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Comércio e Indústria
SUMÁRIO
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Formação Preço de Venda – Indústria e Comércio
Estrutura do preço de venda ............................................................................ 16
Passos para cálculo do preço de venda ...................................................... 16
O problema da determinação incorreta do mark-up ......................................... 16
Formação do preço de venda de uma empresa comercial .............................. 17
Fórmulas de cálculo do preço de venda ...................................................... 18
Cálculo do Fator de Venda (mark-up) empresarial ...................................... 18
Formação do preço de venda de uma empresa industrial .............................. 19
Fórmulas de cálculo do preço de venda ...................................................... 20
Apuração do lucro líquido da mercadoria/produto em função do preço
estabelecido pelo mercado .............................................................................. 20
APENSO
A importância da apuração periódica do Balanço Patrimonial .................... 21
Apuração do resultado (lucro ou prejuízo) .................................................. 21
Sistemas de apuração do resultado ........................................................... 22
Demonstração do resultado do exercício (DRE) ........................................ 22
Procedimentos básicos para saber se a pequena empresa está apre-
sentando lucro ou prejuízo em determinado período (resultado eco-
nômico) ....................................................................................................... 23
Exercícios ...................................................................... em apostila separada
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Formação Preço de Venda – Indústria e Comércio
CICLO DE GESTÃO EMPRESARIAL
Finanças
COMPRAS E ESTOQUES
FINANÇAS
É a área mais importante da empresa, pois é ela que serve de suporte para que
todas as áreas funcionem bem.
Muitos são as ferramentas utilizadas para que se tenha êxito nesta área, porem uma
das mais utilizadas, devido principalmente a sua praticidade é o FLUXO DE CAIXA,
que é onde o empresário através do confronto com suas contas a receber e a pagar
verificará, se deve captar recursos, no caso de estouro de caixa, ou até mesmo
aplica-lo, no caso de sobra de caixa.
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Formação Preço de Venda – Indústria e Comércio
CUSTOS E PREÇOS
CUSTOS
Introdução
Tipos de Custos
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Formação Preço de Venda – Indústria e Comércio
Custos Indiretos: São todos os custos que não podem ser identificados
diretamente com a produção (com o produto ou serviço) sendo necessário
uma forma de rateio (distribuição) para a sua parcela de participação no
processo.
Exemplos:
- Depreciação de máquinas e equipamentos utilizados na produção de mais
de um tipo de produto;
- Salários dos supervisores da produção;
- Aluguel da fábrica;
- Energia elétrica que não pode ser identificada diretamente com a
produção (ou produto).
Observação: Se a empresa produz somente um tipo de produto, todos
os seus custos serão considerados diretos.
Despesas
Despesas Fixas
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Formação Preço de Venda – Indústria e Comércio
Como o próprio nome já diz, a despesa é considerada fixa porque, vendendo ou não
seus produtos ou mercadorias, ela acontece, ou seja, tem que ser paga. Exemplos:
Água, aluguel, luz, telefone, salários administrativos, etc.
Despesas Variáveis
Custo Total
$$
Custos Variáveis
Custos Fixos
Volume
DEPRECIAÇÃO
MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO
Método Linear:
Exemplo:
A empresa ABC Gráfica adquiriu equipamento de impressão gráfica com valor de R$
6.000,00 e que possui vida útil de 5 anos. A parcela anual de depreciação do
equipamento pelo método linear seria:
Exemplo:
Equipamento novo, adquirido pelo valor de R$ 35.000,00, com vida útil projetada pra
o fabrico de R$ 1.000.000 de peças.
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Formação Preço de Venda – Indústria e Comércio
AS QUESTÕES TRIBUTÁRIAS
TRIBUTAÇÃO FEDERAL
a) LUCRO REAL
As empresas comerciais tributadas pelo lucro real pagam o Imposto de Renda e
adicional, se for o caso, e a Contribuição Social sobre o Lucro (CSSL) de acordo
com as disposições legais estabelecidas.
1) IRPJ sobre o lucro real
O lucro real é a base de cálculo do imposto apurada de acordo com registro
contábeis e fiscais realizados de acordo com as leis comerciais e fiscais. A
alíquota é de 15% sobre o lucro real, apurado pelas pessoas jurídicas em
geral, sejam civis ou comerciais o seu objeto.
2) Contribuição social sobre o lucro (CSSL)
As empresas tributadas com base no lucro real devem constituir provisão para
a CSSL calculada sobre o lucro do período base e os lucros diferidos,
calculados com base em determinações legais.
b) LUCRO PRESUMIDO
As empresas cuja receita total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou
inferior a R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais) e que atendam as condições
de enquadramento, podem optar pelo pagamento do IRPJ e a CSSL com base
no lucro presumido.
1) IRRF sobre o lucro presumido
A alíquota do IRPJLP é de 15% sobre 8% da base de cálculo, resultando em
1,2% da receita tributável.
2) Contribuição Social sobre o Lucro (CSSL)
A alíquota da CSSL é de 8% sobre 12% da base de cálculo, resultando em
0,96% da receita tributável.
c) COFINS
As empresas, exceto as enquadradas no SIMPLES FEDERAL, devem recolher a
alíquota 3% sobre o faturamento.
d) PIS (Programa de Integração Social)
As empresas, exceto as enquadradas no SIMPLES FEDERAL, devem recolher a
alíquota de 0,65% sobre o faturamento.
e) SIMPLES
É o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições da
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.
1) Microempresas
São consideradas microempresas as sociedades ou firmas individuais com
Receita Bruta anual de até R$ 120.000,00.
2) Empresas de Pequeno Porte (EPP)
São as sociedades ou fir4mas individuais com receita bruta anual superior a
R$ 120.000,00 e igual ou inferior a R$ 1.200.000,00.
TRIBUTAÇÃO ESTADUAL
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Formação Preço de Venda – Indústria e Comércio
O fato gerador do ICMS é a circulação de mercadorias. As alíquotas internas
e interestaduais variam de acordo com o Estado. Em Minas Gerais, em geral, a
alíquota interna é de 18% e a interestadual é de 12% quando a mercadoria é
vendida para empresas do RS, SC, PR, SP e RJ e de 7% quando é vendida para
empresas dos demais Estados.
a) ICMS – SISTEMA DE DÉBITO E CRÉDITO
O ICMS por débito e crédito é uma sistemática de apuração do imposto a
pagar, baseada na diferença entre créditos de ICMS por entradas (em geral,
compras) e débitos de ICMS por saídas (em geral, vendas).
b) ICMS – SISTEMA DE DÉBITO E CRÉDITO
Os Estados, por meio de Convênios, estabelecem a cobrança antecipada do
ICMS através da figura do contribuinte substituto.
O imposto devido na operação final é cobrado do varejista pelo fornecedor e
recolhido por este aos Estados credores. A legislação define a forma de
estabelecimento da base de cálculo.
c) ICMS – MICRO GERAES
A lei estadual 12.708/97 e o Decreto 39394/98 instituíram o Programa Micro
Geraes e revogou, em seu artigo 42, todos os dispositivos tributários relativos
a isenção e tributação reduzida previstas na lei 10992/92. A nova lei veda a
apropriação de crédito ou o destaque do ICMS nos documentos fiscais
emitidos.
1) MICRO GERAES – EPP
São consideradas Empresas de Pequeno Porte aquelas cuja receita bruta
no ano anterior tenha sido superior a R$ 90.000,00 e igual ou inferior a R$
1.200.000,00.
A receita da revenda de mercadorias tributadas na aquisição pela
sistemática da Substituição Tributária deve ser excluída da base de
cálculo do imposto mensal devido pelo varejista.
2) MICRO GERAES – MICROEMPRESAS
São aquelas cuja receita bruta no ano anterior tenha sido igual ou inferior
a R$ 90.000,00.
TRIBUTAÇÃO MUNICIPAL
O ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza), principal imposto dos
municípios, varia de acordo com cada município. Em Lavras, por exemplo, a
principal alíquota do ISS é de 2,5% sobre o preço do serviço.
Atentar que a empresa que está no regime estadual do MICRO GERAES deve
agregar, no custo da mercadoria adquirida de outro Estado, a diferença entre as
alíquotas interestadual e a interna aplicada em Minas Gerais relativamente à
mercadoria adquirida.
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
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Formação Preço de Venda – Indústria e Comércio
A Margem de Contribuição de um produto, mercadoria ou serviço é a diferença entre
o valor das vendas e os custos variáveis. Através dela, pode-se avaliar o quanto
cada venda contribui para pagar os custos fixos da empresa.
VENDAS
(-) CUSTOS VARIÁVEIS
= MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
Isto significa que cada unidade vendida a R$ 200,00 contribui com R$ 60,00 para
com a cobertura do total do custo fixo da empresa e, se possível, conforme o volume
de vendas praticado, também pode proporcionar lucro.
PONTO DE EQUILÍBRIO
Exemplo:
Vendas totais
Custo Total
P. Equilíbrio
$$
Custos Variáveis
Custos Fixos
Volume
a) Em unidades produzidas:
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Formação Preço de Venda – Indústria e Comércio
Peu1 = Custo fixo total .
Preço venda unitário – custo variável unitário
Pode-se estabelecer que, além dos custos gerados pela empresa, soma-se a este
valor o custo de oportunidade do mercado, ou seja, qual a remuneração oferecida
pelo mercado para o capital investido. Por exemplo: os custos fixos de uma empresa
são de R$ 2.000,00, os bancos oferecem aplicações financeiras com rendimentos de
2% ao mês, e o capital investido foi de R$ 10.000,00. Para o cálculo do ponto de
equilíbrio econômico consideram-se, além do valor do custo fixo, o valor
correspondente ao percentual oferecido pelo mercado sobre o capital investido, ou
seja, 2% sobre R$ 10.000,00 = R$ 200,00. Portanto, em vez de considerar apenas
os custos fixos para o cálculo (R$ 2.000,00), este valor será de R$ 2.200,00.
MARGEM DE SEGURANÇA
O objetivo de vendas deve partir da composição dos custos fixos e variáveis como
na determinação do Ponto de Equilíbrio, agregando também a margem de lucro
esperada ou desejada.
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Formação Preço de Venda – Indústria e Comércio
Por exemplo, uma empresa que apresente os seguintes dados num determinado
mês:
Custo Fixo R$ 3.200,00
Custo Variável R$ 7.500,00
Vendas R$ 11.000,00
e deseja para o mês seguinte obter 10% de lucro líquido:
A empresa teria que vender no mês seguinte R$ 14.545,45 para cobrir seus custos
fixos e variáveis e obter uma lucratividade líquida de 10%.
OBSERVAÇÃO:
Acompanhe:
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Formação Preço de Venda – Indústria e Comércio
Preço de venda – O preço de venda, é um valor que é cobrado do cliente numa
operação mercantil.
Passos:
Terceiro Passo: Alocar a parte que será destinada para cobrir as despesas
fixas.
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Formação Preço de Venda – Indústria e Comércio
1. Formação do Preço de Venda de uma Empresa Comercial
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Formação Preço de Venda – Indústria e Comércio
PV2 = custo da mercadoria + Vlr frete + IPI
1-[(% lucro + % C.fixo + % comissão + % impostos)/100]
FV = 1
1-[(% lucro + % C.fixo + % comissão + % impostos)/100]
Façamos um exemplo:
Valor de compra da mercadoria ................. R$ 10,00
Valor do IPI ................................................. R$ 1,00
Percentagem de custo fixo ................................20%
SIMPLES ESTADUAL E FEDERAL ..................10%
Comissão sobre vendas ..................................... 5%
Lucro líquido esperado ......................................10%
10 + 1 = 11 = R$ 20,00
1-[(10 + 20 + 5 + 10)/100] 0,55
FV = 1
1-[(% lucro + % C.fixo + % comissão + % impostos)/100]
FV = 1 = 1,8182
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Formação Preço de Venda – Indústria e Comércio
0,55
- APENSO -
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Formação Preço de Venda – Indústria e Comércio
As causas principais da variação do Patrimônio Líquido são:
a) Investimento inicial de capital ou aumentos/desinvestimentos posteriores.
b) Resultado obtido do confronto entre as contas de Receitas e Despesas dentro
de um exercício social ou contábil.
Contas de Despesas: são contas que diminuem e Patrimônio Líquido e decorrem
de consumo de Bens e da utilização de serviços. Por exemplo, a energia elétrica
consumida, os materiais de limpeza consumidos (sabões, desinfetantes, vassouras,
detergentes), o café consumido, os materiais de expediente consumidos (canetas,
lápis, papéis, impressos, etc.), a utilização de serviços telefônicos, etc. Para
simplificar o entendimento básico, podemos considerar como contas de despesas,
ou seja, contas que diminuem o patrimônio líquido da empresa, os custos das
vendas, que têm as seguintes denominações:
Custo das Mercadorias Vendidas (CMV): para as empresas comerciais.
Custo dos Produtos Vendidos (CPV): para as empresas industriais.
Custo dos Serviços Prestados (CSP): para as empresas prestadoras de
serviços.
Diferença técnica entre custo e despesa: o gasto é considerado despesa ou custo
de acordo com a natureza da empresa.
Indústria Custo: Gastos da fábrica — Despesa: gastos administrativos
Comércio Custo: gastos aquisição mercadoria — Despesa: gastos
administrativos
Serviço Custo: mão-de-obra aplicada serviço — Despesa: gastos
administrativos
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Formação Preço de Venda – Indústria e Comércio
Regime de Caixa: é aquele onde são consideradas como receitas e despesas do
exercício aquelas efetivamente recebidas e pagas, dentro desse período. Somente
são consideradas despesas aquelas que independentes do seu período de
referência, forem pagas dentro do exercício considerado período-base de apuração
do resultado.
Não se recomenda o regime de caixa, uma vez que, neste sistema, a empresa não
sabe qual é o resultado econômico real de sua atividade.
Regime de Competência: No regime de competência de exercícios, as receitas de
um exercício são aquelas geradas nesse período (não importando se tenham sido
recebidas ou não dentro do exercício) e as despesas de um exercício são aquelas
ocorridas nesse período (não importando se forem pagas ou não dentro do período-
base).
Receitas
(-) Despesas
= Lucro ou Prejuízo
5º Procedimento:
Para a apuração mensal do resultado econômico da empresa, soma-se as Receitas
(à vista e a prazo), as Despesas realizadas (à vista e a prazo – incluídas, aí, as
Despesas com Depreciação e encargos sobre salários), os valores dos Estoques
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Formação Preço de Venda – Indústria e Comércio
apurados no fim do mês (estes são fundamentais para o cálculo do custo das
vendas). Desta forma, tem-se condições de apresentar a seguinte estrutura de
apuração de resultado econômico no mês:
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