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DEUS COMO A PRIMEIRA CAUSA


WILLIAM LANE CRAIG
Entrevistado por Robert Lawrence Kuhn

RLK: O que é o Argumento Cosmológico para a existência de Deus?

WLC: O Argumento Cosmológico é na verdade uma família de diferentes argumentos.


E todos tentam provar, com base na existência do mundo, que existe uma espécie de
primeira causa ou razão suficiente para a existência do mundo.

RLK: Quais são alguns desses argumentos?

WLC: Por exemplo, existe o chamado Argumento da Contingência, que foi defendido
por vários filósofos, como Leibniz e outros. E diz algo assim:
1- Tudo o que existe tem uma razão ou explicação da sua existência, ou na necessidade de sua
própria natureza ou em alguma causa externa. Agora...
2- Se o Universo tem uma explicação da sua existência, essa explicação seria Deus, um ser
transcendental, além do espaço e do tempo.
3- O Universo é algo que existe, obviamente.
4- E, portanto, segue-se que o Universo tem uma explicação para sua existência.
5- E que essa explicação é Deus.

Esse seria um sumário rápido e fácil das premissas básicas do Argumento da


Contingência. E, então, seria necessário discutir a veracidade dessas premissas.

RLK: Existem outros Argumentos Cosmológicos?

WLC: Sim. Outra versão seria o argumento para uma primeira causa temporal do
Universo. É muito simples. É assim:
1- Tudo o que começa a existir tem uma causa.
2- O Universo começou a existir.
3- Portanto, o Universo tem uma causa.

E esse seria, novamente, um argumento para um Criador transcendental do


Universo.
RLK: E como esses argumentos têm se saído na sua história intelectual?

WLC: Na sua história intelectual, eles têm sido defendidos por algumas das maiores
mentes do mundo ocidental. Eles caíram em desfavor durante o Iluminismo, com as
críticas de David Hume e Immanuel Kant. Mas, durante o século 20, esses
argumentos têm ressurgido com um enorme vigor. De forma que, hoje, entre os
melhores filósofos do mundo anglófono, você encontrará defensores sofisticados de
todos esses argumentos tradicionais pela existência de Deus. Então, nós realmente
estamos vivendo em uma época que passa por um Renascimento da teologia natural.

RLK: E com o argumento Cosmológico, os dados cosmológicos, do mundo da ciência,


do Telescópio Hubble, têm sido úteis ou contraditórios?

WLC: Tem sido muito úteis! Durante a Idade Média, quando não havia evidência
científica para o começo do Universo, existiam argumentos puramente filosóficos
contra a infinidade do passado ou um regresso infinito de causas. Mas, com o
advento da cosmologia e da astrofísica moderna, ficou claro que há boas evidências
empíricas para a veracidade da premissa de que o Universo não é um ser
necessariamente existente, mas que é contingente de uma forma radical, a saber, que
começou a existir. Então, nós temos tanto argumentos filosóficos quanto
confirmações científicas para a premissa chave desse segundo Argumento
Cosmológico.

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