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EMPREGO DO CÁLCULO DO CURTO CIRCUITO PELO MÉTODO DO

KVA PARA DETERMINAÇÃO DAS ENERGIAS INCIDENTES EM UM SEE


PELA METODOLOGIA DE CÁLCULO DE ENERGIA DE ARCO ELÉTRICO
IEEE 1584-2002
Copyright IEEE
o
Trabalho n . PCIC BR 2008 - 03

Márcio Martinez Kutscher Fábio Correa Leite


Engenheiro IEEE Member
COMUSA Du Pont do Brasil S.A.
Av. Cel. Travassos, 287 Al. Itapecuru, 506
Novo Hamburgo, 93415-000 Barueri, 06454-080
Brasil Brasil
mkutscher@comusa.com.br f.c.leite@ieee.org

Resumo – Em 1982 foi publicado por Lee [1] o primeiro subsidiar tanto os serviços do Setor de Manutenção
artigo técnico apresentando um modelo teórico para Eletromecânica quanto os serviços do Setor de Segurança
estimativa da energia liberada pelo arco elétrico. Desde do Trabalho. O desenvolvimento desse trabalho evidenciou
então, muitos artigos têm sido dedicados à discussão desse uma série de carências e inconformidades. Dentre elas a
modelo ainda teórico. O uso desse modelo pela ausência de determinação das energias incidentes no SEE da EAB
testes práticos foi parcialmente resolvido em 2002 com a (Estação de Água Bruta-Captação do Rio dos Sinos),
publicação do IEEE 1584. Esse padrão elevou o estação com a maior carga demandada do Sistema de
conhecimento que se tinha desse fenômeno e permitiu Abastecimento de Água (SAA), de modo a melhor
cálculos mais aproximados à realidade. dimensionar as proteções necessárias a que um eletricista
Por outro lado, muitas vezes a complexidade dos cálculos deve estar submetido durante qualquer intervenção em sua
induz à utilização de dispendiosos programas que por se instalação elétrica.
encarregarem de fazer todos os cálculos não trazem à luz os
principais problemas que as instalações têm que tornam as II. ARCO ELÉTRICO
energias elevadas.
Pela falta de disponibilidade de um software sofisticado, O arco elétrico é um risco bastante conhecido e com
capaz de determinar com segurança os elementos grande possibilidade de fatalidade, mas sua identificação
necessários para o correto dimensionamento da roupa de não é intuitiva como os outros riscos elétricos. A substituição
proteção contra arcos elétricos, foi desenvolvida, por meio de de uma simples lâmpada envolve riscos conhecidos,
uma planilha eletrônica, uma metodologia de cálculos gerenciáveis e principalmente discerníveis. O eletricista sabe
sustentada pelo Cálculo do Curto Circuito pelo Método do que se tocar uma parte energizada, poderá sofrer um
kVA, de modo a determinar as possíveis energias incidentes choque, ou até ser eletrocutado, e pode ainda cair em função
no SEE da EAB via modelo matemático proposto pelo IEEE do choque. Por outro lado, uma inspeção, mesmo que
1584-2002. Portanto, um dos objetivos deste trabalho é detalhada, não é capaz de quantificar um arco elétrico.
aplicar e validar o uso desta metodologia como uma Da necessidade de uma maneira objetiva de gerenciar o
ferramenta útil para verificar os resultados obtidos pelos risco de arcos elétricos, surgiu a demanda de uma
sofisticados softwares existentes. metodologia para análise das instalações que forneça uma
estimativa da energia irradiada do arco elétrico. O IEEE
Palavras-chave — Arco Elétrico, Curto Circuito, Segurança 1584-2002 contribuiu principalmente fornecendo estimativas
em eletricidade mais reais para médias e baixas tensões, que para maioria
dos usuários são a maior parte dos painéis e intervenções,
I. INTRODUÇÃO por tratar-se do uso final da energia.
Estudos realizados por Doan [2] mostram que, em
Em função da municipalização dos serviços de sistemas com tensão entre (206 - 600 V), a energia incidente
saneamento na cidade de Novo Hamburgo, iniciada em encontrada varia de 1 a 400 cal/cm², com uma média em
1998, e o fim da terceirização de seu setor de manutenção torno de 15 cal/cm². Assim, há uma grande variabilidade de
eletromecânica em 2006, surgia uma demanda imediata por valores de energia nos níveis de tensão com maior
ações na área de segurança em eletricidade. Dentre elas, exposição dos eletricistas. Em outras palavras, painéis muito
citam-se cursos de capacitação e reciclagem conforme nova semelhantes têm grandes diferenças em suas energias.
NR-10 para seus eletricistas. Com o decorrer das atividades Sob essa perspectiva, apenas a análise quantitativa do
intrínsecas a sua função, o Setor de Manutenção risco do arco elétrico através de uma empresa contratada
Eletromecânica da companhia percebeu desde logo que não com um sofisticado programa que tão somente tiraria uma
haveria manutenção eficiente dissociada de procedimentos ‘fotografia’ da instalação não parecia adequada. Isso porque
de segurança no trabalho igualmente eficientes. Devido a identificou-se a necessidade de deter o conhecimento desse
escassas informações das instalações de um modo geral, risco na própria empresa, que teria meios de gerenciá-lo
decidiu-se iniciar pela elaboração de um prontuário das adequadamente.
instalações elétricas, mecânicas e hidráulicas. O objetivo
deste trabalho era compilar estas informações de modo a

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III. CÁLCULO DE CURTO CIRCUITO Onde:
CEE Concessionária de Energia Elétrica;
Apesar de em tese os cálculos de curto circuito tão kVAcc Admitância hipotética do componente
necessários em qualquer especificação de equipamento em kVA se o mesmo estivesse exposto
fazerem parte do dia a dia de um engenheiro eletricista de a um barramento infinito;
potência, os métodos convencionais destes cálculos podem Desta forma, para cada ponto de interesse no SEE a
tornar-se uma barreira por envolver grande quantidade de corrente de curto poderá ser calculada pela equação 7:
fórmulas. Segundo Yuen [3] esse problema ocorre
especialmente na falta de referências disponíveis ou kVACC
simplesmente por ser impraticável para a maioria das I CC = [ A] (7)
pessoas memorizá-las. 3 × kV
A. Método kVA ou MVA Uma vez calculados os kVAs relativos à cada elemento do
circuito, é então aplicada a lei de Ohm considerando-os
O método MVA ou também chamado kVA foi introduzido como admitâncias, como segue nas figuras 1 e 2:
inicialmente por Yuen [3] em 1973 exatamente por ter
identificado a barreira criada pelos métodos convencionais.
Este método permite calcular os valores de curto circuito em
cada ponto do Sistema de Energia Elétrica (SEE). Enquanto
o método em PU (por unidade) é um pouco abstrato e
apresenta uma certa dificuldade de imediata interpretação, o
método das potências (kVA) fornece uma maneira fácil de
visualizar o fluxo das correntes de curto circuito [4]. Além
disso, é possível implementar essa metodologia com relativa
facilidade em planilha eletrônica, independente da
complexidade do SEE.
Basicamente, o método MVA é uma modificação da lei de
Ohm na qual a impedância de um circuito é a soma da
impedância de vários componentes do circuito [3]. Nessa
metodologia por outro lado é utilizada a admitância e é Fig. 1 - Elementos dispostos em paralelo [4]
definida como a máxima quantidade de corrente ou kVA à
tensão unitária que pode circular pelo circuito quando Os kVAs equivalentes dos elementos em paralelo são
alimentadas por um barramento infinito. Assim, o objetivo iguais à soma dos kVAs individuais desses elementos.
dessa metodologia é separadamente transformar os
componentes da instalação em admitâncias como se cada
componente estivesse exposto a um barramento infinito.
Então esses componentes são associados em série e em
paralelo segundo a lei de Ohm.
Um transformador de 2,5 MVA com uma impedância em
PU de X = 0,05, por exemplo, contribuiria hipoteticamente
com 2,5 / 0,05 = 50 MVA no curto circuito se estivesse
conectado a um barramento infinito.
Com esse método é possível sem problemas incluir
contribuições de motores, bancos capacitivos, geradores,
paralelismo, etc. Segundo Pelegrino [4], estima-se que o erro
seja de até 3 % se comparado com os métodos tradicionais Fig 2 - Elementos dispostos em série [4]
de cálculo.
Assim, para transformar os componentes ou elementos da Os kVAs equivalentes totais dos elementos em série são
instalação em admitâncias como sugerido por Yuen [3], iguais ao inverso da soma dos inversos dos kVAs individuais
devem ser utilizadas as equações sumarizadas na Tabela I: desses elementos.

TABELA I B. Método kVA ou MVA para o Cálculo de Energia de Arco


SUMÁRIO DE ADMITÂNCIAS PARA MÉTODO kVA [4] Elétrico
CEE (1)
Na figura A1, presente no Apêndice, encontra-se a planilha
Gerador (2) eletrônica usada para apurar as energias incidentes de arco
elétrico sobre o SEE da EAB (Estação de Água Bruta-
Captação do Rio dos Sinos) com detalhe à representação
Motor (3) unifilar dos elementos correspondentes ao circuito do grupo
moto-bomba I de 900CV.
Como o objetivo central do estudo é obter as energias
Transformador (4) incidentes devido a arcos elétricos, propôs-se dividir o
diagrama unifilar em níveis correspondentes ao número de
Reator (5) pontos de interesse para cada segmento de circuito do
diagrama unifilar, a saber: GRUPO I, GRUPO II, GRUPO III e
TRAFO 112,5kVA. Desta forma, agrupou-se em tabelas
Cabo (6) todos os parâmetros e cálculos necessários para obtenção
das energias incidentes correspondentes aos pontos de um

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determinado nível no SEE. Também com o intuito de melhor acionamento por Soft-Starter do GRUPO I (Z Dj1-TR1:
promover a integração com a rotina de cálculos prevista na kVAcc).
IEEE 1584-2002, acrescentou-se a informação de corrente Por fim, seguindo com esta rotina de cálculo para os
de curto circuito nos pontos de estudo. Desta forma, demais ramos do circuito, é possível obter o kVAcc
convencionou-se que a corrente devido às contribuições à equivalente à montante para cada ponto de estudo. A partir
montante e à jusante do ponto, deve estar alocada abaixo da deste momento, têm-se condições de mapear todas as
célula correspondente à potência de curto circuito à jusante. informações de potência e corrente de curto circuito ao longo
Por outro lado, a corrente devido somente à contribuição à de todo SEE estudado.
montante, deve estar alocada acima da célula Como o objetivo central do estudo é a determinação das
correspondente à potência de curto circuito à montante, energias incidentes conforme IEEE1584-2002, faz-se
como indicado na figura A1. necessário o mapeamento das correntes de curto circuito à
Foram calculados para cada elemento significativo do SEE montante e à jusante dos pontos de pesquisa. Na figura A1,
(motores, geradores, transformadores e cabos) seus kVAcc, tem-se as células correspondentes às correntes de curto
inserindo em uma tabela reservada estas informações. Com circuito identificadas a cada nível estabelecido no SEE,
a seleção dos pontos de interesse e seguindo o método do convencionado da seguinte forma:
kVA, são mapeados estes pontos sobre o diagrama unifilar - Nível 1 (Nível mais baixo): ponto de curto circuito
do SEE, calculando para cada célula a montante e a jusante selecionado na região entre a saída do acionamento
do ponto o seu kVAcc equivalente, conforme pode ser (GRUPO I-Soft-Starter, GRUPO II-Resistência
visualizado na figura A1. Estatórica, GRUPO III- Inversor de Freqüência) e a
Normalmente, inicia-se a rotina de cálculos a partir da carga (motor);
célula mais a jusante no circuito. Desta forma, com o auxílio - Nível 2 (Nível intermediário): ponto de curto circuito
da tabela dos kVAcc elaborada anteriormente, executa-se na selecionado na região entre o TRAFO do grupo até o
célula o cálculo do kVAcc equivalente conforme a disposição ponto de alimentação do acionamento; e
dos elementos no circuito (vide célula F26 da figura A1). - Nível 3 (Nível mais próximo da concessionária): ponto
Observe na figura A1 que neste caso houve a necessidade de curto circuito selecionado na região entre o
de aplicar a associação em série do kVAcc do motor TRAFO do grupo (lado do Primário) até o ponto de
GRUPO I com o kVAcc da impedância correspondente ao entrega da concessionária.
trecho do motor ao seu disjuntor (Z G1-Dj1: kVAcc). Após estas considerações acerca da determinação das
Prosseguindo com a rotina de cálculos, calcula-se o kVAcc potências e correntes de curto circuito, há condições de
equivalente a jusante do próximo ponto, conforme sintetizar os cálculos necessários para determinação da
demonstrado na figura A1. Como pode ser observado na energia incidente de um arco elétrico por meio de outra
célula F17, neste caso procedeu-se associação em paralelo tabela (vide Tabela II). Com todas as correntes de curto
do kVAcc vindo à jusante do ponto (F26) com o kVAcc da circuito determinadas e mapeadas no diagrama unifilar do
reatância G1. SEE, calculam-se para cada nível as respectivas correntes
Seguindo com esta rotina de cálculo chega-se ao ponto de arco, conforme a metodologia IEEE 1584. Estas correntes
mais a montante deste ramo de circuito, mantendo são identificadas como:
basicamente o mesmo procedimento de cálculo. - Ian: corrente de arco elétrico do segmento de circuito
A mesma figura ilustra o procedimento de associação em (GRUPO n) pertencente a um determinado nível;
série do kVAcc vindo a jusante (F17) com o kVAcc do - Ian’: corrente de arco elétrico do segmento de circuito
TRAFO de 1000 kVA para obtenção do kVAcc equivalente à (GRUPO n) que sensibiliza a proteção situada a
jusante do ponto analisado (F9). montante do ponto de pesquisa pertencente a um
Aplicando esta metodologia para os demais ramos do determinado nível;
circuito, finalmente será possível obter o kVAcc equivalente à
jusante no ponto de entrega de energia. Como pode ser
verificado na figura A1, esta potência (vide célula G3) é o
resultado da contribuição das potências à jusante de cada
segmento de circuito que compõem o SEE (vide células F9,
J9, Q9 e U9 da mesma figura). TABELA II
Dispondo da potência de curto circuito no ponto de TABELA DE CÁLCULO DE ENERGIA DO ARCO NIVEL 1
Nível 1 log Ia1 = 1,0856937 Ia1 / Ia1' 12,18130149 9,058519269
entrega fornecida pela concessionária (kVAcc-CEE) inserida Ibf 1' 15,85581265 log Ia2 = 0,9115103 Ia2 / Ia2' 8,15662219 8,15662219
na célula G1, pode-se avaliar a corrente de curto circuito Ibf 2' 13,97771731 log Ia3 = 1,0602909 Ia3 / Ia3' 11,48923031 8,321846916
Ibf 3' 14,31877496 En Ei
disponível para este ponto, bastando aplicar a equação 7 K -0,097 log En1 = 0,5306349 En1 3,39339864 0,922408614
(Vide expressão contida na célula G4 da figura A1). Ibf 1 22,63723864 log En2 = 0,3423427 En2 2,199594801 13,5887177
Pela mesma figura é fácil perceber que a potência de curto Ibf 2 13,97771731 log En3 = 0,5031745 En3 3,185477201 78,71731721
Ibf 3 21,10020095 Prot.- Isc(A)
circuito à montante do ponto mais à montante deste V 0,44 Cfn = 1,5 t1* 0,022 DJ WEG (Im=5XIn)
segmento de circuito (célula F8) depende não apenas da G 25 xn = 1,641 t2* 0,5 DJ BEGHIM
K1 -0,555 Dn = 450 t3 2 Fz ultra rápido**
potência de curto circuito vindo do ponto de entrega da K2 -0,113
concessionária, como também das contribuições das
potências que fluem dos elementos localizados mais É importante observar que os valores do tempo de
perifericamente no SEE. atuação das proteções foram extraídos das curvas de
Seguindo com a aplicação da metodologia, são atuação dos dispositivos de proteção disponibilizadas pelos
encontrados os kVAcc equivalentes à montante dos demais fabricantes a partir da corrente estimada de arco elétrico. A
pontos deste ramo do circuito. Na célula F16 da figura A1 título de exemplo apenas, o tempo de atuação do disjuntor
está a expressão usada para associação em série do kVAcc que protege o Grupo I é de 0,022 segundos no Nível I (Fig.
do TRAFO de 1000 kVA (célula C17) com o kVAcc 3), uma vez que Ia1 = 9,05 kA e 85 %·Ia1 = 7,69 kA ou 6,15
equivalente à montante do ponto anteriormente analisado pu no pior caso. Considerando-se que o disjuntor está
(célula F8) e com o kVAcc referente à impedância entre o ajustado em 4 x In (In = 1250A), o disjuntor atua na faixa
TRAFO de 1000 kVA até disjuntor geral do painel de instantânea, ou seja, até 0,022 segundos.

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Assim, não se deve esquecer que no cálculo da energia
do arco, consideram-se as contribuições da concessionária e
do motor, porém para se determinar o tempo de atuação da
proteção, a corrente de arco considerada é apenas relativa à
contribuição da concessionária. Isso ocorre porque o motor
contribui para o curto pelo lado da carga, mas essa corrente
não flui pelo disjuntor que irá extinguir o arco.

Fig. 4 - Unifilar Geral da instalação

Foram também modelados os dispositivos de proteção


que, por serem de fabricantes nacionais, não constavam nas
Fig. 3 - Curva de coordenação disjuntor WEG 1250A bibliotecas padrão do software.

Dessa forma, para uma aplicação bem sucedida do estudo


de energia do arco é importante verificar se dispõe de todas
as informações atualizadas do SEE alvo do estudo, a saber:
diagramas unifilares e informações dos equipamentos e
dispositivos de proteção pertencentes ao circuito.
Como os cálculos de energia do arco não são exatos ou
próximos disso [5], este cuidado preliminar é fundamental,
pois dependendo da idade do SEE, grau de obsolescência
de seus equipamentos e rotina das equipes de manutenção
que por ela ficaram responsáveis ao longo de sua vida útil
(especialmente no zelo do cadastro dos equipamentos e
registro das intervenções para manutenção), de nada valerá
o esforço empreendido no cálculo, expondo o eletricista a
maiores riscos de acidentes nas instalações elétricas. Assim
sem ter a plena certeza da confiabilidade e procedência
destas informações, não há como garantir um
dimensionamento correto do EPI, pois o sucesso do
emprego da ferramenta depende fortemente da qualidade
das informações que subsidiarão a construção dos cálculos.

C. Comparação com o modelo gerado pelo software

Para tal comparação foi utilizado um software comercial [7]


e modelado o sistema tanto para o cálculo de curto circuito
quanto para estimativa de energia irradiada por arco
conforme diagrama unifilar a seguir:

Fig. 5 - Modelagem de disjuntor de proteção do Grupo I


WEG 1250A com parâmetros encontrados inicialmente.

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O valor de energia encontrado para o Grupo I, Nível I foi de trabalhos apresentados no Prêmio PROCEL 2007 e
de 0,92 cal/cm², que se comparado com o valor calculado ASSEMAE (Associação Nacional dos Serviços Municipais de
manualmente 0,95 cal/cm², mostra que o erro está na faixa Saneamento) na área de automação e eficiência energética
dos 3%. em Sistemas de Abastecimento de Água. É membro-
coordenador da Comissão Interna de Gerenciamento
IV. CONCLUSÕES Energético (CIGE) onde realiza estudos de eficiência
energética nos sistemas de bombeamento de água.
Além de acessível, o uso de uma planilha eletrônica como Fábio Correa Leite graduou-se na Escola Politécnica da
meio de integração do Método kVA com o Método IEEE1584 Universidade de São Paulo em Engenharia Elétrica com
apresenta uma importante vantagem de poder simular ênfase em Energia e Automação em 2004. Desde 2003 atua
diversas alternativas de coordenação das proteções e na Du Pont do Brasil S.A. e atualmente é engenheiro
facilmente visualizar seus efeitos sobre todo SEE estudado. eletricista pleno na área de sistemas industriais de potência.
Por outro lado, sob ponto de vista da segurança no trabalho É mestrando na área de eficiência energética na Escola
em eletricidade, o uso adequado desta ferramenta permite Politécnica da USP. É membro do IEEE onde participa
projetar as proteções elétricas de um SEE de modo a melhor ativamente desde 2003 na seção Sul Brasil onde atualmente
dimensionar a roupa de proteção contra arcos elétricos. é Presidente do Capítulo de Aplicações Industriais.
Quanto às metodologias de cálculo, segundo Pellegrino [4], .
este método apresenta uma variação de 3% quando
comparado com os demais métodos normalmente utilizados
pelos caros e complexos softwares comerciais. Entretanto,
utilizando-se dos resultados obtidos a partir deste mesmo
SEE usado nos exemplos acima, encontrou-se um erro na
casa de 1% quando comparado ao software no cálculo de
curto. A propagação desse erro para o cálculo de arco
elétrico ainda assim apresentou-se em patamares aceitáveis,
ou seja, na casa de 2%.
Além disso, ao contrário do que cita Pellegrino [4], o
trabalho aqui desenvolvido considera significativa a análise
do kVAcc de cabos, pois como a IEEE 1584-2002 bem
caracteriza, a energia de um arco elétrico depende tanto da
intensidade como do tempo de atuação do curto circuito. Em
outras palavras, desprezar este efeito para fins de
simplificação pode significar reduzir o tempo de atuação de
uma proteção elétrica de forma perigosamente indevida,
levando conseqüentemente a conclusões e
dimensionamentos equivocados.

IV. REFERÊNCIAS

[1] Lee, R., “The other electrical hazard arc blast burns,”
IEEE Transactions on Industry Applications, vol 1A-18.
no.3, p. 246, May/June 1982
[2] Doan D. R., “A Summary of Arc Flash Energy
Calculations” IEEE Transactions on Industry
Applications, vol.39-4, pp. 1200-1204, Jul/Aug 2003.
[3] Yuen, M. H., “Short Circuit ABC – Learn it in an Hour,
Use It Anywhere, Memorize No Formula” IEEE PCIC
paper, TOC-73-132, Sep 1973.
[4] Pellegrino, P. E. M. “CÁLCULO DO CURTO
CIRCUITO PELO MÉTODO KVA”
[5] Leite, F. C., Tomiyoshi, L. K., “Abordagem Seis Sigma
para redução de arcos elétricos” ESW Brasil 2007 –
Anais do congresso
[6] IEEE 1584 2002 - IEEE Guide for Performing Arc-Flash
Hazard Calculations - IEEE Industry Applications
Society - Sponsored by the Petroleum and Chemical
Industry Committee.
[7] Power Tools. User Manual. SKM.

VIII. CURRÍCULOS

Márcio Martinez Kutscher graduou-se na UFRGS


(Universidade Federal do Rio Grande do Sul) em 2004 em
Engenharia Elétrica. Desde 2005 atua na COMUSA
(Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo-RS) onde
atualmente é engenheiro eletricista co-responsável pelo
setor de Manutenção Eletromecânica e Coordenador do
Programa de Automação de Processos da companhia. Autor

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APÊNDICE A

FIGURA

=SOMA(F9;J9;Q9;U9) =G2+J9+Q9+U9

=(G2+G3)/(1,733*23)

=1/(1/F17+1/C17)

=1/(1/C17+1/F8+1/C28)

=1/(1/(F26+C22))

=(F25)/(1,733*0,44)

=1/(1/(900/0,167)+1/C27)

Fig. A1 - Planilha de cálculo de curto circuito pelo método kVA

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