como a opinião
errada a cerca de uma situação fática, é vício invalidante do negócio jurídico nos termos dos artigos
158 e seguintes do CC.
Doutrina moderna: mantém o erro essencial, mas exigir também a escusabilidade é muito
subjetivo e inseguro. Basta demonstrar que houve prejuízo por conta do erro substancial.
A doutrina moderna, todavia, com razão, (enunciado 12 da 1ª jornada) afirma que, a luz do
princípio da confiança é dispensável a demonstração da escusabilidade do erro para efeito de se
invalidar o negócio.
DIREITO CIVIL 10/03/10
OBS: Especial aplicação do Erro sobre a Pessoa veremos no módulo de direito de família, uma vez
que, a luz dos artigos 1556 e 1557 ambos do CC, erro sobre pessoa pode anular o casamento.
O erro de direito, admitido expressamente pelo 139, III do CC, sem traduzir intencional recusa de
aplicação da lei, pode ocorrer na medida em que o declarante interpreta equivocadamente o alcance
permissivo da norma jurídica.
DOLO
O Dolo é vício invalidante do negócio jurídico, consiste no artifício malicioso provocado por uma
das partes ou por terceiro, em prejuízo de outrem, quando da celebração do negócio jurídico.
OBS: Dita raízes no Direito Romano ao diferenciar “dolus bonus” (socialmente aceito) e “dolus
malus” (vício).
OBS: O “dolus malus”, que vicia, podendo resultar em responsabilidade civil encontra terreno fértil
na denominada “mensagem subliminar” combatida pela doutrina e por dois projetos de lei (PL
4068/08 e 4825/09).
DOLO PRINCIPAL: Causa invalidade do negócio jurídico, pois atinge a sua causa).
DOLO ACIDENTAL: que, posto não invalide o negócio, podendo gerar responsabilidade civil).
OBS: A luz do princípio da boa-fé objetiva, o art. 147 CC proíbe o chamado dolo negativo,
consistente no dever jurídico de informar.