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Nome: FRANCISCO DE ASSIS DE SENA BERTOLDO


Email: senabertoldo@yahoo.com.br
Data: 13/01/2011

Material de Estudo para o curso de DIREITO DA CRIANÇA E DO


ADOLESCENTE

1 - A palavra direito possui mais de um significado: sistema de normas de conduta imposto por um conjunto
de instituições para regular as relações sociais
2 - O que os juristas chamam de direito objetivo, a que os leigos se referem quando dizem "o direito proíbe a
poligamia". Neste sentido, equivale ao conceito de "ordem jurídica".

Este significado da palavra pode ter outras ramificações:

3 - Como o sistema ou conjunto de normas jurídicas de um determinado país ou jurisdição ("o direito
português");
4 - Como o conjunto de normas jurídicas de um determinado ramo do direito ("o direito penal", "o direito de
família").
5 - Faculdade concedida a uma pessoa para mover a ordem jurídica a favor de seus interesses:o que os
juristas chamam de direitos subjetivos, a que os leigos se referem quando dizem "eu tenho o direito de falar o
que eu quiser" ou "ele tinha direito àquelas terras".
6 - Ramo das ciências sociais que estuda o sistema de normas que regulam as relações sociais: o que os
juristas chamam de ciência do direito, a que os leigos se referem quando dizem "eu preciso estudar direito
comercial para conseguir um bom emprego".
7 - O direito é tradicionalmente dividido em ramos, como o direito civil, direito penal, direito comercial, direito
constitucional, direito administrativo e outros, cada um destes responsável por regular as relações
interpessoais nos diversos aspectos da vida em sociedade. O Direito Militar, por exemplo, é um dos ramos
mais antigos do Direito.
8 - No mundo, cada Estado adota um direito próprio ao seu país, donde de fala em "direito brasileiro", direito
português”, "direito chinês" e outros. Aqueles "direitos nacionais" costumam ser reunidos pelos juristas em
grandes grupos: os principais são o grupo dos direitos de origem romano-germânica (com base no antigo
direito romano.
9 - Há também direitos supranacionais, como o direito da União Européia. Por sua vez, o direito internacional
regula as relações entre Estados no plano internacional.
História
10 - A norma do direito, chamada "norma jurídica", difere das demais, porém, por dirigir-se à conduta externa
do indivíduo, exigindo-lhe que faça ou deixe de fazer algo, objetivamente, e atribuindo responsabilidades,
direitos e obrigações. Compare-se com as normas morais e religiosas, dirigidas precipuamente à intenção
interna, ao processo psicológico.
11 - Outra característica a distinguir a norma jurídica é a existência de uma sanção obrigatória para o caso
de seu descumprimento, imposta por uma autoridade constituída pela sociedade organizada, enquanto que a
sanção aplicada pelo descumprimento da regra moral não é organizada, sendo, ao revés, difusa por toda a
sociedade.
12 - Nem toda norma de conduta, portanto, é jurídica. A sociedade atribui a proteção máxima do direito a
apenas alguns valores que ela julga essenciais e que os juristas chamam de "o mínimo ético".
13 - As normas jurídicas têm por objetivo criar direitos e obrigações para pessoas, quer sejam pessoas
naturais, quer pessoas jurídicas. Isto não significa que o direito não discipline as coisas e os animais, por
exemplo, mas o faz com o propósito de proteger direitos ou gerar obrigações para pessoas, ainda que,
modernamente, o interesse protegido possa ser o de toda uma coletividade ou, até mesmo, da humanidade
abstratamente.
14 - As normas do direito são criadas, modificadas e extintas por meio de certos tipos de atos, chamados
pelos juristas de fontes do direito.
15 - Jurisprudência: conjunto de interpretações das normas do direito proferidas pelo poder Judiciário.
16 - Os princípios gerais de direito: são os princípios mais gerais de ética social, direito natural ou axiologia
jurídica, deduzidos pela razão humana, baseados na natureza racional e livre do homem e que constituem o
fundamento de todo o sistema jurídico.

O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA

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17 - O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA - é um conjunto de normas do ordenamento jurídico


brasileiro que tem o objetivo de proteger a integridade da criança e do adolescente.
18 - O ECA foi instituído pela Lei 8.069 de 13 de julho de 1990 e representa um avanço no direito das
pessoas ao explicitar os princípios da proteção integral e da prioridade absoluta, já previstos na Constituição
Federal de 1988, que elevou a criança e o adolescente a preocupação central da sociedade e orientar a
criação de políticas públicas em todas as esferas de governo (União, Estados , Distrito Federal e
Municípios), mediante a criação de conselhos paritários (igual número de representantes do Estado e da
sociedade civil organizada).
19 - Nos termos do art. 2º da Lei 8.069/90, considera-se criança, a pessoa até 12 (doze) anos de idade
incompletos, e adolescente aquela entre 12 (doze) e 18 (dezoito) anos de idade. Nos casos expressos em lei,
aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
20 - O Estatuto da Criança e do Adolescente resgata juridicamente a cidadania e a atenção universalizada a
todas as crianças e adolescentes e respeita as normativas internacionais:
21 - Declaração dos Direitos da Criança (Resolução 1.386 da ONU - 20 de novembro de 1959);
22 - Regras mínimas das Nações Unidas para administração da Justiça da Infância e da Juventude - Regras
de Beijing (Resolução 40/33 - ONU - 29 de novembro de 1985);
23 - Diretrizes das Nações Unidas para prevenção da Delinqüência Juvenil - diretrizes de Riad (ONU - 1 de
março de 1988 - Riade).
24 - Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
25 - Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas
entre dezoito e vinte e um anos de idade.
26 - O Estatuto da Criança e do Adolescente introduziu em 1990 muitas mudanças significativas em relação à
legislação anterior, o chamado Código de Menores, instituído em 1979. Crianças e adolescentes passam a
ser considerados cidadãos, com direitos pessoais e sociais garantidos, desafiando os governos municipais a
implementarem políticas públicas especialmente dirigidas a esse segmento

Base da doutrina
27 - A lei assegura os direitos de todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de qualquer tipo, que
são livres.

Concepção político-social
28 - Instrumento de desenvolvimento social, garantindo proteção especial àquele segmento considerado
pessoal e socialmente mais sensível.
29 - Infração - Os casos de infração que não impliquem grave ameaça podem ser beneficiados pela remissão
(perdão) como forma de exclusão ou suspensão do processo. (art. 126)

Apreensão
30 - Restringe a apreensão apenas a dois casos:
31 - Ordem expressa e fundamentada do juiz (art. 171)
32 - Flagrante de ato infracional (art. 172)
33 - Internamento: - Medida só aplicável a adolescentes infratores, obedecidos os princípios de brevidade,
excepcionalidade e respeito à sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. (art. 121)

Crimes e infrações cometidas contra crianças e adolescentes


35 - Pune o abuso do poder familiar, das autoridades e dos responsáveis pelas crianças e adolescentes. Nao
bater nos filhos por que pode pegar mais anos de cadeia
36 - Políticas públicas: Políticas sociais básicas; Políticas de assistência; Serviços de proteção e defesa
das crianças e adolescentes vitimizados; Proteção jurídico-social; Proteção a criança é prioridade
37 - Mecanismos de participação :Institui instâncias colegiadas de participação nos níveis federal, estadual e
municipal (conselhos paritários Estado-sociedade
38 - A Constituição brasileira promulgada em 1988 é anterior à Convenção sobre os Direitos da Criança
adotada pela Assembléia Geral das Nações unidas em 20 de novembro de 1989, ratificada pelo Brasil em 24
de setembro de 1990, e com vigência internacional em outubro de 1990, o que demonstra a sintonia dos
constituintes brasileiros com toda a discussão de âmbito internacional existida naquele momento, sobre a
normativa para a criança e a adoção do novo paradigma, o que levou o Brasil a se tornar o primeiro país a
adequar a legislação interna aos princípios consagrados pela Convenção das Nações Unidas, até mesmo
antes da vigência obrigatória daquela, uma vez que o Estatuto da Criança e do Adolescente é de 13 de julho
de 1990.
39 - Com o peso de mais de um milhão de assinaturas, que não deixavam sombra de dúvida quanto ao
anseio da população por mudanças e pela remoção daquilo que se tornou comum denominar «entulho

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autoritário» – que nessa área se identificava com o Código de Menores – a Assembléia Nacional Constituinte
referendou a emenda popular que inscreveu na Constituição Brasileira de 1988 o artigo 227, do qual o
Estatuto da Criança e do Adolescente é a posterior regulamentação (PAIVA, 2004, p. 2).
40 - Mais do que uma mudança pontual na legislação, circunscrita à área da criança e do adolescente, a
Constituição da República e, depois, o Estatuto da Criança e do Adolescente são a expressão de um novo
projeto político de nação e de País.
41 - Mas o que representou de fato a adoção desse novo paradigma? Inaugurou-se no País uma forma
completamente nova de se perceber a criança e o adolescente e que vem, ao longo dos anos, sendo
assimilada pela sociedade e pelo Estado. Isso porque a realidade não se altera num único momento, ainda
mais quando o que se propõe é uma profunda mudança cultural, o que certamente não se produz numa única
geração.
42 - Tinha-se, até então, no Brasil, duas categorias distintas de crianças e adolescentes. Uma, a dos filhos
socialmente incluídos e integrados, a que se denominava «crianças e adolescentes». A outra, a dos filhos
dos pobres e excluídos, genericamente denominados «menores», que eram considerados crianças e
adolescentes de segunda classe. A eles se destinava a antiga lei, baseada no «direito penal do menor» e na
«doutrina da situação irregular».
43 - Essa doutrina definia um tipo de tratamento e uma política de atendimento que variavam do
assistencialismo à total segregação e onde, via de regra, os «menores» eram simples objetos da tutela do
Estado, sob o arbítrio inquestionável da autoridade judicial. Essa política fomentou a criação e a proliferação
de grandes abrigos e internatos, onde ocorriam toda a sorte de violações dos direitos humanos.
44 - Uma estrutura verdadeiramente monstruosa, que logrou cristalizar uma cultura institucional perversa cuja
herança ainda hoje se faz presente e que temos dificuldade em debelar completamente.
45 - A partir da Constituição de 1988 e do Estatuto da Criança e do Adolescente, as crianças brasileiras,
sem distinção de raça, classe social, ou qualquer forma de discriminação, passaram de objetos a serem
«sujeitos de direitos», considerados em sua «peculiar condição de pessoas em desenvolvimento» e a quem
se deve assegurar «prioridade absoluta» na formulação de políticas públicas e destinação privilegiada de
recursos nas dotações orçamentárias das diversas instâncias político-administrativas do País.
46 - Outros importantes preceitos do Estatuto da Criança e do Adolescente, que marcam a ruptura com o
velho paradigma da situação irregular são: a prioridade do direito à convivência familiar e comunitária e,
conseqüentemente, o fim da política de abrigamento indiscriminado; a priorização das medidas de proteção
sobre as socioeducativas, deixando-se de focalizar a política da infância nos abandonados e delinqüentes; a
integração e a articulação das ações governamentais e não-governamentais na política de atendimento; a
garantia de devido processo legal e da defesa ao adolescente a quem se atribua a autoria de ato infracional ;
e a municipalização do atendimento; só para citar algumas das alterações mais relevantes.
47 - Emilio García Méndez afirma que a ruptura substancial com a tradição do menor latino-americana se
explica fundando-se na dinâmica particular que regeu os três atores fundamentais no Brasil da década de 80:
os movimentos sociais, as políticas públicas e o mundo jurídico (MÉNDEZ, 1998, p. 114).
48 - Outra conseqüência dos avanços trazidos pela Constituição da República (1988), pela Convenção sobre
dos Direitos da Criança (1989) e pelo próprio Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) e, no âmbito
local, também pela Lei Orgânica do Distrito Federal (1993) é a substituição do termo «menor» por «criança»
e «adolescente». Isso porque a palavra «menor» traz uma idéia de uma pessoa que não possui direitos.
49 - Assim, apesar de o termo «menor» ser normalmente utilizado como abreviação de «menor de idade», foi
banido do vocabulário de quem defende os direitos da infância, pois remete à «doutrina da situação irregular»
ou do «direito penal do menor», ambas superadas.
50 - Além disso, possui carga discriminatória negativa por quase sempre se referir apenas a crianças e
adolescentes autores de ato infracional ou em situação de ameaça ou violação de direitos. Os termos
adequados são criança, adolescente, menino, menina, jovem.

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