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1 - A palavra direito possui mais de um significado: sistema de normas de conduta imposto por um conjunto
de instituições para regular as relações sociais
2 - O que os juristas chamam de direito objetivo, a que os leigos se referem quando dizem "o direito proíbe a
poligamia". Neste sentido, equivale ao conceito de "ordem jurídica".
3 - Como o sistema ou conjunto de normas jurídicas de um determinado país ou jurisdição ("o direito
português");
4 - Como o conjunto de normas jurídicas de um determinado ramo do direito ("o direito penal", "o direito de
família").
5 - Faculdade concedida a uma pessoa para mover a ordem jurídica a favor de seus interesses:o que os
juristas chamam de direitos subjetivos, a que os leigos se referem quando dizem "eu tenho o direito de falar o
que eu quiser" ou "ele tinha direito àquelas terras".
6 - Ramo das ciências sociais que estuda o sistema de normas que regulam as relações sociais: o que os
juristas chamam de ciência do direito, a que os leigos se referem quando dizem "eu preciso estudar direito
comercial para conseguir um bom emprego".
7 - O direito é tradicionalmente dividido em ramos, como o direito civil, direito penal, direito comercial, direito
constitucional, direito administrativo e outros, cada um destes responsável por regular as relações
interpessoais nos diversos aspectos da vida em sociedade. O Direito Militar, por exemplo, é um dos ramos
mais antigos do Direito.
8 - No mundo, cada Estado adota um direito próprio ao seu país, donde de fala em "direito brasileiro", direito
português”, "direito chinês" e outros. Aqueles "direitos nacionais" costumam ser reunidos pelos juristas em
grandes grupos: os principais são o grupo dos direitos de origem romano-germânica (com base no antigo
direito romano.
9 - Há também direitos supranacionais, como o direito da União Européia. Por sua vez, o direito internacional
regula as relações entre Estados no plano internacional.
História
10 - A norma do direito, chamada "norma jurídica", difere das demais, porém, por dirigir-se à conduta externa
do indivíduo, exigindo-lhe que faça ou deixe de fazer algo, objetivamente, e atribuindo responsabilidades,
direitos e obrigações. Compare-se com as normas morais e religiosas, dirigidas precipuamente à intenção
interna, ao processo psicológico.
11 - Outra característica a distinguir a norma jurídica é a existência de uma sanção obrigatória para o caso
de seu descumprimento, imposta por uma autoridade constituída pela sociedade organizada, enquanto que a
sanção aplicada pelo descumprimento da regra moral não é organizada, sendo, ao revés, difusa por toda a
sociedade.
12 - Nem toda norma de conduta, portanto, é jurídica. A sociedade atribui a proteção máxima do direito a
apenas alguns valores que ela julga essenciais e que os juristas chamam de "o mínimo ético".
13 - As normas jurídicas têm por objetivo criar direitos e obrigações para pessoas, quer sejam pessoas
naturais, quer pessoas jurídicas. Isto não significa que o direito não discipline as coisas e os animais, por
exemplo, mas o faz com o propósito de proteger direitos ou gerar obrigações para pessoas, ainda que,
modernamente, o interesse protegido possa ser o de toda uma coletividade ou, até mesmo, da humanidade
abstratamente.
14 - As normas do direito são criadas, modificadas e extintas por meio de certos tipos de atos, chamados
pelos juristas de fontes do direito.
15 - Jurisprudência: conjunto de interpretações das normas do direito proferidas pelo poder Judiciário.
16 - Os princípios gerais de direito: são os princípios mais gerais de ética social, direito natural ou axiologia
jurídica, deduzidos pela razão humana, baseados na natureza racional e livre do homem e que constituem o
fundamento de todo o sistema jurídico.
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Base da doutrina
27 - A lei assegura os direitos de todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de qualquer tipo, que
são livres.
Concepção político-social
28 - Instrumento de desenvolvimento social, garantindo proteção especial àquele segmento considerado
pessoal e socialmente mais sensível.
29 - Infração - Os casos de infração que não impliquem grave ameaça podem ser beneficiados pela remissão
(perdão) como forma de exclusão ou suspensão do processo. (art. 126)
Apreensão
30 - Restringe a apreensão apenas a dois casos:
31 - Ordem expressa e fundamentada do juiz (art. 171)
32 - Flagrante de ato infracional (art. 172)
33 - Internamento: - Medida só aplicável a adolescentes infratores, obedecidos os princípios de brevidade,
excepcionalidade e respeito à sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. (art. 121)
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autoritário» – que nessa área se identificava com o Código de Menores – a Assembléia Nacional Constituinte
referendou a emenda popular que inscreveu na Constituição Brasileira de 1988 o artigo 227, do qual o
Estatuto da Criança e do Adolescente é a posterior regulamentação (PAIVA, 2004, p. 2).
40 - Mais do que uma mudança pontual na legislação, circunscrita à área da criança e do adolescente, a
Constituição da República e, depois, o Estatuto da Criança e do Adolescente são a expressão de um novo
projeto político de nação e de País.
41 - Mas o que representou de fato a adoção desse novo paradigma? Inaugurou-se no País uma forma
completamente nova de se perceber a criança e o adolescente e que vem, ao longo dos anos, sendo
assimilada pela sociedade e pelo Estado. Isso porque a realidade não se altera num único momento, ainda
mais quando o que se propõe é uma profunda mudança cultural, o que certamente não se produz numa única
geração.
42 - Tinha-se, até então, no Brasil, duas categorias distintas de crianças e adolescentes. Uma, a dos filhos
socialmente incluídos e integrados, a que se denominava «crianças e adolescentes». A outra, a dos filhos
dos pobres e excluídos, genericamente denominados «menores», que eram considerados crianças e
adolescentes de segunda classe. A eles se destinava a antiga lei, baseada no «direito penal do menor» e na
«doutrina da situação irregular».
43 - Essa doutrina definia um tipo de tratamento e uma política de atendimento que variavam do
assistencialismo à total segregação e onde, via de regra, os «menores» eram simples objetos da tutela do
Estado, sob o arbítrio inquestionável da autoridade judicial. Essa política fomentou a criação e a proliferação
de grandes abrigos e internatos, onde ocorriam toda a sorte de violações dos direitos humanos.
44 - Uma estrutura verdadeiramente monstruosa, que logrou cristalizar uma cultura institucional perversa cuja
herança ainda hoje se faz presente e que temos dificuldade em debelar completamente.
45 - A partir da Constituição de 1988 e do Estatuto da Criança e do Adolescente, as crianças brasileiras,
sem distinção de raça, classe social, ou qualquer forma de discriminação, passaram de objetos a serem
«sujeitos de direitos», considerados em sua «peculiar condição de pessoas em desenvolvimento» e a quem
se deve assegurar «prioridade absoluta» na formulação de políticas públicas e destinação privilegiada de
recursos nas dotações orçamentárias das diversas instâncias político-administrativas do País.
46 - Outros importantes preceitos do Estatuto da Criança e do Adolescente, que marcam a ruptura com o
velho paradigma da situação irregular são: a prioridade do direito à convivência familiar e comunitária e,
conseqüentemente, o fim da política de abrigamento indiscriminado; a priorização das medidas de proteção
sobre as socioeducativas, deixando-se de focalizar a política da infância nos abandonados e delinqüentes; a
integração e a articulação das ações governamentais e não-governamentais na política de atendimento; a
garantia de devido processo legal e da defesa ao adolescente a quem se atribua a autoria de ato infracional ;
e a municipalização do atendimento; só para citar algumas das alterações mais relevantes.
47 - Emilio García Méndez afirma que a ruptura substancial com a tradição do menor latino-americana se
explica fundando-se na dinâmica particular que regeu os três atores fundamentais no Brasil da década de 80:
os movimentos sociais, as políticas públicas e o mundo jurídico (MÉNDEZ, 1998, p. 114).
48 - Outra conseqüência dos avanços trazidos pela Constituição da República (1988), pela Convenção sobre
dos Direitos da Criança (1989) e pelo próprio Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) e, no âmbito
local, também pela Lei Orgânica do Distrito Federal (1993) é a substituição do termo «menor» por «criança»
e «adolescente». Isso porque a palavra «menor» traz uma idéia de uma pessoa que não possui direitos.
49 - Assim, apesar de o termo «menor» ser normalmente utilizado como abreviação de «menor de idade», foi
banido do vocabulário de quem defende os direitos da infância, pois remete à «doutrina da situação irregular»
ou do «direito penal do menor», ambas superadas.
50 - Além disso, possui carga discriminatória negativa por quase sempre se referir apenas a crianças e
adolescentes autores de ato infracional ou em situação de ameaça ou violação de direitos. Os termos
adequados são criança, adolescente, menino, menina, jovem.
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