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A fruticultura se constitui a um só tempo, em uma atividade

econômica, social e alimentar.


Importância econômica
A exploração econômica de muitas fruteiras estende-se de
Norte a Sul do Brasil, outras são de cultivo limitado a pequenas
áreas.
O valor econômico da fruticultura não se situa somente na
produção de frutos para o mercado in natura, mas baseia-se
também no aproveitamento dos frutos para a industrialização,
criando riquezas e gerando o bem social.
Baseados na fruticultura, temos indústrias de vinho, de doces,
de massas, de pectinas, de refrescos, de frutos cristalizados e em
calda, de xarope, de licores, de aguardentes, de vinagres, de
sucos, etc., que dão uma idéia do potencial econômico e social
quer representa a fruticultura para nosso país.
Pela diversidade de clima, nosso país possui condições para a
exploração de plantas frutíferas de espécies e variedades as mais
diversas, de clima temperado, subtropical e tropical.
Valor social
Incalculável, pois exige a presença constante do agricultor e
ocupa mão-de-obra em grande número. Sendo um importante
fator de fixação do homem ao campo.
Valor alimentar dos frutos
Nutrição  Saúde humana é regulada pela ingestão equilibrada
de alimentos.
As frutas desempenham papel importantíssimo na saúde
humana, pois além de elementos energéticos, catalíticos, sais
minerais e vitaminas, etc., fornecem celulose (fibras) e água.
Proteínas  C, H, N e O. Polímero de aminoácidos naturais.
Carboidratos  C, H e O. Açúcares e amido. Fonte de energia.
Lipídeos  C e H. Contém ácidos graxos essenciais. Gorduras
têm função de transporte na absorção de vitaminas lipossolúveis.
Vitaminas  Vit. A, B1, B2, B6, B12, C, D, E, PP.
Fibras  Não são digestíveis. Importante para a digestão. Ajuda
na redução do colesterol e interfere na absorção de glicose. São
representadas por: celulose, lignina, gomas, mucilagem, pectina e
hemiceluloses (auxiliam na eliminação das toxinas).
Sais minerais  Funções plásticas (Ca, P), eletrolíticas (Na, K e
Cl) e catalíticas (Fe, I, Zn, Mg).
FATORES ECOLÓGICOS
Áreas de dispersão geográfica de diferentes espécies e
variedades diferem muito entre si. Portanto, deve-se conhecer as
condições de solo e clima antes de estabelecer as fruteiras.
Há espécies de ampla adaptação, outras porém limitam-se a
uma faixa devido a suas exigências específicas.
Fatores edáficos
Deve-se conhecer o solo nos diversos aspectos: físico e
químico.
Solo é uma mistura porosa de partículas inorgânicas, matéria
orgânica, ar e água.
Propriedades físicas
Afetam o teor de água e o desenvolvimento das raízes em
superfície e profundidade.
Estrutura – arranjo dos sólidos do solo.
Textura – tamanho das partículas. O volume de poros do solo é
inversamente proporcional aos diâmetro das partículas.
Drenagem
Permeabilidade – velocidade de infiltração da água no solo.
Excessiva  perda de água em profundidade e arraste de
elementos nutritivos. Escoamento lento  encharcamento, falta
de oxigênio, maior escoamento superficial (erosão).
Profundidade – árvores frutíferas  raízes profundas se não
houver obstáculos ao seu desenvolvimento normal. Distribuição
das raízes  Função da profundidade, teor de água e nutrientes.
Solos férteis com teor de água favorável - raízes mais superficiais.
Solos secos - raízes se estendem a maior profundidade.
Propriedades químicas
Reação do solo: pH.
Elementos minerais: macro e micronutrientes.
Exploração racional  Análise química e física do solo, ensaios
sobre fertilizantes para cada espécie frutífera (exigências específi-
cas) (vida útil = 10 anos ou mais).
Ex.: Excesso de Ca  afeta absorção de B ou P ou clorose (Fe,
Zn, Mn).
Excesso de K  desequilíbrio fisiológico na ausência de Mg
(Bananeira = doença azul).
Excesso de P  prejudicial ao abacaxi.
Solos são muito variáveis e deve-se então adequar a espécie
frutífera ao solo e não o contrário. O solo deve ser classificado e
identificado.
Fatores climáticos
Elementos do clima: temperatura, precipitação (chuva), umidade
relativa, luz e vento.
Grandes fatores do ambiente: solo, água (umidade), luz e
temperatura.
Solo e umidade podem ser modificados pelo homem.
Solo  adubação (melhora a fertilidade).
Umidade  irrigação (fertirrigação).
Luz
Fotossíntese  fotoassimilados  nutrição da planta e
acúmulo de reservas.
Jabuticabeira  consegue produzir à meia-sombra.
Mangueira  só frutifica à plena luz.
Luz: intensidade, qualidade e duração.
- Intensidade  indicada pelo brilho ou pela quantidade de luz
que a planta recebe. Varia de região para região. Nuvens, nevoeiro
e cerração reduzem a intensidade luminosa.
Aumento de luz provoca maior atividade fotossintética, com
acréscimo no vigor da planta, tamanho e qualidade do fruto.
A luminosidade afeta a formação das flores e frutos. Ocorre na
parte externa da planta por ser mais iluminada e arejada.
- Qualidade da luz  comprimento de onda. Alta temperatura 
maior irradiação  elevada proporção de radiação de onda curta
(ultravioleta).
- Duração da luz  afeta as plantas e os frutos. Fotoperíodo.
Plantas de dias curtos ou PNL e Plantas de dias longos ou PNC.
Algumas espécies só florescem e frutificam dentro de certo
número de horas de luz diária. Ex.:
Latitude Dia mais curto Dia mais longo
o
Equador ( 0 ) 12h 12h
o
10 11h 33min 12h 42min
o
50 8h 05min 16h 22min

Chuvas
Quantidade e distribuição.
Quantidade de água armazenada no solo varia com o tipo do
terreno, topografia, profundidade e temperatura.
Exigência em água varia com a idade da planta e espécie.
Folhas: 35 a 95 % de água
Raízes: 60 a 90 % de água
Frutos carnosos: 70 a 90 % de água
Lenho fresco: 38 a 65 % de água
Sementes (secas): 10 a 20 % de água
Água  absorção de sais minerais, elaboração de carboidratos
(fotossíntese).
↓ H2O na frutificação  queda elevada de frutos.
Quantidade de matéria seca produzida  relacionada com
quantidade da água absorvida.
Transpiração  estômatos (CO2)  Fotossíntese.
Intensidade da transpiração  relacionada com teor de
umidade do solo, estádio da planta, UR, temperatura e intensidade
luminosa.
Espécies frutíferas se comportam diferentemente quanto à
exigência de água durante os meses do ano. Ex.:
Espécies tropicais:
banana  ritmo de desenvolvimento contínuo se houver
umidade;
manga  não frutifica bem com chuvas durante o
florescimento.
Espécies de clima temperado: período de repouso 
dispensam precipitações.
Espécies de clima subtropical: De folhas persistentes (citros) 
necessitam de um período de paralisação de suas atividades, que
coincide com a estação seca e fria.
Estudo do balanço hídrico: auxilia na escolha da região mais
favorável ao cultivo de cada espécie.
Teor de umidade do solo: equilíbrio entre precipitação,
evaporação e transpiração.
Solos: diferentes capacidades de retenção de água (argiloso,
arenoso, textura média).
CC  Ponto de murchamento.
Elevada precipitação nem sempre indica que uma região se
encontra livre de seca. Observar bem as condições climáticas da
região para se traçar um bom plano de irrigação.
Temperatura
Influencia as plantas de várias maneiras. (4o a 36oC)
Processos biológicos: dormência, florescimento, fecundação,
frutificação, maturação e qualidade de frutos dependem, cada um
a seu tempo de determinado grau de calor. Cor e sabor de frutos.
Temperatura não necessita ser contínua. Fruteiras em geral,
frutificam melhor quando a temp. noturna for menor que a diurna.
Espécies de clima temperado: exigem baixa temp. no inverno 
queda de folhas e repouso  reorganiza e armazena substâncias
para o próximo período vegetativo.
Espécies de clima tropical: baixa temperatura  queima de
folhas e morte de células.
Espécies de folhas persistentes não se aclimatam a baixas
temperaturas, mas necessitam de um período seco ou de temp.
amena para reorganizar suas atividades biológicas.
Umidade relativa
Teor de vapor de água na atmosfera  importante na produção
e qualidade de frutos.
UR é máxima à noite e mínima por volta das 14 horas.
Regiões secas ou desérticas: UR ≈ 0 % e em regiões úmidas:
UR ≈ 100 %.
Ambiente seco durante o florescimento e a frutificação, pode
dificultar a germinação do grão de pólen (dessecação do pistilo).
A UR ou déficit de saturação tem influência muito grande no
desenvolvimento vegetal e no estado fitossanitário.
Temp. elevada, associada a ventos constantes e baixa UR,
causa dessecação dos tecidos, pela transpiração excessiva, e
impede o desenvolvimento do vegetal.
Ventos
O vento (movimento do ar) ao remover o ar úmido próximo da
copa, favorece a transpiração.
A presença de vento, sua freqüência, intensidade e direção são
elementos importantes a serem estudados em cada região.
Ventos intensos causam perda de umidade (solo e planta) e
favorecem dispersão de organismos patogênicos, sementes e
pólen. São sempre prejudiciais. Pode até impedir cultivo.
Métodos para se atenuar o efeito dos ventos: quebra-vento;
escolha da face do terreno menos exposta ao vento; tutoramento;
escolha de porta-enxerto; espécie de crescimento lento; espécie
de pequeno porte; sistema de condução por poda.
Os ventos podem ser quentes ou frios; secos ou úmidos.
Ex.: América Central: tutoramento das bananeiras.
Ilhas Canárias: quebra-ventos construídos de pedra.
Região litorânea de SP: prejuízo no bananal, em certas épocas
do ano, causado por um vento quente e seco.
Região mediterrânea: ventos quentes e secos provenientes do
deserto causam efeitos desastrosos em Israel e Argélia.
Estados PR e SP: ventos frios e intensos do Sul causam
prejuízos elevados (geada negra) – dessecação das folhas e às
vezes queima.
Califórnia: quebra-ventos. Pomares de citros protegidos iniciam
sua produção precocemente.
Ventos dominantes chegam a provocar alteração no porte e
forma da copa.

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