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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia– 3a série – Volume 2

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

FORMAS DE PARTICIPAÇÃO POPULAR NA HISTÓRIA DO


BRASIL

Páginas 3- 4
1.
Imagem 1: voto Imagem2 : abaixo-assinado

Imagem 3: assembleia Imagem 4: manifestação

2. Todas são formas de participação política em uma sociedade democrática e


expressam a vontade, os ideais e os objetivos da população, e podem contribuir para
mudanças na maneira como a cidade é organizada ou é governada.

Páginas 5 - 8

A pesquisa visa aprofundar o conhecimento e a reflexão a respeito desses


movimentos de defesa de interesses de grupos sociais particulares, reivindicação de
direitos e integração de minorias no conjunto da sociedade em condições de igualdade.
Espera-se que o aluno aborde os seguintes aspectos: nome do evento, data, local e
contexto em que ocorreu; circunstâncias que levaram ao acontecimento; quais eram os
objetivos dos diferentes grupos que participaram do episódio e suas lideranças; que
tipos de diálogo e/ou interlocução puderam ser observados entre representantes de
grupos divergentes a fim de firmar acordos e tratados de cooperação mútua; descrição
sucinta dos desenvolvimentos em termos da mobilização das facções em defesa de
territórios, bens, membros dos grupos, ideias e objetivos; análise e conclusão dos
resultados do episódio.

O conflito pela terra


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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia– 3a série – Volume 2

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1.

Atores sociais Papel político nos movimentos


históricos
A utilização do trabalho escravo, tanto do
Escravos
indígena quanto do negro africano, teve um
profundo impacto nas relações sociais no
Brasil. As populações que viviam sob esse
regime sofreram a opressão do trabalho
compulsório, dos maus-tratos, da tortura, dos
castigos, das doenças e do extermínio.
Muitos escravos procuraram livrar-se da
condição de cativos, refugiando-se em
comunidades (quilombos) onde buscavam
preservar certa autonomia, criando estilos de
vida e cultura próprios, produzindo alimentos
e comerciando com outras comunidades
vizinhas, ou rebelaram-se no interior das
próprias fazendas, negociando melhores
condições de vida com seus senhores. A
participação de escravos negros e de negros
fugidos nas diversas revoltas populares nesse
período tinha como objetivo a libertação dos
escravos, a liberdade de cultos religiosos, o
uso da terra e a luta contra os desmandos das
autoridades.
Nessa categoria estão compreendidos os
Homens livres pobres
pequenos proprietários, homens brancos sem
terra e sem trabalho, pequenos comerciantes,
artesãos, trabalhadores rurais. Submetidos
aos grandes proprietários rurais e donos do
poder local, eram vítimas da sua ganância e
opressão, sem participar dos processos de
decisão política. Essa população, nas várias
revoltas, tinha o objetivo de lutar contra os
desmandos e abusos das autoridades locais,
pela posse e uso da terra, pelo direito de
exercício de atividades comerciais, de
extração de minério e contra mudanças
introduzidas pelo governo, como no caso do
Censo e do registro civil de nascimentos e
óbitos ou no sistema de pesos e medidas.

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As relações de poder no século XIX e início


Coronéis
do século XX eram extremamente desiguais.
A luta política era intensa e violenta. O que
estava em jogo não era o exercício de um
direito de cidadão, mas o domínio político
local. O chefe político local, também
conhecido como “coronel”, não podia perder
poder: a derrota representava o desprestígio e
a perda de controle de cargos públicos, como
os de delegados de polícia, juiz municipal e
postos na Guarda Nacional, por exemplo.
Assim, a manutenção das relações de
dependência entre chefes locais e seus
“clientes”, geralmente os segmentos da
população mais pobre, garantia-lhes os votos
necessários nas eleições legislativas para o
Senado e para a Câmara dos Deputados
durante o período da Monarquia
Constitucional, perpetuando assim a
manutenção do poder das oligarquias rurais.

Página 10
1. Disputas pela posse de territórios, pelo direito à exploração de recursos, uso da terra,
extração de minérios, especialmente o ouro, e também de exercer atividades
comerciais, vendendo e usufruindo livremente do lucro obtido com a
comercialização da sua produção, revolta contra o aprisionamento e a escravização
de índios e negros africanos, cobrança de impostos pelo governo, abuso de poder das
autoridades e opressão das oligarquias rurais sobre a população mais pobre, que vivia
do trabalho da terra.
2. Essas rebeliões se assemelham por terem sido de forte caráter popular e, na maior
parte das vezes, por terem contado com a participação de vários grupos dos setores
mais pobres da população, como populações ribeirinhas, homens livres, mestiços,
negros de ganho e escravos, sertanejos, entre outros. Porém diferem pelas
motivações e circunstâncias que levaram aos acontecimentos. Durante o Primeiro
Reinado tiveram um caráter fortemente oposicionista aos governos locais e, muitas
vezes, o seu objetivo era o de tomar o poder e tornar a província ou região
independente do Brasil. Já a partir de 1850, ocorreram revoltas contra medidas
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adotadas pelo governo que interferiam na vida da população de forma considerada


ilegítima. Esse foi o entendimento em relação à interferência do Estado nas funções
tradicionalmente atribuídas à Igreja (secularização) e na mudança do sistema de
pesos e medidas, que transformaram a comercialização dos produtos então vigente. A
partir da instauração da República, os movimentos populares tiveram como
principais características a luta pela terra, a oposição ao poder dos coronéis e das
empresas exploradoras das regiões em disputa e a força da religiosidade popular, que
mobilizou as populações em torno de suas crenças contra as forças do governo
arregimentadas para combatê-las.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

OS MOVIMENTOS OPERÁRIO E SINDICAL E PELA TERRA

Página 12
1. Aqui as respostas serão as mais variadas, dependendo da experiência de cada aluno,
com base nas referências de familiares e de amigos e do que ouvem e leem nos meios
de comunicação de massa.
2. A resposta a esta questão pode revelar o desconhecimento do aluno a respeito das
funções do sindicato e expressar mais visões negativas do que positivas. A definição
encontrada no dicionário pode ser o ponto de partida para a resposta, mas a ênfase
deve ser posta no papel de representação dos interesses econômicos e políticos de
trabalhadores e empresários. No que se refere especificamente à classe operária, é
importante apontar o papel do sindicato nas lutas pelos direitos sociais, trabalhistas e
de representação política.

Páginas 13 - 15

Tendências políticas Características


Eram os setores menos agressivos, mais
“Amarelos” ou reformistas
próximos do governo. Ainda que buscassem
a melhoria das condições de trabalho e de
vida para os trabalhadores, não se opunham à
ordem estabelecida, mantendo, assim, uma
relação “clientelista” com seus
empregadores.
Constituíam os setores mais radicais, que
Anarquistas
rejeitavam qualquer relação com o Estado e
com a política, bem como com os partidos, o
Congresso e mesmo com a ideia de pátria.
Para os anarquistas, o Estado ou qualquer
outra instituição autoritária hierarquicamente
superior eram considerados dispensáveis e
até mesmo nocivos para o estabelecimento
de uma comunidade humana autêntica.
Portanto, também eram contra qualquer
forma de organização ou dominação
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patronal.
Menos radicais que os anarquistas e
Socialistas
comunistas, acreditavam que podiam fazer
avançar os interesses da classe operária por
meio da luta política, ou seja, da conquista e
do exercício dos direitos políticos.
Organizados oficialmente em 1922,
Comunistas
defendiam a tomada do poder por meio da
revolução. A causa operária dos comunistas
era lutar contra o sistema capitalista,
substituindo o controle do Estado pelo
partido, centralizado e hierarquizado, até que
pudesse ser criada uma sociedade sem
classes, onde a propriedade privada seria
abolida e os meios de produção seriam de
todos. Desse modo, o Estado se tornaria
desnecessário e posteriormente deixaria de
existir.

Página 15

Como o exercício é livre, a avaliação deverá considerar se todas as etapas foram


contempladas, as fontes consultadas, a correção gramatical e lógica do texto.

Os movimentos dos trabalhadores rurais

Páginas 22 -24
1. A resposta vai depender da experiência dos alunos, seja em decorrência de relatos de
seus familiares, amigos ou vizinhos, seja pela leitura de jornais e revistas ou audiência
de rádio ou televisão.
2. Dependendo da região em que a escola estiver localizada, os alunos poderão ter um
conhecimento maior a respeito do MST, em virtude da atuação de seus militantes na
organização de ocupações ou assentamentos.
3. As opiniões poderão ser favoráveis ou desfavoráveis, porém é importante dar um
retorno da correção para os alunos, trabalhando os estereótipos e preconceitos com
objetividade, mostrando que não se trata de julgar o MST segundo interesses
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determinados, mas entender a questão que está por trás dos movimentos dos
trabalhadores rurais: a luta pela reforma agrária e a organização dos trabalhadores rurais
só adquirem sentido se as situarmos no contexto da política fundiária brasileira,
responsável pela concentração de terra nas mãos de grandes proprietários e a expulsão
dos trabalhadores rurais. Privados da terra de trabalho, esses homens pobres do campo
perdem as condições de sobrevivência e de uma vida digna para si e sua família.

Páginas 24 - 26
1.
• República Velha:
a) Período de grande participação política de operários nos dois principais centros
urbanos do Brasil e formação dos primeiros sindicatos.
b) Apesar da obstrução direta e violenta de empregadores por meio da polícia,
ainda havia pouca interferência do Estado no direito de associação e organização dos
trabalhadores, que puderam fazer muitas greves entre 1901-1920.
c) As principais legislações a beneficiar os trabalhadores foram a indenização por
acidentes, férias remuneradas por 15 dias e o Código de Menores.
Era Vargas:
a) Aumenta a participação política da classe trabalhadora com a formação de
partidos políticos e a multiplicação de sindicatos de diversas categorias profissionais.
b) Com a intervenção e o controle do Estado, o sindicato deixa de ser um órgão de
luta, reivindicações e mobilização política e passa a ser um espaço de negociação
“pacífica” entre empregadores e empregados, estritamente regulados pelo governo e
seus técnicos.
c) Criação do Ministério do Trabalho, da Indústria e do Comércio e dos primeiros
Institutos de Previdência Social; aprovação da Consolidação das Leis do Trabalho.

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• Era Nacional-Desenvolvimentista:
a) Foi o período de maior mobilização das lideranças sindicais e partidárias que
representavam o operariado industrial e os trabalhadores, até mesmo rurais. A
participação política contou inclusive com os estudantes e a Igreja Católica.
b) Empresários liberais e grandes proprietários rurais, juntamente com setores
militares nacionalistas, contrários à política populista, reagiram negativamente à
mobilização dos sindicatos, reprimindo as greves e manifestações, procurando conter
os movimentos de demanda social.
c) O movimento sindical mantinha-se mais voltado para o jogo político partidário,
atrelando com isso o sindicato à política nacional-desenvolvimentista e afastando-se
dos interesses imediatos dos trabalhadores que diziam respeito às suas condições de
trabalho e de vida. Dessa maneira, reforçava as suas relações com o Estado populista
e fortalecia a estrutura sindical corporativa; poucas mudanças foram feitas, exceto
pelo Estatuto do Trabalhador Rural.
• Ditadura Militar:
a) No final da era militar, houve grande participação política e mobilização por
parte do novo movimento sindical e do operariado dos setores mais modernos da
indústria, especialmente em São Paulo, no final dos anos 1970.
b) A mobilização foi duramente reprimida com o uso da força policial e a prisão
das lideranças. A forte reação da sociedade civil, aliada à proposta do governo militar
de uma “abertura lenta, gradual e segura”, favoreceu a formação de partidos e a
fundação de centrais sindicais.
c) Ocorreu, também, a unificação do sistema de previdência social com a inclusão
dos trabalhadores rurais, autônomos e domésticos ao sistema.
2. Romper com o chamado “peleguismo” e renovar a estrutura sindical, buscando a
autonomia diante do Estado e dos partidos políticos, a liberdade sindical, a
interlocução direta entre empregadores e operários com a intermediação do sindicato
e a organização no local de trabalho.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

O MOVIMENTO FEMINISTA

Página 28
1. Durante muito tempo acreditou-se que homens e mulheres agiam de forma diferente,
pois teriam naturezas diferentes. Hoje existe uma compreensão de que, se os homens
são biologicamente diferentes das mulheres, isso não significa que a mulher seja
menos capaz que os homens para realizar qualquer atividade. Ambos devem ter
igualdade de direitos.
2. A resposta deve evidenciar a compreensão a respeito da questão da historicidade da
condição feminina, ou seja, que o sentido do que significa ser mulher variou ao longo
da história. Na época das avós e das mães dos alunos o comportamento das mulheres
e a relação entre homens e mulheres era diferente. As mulheres tinham uma posição
mais dependente, devendo se encarregar apenas das tarefas domésticas, enquanto os
homens se dedicavam à vida pública. A subordinação da mulher ao homem era vista
como natural e as mulheres não gozavam de direitos que eram garantidos aos
homens.

Página 29

A relação entre homens e mulheres mudou ao longo do tempo e ocorre


diferentemente de acordo com as sociedades. Assim, ser homem e ser mulher é o
resultado de fatores sociais, culturais e históricos. O texto mostra que em sociedades
tribais, como na Gália e na Germânia, as mulheres tinham atuação semelhante às dos
homens: faziam guerra, construíam suas casas, ocupavam-se da agricultura e do gado
etc. Mesmo nos primeiros séculos da Idade Média, as mulheres contavam com a
proteção de leis, tendo, por exemplo, o direito de sucessão e de propriedade garantidos.

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Páginas 30 - 31
a) Ideologia: conjunto de ideias que serve para legitimar o poder de um grupo sobre o
outro.
b) Âmbito doméstico: refere-se ao mundo da casa.
c) Alijado: pode significar desobrigar-se, desonerar-se, desencarregar-se, desembaraçar-
se. Aqui aparece no sentido de afastado.
d) Subalterna: é aquela que está abaixo de algo, submetida ao poder do outro.
e) Assimetria sexual: diferenciação nas relações de poder entre pessoas de diferentes
sexos.
f) Reducionismo biológico: o reducionismo biológico acredita que todas as
diferenciações existentes entre grupos e no interior de um mesmo grupo são fruto de
diferenças biológicas. Ele deixa de lado o fato de que a maior parte das diferenças
entre os seres humanos resulta de aprendizados diferentes, ou seja, de processos de
socialização diferentes, e não de diferenças biológicas.
g) Outros termos que você destacou: resposta livre, dependendo do grau de
compreensão e do vocabulário do aluno. O dicionário deve ser utilizado.

Páginas 31 - 32

A Constituição de 1988 representa uma das mais tolerantes legislações sobre família,
na medida em que igualou os direitos civis das mulheres aos dos homens, atribuindo-
lhes os mesmos direitos na sociedade conjugal, permitindo o reconhecimento das uniões
estáveis como entidade familiar e garantindo o reconhecimento de filhos nascidos fora
do casamento legal.

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Exercício

Páginas 32 - 33
Nesse ano passou a vigorar o primeiro Código Civil da República. Ele subordinava a
1916
mulher ao homem, tanto é que, depois de casada, ela deveria pedir autorização do
marido para: a) trabalhar; b) realizar transações financeiras; c) fixar residência. Por
esse código a não virgindade da mulher era motivo para a anulação do casamento e
a filha que mantivesse relações sexuais antes do matrimônio poderia ser deserdada.
O Estado do Rio Grande do Norte foi o primeiro a permitir o direito ao voto para as
1927
mulheres.
Todas as mulheres do país adquirem o direito de votar.
1932
Com o Estatuto Civil da Mulher Casada, a mulher passou a ser vista como
1962
“colaboradora” do marido e, assim, seus direitos foram ampliados, pois passou a ser
necessária a autorização de ambos os cônjuges para dar fiança, vender bens imóveis,
oferecer bens e realizar hipotecas. Com o Estatuto, o concubinato passou a ser visto
como sociedade de fato e as mulheres que haviam sido concubinas, ou seja,
moraram junto com um homem sem terem se casado com o mesmo, passaram a ter
direito à mesma pensão, caso tivessem se casado.
Ano Internacional da Mulher.
1975
Passa a vigorar a Lei do Divórcio, que estabeleceu a possibilidade de fim da
1977
sociedade, ou seja, homens e mulheres passaram a poder se separar e a poder
contrair novo matrimônio. Ela também facilitou o reconhecimento dos filhos
nascidos fora do casamento.
O Brasil assina a convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação
1984
contra a mulher.
Surge a primeira Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher – DEAM (SP).
1985
Só nesse ano é que homens e mulheres foram totalmente igualados em diretos civis.
1988
Pela primeira vez uma mulher foi eleita governadora: Roseana Sarney, pelo Estado
1994
do Maranhão.

Página 34

A pesquisa pode ser a respeito dessas três mulheres ou de outras que forem
escolhidas em consultas feitas pelos alunos. O trabalho é livre, com o objetivo de
despertar no aluno o gosto pela pesquisa e fortalecer a capacidade de leitura e análise de
outros textos, mas pode ser avaliado levando-se em consideração as fontes consultadas,
a correção gramatical e a lógica do texto.
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Páginas 34 - 35
1. Durante muito tempo acreditou-se que homens e mulheres agiam de forma diferente,
pois teriam naturezas diferentes que não poderiam ser alteradas. Os homens
acreditaram e fizeram as mulheres acreditar que, como eles eram diferentes
biologicamente, com corpos diferentes, os homens seriam superiores às mulheres e
que isso sempre tinha sido assim. Hoje, sabe-se que, biologicamente, os homens são
diferentes das mulheres por uma série de fatores. Entretanto, também se acredita que
isso não tem relação alguma com a capacidade para desempenhar qualquer atividade,
e que ambos devem ter igualdade de direitos. Portanto, a forma de agir de homens e
mulheres não é natural, mas fruto de fatores sociais, culturais e históricos.
2. Não, a luta das mulheres por direitos iguais não foi uma luta fácil e rápida. Trata-se,
na verdade, de um longo processo, ainda não totalmente terminado, marcado por
dificuldades e marginalizações daquelas mulheres que assumiam a luta pela
igualdade de direitos sociais e políticos. Além disso, a luta das mulheres por
cidadania não foi uma luta que uniu todas as mulheres numa mesma causa, em todos
os momentos. Existiam duas correntes dentro do feminismo: as mulheres
pertencentes à burguesia lutavam mais por direitos políticos e as pertencentes às
classes trabalhadoras, por direitos trabalhistas. É por isso que, durante muito tempo,
o que existiu não foi o feminismo enquanto um movimento que luta pela alteração
das relações entre homens e mulheres, mas, sim, movimentos de mulheres. Ou seja,
as ideias e as práticas feministas nunca foram homogêneas, nem no Brasil nem em
outros lugares.
3. A Constituição de 1988 garantiu a igualdade de direitos civis às mulheres, tanto na
vida pública quanto na privada. Assim, homens e mulheres passaram a ter os mesmos
direitos na sociedade conjugal; o conceito de família foi alterado, com o
reconhecimento da união estável entre homem e mulher como uma entidade familiar;
foi garantido o direito dos filhos nascidos fora do casamento legal.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

MOVIMENTOS POPULARES URBANOS

Página 38

A questão tem como objetivo fazer o aluno dirigir o olhar para o bairro e a cidade em
que vive, apontando os problemas que afetam a vida de seus moradores. Trata-se,
portanto, de recuperar a sua experiência de vida no contexto urbano.

1. Pretende-se, com essa pergunta, estimular o aluno a apresentar soluções para os


problemas relatados e elaborar uma reflexão crítica a respeito das condições de vida
na cidade. Provavelmente os alunos atribuirão responsabilidades aos governantes,
individualizando a solução desses problemas.
2. Espera-se que o aluno seja capaz de compreender a importância da participação dos
indivíduos na resolução dos problemas de sua cidade. O objetivo dessa questão é
fazer o aluno perceber a cidade como algo que envolve a sua vida e o seu cotidiano e,
além disso, levá-lo a “descobrir” que os problemas urbanos são problemas coletivos
e sua resolução também deve ser coletiva.

Página 39
1. Trata-se de verificar o conhecimento do aluno a respeito dos fatores que propiciam o
aumento do número de favelas e sobre as condições de vida dessa população. Deve-
se estar atento para o fato de que alguns dos alunos possam morar em favela, ou que
ocorram manifestações de preconceito.
2. Atraídas pelo crescimento econômico nas décadas de 1950 até 1970, populações
trabalhadoras migraram para as cidades da Região Sudeste em busca de emprego,
instalando-se em terrenos que não deveriam ser ocupados. A falta de acesso à
moradia levou essas populações a ocupar terrenos com risco geotécnico (íngremes,
com risco de deslizamento, ou alagamento, por exemplo), áreas de preservação
(como áreas de mananciais e reservas florestais) e áreas não favorecidas pelo

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mercado imobiliário, por não possuírem infraestrutura urbana. Como consequência,


essas novas áreas urbanas decorrentes desse crescimento são carentes em
infraestrutura, especialmente saneamento básico.

O desenvolvimento dos movimentos populares urbanos

Páginas 40 - 41
1. O objetivo dessa questão é, principalmente, fazer o aluno entender a reação dos
moradores diante da ameaça de remoção de uma favela, tendo-se em conta os fatores
que levam ao surgimento das favelas.
2. A pergunta visa estimular o aluno a se colocar na situação do outro, mas ele pode
expressar tanto uma visão conformista, quanto de resistência ao processo de remoção
de favelas.
3.

Formação de Comitês Democráticos


Final dos anos 1940 e década de 1950
Populares, organizados nos loteamentos
periféricos, pelo Partido Comunista, com a
função de sentir os problemas e as
demandas locais e encaminhá-las ao poder
público. Esses comitês buscavam identificar
e priorizar os problemas da periferia da
cidade. Desses comitês nasceram as
Sociedades Amigos de Bairro.

Em São Paulo, a repressão militar teve


Ditadura militar (1964 a 1985)
como alvo principal o movimento operário e
os sindicatos. Impossibilitados de se
expressar politicamente por meio das
entidades sindicais e dos partidos políticos,
esses militantes, na década de 70, voltaram-
se para o bairro, as favelas, a periferia,
como novos locais de luta e como espaços
marcados por sérias contradições. O bairro
passa a ser visto como um espaço portador
de conflitos, de experiências e modos de
vida que seriam importantes para a
articulação dos movimentos urbanos nessa
conjuntura. Também foi no bairro, enquanto
espaço de luta, que a experiência construída
nas atividades da Igreja Católica nas
Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) se
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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia– 3a série – Volume 2

encontrava com a experiência sindical e


com outras tantas práticas sociais e políticas
que deram vida ativa aos movimentos
urbanos. Durante os anos de repressão, as
CEBs se tornaram uma das poucas
alternativas de organização popular, nas
quais as pessoas se reuniam para discutir
sua vida cotidiana, seus valores, suas
necessidades e seus posicionamentos
políticos. Esses movimentos funcionavam
como um grupo de pressão junto ao poder
público e ao sistema de representação
política municipal, reivindicando melhorias
da infraestrutura, como calçamento, água,
luz elétrica, esgoto, remoção de lixões, e
ampliação da rede escolar.
A década de 1980 foi marcada por
Reabertura democrática (1985 em diante)
profundas agitações sociais e políticas. Se
os movimentos sindicais entram nessa
conjuntura como vanguarda por meio das
greves operárias a partir de 1978, os
movimentos sociais urbanos vieram na
esteira de uma série de outros movimentos
que passaram a ser denominados, na década
de 1980, os novos movimentos sociais.
Animados nas campanhas pela
redemocratização, esses novos movimentos
sociais ampliavam as possibilidades de
participação social e política das camadas
sociais mais desfavorecidas.
Consequentemente, então, trouxeram para o
discurso político o tema da exclusão social.
Essa questão, que atravessou a década de
1990 por meio de inúmeras políticas
públicas urbanas, ainda não foi resolvida.

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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia– 3a série – Volume 2

Página 41

A avaliação desse exercício deve levar em conta a compreensão do aluno a respeito


da discussão e dos textos lidos, a capacidade de observação da realidade que o cerca,
bem como a coerência na construção dos argumentos que justificam as suas opiniões e
propostas de soluções e projetos. Evidentemente, deve ser valorizado o esforço de
pesquisa das ações de organizações ou grupos de moradores empenhados na resolução
dos problemas urbanos.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5

NOVOS MOVIMENTOS SOCIAIS: NEGRO, GLBT (GAYS,


LÉSBICAS, BISSEXUAIS E TRANSGÊNEROS) E
AMBIENTALISTAS

Páginas 43 - 45

Se o aluno não conhece a música indicada, deve procurar ouvi-la e escrever em seu
caderno os trechos indicados pelo professor.

1. A população negra no Brasil sofre as consequências de uma distribuição de renda


injusta que dificulta o acesso à educação, ao emprego, a melhores salários, a
condições de vida digna.
2. Porque a igualdade de direitos só existe no papel, não conseguindo ainda a sua
efetivação concreta. O autor aponta o preconceito racial como responsável pela
discriminação social do negro.
3. Porque o número de negros em papéis de destaque na televisão ainda é muito
pequeno e, quando aparecem, é sempre em posições subalternas, que enfatizam o seu
passado de escravo.

Páginas 45 - 46
• José do Patrocínio teve papel importante junto aos movimentos abolicionistas e
de libertação, tendo sido o fundador da Sociedade Brasileira contra a Escravidão e
participado da Confederação Abolicionista.
• André Rebouças também foi um militante importante do movimento
abolicionista, ao lado de José do Patrocínio, lutando pelo fim da escravidão no
Brasil.
• Abdias Nascimento tem tido importante participação nos movimentos de
integração do negro na sociedade brasileira, tendo assumido posições importantes
também em movimentos mundiais. Exerceu cargos públicos, como secretário de
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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia– 3a série – Volume 2

Estado do Governo do Rio de Janeiro, senador da República e deputado federal, com


propostas de legislação antirracista e voltadas para a defesa da população negra. Foi
fundador do Teatro Experimental do Negro e do Ipeafro.

Movimento GLBT

Página 47

O maior exemplo é o da Parada do Orgulho Gay, que mobiliza centenas de milhares


de participantes e tem recebido o apoio popular e garantido maior visibilidade para o
movimento GLBT. Mas a participação política pode se dar, também, por meio de
manifestações artísticas, como a música (de protesto, o rap), a literatura, o cinema, o
teatro, as charges ou a malhação de bonecos em Sábado de Aleluia, com suas críticas
políticas.

Página 47

Uma das mais importantes reivindicações do movimento GLBT diz respeito ao


reconhecimento da união homoafetiva, ou seja, o reconhecimento das uniões civis de
pessoas do mesmo sexo. Apesar de existirem vários casais homossexuais, essas uniões
não desfrutam de direitos como a comunhão parcial de bens, o direito à herança, a abrir
contas conjuntas, enfim, ter os mesmos direitos garantidos aos casais heterossexuais.

A luta pela criminalização da homofobia visa estabelecer punições para todas as


formas de rejeição ou expressão de preconceito contra homossexuais que os
discriminam em locais públicos e no trabalho, chegando até mesmo a atos de violência.
Esta luta liga-se ao mesmo princípio jurídico que criminaliza o racismo e significa
também a tentativa de obter o reconhecimento jurídico da condição social de
homossexual.

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Páginas 48 - 50

A avaliação do trabalho deve levar em conta: se todas as informações solicitadas


foram dadas; a forma de apresentação delas nos painéis; a clareza na exposição dos
resultados da pesquisa para os colegas.

Trabalho de livre escolha. O aluno deve registrar corretamente as informações


transmitidas pelos colegas.

Página 50

O processo de industrialização propiciou o aumento do bem-estar para uma camada


grande da população. Entretanto, esse bem-estar liga-se a um maior consumo e, com
ele, a uma produção cada vez maior de resíduos e à utilização mais intensa de recursos
naturais, que não são ilimitados. A atividade humana de transformação da natureza,
gera, portanto, riquezas, mas traz consigo o risco que ameaça a sobrevivência no
planeta.

Página 51

O que está em jogo é, antes de mais nada, uma questão política, que envolve as
nações mais poderosas e os movimentos ambientalistas. Os EUA se recusaram a assinar
o Protocolo de Kyoto, alegando razões econômicas, e dificultaram, assim, a sua
implementação. A pressão e os protestos ambientalistas têm conseguido organizar
vários eventos internacionais, que, entretanto, esbarram na resistência de alguns países.

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O movimento ambientalista (parte 2)

Página 53

Chico Mendes foi uma liderança importante dos seringueiros e do movimento


ambientalista na Amazônia. Sua luta em favor da reforma agrária e pelos interesses da
população que tira seu sustento da Floresta Amazônica teve repercussão internacional.
Em consequência dessa luta, foi assassinado por fazendeiros.

Página 53

A escolha do tema é livre, mas podem ser lembradas as questões referentes à


Amazônia e à Mata Atlântica, como o desmatamento, as queimadas, a extração de
madeira, e as que estão mais próximas e que afetam a vida dos moradores das cidades,
como a poluição do ar, o problema do lixo, a contaminação das águas, entre outros.
Podem ser sugeridos, também, temas relacionados com a preservação da vida animal.
Na avaliação devem ser observados os recursos utilizados, a apresentação estética e se a
intenção educativa do painel foi atingida.

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Trata-se de uma atividade livre que incentiva a criatividade musical dos alunos. A
música deve expressar as reivindicações de um dos movimentos.

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