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WLC: Por exemplo, existe o chamado Argumento da Contingência, que foi defendido
por vários filósofos, como Leibniz e outros. E diz algo assim:
1- Tudo o que existe tem uma razão ou explicação da sua existência, ou na necessidade de sua
própria natureza ou em alguma causa externa. Agora...
2- Se o Universo tem uma explicação da sua existência, essa explicação seria Deus, um ser
transcendental, além do espaço e do tempo.
3- O Universo é algo que existe, obviamente.
4- E, portanto, segue-se que o Universo tem uma explicação para sua existência.
5- E que essa explicação é Deus.
WLC: Sim. Outra versão seria o argumento para uma primeira causa temporal do
Universo. É muito simples. É assim:
1- Tudo o que começa a existir tem uma causa.
2- O Universo começou a existir.
3- Portanto, o Universo tem uma causa.
WLC: Na sua história intelectual, eles têm sido defendidos por algumas das maiores
mentes do mundo ocidental. Eles caíram em desfavor durante o Iluminismo, com as
críticas de David Hume e Immanuel Kant. Mas, durante o século 20, esses
argumentos têm ressurgido com um enorme vigor. De forma que, hoje, entre os
melhores filósofos do mundo anglófono, você encontrará defensores sofisticados de
todos esses argumentos tradicionais pela existência de Deus. Então, nós realmente
estamos vivendo em uma época que passa por um Renascimento da teologia natural.
WLC: Tem sido muito úteis! Durante a Idade Média, quando não havia evidência
científica para o começo do Universo, existiam argumentos puramente filosóficos
contra a infinidade do passado ou um regresso infinito de causas. Mas, com o
advento da cosmologia e da astrofísica moderna, ficou claro que há boas evidências
empíricas para a veracidade da premissa de que o Universo não é um ser
necessariamente existente, mas que é contingente de uma forma radical, a saber, que
começou a existir. Então, nós temos tanto argumentos filosóficos quanto
confirmações científicas para a premissa chave desse segundo Argumento
Cosmológico.