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Celso Ribeiro Bastos define Estado como a Organização Política sob a qual vive o homem
moderno. Isto é, O Estado é a resultante de um povo vivendo sobre um território delimitado e
governando por Leis que se fundem em um poder não sobrepujado externamente e soberano
internamente. (Curso de Teoria do Estado e Ciência Política, 1995, p. 10).
povo Soberania
Essa classificação tem diversas vezes sido cobrada em concursos públicos. No entanto é
interessante saber que e em alguns momentos, os examinadores citam como formadores do Estado o
povo, o território e o governo, subentendendo que governo e soberania não podem sobreviver
separadamente. Mas tenham cuidado com essa questão e o contexto na qual ela for inserida na prova.
Celso Antônio de Barros é um dos defensores dessa última tese.
Povo é um conjunto de indivíduos que possuem direitos e deveres iguais perante a lei.
Território é a base física sobre a qual se estende a jurisdição do poder soberano do Estado.
Para que possamos entender o contexto do nosso estudo, falaremos da América Latina no
início do século XIX e do Brasil: nesse mesmo período, bem como de Getúlio a FHC, com enfoque na
reforma administrativa proposta no Plano Diretor da Reforma do Estado/95.
A partir do final do século XIX começaram a ocorrer grandes mudanças econômicas na América
Latina:
Causas Conseqüências
Lembram-se quando o TCU surgiu no Brasil? O TCU surgiu com a República, por meio de Decreto
de 1890, sem ter sido institucionalizado.
Voltando à América Latina, apesar das grandes mudanças econômicas, ela continuava
dependente de seus produtos primários (algodão, salitre, banana e café) de exportação, alvos de
importação pelo mercado internacional.
Houve um crescimento das cidades com as novas indústrias, porém formou-se o proletariado
industrial, além de novas camadas sociais médias.
“Até os anos 20, a América Latina continuava sendo uma grande fazenda.”, pois a estrutura
básica da produção continental pouco foi alterada.
O poder econômico, político e social estava concentrado na mão dos latifundiários, de tal
maneira que quando ocorria queda de preços das matérias-primas no exterior, o Estado garantia os
rendimentos ao setor agrário, comprando produtos excedentes para manter os preços.
2.1 Teoria da mão invisível do Estado - Adam Smit (1723-1790) - Teoria Econômica Clássica
Adam Smith publicou o livro A riqueza das nações em 1776. Em sua teoria, ele acreditava que se
se deixasse atuar a livre concorrência, uma ‘mão invisível’ levaria a sociedade à perfeição, assim todos
os agentes buscando maximizar os seus lucros, promoveriam o bem-estar de toda comunidade.
Se em algum concurso cair uma questão afirmando que a República Federativa do Brasil tem
como fundamento o laissez-faire. A resposta é correta, porque dentre os fundamentos da nossa
República enquadra-se: Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. (IV, art. 1º CF). Cuidado: “para
o CESPE o incompleto pode está correto”.
Por muito tempo diversos países adotaram a teoria de Adam Smith. Mas o paradigma da “mão
invisível” do Estado, perdurou nos E.U.A até o Crash da Bolsa de Nova York.
- superprodução
Nos E.U.A a solução para a crise do capitalismo começou a ser adotada com o governo do
presidente Roosevelt, com a aplicação do New Deal.
O New Deal foi a política econômica criada pelo economista Keynes, fundada no
intervencionismo estatal e na busca do pleno emprego, raízes da política de bem-estar-social ou Estado
Providência: Welfare State.
A premissa do “Welfare State” era a incorporação de direitos sociais, visando garantir a todos
os indivíduos um padrão mínimo de bem-estar econômico e social, como direito ao trabalho, à tutela da
saúde, à educação e à assistência social.
Em 1936, a Lei n.º 284 criou o Conselho Federal do Serviço Público Civil, que em 1938 foi
transformado no DASP (Departamento Administrativo do Serviço Público).
A reforma administrativa iniciada pelo DASP marca a constituição do Estado moderno no Brasil
trazendo a concepção de modernização do Estado com vistas a combater o patrimonialismo. Com a
criação do DASP, o governo pretendeu “estimular, desenvolver e coordenar esforços no sentido de
racionalizar e aperfeiçoar a ação do Estado no âmbito da Administração geral” (VIANA, 1953).
O DASP era o Órgão Central de políticas de serviço público pautadas nos princípios da
Administração Científica e do modelo Weberiano de Burocracia.
Na França (Teoria Clássica) foram: Fayol (1841-1925), James D. Mooney, Lyndall F. Urwick (n.
1981) e Gulic.
Pessoal, vamos nos ater apenas nas principais características dessas duas escolas da Teoria da
Administração, para facilitar o entendimento posterior acerca do nosso principal assunto.
- Simplificação
Taylor
- Especialização
Teoria Clássica
da
Administração
- Financeira
Fayol
- Segurança
- Contabilidade
Fonte: CARAVANTES, Geraldo. Teoria Geral da Administração: Pensando em Fazendo (1998, p. 44, com
adaptações)
Não iremos tratar, neste momento, sobre o modelo Weberiano de Burocracia, tendo em vista
que esse assunto será objeto de um estudo mais detalhado em nossas aulas.
Voltando ao Governo Vargas, em 1937 ele se deu um “autogolpe”, ampliando os seus limites de
atuação e transformou-se em um ditador: O Estado Novo.
Foi nessa época que alguns direitos sociais foram assegurados aos trabalhadores:
- Salário mínimo;
- Férias remuneradas;
3.Referências Bibliográficas
BRASIL. Decreto no 5.378, de 23 de fevereiro de 2005. Institui o Programa Nacional de Gestão Pública e
Desburocratização - GESPÚBLICA e o Comitê Gestor do Programa Nacional de Gestão Pública e
Desburocratização, e dá outras providências. Diário Oficial da União, 24 fev. 2005. Disponível em <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5378.htm#art14> Acesso em 18 ago. 2007,
14:55:00.
CARAVANTES, Geraldo, Teoria Geral da Administração: Pensando em Fazendo. Porto Alegre: AGE/UCS, 1998.
CHIAVENATO, Idalberto, Introdução à Teoria Geral da Administração. São Paulo: Makron Books, 1997.
LUZ Rodrigo Teixeira, Relações Econômicas Internacionais. Rio de Janeiro: Campus, 2005.
PAZINATO, Alceu Luiz; SENISE, Maria Helena Valente, História moderna e contemporânea. São Paulo: Ática, 1997.
PEREIRA, Luiz Carlos Bresser; SPINK Peter, Reforma do Estado e Administração Pública Gerencial. Rio de Janeiro:
FGV 2006.
Brasil, Plano diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Câmara da Reforma do Estado. Brasília: 1995.
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