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FASUL-
FASUL- FAG
Prof. Vanderley de Oliveira
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Administração Rural
O agronegócio é, individualmente, o setor mais relevante da economia brasileira.
Responsável por aproximadamente 30% do PIB e 80 % do saldo da Balança Comercial, o
agronegócio avança a cada ano conquistando mercados em todas as regiões do planeta. O país
é hoje o maior exportador mundial de açúcar, álcool, laranja, soja, frango, carne vermelho,
café e fumo. É importante exportador de carne suína, madeira, camarão, frutas tropicais. O
agronegócio brasileiro caracteriza-se, portanto, pela forte inserção internacional, pelo alto
nível tecnológico, pelas claras vantagens comparativas. Entre as economias agrícolas
relevantes no mundo, a agricultura brasileira merece destaque por sua unicidade, ou seja, por
ser a única agricultura tropical de larga escala no mundo. Segundo RODRIGUES (2003),
“Temos hoje 56 milhões de hectares cultivados e 220 milhões de hectare de pastagens, entre
naturais e cultivadas, dos quais pelo menos 30 milhões de hectares que serão destinados à
agricultura nos próximos anos, sem prejuízo ao meio ambiente. “,
Tudo isso implica uma possibilidade de crescimento do agronegócio no Brasil. A
inquestionável competitividade brasileira neste setor vem atraindo a atenção mundial,
despertando grandes oportunidades para investimento. Para que o setor continue aumentando
sua produção e exportação, o caminho é desenvolver ações nos âmbitos externos; internos e
setoriais. No âmbito externo, há que se ampliar nossa inserção no mercado internacional e
estabelecer parcerias com nações que representem interesse estratégico para o Brasil. Na área
interna, é importante saber produzir, mas é imprescindível conhecer as técnicas de Gestão
Rural: Produção; Finanças; Comercialização e Recursos Humanos. Nas questões setoriais,
desenvolver mecanismos de integração das cadeias produtivas 2, englobando fornecedores de
insumos, produtores, industrias processadoras, distribuidores e prestadores de serviços.
Aumentar a capacidade gerencial do produtor e formar profissionais com perfil
empreendedor para gerir empresas do agronegócio, atuando em um mundo de complexidade e
de crescente transformação, rápidas e dinâmica, causada pelas mudanças dos conceitos
políticos, econômicos, sociais e administrativos é o objetivo deste Manual de Administração
Rural. O conteúdo programático, será constituído de 5 Capítulos: Gestão da Propriedade
Rural; Engenharia do Projeto; Comercialização Agroindustrial; Recursos Humanos e
Planejamento Estratégico.
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Sumário
Introdução
Capítulo 1. GESTÃO DA PROPRIEDADE RURAL
1.1. Especificidade do Setor Rural 5
1.2. Gestão Rural 11
1.3. Diagnóstico e Inventário 22
Capítulo 2. ENGENHARIA DO PROJETO
2.1. Custos de Produção Agropecuário 35
2.2. Estudo de Caso - Custos 69
2.3. Análise Econômica da Propriedade Rural 75
2.4. Análise de Investimento Agropecuário 97
Capítulo 3. COMERCIALIZAÇÃO AGROINDUSTRIAL
3.1. Fundamentos dos Mercados Agropecuários 110
3.2. Estudo de Mercados 114
3.3. Estratégias de Comercialização 115
Capítulo 4. RECURSOS HUMANOS
4.1. Cumprimento da Legislação Trabalhista 120
Capítulo 5. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
5.1. Gestão Estratégica da Propriedade Rural 122
5.2. Análise SWOT 130
5.3. Plano Estratégico 135
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 137
APÊNDICE 1 - INDICADORES TÉCNICO-ECONÕMICO
1. Produtividade da Agricultura – Regional 141
2. Produtividade da Agricultura - Estudo Caso 142
3. Bovinocultura de Corte e Leite 143
4. INCRA: Módulo Fiscal; GUT e GEE 144
APÊNDICE 2 - TABELAS E CONVERSÔES 150
ANEXO - Estudo de Caso: Fazenda Paraná 152
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CAPÍTULO 1. Gestão da Propriedade Rural
TERRA DOENÇAS
PRAGAS
CLIMA
PRODUÇÃO
MERCADO COMMODITIES
REGIÃO
PREÇOS CUSTOS
COMERCIALIZAÇÃO POLÍTICA
1 Especificidade do Setor
Agropecuário
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Capítulo 1: Gestão da Propriedade Rural
Objetivos específicos
• Obter uma visão macroeconômica do setor rural, sua inserção no sistema global com
as principais características da agropecuária;
• Promover a integração e troca de experiências entre os participantes;
• Saber usar a Especificidade do setor agropecuário na análise de projetos, programas e
estudos do agronegócio;
• Estudar os papeis de instituições públicas e privadas e as conseqüências
sociais/políticas/ econômica de suas ações sobre o setor agropecuário.
• Exposição dialogada sobre as atribuições de cada instituição.
Introdução
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1. CARACTERÍSTICA DO SETOR RURAL
1.1. A PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA É REALIZADA EM CONDIÇÕES DE
RISCOS E INCERTEZAS TANTO DE CLIMA; MERCADO E POLÍTICA
ECONÔMICA;
A produção agropecuária é realizada em condições de incertezas e riscos, pois é
afetada por fatores que nem sempre são controláveis pelo produtor, tais como:
• Adversidades do clima (geada, estiagem, granizo )
• Mercado interno e externo
• Mudanças na legislação
• Alterações na política econômica
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1.10.COMPLEXIDADE DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
AGROPECUÁRIA
Os serviços para condução das atividade agropecuárias são normalmente realizados ao
ar livre e são também bastante dispersos pela área da propriedade. Além disso, cada atividade
possui uma determinada época de produção, geralmente imposta pelo comportamento do
clima e pelas características biológicas da planta ou dos animais. Isto torna a administração
das propriedades agropecuárias mais complexas e difícil de ser planejada, pois está sempre
sujeita às condições climáticas, que são mutáveis. Na produção de grãos, por exemplo, o uso
de máquinas para o preparo do solo, tratos culturais e colheita depende das condições do
clima e solo para a sua movimentação.
2. Desafios da agropecuária
Resumo
Obter uma visão macroeconômica do setor, sua inserção no sistema global, com as
principais características da agropecuária, permite aplicar os conceitos em análises de
projetos, programas e estudos do agronegócio.
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Atividades
Atividade 1. Discutir com a sua equipe elaborar uma síntese das discussões sobre os
Seguintes Questionamentos:
a) Quais são os principais entraves / problemas /pontos fracos / ameaças do
agronegócio brasileiro ?
b) Quais são as oportunidades / pontos fortes / potencialidades do agronegócio
brasileiro
c) Que cenário pode ser estabelecido para o agronegócio brasileiro em 2025?
d) Como pode ser desenvolvido os modelos ou sistemas de gestão das empresas
do agronegócio brasil ?
e) Qual será o perfil do profissional que atua nas empresas que está relacionadas
ao agronegócio ?
Normas do trabalho: Elaborado de acordo com as normas da ABNT, digitado em A4, fonte Times New Roman
ou Ariel, tamanho 12 para texto e paginação tamanho menor 10 para citações diretas com mais de 3 linhas,
espaçamento 1,5 cm; margem superior e esquerda: 3 cm, inferior e direita: 2 cm . Apresentação mínimo de 10
(dez) laudas.
Elementos do trabalho: Capa; Pré-textuais (= Folha de Rosto; Sumário e Listas); Textuais (= Introdução;
Desenvolvimento e Conclusão ); Pós-textuais (= Glossário; Referências; Bibliografias; Apêndices e Anexos ).
Obs: Na Introdução: Contextualização, problematização e objetivo do trabalho, resumo da metodologia e
estrutura do trabalho. No Desenvolvimento: Análise e Discussão de Dados: Análise do Assunto, principais
aspectos, com argumentação teórica e Analítica. Conclusão: Sua opinião sobre o tema. “Fechamento do
trabalho”.
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Sites importantes do Agronegócios
AGRICULTURA ARMAZENAGEM
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA www.agricultura.gov.br ARMAZENS www.argebras.com.br
Operações: Agronegócio = oportunidades; BERNARDO www.bernardoquimica.com.br
Comercialização = sumário;
Conab = indicadores agropecuários CENTREINAR www.centreinar.org.br
BIOTECNOLOGIA www.biotecnologia.org.br CENTREINAR www.dea.ufv.br/centreinar
BIOTECNOLOGIA www.cib.org.br CLASPAR www.pr.gov.br/claspar
CLIMA www.climatempo.com.br CONSULGRAN www.consulgran-granos.com
CLIMA www.impe.gov.br ÉRICO WEBER www.armazenagem.com.br
CLIMA www.inmet.gov.br GRÃOS BRASIL www.graosbrasil@wnet.com.br
CLIMA www.weather.com GUIA www.guiadearmazenagem.com.br
DEFENSIVOS www.andef.org.br PÓS COLHEITA www.pos-colheita.com.br
DEFENSIVOS www.inpev.org.br SEGURANÇA www.mte.gov.br
PLANTIO DIRETO www.cooplantio.com.br UNIOESTE www.unioeste.br/agais
BOLSAS DE MERCADORIAS DOWLOADS
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. Gestão Rural
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2. GESTÃO RURAL
2.1. O QUE É GESTÃO RURAL ?
É a maneira mais eficiente de utilizar os recursos da Empresa Rural, conforme os
objetivos de seu proprietário.
2.2. OBJETIVOS
• Administrar com maior competência a mão-de-obra, a terra, as máquinas, os
equipamentos e o dinheiro da propriedade;
• Ajustar as tecnologias aos objetivos do produtor e de sua família;
• Aumentar a renda do produtor na propriedade;
• Diminuir os riscos de produção e de mercado;
• Garantir um bom padrão de vida ao produtor e a sua família;
• Manutenção do valor do patrimônio;
• Transformar a propriedade em uma Empresa Rural
2.5. O QUE SE PODE GERENCIAR / ATIVIDADES
• Área de produção;
• Área de finanças;
• Área de comercialização e marketing;
• Área de recursos humanos.
2.6. REQUISITOS NECESSÁRIOS
ÁREA RECURSOS NECESSÁRIOS
• Produção Recursos produtivos
• Finanças Recursos financeiros
• Comercialização Recursos mercadológicos
• Humana Recursos humanos
Empresa Rural é a unidade de produção em que são exercidas atividades que dizem
respeito a culturas agrícolas, criações de gados, e ou culturas florestais, com a finalidade de
renda. Os tipos de Empresa Rural são integradas por recursos denominados fatores de
produção: Fator Terra; Fator Capital; Fator Trabalho; Capacidade Tecnológica e Capacidade
Empresarial. Estes fatores sofrem influências direta, tais como: condições climáticas; a
legislação; comportamento do mercado; políticas agrícolas, etc. Já os fatores internos estão
ligados: Terra; Tamanho ou Volume do Negócio; Seleção e Combinação de linhas de
exploração. Já os fatores internos estão ligados diretamente: Mão de Obra;
Máquinas/Equipamentos e Rendimentos das Culturas/ Criações.
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2.6. FATORES DE PRODUÇÃO NA EXPLORAÇÃO AGROPECUÁRIA.
O fator terra constitui a base sobre a qual se exercem as atividades dos demais recursos de
produção, sendo renováveis ou não os recursos naturais são aproveitados pelo homem na sua
forma bruta, primitiva ou os transformam em instrumentos para continuidade do processo de
produção. O fator terra engloba todos os recursos e condições existentes na natureza, por isso
a necessidade sobre as potencialidades de sua exploração e o domínio de processos de
reposição e reciclagem, a verificação de uma propriedade agrícola é a determinação da
capacidade de uso dos solos disponíveis, sendo analisado de forma completa, fertilidade,
textura, profundidade, declive, erosão etc, para que desse modo tenha uma haja um
crescimento ainda maior no agronegócios. Atualmente, tem contribuído decisivamente para
geração de empregos.
2.6.2.2 Medidas para empresas rurais em que as culturas são a principal fonte de renda:
- Área Total: número de hectares; área que a propriedade utiliza para cultivos.
- Área dedicada a uma ou duas culturas mais importantes: por exemplo milho ou
soja.
2.6.2.3 Medidas para empresas rurais em que a criação de animais é a principal fonte de
renda:
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- número de unidades-animais (UA): utilizada em empresas onde se criam
vários tipos de animais. É necessário determinar critérios para estabelecer a
equivalência e um animal como base. O critério pode ser por exemplo, a
quantidade de ração consumida. Já há uma pré-definição de UA: vacas com
mais de 2 anos: 1,00 UA; vacas de 1 a 2 anos: 0,70 UA;vacas de 6 meses a 1
ano: 0,50 UA; vacas de 3 a 6 meses: 0,25 UA; suínos com mais de 6 meses:
0,30 UA; suínos de 3 a 6 meses: 0,20 UA; galinhas: 0,01 UA; ovinos adultos:
0,20 UA;
2.6.2.4. Medidas para empresas rurais em que são importantes tanto culturas como criações:
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- Custo total anual por unidade de área: considera mão de obra, maquinários e
materiais. Exemplo: Lavoura (milho +soja)R$ 2.439,82/ha e Suinocultura R$
1.359,28/matriz.
- Índice de Intensidade (I): relação percentual entre o custo total anual por unidade
de área do estabelecimento e a média dos custos por unidade de área na região.
I – “Imóvel Rural”, o prédio rústico, de área contínua, qualquer que seja a sua
localização, que se destine à exploração extrativa, agrícola, pecuária ou
agroindustrial, quer através de planos públicos de valorização, quer de iniciativa
privada.
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V – “Latifúndio”, o imóvel rural que:
a) exceda à dimensão máxima fixada na forma do artigo 46,parágrafo 1º, alínea “b”,
desta lei, tendo-se em vista as condições ecológicas, sistemas agrícolas regionais
e o fim a que se destine;
b) não excedendo o limite referido na alínea anterior, e tendo área igual ou superior
à dimensão do módulo de propriedade rural, seja mantido inexplorado em relação
às possibilidades físicas, econômicas e sociais do meio, com fins especulativos,
ou seja, deficiente ou inadequadamente explorado, de modo a vedar-lhe a
inclusão no conceito de empresa rural.
a) o imóvel rural, qualquer que seja a sua dimensão, cujas características recomendem,
sob o ponto de vista técnico e econômico, a exploração florestal racionalmente
realizada, mediante planejamento adequado.
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2.6.5 SELEÇÃO E COMBINAÇÃO DE LINHAS DE EXPLORAÇÃO E A
ROTAÇÃO DE CULTURAS
As relações que podem existir entre linhas de exploração. Existem alguns princípios
básicos que podem ser utilizados na seleção das atividades mais convenientes para
determinada empresa agrícola. Nesta secção faremos algumas considerações adicionais sobre
o problema, recordando, inicialmente, a caracterização dos tipos de relações entre linhas de
exploração.
2.6.5.1. Relações Entre Linhas de Exploração
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Para medir o grau de especialização ou de diversificação de uma propriedade
podemos utilizar um dos seguintes valores:
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Analisaremos, a seguir, as vantagens das empresas diversificadas e das
especializadas.
Vantagens da especialização:
a) O princípio da vantagem comparativa indica que cada
propriedade deve dedicar-se à linha de exploração que melhor se adapte ao
local do ponto de vista econômico, tendo em vista a obtenção de lucros
máximos.
b) A especialização favorece o desenvolvimento da habilidade do
homem para efetuar determinados serviços, e, portanto, aumenta sua
eficiência. É verdade que as atividades agrícolas oferecem pouca
oportunidade para uma especialização profunda. Mesmo que o agricultor se
dedique a uma só linha de exploração deve executar diferentes tarefas no
decorrer do ano. Mas também é certo que quanto maior o número de linhas
de exploração existentes na empresa, menores serão as facilidades para que
o agricultor desenvolva maior habilidade e eficiência.
c) a especialização permite uma melhor aplicação do capital. Se
numa fazenda só se cultiva arroz será possível adquirir maquinaria eficiente
investindo uma quantidade moderada de capital por hectare de cultura. O
aumento do número de linhas de exploração tende a tomar a área dedicada
a cada cultura insuficiente para permitir o uso de máquinas de grande
capacidade.
d) a especialização facilita a administração da empresa.
Vantagens da diversificação:
a) diversificação, através da adequada combinação de linhas de
exploração principais, complementares e suplementares, determina o uso mais
completo dos recurso disponíveis. Assim, a diversificação favorece o uso mais
contínuo da mão-de-obra, evitando o problema social e econômico do
desemprego estacional (caso do volante ou safreiro).
b) a diversificação reduz os riscos devidos a preços desfavoráveis e a
condições meteorológicas prejudiciais.
c) permite rotação de culturas 1.
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Rotação de Culturas: É a alternância de culturas em uma mesma área, num um determinado período.
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Vantagens e Objetivos da Rotação de Culturas e/ou Pastagens
São muitas as vantagens da rotação de culturas e a maioria delas escapa ao âmbito
deste manual pois relaciona-se com outros campos de estudo. É o caso de vantagens como:
Na ordem técnica:
a) manter ou melhorar a fertilidade do solo
b) ajudar a controlar doenças e pragas
Na ordem econômica :
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EXERCÍCIO/PESQUISA: CONFORME A PRODUTIVIDADE.............
Atividades 1 - Exercícios
01. O Incra quer mudar as regras do jogo no campo ( índices de produtividades). Realizar
texto com investigação, análise e discussão da proposta e o apresentar informações
sobre sua interferência no AGRONEGÓCIOS .
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. Diagnóstico e Inventário
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1.INVENTÁRIO: CADASTRO DE EMPRESAS
1.1. Modelo Escrita Rural – Empresa EXEMPLO
NOME: ......................................................................................................................................
FANTASIA ...............................................................................................................................
ENDEREÇO ............................................................................................................................
BAIRRO ...................................................................................................................................
MUNICÍPIO .............................................................................................................................
NOME: .....................................................................................................................................
FANTASIA ...............................................................................................................................
ENDEREÇO ............................................................................................................................
BAIRRO ..................................................................................................................................
MUNICÍPIO ............................................................................................................................
NOME: ......................................................................................................................................
FANTASIA ................................................................................................................................
ENDEREÇO .............................................................................................................................
BAIRRO ....................................................................................................................................
MUNICÍPIO .............................................................................................................................
NOME: .......................................................................................................................................
FANTASIA ................................................................................................................................
ENDEREÇO .............................................................................................................................
BAIRRO ....................................................................................................................................
MUNICÍPIO .............................................................................................................................
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2. INVENTÁRIO DAS TERRAS
1.1. Modelo em hectare ( ha ) – Empresa EXEMPLO
ESPECIFICAÇÃO PRÓPRIA ARRENDADA OUTRAS TOTAL
LAVOURAS PERMANENTES 2 2
LAVOURAS TEMPORÁRIAS 110 5 5 120
PASTAGENS NATURAIS 3 3
PASTAGENS CULTIVADAS 2 2 4
MATAS NATIVAS 1 1
MATAS CILIARES
RESERVA LEGAL
FLORESTAS PLANTADAS 0
TERRAS INAPROVEITÁVEIS 1 1
ESTRADAS E RESIDÊNCIAS 1 1
AÇUDES E OUTRAS 0,5 0,5
TOTAL ÁREA 118,5 7 7 132,5
PREÇO MÉDIO DA TERRA – R$ / ha 15.000,00
VALOR TOTAL DA TERRA - R$ 1.777.500,00
VALOR ANUAL - 3 % 53.325,00
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3. CROQUIS DA PROPRIEDADE
3.1. EMPRESA EXEMPLO
IDENTIFICAÇÃO
NOME : JOSÉ DA SILVA
PROPRIEDADE : FAZENDA PARANÁ
LOCAL : TOLEDO FONE ( 45 ) 35269 4444
CROQUIS
Assis Chateaubriand
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3.2. COQUIS DA EMPRESA ESTUDO
IDENTIFICAÇÃO
NOME ................................................................................................................................
PROPRIEDADE .....................................................................................................................
LOCAL ........................................................................... FONE ( ) ...................................
ROTEIRO
CROQUIS
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4. ACOMPANHAMENTO DE SAFRA AGRÍCOLA
ATIVIDADE - MILHO
ANO ÁREA/ha Produção Produtividade Produtividade Custo/sc Custo/ha
kg kg/ha sc/ha
89/90 331,0 1.428.552 4.316 71,93
90/91 181,0 495.000 2.735 45,58
91/92 109,0 396.900 3.641 60,69
92/93 73,0 57.753 791 13,19
93/94 109,0 534.600 4.905 81,74
94/95 -- --
95/96 133,0 685.440 5.154 85,89
96/97 65,0 516.499 7.946 132,44 5,27 579,15
97/98 80,0 527.709 6.596 109,94 5,27 579,25
98/99 80,0 292.760 3.660 60,99 9,75 594,52
99/00 86,0 174.938 2.034 33,90 21,42 726,15
00/01 43,0 341.206 7.935 132,25 7,16 947,57
ATIVIDADE - TRIGO
ANO ÁREA/ha Produção Produtividade Produtividade Custo/sc Custo/ha
kg kg/ha sc/ha
1998
1999 218,0 546.176 2.505 41,76 11,35 473,81
2000 139,0 474,36
2001 484,0 214.031 442 7,37 79,86 588,55
ATIVIDADE
ANO ÁREA/ha Produção Produtividade Produtividade Custo/sc Custo/ha
kg kg/ha sc/ha
ATIVIDADE
ANO ÁREA/ha Produção Produtividade Produtividade Custo/sc Custo/ha
kg kg/ha sc/ha
Total # # # # # # #
TOTAL
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29
5. ACOMPANHAMENTO DA PECUÁRIA DE CORTE
• Unidade Animal (UA) = Peso médio de uma vaca adulta girando em 450 Kg .
• UA/ha = Unidade Animal / hectare.
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TOTAL
TOTAL ---
Lotação: UA/área ---
• Unidade Animal (UA) = Peso médio de uma vaca adulta girando em 450 Kg .
• UA/ha = Unidade Animal / hectare.
30
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6. INVENTÁRIO DE ANIMAIS
6.1. EMPRESA EXEMPLO
31
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7. CADASTRO DE EMPREENDIMENTO
8. PATRIMÔNIO
8.1.1. BENFEITORIAS - EMPRESA EXEMPLO
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8.2.1. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS - EMPRESA EXEMPLO
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10. ACOMPANHAMENTOS DE ESTOQUES
10.1. INSUMOS E PRODUTOS – EMPRESA EXEMPLO
ESPECIFICAÇÃO QUANTIDADE VALOR VALOR TOTAL
UNIDADE UNITÁRIO R$
Soja em Grãos 30.000 kg 0,50 15.000,00
Milho em Grãos 12.000 kg 0,25 3.000,00
Adubo 02-20-20 70 sc 40,00 2.800,00
Herbicida 10 litros 15,00 150,00
Óleo lubrificante 5 litros 5,00 25,00
Óleo Diesel 200 litros 1,50 300,00
Valor Total de Insumos/Prod 21.275,00
ESPECIFICAÇÕES VALOR – R$
INVENTÁRIO DE TERRAS 1.777.500,00
INVENTÁRIO DE ANIMAIS 132.700,00
PATRIMÔNIO: BENFEITORIAS 77.000,00
PATRIMÔNIO: MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 135.000,00
ESTOQUES: INSUMOS E PRODUTOS 21.275,00
TOTAL 2.143.475,00
ESPECIFICAÇÕES VALOR – R$
INVENTÁRIO DE TERRAS
INVENTÁRIO DE ANIMAIS
PATRIMÔNIO: BENFEITORIAS
PATRIMÔNIO: MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
ESTOQUES: INSUMOS E PRODUTOS
TOTAL
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CAPÍTULO 2. Engenharia do Projeto
1. CUSTOS DE PRODUÇÃO
35
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ANÁLISE DE CUSTOS
PERGUNTAS E RESPOSTAS:
• QUAL A QUANTIDADE MÍNIMA QUE SE DEVE
PRODUZIR E VENDER PARA NÃO TER PREJUÍZO ?
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TABELA 1 – CRITÉRIO DE RATEIO
CRITÉRIO DE RATEIO
1. ATIVIDADE AGRÍCOLA
ATIVIDADE ÁREA – HECTARE PROPORÇÃO
P/ RATEIO
Lavoura de arroz 1 150 25,00 %
Lavoura de soja 2 200 33,33 %
Lavoura de milho 3 250 41,67 %
600 100,00 %
TOTAL
2. ATIVIDADE PECUÁRIA POR UNIDADE / ANIMAIS EXISTENTES
ATIVIDADE UNIDADES / PROPORÇÃO
ANIMAIS P/ RATEIO
Cria 150 UA 30,00 %
Recria 150 UA 30,00 %
Engorda 200 UA 40,00 %
500 UA 100,00 %
TOTAL
3. CRITÉRIO DE HORAS TRABALHADAS PELO TRATOR
ATIVIDADE HORAS TRABALHO PROPORÇÃO
PELO TRATOR P/ RATEIO
Lavoura 1 - soja 100 Horas 22,22 %
Engorda 200 Horas 44,45 %
Lavoura 2 – milho 150 Horas 33,33 %
450 Horas 100,00 %
TOTAL
4. CRITÉRIO DE MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA
ATIVIDADE MOVIMENTAÇÃO PROPORÇÃO
FINANCEIRA P/ RATEIO
Lavoura 1 R$ 15.000,00 16,30 %
Lavoura 2 R$ 20.000,00 21,74 %
Lavoura 3 R$ 10.000,00 10,87 %
Cria R$ 10.000,00 10,87 %
Recria R$ 12.000,00 13,05 %
Engorda R$ 25.000,00 27,17 %
R$ 92.000,00 100,00 %
TOTAL
5. OUTROS CRITÉRIO
ATIVIDADE PROPORÇÃO
P/ RATEIO
Lavoura 1 16,00 %
Cria 30,00 %
Recria 20,00 %
Engorda 34,00 %
TOTAL 100,00 %
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CUSTOS DE PRODUÇÃO NO AGRONEGÓCIOS
INTRODUÇÃO
Muito se fala em custo de produção no agronegócio e apesar dos esforços das diversas
instituições públicas e privadas que contribuíram substancialmente para maior uniformização
das metodologias utilizadas, conforme citado por OCEPAR (1998), o assunto ainda carece de
maior difusão junto aos principais agentes do agribusines, notadamente no segmento
“ campo “. A maioria das instituições elaboram planilhas de custos de produção e parcela
restrita dos produtores, de uma forma ou outra, elaboram seus próprios custos.
Entretanto, a metodologia de cálculo utilizada pelos diferentes agentes é divergente, o
que dificulta os estudos e impossibilita comparações entre custo de produção, elaboração sob
metodologia diversas.
Este capítulo, tem como objetivo estudar o custo de produção no agronegócio,
apresentado nos tópicos: ASPECTOS METODOLÓGICOS; DETALHAMENTO DAS
CONTAS; DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS E ORÇAMENTAÇÃO PARCIAL
1. ASPECTOS METODOLÓGICOS
O método de cálculo adotado, terá como referência o da CONAB (2007), que busca
contemplar todos os itens de dispêndios, explícitos ou não, que devem ser assumidos pelo
produtor, desde as fases iniciais de correção e preparo do solo até a fase inicial de
comercialização do produto.
Segundo conceitos abordados, o cálculo do custo de uma determinada cultura
estabelece custos de produção associados aos diversos padrões tecnológicos e preços de
fatores em uso nas diferentes situações ambientais. Desta forma, o custo é obtido mediante a
multiplicação da matriz de coeficientes técnicos pelo vetor de preços dos fatores.
Na formulação do método de cálculo dos custos de produção, o objetivo deliberado é a
determinação do custo médio por unidade de comercialização das principais atividades
constantes na empresa rural.
Como o cálculo do custo de produção envolve uma série de rotinas nem sempre de
fácil entendimento para todos, é importante que se faça uma descrição dos procedimentos
empregados pela CONAB na elaboração desses custos e uma adaptação para as realidades
locais e regionais.
39
40
1.1. Coeficientes Técnicos de Produção
No cálculo do custo de produção de uma determinada cultura deve constar como
informação básica a combinação de insumos, de serviços e de máquinas e implementos
utilizados ao longo do processo produtivo.
Esta combinação é conhecida como “ pacote tecnológico “ e indica a quantidade de
cada item em particular, por unidade de área, que resulta num determinado nível de
produtividade. Essas quantidades mencionadas, referidas a unidade de área (hectare) são
denominadas de coeficientes técnicos de produção, podendo ser expressas em toneladas,
quilograma ou litro (corretivos, fertilizantes, sementes e agrotóxicos), em horas (máquinas e
equipamentos) e em dia de trabalho (humano ou animal ).
Dados as peculiaridades da atividade agrícola, os referidos coeficientes são
influenciados diretamente pela diversidade de condições ambientais de clima, de fertilidade,
de tipo e topografia do solo, dentre outros, que moldam, na prática, uma grande variedade de
padrões tecnológicos de produção. Assim, para tornar possível o estabelecimento de
coeficientes técnicos e superar os problemas da extrema diversidade existente, faz-se
necessária a aceitação de alguns padrões genéricos que sejam representativos do conjunto de
tecnologias adotadas pelo produtores das diferentes regiões do País, desde que guardem certa
consistência entre eles.
A matriz de coeficientes técnicos devem ser adaptadas conforme os indicadores
regionais de desempenho e atualizados pelas entidades inseridas no agronegócio.
40
41
estatísticos específicos, a exemplo de estudos de tendência de preços, com base em série
histórica e de relativos de preços.
Numa situação ex-post, o cálculo do custo de produção de produtos agropecuários é
determinado após o desenvolvimento da safra e são baseados em dados efetivamente
realizados. Para o produtor rural, sua importância é na identificação da rentabilidade dos
sistemas de produção daquele exercício, assim como, de suas causas e conseqüências.
O custo total de produção de um produto agropecuário representa a soma de todas as
despesas explícitas ( caixa ) e implícitas ( não caixa ), que podem ser atribuídas à produção
dessa exploração. O custo total é a soma dos custos fixos e dos custos variáveis.
41
42
informado anteriormente, os preços que eventualmente não estão disponíveis nesse
momento, têm tratamento próprio, segundo critérios específicos.
No segundo caso, estes dispêndios vão sendo revistos, a cada instante, de acordo com o
desembolso efetivo em cada fase do ciclo produtivo, a saber: preparo do solo, plantio, tratos
culturais e colheita. Assim, a partir da utilização desse critério, é possível fazer-se cálculos
periódicos do custo durante todo o período de produção, bastando para isto eleger a data-base
desejada, bem como calcular o custo efetivo ao término da safra.
Neste contexto, vale dizer que, para a safra de verão, o ideal seria calcular os custos em,
pelo menos, quatro momentos distintos, a saber:
- antes do início do cultivo (abril/maio
- no início do cultivo (agosto/setembro);
- no decorrer do ciclo de cultivo (novembro/dezembro);
- após o término da colheita (abril).
42
43
1.5. Representatividade dos Custos
Quanto à representatividade estatística, os custos de produção calculados pela CONAB
buscam observar o comportamento médio dos diversos padrões tecnológicos praticados no
cultivo dos produtos amparados pela Política Governamental de Preço Mínimo, bem como
dos preços dos fatores de produção, ao nível das regiões geográficas: Sul, Sudeste e Centro-
Oeste, denominada Região Centro-Sul e ao nível da Região Norte/Nordeste.
Ao longo do tempo, as decisões de governo para a agricultura basearam-se via de regra,
em informações de caráter global, isto é, aquelas com níveis de agregação geográfica que
representam, em grande números, todas as zonas de produção agrícola. Recentemente, têm-se
observado decisões de política agrícola em planos mais regionalizados, o que, sem dúvida,
constituem-se em avanços, diante de um quadro de rápidas transformações tecnológicas na
agricultura.
43
44
O custo operacional é composto de todos os itens de custos variáveis (despesas
diretas ) e a parcela dos custos fixos diretamente associada à implementação da lavoura.
Difere do custo total apenas por não contemplar a renda dos fatores fixos, consideradas aqui
como remuneração esperada sobre o capital fixo e sobre a terra. É um conceito de maior
aplicação em estudo e análises que visam horizontes de médio prazo.
O custo total de produção, compreende o somatório do custo operacional mais a
remuneração atribuída aos fatores de produção.Numa perspectiva de longo prazo todos esses
itens devem ser considerados na formação de políticas para o setor.
Pode-se afirmar também que custo de produção é uma compensação que os donos dos
fatores de produção, utilizados por uma firma para produzir determinado bem, devem receber
para que eles continuem fornecendo estes fatores à mesma.
O termo “compensação “é utilizado no conceito de custo de produção, porque em
certos casos não ocorre pagamento formal, ou seja, nem todos os custos envolvem um
pagamento em dinheiro (custo caixa). Em muitos casos, alguns itens que compõem o custo
de produção de um bem não envolvem um desembolso de dinheiro (custo não caixa), como
por exemplo, a depreciação tecnológica de um trator ou o custo de oportunidade do capital
investido em máquinas.
Desta forma, no longo prazo, sempre deve haver um rendimento ao capital próprio no
montante que este poderia receber emprestando-o, por exemplo, a outras firmas. Caso
contrário, no longo prazo, o empresário será forçado a encerrar suas atividades pela
obsolescência de seu patrimônio.
44
45
2.1. Descrição dos itens que Compõem o Custo de Produção
Considerando os critérios de organização apresentados acima, os elementos do custo de
produção agrícola são reunidos segundo o plano de contas a seguir:
A – CUSTO VARIÁVEL
I- DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com aviões
2 - Operação com Máquinas
3 - Aluguel de Máquinas
4 - Mão-de-obra temporária
5 - Mão-de-obra permanente
6 - Sementes
7 - Fertilizantes
8 - Agrotóxicos
9 - Despesas Administrativas
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Máquinas / Colheita
2 - Transporte externo
3 - Classificação
4 - Recepção/Limpeza/Secagem/Armazenagem (30 dias)
5 - Despesas com PROAGRO
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros
2 - Impostos e Taxas
B - CUSTO FIXO
IV – DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias e instalações
2 - Depreciação de máquinas e implementos
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção Periódica de máquinas
2 - Encargos sociais
3 - Seguro do capital fixo
C - CUSTO OPERACIONAL ( A + B )
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo
2 - Terra
D - CUSTO TOTAL ( C + VI )
45
46
2.1.1. Operação com aviões
Algumas operações, por razão diversas, são realizadas com utilização de aviões, como
por exemplo, a aplicação de agrotóxicos nas lavouras irrigadas, onde o uso da máquina torna-
se praticamente impossível. Neste item são computadas as despesas que o produtor realiza na
contratação de aplicação aérea (agrotóxicos, fertilizantes, etc ). Assim como em qualquer item
das despesas de custeio, o dispêndio é obtido mediante a multiplicação do respectivo
coeficiente técnico pelo custo do serviço do aluguel do avião..
__________________________________________
1
Em razão da complexidade do cálculo de manutenção de máquina, este item é comentado à parte ( 2.1.13 )
46
47
2.1.4. Operação com animais
Representam os gastos relacionados às operações realizadas com animais de tração do
produtor. Segundo uma planilha própria, o cálculo deste custo contempla as despesas com
alimentação, operador, manejo e defesa sanitária (vacinas e medicamentos ), necessários à
manutenção e à sobrevivência do animal.
2.1.5. Mão-de-obra
De acordo com a metodologia de cálculo, são considerados dois tipos de mão-de-obra:
o trabalhador temporário e a mão-de-obra permanente. Tais despesas são apropriadas como
custo variável, uma vez que representa desembolso imediato para o agricultor.
Por trabalhador temporário entende-se aquele que é remunerado por dia de serviço
na execução de tarefas que não exigem maiores qualificações. Enquadram-se nesta categoria
diversos tipos de trabalhadores, desde os “ trabalhadores volantes “ (bóias frias) até os
pequenos proprietários que se assalariam para a complementação da renda familiar.
Sabe-se, contudo, que para realização de determinadas práticas em culturas anuais, o
trabalhador é melhor remunerado, seja pelos cuidados requeridos na sua execução, seja pela
oportunidade da realização das mesmas, onde o atraso pode implicar em queda de
produtividade e prejudicar a qualidade do produto colhido. Neste particular, é feito uma
diferenciação no caso da mão-de-obra requerida para as colheitas de algodão e de feijão.
O valor do salário pago ao diarista é obtido por meio de pesquisa de campo. Já a
remuneração paga pela colheita de algodão e de feijão é calculada através do critério de
comparação histórica do valor utilizado nessas operações com aquele pago ao diarista
(serviços gerais). Assim, comparando-se a média das remunerações pagas nos últimos anos
aos trabalhadores contratados para a operação de colheita dessas culturas com a média do
salário pago ao diarista, no mesmo período, observou-se que existe um comportamento
relativamente estável entre essas duas variáveis, que faz com que os gastos com essa operação
possam ser expressos como uma proporção do salário pago ao diarista. Nas duas últimas
safras, esta proporção foi da ordem de 25% do valor pago ao diarista, para se colher uma
arroba (15 kg) de algodão. Para a colheita de feijão a diária corresponde a 115% do valor de
uma diária comum.
Mão-de-obra Permanente: são dispêndios efetuados para a remuneração dos
trabalhadores permanentes (capatazia). Na medida que o trabalhador permanente de uma
propriedade agrícola tende a atender a propriedade como um todo, a mensuração do tempo e
do valor gasto em uma atividade específica torna-se difícil de ser aferido, exigindo, para tanto
que se adote alguns critérios que permitam a obtenção de uma aproximação razoável desse
gasto, durante o ciclo produtivo de uma determinada cultura.
47
48
Na metodologia da CONAB, como não se trata de uma propriedade em particular,
mas de uma estimativa genérica para o conjunto de propriedades existente para se determinar
o montante da mão-de-obra permanente usado em cada cultura, considera-se o valor de um
salário mínimo, pelo período de seis meses, rateado por 100 hectares. Este período é
entendido como sendo o tempo médio de duração dos ciclos das culturas anuais, enquanto
100 hectares seria o tamanho médio de uma propriedade, possível de ser administrada por um
capataz. Dessa forma, obtém-se o dispêndio com mão-de-obra permanente em cada hectare,
padrão a todas as culturas.
Operador: o salário do operador de máquina é contemplado diretamente no cálculo
do custo de hora/máquina ( item 2.1.2 ).
2.1.6. Insumos
Refere-se às despesas de aquisição de fertilizantes, agrotóxicos e sementes.
Fertilizantes e Agrotóxicos: os preços são obtidos através de pesquisas de campo e
referem-se aos insumos colocados na propriedade do agricultor. Estes preços pesquisados são
comparados com a série histórica, de maneira a testar sua compatibilidade com a tendência
histórica.
Sementes e Mudas: no momento em que se calcula o custo estimado, o mercado de
semente ainda não formou seu preço, exigindo, então, que se recorra a um critério específico,
que consiste em fazer um estudo comparativo entre os preços do grão e da respectiva semente,
de modo a se obter um relativo de preços que possa ser utilizado para se estimar o preço da
semente na época efetiva de sua comercialização, baseando-se nas expectativas de preços de
mercado para o grão.
Primeiramente, os preços nominais pagos pelos produtores na safra anterior, com a
aquisição de sementes na época de concentração da comercialização deste insumo, são
atualizados monetariamente para o mês de junho, através do IGP-DI. Em seguida, os preços
reais das sementes são ponderados pelos calendário de plantio dos principais estados
produtores, obtendo-se, assim, os preços reais médios pagos, ponderados para a safra.
Posteriormente, adota-se o mesmo procedimento para os preços recebidos pelos
produtores, mediante a tabulação dos preços nominais nos principais estados produtores, no
período de comercialização dos produtos, corrigindo-os pelo mesmo índice, também para o
mês de junho. Estes preços reais são ponderados pelos percentuais de colheita mensal e pelo
volume de produção obtida em cada um dos principais estados produtores, obtendo-se dessa
forma, os preços reais médios recebidos.
48
49
Os relativos sementes/grãos ou caroço são obtidos através da divisão dos preços
reais médios pagos pelas sementes, pelos preços reais médios recebidos com a venda dos
grãos ou caroços (algodão). A partir daí, faz-se a estimativa do preço de semente de duas
maneiras:
a) relativo encontrado na safra atual multiplicado pelo preço real ponderado do produto;
b) média dos relativos das safras anteriores e atual multiplicada pelo preço real do
produto.
Finalmente, faz-se o comparativo, mediante o confronto das estimativas de preços
previstos para a safra, com o preço mínimo de sementes, com os preços coletados na última
pesquisa de campo e com os fornecidos pela Associação Brasileira dos Produtores de
Sementes ( ABRASEM ), também em valores de junho, de modo a testar a consistência dos
preços obtidos.
49
50
2.1.10. Despesas com PROAGRO
Considera-se a taxa de participação, por cultura, denominada adicional. ( Capítulo 7,
Seção 3, do Manual de Crédito Rural do BACEN ), compreendendo o seguintes percentuais:
Essas alíquotas são acrescidas de 2%, a título de assistência técnica que o agricultor
deve contratar para se beneficiar do Programa e incidem uma única vez sobre o valor total de
custeio agrícola.
2.1.11. Juros
São considerados nesta rubrica os juros incidentes sobre os recursos necessários ao
custeio da lavoura, computados a partir das respectivas épocas de liberação ou de utilização.
A mensuração desse componente é feita a partir de estimativas de crédito que o agricultor
obtém com recursos do crédito rural oficial, portanto à taxa de juros preferenciais, e com
recursos provenientes de fontes alternativas (própria ou de terceiros) para a complementação
do financiamento da lavoura, remunerados pela taxa SELIC.
2.1.12. Depreciação
50
51
a) Método Linear: É o mais utilizado.Neste método a depreciação é tida simplesmente
com a desvalorização do bem. Para o método linear, a fórmula de cálculo é a seguinte:
A CONAB, utiliza-se para cálculo das depreciações o método linear que considera a
depreciação como uma função da idade do bem, variando uniformemente ao longo da vida
útil. Consideram-se aqui as Depreciações de benfeitorias (= utilizando-se da vida útil do bem
definida em anos ) e Máquinas e Equipamentos (= vida útil do bem definido em horas ).
51
52
b ) Método da Recuperação de Capital (=Reavaliação anual e valor de
revenda): Neste método a depreciação é tida simplesmente como a diferença monetária entre
os valores das avaliações de determinado bem, realizada no início e no final de cada ano
agrícola, pelo seu valor de revenda no mercado.
n
i . ( 1 +i )
R = VP .
n
( 1 + i ) - 1
52
53
1.1.13. Manutenção periódica de máquinas
53
54
2.1.14. Encargos sociais
Nesta rubrica enquadram-se as despesas com férias, 13 º salário, INSS, FGTS
referente à mão-de-obra fixa, já que estas não se constituem em desembolsos
imediatos de recursos, uma vez que as despesas com pagamentos dos salários já foram
consideradas anteriormente no item 2.1.5. Estes encargos perfazem um acréscimo de
59 % sobre o total pago ao trabalhador permanente, o qual foi especificado nas
despesas de custeio da lavoura.
• Terra = 3 % ao ano
• Máquinas, Equipamentos e Benfeitorias = 6 % ao ano
54
55
2.1.17. Remuneração do fator terra
55
56
4. Considera o arrendamento em dinheiro.
5. É uma composição das duas formas de arrendamento (proporção fixa e em dinheiro),
com valor correspondente de mercado;
6. É idêntico ao quinto,exceto que toma o valor corrente de aquisição no mercado
J = Vt x 3 %
56
57
2.1.19. Taxas e impostos
As taxas e impostos fixos devem ser estimados conforme legislação pertinente.
Exemplo: Imposto Territorial Rural – ITR ( = valor da terra x 0,10 % ), cuja remuneração
depende do módulo regional definido pelo INCRA.
3. DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS
Um dos principais objetivos da administração rural é apurar o resultado de uma
determinada atividade ou da empresa como um todo. A análise consiste, em geral, na
comparação da receita com o custo de produção. dessa equação monetária saem muitos
indicadores que mostram a eficiência do capital.
57
58
Receita não caixa representa o resultado da atividade em valores não
monetários. Esta pode ser formada pelos seguintes itens:
• aumento do valor do rebanho graças ao crescimento e engorda
• aumento do valor do inventário de máquinas, implementos, benfeitorias etc
graças à reforma ou compra
• aumento do valor do inventário da terra graças à sistematização ou correção do
solo;
• aumento do valor do inventário de insumos e produtos em estoque.
58
59
3.6. MARGEM BRUTA ( MB )
Representa a diferença entre a receita bruta ( RBt ) e os custos variáveis ( CV)
MB = RB - CV
ML = RB - CT
RT
R$
Lucro CV
PE
P COP ( BCD )
CFT ( AC )
C
Prejuízo CF Caixa ( BC )
P CF não caixa ( AB )
59
60
O RBC indica quantas unidades de capital recebido como benefício são obtidos para cada
unidade de capital investido. Quando esse índice é maior do que um, ele indica que o produtor
tem ganhos e deve efetuar a aplicação dos recursos. E que ele teria prejuízos na situação em
que o índice for inferior a unidade. De modo geral pode-se resumi-los na relação de
benefício custo a seguir:
4. ORÇAMENTAÇÃO
60
61
ESTUDO DE CASOS
TABELAS
61
62
TABELA . ESTIMATIVA DO VALOR DE SUCATA; VIDA ÚTIL E TAXA ANUAL
DE MANUTENÇÀO DE ALGUNS FATORES DE PRODUÇÃO
62
TABELA 3. CUSTOS FIXO DA PROPRIEDADE
1. TERRAS
FATOR DE PRODUÇÃO VALOR - R$ JUROS - % CUSTO ANUAL
Terras
2. BENFEITORIAS
FATOR DE PRDUÇÃO VALOR VALOR VIDA DEPRECIAÇÃO JUROS SEGURO MANUTENÇÃO CUSTO FIXO
NOVO SUCATA ÚTIL ANUAL
10
SUB – TOTAL
3. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
FATOR DE HORAS CUSTO VALOR VALOR VIDA DEPRECIAÇÃO JUROS SEGURO MANUTENÇÃO CUSTO FIXO
PRDUÇÃO ANO HORA NOVO SUCATA ÚTIL ANUAL
Trator 100.000,00 10
Colhedora 300.000,00 10
Plantadora 60.000,00 10
Pulverizador 22.345,00 10
SUB -
TOTAL
Encargos Sociais
5. PRÓ-LABORE DO PRODUTOR
Retirada mensal
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EXERCÍCIOS
Exercício 2. Meu vizinho pretende comprar um trator igual, mas possui uma área
mecanizável menor, estimando utiliza-lo apenas 400 horas por ano. Com isso
pretende elevar a vida útil do trator para 25 anos. Os gastos com combustível e
operador são idênticos. Qual será o custo hora do trator?
64
65
Exercício 3. Tenho um trator próprio para aplicação de agrotóxicos, cujo valor
novo é de R$ 45.000,00 e um pulverizador com valor novo de R$ 20.000,00. O trator
trabalha em média 800 horas/ano e consome de combustível 10 litros/hora (= preço
do diesel à R$ 1,60 / litro ). O pulverizador é utilizado 500 horas/ano. O operador
ganha R$ 4,00/hora para aplicar agrotóxicos. Para prestar serviço para terceiro de-
sejo ganhar R$ 6,00/hora, quanto devo cobrar pela hora trabalhada pelo conjunto ?
65
66
ANÁLISE DE CASO/TOMADA DE DECISÃO
ORÇAMENTAÇÃO
CENÁRIO: Agricultor com 500 ha de terra e lavoura de 200 ha de soja, com produtividade
de 2.600 kg/ha. O aluguel da colhedora custa 8 % (oito por cento) do produto
a ser colhido. O preço da soja é de R$ 0,175 / Kg. A compra da colhedora,
com capacidade de colheita de 10 ha/dia, é de R$ 80.000,00. A colhedora
irá trabalhar 10 horas/dia e o produtor possuindo a máquina, irá ter um
aumento de renda de 60 Kg de soja/ha..
66
67
MODELO DE CUSTOS DE PRODUÇÃO – SEAB / DERAL
ESTIMATIVA DO CUSTO DE PRODUÇÃO
SOJA PLANTIO DIRETO
Safra: 2006/07 Mês de Referência: AGO / 07
Sacos
Produtividade : 50 /ha.
Participação
Especificação R$/ha R$/60kg
(%)
10 - Recepção/secagem/limpeza/armazenagem - - -
67
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MODELO DE CUSTO DE PRODUÇÃO - CONAB
CUSTO DE PRODUÇÃO ESTIMADO
SOJA - PLANTIO DIRETO
SAFRA DE VERÃO 2007/2008
LOCAL: CAMPO MOURAO
Produtividade Média: 3.000 kg/ha
A PREÇOS DE: 01-jul-07 PARTICI-
DISCRIMINAÇÃO PAÇÃO
(R$/ha) R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00 0,00 0,00%
2 - Operação com máquinas 143,24 2,89 9,11%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 15,51 0,31 0,99%
4 - Mão-de-obra temporária 13,59 0,31 0,86%
5 - Mão-de-obra fixa 34,20 0,68 2,18%
6 - Sementes 48,00 0,96 3,05%
7 - Fertilizantes 231,60 4,63 14,73%
8 - Defensivos 318,26 6,39 20,24%
Total das Despesas de Custeio da Lavoura (A) 804,40 16,17 51,16%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro da produção 23,33 0,47 1,48%
2 - Assistência técnica 16,09 0,32 1,02%
3 - Transporte externo 39,90 0,80 2,54%
5 - Armazenagem 0,00 0,00 0,00%
6 - CESSR 30,59 0,61 1,95%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 109,91 2,20 6,99%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 42,40 0,85 2,70%
Total das Despesas Financeiras (C) 42,40 0,85 2,70%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 956,71 19,22 60,85%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 59,40 1,19 3,78%
2 - Depreciação de implementos 41,46 0,83 2,64%
3 - Depreciação de máquinas 57,54 1,15 3,66%
Total de Depreciações (E) 158,40 3,17 10,07%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 33,45 0,67 2,13%
2 - Encargos sociais 20,18 0,40 1,28%
3 - Seguro do capital fixo 4,39 0,09 0,28%
Total de Outros Custos Fixos (F) 58,02 1,16 3,69%
Custo Fixo (E+F = G) 216,42 4,33 13,77%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 1.173,13 23,55 74,61%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 39,13 0,78 2,49%
2 - Terra 360,00 7,20 22,90%
Total de Renda de Fatores (I) 399,13 7,98 25,39%
CUSTO TOTAL (H+I = J) 1.572,26 31,53 100,00%
Elaboração: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP
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EXEMPLO: ESTUDO DE CASO
PERÍODO:16/05/2000 a 15/10/2001
VALOR
DATA HISTÓRICO UNITARIO VALOR/TOTAL
15/05/00 CALCÁRIO DOLOMÍTICO tipo C PRNT 75% - 40 toneladas R$ 1.840,00
15/04/01 VENDA DA PRODUÇÃO - 4000 sacas de 60 Kg R$ 108.800,00
15/09/00 SEMENTE DE SOJA EMBRAPA 48 - 128 sacas de 50 kg R$ 5.376,00
05/09/00 ADUBO 00-30-15 - 288 sacas de 50 Kg R$ 7.056,00
20/09/00 HERBICIDA SCEPTER - 80 LITROS R$ 3.610,00
20/09/00 HERBICIDA TRIFLURALINA PREMERLIM - 265 LITROS R$ 3.922,00
01/07/00 ARAÇÃO - 216 HORAS 17,58
21/09/00 APLICAÇÃO DE HERBICIDA - 40 HORAS 21,58
22/10/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 24 HORAS 21,58
22/11/00 INSETICIDA NUVACRON - 16 LITROS 18,70
26/12/00 INSETICIDA TAMARON - 64 LITROS 21,58
28/10/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 24 HORAS 21,58
20/09/00 PLANTIO CONVENCIONAL - 80 HORAS 30,01
15/03/01 COLHEITA ALUGADA - 8 % DA PRODUÇÃO
15/03/01 TRANPORTE - 1,5 % DA PRODUÇÃO
15/04/01 INSS - 2,2 % DA PRODUÇÃO
20/08/01 M.OBRA TEMPORÁRIA - 5 DIAS 10,00
02/07/00 GRADAGEM NIVELADORA 2 VEZES - 128 HORAS 17,71
VALOR
DATA HISTÓRICO UNITARIO VALOR/TOTAL
01/07/00 CALCÁRIO DOLOMÍTICO tipo C PRNT 75% - 25 toneladas R$ 1.150,00
15/04/01 VENDA DA PRODUÇÃO - 6600 sacas de 60 Kg R$ 65.680,00
15/08/00 SEMENTE DE MILHO P 3063 - 45 sacas de 20 kg R$ 5.535,00
15/08/00 ADUBO 08-30-20 - 290 sacas de 50 Kg R$ 8.076,00
20/08/00 HERBICIDA PRIMEXTRA - 290 LITROS R$ 5.046,00
20/08/00 TRAT. DE SEMENTE SEMEVIN - 9 LITROS R$ 522,00
15/07/00 HERBICIDA ROUNDUP - 160 LITROS R$ 1.344,00
21/09/00 APLICAÇÃO DE HERBICIDA - 25 HORAS 21,58
22/10/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 15 HORAS 21,58
22/11/00 INSETICIDA LANATE - 50 LITROS 17,00
15/12/00 INSETICIDA KARATE - 8 LITROS 39,00
22/10/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 15 HORAS 21,58
21/09/00 PLANTIO DIRETO - 96 HORAS 32,79
15/03/01 COLHEITA ALUGADA - 6 % DA PRODUÇÃO
15/03/01 TRANPORTE - 1,5 % DA PRODUÇÃO
15/04/01 INSS - 2,2 % DA PRODUÇÃO
20/10/00 M.OBRA TEMPORÁRIA - 5 DIAS 10,00
69
70
EMPRESA: FAZENDA RIO GRANDE
EMPREENDIMENTO: TRIGO 40 ha
SAFRA 2000/01
VALOR
DATA HISTÓRICO UNITARIO VALOR/TOTAL
16/03/00 CALCÁRIO DOLOMÍTICO tipo C PRNT 75% - 20 toneladas R$ 920,00
15/10/00 VENDA DA PRODUÇÃO - 1600 sacas de 60 Kg R$ 25.760,00
15/04/00 SEMENTE DE TRIGO IAPAR 78 - 132 sacas de 50 kg R$ 3.960,00
15/04/00 ADUBO 04-20-20 - 132 sacas de 50 Kg R$ 3.699,60
20/04/00 HERBICIDA ALLY - 0,4 KG R$ 800,00
20/05/00 INSETICIDA PIRIMOR - 4 KG R$ 115,20
15/04/00 HERBICIDA ROUNDUP - 65 LITROS R$ 546,00
20/04/00 APLICAÇÃO DE HERBICIDA - 20 HORAS 21,58
20/05/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 12 HORAS 21,58
15/06/00 INSETICIDA NUVACRON - 16 LITROS 18,70
15/06/00 FUNGICIDA TILT - 20 LITROS 67,00
15/07/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 12 HORAS 21,58
15/04/00 PLANTIO DIRETO - 48 HORAS 32,79
07/09/00 COLHEITA ALUGADA - 8 % DA PRODUÇÃO
07/09/00 TRANPORTE - 1,5 % DA PRODUÇÃO
07/09/00 INSS - 2,2 % DA PRODUÇÃO
20/05/00 M.OBRA TEMPORÁRIA - 5 DIAS 10,00
PERÍODO:16/08/2000 a 15/10/2001
VALOR
DATA HISTÓRICO UNITARIO VALOR/TOTAL
15/05/00 CALCÁRIO DOLOMÍTICO tipo C PRNT 75% - 40 toneladas R$ 1.840,00
15/04/01 VENDA DA PRODUÇÃO - 4000 sacas de 60 Kg R$ 108.800,00
15/09/00 SEMENTE DE SOJA EMBRAPA 48 - 128 sacas de 50 kg R$ 5.376,00
05/09/00 ADUBO 00-30-15 - 288 sacas de 50 Kg R$ 7.056,00
20/09/00 HERBICIDA SCEPTER - 80 LITROS R$ 3.610,00
20/09/00 HERBICIDA TRIFLURALINA PREMERLIM - 265 LITROS R$ 3.922,00
15/08/00 HERBICIDA ROUNDUP - 160 LITROS R$ 1.344,00
15/08/00 APLICAÇÃO DE HERBICIDA - 40 HORAS 21,58
22/10/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 24 HORAS 21,58
22/11/00 INSETICIDA NUVACRON - 16 LITROS 18,70
26/12/00 INSETICIDA TAMARON - 64 LITROS 21,58
22/10/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 24 HORAS 21,58
20/09/00 PLANTIO DIRETO - 96 HORAS 32,79
15/03/01 COLHEITA ALUGADA - 8 % DA PRODUÇÃO
15/03/01 TRANPORTE - 1,5 % DA PRODUÇÃO
15/04/01 INSS - 2,2 % DA PRODUÇÃO
20/08/01 M.OBRA TEMPORÁRIA - 5 DIAS 10,00
70
71
ESTIMATIVA DO CUSTO DE PRODUÇÃO
PRODUTO SAFRA
LOCAL
PRODUTIVIDADE MÊS DE REFERÊNCIA:
71
72
ESTIMATIVA DO CUSTO DE PRODUÇÃO
PRODUTO SAFRA
LOCAL
PRODUTIVIDADE MÊS DE REFERÊNCIA:
2. Despesas Pós-Colheita
3. Despesas Financeira
Custo Variável ( A )
2. Depreciação Máquina/Equipam
3. Depreciação de Benfeitorias
4. Seguro do Capital Fixo
5. Encargos Sociais
Custo Fixo ( B )
Custo Operacional ( A + B )
6. Remuneração do Capital Próprio
7. Remuneração da Terra
Custo Fixo ( C )
Custo Total Fixo ( B + C )
Custo Total ( A + B + C )
Produtividade Kg/ha sc/ 60 kg @ litros
Preço Kg sc/ 60 kg @ litros
Receita Bruta Total - RbT = Produtividade x Preço
Custo Variável
Custo Operacional
Custo Total
Margem Bruta - MB = RT - Custo Variável
Margem Líquida - ML = RT - Custo Total
Produtividade Equilíbrio Kg/ha e / ou = Custo Variável / Preço
Preço Equilíbrio Kg e /ou = Custo Variável / Produtividade
RBC s/ custo Variável = RT / Custo Variável
RBC s/ custo total = RT / Custo total
LUCRATIVIDADE BRUTA = Margem Bruta / RbT x 100
LUCRATIVIDADE LÍQUIDA = Margem Líquida / RbT x 100
72
73
ANÁLISE : SOJA – 1 hectare
Indicadores Unidade Baixa Média Alta
Produtividade Sc/60 kg 35 50 65
Preço R$ / sc
Receita Bruta Total - RbT R$
Custo Variável R$
Custo Operacional R$
Custo Total R$
Margem Bruta - MB R$
Margem Líquida - ML R$
Produtividade de Equilíbrio s/ Custo Varia. Sc/ha
Produtividade de Equilíbrio s/ Custo Op. Sc/ha
Produtividade de Equilíbrio s/ Custo Total Sc/ha
Preço de Equilíbrio s/ Custo Variável R$/sc
Preço de Equilíbrio s/ Custo Op. R$/sc
Preço de Equilíbrio s/ Custo Total R$/sc
RBS s/ Custo Variável #
RBC s/ Custo operacional #
RBC s/ Custo Total #
LUCRATIVIDADE BRUTA %
LUCRATIVIDADE LÍQUIDA %
73
74
ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
ESTUDO DE CASO
EXEMPLO 1 – ANÁLISE
CULTURA: SOJA PREÇO R$ 10,00
CULTURA Índice
PRODUTIVIDADE Sc/ha 40 44 36 40
% - 100 % 110 % 90 % 100 %
RECEITA R$ 400,00 440,00 360,00 400,00
CUSTO TOTAL R$ 200,00 200,00 200,00 180,00
% - 100 % 100 % 100 % 90 %
LUCRO / ha R$ 200,00 240,00 160,00 220,00
GANHO LÍQUIDO R$ --- 40,00 - 40,00 20,00
CONCLUSÕES:
- Grandes produções somente não são a resposta para uma Agricultura Eficiente. Altas
produtividades sozinhas não garantem o Lucro. Com preços agrícolas baixos, os
custos de produção devem ser contidos para assegurar algum lucro.
- Dicas para ser eficiente na agricultura: Tecnologia regional / testada; Utilização de
Manejo Integrado Cultural; Sustentabilidade; Análise de Custos de produção;
Estratégias de Comercialização; Análise Técnico x Econômico x Financeira por
Atividades e áreas.
74
75
2 Análise econômica da
propriedade rural
75
76
2. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
• CAPITAL DE GIRO
• FLUXO DE CAIXA
• APURAÇÃO DE RESULTADOS
• CONTROLE DE CUSTOS E PREÇOS
• AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
• INDICADORES DA SAÚDE ECONÔMICO-FINANCEIRO.
- concessão de créditos;
- formação de preço;
- empréstimos e outras captações de recursos;
- controle de custos;
- aplicação dos recursos
Capital de Giro é a soma dos valores que a sua empresa utiliza para movimentar os negócios
no seu dia-a-dia, ou seja: o financiamento a clientes através do contas a receber e o somatório
dos recursos aplicados em estoques.
76
77
EXEMPLO DE ESTRUTURA DO CAPITAL DE GIRO
RESUMO
( - ) COBERTURAS EXTERNAS 65 %
# CAPITAL DE GIRO:
77
78
2.2. AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
JUSTIFICATIVA
Nesses tempos de agricultura moderna, competitividade, eficiência e economia
globalizada, a análise do balanço patrimonial, é uma das ferramentas mais importante da
administração rural para nortear os planos do produtor. a análise do balanço patrimonial é
uma das melhores formas de se entender as condições financeiras de um produtor ou uma
propriedade. mais do que uma “ fotografia “ da situação econômica, o balanço patrimonial é
uma verdadeira “radiografia “ da saúde financeira do produtor, mostrando por dentro, em
detalhes as relações entre o que se tem e o que se deve, e as verdadeiras dimensões do
patrimônio do produtor.
AVALIAÇÃO
Uma boa maneira de avaliar e evolução de seu negócio é através da análise do valor
líquido do patrimônio da sua empresa ( PL ).
78
79
4 - Imobilizados..........................33.000,00 4 - Salários.....................................8.000,00
máquinas 12.000,00
móveis 3.000,00
instalações 18.000,00
5 - Outras Obrigações....................6.000,00
Obs: Se, ao final de cada mês, for levantado o valor de patrimônio líquido ( PL ),
transformando-o em valor estável (dólar, UFIR, TR etc ) e comparando-o com o dos meses
anteriores, você terá uma visão bastante clara da evolução financeira da empresa.
EXEMPLO:
79
80
O quadro 1 nos mostra o formato geral do Balanço Patrimonial para uma propriedade.
Semelhante aos de qualquer empresa, o Balanço Patrimonial tem como base a relação entre
Ativo e Passivo. Ativo refere-se a tudo que o produtor tem em forma de bem ou capital, ou
tudo aquilo que tenha e que possa a curto prazo ser transformado em capital. Já o Passivo é a
origem desses bens ou desse capital, de onde saiu originalmente o capital. Por definição, o
Ativo Total é igual ao Passivo Total, o que simplesmente significa que todos os bens de um
produtor (Ativo) tem que ter tido uma origem (Passivo).
O Ativo Total é composto pelo Ativo Circulante + Ativo Fixo. O Ativo Circulante é tudo
aquilo que é “cash “ (dinheiro vivo) ou que possa ser transformado em tal a curto prazo, ou
seja, dentro daquele ano fiscal. São exemplos de ativo Circulante numa propriedade: dinheiro
em conta; grãos armazenados; Insumos já comprados; contas a receber; animais para venda;
culturas anual a ser colhida, etc. Já, o Ativo Fixo é composto por bens que geralmente não
são transformáveis em dinheiro a curto prazo, pois estão lá para serem usados por vários anos.
Ex.: máquinas, implementos, benfeitorias, animais de cria, terra, etc.
80
81
O Passivo Total é formado pela somado Passivo Circulante, Passivo Exigível de
Longo Prazo e Patrimônio Líquido. Passivo Circulante são todas as formas de dívidas,
empréstimos ou financiamentos que devem ser pagos dentro daquele ano. Ex. Financiamento
de custeio, arrendamento, insumos comprados para pagamento na safra, etc. O Passivo
Exigível de Longo Prazo, como o nome diz, são dívidas ou financiamentos de longo prazo
que não tem que ser pago dentro daquele ano.
Entretanto uma dívida securitizada, por exemplo, deve ser lançada como Exigível deLongo
prazo, a parcela a ser paga no ano se inclui no Passivo Circulante.
Finalmente, a diferença entre o Passivo Total e os Passivos Circulantes e de Longo Prazo é o
que indica o verdadeiro Patrimônio Líquido, o tanto de tudo que se possue que realmente
pertence ao produtor !!!!!!
Ao se fazer a análise do Balanço Patrimonial pode-se usar uma série de indicadores (quadro2)
que sinalizam o verdadeiro estado financeiro do produtor. Além disso, ao se realizar essas
análise todos os anos, e comparando-os, o produtor tem uma idéia exata do crescimento ou
diminuição, de seu patrimônio e de suas Dívidas, do seu grau de liquidez e imobilização, se
deve vender algo (desmobilizar) ou se ao contrário, deve fazer investimentos, e de que tipo.
81
82
ATIVO PASSIVO
1. CIRCULANTE R$ 4. CIRCULANTE R$
1.1 CAIXA BANCOS 4.1 EMPRÉSTIMO DE CUSTEIO
1.2 APLICAÇÕES FINANCEIRAS 4.2 EMPREST. INVEST. ( parc. Ano )
1.3 CADERNETA DE POUPANÇA 4.3 SECURITIZAÇÃO ( parac. Ano )
1.4 CONTAS A RECEBER 4.4 OUTRAS CONTAS À PAGAR
1.5 PRODUTOS P/ VENDA
1.6 ANIMAIS P/ VENDA
1.7 CULTURAS ANUAIS
1.8 INSUMOS EST. P/ CUSTEIO
TOTAL circulante TOTAL circulante
ANÁLISES
1. Indica o saldo de caixa do ano
2. Indica liquidez e fluxo de caixa (=capacidade de pgto curto prazo )
3. Índice de liquidez geral (=capacidade de pgto longo prazo )
4. Indica nível de endividamento ( < 20 % ): capacidade de pagto longo prazo.
5. Indica grau de disponibilidade para giro de imobilização
FÓRMULAS
1. Capital Circulante Líquido: ( Ativo Circulante - Passivo Circulante )
CCL = AC - PC
2. Índice de Liquidez Corrente : ( Ativo Circulante / Passivo Circulante )
ILC = AC / PC ( Capacidade de pagto Curto Prazo )
3. Índice de Liquidez Geral ; ( Ativo Circulante + Realizado Longo Prazo / Passível Exigível )
ILG = ( AC + RLP ) / PE ( Capacidade de pgto Longo Prazo )
4. Grau de Endividamento do Patrimônio : ( Passivo Circulante + Pass. Exig. Longo Prazo )
(( Passivo Circulante + Passível Exig. Longo Prazo ) / Ativo Total ) x 100
GEP = (( PC + ELP ) / AT ) X 100 ( Capital de terceiros )
5. Imobilizado / Disponível : Ativo Circulante ou Ativo Fixo / Ativo Total
Imobilizado / Disponível = AC e ou AF / AT ( Indica o grau de disponibilidade para giro de imobilização
82
83
2.3 . FLUXO DE CAIXA
Fluxo de caixa é um instrumento que você deve usar para projetar as prováveis
entradas e saídas de dinheiro referentes a um determinado período. ao elaborar o fluxo de
caixa de uma empresa, o empresário pode saber se vai faltar ou sobrar dinheiro e quanto
dispondo dessa informação antecipada, é possível tomar as decisões acertadas e em tempo.
83
MODELO DE UM FLUXO DE CAIXA MENSAL -CONTROLE FINANCEIRO
DATA DESCRIÇÃO ATIVIDADE RECEITA DESPESA SALDO
84
85
2.4. MATEMÁTICA FINANCEIRA
J= P . i . n
85
86
2.4.2. JUROS COMPOSTOS
Anos / taxa 1% 4% 6% 10 % 20 %
1 1,010 1,040 1,060 1,10 1,20
2 1,020 1,082 1,124 1,210 1,440
3 1,030 1,125 1,191 1,331 1,728
4 1,040 1,170 1,263 1,464 2,074
5 1,051 1,217 1,338 1,610 2,488
6 1,061 1,265 1,419 1,771 2,986
7 1,072 1,316 1,504 1,949 3,583
8 1,082 1,369 1,594 2,143 4,30
9 1,093 1,423 1,689 2,357 5,159
10 1,104 1,480 1,790 2,593 6,191
86
87
EXERCÍCIOS 1 a 2 - MATEMÁTICA FINANCEIRA
87
88
2. DESCONTOS DE CAPITAL , VALOR PRESENTE ( VP ) APARTIR DE UM
MONTANTE ÚNICO
1
VP = VF .
n
( 1 + i )
Exemplo: Um produtor pode receber $ 6.690 daqui a 5 anos. Ele pode obter juros de
6 % ao ano. Quanto deverá pagar hoje por esse valor futuro ?
1
Resposta: P = S . n
( 1 + .i. )
5
logo: P = 6.690 . 1 / ( 1 + 0,06 )
P = 5.000
Tabela do Valor Presente pela Acumulação de Capital - $ 1,00
Anos / taxa 1% 4% 6% 10 % 20 %
1 0,990 0,962 0,943 0,909 0,843
2 0,980 0,925 0,890 0,826 0,694
3 0,970 0,889 0,840 0,751 0,579
4 0,960 0,885 0,792 0,683 0,482
5 0,950 0,822 0,747 0,621 0,402
6 0,940 0,790 0,705 0,564 0,335
7 0,930 0,760 0,665 0,513 0,279
8 0,920 0,731 0,627 0,467 0,233
9 0,914 0,702 0,591 0,424 0,193
10 0,905 0,675 0,558 0,385 0,161
88
89
EXERCÍCIOS 3 a 4 - MATEMÁTICA FINANCEIRA
89
90
3. SÉRIES DE PAGAMENTOS UNIFORMES : VALOR FUTURO DE
ANUIDADE DE UMA SÉRIE UNIFORME
n
( 1 +i ) - 1
S = R .
i
90
91
EXERCÍCIOS 5 a 6 - MATEMÁTICA FINANCEIRA
91
92
4. SÉRIES DE PAGAMENTOS UNIFORMES:VALOR PRESENTE DE ANUIDADE
DE UMA SÉRIE UNIFORME
n
( 1 +i ) - 1
VP = R .
n
i . ( 1 + i )
$ 1.000
Com vencimentos anuais. Se ele resolver efetuar o pagamento hoje, vai
receber um desconto correspondente a 6 % ao ano. Qual o valor que ele
deve pagar ?
5 5
Resposta: P = 1.000 x ( ( 1 + 0,06 ) - 1 ) / ( (0,06 x ( 1 + 0,06 ) )
P = 4.212,00
92
93
EXERCÍCIOS 7 a 8 - MATEMÁTICA FINANCEIRA
93
94
5. RECUPERAÇÃO DE UM CAPITAL - AMORTIZAÇÃO
n
i . ( 1 +i )
R = VP .
n
( 1 + i ) - 1
94
95
EXERCÍCIOS 9 a 10 - MATEMÁTICA FINANCEIRA
95
96
6. SISTEMAS DE AMORTIZAÇÕES – SAC; PRICE e PRESTAÇÃO FIXA.
TOTAL
96
97
3 Análise de investimentos
agropecuários
97
98
3. ANÁLISE DE INVESTIMENTO: INDICADORES ECONÔMICOS -
FINANCEIROS E CRITÉRIOS DE DECISÃO
98
99
Para se fazer uma analise financeira de um projeto, é necessário que se defina uma
taxa mínima de atratividade (TMA) como fonte de comparação em relação ao investimento
que se pretende efetuar.
Sendo assim, “entende-se por Taxa Mínima de Atratividade (TMA) a taxa mínima a ser
alcançada em determinado projeto; caso contrário, o mesmo deve ser rejeitado.” (KASSAI,
2005, p. 58).
Atualmente a TMA utilizada nos projetos, corresponde às utilizadas pelos agentes
financeiros. Como exemplo, tivemos no ano de 2006 as predominantes de 8,75% a.a., que
segundo o Banco do Brasil seria a taxa de juros aplicado a uma linha de crédito rural.
O valor presente líquido é uma ferramenta muito utilizada e sofisticada para que se
possam avaliar propostas de investimento de capital, como também mostra a riqueza em
valores monetários do investimento medida pela diferença entre o valor presente das entradas
e saídas de caixa, descontados por uma determinada taxa (KASSAI 2005).
Este método estima o valor de hoje, o fluxo de caixa futuro ( ΣBn), usando para isso
uma taxa mínima de atratividade do capital.
O VPL é compreendido como a quantia equivalente, na data zero, de um fluxo
financeiro, descontado a taxa de juros determinada pelo mercado. A taxa utilizada para
descontar o fluxo (trazer ao Valor Presente ) é a TMA.
2.335.918,27
Cálculo na HP
2.335.918,27 CHS g Cf0
99
100
104.246,59 g Cfj
15 g Nj
8,75%
F NPV = (1.483.072,43)
REGRA DE DECISÃO: A taxa obtida deve ser maior que as taxas de juros do mercado
financeiro.
Resolução: Pode ser resolvido utilizando-se uma planilha eletrônica. Por exemplo, no
EXCEL basta colocar-se os valores numa seqüência de células e efetuar a operação com a
fórmula: = TIR ( A1: An) e teclar ENTER. Quando não se possui um computar ou uma
calculadora financeira para calcular a raiz do polinômio, sugere-se o método das tentativas.
atenção :
Somente ter-se-ão investimentos Viável, se a TIR for maior que a taxa de juros no mercado
financeiro
• A escolha de um investimento deve, necessariamente, recair sobre aquele que tiver a
maior TIR
• Decisão de investimento é sempre subjetiva, pois depende de previsões para o futuro
100
101
• O administrador moderno não pode se dar ao luxo de se comportar sempre de uma
forma objetiva. Ele deve ter o talento e coragem de desenvolver um raciocínio
projetante.
Exemplo:
104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59
2.335.918,27
Cálculo na HP:
F NPV = (1.483.072,43)
F IRR = (4,6%)
2.335.918,27
Cálculo:
104.246,59 g Cfj 852.845,83 PV
15 g Nj 8,75 i
8,75 i 15 n
F NPV = 852.845,83 FV = 3.001.300,73
TIRM:
2.335.918,27 CHS PV
3.001.300,73 FV
15 n
i = 1,7%
101
102
3.4. ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE ( IL ) E TAXA DE RETORNO ( TR )
O índice de lucratividade refere-se à relação entre os fluxos de caixa positivos que
entram no caixa e os fluxos negativos que saem do caixa, ou seja, para cada R$ 1,00 investido
quanto que retorna para a empresa, sendo considerado atraente todo investimento que tenha
índice de lucratividade igual ou maior que 1,00 (NETO 2000).
Exemplo: IL = PV (retornos) = 2.348.884,48 = 1,006
PV (investimento) 2.335.918,27
2.335.918,27
102
103
Exemplo 1.
Uma empresa dispõe de R$ 18.000,00 e conta com duas alternativas de investimentos em um
tipo de equipamento industrial:
- Equipamento da Marca A: exige um investimento inicial de R$ 14.000,00 e proporciona um
saldo líquido anual de R$ 5.000,00 por sete anos;
- Equipamento de Marca B: investimento inicial de R$ 18.000,00 e saldo líquido de R$
6.500,00 por sete anos.
Calcular qual a alternativa mais econômica, sabendo que a Taxa Mínima de Atratividade da
Empresa é de 30 % ao ano.
Vê-se portanto que:
- Alternativa A :
Considerando-se negativos os desembolsos de dinheiro e positivas as entradas, o Valor
Anual Uniforme Equivalente da alternativa A é:
VAUE A = -14.000,00 ( A / P; 0,3; 7 ) + 5.000,00
VAUE A = -4.996,2309 + 5.000,00 = 3,7691
O cálculo do VAUE consiste em determinar o que renderia o capital empregado à taxa
mínima de atratividade e subtrair este valor, no caso 4.996,2309 dos saldos líquidos anuais. A
alternativa A é, portanto, economicamente viável, pois o capital empregado rende 30 % a.a.
mais um saldo líquido anual de R$ 3,7691
- Alternativa B:
VAUE B = -18.000,00 ( A / P; 0,3; 7 ) + 5.500,00 = 76,2745
A alternativa B é mais viável do que a alternativa A, pois apresenta um VALUE maior.
Três considerações importantes merecem ser feitas:
1. Entre as alternativas A e B existe uma diferença de R$ 4.000,00. Se a empresa optasse
por A. ainda iria dispor de R$ 4.000,00, que possivelmente seriam aplicados à TMA.
Ocorreria um fluxo de caixa incremental. Que evidentemente possui um valor nulo.
2. O VAUE da alternativa “ A “ é extremamente baixo, pois representa 0,027 % do
investimento. o VAUE da alternativa “ B “ é de 0,424 % do investimento. Isto
significa que, na prática, as duas alternativas são equivalentes, pois a própria
sistemática de projeção dos saldos anuais já pode trazer erros, superiores aos
percentuais relacionados. Numa situação destas, outros fatores não ponderáveis ou de
risco poderiam determinar a escolha.
3. O Fator Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é analisado pelo empresários como
critério de decisão.
103
104
Exemplo 2.
104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59
2.335.918,27
Cálculo na HP:
104.246,59 g Cfj
15 g Nj
8,75 i
F NPV = 852.845,83
104
105
3.8. PONTO DE EQUILÍBRIO
Segundo BRAGA (1995, p.179) “Sob a ótica contábil, o ponto de equilíbrio
corresponde ao certo nível de atividades onde o lucro será nulo. À medida que o volume de
operações se deslocar acima do ponto de equilíbrio surgirão lucros crescentes; abaixo desse
ponto ocorrerão prejuízos cada vez maiores.”
Entende-se então que o ponto de equilíbrio é o momento em onde ocorre o
nivelamento entre a produção necessária para cobrir as despesas e custos gerados.
Exemplo: Estudo de Caso .......
Cf = R$ 302.700,08 CT = CF + CV
Cv = R$ 129.832,88 / 249.610 sc = 0,52/un CT = R$ 302.700,08 + 0,52x
RT = R$ 603.870 / 249.610 sc = 2,42/un RT = 2,42x
Ponto de equilíbrio:
RT = CT
2.42x = R$ 302.700,08 + 0,52x
2.42x – 0,52x = R$ 302.700,08
1,90x = R$ 302.700,08
x = R$ 302.700,08
1,90
x = 159.315,83 sc
105
106
Exemplo:
104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59
2.335.918,27
Tabela ... – Período Payback
N Investimento Resultados do Exercício Resultados Financeiros
0 (2.335.918,27) (2.335.918,27)
1 104.246,59 (2.231.671,68)
2 104.246,59 (2.127.425,09)
3 104.246,59 (2.023.178,50)
4 104.246,59 (1.918.931,91)
5 104.246,59 (1.814.685,32)
6 104.246,59 (1.710.438,73)
7 104.246,59 (1.606.192,14)
8 104.246,59 (1.501.945,55)
9 104.246,59 (1.397.698,96)
10 104.246,59 (1.293.452,37)
11 104.246,59 (1.118.205,78)
12 104.246,59 (1.084.959,19)
13 104.246,59 (980.712,60)
14 104.246,59 (876.466,01)
15 104.246,59 (772.219,42)
Neste item pode ser observado que o período payback não foi alcançado em 15 anos,
sendo que os fluxos anuais de caixa não conseguem recuperar o capital investido em nenhum
momento.
Apesar de não ser um método baseado no critério de fluxo de caixa descontado, o
período de “ Payback “ se destaca pela sua simplicidade e ampla utilização pelas unidades
decisórias. O método convive com duas deficiências:
a) Não Leva em conta os fluxos de caixa que ocorrem após o período de “ payback “;
b) Não leva em conta as magnitudes dos fluxos de caixa e sua distribuição nos
períodos que antecedem ao período de “payback “.
Diante dessas restrições, é recomendado que o período de payback seja determinado
através do critério de fluxo de caixa descontado, sendo a dimensão do “ payback “ o tempo
gasto para que o VPL passe de negativo para positivo. No processo de decisão, o período é
comparado com o padrão estabelecido pela empresa.
106
107
3.10. EXEMPLO PRÁTICO I
RESOLUÇÃO:
2 3
TAXA 10 % VA = - 10.000+(5.000/(1+0,1)+(5.000/(1+0,1)+ (5.000/(1+0,1)
2 3
TAXA 20 % VA = - 10.000+(5.000/(1+0,2)+(5.000/(1+0,2)+(5.000/(1+0,2)
2 3
TAXA 25 % VA = - 10.000+(5.000/(1+0,25)+(5.000/(1+0,25)+(5.000/(1+0,25)
2 3
TAXA 30 % VA = - 10.000+(5.000/(1+0,3)+(5.000/(1+0,3)+(5.000/(1+0,3)
CONCLUSÃO:
107
108
EXEMPLO PRÁTICO II
ANÁLISE DE INVESTIMENTO USANDO A RAZÃO BENEFÍCIO/CUSTO -
VALOR PRESENTE LÍQUIDO E TIR.
QUAIS SÃO AS VPL s, TIR s e IBC para cada uma das atividades?
TABELA
ESPECIFICAÇÕES VPL TIR RBC RBC
Receitas Fluxos Líquidos
GRÃOS
LEITE
AVES
SUÍNOS
108
109
CAPÍTULO 3. Comercialização Agroindustrial
3 Comercialização
109
110
CAPÍTULO 3. Comercialização Agroindustrial
Introdução
Objetivos específicos
• Obter uma visão macroeconômica do setor rural, sua inserção no sistema global com
as principais características da agropecuária;
• Saber usar a Especificidade do setor agropecuário na análise de projetos, programas e
estudos da comercialização no agronegócio
• Trabalhar melhor o produto agrícola no planejamento do mix de comercialização.
• Estabelecer estratégias de comercialização mais apropriadas e aprimoradas no
agronegócio.
• Tomar decisões de comercialização mais eficientes.
1 commodities são mercadorias com características específicas. Tais como: Padronização; Nível mínimo
de variação; pouca perecibilidade; Armazenada ou transportada para entrega futura; ampla escala de
consumo; Grande disponibilidade para transação; Deve ter fluxo livre e negociado pelo preço de
equilíbrio; Pode ser negociada em Bolsas de Mercadorias e Futuros.
110
111
1. FUNDAMENTOS DOS MERCADOS AGROPECUÁRIOS
2 Cadeias produtivas é a soma total das operações de produção e distribuição, de insumos agrícolas, as
operações de produção nas unidades agrícolas, armazenamento, e distribuição dos produtos agrícolas e itens
com eles produzidos.
111
112
Figura 16. OFERTA, DEMANDA, MARGENS E VALOR ADICIONADO
Atividades n.o. 1
1. Tome um produto agropecuário qualquer com o qual você esteja familiarizado e então:
a) Descreva as características gerais desse produto.
b) Descrever as características do processo produtivo desse produto
c) Determine as característica do mercado desse produto.
112
113
d) Mostre, a partir da análise feitas nos itens anteriores ( a, b e c ), quais são os
desafios ou problemas, que, normalmente, os empresários que lidam com a produção
e comercialização desse produto têm que enfrentar.
Sugestões:
• Procure seguir de perto as características apresentadas no texto
• Busque em revistas, jornais especializados, como sites (= em anexo ), para o
produto que está descrevendo
113
114
• TERCEIRA FASE: É o mercado secundário, onde ocorre o processo de
dispersão, em que os produtos são vendidos aos atacadistas distribuidores em grandes
lotes, que passam em lotes menores a um grande número de varejistas (ou retalhistas),
que os passam em volumes pequenos e subdivididos, no lugar, no tempo e na forma
desejada pelos consumidores.
Propriedade
PROPRIEDADE rural
RURAL
P C Atcacadista
E O
S M
Q U
U N
I I
S C
A A Varejista
Ç
A
O
CONSUMIDOR Consumidor
Final
2 . TIPOS DE MERCADOS
a) Mercado Físico “ spot “: Ou disponível, em que são negociados produtos em troca de
recebimentos de dinheiro em um ponto. Por exemplo, o mercado de boi em Araçatuba é um
mercado físico, onde o produtor entrega seu produto e recebe pagamento por isto (a vista ou a
prazo ), outro exemplo são os comercializados em feiras livres.
114
115
b) Mercado a Termo:
Uma forma comum é o produtor acertar um preço e efetuar a venda antes mesmo de
dispor do produto. Esse tipo de contrato é normalmente referido como a termo e pode ou não
envolver adiantamento de recursos por conta da venda antecipada da produção. O ponto
fundamental é que deverá haver a entrega (e o recebimento ) do produto ao preço combinado.
c) Mercados Futuros
Os contratos futuros evoluíram a partir dos contratos a termo e, por isso, possuem
algumas condições semelhantes. Um contrato futuro é uma obrigação, legalmente exigível,
de entregar ou receber uma determinada quantidade de uma mercadoria, de qualidade
preestabelecida, pelo preço ajustado no pregão. Desde sua origem nos século XIX, a
negociação com futuros tem sofrido alterações no que diz respeito aos objetivos dos agentes
envolvidos. A diferença fundamental é que no início, a principal utilização do mercado era
para viabilizar a entrega da mercadoria, sendo que hoje, menos de 2 % dos negócios são
concretizados com a entrega física da mercadoria.
d) Mercado de Opção
Em que se negociam contratos de opções. Nesses mercados paga-se certo valor para
se ter o direito, mas não a obrigação, de se escolher determinado curso de ação no mercado
(comprar um produto a um preço predeterminado, por exemplo ).
e) Mercado de Swap
Negocia-se a troca de rentabilidade entre dois bens (mercadorias ou ativos
financeiros). Pode-se definir o contrato de swap como um acordo entre duas partes, que
estabelecem a troca de fluxo de caixa tendo como base a comparação da rentabilidade
entre dois bens.
3. ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO
115
116
3.2. Estocagem para especulação
• vender agora ou no futuro ?
Resposta: desde que os aumentos de preços até a época de venda sejam pelo menos
suficientes para cobrir os custos de estocagem, adicionados dos juros implícitos sobre o
capital investido em estoque, de forma a obter ganhos complementares naquele período.
n
VF = VP * ( 1 + i ) + CA
VF = R$ 7,94
116
117
3.6. Vendas em comum
• praticado na integração: leite, fumo, frango, suínos e mercados de laranja, cana-de-açucar.
• atua com preços médios: dedução de custos e margens.
117
118
3.9. Mercados Futuros
3.9.1. Definição
• Mercado organizado " bolsas " ;
• Negociadas em quantidades e especificações padronizadas para entrega numa data futura.
• Contratos / Padronização: quantidade; qualidade; local de entrega e meses de entrega.
• Negociação pública: todos os interessados tem acesso aos termos do contrato;
• Demandas e ofertas futuras;
• O participante pode sair do negócio sem a entrega física (final) do produto, basta realizar a
operação inversa ä inicial.
3.9.2. Vantagens:
• fixa preço antes de plantar;
• garantia de lucratividade;
• maior suporte de estocagem;
• deixa de pressionar inflação;
• garantia de abastecimento;
• baixa custo de produção
• cria competitividade e mais recursos para agricultura.
- As operações de hedge, nos mercados derivativos, visam não a especulação, mas sim a
redução de riscos diante de variações de preços;
- As operações de compra são feitas para evitar prejuízos decorrentes de elevações nos
preços, enquanto as operações de venda objetivam evitar prejuízos decorrentes de
quedas de preços.
- Os usuários desse tipo de operação são: produtores agrícolas; exportadores; interme-
diários; cooperativas.
RESULTADO - 1,5 + 1
HEDGING - 0,5
118
119
3.10. Mercado por Opção
119
120
CAPÍTULO 4. Recursos Humanos
4 Recursos Humanos
120
121
Cumprimento da Legislação Trabalhista
I - Requisitos Trabalhistas
Definição:
Penas:
• multa administrativa.
Procedimentos do produtor:
121
122
CAPÍTULO 5. Planejamento Estratégico
5 Planejamento Estratégico
122
123
A Gestão da propriedade rural é realizada por meio de um conjunto de funções, que são
aplicadas dia-a-dia no desenvolvimento das atividades existentes.
Essas funções formam a base da administração e são:
• Planejamento
• Organização
• Direção
• Controle
1.1. PLANEJAMENTO
123
124
ou seja, quanto tempo é necessário para sua execução. Cada etapa deve estar estruturada
de forma a se encaixar uma na outra como em uma linha de montagem. A cronologia é
necessária a fim de não desperdiçarmos tempo e recursos.
Parece complicado, mas não é. Um planejamento pode viabilizar, ou não, um projeto. Se
malfeito, a aplicação de recursos financeiros fora do tempo, como treinamentos fora do
tempo, como treinamentos e compra de equipamentos, poderá imobilizar recursos que seriam
necessárias em etapas futuras. Tornando penosa a gestão do projeto que termina, às vezes,
inviabilizado, comprometendo a sobrevivência da própria empresa. Por isso, é necessário
responder a algumas perguntas ao realizar o seu planejamento:
124
125
6. Quanto custará cada um ?
7. Qual a seqüência em que deverão ser implementados (cronograma) ?
8. Os recursos financeiros disponíveis são suficientes para a implantação das
etapas, dados o volume de investimento e a periodicidade do projeto? Se não,
negociar com a cúpula mais investimento ou a prorrogação do tempo destinado à
implantação do projeto ?
9. Planejar com quem ficará cada etapa.
10. Quem será o responsável pela gestão do cronograma, verificando se cada etapa
está sendo cumprida e se será realizada no tempo previsto.
11. Plano “ B “. Criação de alternativas caso haja falha de fornecedores,
colaboradores e outros recursos, evitando a parada e atraso do processo.
12. Os responsáveis foram suficientemente instruídos e preparados ?
1.1.3 Execução
Aqui, a disciplina e a comunicação são as coisa mais importante. Disciplina
para cumprir prazos, evitando falta de sincronismo com as outras etapas e a geração de custos
não previstos; comunicação eficaz sobre o que está sendo executado para que o gestor do
processo possa avaliar o progresso de cada etapa observando se há ou não necessidade de
intervenção ou da execução do “ Plano B “.
125
126
1.1.4. Etapas do Planejamento
P LANEJAMENTO
Controle= Acompanhamento
126
127
1.1.5. Etapas do Planejamento no Setor Rural – Adaptação prática
LEVANTAMENTO 1* PASSO
DA . APROFUNDAR O CONHECIMENTO DA PROPRIE-
PROPRIEDADE DADE PARA SERVIR DE REFERÊNCIA DE ANÁLISE.
2* PASSO
DIAGNÓSTICO DO . IDENTIFICAR OS PROBLEMAS (dentro da propried.)
SISTEMA DE PRO- . IDENTIFICAR AS POTENCIALIDADES;
DUÇÃO DA PRO- . IDENTIFICAR AS RESTRIÇÕES;
PRIEDADE . ANALISAR TÉCNICA/ECONOMICAMTE O SISTEMA
3* PASSO
. IDENTIFICAR AS PRINCIPAIS CADEIAS PRODU-
DIAGNÓSTICO TIVAS QUE O SISTEMA PARTICIPA;
DA CADEIA . IDENTIFICAR OS PROBLEMAS DE COMPRA;
PRODUTIVA ARMAZENAGEM, TRANSPORTE, ETC.
. IDENTIFICAR PROBLEMAS NO PROCESSAMEN-
DA PRODUÇÃO;
. IDENTIFICAR PROBLEMAS NA ORGANIZAÇÃO
DOS PRODUTORES;
. ANALISAR O MERCADO DOS PRODUTOS AGRÍ-
COLAS DO SISTEMA.
PLANEJAMENTO 4* PASSO
. SELECIONAR PRIORIDADES;
. ESTABELECER OBJETIVOS - O que fazer ?
5* PASSO
ORGANIZAÇÃO . APLICAR 5 S;
. ORGANIZAR AÇÕES: Como fazer ? (estratégia )
Quem faz ? (responsável) - Quando faz ? (época) -
Onde faz ? (propriedade, etc. )
6* PASSO
DIREÇÃO . PRÁTICA E EXERCÍCIO DA PROGRAMAÇÃO;
E . IMPLANTAR UNIDADE DEMONSTRATIVAS /
EXECUÇÃO ANÁLISE DE DESEMPENHO
7* PASSO
CONTROLE . ACOMPANHAR OS MEIOS E METAS;
. REGISTRAR AS AÇÕES EXECUTADAS.
8* PASSO
AVALIAÇÃO . AVALIAR OS RESULTADOS FRENTE AOS
OBJETIVOS; MENSURAR OS EFEITOS DA AÇÃO.
127
128
1.2. Organização
1.3. Direção
Está relacionada a liderança exercida pelo produtor (ou gerente), as formas de comunicação
utilizadas na propriedade e a motivação dos trabalhadores.
1.4. Controle
O controle compreende o registro de informações Técnicas e, ou gerenciais das principais
atividades a fim de verificar se as ações planejadas foram executadas. Tem como objetivo
monitorar o desempenho e o resultado das atividades desenvolvidas pela empresa, e a
avaliação dos resultados obtido comparando com o que foi planejado. Ela é fundamental para
auxiliar no desempenho de cada ação por meio de correções em tempo oportuno. A maior ou
menor complexidade dos sistema de registros agrícolas a serem implantados na propriedade
rural depende fundamentalmente do interesse do produtor nos seus resultados.
Sugestões de Fichas apresentadas no inventário:
1. Inventário das terras; 2. Inventário das benfeitorias e melhoramentos; 3. Inventários de
máquinas, equipamentos, veículos; 4. Inventário dos animais de produção e de trabalho; 5.
Inventário do estoque (insumos, produtos, culturas. ); 6. Inventário das finanças; 7. Controle
mensal de mão-de-obra fixa e temporária; 8. Controle mensal do uso de máquinas e de
equipamentos (uso próprio = despesas ); 9. Controle mensal do uso de máquinas e de
equipamentos (prestação de serviços = receitas ); 10. Controle anual da produção, consumo e
comercialização na propriedade; 11. Controle anual dos reparos (manutenção ) nas máquinas
e nos equipamentos; 12. Controle mensal de despesas gerais na propriedade; 13. Fluxo anual
de caixa; 14. Fluxo de caixa por atividade; 15. Planilha de cálculo de custos fixos da empresa
rural.
128
129
1.5. Resumo do Processo Produtiva - PDCA
1. PLANEJAMENTO
1.2. OPERACIONAL : Como fazer ? Com quais/ Recursos ? Quando ? Com quem ?.
PDCA
129
130
2. ANÁLISE SWOT
Este estudo tem caráter muito estratégico para a empresa, pois pode definir questões
Conforme COSTA (2003, p. 112), “está análise deriva da técnica conhecida como SWOT (de
strengths, weaknesses, opportunities e threats, ou PFOA (respectivamente, potencialidades ou
pontos fortes, fragilidades ou pontos fracos, oportunidades e ameaças).”
“As oportunidades podem ser classificadas de acordo com a atratividade e a probabilidade de
sucesso.”
Ameaças, “é um desafio decorrente de uma tendência ou desenvolvimento desfavorável que
levaria, na ausência de ação defensiva de marketing, a deterioração das vendas ou lucro.”
Pontos fortes segundo COSTA (2003, p. 111,112) “são aquelas características positivas de
destaque, na instituição, que a favorecem no cumprimento do seu propósito”. Já os pontos fracos,
“são características negativas, na instituição, que a prejudicam no cumprimento do seu propósito.”
Pontos Fortes:
Maior rentabilidade para o associado na comercialização;
Agilidade na colheita, pelo fato do armazem ficar próximo das
propriedades;
Qualidade do produto;
Comercialização em escala;
Assessoria administrativa por profissional da área, melhorando os
processos internos e externos.
Pontos fracos:
Cultura individualista que dificulta o consenso da sociedade,
atrapalhando tomadas de decisão;
Falta de conhecimento no processo de armazenagem;
Pragas que podem prejudicar a qualidade dos grãos nos armazéns;
Baixa qualidade dos produtos entregue pelos associados (Trigo sem
qualidade de comercialização);
130
131
Análise externa (=exemplo de avaliação: Instalação de uma Unidade Armazenadora )
Oportunidades:
Poder de barganha de comercialização;
Oportunidade de conhecimento, pois o administrador estará sempre
buscando as informações e as disponibilizando aos associados;
Comercialização direta com consumidor final, atingindo maiores
cotações; e
Possibilidade de gerenciamento da produção e comercialização da
produção.
Ameaças:
Excesso de oferta dificultando a comercialização e diminuindo a
cotação do grão;
Problemas com epidemias com doenças (Influenza Aviária), que
afetaria o fluxo ou demando do produto;
Políticas econômicas (Câmbio) não compatíveis com a realidade do
agronegócio;
Ausências de recursos para o setor ou taxas altas de juros
proporcionando dificuldades de financiamento;
131
132
2.1. CHECK LIST
PROPRIEDADE :
AVALIAÇÃO:
132
133
2.3. Estabelecimento da estratégia competitiva do negócio
2.3.1. Análise das variáveis internas da empresa rural – Plano de Ação para mudanças
II. Quais são as ações que irá implementar para corrigir esta área ?
Determine em anexo : .......................................................................
.................................................................................................................
.................................................................................................................
133
134
2.4. Consultoria
ADMINISTRAÇÃO RURAL
DIAGNÓSTICO TÉCNICO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO
CONSULTOR ................................................................................
134
135
2. PLANO ESTRATÉGICO
2.1. OBJETIVO :
PRODUÇÃO DE 1.500 litros DE LEITE / DIA NUM PRAZO DE 5 ANOS
(= ano 2000/2005)
135
136
3.2. Estudo de Caso – Empresa Estudo
1. IDENTIFICAÇÃO:
2. DIAGNÓSTICO
2.2. OBJETIVO :
136
137
6. Bibliografia
137
138
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHURCHILL, JR.; GILBERT, A.; PETER, J. P. Marketing: Criando valor para clientes.
2.ed. São Paulo: Saraiva. 2003.
138
139
Mensagem
139
140
1 . Indicadores Técnicos
140
141
APÊNDICE 1. 1.1. GERENCIAMENTO TÉCNICO DA AGRICULTURA -
INDICADORES DE PRODUTIVIDADE DA AGRICULTURA DO OESTE
PARANAENSE ( SAFRA 2001 / 2002 ).
141
142
1.2. INDICADORES DE PRODUTIVIDADE DA AGRICULTURA – ÚLTIMA
SAFRA AGRÍCOLA DO MUNICÍPIO EM ESTUDO
EUA
BRASIL
ARGENTINA
PARANÁ
Fonte: USDA, Conab e Seab PR – Estimativa para a safra
142
143
1.3. INDICADORES TÉCNICO-ECONÔMICO: BOVINOCULTURA DE
CORTE e LEITE – PROGRAMA DE DESEMPENHO PECUÁRIO (= FAEP / 2004 )
BOVINOCULTURA DE CORTE
TAXA DE NATALIDADE 55 % 75 %
MORTALIDADE NO 1 º CRIA 3a5% 2%
TAXA DE LOTAÇÃO DE PASTAGENS 1,4 U.A. 4 U.A
IDADE MÉDIA 1 º CRIA 48 meses 24 meses
INTERVALO ENTRE PARTOS 14,5 meses 12 meses
PRODUÇÃO DE CARNE 75 kg/ha/ano 200 Kg/ha/ano
IDADE DE ABATE 48 meses 24 a 15 meses
RENDIMENTO DE CARCAÇA 52 % › 54 %
PESO DE CARCAÇA 225 kg 250 kg
TAXA DE DESFRUTE 20 % 30 %
BOVINOCULTURA DE LEITE
Indicador Referência Atual Meta
143
144
4. INCRA: Módulo Fiscal, Graus de Utilização da Terra – GUT e de Eficiência na
Exploração – GEE.
Estabelece diretrizes para fixação do Módulo Fiscal de cada Município de que trata o Decreto n.º 84.685, de 6 de
maio de 1980, bem como os procedimentos para cálculo dos Graus de Utilização da Terra - GUT e de Eficiência
na Exploração GEE, observadas as disposições constantes da Lei n.º 8.629, de 25 de fevereiro de 1993.
O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA, no uso das
atribuições que lhe confere o art. 18 do Decreto n° 3.509, de 14 de junho de 2000, e art. 22 do Regimento
Interno, aprovado pela Portaria/MDA/N° 164, de 14 de julho de 2000, resolve:
Do Módulo Fiscal
Art. 1.º O Módulo Fiscal expresso em hectares será fixado para cada município de conformidade com os fatores
constantes do art. 4.º do Decreto n.º 84.685, de 06 de maio de 1980.
§ 1.º Será considerado predominante o tipo de exploração especificado na alínea ¿a¿ do art. 4º do Decreto nº
84.685 de 6 de maio de 1980, que ocorrer no maior número de imóveis.
§ 2.º Para atender ao disposto nas alíneas ¿b¿, ¿c¿ e ¿d¿ do art. 4º do referido Decreto, será utilizado o módulo
médio por tipo de exploração constante da Tabela III - Dimensão do Módulo por Categoria e Tipo de
Exploração, da Instrução Especial INCRA n.º 5-A de 6 de junho de 1973, calculado para cada imóvel.
§ 3.º A fixação do Módulo Fiscal de cada município levará em conta, ainda, a existência de condições
geográficas específicas que limitem o uso permanente e racional da terra, em regiões com:
a) terras periodicamente alagáveis;
b) fortes limitações físicas ambientais; e
c) cobertura de vegetação natural de interesse para a preservação, conservação e proteção ambiental.
Art. 2.º O número de Módulos Fiscais do imóvel rural de que trata o art. 4.º da Lei n.º 8.629/93, será calculado
dividindo-se sua área total pelo módulo fiscal do município de sua localização, com precisão de centésimos.
Parágrafo Único - No caso de imóvel rural situado em mais de um município, o número de módulos fiscais será
calculado com base no Módulo Fiscal estabelecido para o município no qual estiver cadastrado, observados os
critérios inerentes ao procedimento cadastral.
Do Imóvel Rural
Art. 3.º Para efeito do disposto no art. 4º da Lei nº 8.629/93, considera-se:
I - Imóvel Rural - o prédio rústico de área contínua qualquer que seja a sua localização, que se destine ou possa
destinar à exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal, florestal ou agro-industrial;
II - Pequena Propriedade - o imóvel rural de área compreendida entre 1 (um) e 4 (quatro) Módulos Fiscais;
III - Média Propriedade - o imóvel rural de área superior a 4 (quatro) e até 15 (quinze) Módulos Fiscais;
IV - Grande Propriedade - o imóvel rural de área superior a 15 (quinze) Módulos Fiscais.
Da Produtividade
Art. 4.º Considera-se propriedade produtiva para fins do disposto no art. 6.º da Lei n.º 8.629/93, aquela que
explorada econômica e racionalmente, atinge, simultaneamente, Grau de Utilização da Terra - GUT igual ou
superior a 80% (oitenta por cento) e Grau de Eficiência na Exploração - GEE igual ou superior a 100% (cem por
cento).
Do Grau de Utilização da Terra
Art. 5.º O Grau de Utilização da Terra - GUT, de que trata o art. 6.º da referida lei será fixado mediante divisão
da área efetivamente utilizada pela área aproveitável do imóvel, multiplicando-se o resultado por cem para
obtenção do valor em percentuais.
§ 1.º Considera-se área efetivamente utilizada para fins do disposto no § 3.º do art. 6.º da Lei n.º 8.629/93:
I - as áreas plantadas com produtos vegetais;
II - as áreas de pastagens nativas e plantadas, observado o índice de lotação por zona de pecuária, constante da
Tabela n.º 5 em anexo;
III - as áreas de exploração extrativa vegetal ou florestal, observados os índices de rendimento constantes da
Tabela n.º 3 em anexo, respeitada a legislação ambiental;
IV - as áreas de exploração florestal nativa, observadas as condições estabelecidas no plano de exploração
devidamente aprovado pelo órgão federal competente; e
144
145
V - as áreas sob processo técnico de formação e ou recuperação de pastagens e de culturas permanentes,
tecnicamente conduzidas e devidamente comprovadas mediante apresentação da documentação pertinente e do
respectivo termo de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, desde que satisfeitas as seguintes condições:
a) no caso de processo técnico de formação de pastagens que as áreas tenham sido submetidas a tratos culturais
adequados, com o plantio ou semeadura de forrageiras;
b) no caso de processo técnico de formação de culturas permanentes que as áreas tenham sido submetidas a
tratos culturais adequados, com o plantio ou semeadura de culturas consideradas permanentes, ou seja, aquelas
com ciclo vegetativo superior a 12 (doze) meses;
c) no caso de processo técnico de recuperação de pastagens que as áreas tenham sido submetidas a tratos
culturais adequados, visando restaurar a capacidade de suporte do pasto ou a produção de massa verde;
d) no caso de processo técnico de recuperação de culturas permanentes que as áreas tenham sido submetidas a
tratos culturais adequados, que possibilitem restabelecer os níveis de rendimentos econômicos aceitáveis.
§ 2.º No caso de consórcio ou intercalação de culturas, considera-se efetivamente utilizada a área total do
consórcio ou de intercalação.
§ 3.º A área efetivamente utilizada com pecuária será a menor entre a área declarada e a obtida pelo quociente
entre o número total de Unidades Animais - UA do rebanho e o índice de lotação mínimo constante da Tabela n.º
5, observada a Zona de Pecuária - ZP do município de localização do imóvel.
§ 4º O número total de Unidades Animais - UA do rebanho, será obtido multiplicando-se o número de cabeças
de cada categoria existentes no imóvel pelo correspondente fator de conversão constante da Tabela n.º 6 em
anexo, encontrando-se o número de Unidades Animais de cada categoria. A soma dos resultados então obtidos
corresponderá ao número total de Unidades Animais - UA.
§ 5º A área efetivamente utilizada com exploração extrativa vegetal ou florestal, será a menor entre a área
declarada e a obtida pelo quociente entre a quantidade colhida e o índice de rendimento mínimo por hectare para
cada produto, constante da Tabela n.º 3 em anexo.
§ 6.º Será considerada efetivamente utilizada independentemente do índice de rendimento mínimo por hectare, a
área coberta com floresta nativa desde que explorada de conformidade com as condições estabelecidas no Plano
de Manejo Florestal Sustentado de Uso Múltiplo, devidamente aprovado pelo órgão federal competente, ou por
órgãos afins, que estejam credenciados por força de convênio ou de qualquer outro instrumento similar.
Art. 6.º Consideram-se áreas não aproveitáveis para fins do disposto na Lei n.º 8.629/93:
I -ocupadas com construções e instalações, excetuadas aquelas destinadas a fins produtivos, tais como estufas,
viveiros, sementeiros, tanques de reprodução e criação de peixes e outros similares.
II -comprovadamente imprestáveis para qualquer tipo de exploração agrícola, pecuária, florestal ou extrativa
vegetal;
III - sob efetiva exploração mineral;
IV - protegidas por legislação ambiental e as de efetiva preservação permanente nos termos da lei;
Art. 7.º A área aproveitável do imóvel será aquela correspondente à diferença entre sua área total e sua área não
aproveitável.
Art. 8.º Para os efeitos desta Instrução Normativa não poderão ser consideradas como áreas efetivamente
utilizadas e nem como áreas não aproveitáveis:
I - as áreas protegidas por legislação ambiental que estejam sendo utilizadas em desacordo com as disposições
legais a que estiverem submetidas; e
II - as áreas com projeto de lavra mineral não exploradas efetivamente com atividades minerais e que não
estejam sendo utilizadas para fins agropecuários, desde que não haja impedimento de natureza legal ou técnica.
Parágrafo Único As áreas caracterizadas de conformidade com as disposições constantes deste artigo, não
poderão ser utilizadas para fins de cálculo do Grau de Utilização da Terra - GUT previsto no art. 5.º, tampouco
como subtraendo do cálculo da área aproveitável total do imóvel, definido no art. 7º.
Do Grau de Eficiência na Exploração
Art. 9.º O Grau de Eficiência na Exploração - GEE de que trata o art. 6.º da Lei n.º 8.629/93, será obtido de
acordo com a seguinte sistemática:
I - para os produtos vegetais, divide-se a quantidade colhida de cada produto pelos respectivos índices de
rendimento, constantes da Tabela n.º 1 em anexo; e
II - para os produtos extrativos vegetais e florestais, divide-se a quantidade colhida de cada produto pelos
respectivos índices de rendimento, constantes da Tabela n.º 2 em anexo;
III - para apuração do rebanho, divide-se o número total de Unidades Animais - UA do imóvel, pelo índice de
lotação constante da Tabela n.º 4 em anexo, observada a Zona de Pecuária - ZP do município de localização do
imóvel;
IV - para as áreas sob processo técnico de formação, recuperação ou de renovação de pastagens tecnicamente
conduzidas e devidamente comprovadas mediante apresentação da documentação pertinente e do respectivo
termo de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, adotar-se-ão essas áreas como resultado do cálculo
previsto no inciso III deste artigo;
V - para as áreas sob processos técnicos de formação ou recuperação de culturas permanentes tecnicamente
conduzidas e devidamente comprovadas mediante apresentação da documentação pertinente e do respectivo
termo de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, adotar-se-ão essas áreas como resultado do cálculo
previsto no inciso I deste artigo;
145
146
VI - para os produtos que não tenham índices de rendimento prefixados, adotar-se-á a área plantada com tais
produtos como resultado do cálculo previsto no inciso I deste artigo; e
VII - o somatório das áreas calculadas na forma dos incisos I, II, III, IV, V e VI deste artigo, dividido pela área
efetivamente utilizada de cada imóvel e multiplicada por 100 (cem), determina o Grau de Eficiência na
Exploração - GEE.
§ 1.º - A quantidade colhida dos produtos vegetais e dos produtos extrativos vegetais ou florestais, proveniente
da utilização indevida de áreas protegidas pela legislação ambiental, observado o disposto no art. 8.º inciso I
desta Instrução, não será considerada para efeito de cálculo do GEE previsto nos incisos I e II deste artigo;
§ 2.º - Existindo área de pastagem plantada ou de pastagem nativa indevidamente utilizada pelo efetivo pecuário
do imóvel inserida em área protegida por legislação ambiental, observado o disposto no art. 8º, inciso I desta
Instrução, o número total de Unidades Animais - UA a ser considerado para efeito de cálculo do GEE previsto
no inciso III deste artigo, será o menor entre:
a)o calculado na forma do § 4.º do art. 5.º desta Instrução; e
b)o resultado da multiplicação da área efetivamente utilizada com pecuária, calculada na forma do § 3.º do art.
5.º desta Instrução por 3 (três) vezes o Índice de Lotação em UA constante na Tabela n.º 4 em anexo, observada
a Zona de Pecuária - ZP do município de localização do imóvel.
Art. 10 Não perderá a qualificação de propriedade produtiva o imóvel rural que por razões de força maior, caso
fortuito, ou de renovação de pastagens tecnicamente conduzida e desde que devidamente comprovado pelo órgão
competente, deixar de apresentar no ano respectivo os Graus de Eficiência na Exploração, exigidos para a
espécie.
§ 1.º Considera-se caso fortuito ou de força maior, a ocorrência de intempéries ou de calamidades que resultem
na frustração de safras ou na destruição de pastos, desde que tais fatos sejam devidamente comprovados pelo
INCRA.
§ 2º Considera-se renovação de pastagens tecnicamente conduzida a eliminação de pastagens degradadas
mediante emprego de tratos culturais adequados, procedendo-se nova semeadura ou plantio de forrageiras.
Das Disposições Gerais
Art. 11 Não será passível de desapropriação para fins de reforma agrária, o imóvel que comprovadamente esteja
sendo objeto de implementação de projeto técnico de exploração, que atenda aos seguintes requisitos:
I - seja elaborado por profissional legalmente habilitado e identificado;
II - esteja cumprindo o cronograma físico-financeiro originalmente previsto, não admitidas prorrogações dos
prazos;
III - preveja que, no mínimo, 80% (oitenta por cento) da área total aproveitável do imóvel esteja efetivamente
utilizada em, no máximo, 3 (três) anos para as culturas anuais e 5 (cinco) anos para as culturas permanentes;
IV - Os prazos de que trata o inciso III deste artigo poderão ser prorrogados em até 50% (cinqüenta por cento)
desde que o projeto seja anualmente reexaminado e aprovado pelo órgão competente para fiscalização e, ainda,
que tenha sua implantação iniciada no prazo de 6 (seis) meses contado de sua aprovação; e
V - tenha sido aprovado pelo órgão federal competente na forma estabelecida em regulamento, no mínimo seis
meses antes da comunicação de que tratam os §§ 2.º e 3º do art. 2.º da Lei n.º 8.629/93;
§ 1º Nos casos em que pela natureza do projeto não haja obrigatoriedade de sua aprovação pelo órgão federal
competente, considerar-se-á para efeito de data de aprovação aquela em que o projeto de exploração tenha sido
registrado junto ao Conselho Regional da categoria a que o profissional estiver vinculado, juntando-se o
respectivo termo de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, para fins de prova.
§ 2º O INCRA poderá realizar, a qualquer tempo, vistoria nos imóveis rurais submetidos a projeto técnico de
exploração, para fins de verificação do regular cumprimento das condições estabelecidas nos incisos II e III deste
artigo.
Art. 12 Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 13 Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Instrução Especial INCRA n.º 19, de 28 de
maio de 1980.
SEBASTIÃO AZEVEDO
146
147
ANEXO : TABELA N.º 1 -ÍNDICES DE RENDIMENTOS PARA PRODUTOS AGRÍCOLAS
RENDIMENTOS POR
L1 PRODUTOS REGIÃO UNIDADE
HECTARE
L2 Abacate (frutos) Todo País Cento Frutos 300
L3 Abacaxi (frutos) Todo País Cento Frutos 120
L4 Agave ou Sisal (fibras) Todo País Ton. 0,70
L5 Alfafa Todo País Ton. 6,00
Algodão Arbóreo (em
L6 Norte / Nordeste Restante do País Ton. Ton. 0,20 0,60
caroço)
Algodão Herbáceo (em Norte / Nordeste/ Sudeste (exceto SP) Ton. Ton.
L7 0,30 0,60 1,20
caroço Restante do País Ton.
L8 Alho Todo país Ton. 3,00
L9 Amendoim (em casca) Norte / Nordeste Restante do País Ton. Ton. 1,00 1,50
Arroz de Sequeiro (em
L10 Sul Restante do País Ton. Ton. 1,30 0,90
casca)
Arroz de Várzea (em Rio Grande do Sul Santa Catarina Ton. Ton.
L11 3,40 2,50 1,40
casca) Restante do país Ton.
L12 Banana Todo país Cachos 700
L13 Batata Doce Todo Pais Ton. 6,00
São Paulo/ Minas Gerais/Paraná Ton. Ton.
L14 Batata Inglesa 12,00 9,00 5,00
Restante do País Ton.
L15 Cacau (em caroço) Todo País Ton. 0,70
L16 Café (em côco) Sul / Sudeste Restante do País Ton. Ton. 1,50 1,00
L17 Caju (frutos) Todo País Cento Frutos 500
L18 Cana de Açúcar São Paulo/Paraná Restante do País Ton. Ton. 70,00 50,00
L19 Cebola Todo País Ton. 7,00
L20 Chá (em folha verde) Todo País Ton. 5,00
L21 Côco da Bahia Todo País Cento Frutos 20
L22 Fava Todo País Ton. 0,30
L23 Feijão Sul Restante do País Ton. Ton. 0,60 0,30
L24 Fumo (em folha seca) Sul Restante do País Ton. Ton. 1,40 0,80
L25 Juta (fibras) Todo País Ton. 1,30
L26 Laranja Todo País Cento Frutos 800
L27 Limão Todo País Cento Frutos 1.000
L28 Linho Fibras Todo País Ton. 0,60
L29 Mamona (sementes) Nordeste Restante do País Ton. Ton. 0,60 1,20
L30 Mandioca Norte / Nordeste Restante do País Ton. Ton. 7,00 12,00
L31 Manga Todo País Cento Frutos 500
Sul / São Paulo Norte / Nordeste Ton. Ton.
L32 Milho (em grão) 1,90 0,60 1,30
Restante do País Ton.
L33 Pêssego Todo País Cento Frutos 600
L34 Pimenta do Reino Norte Restante do País Ton. Ton. 3,20 1,20
Paraná / São Paulo Sul (exceto PR) Ton. Ton.
L35 Soja (sementes) 1,90 1,40 1,20
Restante do País Ton.
L36 Tangerina Todo País Cento Frutos 700
L37 Tomate Sul / Sudeste Restante do País Ton. Ton. 30,00 20,00
L38 Trigo (em grão) Rio Grande do Sul Restante do País Ton. Ton. 0,80 1,00
L39 Uva Sul / São Paulo Restante do País Ton. Ton. 12,00 8,00
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148
TABELA N.º 2
ÍNDICES DE RENDIMENTOS PARA PRODUTOS EXTRATIVOS VEGETAIS E FLORESTAIS
L1 PRODUTO REGIÃO UNIDADE RENDIMENTOS POR HECTARE
L2 ACÁCIA NEGRA Todo País Ton. 8,00
L3 BABAÇU Todo País Ton. 0,10
L4 BORRACHA NATURAL Todo País Quilo 2,00
L5 CARNAÚBA (cera) Todo País Ton. 0,05
L6 CASTANHA DO PARÁ Todo País Quilo 20,00
L7 GUARANÁ (sementes) Todo País Ton. 0,10
L8 MADEIRA Todo País M3 50,00
TABELA N.º 3
ÍNDICES DE RENDIMENTOS MÍNIMOS PARA PRODUTOS EXTRATIVOS VEGETAIS E FLORESTAIS
L1 PRODUTO REGIÃO UNIDADES RENDIMENTOS MÍNIMOS POR HECTARE
L2 ACÁCIA NEGRA Todo País Ton. 3,00
L3 BABAÇU Todo País Ton. 0,03
L4 BORRACHA NATURAL Todo País Quilo 1,00
L5 CARNAÚBA (cera) Todo País Ton. 0,01
L6 CASTANHA DO PARÁ Todo País Quilo 5,00
L7 GUARANÁ (sementes) Todo País Ton. 0,03
L8 MADEIRA Todo País M3 10,00
TABELA N.º 4
ÍNDICES DE RENDIMENTO PARA PECUÁRIA
L1 ZONA DE PECUÁRIA ÍNDICE DE LOTAÇÃO (Unidades Animais/ha)
L2 1 1,20
L3 2 0,80
L4 3 0,46
L5 4 0,23
L6 5 0,13
TABELA N.º 5
ÍNDICES DE RENDIMENTOS MÍNINOS PARA PECUÁRIA
L1 ZONA DE PECUÁRIA ÍNDICE DE LOTAÇÃO (Unidades Animais/ha)
L2 1 0,60
L3 2 0,46
L4 3 0,33
L5 4 0,16
L6 5 0,10
148
149
TABELA N° 6
L1 Fatores de Conversão de Cabeças do Rebanho para Unidades Animais - UA, segundo a Categoria Animal.
Número
L1 CATEGORIA Número Fator de Fator de Fator de
de
L2 ANIMAL de Conversão Conversão Conversão Unidades
(Sul, Sudeste e Centro-
L3 Cabeças (Norte) (Nordeste)** Animais
Oeste)*
L4 Bovinos
L19 Outros
* Exceto regiões do Vale do Jequitinhonha e Pantanal do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, cujos fatores de
conversão devem ser iguais aos do Nordeste.
** Exceto para a região da Zona da Mata, cujos fatores devem ser iguais aos do Norte.
149
150
APÊNDICE 2. TABELAS DE CONVERSÕES
Distância
l polegada 2,54 centímetros 1 milímetro 0,03937 polegadas
1 pé 0,3048 metros 1 centímetro 0,3937 polegadas
1 jarda 0,9144 metros 1 metro 1,094 jardas
l milha 1,6093 quilômetros 1 quilômetro 0,6214 milhas
1 milha náutica 1,8532 quilômetros 1 quilômetro 1,539 milhas náuticas
Superfície / Área
1 polegada quadrada 6,4516 centímetros 1 centrímetro quadrado 0,1550 polegadas
1 pé 0,0929 metros 1 metro 10,76 pés
1 jarda 0,8361 metros 1 metro 1,196 jardas
1 acre 0,407 hectare 1 hectare 2,4711 acres
1 alqueire 110 m x 220 m 2,42 hectare 1 hectare 0,00386 milhas
1 alqueirão 220 m x 440 m 9,68 hectare
1 milha 259,0 hectare 1 hectare 10.000 m2
1 litro 0,06 hectare 11 x 55 metros 5 x 25 braças
Volume / Capacidade
1 polegada cúbica 16,387 centímetros 1 centímetro cúbico 0,061 polegadas
1 pé 0,0283 metros 1 decímetro 0,035 pés
1 jarda 0,746 metros 1 metro 1,308 jardas
Medidas
Sistema Imperial para métrico Sistema dos EUA para métrico
1 pint 0,551 litros 1 US pint (EUA) 0,473 litros
1 quart 1,136 litros 1 US quart 0,9463 litros
1 gallon (galão ) 4,546 litros 1 US gallon 3,785 litros
1 bushel 26,369 litros 1 US bushel 35,24 litros
1 bushel ( Soja/Trigo) 60 libras 1 bushel ( Soja/Trigo) 27,216 kg
l bushel ( Milho ) 56 libras 1 bushel ( Milho ) 25,401 kg
Sistema de Pesos Avoirdupois
1 ounce (onça ) 28,35 gramas 1 grama 0,035 onças
1 pound (libra ) 453,59 gramas 1 quilograma 2,205 libras
1 hundred weight 45,36 quilogramas 1 tonelada 0,984 ton
1 ton 1,016 toneladas
Temperatura
Celsius = ( Fº - 32) : 1,8 Fahrenheit = º C x 1,8 + 32
Velocidade
1 milha por hora 1,6093 quilômetros/hor
1 pé por minuto 0,3048 metros / minuto
Energia
1 Joule 0,220 calorias 1 Caloria 4,184 Joules
Medidas Métricas
1 picograma = 10-12 g 1 palmo = 22 cm
1000 picogramas = 1 nanograma (ng ) 1 arroba = 14,689 kg
1000 nanogramas = 1 micrograma ( ug ) 1 alqueire mineiro = 48.400 m2
1000 microgramas = 1 miligrama (mg) 1 alqueire do norte = 27.255 m2
1000 miligramas = 1 grama (g) 1 alqueire paulista = 24.200 m2
1000 gramas = 1 quilograma ( kg ) 1 légua Sesmaria = 6.000 m
ppm = mg / kg 1 légua marítima = 55.555,55 m
150
151
2.1. TRANSFORMAÇÃO DE MEDIDAS DE ÁREA - NOTAS:
1. Se você não sabe a área de sua propriedade em hectare, deverá usar a Tabela para
transformar a unidade de medida de área que você utiliza, em hectares.
Exemplo: Caso você possua uma área de 500 alqueires paulistas, veja na última coluna da
Tabela, que 1 alqueire paulista é igual a 2,42 hectares.
Assim, você deve multiplicar a área existente pelo número encontrado na Tabela. Logo, seu
imóvel mede: 500 x 2,42 = 1.210,0 hectares.
2. Se a unidade de medida que você utiliza é o “ metro quadrado ( m² )”, transforme para
HECTARE, dividindo por 10.000 (dez mil ).
Exemplo: Se o seu imóvel tem área de 122.370 m², transforme assim:
122.370 m² ÷ 10.000 = 12,2 ha
3. Informe as áreas sempre em HECTARE utilizando apenas uma casa decimal, como no
exemplo acima, pois o resultado seria 12,237, e será reduzido para 12,2.
151
152
ANEXO 1. Estudo de Caso: Fazenda Paraná
152
153
2. ANÁLISE ECONÔMICA DE UMA EMPRESA RURAL
1. DIAGNÓSTICO
1.1. IDENTIFICAÇÃO : FAZENDA PARANÁ
TOTAL / ÁREA - ha
PREÇO MÉDIO DA TERRA - R$ / ha 12.400,00
VALOR TOTAL DA TERRA - R$
VALOR ANUAL - 3 %
153
154
1.5. INVENTÁRIOS DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
TOTAL PATRIMÔNIO
1.8. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES - DESPESAS GERAIS DA EMPRESA
Lubrificantes = 10 % das despesas com óleo combustível;
Salário mínimo: R$ 240,00 e Salário de tratorista: R$ 300,00
01 empregado permanente = R$ 300,00 por mês .
Encargos sociais do empregado permanente: 70 % sobre o salário da categoria;
Pró-labore do produtor = 10 salários mensais;
Energia Elétrica = R$ 120,00 mensais, sendo 50 % nas residências;
Telefone = R$ 100,00 mensais, sendo 60 % relacionado às atividades.
Combustível da Camionete = R$ 150,00 mensais, sendo 50 % com as atividades
Despesas Gerais = 1,0 % sobre os custos variáveis.
Assistência Técnica = 2,0 % sobre os custos variáveis.
Contribuição previdenciária rural = 2,3 % sobre o valor da venda/produção.
Frete = 3% da produção
Recepção/Limpeza/Secagem = 2,0 % da produção
Manutenção de terraços = R$ 5,00 / ha / ano
Correção de solo = R$ 25,00 / ha / ano
154
155
HISTÓRICO DE PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE
ATIVIDADE : SOJA
ANO ÁREA/ha Produção-kg Produtividade-kg/ha Produtiv.-sc/ha Custo/sc Custo/ha
1999/00 200 480.000 12,6
2000/01 200 540.000 13,3
2001/02 200 600.000 18,2
2002/03 200 720.000 25,2
ATIVIDADE : TRIGO
ANO ÁREA/ha Produção-kg Produtividade-kg/ha Produtiv.-sc/ha Custo/sc Custo/ha
2000 80 192.000 9,5
2001 120 216.000 8,5
2002 100 270.000 10,5
155
156
4. 1 ANÁLISE DE ATIVIDADES
ATIVIDADE ÁREA / UN PRODUTIVIDADE PRODUÇÃO PREÇO RECEITA BRUTA
SOJA 200 ha 12.000 sc 30,00
MILHO SAFR 100 ha 6.000 sc 13,00
TRIGO 100 ha 4.500 sc 18,00
SUÍNOS 500 leitões 45.000 kg 1,35
TOTAL
156
157
TABELA . ESTIMATIVA DO VALOR DE SUCATA; VIDA ÚTIL E TAXA ANUAL
DE MANUTENÇÀO DE ALGUNS FATORES DE PRODUÇÃO
157
158
CUSTOS FIXO DA PROPRIEDADE
1. TERRAS
FATOR DE PRODUÇÃO VALOR - R$ JUROS - % CUSTO ANUAL
Terras
2. BENFEITORIAS
FATOR DE PRODUÇÃO VALOR VALOR VIDA DEPRECIAÇÃO JUROS SEGURO MANUTENÇÃO CUSTO FIXO
NOVO SUCATA ÚTIL ANUAL
Casa proprietário – alvenaria
Casa empregado – madeira
Garagem máquinas – alvenaria
Galpão de insumos – madeira
SUB – TOTAL
3. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
FATOR DE HORAS CUSTO VALOR NOVO VALOR VIDA DEPRECIAÇÃO JUROS SEGURO MANUTENÇÃO CUSTO FIXO
PRDUÇÃO ANO HORA SUCATA ÚTIL ANUAL
Trator 100 CV
Trator 70 CV
Colhedora
Plantadora
Pulverizador
Semeadora
Camionete
Distr. / Uréia
SUB - TOTAL
5. PRÓ-LABORE DO PRODUTOR
Retirada mensal
158
EMPREENDIMENTO: SOJA 200 ha SAFRA 2000/01 15/08/00a15/10/01
DATA HISTÓRICO VALOR/UNIT. VALOR/TOTAL
15/05/00CALCÁRIO DOLOMÍTICO tipo C 100 toneladas R$ 4.600,00
15/04/01VENDA DA PRODUÇÃO - 12.000 sacas/60 Kg R$ 360.000,00
15/09/00SEMENTE DE SOJA EMBRAPA 48 - 320 sacas/50 kg R$ 13.440,00
05/09/00ADUBO 00-30-15 - 720 sacas de 50 Kg R$ 17.640,00
20/09/00HERBICIDA SCEPTER - 200 LITROS R$ 9.025,00
20/09/00HERB. TRIFLURALINA PREMERLIM - 663 LITROS R$ 9.812,40
15/08/00HERBICIDA ROUNDUP - 400 LITROS R$ 3.360,00
15/08/00APLICAÇÃO DE HERBICIDA - 80 HORAS R$ 21,58
22/10/00APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 80 HORAS R$ 21,58
22/11/00INSETICIDA NUVACRON - 40 LITROS R$ 18,70
26/12/00INSETICIDA TAMARON - 160 LITROS R$ 21,58
22/10/00APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 60 HORAS R$ 21,58
20/09/00PLANTIO DIRETO - 200 HORAS R$ 32,79
15/03/01COLHEITA ALUGADA - 8 % DA PRODUÇÃO
15/03/01TRANPORTE - 1,5 % DA PRODUÇÃO
15/04/01INSS - 2,3 % DA PRODUÇÃO
20/08/01M.OBRA TEMPORÁRIA - 15 DIAS R$ 10,00
159
160
ESTIMATIVA DO CUSTO DE PRODUÇÃO
PRODUTO SAFRA
LOCAL
PRODUTIVIDADE MÊS DE REFERÊNCIA:
160
161
ESTIMATIVA DO CUSTO DE PRODUÇÃO
PRODUTO SAFRA
LOCAL
PRODUTIVIDADE MÊS DE REFERÊNCIA:
161