Sie sind auf Seite 1von 70

Manual de Formação

Segurança e Saúde no Trabalho na Construção Civil


(Nível 1)
2018
ÍNDICE

INTRODUÇÃO .........................................................................................................................5

1 – RISCOS E VÍTIMAS DE ACIDENTES MAIS COMUNS NAS INDÚSTRIAS DE


CONSTRUÇÃO CIVIL PORTUGUESAS .................................................................................7

2 – CUSTOS DOS ACIDENTES DE TRABALHO ...................................................................8

3 - RESPONSABILIDADE DOS EMPREGADORES NO AMBIENTE DE TRABALHO ..........9

SEGURANÇA E SAÚDE NOS LOCAIS DE TRABALHO......................................................11

1 – O que é um local de trabalho?....................................................................................11

ESCAVAÇÕES, ENTIVAÇÕES E EXPLOSÕES ...................................................................12

1. Princípio Básico de Segurança que deve ser adoptado ............................................12


2. Prioridade na Implantação das Medidas......................................................................12
3. ESCAVAÇÕES................................................................................................................13
3.1 O que é uma escavação? ...........................................................................................13
3.2 PRINCIPAIS TIPOS DE ESCAVAÇÕES ....................................................................13
3.3 RISCOS E PERIGOS COMUNS ................................................................................15
3.4 Medidas Preventivas...................................................................................................16
3.5 Principais causas de desmoronamento ......................................................................23
3.5.1 Cenários de rotura ...................................................................................................24
3.6 PRINCIPAIS MEIOS DE PROTECÇÃO NAS ESCAVAÇÕES ...................................25
3.7 Sinalização em Escavações .......................................................................................28
4. ENTIVAÇÕES..................................................................................................................28
4.1 Entivação de acordo com o Decreto nº 41821............................................................29
4.2 Características mínimas das madeiras .......................................................................30

5. ESCUDOS OU CAIXAS PARA TRINCHEIRAS..............................................................31


6. SOCALCOS ....................................................................................................................32
7. Regras de segurança.....................................................................................................34
8. EXPLOSÕES...................................................................................................................38
9. TRABALHO EM ALTURA...............................................................................................42
9.1 As escadas .................................................................................................................46
9.2 . Os andaimes.............................................................................................................49

10. MÁQUINAS E FERRAMENTAS: CONSELHOS GERAIS ...............................................53

11. EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL..........................................................56

12. MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS......................................................................................64

13. SINALIZAÇÃO DOS RISCOS PARA A SEGURANÇA E A SAÚDE...............................65

14. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL .............................................................................................68

15. CONCLUSÃO...................................................................................................................68
Introdução

No decorrer da sua vida o homem procura a satisfação de necessidades de ordem


diversa, umas primárias ou essenciais à sobrevivência, tais como a alimentação,
vestuário, protecção e segurança, outras secundárias, tais como estímulos de diversa
ordem, reconhecimento social e desenvolvimento de capacidades individuais.

Para satisfazer estas necessidades, cada pessoa organiza o seu próprio tempo da
forma que lhe parece mais adequada aos fins que procura atingir.
Uma das formas de satisfazer aquelas necessidades é através do trabalho.
Todas as actividades profissionais, em geral, têm o seu risco (perigo) potencial.
Surge então a Segurança Higiene e Saúde no Trabalho com o grande objectivo de
minimizar os efeitos negativos do trabalho e a criação de condições de trabalho que,
além de não prejudicarem física, mental ou socialmente o trabalhador, permitam o seu
desenvolvimento integral.

A Segurança Higiene e Saúde no Trabalho possui as seguintes áreas de


intervenção:

Segurança do Trabalho – Estuda as condições materiais que põem em perigo a


integridade física dos trabalhadores. A prevenção dos acidentes de trabalho e
consequentemente, a diminuição da sinistralidade laboral é a sua grande missão.

O papel da segurança é investigar as causas principais dos riscos de acidente,


isto é, as que parecem ser mais determinantes na sua ocorrência, com vista à adopção
das medidas de prevenção que as eliminem.

Higiene do Trabalho – ou Higiene Industrial estuda os contaminantes físicos,


químicos e biológicos presentes no ambiente do trabalho, que podem causar alterações
de saúde, quer reversíveis ou permanentes.
Para cumprir a sua função o técnico terá que recorrer, mediante equipamento
apropriado (sonómetros, luxímetros, etc.), a medições e avaliações de determinados
parâmetros nos locais de trabalho, como os níveis de ruído, os níveis de iluminância e a
humidade do ar, entre muitos outros.

A Medicina do Trabalho, mais recentemente Saúde de Trabalho, estuda as


consequências materiais e ambientais no trabalhador, efectuando a análise e
acompanhamento do seu estado de saúde, através da identificação e controlo dos
factores laborais determinantes da capacidade física e psíquica.

A realização de exames de saúde de admissão, periódicos e ocasionais, o estudo


e caracterização de situações de doença profissional e de patologias do trabalho e as
recomendações aos desvios de saúde são algumas das formas de intervenção da Saúde
no Trabalho.
1 – RISCOS E VÍTIMAS DE ACIDENTES MAIS COMUNS NAS
INDÚSTRIAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL PORTUGUESAS

Principais falhas de segurança na Construção Civil

Protecção contra quedas

Protecção da cabeça
Andaimes - Protecção contra quedas
Escavações
Andaimes – Acessos seguros
Formação

Andaimes - Plataformas
For mação para o risco de queda
Inspecções feitas por pessoas competentes

Principais vítimas de acidentes

Entre as vítimas de acidentes, existem categorias de trabalhadores que são


mais afectadas:
• População estrangeira;
• Jovens, trabalhadores recém admitidos;
• Trabalhadores com idade superior a 45 anos,
• Trabalhadores temporários.
2 – CUSTOS DOS ACIDENTES DE TRABALHO

Em geral prevenir riscos custa menos do que corrigir as consequências que estes
originam, e isto é válido para todo os intervenientes, ainda que isto não seja claro para a
maior parte das pessoas.
Veja-se os custos dos acidentes, que se subdividem em directos e em indirectos. Os
directos são habitualmente mais evidentes, e por isso mesmo estão “segurados”,
enquanto que os custos indirectos passam mais despercebidos, mas têm, um custo cerca
de três a quatro vezes maiores que os primeiros.

Custos directos:
(segurados)
• Salários pagos
• Assistência médica
• Medicamentos
• Indemnizações
• Aumento do prémio de seguro

Custos indirectos:
(não segurados)
• Tempo perdido para:
- Socorrer o acidentado
- Investigar as causas do acidente
- Retomar o ritmo normal de trabalho
- Reparar equipamentos avariados
• Baixa de produtividade
• Perdas de produtos
• Reintegração do acidentado
• Reparação dos equipamentos
• Substituição do acidentado
• Sofrimento do acidentado, etc.

2.1- ANÁLISE CUSTO – BENEFÍCIO DAS ACTUAÇÕES PREVENTIVAS

Toda a medida preventiva traduz-se por um custo e a sua verdadeira rentabilidade


só poderá ser confirmada mediante uma adequada análise custo - benefício. Dado que os
custos totais dos acidentes de trabalho equivalem à soma dos custos directos e indirectos
Está provado que os custos na implementação de medidas preventivas são
manifestamente inferior aos custos totais dos acidentes de trabalho.
Ou seja, feito o balanço, fica a pergunta:
- Quem ganha e quem perde com o acidente?
- Ninguém ganha com o acidente. Todos perdem!

3 - RESPONSABILIDADE DOS EMPREGADORES NO AMBIENTE DE TRABALHO

As responsabilidades principais pelo ambiente de trabalho recaem sobre o


empregador, muito embora este possa delegar, a programação, organização e controle
de execução das medidas de higiene e segurança, a verdade é que o aval para a
execução passará necessariamente pela entidade empregadora e o técnico de higiene e
segurança deve vincar sempre essa responsabilidade.
O empregador deve providenciar, através do Técnico de Higiene e Segurança e do
Médico de Trabalho, para que os trabalhadores recebam um bom conhecimento sobre as
condições de trabalho e que eles conheçam os riscos inerentes à execução das suas
tarefas, assegurando-se que o trabalhador recebeu a formação e a informação de que
necessita e que saiba quais os procedimentos a ter em conta para evitar o risco.
Deve também
Assegurar-se que as disposições técnicas e os produtos
utilizados no local de trabalho são aceitáveis do ponto de
vista de segurança.
A entidade empregadora é responsável pela existência de
equipamento de segurança, e que tenham garantias legais
e suficientes de funcionamento e manutenção.
Ou seja, princípios gerais

A entidade patronal é responsável pela saúde e segurança dos trabalhadores da


sua empresa.

NB: Nada pode isentar a entidade patronal desta responsabilidade: nem a má vontade
dos trabalhadores em cumprirem as suas obrigações, nem o recurso a serviços
especializados naquele domínio exteriores à empresa.
SEGURANÇA E SAÚDE NOS LOCAIS DE TRABALHO

1 – O que é um local de trabalho?

São locais destinados a incluir postos de trabalho, situados nos edifícios da empresa ou
dos estabelecimentos, incluindo todos os outros locais na área da empresa ou do
estabelecimento a que o trabalhador tiver acesso para o seu trabalho.

Uma rampa de carga, uma zona de armazenagem, um local de descanso, um vestiário


são, pois, considerados locais de trabalho.

E, nestes locais de trabalho, são necessárias prescrições mínimas de segurança e


de saúde.
Serão, então, aqui analisados os principais aspectos de segurança nos locais de trabalho.
ESCAVAÇÕES, ENTIVAÇÕES E EXPLOSÕES

1. Princípio Básico de Segurança que deve ser adoptado

Quando houver riscos de desmoronamento, deslizamento, acidentes com explosivos e


projecção de materiais, é necessária a adopção de medidas de segurança
correspondentes, visando a segurança e a saúde dos trabalhadores.

2. Prioridade na Implantação das Medidas

A protecção colectiva deve ter prioridade sobre as protecções individuais.


A protecção colectiva deve prever a adopção de medidas que evitem a ocorrência de
desmoronamento, deslizamento, projecção de materiais e acidentes com explosivos,
máquinas e equipamentos.
Antes de iniciar os serviços de escavação, entivação ou desmonte de rochas, deve
certificar-se da existência ou não de redes de água, esgotos, tubulação de gás, cabos
eléctricos e de telefone, devendo ser providenciada a sua protecção, desvio e
interrupção, segundo cada caso. Em casos específicos e em situações de risco, deve ser
solicitada a orientação técnica quanto à interrupção ou à protecção das vias públicas.
As áreas de trabalho devem ser previamente limpas e as áreas de circulação
desobstruídas, retirando ou escorando solidamente árvores, rochas, equipamentos,
materiais e objectos de qualquer natureza.
Muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afectadas pela
escavação devem ser escoradas, segundo as especificações técnicas de profissional
legalmente habilitado.
3. ESCAVAÇÕES

3.1 O que é uma escavação?

 Acto ou efeito de escavar; cava. (De escavar e do lat. Excavatione).

 Movimentação de terras, com remoção das mesmas, podendo ser levada a cabo
ao nível do plano de trabalhos ou em profundidade.

De acordo com a sua estabilidade os trabalhos de escavações podem agrupar-se


em dois grandes grupos:

 Escavações feitas com uma geometria, que associada às características geológicas


e geotécnicas do terreno, não necessitam de trabalhos de contenção.

 Escavações feitas recorrendo à aplicação de todas as técnicas de suporte de terras


desenvolvidas pelo Homem.

3.2 Principais Tipos de Escavações

 Trincheira ou vala

Escavação longa com largura e profundidade variável.


 Galeria / túnel

Escavação subterrânea horizontal ou inclinada, que estabelece a ligação entre os poços


de uma mina.
Pode ser realizada por meio de explosivos ou por meio de equipamentos mecânicos.

 Outros Tipos

Todas as outras escavações efectuadas pelo homem, como por exemplo as escavações a
céu aberto para a construção de Caves e outros tipos de infra-estruturas.
Acidentes mortais por soterramento por tipo de obra

20
18
16
14
12
Vala/Trincheira
10
Túnel/Galeria
8
Outros tipos
6
4
2
0
1990 1991 1992 1993

3.3 Riscos e Perigos Comuns

3.3.1 Ruptura ou desprendimento de solo e rochas devido a:

- Operação de máquinas;
- Sobrecargas nas bordas dos taludes;
- Execução de talude inadequado;
- Aumento da Humidade do solo;
- Falta de estabelecimento de fluxo;
- Vibrações na obra e adjacências;
- Realização de escavações abaixo do lençol freático;
- Realização de trabalhos de escavações sob condições meteorológicas adversas;
- Interferência de cabos eléctricos, cabos de telefone e de redes de água potável e de
sistema de esgoto;
- Obstrução de vias públicas;
- Recalque e bombeamento de lençóis freáticos;
- Falta de espaço suficiente para a operação e movimentação de máquinas.
3.3.2 Perigos comuns

♦ Desmoronamento;
♦ Esmagamento por queda de objectos;
♦ Queda de pessoas e veículos para a escavação;
♦ Implicações em estruturas vizinhas;
♦ Fumos tóxicos;
♦ Incêndios;
♦ Electrocussão por contacto com cabos subterrâneos;
♦ Explosões;
♦ Perigo para o público em geral.

3.4 Medidas Preventivas

O projecto executivo de escavações deve levar em conta as condições geológicas e os


parâmetros geotécnicos específicos do local da obra, tais como coesão e ângulo de atrito.
Variações paramétricas em função de alterações do nível da água e as condições geo -
climáticas devem ser consideradas.
Recomenda-se a monitorização de todo o processo de escavação, estabelecendo como
objectivo observar zonas de instabilidade global ou localizada, a formação de frinchas, o
surgimento de deformações em edificações e instalações vizinhas e vias públicas.
Nos casos de risco de queda de árvores, linhas de transmissão, deslizamento de rochas e
objectos de qualquer natureza, é necessário escorar e amarrar ou retirar os mesmos,
devendo estes ser feitos de maneira a não acarretar obstruções no fluxo de acções
emergência.
Figura 1 – Escavação com riscos de queda de árvores, deslizamento de rochas, etc.
Figura 2 – Instalação de escadas em escavação de vala com mais de 1,25 m de altura

As escavações com mais de 1,25 m (um metro e vinte e cinco centímetros) de


profundidade devem dispor de escadas de acesso em locais estratégicos, que permitam a
saída rápida e segura dos trabalhadores em caso de emergência.

As cargas e sobrecargas ocasionais, bem como possíveis vibrações, devem ser levadas
em consideração para a determinação das paredes do talude, a construção do
escoramento e o cálculo dos seus elementos estruturais.
O material retirado das escavações deve ser depositado a uma distância mínima que
assegure a segurança dos taludes.

Figura 3 – Medidas de afastamento mínimo adoptadas

Observação: As medidas acima não se aplicam em determinadas situações, as quais


dependem da avaliação do responsável técnico.
Figura 4 – Medidas de afastamento mínimo adoptadas

Devem ser construídas passarelas de largura mínima de 0,80 m (oitenta centímetros),


protegidas por guarda-corpos com altura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros),
quando houver necessidade de circulação de pessoas sobre as escavações.

Figura 5 – Passadiço em escavação para circulação de pessoas


Figura 6 – Passadiço para o tráfego de veículos sobre uma escavação

Devem ser construídas passarelas fixas para o tráfego de veículos sobre as escavações,
com capacidade de carga e largura mínima de 4 m (quatro metros), protegidas por meio
de guarda corpos.
A estabilidade dos taludes deve ser garantida por meio das seguintes medidas de
segurança:
O responsável técnico deverá buscar a adopção de técnicas de estabilização que
garantam a completa estabilidade dos taludes, tais como retaludamento, escoramento,
atirantamento, grampeamento e impermeabilização. As Figuras 7, 8 e 9 apresentam
exemplos de técnicas de estabilização.

Figura 7 – Escavação taludada (escavação com paredes em taludes)

Figura 8 – Escavação protegida – com estruturas denominadas “cortinas”


Figura 9 – Escavação mista – com paredes em taludes e com paredes protegidas por cortinas

Devem ser evitados trabalhos nos pés de taludes sem uma avaliação prévia pelo
responsável técnico, pelos riscos de instabilidade que possam apresentar.
A existência de riscos constitui impedimento à execução dos trabalhos, até que estes
sejam eliminados.
Deve ser evitada a execução de trabalho manual ou a permanência de observadores
dentro do raio de acção das máquinas em actividade de movimentação de terra.
Quando for necessário rebaixar o lençol de água (freático), os serviços devem ser
executados por pessoas ou empresas qualificadas.
3.5 Principais causas de desmoronamento

♦ Sobrecarga – motivada pelo peso dos equipamentos, materiais.

♦ Choque e vibrações – originados pelo equipamento em movimento, trânsito, outras


construções, etc...

♦ Intercepção de trincheiras – os cantos têm menor suporte e estabilidade.

♦ Posição elevada do nível freático.

♦ Existência de blocos de pedra no meio do solo.

♦ Levantamento do fundo.
3.5.1 Cenários de rotura
3.6 Principais Meios de Protecção nas Escavações

♦ Taludes

♦ Socalcos

♦ Entivações

♦ Escudos ou caixas de trincheiras

Nota: Escavações superiores a 6 metros de profundidade requerem um sistema de


protecção desenhado por um Engenheiro

3.6.1 Taludes

♦ Inclinação que se dá à superfície de um terreno, muro, fosso; rampa, declive;


escarpa.
(Dicionário “Editora”, Porto Editora – 5ª Edição.)

♦ Superfície inclinada de uma escavação


ou aterro. O ângulo de estabilização de
um talude varia, de acordo com o ângulo
de atrito interno dos materiais, mas
também com o teor da água.
3.6.1.1 Inclinação dos taludes de acordo com os tipos de Solo

Inclinação máxima admissível para escavações


Tipo de solo ou de rocha
com menos de 6,5 metros.

Rocha estável Vertical ( 90º )

Tipo A ¾ para 1 ( 53º )

Tipo B 1 para 1 ( 45º )

Tipo C 1 ½ para 1 ( 34º )


3.6.1.2 Exemplos de Taludes por tipo de solo

, , , , , , , a

, , , , ,
3.7 Sinalização em Escavações

Nas escavações em vias públicas ou em canteiros, é obrigatória a utilização de


sinalizações de advertência e barreiras de isolamento.

Alguns tipos de sinalização usados:

• Cones
• Fitas
• Cavaletes
• Pedestal com iluminação
• Placas de advertência
• Bandeiras
• Grades de protecção
• Sinalizadores luminosos

O tráfego próximo às escavações deve ser desviado e, na sua impossibilidade, a


velocidade dos veículos deve ser reduzida.
Devem ser construídas, no mínimo, duas vias de acesso, uma para pedestres e outra
para máquinas, veículos e equipamentos pesados.
No estreitamento de pistas em vias públicas, deve ser adoptado o sistema de sinalização
luminosa.

4. ENTIVAÇÕES
ENTIVAÇÕES  ENTIVAR

 Revestir de tábuas as paredes de uma mina, de um poço, etc.

Do latim – instipare, de stipare.

 Escoramento de sustentação provisória de terras em valas ou trincheiras.

4.1 Entivação de acordo com o Decreto nº 41821

Corrimão

Prumo/
estaca ou
prancha
Guarda

Estronca
Cinta
4.1.2 Materiais mais utilizados (De acordo com o art.º 70 do Dec. 41821)

 Madeira - Quando a profundidade < 5 m

 Metal - Quando a profundidade > 5 m

4.2 Características mínimas das madeiras

 Art.º 72º do DL 41 821 – Tabela para profundidades entre 1,20 m e 3 m

Prumos Cintas Estroncas

Natureza Espaçamento Espaçament Espaçament


do solo Secção Secção
o
Secção
o
Espaçamento
Cm horizontal
m vertical
Cm Cm m
m m

Consistên
5x15 1,80 - - 10x15 1,20 1,80
cia Média

Pouca
Consistên 0,90 10x15 1,20
5x15 10x15 1,20 1,80
cia
Sem
Consistên Continuo
5x15 10x15 1,20 10x15 1,20 1,80
cia
5. Escudos ou Caixas para trincheiras

 São estruturas pré – montadas, preparadas para resistir a desmoronamentos,


protegendo os trabalhadores.

REGRAS

Devem estar fixas na vala

Devem passar 45 cm acima do lado vertical da vala


5.1 Colocação do escudo

6. SOCALCOS

REGRAS

Devem estar fixas na vala

Devem passar 45 cm acima do lado vertical da vala


♦ Simples ou múltiplos

♦ Os ângulos dependem do tipo de solo.

6.1 Utilização de diversos métodos de Segurança em conjunto


7. Regras de segurança

ANTES DE ESCAVAR

 Limpar toda a área, retirando ou escorando tudo o que possa ser fonte de perigo;
 Contactar os serviços responsáveis para localizar instalações subterrâneas na zona
da escavação;
 Classificar o tipo de solo;
 Realizar um plano de emergência.

DURANTE OS TRABALHOS

 Utilizar material adequado e em boas condições, (art. 77º)


 Prevenir os desabamentos, usando os meios de protecção;
 Não sobrecarregar os taludes, os produtos das escavações não podem ser
colocados a menos de 0,60 m do bordo da escavação, (art. 79º);
 Colocar corrimões ou outro tipo de protecção para evitar a queda de pessoas e
equipamento para a escavação;
 Verificar as condições ambientais e ventilar sempre que necessário;
 Ter em atenção as condições climatéricas, como por exemplo chuvas fortes;
 Garantir uma supervisão adequada da escavação;
 Sempre que necessário construir passadiços para os veículos; (art. 73º);
 Garantir acessos adequados através de escadas ou rampas, na abertura da
trincheira haverá, pelo menos, uma escada em cada troço de 15 metros, a qual
sairá 0,90 m para fora da borda superior, (secção III )
 Zelar pela protecção do público, colocando sinalização, construindo barreiras e
passadiços, etc,( Capítulo IV)
 Uma pessoa competente deve Inspeccionar as escavações no começo de cada
turno, depois de qualquer incidente ou acidente;
 Não colocar motores de combustão dentro, ou perto das escavações;

 PARAR DE TRABALHAR CASO A INSPECÇÃO MOSTRE QUE A ESCAVAÇÃO


NÃO É SEGURA.

O Ideal !!!
RESUMINDO

Nunca se deve andar em cima das estroncas para


trabalhar ou atravessar uma escavação.

Para o atravessamento de escavações devem ser


instalados passadiços munidos de guarda-corpos
Utilizar escadas para descer ao fundo das escavações ou para sair delas.

As escavações devem ser entivadas


8. EXPLOSÕES

 Explosão

Acto ou efeito de explodir; reacção química, rápida e violenta, acompanhada de grande


elevação da temperatura e de libertação abundante de gases.

 Explosivo

Substância química instável capaz de libertar energia e de produzir fragmentação.

Na construção Civil as Explosões são utilizadas principalmente em:

♦ DEMOLIÇÕES

♦ ESCAVAÇÕES

Principais perigos

♦ A explosão ocorrer inopinadamente.

♦ Projecção de materiais a grandes alturas e distâncias.

♦ Desabamento de outras estruturas, por efeito das vibrações.

♦ Não explodir.
ANTES DE EXPLODIR

♦ Deve-se efectuar um plano de operação e de segurança.

♦ Deve-se fazer um levantamento de tudo o que circunda a área da explosão, incluindo


serviços subterrâneos.

♦ Se existir a possibilidade de ocorrência de muitas vibrações deve-se efectuar testes


nas estruturas vizinhas.

♦ Deve-se avisar as populações, das medidas a tomar devido ás vibrações.

♦ Deve-se criar limites de segurança. Nunca < a um raio de 100 m, medido do centro
da explosão

CUIDADOS A TER COM OS EXPLOSIVOS

MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA O FOGO

♦ Deve-se afastar os explosivos de toda a fonte de chama ou calor.


TRANSPORTE DE EXPLOSIVOS

♦ Os veículos utilizados devem ter a caixa de transporte forrada a madeira.

♦ Devem estar protegidos contra a emissão de faíscas, nomeadamente na zona do


cano-de-escape.

♦ Devem ser transportados sozinhos.

♦ O veículo tem que ser identificado.

♦ Tem que estar equipado com um extintor de pó químico ABC.

UTILIZAÇÃO

SÓ UMA PESSOA COMPETENTE E HABILITADA DEVE MANUSEAR OS EXPLOSIVOS


E PREPARAR AS ZONAS A EXPLODIR.
DEPOIS DE EXPLODIR

♦ Desligar o explosor dos fios;

♦ Deixar passar tempo para que o fumo e o pó deixem a zona da explosão.

♦ O responsável pela explosão deve inspeccionar a zona para verificar se todos os


explosivos rebentaram.

♦ O responsável deve recolher todos os fios e cargas não utilizadas.

♦ Deve-se inspeccionar a zona, principalmente nas escavações, para determinar a


segurança da restante obra.
9. TRABALHO EM ALTURA

No sector da construção civil e obras públicas, as quedas em altura são o tipo de


acidente em que se verifica o maior número de casos mortais. Esta situação deve-se ao
facto de uma grande parte dos intervenientes neste sector ignorar ou menosprezar as
regras de segurança a implementar para evitar este tipo de acidente.

Os pavimentos de trabalho devem ter as bordaduras que


dão para o vazio protegidas por guarda – corpos capazes
de impedir a queda de pessoas e materiais.

Nos pavimentos de trabalho, todas as aberturas devem estar protegidas


Todos os vãos e todas as aberturas de fachada devem dispor de guarda corpos.

As caixas de escadas devem dispor de guarda – corpos que impeçam a queda de


pessoas.
Os andaimes, as plantaformas, os locais de recepção de materiais devem dispor de
guarda corpos.

As protecções destinadas a impedir quedas devem ser instaladas quando se efectuam


trabalhos em alvenaria, montagens de vigas, trabalhos sobre coberturas.
Na ausência de protecções colectivas, quando se fizerem trabalhos de curta duração em
postes, coberturas, janelas, pequenas instalações … deve usar-se um arnês de
segurança.

Nunca se deve andar directamente nas coberturas feitas com matérias frágeis como, por
exemplo, vidro, fibrocimento, etc., mas sobre passadeiras previstas para esse efeito.
9.1 As escadas

O mau estado e a má utilização das escadas continuam a ser causa de numerosos


acidentes. Só se devem usar escadas em bom estado.

Todas as escadas que estejam muito danificadas (montantes e degraus rachados),


devem ser destruídas e substituídas por outras. Eventualmente, as escadas podem ser
reparadas, mas apenas por um especialista na matéria.
Todas as escadas que estejam muito danificadas (montantes e degraus rachados),
devem ser destruídas e substituídas por outras.
Eventualmente, as escadas podem ser reparadas, mas apenas por um especialista na
matéria.
As escadas devem ser instaladas num pavimento estável, apoiadas numa superfície
sólida e fixa, e de forma a não poderem escorregar nem tombar.

As escadas devem ultrapassar, pelo menos num metro, a cota do pavimento a que dão
acesso.

A base da escada deve manter-se suficientemente afastada da superfície de apoio


vertical.
As escadas não devem ser utilizadas como prumos de andaimes, como pavimento de
trabalho ou passadeiras.

Deve impedir-se, através do recurso a correntes ou corda, que as escadas duplas


escorreguem.
Nunca se deve utilizar o último degrau.
As escadas emendadas devem ter uma sobreposição de, pelo menos, 5 degraus.

9.2. Os andaimes

Os andaimes devem ser cuidadosamente montados e desmontados por trabalhadores


competentes. Devem estar apoiados em pontos sólidos da construção.
Devem ser sólidos, resistentes e apresentar todas as garantias
necessárias, de forma a impedir quedas de pessoas, materiais
e ferramentas.
Compete a todos zelar pelo bom estado
dos andaimes.
Só se devem utilizar peças de andaimes
adequadas e de boa qualidade. Durante a
montagem e desmontagem deve impedir-
se que haja pessoas debaixo dos andaimes.
Deve utilizar-se o equipamento de protecção contra quedas disponível.
Nunca se deve utilizar um andaime antes de ele estar completamente montado.

Devem instalar-se guarda-corpos para impedir a queda de pessoas, materiais e


ferramentas. O afastamento entre tábuas – de - pé e a fachada da construção deve ser
o menor possível.

Em caso de necessidade, deve


prever-se outro guarda corpos do
lado da fachada.

As tábuas-de-pé dos andaimes devem ser robustas, ligadas entre si, e devem estar
desimpedidas.

Os andaimes devem ser inspeccionados nomeadamente depois de uma interrupção de


trabalho prolongada, ou depois de uma tempestade.
Deve, em especial, garantir-se que as ancoragens e as junções estejam em bom estado.
Para se evitar quedas por escorregamento:

- espalhar areia ou um material semelhante em caso de gelo ou


geada.

Só se devem utilizar meios seguros para chegar ao plano de


trabalho, em geral escadas bem instaladas.

Nunca se deve saltar sobre as tábuas-de-


pé.
Nunca se deve carregar exageradamente
as tábuas-de-pé com materiais.
As cargas devem ser repartidas ao longo
das tábuas-de-pé
Os andaimes rolantes só devem ser deslocados lentamente, de preferência no sentido do
comprimento e em pavimentos desimpedidos.
Não deve estar ninguém no andaime enquanto ele estiver a ser deslocado.
Antes de qualquer deslocamento deve verificar-se que não há possibilidade de ocorrerem
quedas de objectos.

Antes de alguém subir a uma andaime rolante deve fazer-se a blocagem das rodas e
colocar, se necessário, estabilizadores.
10. Máquinas e ferramentas: conselhos gerais

As máquinas para trabalhar (madeira, metal), as betoneiras, os aparelhos de soldadura


ou corte, as gruas, as escavadoras … só podem ser utilizadas e efectuada a respectiva
manutenção por pessoas competentes, formadas para esse efeito. As instruções para
utilização e manutenção devem ser respeitadas.
As diferentes máquinas devem estar paradas durante todos os trabalhos de limpeza e
manutenção.
Antes de se iniciarem estes trabalhos, deverá ser assegurado que é impossível pô-las,
por inadvertência, em funcionamento.
Nunca se devem utilizar máquinas ou ferramentas que revelem defeitos capazes de
comprometer a segurança. Devem ser imediatamente assinalados ao chefe directo.
Todas as operações devem ser efectuadas por pessoal competente e formado para esse
efeito.

Utilizar os dispositivos de protecção. Nunca devem ser retirados


nem inutilizados.

Não se deve ultrapassar a carga máxima de utilização, que deve


estar legivelmente escrita nos monta-cargas, nas gruas e nos
outros aparelhos de elevação.
Durante as operações de elevação e arrumação de cargas:

- Devem respeitar-se as instruções;

- deve utilizar-se material apropriado às cargas a levantar,


- deve zelar-se pelo bom estado das cordas, correntes, ganchos,
etc.
Deve proteger-se os cabos, correntes, cordas, etc, das arestas
vivas existentes nos materiais a movimentar.

As cargas compridas, bicudas (tábuas, ferros de armaduras de betão) devem estar


amarradas de tal forma, que não seja possível soltarem-se durante o transporte. Devem
ser eventualmente guiadas com a ajuda de cabos ou cordas.
Se os materiais não puderem ser correctamente acondicionados, devem utilizar-se
acessórios apropriados ao seu transporte a granel. Não se deve sobrecarregar as paletes
e os monta-cargas. Os materiais devem ser correctamente empilhados.
11. EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL

11.1 Lei 102/2009

Este diploma indica qual a prioridade da protecção colectiva sobre a


individual:

– Medidas de carácter construtivo


– Medidas de carácter organizativo
– Medidas de protecção individual

■ Medidas de Carácter construtivo


– Eliminar o risco na origem, na fonte;
– Envolver o risco, isolamento do risco;

■ Medidas de carácter organizativo


– Afastar ou minimizar a exposição do trabalhador ao risco;

■ Medidas de protecção individual


– Proteger o trabalhador.

A última barreira contra a lesão é o Equipamento de Protecção Individual (EPI).


11.2 O que é um equipamento de protecção individual?

Qualquer equipamento destinado a ser usado ou detido pelo trabalhador para a sua
protecção contra um ou mais riscos susceptíveis de ameaçar a sua segurança ou saúde
no trabalho.

■ É pois, necessário que o equipamento em questão se destine especificamente a


proteger a saúde e a segurança do trabalhador no trabalho, excluindo qualquer
outro objectivo de interesse geral para a empresa como, por exemplo, o uso de
uniformes.
■ Um EPI deve ser concebido e executado em conformidade com as disposições
regulamentares em vigor. A entidade patronal fornece gratuitamente aos
trabalhadores EPI em bom estado:

a) Adequados relativamente aos riscos a prevenir;

b) Que não sejam eles próprios geradores de novos riscos;

c) Que tenham em conta parâmetros pessoais associados ao utilizador e à


natureza do seu trabalho.

11.3 – Responsabilidades da entidade patronal

■ A entidade patronal deve velar para que as informações necessárias à utilização


dos EPI se encontrem disponíveis na empresa sob uma forma que possa ser
compreendida pelos trabalhadores que os utilizam, a cujo conhecimento elas
devem ser levadas.
■ A entidade patronal deve organizar sessões de formação e de treino dos
trabalhadores em causa, a fim de garantir uma utilização dos EPI em
conformidade com os folhetos de instruções.

11.4 - Como avaliar e apreciar a necessidade do uso de um EPI?

■ Convém proceder ao estudo das partes do corpo susceptíveis de serem expostas a


riscos:

– Riscos Físicos;
Mecânicos
⇒ Quedas;
⇒ Choques, golpes, impactes, compressões;
⇒ Perfurações, cortes, abrasões;
⇒ Vibrações;
⇒ Escorregadelas.
Térmicos
⇒ Calor, chamas;
⇒ Frio.

Eléctricos

Radiações
⇒ Não ionizantes;
⇒ Ionizantes.

Ruído

– Riscos Químicos;
Aerossóis:
⇒ Poeiras, fumos e névoas.
Líquidos
⇒ Imersões, salpicos e projecções.
Gases e vapores

– Riscos Biológicos.
⇒ Bactérias patogénicas;
⇒ Vírus;
⇒ Fungos;

Por exemplo, um trabalhador cuja tarefa seja efectuada num ambiente em que o nível
sonoro é muito elevado e não redutível, designadamente por medidas colectivas
(isolamento das máquinas), encontra-se exposto ao ruído.

11.5 - FORMAÇÃO DO UTILIZADOR

Os EPI's são simples? É fácil a utilização correcta de um dado EPI? Para muitos EPI's é
necessária uma acção de demonstração, quando são utilizados pela primeira vez. A
transferência de informação deve estar associada à motivação.

Os pontos fundamentais na formação do utilizador são os seguintes:

■ 1) - Porquê utilizar um determinado EPI e qual o tipo de protecção que ele


garante?
■ 2) - Qual o tipo de protecção que ele NÃO garante?
■ 3) - Como utilizar o EPI e ficar seguro de que o EPI garante a protecção esperada?
■ 4) - Quando se devem substituir as peças de um dado EPI?

11.6 - Principais tipos de protecção individual

Protecção da Cabeça

■ A cabeça deve ser adequadamente protegida perante o risco de


queda de objectos pesados, pancadas violentas ou projecção
de partículas.
■ A protecção da cabeça obtém-se mediante uso de capacete de
protecção, o qual deve apresentar elevada resistência ao impacto
e à penetração

Protecção dos Olhos e do Rosto

■ Os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do corpo onde os acidentes
podem atingir a maior gravidade.
■ As lesões nos olhos, ocasionadas por acidentes de trabalho, podem ser devidas a
diferentes causas:
• Acções mecânicas, através de poeiras,
partículas ou aparas;

• Acções ópticas, através de luz visível (natural ou artificial), invisível


(radiação ultravioleta ou infravermelha) ou ainda raios laser;
Os olhos e também o rosto protegem-se com óculos e viseiras
apropriados, cujos vidros deverão resistir ao choque, à corrosão e
às radiações, conforme os casos.

■ Acções térmicas, devidas a temperaturas extremas.

■ Acções químicas, através de produtos corrosivos (sobretudo ácidos e bases) no


estado sólido líquido ou gasoso;

Protecção das Vias Respiratórias

■ A atmosfera dos locais de trabalho encontra-se, muitas vezes,


contaminada em virtude da existência de agentes químicos
agressivos, tais como gases, vapores, neblinas, fibras, poeiras.
■ A protecção das vias respiratórias é feita através dos
chamados dispositivos de protecção respiratória - aparelhos
filtrantes (máscaras).

Protecção dos Ouvidos

■ Há fundamentalmente, dois tipos de protectores de ouvidos: os auriculares (ou


tampões) e os auscultadores (ou protectores de tipo abafador).
■ Os auriculares são introduzidos no canal auditivo externo e visam diminuir a
intensidade das variações de pressão que alcançam o tímpano.

Protecção do Tronco

■ O tronco é protegido através do vestuário, que pode ser


confeccionado em diferentes tecidos.
■ O vestuário de trabalho deve ser cingido ao corpo para se
evitar a sua prisão pelos órgãos em movimento. A gravata ou cachecol constituem,
geralmente, um risco.

Protecção dos Pés e dos Membros Inferiores

■ A protecção dos pés deve ser considerada quando há


possibilidade de lesões a partir de efeitos
mecânicos, térmicos, químicos ou eléctricos.
Quando há possibilidade de queda de materiais,
deverão ser usados sapatos ou botas revestidos
interiormente com biqueiras de aço, eventualmente
com reforço no artelho e no peito do pé.
■ Em certos casos verifica-se o risco de perfuração da planta
dos pés (ex: trabalhos de construção civil) devendo, então,
ser incorporada uma palmilha de aço no respectivo calçado.

Protecção das Mãos e dos Membros Superiores

■ Os ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão


mais frequente que ocorre na indústria. Daí a
necessidade da sua protecção.
■ O braço e o antebraço estão, geralmente menos
expostos do que as mãos, não sendo contudo de subestimar a sua protecção.
Protecção contra Quedas

■ Em todos os trabalhos que apresentam risco de queda livre deve


utilizar-se o cinto de segurança, que poderá ser reforçado com
suspensórios fortes e, em certos casos associado a dispositivos
mecânicos amortecedores de quedas.

■ O cinto deve ser ligado a um cabo de boa resistência, que pela outra extremidade
se fixará num ponto conveniente. O comprimento do cabo deve ser regulado
segundo as circunstâncias, não devendo exceder 1,4 metros de comprimento.

11.7 – Conclusão

O EPI escolhe-se após madura reflexão.


Ele deve:
⇒ estar munido da etiqueta CE;
⇒ ser apropriado aos riscos corridos;
⇒ proteger realmente;
⇒ ser confortável, bem conservado e bem utilizado.
Não deve perturbar o trabalho e, sobretudo, deve ser usado permanentemente
enquanto durar a exposição ao risco contra o qual oferece protecção.

12. MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS


Na elevação e transporte manual de cargas há necessidade de cumprir certas normas,
tais como:

A elevação das cargas deverá ser feita:

⇒ exercendo o esforço sobre as pernas;


⇒ a carga deverá conservar-se o mais próximo possível do corpo;
⇒ a carga máxima apenas é influenciada pela resistência dos músculos.
⇒ A elevação e transporte manual de cargas depende da idade, sexo, duração
da tarefa, frequência do movimento de elevação e transporte e capacidade
física do trabalhador;
⇒ Os trabalhadores devem movimentarem-se suave e cautelosamente quando
elevam e transportam cargas, puxam ou
empurram veículos de modo a evitarem a
adopção de posturas perigosas;
⇒ Quando estiver em causa o desenvolvimento de
grandes esforços físicos, a coluna não deve ser
inclinada, nem rodada sobre o seu eixo. Deve
ser utilizada como um suporte e nunca como uma articulação;
⇒ A desatenção, a fadiga e a rigidez dos músculos e tendões sob a influência
do frio, humidade e correntes de ar, quando o vestuário de trabalho não
fornece protecção suficiente, podem impedir a boa coordenação muscular e
conduzir a acidentes;

13. SINALIZAÇÃO DOS RISCOS PARA A SEGURANÇA E A SAÚDE

A sinalização de segurança tem por objectivo chamar a atenção, de forma rápida e


inteligível, para objectos ou situações que comportem riscos ou possam estar na origem
de perigos.

13.1 - Formas de sinalização

As indicações que se seguem aplicam-se a toda a sinalização que contenha uma cor de
segurança.

Sinalização de segurança
Cor de Cor de Cor dos Forma Indicações e
segurança contraste símbolos Geometric Significad precisões
a o
Pr oibição Atitudes perigosas

Peri go - alarme Stop, pausa, dispositi vos


Vermelh Branco Negro de corte de emergência
Mat erial e
o equi pamento de Identificação e
combate a locali zação
incêndios

Atenção, precaução,
Amarelo Negro Negro Sinal de verificação
aviso

Sinal de salvamento
ou socorro Portas, saídas, post os
Verde Branco Branco Regresso à
Situação de
segurança normali dade

Comportament o ou
Azul Branco Branco Sinal de acção específicos –
obri gação de utilizar
obrigação EPI

13.2 - Prescrições mínimas gerais relativas às características e à utilização das


placas de sinalização

As placas devem:
- ser simples;
- ser resistentes;
- ser visíveis e compreensíveis;
- ser retiradas quando o risco desaparecer

Sinais de proibição
Proibido Fumar Proibido fumar e foguear Proibido apagar fogo com água

Sinais de aviso

Substâncias inflamáveis Substâncias explosivas Substâncias tóxicas Substâncias corrosivas

Sinais de obrigação

Protecção obrigatória das vias respiratórias Protecção obrigatória dos olhos Protecção obrigatória da cabeça

Sinais de combate a incêndios

Extintor Boca de incêndio Betoneira de alarme


14. Legislação Aplicável

 D.L. 41820 e 41821 – 1958/08/11


Regulamento de Segurança no Trabalho da Construção Civil (RSTCC)

 D.L n.º 273/2003 de 29 de Outubro – estabelece regras gerais de planeamento,


organização e coordenação para promover a segurança, higiene e saúde no trabalho
em estaleiros da construção e transpõe para a ordem jurídica interna a directiva n.º
92/57/CEE, do Conselho de 24 de Junho relativa às prescrições mínimas de segurança
e saúde no trabalho a aplicar em estaleiros temporários ou móveis.
 D.L. 46427 – 1965/07/10
Regulamento das Instalações Provisórias Destinadas ao Pessoal das Obras

 Portaria n.º 101/96 de 3 de Abril – Regulamenta as prescrições mínimas de segurança


e de saúde nos locais e postos de trabalho dos estaleiros temporários ou móveis

15. Conclusão

Este dossier pretende contribuir para uma efectiva mudança das atitudes e
condições de segurança, higiene e saúde na Indústria de Construção Civil e
promover o reforço da capacidade de intervenção da Medilogics – Serviços
Médicos, SA., no âmbito da prevenção de riscos profissionais na Industria
supracitada.
Pretende-se também com este manual sensibilizar os trabalhadores, da Indústria
referida, para a importância e significado da prevenção e seus reflexos na
mudança da qualidade de vida e de competitividade das empresas, identificar os
principais riscos nas várias actividades da Indústria de Construção e indicar
medidas de prevenção relativamente aos riscos identificados.

Das könnte Ihnen auch gefallen