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Administração de Medicamentos
A administração de medicamentos é uma das
responsabilidades das mais relevantes da enfermagem. Para
garantir uma terapia medicamentosa segura e eficaz para seus
pacientes, você precisa familiarizar-se com as indicações,
dosagens habituais, e os efeitos desejados das medicações
prescritas e conhecimento anatômico é fundamental para
segurança das vias de administração.

Medicamento é toda substância que, introduzida no organismo humano, vai


preencher uma das finalidades enunciadas a seguir:

o Preventiva ou profilática - quando evita o aparecimento de


doenças ou diminui a gravidade das mesmas;
o Diagnóstica - quando não só auxilia o médico em decidir o que
está causando a sintomatologia apresentada pelo paciente, como
também localiza a área exata afetada pela doença;
o Terapêutica - quando é usada no tratamento das doenças. Existe
uma infinidade de substância químicas cujas ações terapêuticas
mais comuns são:

- Curativa ou específica - quando remove o agente causal das doenças.


Ex.: antibiotico antimalárico;
- Paliativa ou sintomática - quando alivia determinados sintomas de uma
doença, destacando-se entre eles a dor. Ex.: analgésico;
- Substitutiva - quando repõe outra substância normalmente encontrada
no organismo, mas que por um desequilíbrio orgânico, está em
quantidade insuficiente ou mesmo ausente. Ex.: insulina.

Os medicamentos podem ser classificados:

o Quanto à origem:

- Natural - aqueles extraídos de órgãos ou glândulas, tais como extrato


de fígado; aqueles extraídos de fonte de minério e princípios ativos
extraídos de diversas partes das plantas;
- Sintética - substâncias preparadas em laboratórios por processos
químicos. Têm composição e ação idênticas aos produtos de origem
animal e vegetal.
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o Quanto ao estado de agregação - para que os medicamentos


possam ser ministrados, devem sofrer uma série de
manipulações que dão lugar aos preparados farmacêuticos e que
podem ser classificados em:

- Líquidos - as preparações recebem o nome de acordo com o tipo do


solvente: hídrica ou aquosa, quando o solvente é água; alcoólica,
quando o solvente é o álcool; glicerinada, quando a substância
medicamentosa é dissolvida na glicerina e vaselinada, quando o
princípio ativo é dissolvido na vaselina;
- Sólidos - os medicamentos no estado sólido podem ser apresentados
da seguinte forma: em pó ou em vários formatos sob a compressão ou
moldagem (comprimido, drágea, pílula, cápsula e supositório);
- Gasosos - são encontrados em recipientes cilíndricos especiais
denominados balas e em geral são administrados por inalação;
- Semi-sólido - preparações pastosas ou oleosas, contidas em frascos
como as pomadas e cremes, ou acondicionadas em invólucros
gelatinosos, denominados pérolas e óvulos;

o Quanto à composição química - de acordo com sua composição


química, os medicamentos podem ser:

- Ácido - composto que em solução aquosa dá origem exclusivamente


ao cátion hidrônio ou hidroxônio;
- Sal - composto formado pela reação entre um ácido e uma base ou um
metal.

Princípios ativos vegetais - hidrato de carbono, alcalóide (substância


nitrogenada, básica e de ação farmacológica, extraída de determinados
vegetais. Ex.: nicotina), glicosídio (princípio ativo, que, por hidrólise, se
decompõe em açúcar e outras substâncias denominadas agliconas ou
geninas), óleo fixo (extraído de certas plantas e que não se evapora
facilmente), óleo volátil (composto oleoso de certas plantas, com odor
característico e que se evapora facilmente), tanino (substância
adstringente, não nitrogenada, ácido tânico), fungo e bactéria (as
secreções ou excreções desses organismos dão origem aos
antibióticos).

Princípios ativos animais - glândula exócrina ou endócrina (substância


extraída de determinadas glândulas e que vai nos fornecer os
hormônios, fermentos e algumas vitaminas), líquido orgânico (o sangue,
a linfa e tecidos sanguíneos dão origem à vacina, ao soro), proteína e
enzima (substância produzida por determinadas células que age como
catalisador).

o Quanto à ação terapêutica - a sua classificação faz de acordo


como efeito produzido:

- No local;
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- Nos órgãos internos ou sistemas, como por exemplo, digestivo,


circulatório, respiratório, nervoso e endócrino.

Ações dos Medicamentos

Resumidamente, podemos agrupar os efeitos de um medicamento num


tecido vivo em:

1. Ação local: aquele que exerce seu efeito apenas no ponto de


aplicação. Ex.: na pele - aplicação de uma pomada numa ferida (toque
com nitrato de prata em um tecido esponjoso, etc). Na membrana
mucosa - colocação de um supositório retal ou vaginal; instilação de um
medicamento na conjuntiva ocular ou nasal.

Quanto ao efeito local, o medicamento pode ser classificado como:

o Antisséptico - quando impede ou estanca o desenvolvimento


microbiano. Ex.: violeta de genciana, etc;
o Adstringente - quando precipita proteínas, tendo porém pouca
penetração celular, atingindo apenas a sua superfície. Ex.: ácido
tânico ou tanino, etc;
o Irritante - quando acarreta inflamação do tecido cutâneo ou
mucoso, produzindo um maior afluxo de sangue no local;
o Emoliente - quando protege e amolece a pele e, às vezes, a
mucosa. Ex.: óleo de amêndoa, lanolina, etc;
o Estíptico - quando estanca hemorragia local. Ex.: pomada com
adrenalina;
o Vulnerário - quando promove cicatrização de uma ferida. Ex.:
preparados com sulfato de zinco, etc;
o Demulcente - quando aplicado em tecidos irritados ou escoriados
tende a revestir a superfície, protegendo-a do contato com o ar ou
com outros agentes irritantes do ambiente. Alivia a irritação das
superfícies descamadas e das mucosas. Ex.: glicerina, xarope de
acácia, etc;
o Anti-helmíntico - quando expele ou destrói vermes intestinais;
o Anestésico - quando paralisa as terminações nervosas sensoriais,
provocando uma perda de sensação dolorosa num determinado
local;
o Adsorvente - quando cobre a pele ou mucosa com a finalidade de
impedir o possível contato com irritantes. Ex.: talco, óxido de
zinco (uso externo), carbonato de bismuto, etc;
o Estimulante - quando aumenta a irrigação sangüínea de um
determinado local.

2. Ação geral ou sistêmica: para produzir um efeito geral, é necessário


que o remédio caia na corrente circulatória, pois através dela o
medicamento atinge o órgão ou o tecido sobre o qual tem ação
específica.
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O efeito geral do medicamento pode ser classificado em:

o Estimulante - quando aumenta a função das células de um órgão


ou sistema. Ex.: cafeína (aumenta as funções do córtex cerebral),
etc;
o Deprimente - quando diminui a função das células de um órgão
ou sistema. Ex.: morfina (deprime o centro respiratório), etc;
o Cumulativo - quando a eliminação de medicamentos é mais lenta
do que sua absorção, e a concentração do mesmo vai
aumentando no organismo. Se a administração for contínua, há
um efeito cumulativo. Ex.: digitalina;
o Antiinfeccioso - quando o medicamento é capaz de destruir os
germes responsáveis por uma infecção. Ex.: sulfanilamida;
o Antagônico - quando as substâncias administradas possuem
efeitos contrários. Ex.: pilocarpina e atropina;
o Sinérgico - quando as substâncias medicamentosas são
ministradas juntas e uma reforça a ação da outra, aumentando a
potência das mesmas e reduzindo os efeitos. Ex.: aspirina e
cafeína.

3. Ação remota: ocorre em partes distantes do organismo. Uma droga


pode estimular um órgão, que por sua vez estimula outro. Ex.: a
digitalina estimula o coração, o que aumenta a circulação levando mais
sangue para os rins, o que culmina com uma maior atividade diurética.

4. Ação local geral: uma droga aplicada poderá produzir um efeito local,
poderá ser absorvida e produzirá ao mesmo tempo um efeito geral. Ex.:
epinefrina aplicada na mucosa nasal, a fim de estancar hemorragia, é
absorvida, caindo na corrente sangüínea e produzindo elevação na
pressão arterial.

Quanto ao modo de ação dos medicamentos , podemos considerar os


que agem:

1. Mecanicamente: pela formação de massa ou membrana protetora


sobre um ferimento. Ex.: pomada de óxido de zinco sobre uma ferida.

2. Quimicamente por:

o Neutralização - um ácido agindo sobre base e vice-versa. Ex.:


bicarbonato de sódio administrado no caso de acidez gástrica;
o Precipitação - formação de um precipitado insolúvel. Ex.: ácido
tânico, agindo sobre alcalóides;
o Oxidação - modificação na substância, por esta combinar-se com
o oxigênio. Ex.: permanganato de potássio, agindo sobre
alcalóides;
o Fisicamente - agem dissolvendo certas drogas. Ex.: álcool
administrado no caso de envenenamento por fenol;
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o Por substituição - quando o organismo é deficiente em produzir


certos hormônios, admite-se seu substituto. Ex.: insulina, etc.

Vias de Administração de Medicamentos

A administração de medicamentos deve ser realizada com eficiência,


segurança e responsabilidade, a fim de que sejam alcançados os
objetivos da terapêutica implementada e, dessa forma, uma melhora no
quadro clínico do paciente. Para tanto, deve-se ter conhecimento de
alguns dados quanto ao processo de administração: informações
farmacológicos do medicamento (farmacocinética, farmacodinâmica,
dose máxima e efetiva, além do intervalo entre as doses etc.), bem
como métodos, vias e técnicas de administração. Baseada nesses itens,
segue uma síntese dos principais aspectos considerados em um sistema
de administração de medicamentos.

As ações de medicamentos no organismo vivo podem ser classificadas


em quatro categorias principais:

o Local, quando o efeito ocorre no ponto de aplicação;


o Sistêmica, para aqueles que atingem a circulação;
o Remota, nos casos em que a ação do medicamento em um alvo
interfere no funcionamento de outro;
o Local/geral, quando a droga produz efeito no ponto de aplicação,
sendo absorvida posteriormente para ter ação sistêmica.

A aplicação local de medicamentos é feita na pele ou em membranas


mucosas, sendo que os efeitos podem ser os seguintes: antisséptico,
adstringente, irritante, emoliente, estípico, vulnerário, anti-helmíntico,
anestésico, adsorvente e estimulante. Os efeitos de uma droga de ação
generalizada podem ser agrupados em: estimulante, deprimente,
cumulativo, antiinfeccioso, antagônico e sinérgico.

Os métodos e as vias de administração dependem de alguns


parâmetros: rapidez desejada para inicio da ação , natureza e
quantidade a ser administrada e das condições do paciente.

o Administração enteral (oral) - a ingestão é o método mais comum


de prescrição de um fármaco. Além disso, é o mais seguro, mais
conveniente e o mais econômico;
o Administração sublingual - a absorção pela mucosa oral tem
importância essencial no caso de determinados fármacos, por
exemplo, a nitroglicerina. Como a drenagem venosa da boca dá
para veia a cava superior, esses fármacos estão protegidos do
metabolismo de primeira passagem pelo fígado;
o Administração retal - com frequência, a via retal é usada quando
a ingestão não é possível por causa de vômitos ou porque o
paciente se encontra inconsciente. Cerca de 50% dos fármacos
que são absorvidos pelo reto não passam pelo fígado;
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o Administração parenteral - a administração parenteral de


fármacos tem algumas vantagens nítidas em relação à via oral. A
disponibilidade é mais rápida e mais previsível. A dose eficaz
pode, portanto, ser escolhida de forma mais precisa. No
tratamento de emergências, a administração é extensamente
valiosa. A injeção do fármaco também tem suas desvantagens. É
essencial manter a assepsia, pode ocorrer uma injeção
intravascular quando esta não era a intenção, a injeção pode
acompanhar-se de dor e, às vezes, é difícil para um paciente
injetar o fármaco em si mesmo se for necessária a
automedicação. Os custos são outra consideração.
o Intravenosa - a concentração desejada de um fármaco no sangue
é obtida com uma precisão e rapidez que não são possíveis com
outros procedimentos;
o Subcutânea - só pode ser usada para substâncias que não são
irritantes para os tecidos. A absorção costuma ser constante e
suficientemente lenta para produzir um efeito persistente. A
absorção de substâncias implantadas sob a pele (sob forma
sólida de pellet) ocorre lentamente ao longo de semanas ou
meses. Alguns hormônios são administrados de forma eficaz
dessa maneira;
o Intramuscular - a absorção depende do fluxo sanguíneo no local
da injeção. A velocidade de absorção no músculo deltóide ou no
grande lateral é maior do que a absorção no músculo grande
glúteo. A velocidade de absorção em homens é maior que a
absorção em mulheres quando a injeção é feita no grande glúteo;
o Intrarterial - é aplicada para localizar seu efeito em determinado
órgão ou tecido. Exige extremo cuidado e só deve ser feita por
pessoas experientes;
o Intratecal - quando se desejam efeitos locais e rápidos nas
meninges ou no eixo cérebro-espinhal, como na anestesia
espinhal ou nas infecções agudas do SNC, os fármacos algumas
vezes são injetados diretamente no espaço subaracnóide
espinhal;
o Intraperitoneal - por essa via, os fármacos penetram rapidamente
na circulação através da veia porta. A injeção intraperitoneal é um
procedimento laboratorial comum, embora raramente seja
empregado na prática clínica.
o Absorção pulmonar - os fármacos gasosos e voláteis podem ser
inalados e absorvidos através do epitélio pulmonar e das
mucosas do trato respiratório. As vantagens são a quase
instantânea absorção para o sangue, ausência de perda hepática
de primeira passagem e, no caso das doenças pulmonares, a
aplicação local do fármaco no ponto de ação desejado.
o Aplicação tópica:
o Mucosas - a absorção através das mucosas ocorre rapidamente.
Na verdade, os anestésicos locais aplicados para efeito local
algumas vezes são absorvidos tão rapidamente que provocam
efeitos tóxicos sistêmicos;
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o Pele - poucas substâncias penetram facilmente a pele íntegra. A


absorção daquelas que o fazem é proporcional à superfície sobre
a qual são aplicadas e à sua lipossolubilidade. A absorção ocorre
com maior facilidade através de pele com abrasão, queimaduras
ou soluções de continuidade. As reações inflamatórias e outros
tipos de problemas que aumentam o fluxo sanguíneo cutâneo
também aumentam a absorção.

Olho - os fármacos oftálmicos de aplicação tópica são prescritos


basicamente por causa de seus efeitos locais. Em geral, não é desejável
a absorção sistêmica que resulta da drenagem através do canal
nasolacrimal.

A posologia é a parte que diz respeito à dosagem do medicamento.


Nesse item são importantes os conceitos de dose máxima, mínima,
eficaz e dose de manutenção. Não se pode perder de vista que a
dosagem é específica para cada paciente e que ela deve ser
rigorosamente observada, a fim de se garantir a eficácia do tratamento e
evitar o risco de superdosagem.

A organização das rotinas de administração de medicamentos é


importante e deve ser compreendida por todos os que participam do
serviço. Assim, vários métodos são adotados para assegurar precisão
na preparação, distribuição e anotação dos medicamentos. O sistema
adotado normalmente consiste de uma ficha para cada paciente na qual
estão anotados a medicação e tratamentos que o paciente deve receber,
as condições do mesmo pelo relato diário, os planos de cuidados e as
prescrições de enfermagem. Tais fichas devem ser atualizadas
diariamente, devendo ser observado o código utilizado pelo serviço a fim
de que seja mantida uma padronização. Quanto ao cartão de
medicamento, este deve ser preenchido ao mesmo tempo em que se
passam as ordens para a ficha do paciente, sendo classificado de
acordo com o horário da administração.

Contra-indicações, Relacionadas ao Cliente,


Para o Uso das Diversas Vias

O método de administração dos medicamentos depende da rapidez com


que se deseja a ação da droga, da natureza e quantidade da droga a ser
administrada e das condições do paciente.

As condições do paciente determinam, muitas vezes, a via de


administração de certas drogas. Como são inúmeros os problemas que
limitam a administração de drogas, colocaremos neste capítulo as
contra-indicações das vias de administração de fármacos.

Muitas vezes, a via oral é contra-indicada por:

o O medicamento irritar a mucosa gástrica;


o O medicamento interferir na digestão;
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o O paciente não poder deglutir.

Além disso, o paciente pode apresentar algum quadro cujas


características o impede de ingerir drogas, como patologias do sistema
digestivo. Algumas desvantagens da via oral incluem, portanto, a
impossibilidade de absorção de alguns agentes por causa de suas
características físicas, os vômitos em resposta à irritação da mucosa
gastrintestinal, destruição de alguns agentes por enzimas digestivas ou
pelo pH gástrico básico, irregularidades de absorção ou propulsão na
presença de alimentos e outros fármacos e necessidade de cooperação
por parte do paciente.
A administração de drogas via retal, por supositórios, tem como objetivo
deixar o fármaco livre do metabolismo de primeira passagem, no fígado,
pois a droga entra em vasos que a levam direto à veia cava inferior.
Entretanto, muitas vezes, o supositório penetra um pouco mais,
entrando em uma região drenada por veias que vão ao fígado e, dessa
forma, não evitando o efeito de primeira passagem. Deve-se ressaltar o
desconforto que a via retal pode proporcionar ao paciente. Além disso, a
absorção retal costuma ser irregular e incompleta e muitos fármacos
provocam irritação da mucosa retal.

A administração via pulmonar apresenta algumas desvantagens:

o controle insatisfatório da dose;


o o método de administração;
o muitos fármacos voláteis e gasosos provocam irritação do epitélio
pulmonar.

A via parenteral é amplamente utilizada, como já dito antes, para a


obtenção da ação imediata de um medicamento. Além disso, é utilizada
a fim de fornecer medicamentos que não podem ser administrados por
via oral, ou mesmo a pacientes incapacitados de receber medicamentos
por tal via.

Muitas vezes, a droga é impedida de ser administrada pela via


parenteral, por suas próprias características, ou pelas condições
apresentadas pelo paciente.

Para a administração via cutânea, não se deve receitar grandes


quantidades de drogas. Essas devem ser de fácil absorção e não
irritantes do tecido.

Algumas características são essenciais para que uma substância possa


ser injetada na veia:

o Não ser hemolítica;


o Não ser cáustica;
o Não coagular as albuminas;
o Não produzir embolia ou trombose;
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o Não conter pirogênio.

Em relação às condições do paciente, podemos citar:

o A dificuldade de se encontrar veias adequadas à picada;


o A presença tecidos com muitos hematomas ou mesmo feridos;
o A intensa dor sentida pelo paciente à aplicação, devida a sua
doença ou outro motivo.

É provável a ocorrência de reações desfavoráveis, na aplicação via


venosa. Uma vez injetado um fármaco, não há maneira de retirá-lo.
Injeções intravenosas repetidas dependem da capacidade em manter
uma veia permeável. Em geral, a injeção intravenosa deve ser
administrada lentamente e com monitorização constante das reações do
paciente.

Principais Cuidados ao Administrar Medicamentos

o Via oral - administrar o medicamento observando os seguintes


pontos:
o conferi-lo com a prescrição médica;
o dar o medicamento na mão do paciente ou se ele não puder
tomar sozinho auxiliá-lo no que for necessário;
o anotar no prontuário o medicamento logo após sua administração;
o quando necessário, explicar ao paciente a ação do medicamento;
o lavar todo o material usado na administração de medicamentos e
guardá-lo no armário;
o nunca usar os medicamentos contidos num frasco sem rótulo;
o medir as quantidades de acordo com a prescrição médica;
o administrar os medicamentos sem que haja qualquer dúvida
sobre a dosagem;
o retirar os comprimidos do frasco com auxílio da própria tampa ou
com uma gase limpa, nunca deixá-los entrar em contato com as
mãos;
o a boca do frasco deverá ser limpa com uma gase após a retirada
do medicamento;
o permanecer próximo ao paciente até este ter tomado o
medicamento;
o evitar administrar medicamento preparado por outras pessoas;
o evitar deixar a bandeja com o resto da medicação à mão dos
doentes, no caso de haver necessidade de sair de perto do
paciente para ir buscar qualquer coisa que esteja faltando.
o Via parenteral - responsabilidades primordiais na aplicação por
via parenteral:
o cuidadosa seleção e preparação do material;
o preparação do medicamento, preparação psicológica do paciente
e o uso de uma perfeita técnica asséptica.
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o Cuidados na aplicação da injeção intramuscular e subcutânea:


o conferir o cartão de medicamento com a prescrição médica;
o preparar o paciente psicologicamente, a fim de obter sua
cooperação total, fazendo uma explanação sobre o tratamento e
a importância dessa cooperação;
o colocá-lo na posição adequada; escolher o local apropriado para
a aplicação;
o fazer a anti-sepsia da pele com a bola de algodão embebida em
álcool e conservá-la na mão;
o apanhar a seringa e aplicar a injeçaõ esticando bem a pele;
o retirar a agulha comprimindo a pele com a bola de algodão;
o fazer uma pequena massagem no local da injeção e anotar no
relatório de enfermagem a qualidade, quantidade e a região onde
o medicamento foi aplicado.
o Cuidados na aplicação da injeção intravenosa:
o lavar as mãos;
o fazer a antissepsia do local onde será aplicada a injeção;
o levar o material usado para lavar imediatamente se este não for
descartável.
o Cuidados nas infusão - o método de preparação do frasco varia
segundo o tipo a ser utilizado.
o O mais importante é instalar o aparelho de soro sem contaminá-
lo; s
o se o frasco for de matéria plástica, cortar a parte que será
conectada ao aparelho de soro, com tesoura esterilizada e
introduzir o conta-gotas na ponta cortada;
o se o frasco for de vidro, retirar a proteção metálica da boca do
frasco e sem contaminar, introduzir a ponta do conta-gotas no
orifício próprio e colocar a agulha para introdução do ar no frasco,
no orifício em continuação ao pequeno tubo de vidro que se
encontra no interior do frasco;
o é importante verificar que não existe ar no aparelho de soro;
o fazer a anti-sepsia, passando o algodão com iodo onde vai ser
puncionada a veia e no dedo indicador da enfermeira que vai
fazer a fixação da veia.

o Cuidados com armários de medicamentos:


o todos os medicamentos devem ser guardados num armário
especial;
o o armário deve ser fechado à chave e esta conservada num lugar
fora do alcance do paciente;
o as prateleiras do armário devem ser limpas e os medicamentos
arrumados em ordem alfabética, observando, se possível, a
seguinte ordem: os medicamentos de uso externo devem estar
separados dos de uso interno; os sólidos e os líquidos em
prateleiras diferentes; os venenos devem estar rotulados e
conservados longe das outras drogas em frascos fáceis de serem
distinguidos; estimulantes e drogas para uso hipodérmico devem
ser guardados em uma prateleira própria; os entorpecentes
(cocaína, morfina e ópio) devem ser conservados em uma gaveta
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separa e a chave permanecer com a enfermeira chefe do dia. Um


nota deve ser feita de cada dose retirada da gaveta, de acordo
com a lei que rege os entorpecentes. Óleos, supositórios,
antitóxicos, vacinas e extratos glandulares devem ser guardados
num compartimento especial, na geladeira ou em lugar fresco; os
vidros devem ser bem arrolhados e claramente rotulados. Os
conteúdos do armário devem ser examinados frequentemente e
devem ser notificadas as drogas que mostrarem mudança na cor,
no odor ou na consistência.

Prescrição Médica/ Observações e responsabilidade do


enfermeiro

A prescrição consiste em um plano de cuidados que o médico receita


para os pacientes internados no hospital. Esse plano de cuidados inclui
recomendação de um tipo de dieta, administração de medicamentos,
curativos.

O primeiro item da prescrição é o tipo de dieta, que pode ser livre, para
diabéticos, hipossódica, líquida completa e branda.

O segundo item consiste no intervalo de medidas dos dados vitais, que


são pulso, pressão arterial, freqüência respiratória e temperatura.

Nos itens que se seguem ocorrerá a prescrição dos medicamentos, que


podem ser vários. A prescrição de medicamentos se dá da seguinte
maneira: coloca-se o nome do fármaco, a dose, a via de administração e
o intervalo.

Nos itens finais, se houver necessidade de curativo, o médico estipula


como esse deve ser feito.

A prescrição deve ser feita diariamente pelo médico, em duas cópias:


uma vai para a equipe de administração de medicamentos e a outra é
anexada ao prontuário do paciente.

A prescrição pode ou não ser mudada, dia após dia, e, dependendo da


necessidade do paciente, podem ser acrescidos ou retirados certos
medicamentos.

Na folha de prescrição ainda consta um espaço para a estipulação do


horário de administração de medicamentos e um espaço para as
anotações das medidas dos dados vitais. No final da folha, o médico
carimba e assina.

É de suma importância que o médico prescreva com letra legível e


explique corretamente os cuidados que ele deseja que sejam
empregados no paciente, para que esse tenha recuperação satisfatória.
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Equipamentos de Enfermaria

A seguir serão listados os principais componentes desse arsenal, com


um breve comentário de suas principais aplicações:

o Agulhas:
o Agulha de 25 por 8: para injeções intramusculares;
o Agulha de 27 por 8: para injeções intramusculare;
o Agulha de 30 por 10: para diluição de medicamentos (não usada
diretamente no paciente);
o Agulha de 13 por 3: para injeções subcutâneas e intradérmicas.
o Jelco e butterfly: equipamentos utilizados em punções venosas.
Consistem de uma agulha encapada por tubo fino de plástico,
sendo que o butterfly apresenta projeções laterais. É através
dessas estruturas que o equipo se conecta com as veias.
o Equipo ( espécie de mangueira aderida ao paciente e ao soro):
o Equipo comum: conecta o soro ao paciente, através do jelco ou
butterfly;
o Equipo com saída lateral: tem a mesma finalidade do anterior,
contudo a saída lateral possibilita a administração de
medicamentos por outra via, além do soro;
o Equipo tipo bomba de infusão: permite a infusão medicamentosa,
com maior precisão;
o Equipo tipo micro-gotas: provido de um recipiente de cerca de
100 ml, esse equipamento administra micro-gotas de
medicamento em tempo adequado. É mais utilizado na
antibiótico-terapia.
o Seringas:
o Seringa tipo 1: utilizada para administrar insulina;
o Seringas tipo 5, 10 e 20: seringas maiores ( o tamanho aumenta
de acordo com o número) e para administração medicamentosa
diversa. Seringa de vidro: não utilizada no setor. Tem uso apenas
em determinados procedimentos cirúrgicos.
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Referências Bibliográficas

o FRANÇA, Júnia Lessa. Manual de Normalização; de Publicações


Técnico- ...Científicas. 3.ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1996.
191p.
o GODMAN & GILMAN. As Bases Farmacológicas da Terapêutica.
8.ed. Rio de ...Janeiro:.Guanabara Koogan, 1997. 1232p.
o KATZUNG, Bertram G. Basic & Clinical Pharmacology. 7th ed.
Stamford: Appleton ...& Lange, 1998. 1151p.
o SOUZA, Euvira de F. Novo Manual de Enfermagem;
Procedimentos e ...Cuidados.Básicos. 6.ed. Rio de Janeiro:
Cultura Médica, 1980. 491p.
o SOUZA, Euvira de F. Administração de Medicamentos e Preparo
de Soluções. 3.ed. ...Rio de Janeiro: Cultura Médica, 1978. 128p.

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