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Introdução
Tipos de Sinais
(a) (b)
(c) (d)
Fig. 1 Tipos de sinais variantes no tempo: (a) senoidal ou harmônico, (b) degrau, (c) impulso
e (d) rampa.
1
f= (1)
T
ω = 2πf (2)
Vp
0
π π
0 3π 2π
ω t
2 2
-Vp
T = período
Um sinal de tensão senoidal (conforme convenção da Fig. 2) pode ser descrito pela
expressão:
V = Vp sen ωt (3)
Uma outra quantidade que está relacionada com o tipo de sinal senoidal é o ângulo de
fase, que corresponde à diferença na escala de tempo entre duas ondas senoidais de mesma
freqüência, como mostra a Fig. 3.
Se considerarmos o ângulo de fase φ na equação da tensão senoidal, resulta:
V = Vp sen(ωt + φ) (4)
0
ωt
na qual j = − 1 .
Diagrama Fasorial
Im {V}
| V | sen φ
φ
|
|V
φ
0
| V | cos φ
φ
-φ Re {V}
|V
| Fig. 4 Diagrama fasorial
representando no plano
- | V | sen φ
φ
complexo as componentes
real (Re) e imaginária (Im) da
tensão harmônica V.
V R
S
VS = Vp sen ωt
VS Vp
i= = sen ωt
R R
P = Vp i p sen 2 ωt
pela qual, como sen2 ωt ≥ 0, a potência instantânea P(t) será sempre ≥ 0, como mostra o
gráfico da potência da Fig. 6.
Da Matemática, temos a relação:
sen 2 x =
1
(1 − cos 2x )
2
de onde se conclui que a forma da potência instantânea terá uma freqüência dobrada em
relação às freqüências da tensão e corrente instantâneas e, inversamente, o período da
potência será metade do período da tensão e da corrente instantâneas, como pode ser
observado nos gráficos da Fig. 6.
0
0 π
__ π 3π
__ 2π π
5__ 3π 7
__π 4π 9π
__ 5π
2 2 2 2 2 ωt
-Vp
i
Vp /R
0
0 π
__ π 3π
__ 2π π
5__ 3π 7
__π 4π 9π
__ 5π
2 2 2 2 2 ωt
-Vp / R
P
Vp i p
Vp i p
____
2
0
π
__ π 3
__π 2π π
5__ 3π π
7__ 4π 9
__π 5π
0
2 2 2 2 2
ωt
Fig. 6 Diagramas de tensão, corrente e potência versus tempo para o circuito resistivo puro.
T
1
T ∫0
Pm = P( t )dt (7)
2π
1 Vp i p
Pm = ∫
2π 0
Vp i p sen 2 ωt.dωt =
2
de modo que o resistor como elemento de circuito CA não introduz defasagem entre a tensão
e a corrente. A Fig. 6 mostra que as curvas de tensão e corrente para o resistor estão em fase,
isto é, φ = 0. A Fig. 7 apresenta o diagrama fasorial para a tensão e a corrente.
i V
Capacitância
A
C=ε (8)
d
na qual:
ε – permitividade elétrica do meio material entre as placas (C/V.cm)
d – distância entre as placas do capacitor (cm)
A - área da placa (cm2)
ε = ε0 κ (9)
Capacitores
Capacitores são disponíveis em diversos tipos e valores. O valor da capacitância é
determinado pela constante dielétrica do material, da sua espessura e da área dos eletrodos. As
técnicas construtivas também diferem, dependendo do material dielétrico empregado. A Fig. 9
apresenta alguns arranjos construtivos empregados na fabricação de capacitores.
M ET AL D IE L É T R IC O
D IEL ÉT R IC O
FOLHA
M E T Á L IC A
D IE L É T R IC O
- +
1 volt 1 coulomb
1 ohm × 1 farad = ⋅ = 1 segundo
1 coulomb / segundo 1 volt
IL
RS
VCC C L
C RP
Um circuito contendo uma fonte de tensão senoidal acoplado a um capacitor ideal, isto
é, que contém somente capacitância, é mostrado na Fig. 14.
V C
S
dq dV d
i= =C = C Vp sen ωt = ωCVp cos ωt
dt dt dt
Mas, cos ωt = sen(ωt + 90 o ) , de mod que podemos re-escrever a equação para a corrente
instantânea como:
1
P = ωCVp2 sen ωt.cos ωt = ωCVp2 sen 2ωt
2
A Fig. 15 mostra as formas de onda para a tensão, corrente e potência para o circuito
capacitivo puro. Pode-se observar novamente que a forma de onda da potência instantânea
tem uma freqüência que é o dobro da freqüência da tensão e corrente instantâneas.
VS
Vp
0
0 π
__ π 3
__π 2π π
5__ 3π 7
__π 4π π
9__ 5π
2 2 2 2 2 ωt
-Vp
i
ωCVp
0
0 π
__ π 3π
__ 2π π
5__ 3π 7
__π 4π 9π
__ 5π
2 2 2 2 2 ωt
- ωCVp
P
ωCVp2
____
2
0
0 π
__ π 3π
__ 2π π
5__ 3π 7
__π 4π 9π
__ 5π
2 2 2 2 2
ωt
ωCVp2
____
2
Fig. 15 Diagramas de tensão, corrente e potência versus tempo para o circuito capacitivo.
d
i=C Vp e jωt = jωCVp e jωt = jωCVS
dt
Na forma inversa,
1 j
VS = i=− i
jωC ωC
Esta equação mostra a vantagem de se adotar a forma complexa, pelo fato de explicitar
a relação algébrica da tensão com a corrente por uma constante de proporcionalidade –j/ωC,
tal como a lei de Ohm expressa a relação da tensão com a corrente com a resistência como
constante de proporcionalidade para circuitos resistivos. De fato, a constante –j/ωC é
fisicamente análoga à resistência, e é denominada de impedância capacitiva ZC e tem
dimensão de resistência (ohm):
j
ZC = − (Ω)
ωC
φ = 90o
V
Uma outra forma de representar os fasores é a chamada forma polar, pela qual a tensão
VS é apresentada com o seu valor eficaz Vef e o ângulo de fase φ como:
VS = Vef ∠φ (10)
O valor eficaz Vef ou valor quadrático médio (rms – root mean square) de uma
quantidade VS é definido pela expressão:
Para uma tensão senoidal VS = Vp sen ωt, o valor eficaz pode ser calculado como:
2π
1 Vp
Vef = ∫
2π 0
Vp2 sen 2 ωtdt =
2
≅ 0,707 Vp
Para efeito de comparação, vamos calcular o valor médio da tensão, Vm, calculado
sobre meio-ciclo:
T
π
2 2
1 2Vp
Vm = ∫ VS dt = ∫ Vp sen ωt = ≅ 0,637 Vp
T0 π0 π
Assim, a relação entre os valores de pico Vp, o valor eficaz Vef e o valor médio Vm ,
para uma função senoidal, é:
Vp = 1,414Vef = 1,571Vm
V
Vp
0,707 Vp
0,637 Vp
Vp Vpp
Vm Vef
ωt
-Vp
Circuito RC série
Faremos agora a análise de circuitos contendo um resistor em série com um capacitor,
conforme mostra a Fig. 18.
+
Vi C
-
i
Circuito RC Integrador
R
Vi Vo
i C
Vi = Ri + q / C (12)
na qual:
i = dq / dt (13)
e
Vo = q / C (14)
dq q V
+ = i (15)
dt RC R
0, t ≤ 0
Vi = (16)
VS , t > 0
Vi
VS
0 t=0 t
q t
∫ ∫
dq 1
= dt (17)
( CVS − q ) RC
0 0
t
− n(CV S − q )
q t
0
= (18)
RC 0
(
q( t ) = VS C 1 − e −t / RC ) (19)
dq VS − t / RC
i= = e (20)
dt R
Vo =
q
C
(
= VS 1 − e − t / RC ) (21)
1,0
0,8
Tensão normalizada V/V0
0,632
0,6
0,4
0,2
0,0
0 1 2 3 4 5 6 7
1,0
0,8
Corrente normalizada, i/i0
0,6
0,4
0,368
0,2
0,0
0 1 2 3 4 5 6 7
Z = R + jX C (22)
j
Z =R− (23)
ωC
Em notação polar,
Vi = Vef ∠0 o (25)
Vi V1∠0 o
I= = (26)
Z | Z | ∠ − arctg (| X C | / R )
na qual as equações (24) e (25) foram usadas. Re-escrevendo a equação (26) na forma polar:
Vef
I= ∠arctg (| X C | / R ) (27)
|Z |
1
ZC = ∠ − 90 o (28)
ωC
Vef
Vo = IZ C =
[
∠arctg (| X C | / R ) ⋅ | X C | ∠ − 90 o ]
| Z |
Vef | X C |
Vo = (30)
|Z |
e o ãngulo de fase φ:
1
φ = −90 o + arctg (31)
ωRC
1
Vo
= ωC =
1
(32)
Vi
R +
2 1 ω 2 R 2C 2 + 1
ω2 C 2
-10
-20
-40
-50
-60
-70
-80
-90
0 1 2 3 4 5 6
log ω
log ω C = 3
0
-1
-1
log(Vo/Vi)
-2
-2
-3
-3
0 1 2 3 4 5 6
log ω
1
fC = (33)
2πRC
Circuito RC Diferenciador
i R
Vo = Ri (34)
Vo = VS e −t / RC (35)
1,0
0,8
Tensão normalizada V/V0
0,6
0,4
0,2
0,0
0 1 2 3 4 5 6 7
O circuito da Fig. 25 também é utilizado como filtro passa-alta, isto é, um filtro que
atenua os sinais de baixa freqüência. Para este circuito, a tensão Vout, calculada sobre o
resistor em notação fasorial polar, é descrita por:
VS R
= ∠arctg (| X C | / R ) (36)
|Z |
Vo R ωRC
= = (37)
Vi
R +
2 1 ω 2 R 2C 2 + 1
ω 2C 2
e o ãngulo de fase φ:
| X | 1
φ = arctg C = arctg (38)
R ωRC
-1
-1
log(V o/Vi)
-2
-2
-3
-3
0 1 2 3 4 5 6
log ω
90
80
70
Ângulo de fase, φ (graus)
60
50
40
30
20
10
0
0 1 2 3 4 5 6
log ω
R
C
Indutância
φ
L= (40)
i
na qual:
L – indutância da bobina (henry = H)
φ – fluxo magnético que atravessa a área interna da bobina (Wb = T.m2)
i – corrente que percorre as espiras da bobina (A)
→
→
Ind u çã o m a gn étic a B
i i
L in ha s d e flu xo m ag n ético
dφ
L= (41)
di
O elemento de circuito indutor opera sob a ação de corrente ou tensão variável, que
produzem um campo magnético variável
(a) (b)
Fig. 31 Símbolos para o indutor (a) com núcleo de ar e (b) com núcleo de ferro.
dφ dt
L= ⋅ (42)
dt di
de modo que,
dφ di
=L (43)
dt dt
di 1 di 2
P = Vi = Li = L (45)
dt 2 dt
t i
∫ ∫
di 1
E = Li dt = Li di = Li 2 (46)
dt 2
0 0
(a) (b)
Fig. 12 Símbolo para o transformador (a) com núcleo de ar e (b) com núcleo de ferro.
i i
1 2
N V2
V1 2
µN1i1 AC
φ= (50)
C
dφ µN1 AC di1
= ⋅ (51)
dt C dt
de modo que:
di1
= C ⋅ dφ
(52)
dt µN1 AC dt
di
V1 = L ⋅ 1 = L ⋅ C ⋅ dφ
(53)
dt µN1 AC dt
µN 2 AC
L= (54)
C
Embora esta equação tenha sido calculada para um núcleo toroidal, ela pode ser
generalizada para qualquer geometria de núcleo, contanto que o fluxo enlaçado pelo núcleo
não sofra espraiamento e seja constante em C.
A tensão induzida no indutor 2 será gerada pela variação do fluxo magnético dφ/dt no
circuito magnético. Para calculá-la, vamos utilizar a lei de Faraday.
dφ
∫
E ⋅d = (56)
m dt
dφ
∫
N 2 E ⋅ d = V2 = N 2 ⋅ (57)
m dt
ou seja,
dφ
V2 = N 2 ⋅ (58)
dt
À partir das equações (55) e (58), podemos escrever a relação entre as tensões V2 e V1:
V2 N 2
= (60)
V1 N1
Para o cálculo da relação entre as correntes i2 e i1., podemos considerar que o fluxo
nos dois indutores é aproximadamente idêntico, de modo que:
µN 1i1 AC µN 2 i 2 AC
= (61)
C C
da qual vem que:
N1i1 = N 2 i 2 (62)
ou seja:
i 2 N1
= (63)
i1 N 2
Circuitos RL
Vi L
di
Ri + L = Vi (64)
dt
Para obtermos a solução da equação diferencial ordinária (64), vamos estabelecer dois
tipos de estímulo em Vi: a função degrau e a função senoidal. Enquanto no primeiro tipo de
estímulo vamos resolver analiticamente (64), no segundo tipo, o tratamento será o mesmo
aplicado para o circuito RC senoidal, isto é, solução por fasores.
Vi
VS
0 t=0 t
i t
∫ ∫
di R
= dt (66)
Vs L
− i
0 R 0
na qual:
L
τ= (68)
R
1,0
0,8
Corrente normalizada, i/i0
0,6
0,4
0,2
0,0
0 1 2 3 4 5 6 7
Fig. 36 Curva de corrente normalizada em função do tempo t/τ para o circuito RL em série.
1,0
0,8
Tensão normalizada, VL/VS
0,6
0,4
0,2
0,0
0 1 2 3 4 5 6 7
Esta equação estabelece que a tensão está adiantada 90o em relação à corrente. Este
comportamento é exatamente o oposto ao do circuito capacitivo, no qual a tensão está
atrasada 90o em relação à corrente.
A reatância indutiva XL é definida como:
X L = ωL (71)
Z L = jX L = jωL (72)
Z L = X L ∠90 o (73)
Vin = V1∠0 o
Z = R + jX L = R 2 + X 2L ∠arctg(X L / R ) (74)
V
Aplicando a expressão: V = ZI ⇒ I = , resulta:
Z
V1
I= ∠ − arctg(X L / R ) (75)
R 2 + X 2L
Como no circuito RC em série, a tensão de saída no circuito RL pode ser lida de duas
formas distintas: sobre o resistor (circuito integrador) e sobre o indutor (circuito
diferenciador), conforme mostrado na Fig. 38.
i i
R L
(a) (b)
Fig.38 Circuito RL (a) integrador e (b) diferenciador.
Quando a tensão é lida sobre o resistor, o ganho de tensão do circuito é dado por:
VR R R R
= = ∠ − arctg(X L / R ) = ∠ − arctg(ωL / R ) (76)
Vin Z R 2 + X 2L R 2 + ω 2 L2
VR R
= (77)
Vin R 2 + ω2 L2
e o ângulo de fase por:
φ = −arctg(ωL / R ) (78)
VL Z L XL ωL
= = ∠90 o − arctg(X L / R ) = ∠90 o − arctg(ωL / R ) (79)
Vin Z R + XL
2 2
R +ω L
2 2 2
VL ωL
= (80)
Vin R 2 + ω 2 L2
e o ângulo de fase por:
φ = 90 o − arctg(ωL / R ) (81)
A potência consumida num indutor ideal é zero porque, como no caso do capacitor, o
ângulo de fase entre a tensão e a corrente é de 90º. Para um indutor real, a potência consumida
é calculada a partir da resistência elétrica do fio utilizado no enrolamento da bobina.
XL
Q= (82)
R
Quanto maior o fator de qualidade para uma dada freqüência, menor será a resistência
elétrica da bobina.
Circuitos LC
C L
(a) (b)
Fig. 39 Circuitos LC (a) série e (b) paralelo.
Para uma dada combinação de L e C, isto ocorrerá somente em uma única freqüência,
que pode ser calculada de (83), sabendo que f = ω/2π:
1
U E = CV 2 (85)
2
Consideremos, agora que o capacitor está carregado, que a tensão de alimentação seja
removida. Quando a tensão for retirada, o capacitor terá o potencial V, que conectado a um
indutor descarregado, tenderá a anular o potencial elétrico, gerando uma corrente através do
indutor (Fig. 40b). Esta corrente induzirá um campo magnético quando circular pelo indutor.
Quando o potencial no capacitor for zerado, toda a energia do circuito estará armazenada no
indutor na forma de energia magnética UB (Fig. 40c):
1
U B = Li 2 (86)
2
Quando a corrente cessar, o campo magnético começará a diminuir, criando assim por
indução nas espiras do indutor, uma corrente contrária à que lhe criou. Esta corrente carregará
o capacitor com polaridade contrária a anterior. Observe o sentido das setas das linhas
equipotenciais elétricas no capacitor nas Fig. 40d e 40e. Quando o campo magnético se findar,
a corrente deixará de circular e o capacitor estará carregado (Fig. 40e).
Novamente, o processo de descarga do capacitor e de carga do indutor é retomado
(Fig. 40f e 40g) e continuará assim, indefinidamente. Este tipo de circuito oscilador recebe o
nome de circuito tanque, pois os elementos capacitor e indutor agem como reservatórios de
energia. Na prática, circuitos LC são ideais, pois capacitores e indutores reais possuem perdas
e a dissipação da energia na forma de calor levará ao consumo da energia fornecida pela fonte
externa no início do processo.
Se medíssemos a variação de tensão sobre o capacitor ou o indutor veríamos um sinal
alternado de forma senoidal e freqüência própria de ressonância. Em freqüências inferiores e
superiores à freqüência de ressonância, a impedância do circuito LC série (Fig. 40a) aumenta,
enquanto que a corrente diminui. Da mesma forma, próximo ou igual à freqüência de
ressonância, a impedância diminui e a corrente aumenta.
Em circuitos ressonantes paralelo (Fig. 40b), próximo à freqüência de ressonância, a
impedância aumenta e a corrente diminui. No caso contrário, ou seja, quando a freqüência
estiver distante da freqüência de ressonância, a corrente aumentará e a resistência diminuirá.
O grau com que estas mudanças ocorrem com freqüências superiores e inferiores a de
ressonância é uma medida de “habilidade” do circuito de separar (discriminar) freqüências.
Essa habilidade é calculada através do fator de qualidade do circuito, e que pode ser calculado
para circuitos indutivos e capacitivos:
XL XC
Q= ou Q= (87)
R R
Referências bibliográficas