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NEOPLASIA INFANTIL
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Como escrever a fonte? Autor do texto em livro atribuído a outros autores. Moasser,
2007 – p. 75 – McPhee e Ganong).
tecidual ou pela sua localização anatômica. (Moasser, 2007 – p. 75 – McPhee e
Ganong2).
A mais ampla classificação dos tumores repousa sobre a caracterização
mais fundamental dos tipos celulares baseada nas suas origens
embriológicas primitivas. Durante o desenvolvimento embrionário inicial, três
linhagens de células são estabelecidas: ectoderma, endoderma e
mesoderma. Todas as células subseqüentes, incluindo-se as tumorais
adultas, podem ser seguidas até uma dessas três origens. Assim, os
tumores são amplamente classificados na categoria dos carcinomas, caso
eles se originem de tecidos ectodérmicos ou endodérmicos; ou como
sarcoma, caso eles se originem dos tecidos mesodérmicos (Moasser,
2007 – p. 81 – McPhee e Ganong).
1.2 Incidência
As neoplasias na infância são raras, porém, encontram-se em segundo lugar como causa de morte entre crianças
de um a quinze anos nos países desenvolvidos. No Brasil, são a quinta causa de óbito em dados estatísticos do
ano de 1994 (Sarmento, 2007).
O câncer é a principal causa de morte por doença e a segunda causa de morte em geral, depois do tracr crianças
com idade entre 1 e 14 anos. Há uma es:z de 8.800 novos casos de câncer em crianças nos 1:
-
Unidos em 1997, com uma estimativa de 1.700 ir das quais um terço será atribuído à leucemia3 (Tecklin, 2002).
Os cânceres mais freqüentes da infância originam-se no sistema
hematopoético, no sistema nervoso (incluindo o central e o sistema nervoso
simpático, medula adrenal e retina), tecidos moles e rins. Isso está em nítido
contraste com os adultos, nos quais os sítios mais comuns de tumores são a pele,
o pulmão, a mama, a próstata e o cólon. As neoplasias que exibem nítidos picos
de incidência em crianças com menos de 10 anos de idade incluem: (1)
leucemia, principalmente a leucemia linfoblástica aguda), (2) neuroblastoma, (3)
tumor de Wilms, (4) hepetoblastoma, (5) retinoblastoma, (6) rabdomiossarcoma,
(7) teratoma, (8) sarcoma de Ewing, e, finalmente, neoplasias da fossa posterior
— principalmente (9) astrocitoma juvenil, (10) meduloblastoma e (11) epen-
dimoma. Ocorrem também outras formas de câncer na infância, porém não
apresentam o mesmo nítido pico inicial. A idade de distribuição desses cânceres
está aproximadamente indicada na Tabela 10-9. Dentro desse largo campo, a
leucemia sozinha responde por mais mortes em crianças mais jovens de 15 anos
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Necessário colocar neste parágrafo já que todo o texto foi reformulado?
do que todos os tumores combinados (Robbins e Cotrin, ).
Assim como em países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte
por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, para todas as regiões (INCA, 2009).
Estima-se que, para o Brasil, no ano de 2010, ocorrerão 375.420 casos novos de
câncer, à exceção dos tumores de pele não melanoma. Como o percentual mediano dos
tumores pediátricos observados nos RCBP brasileiros encontra-se próximo de 2,5%,
depreende-se, portanto, que ocorrerão cerca de 9.386 casos novos de câncer em
crianças e adolescentes até os 18 anos.
Para o cálculo do número estimado de tumores pediátricos para o ano de 2010 optou-se
por considerar apenas os valores estimados para todas as neoplasias, sem incluir os
tumores de pele não melanoma, justificado por sua magnitude em adultos diferir tanto
da observada em crianças e adolescentes.
Comentários:
Dos cânceres infantis, a leucemia é o tipo mais frequente na maioria das populações,
correspondendo entre 25% e 35% de todos os tipos, com exceção da Nigéria, onde esse
percentual é de 45%. Dentre todas as Leucemias, a Leucemia Linfoide Aguda (LLA) é de
maior ocorrência em crianças de 0 a 14 anos. Os Linfomas correspondem ao terceiro tipo
de câncer mais comum em países desenvolvidos. Já nos países em desenvolvimento
correspondem ao segundo lugar, ficando atrás apenas das leucemias. Entre os Linfomas,
o mais incidente na infância é o Linfoma não Hodgkin. Destes, o mais comum em
crianças é o Linfoma de Burkitt. Os tumores do sistema nervoso central ocorrem
principalmente em crianças menores de 15 anos, com um pico na idade de 10 anos.
Estima-se que cerca de 8% a 15% das neoplasias pediátricas são representadas por esse
grupo, sendo o mais frequente tumor sólido na faixa etária pediátrica. Os tumores do
sistema nervoso simpático são responsáveis por 7,8% de todos os cânceres em crianças
menores de 15 anos de idade, sendo o neuroblastoma o mais frequente. O
retinoblastoma é responsável por cerca de 2% a 4% dos tumores infantis. Os tumores
renais representam cerca de 5% a 10% de todas as neoplasias infantis, sendo que o
mais frequente, cerca de 95%, é do tipo embrionário denominado nefroblastoma ou
tumor de Wilms. Os tumores hepáticos são raros nas crianças, sendo o hepatoblastoma o
mais frequente, e sua ocorrência é maior antes dos 5 anos de idade. Os tumores ósseos
têm sua maior ocorrência nos adolescentes, sendo os mais frequentes o tumor de Ewing
e o osteossarcoma. Os sarcomas de partes moles correspondem de 4% a 8% de todas as
neoplasias malignas na infância, sendo o rabdmiossarcoma (RMS) o tipo mais frequente.
As neoplasias de células germinativas, trofoblásticas e outras gonadais consistem em um
grupo heterogêneo com diversas localizações e tipos histológicos, são tumores raros que
correspondem de 2% a 4% de todos os tumores da infância. A ocorrência de carcinoma
em crianças e adolescentes é rara, correspondendo a cerca de 2% dos casos (INCA,
2010).
1.3.1 Leucemias
1.3.4 * Meduloblastoma
1.3.6 Neuroblastoma
1.3.7 Osteossarcoma
1.3.8 Retinoblastoma
Mestástases
As metástases, que consistem na formação de uma nova lesão a partir de uma já
existente, embora sem continuidade entre as duas, geralmente se configuram como
a causa da morte do paciente. Entre as mais comuns, estão:
- fígado: massa única ou multifocal;
- pulmão: micronódulos, massas com aspecto de bolsa de canhão, derrame pleural
hemorrágico. Linfagite;
- SNC: uni ou multifocais.
(Nelson Aquino de Carvalho e Agnes Barbosa de Almeida Carvalho, 2010 in:
Câncer: uma visão multiprofissional).
Recidivas
As recidivas, ou retorno da atividade da doença, muitas vezes consistem em um
fortíssimo abalo nas estruturas psicológicas da família, que, já fragilizadas com o
tratamento da primeira evidência do tumor, estavam começando a se recompor,
agora que a criança parecia saudável.
No entanto, embora seja terrível saber que as recidivas costumam ter uma
gravidade maior, apresentem uma resposta menos duradoura ao tratamento e que,
quanto mais precoce for a recidiva, mais sombrio é o prognóstico, sempre deve
haver esperança no tratamento.
(Nelson Aquino de Carvalho e Agnes Barbosa de Almeida Carvalho, 2010 in:
Câncer: uma visão multiprofissional).
Formas de Tratamento
As formas de tratamento do câncer infantil consistem basicamente em cirurgia,
radioterapia, quimioterapia e transplante.
(Nelson Aquino de Carvalho e Agnes Barbosa de Almeida Carvalho, 2010 in:
Câncer: uma visão multiprofissional).
Cirurgia
A cirurgia, uma intervenção manual ou instrumental do paciente, pode ocorrer por
meio de:
- biópsia incisional;
- biópsia excisional;
- amputação;
- exenteração de órbita, de pelve, de membros;
- cirurgia reparadora.
(Nelson Aquino de Carvalho e Agnes Barbosa de Almeida Carvalho, 2010 in:
Câncer: uma visão multiprofissional).
Radioterapia
A radioterapia, tratamento oncológico realizado por meio de radiação ionizante,
divide-se em: convencional e estereotáxica.
(Nelson Aquino de Carvalho e Agnes Barbosa de Almeida Carvalho, 2010 in:
Câncer: uma visão multiprofissional).
Quimioterapia
A quimioterapia consiste em um método de tratamento que utiliza compostos
químicos, ou quimioterápicos, no tratamento do câncer. Ela se divide em:
- indução;
- consolidação;
- manutenção;
- neoadjuvante;
- adjuvante;
- paliativa;
- de resgate ou salvação.
(Nelson Aquino de Carvalho e Agnes Barbosa de Almeida Carvalho, 2010 in:
Câncer: uma visão multiprofissional).
Transplantes
- autólogo;
- heterólogo;
- células-tronco.
Equipe multiprofissional
O conceito de equipe multiprofissional vem do fato de que, com o aumento dos
conhecimentos técnico-científicos, métodos de pesquisas modernos, informações
em tempo real e mundial, não é mais possível, nem necessário que o médico
trabalho sozinho. O médico cuida das doenças e de suas intercorrências. O
psicólogo, por exemplo, cuida dos fantasmas produzidos pelas doenças e trabalha
como uma ponte entre o médico, a família e o paciente. E o líder espiritual cuida da
alma, do porvir, das perguntas embaraçosas: Porque meu filho? Para onde ele vai
se morrer? Quem foi o culpado pela doença da minha filha?
Levando-se em consideração a gravidade dos efeitos que a notícia da doença e as
implicações do tratamento causam, não só nos pacientes, como também nos
familiares e amigos, há a necessidade imperativa de que, além de um exaustivo
treinamento da equipe multidisciplinar visando competência e exímia qualidade no
atendimento técnico em ambulatório e hospital, o corpo de profissionais que
integram a equipe tenham uma formação humanitária. Esse nicho de clientes em
particular exige, além de sapiência, envolvimento verdadeiro, digno, respeitoso e
comprometido.
(Nelson Aquino de Carvalho e Agnes Barbosa de Almeida Carvalho, 2010 in:
Câncer: uma visão multiprofissional).
4 PROPOSTAS CINESIOTERAPÊUTICAS