Sie sind auf Seite 1von 161

ADMINISTRAÇÃO RURAL

FASUL-
FASUL- FAG
Prof. Vanderley de Oliveira

1
2
Administração Rural
O agronegócio é, individualmente, o setor mais relevante da economia brasileira.
Responsável por aproximadamente 30% do PIB e 80 % do saldo da Balança Comercial, o
agronegócio avança a cada ano conquistando mercados em todas as regiões do planeta. O país
é hoje o maior exportador mundial de açúcar, álcool, laranja, soja, frango, carne vermelho,
café e fumo. É importante exportador de carne suína, madeira, camarão, frutas tropicais. O
agronegócio brasileiro caracteriza-se, portanto, pela forte inserção internacional, pelo alto
nível tecnológico, pelas claras vantagens comparativas. Entre as economias agrícolas
relevantes no mundo, a agricultura brasileira merece destaque por sua unicidade, ou seja, por
ser a única agricultura tropical de larga escala no mundo. Segundo RODRIGUES (2003),
“Temos hoje 56 milhões de hectares cultivados e 220 milhões de hectare de pastagens, entre
naturais e cultivadas, dos quais pelo menos 30 milhões de hectares que serão destinados à
agricultura nos próximos anos, sem prejuízo ao meio ambiente. “,
Tudo isso implica uma possibilidade de crescimento do agronegócio no Brasil. A
inquestionável competitividade brasileira neste setor vem atraindo a atenção mundial,
despertando grandes oportunidades para investimento. Para que o setor continue aumentando
sua produção e exportação, o caminho é desenvolver ações nos âmbitos externos; internos e
setoriais. No âmbito externo, há que se ampliar nossa inserção no mercado internacional e
estabelecer parcerias com nações que representem interesse estratégico para o Brasil. Na área
interna, é importante saber produzir, mas é imprescindível conhecer as técnicas de Gestão
Rural: Produção; Finanças; Comercialização e Recursos Humanos. Nas questões setoriais,
desenvolver mecanismos de integração das cadeias produtivas 2, englobando fornecedores de
insumos, produtores, industrias processadoras, distribuidores e prestadores de serviços.
Aumentar a capacidade gerencial do produtor e formar profissionais com perfil
empreendedor para gerir empresas do agronegócio, atuando em um mundo de complexidade e
de crescente transformação, rápidas e dinâmica, causada pelas mudanças dos conceitos
políticos, econômicos, sociais e administrativos é o objetivo deste Manual de Administração
Rural. O conteúdo programático, será constituído de 5 Capítulos: Gestão da Propriedade
Rural; Engenharia do Projeto; Comercialização Agroindustrial; Recursos Humanos e
Planejamento Estratégico.

2
3
Sumário

Introdução
Capítulo 1. GESTÃO DA PROPRIEDADE RURAL
1.1. Especificidade do Setor Rural 5
1.2. Gestão Rural 11
1.3. Diagnóstico e Inventário 22
Capítulo 2. ENGENHARIA DO PROJETO
2.1. Custos de Produção Agropecuário 35
2.2. Estudo de Caso - Custos 69
2.3. Análise Econômica da Propriedade Rural 75
2.4. Análise de Investimento Agropecuário 97
Capítulo 3. COMERCIALIZAÇÃO AGROINDUSTRIAL
3.1. Fundamentos dos Mercados Agropecuários 110
3.2. Estudo de Mercados 114
3.3. Estratégias de Comercialização 115
Capítulo 4. RECURSOS HUMANOS
4.1. Cumprimento da Legislação Trabalhista 120
Capítulo 5. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
5.1. Gestão Estratégica da Propriedade Rural 122
5.2. Análise SWOT 130
5.3. Plano Estratégico 135
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 137
APÊNDICE 1 - INDICADORES TÉCNICO-ECONÕMICO
1. Produtividade da Agricultura – Regional 141
2. Produtividade da Agricultura - Estudo Caso 142
3. Bovinocultura de Corte e Leite 143
4. INCRA: Módulo Fiscal; GUT e GEE 144
APÊNDICE 2 - TABELAS E CONVERSÔES 150
ANEXO - Estudo de Caso: Fazenda Paraná 152

prof. Vanderley de Oliveira - fone( 45) 3054-5805 - vanderley_olivei@uol.com.br

3
4
CAPÍTULO 1. Gestão da Propriedade Rural

TERRA DOENÇAS
PRAGAS
CLIMA
PRODUÇÃO

Natureza do SETOR RURAL


SAZONAL
DISPERSÃO
RISCOS

MERCADO COMMODITIES

REGIÃO

PREÇOS CUSTOS

COMERCIALIZAÇÃO POLÍTICA

1 Especificidade do Setor
Agropecuário

4
5
Capítulo 1: Gestão da Propriedade Rural

1. Especificidades do setor agropecuário

Objetivos específicos

• Obter uma visão macroeconômica do setor rural, sua inserção no sistema global com
as principais características da agropecuária;
• Promover a integração e troca de experiências entre os participantes;
• Saber usar a Especificidade do setor agropecuário na análise de projetos, programas e
estudos do agronegócio;
• Estudar os papeis de instituições públicas e privadas e as conseqüências
sociais/políticas/ econômica de suas ações sobre o setor agropecuário.
• Exposição dialogada sobre as atribuições de cada instituição.

Introdução

Nas últimas décadas do século XX o mundo enfrentou uma grande mudança. A


sociedade que vinha se caracterizando pela produção em massa passa a conviver com a
sociedade do conhecimento. O alto desenvolvimento das tecnologias, das comunicações, da
industrialização possibilitou o movimento de globalização atingindo todos os segmentos da
sociedade, em especial o agronegócios.
Logo, no novo cenário internacional, é preciso aumentar a eficiência, tanto na área
tecnológica quanto na gestão das atividades agropecuárias e obter uma visão macroeconômica
do setor, sua inserção no sistema global com as principais características da agropecuária.
Diante desta realidade será apresentados nesta unidade as principais características do
setor rural e num segundo momento, aplicar os conceitos em análises de projetos, programas
e estudos do agronegócios.

5
6
1. CARACTERÍSTICA DO SETOR RURAL
1.1. A PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA É REALIZADA EM CONDIÇÕES DE
RISCOS E INCERTEZAS TANTO DE CLIMA; MERCADO E POLÍTICA
ECONÔMICA;
A produção agropecuária é realizada em condições de incertezas e riscos, pois é
afetada por fatores que nem sempre são controláveis pelo produtor, tais como:
• Adversidades do clima (geada, estiagem, granizo )
• Mercado interno e externo
• Mudanças na legislação
• Alterações na política econômica

1.2. A RENDA DO PRODUTOR É VARIÁVEL E INCERTA


A produtividade e os preços dos produtos agropecuários são instáveis, tornando a renda
do setor altamente variável e incerta. A produtividade, independentemente da tecnologia
utilizada, depende dos fatores climáticos e os preços dependem do mercado interno e externo,
afetando o planejamento financeiro da propriedade rural.

1.3. EXIGÊNCIA DE INFRA-ESTRUTURA ESPECÍFICA


Cada sistema de produção exige uma infra-estrutura específica, dificultando ao produtor
substituir as atividades existentes e em andamento, até mesmo ampliar ou modernizar
tecnologicamente seus empreendimentos. Logo, a infra-estrutura existente é um dos principais
fatores que inibem a mudança das atividades.

1.4. MAIOR PODER DE BARGANHA DOS SETORES INDUSTRIAL E


COMERCIAL
Poucas são as empresas que produzem e comercializam máquinas, implementos,
agrotóxicos, fertilizantes, rações e medicamentos. Elas atuam em sistema, por vezes, de
oligopólio, o que lhes permite aumentar o seu poder de barganha e estabelecer o preço “básico
“no mercado.
Também são poucas as empresas que compram a produção agropecuária (frigoríficos,
indústrias de óleo, de farinha). Elas atuam, eventualmente, em oligopsônio, o que favorece a
determinação de preços “teto “no mercado.
Esse mecanismo, conhecido como “dupla pressão “sobre o setor agropecuário, acaba
influenciando significativamente os resultados econômicos do setor, reduzindo com isso a
renda líquida das atividades rurais.
6
7

 atenção : O associativismo, cooperativismo e sindicalismo são instrumentos


importantes para minimizar essas desvantagens dos produtores frente às indústrias e os
comerciantes no mercado.

1.5. O PRODUTO AGROPECUÁRIO NÃO POSSUI DISTINÇÃO DE MARCA


Os produtos agropecuários (commodities) geralmente não conseguem obter distinção de
marca, pois a produção é dispersa e homogênea.

1.6. VARIAÇÃO DOS PREÇOS DOS PRODUTOS AGROPECUÁRIOS


Os preços dos produtos agropecuários tendem a ser menores na época da safra e maiores
na época da entressafra. Isto se explica pela grande oferta de produtos na safra, quando o
produtor geralmente necessita de recursos financeiros para liquidar suas dívidas de custeio das
lavouras, bem como para a manutenção familiar. E também pelo aumento da demanda pelos
produtos, por indústrias processadoras, na época da entressafra quando precisam garantir seus
estoques.

1.7. O PROCESSO PRODUTIVO NÃO PODE SER PARALISADO


A produção agropecuária não pode ser interrompida durante o ciclo produtivo, sem
causar prejuízo econômico à produção final.

1.8. OPÇÕES DE PRODUÇÃO E DE CULTIVO SÃO REGIONALIZADAS


As opções de produção e de cultivo tendem a concentrar-se em determinadas regiões.
Isto ocorre em função principalmente do clima, da infra-estrutura regional existente e das
condições de mercado na região.

1.9. OS PRODUTOS AGROPECUÁRIOS SÃO PERECÍVEIS


Todos os produtos agropecuários são perecíveis e produzidos na forma bruta, exigindo
uma comercialização rápida após estarem “prontos “. Mesmo os animais, se não forem
comercializados logo após atingirem o peso ideal de abate, irão consumir mais, acumulando
risco e prejuízos ao produtor.

7
8
1.10.COMPLEXIDADE DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
AGROPECUÁRIA
Os serviços para condução das atividade agropecuárias são normalmente realizados ao
ar livre e são também bastante dispersos pela área da propriedade. Além disso, cada atividade
possui uma determinada época de produção, geralmente imposta pelo comportamento do
clima e pelas características biológicas da planta ou dos animais. Isto torna a administração
das propriedades agropecuárias mais complexas e difícil de ser planejada, pois está sempre
sujeita às condições climáticas, que são mutáveis. Na produção de grãos, por exemplo, o uso
de máquinas para o preparo do solo, tratos culturais e colheita depende das condições do
clima e solo para a sua movimentação.

2. Desafios da agropecuária

2.1. Internacionalização da agropecuária;

2.2. Reestruturação das empresas agropecuária;

2.3. Diversificação do produtor rural;

2.4. Forte ênfase no consumidor;

2.5. Novas tecnologias e biotecnologia;

2.6. Capitalização da agropecuária;

2.7. Planejamento estratégico .

Resumo

Obter uma visão macroeconômica do setor, sua inserção no sistema global, com as
principais características da agropecuária, permite aplicar os conceitos em análises de
projetos, programas e estudos do agronegócio.

8
9
Atividades
Atividade 1. Discutir com a sua equipe elaborar uma síntese das discussões sobre os
Seguintes Questionamentos:
a) Quais são os principais entraves / problemas /pontos fracos / ameaças do
agronegócio brasileiro ?
b) Quais são as oportunidades / pontos fortes / potencialidades do agronegócio
brasileiro
c) Que cenário pode ser estabelecido para o agronegócio brasileiro em 2025?
d) Como pode ser desenvolvido os modelos ou sistemas de gestão das empresas
do agronegócio brasil ?
e) Qual será o perfil do profissional que atua nas empresas que está relacionadas
ao agronegócio ?

Atividade 2. Pesquisar e apresentar um trabalho sobre as principais instituições


agropecuária brasileiras, inseridas no Agronegócio. O trabalho deve apresentar a instituição,
sua missão, a estrutura organizacional e atuação.
Instituições:
1. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
2. Ministério de Desenvolvimento Agrário – MDA;
3. Setor Bancário: Banco do Brasil e BNDES;
4. Secretária da Agricultura e do Abastecimento do Paraná – SEAB
5. Associativismo: Sindicalismo Rural Brasileiro e Cooperativismo:
Sindicalismo Rural Brasileiro: CNA; FAEP
Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais: CONTAG; FETAEP
Cooperativismo: OCB; OCEPAR
6. Educação e Formação Profissional na Agricultura: SENAR; SENARPR; SEBRAE
7. Bolsas de Mercadorias: BM & F

Normas do trabalho: Elaborado de acordo com as normas da ABNT, digitado em A4, fonte Times New Roman
ou Ariel, tamanho 12 para texto e paginação tamanho menor 10 para citações diretas com mais de 3 linhas,
espaçamento 1,5 cm; margem superior e esquerda: 3 cm, inferior e direita: 2 cm . Apresentação mínimo de 10
(dez) laudas.
Elementos do trabalho: Capa; Pré-textuais (= Folha de Rosto; Sumário e Listas); Textuais (= Introdução;
Desenvolvimento e Conclusão ); Pós-textuais (= Glossário; Referências; Bibliografias; Apêndices e Anexos ).
Obs: Na Introdução: Contextualização, problematização e objetivo do trabalho, resumo da metodologia e
estrutura do trabalho. No Desenvolvimento: Análise e Discussão de Dados: Análise do Assunto, principais
aspectos, com argumentação teórica e Analítica. Conclusão: Sua opinião sobre o tema. “Fechamento do
trabalho”.

9
10
Sites importantes do Agronegócios

AGRICULTURA ARMAZENAGEM
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA www.agricultura.gov.br ARMAZENS www.argebras.com.br
Operações: Agronegócio = oportunidades; BERNARDO www.bernardoquimica.com.br
Comercialização = sumário;
Conab = indicadores agropecuários CENTREINAR www.centreinar.org.br
BIOTECNOLOGIA www.biotecnologia.org.br CENTREINAR www.dea.ufv.br/centreinar
BIOTECNOLOGIA www.cib.org.br CLASPAR www.pr.gov.br/claspar
CLIMA www.climatempo.com.br CONSULGRAN www.consulgran-granos.com
CLIMA www.impe.gov.br ÉRICO WEBER www.armazenagem.com.br
CLIMA www.inmet.gov.br GRÃOS BRASIL www.graosbrasil@wnet.com.br
CLIMA www.weather.com GUIA www.guiadearmazenagem.com.br
DEFENSIVOS www.andef.org.br PÓS COLHEITA www.pos-colheita.com.br
DEFENSIVOS www.inpev.org.br SEGURANÇA www.mte.gov.br
PLANTIO DIRETO www.cooplantio.com.br UNIOESTE www.unioeste.br/agais
BOLSAS DE MERCADORIAS DOWLOADS

BLOMBERG www.blomberg GRATIS www.gratis.com.br


BMF www.bmf.com.br
BMM www.bbmnet.com.br
Bmrs www.bmrs.com.br
BUENOS AIRES www.bolcereales.com.br
CHICAGO www.cbot.com
KANSAS www.kcbt.com
LONDRINA www.bcml.com.br
NEW YORK www.nybot.com
NEW YORK COTTON EXCHANGE www.nyce.com
ROSARIO www.bcr.com.br
INSTITUIÇÕES MERCADOS

BANCO CENTRAL www.bcb.gov.br AGROLINK www.agrolink.com.br


BANCO CENTRAL DO BRASIL www.bcb.gov.br BM&F www.bmf.com.br
BANCO DO BRASIL www.bb.com.br CEPEA/USP www.cepea.esalq.usp.br
CEPEA / ESALQ www.cepea.esalq.usp.br (=preços) CHICAGO www.cbot.com
CNA www.cna.org.br CMA www.cma.com.br
CONAB www.conab.gov.br Operações: www.cma.com.br/agricola/commodity.asp
CONFEDERAÇÃO AGRIC. PEC. www.cna.org.br CONAB www.agricultura.gov.br
EMATER www.emater.df.gov.br FAEP www.faep.com.br
EMBRAPA www.embrapa.br IBGE www.ibge.gov.br
Epagri www.epagri.rtc-sc.br SAFRAS E MERCADOS www.safras.com.br
FAEP www.faep.com.br RURAL www.ruralbusines.com.br
FAO www.fao.org
FGV www.fgv.br (=índices)
FUNDAÇ ARAUCÁRIA www.fundaçãoaraucaria.org.br
GOVERNO PR www.pr.gov.br / seab FINANÇAS
IBGE www.ibge.gov.br
INCEPA www.incepa.com.br www.msn.com.br/financas/graficos
INST. BRAS. MEIO AMBIENTE www.ibama.com.br
IRGA www.irga.rs.gov.br
www.fgvdados.fgv.br
MAPA www.agricultura.gov.br
MINISTERIO DESENV. AGRÁRIO. www.mda.gov.br
ORGANIZ. COOPERATIVAS BRASIL www.ocb.org.br
ORGANIZ. COOPERATIVAS PARAN www.ocepar.org.br
SEBRAE www.sebraesp.com.br
SENAR www.senarpr.org.br
USDA www.usda.gov
USDA / produções www.faz.usda.gov
USDA / publicações www.usda/.gov/ness/pubs.htm
NOTÍCIAS PECUÁRIA

ESTADÃO www.agestado.com.br CARNE www.beefpoint.com.br


GAZETA www.gazetamercantil.com.br CORTE www.boletimpecuário.com.br
LEITE www.milkpoint.com.br
SUINOS www.suino.com.br
SUÍNOS www.suinos.com.br
REVISTAS UNIVERSIDADES

AGRINOVA www.agrinova.com.br FASUL www.fasul.edu.br / caaf


USP www.pa.esalq.usp.br FAG www.fag.edu.br
Fonte: Vanderley de Oliveira

10
11

2
. Gestão Rural

11
12
2. GESTÃO RURAL
2.1. O QUE É GESTÃO RURAL ?
É a maneira mais eficiente de utilizar os recursos da Empresa Rural, conforme os
objetivos de seu proprietário.
2.2. OBJETIVOS
• Administrar com maior competência a mão-de-obra, a terra, as máquinas, os
equipamentos e o dinheiro da propriedade;
• Ajustar as tecnologias aos objetivos do produtor e de sua família;
• Aumentar a renda do produtor na propriedade;
• Diminuir os riscos de produção e de mercado;
• Garantir um bom padrão de vida ao produtor e a sua família;
• Manutenção do valor do patrimônio;
• Transformar a propriedade em uma Empresa Rural
2.5. O QUE SE PODE GERENCIAR / ATIVIDADES
• Área de produção;
• Área de finanças;
• Área de comercialização e marketing;
• Área de recursos humanos.
2.6. REQUISITOS NECESSÁRIOS
ÁREA RECURSOS NECESSÁRIOS
• Produção Recursos produtivos
• Finanças Recursos financeiros
• Comercialização Recursos mercadológicos
• Humana Recursos humanos

2.5. EMPRESA RURAL

Empresa Rural é a unidade de produção em que são exercidas atividades que dizem
respeito a culturas agrícolas, criações de gados, e ou culturas florestais, com a finalidade de
renda. Os tipos de Empresa Rural são integradas por recursos denominados fatores de
produção: Fator Terra; Fator Capital; Fator Trabalho; Capacidade Tecnológica e Capacidade
Empresarial. Estes fatores sofrem influências direta, tais como: condições climáticas; a
legislação; comportamento do mercado; políticas agrícolas, etc. Já os fatores internos estão
ligados: Terra; Tamanho ou Volume do Negócio; Seleção e Combinação de linhas de
exploração. Já os fatores internos estão ligados diretamente: Mão de Obra;
Máquinas/Equipamentos e Rendimentos das Culturas/ Criações.

12
13
2.6. FATORES DE PRODUÇÃO NA EXPLORAÇÃO AGROPECUÁRIA.

2.6.1. FATOR TERRA

O fator terra constitui a base sobre a qual se exercem as atividades dos demais recursos de
produção, sendo renováveis ou não os recursos naturais são aproveitados pelo homem na sua
forma bruta, primitiva ou os transformam em instrumentos para continuidade do processo de
produção. O fator terra engloba todos os recursos e condições existentes na natureza, por isso
a necessidade sobre as potencialidades de sua exploração e o domínio de processos de
reposição e reciclagem, a verificação de uma propriedade agrícola é a determinação da
capacidade de uso dos solos disponíveis, sendo analisado de forma completa, fertilidade,
textura, profundidade, declive, erosão etc, para que desse modo tenha uma haja um
crescimento ainda maior no agronegócios. Atualmente, tem contribuído decisivamente para
geração de empregos.

2.6.2. TAMANHO OU VOLUME DO NEGÓCIO AGRÍCOLA

2.6.2.1 Medida do tamanho ou volume do negócio agrícola

Existem várias maneiras de se medir a dimensão da empresa rural. Basicamente


deve-se considerar a finalidade da análise e o tipo de exploração agrícola.

2.6.2.2 Medidas para empresas rurais em que as culturas são a principal fonte de renda:

- Área Total: número de hectares; área que a propriedade utiliza para cultivos.

- Área Cultivada Total: se refere ao total de hectares cultivados durante o ano. Se


uma área recebe dois cultivos, ela é contada duas vezes.

- Área dedicada a uma ou duas culturas mais importantes: por exemplo milho ou
soja.

2.6.2.3 Medidas para empresas rurais em que a criação de animais é a principal fonte de
renda:

- número de frangos para uma granja avícola

- número de vacas por granja leiteira

- número de suínos por granja de suínos

13
14
- número de unidades-animais (UA): utilizada em empresas onde se criam
vários tipos de animais. É necessário determinar critérios para estabelecer a
equivalência e um animal como base. O critério pode ser por exemplo, a
quantidade de ração consumida. Já há uma pré-definição de UA: vacas com
mais de 2 anos: 1,00 UA; vacas de 1 a 2 anos: 0,70 UA;vacas de 6 meses a 1
ano: 0,50 UA; vacas de 3 a 6 meses: 0,25 UA; suínos com mais de 6 meses:
0,30 UA; suínos de 3 a 6 meses: 0,20 UA; galinhas: 0,01 UA; ovinos adultos:
0,20 UA;

2.6.2.4. Medidas para empresas rurais em que são importantes tanto culturas como criações:

- Renda bruta e renda líquida: representam mais adequadamente o volume do negócio


agrícola como unidade de produção e por conseqüência dimensionam a importância
econômica da empresa. No entanto não são ideais para comparação, em função de
serem influenciados pela produtividade e pelos preços.

- Valor total do capital da empresa: depende da avaliação correta de seus bens.

- Número de equivalentes-homens ou número médio de trabalhadores no


estabelecimento rural: se baseia na quantidade de mão de obra. Serve como
comparativo para empresas de mesmo grau de mecanização e eficiência nos
trabalhos.

- Número total de unidades produtivas de trabalho-homem ou número de


jornadas: é a quantidade média de trabalho realizado por um homem em um
dia (8 a 10 horas) de trabalho com equipamento usual e eficiência média.

- Custo total anual do estabelecimento: representa o valor total dos insumos


usados na empresa durante o ano.

2.6.3 Intensidade de exploração

O aumento do tamanho do negócio agrícola pode ser conseguido aumentando-se a


área por compra ou arrendamento ou então através da intensificação dos negócios.

A intensidade de exploração é dada pela relação entre a mão de obra e capital


aplicados em cada unidade de superfície.

- número total de homens-dias de trabalho aplicados por unidade de área: se aplica


em propriedades onde a produção animal não possui importância.

- Valor do capital de exploração por unidade de área: quando a atividade pecuária


é considerável.

14
15
- Custo total anual por unidade de área: considera mão de obra, maquinários e
materiais. Exemplo: Lavoura (milho +soja)R$ 2.439,82/ha e Suinocultura R$
1.359,28/matriz.

- Índice de Intensidade (I): relação percentual entre o custo total anual por unidade
de área do estabelecimento e a média dos custos por unidade de área na região.

2.6.4 CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS AGRÍCOLAS QUANTO AO TAMANHO

- Propriedades muito pequenas, pequenas, médias, grandes e muito grandes: se


baseia no trabalho executivo e administrativo realizado pelo empresário. Na
propriedade muito pequena o empresário pode não encontrar oportunidade de
aplicar toda sua capacidade de trabalho. A pequena propriedade pode oferecer
pleno aproveitamento da capacidade de trabalho do administrador. Na propriedade
média o empresário normalmente necessita contratar mão de obra. Na grande
propriedade o empresário utiliza todo seu tempo na direção da empresa. Na
propriedade muito grande o empresário necessita de ajuda de auxiliares e
administradores. Explorações de Subsistência e explorações comerciais: as
primeiras praticamente não produzem excedentes para venda e não oferecem
perspectivas de progresso para seus ocupantes.

O “Estatuto da Terra” (Lei 4504 de 30/11/64) define em seu artigo 4º:

I – “Imóvel Rural”, o prédio rústico, de área contínua, qualquer que seja a sua
localização, que se destine à exploração extrativa, agrícola, pecuária ou
agroindustrial, quer através de planos públicos de valorização, quer de iniciativa
privada.

II – “Propriedade Familiar”, o imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo


agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a
subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada
região e tipo de exploração, e eventualmente trabalhado com a ajuda de terceiros.

III – “Módulo Rural”, a área fixada nos termos do inciso anterior.

IV – “Minifúndio”, o imóvel rural de área e possibilidade inferiores às da


propriedade familiar.

15
16
V – “Latifúndio”, o imóvel rural que:

a) exceda à dimensão máxima fixada na forma do artigo 46,parágrafo 1º, alínea “b”,
desta lei, tendo-se em vista as condições ecológicas, sistemas agrícolas regionais
e o fim a que se destine;

b) não excedendo o limite referido na alínea anterior, e tendo área igual ou superior
à dimensão do módulo de propriedade rural, seja mantido inexplorado em relação
às possibilidades físicas, econômicas e sociais do meio, com fins especulativos,
ou seja, deficiente ou inadequadamente explorado, de modo a vedar-lhe a
inclusão no conceito de empresa rural.

VI – “Empresa Rural” é o empreendimento de pessoa física ou jurídica, pública ou


privada, que explore econômica e racionalmente imóvel rural, dentro de condição de
rendimento econômico da região em que se situe e que explore área mínima
agricultável do imóvel, segundo padrões fixados, pública e previamente, pelo poder
executivo. Para esse fim, equiparam-se as áreas cultivadas, as pastagens, as matas
naturais e artificiais e as áreas ocupadas com benfeitorias;

Parágrafo único – Não se considera latifúndio:

a) o imóvel rural, qualquer que seja a sua dimensão, cujas características recomendem,
sob o ponto de vista técnico e econômico, a exploração florestal racionalmente
realizada, mediante planejamento adequado.

b) O imóvel rural, ainda que de domínio particular, cujo objetivo de preservação


florestal ou de outros recursos naturais haja sido reconhecido para fins de
tombamento, pelo órgão competente da administração pública.

1.4.1 Vantagens e desvantagens de pequenas e grandes propriedades


a) Grandes estabelecimentos têm maiores possibilidades de contar com mão de obra
especializada. Por outro lado as pequenas contam com mão de obra familiar e correm
menos riscos de ações trabalhistas.

b) Quanto ao uso de máquinas e construções: as grandes propriedade podem fazer um


uso mais econômico destes recursos, bem como adquirir maquinários mais especializados.

c) Quanto à comercialização: os grandes estabelecimentos possuem maior poder de


barganha. Uma alternativa aos pequenos estabelecimentos é se organizarem em
cooperativas.

d) Quanto aos riscos: em geral os pequenos estabelecimentos correm menos riscos.

16
17
2.6.5 SELEÇÃO E COMBINAÇÃO DE LINHAS DE EXPLORAÇÃO E A
ROTAÇÃO DE CULTURAS

As relações que podem existir entre linhas de exploração. Existem alguns princípios
básicos que podem ser utilizados na seleção das atividades mais convenientes para
determinada empresa agrícola. Nesta secção faremos algumas considerações adicionais sobre
o problema, recordando, inicialmente, a caracterização dos tipos de relações entre linhas de
exploração.
2.6.5.1. Relações Entre Linhas de Exploração

Linhas de exploração competidoras ou principais são aquelas que requerem, na


mesma época, o uso de certos recursos, isto é, são culturas ou criações que competem no uso
da mão-de-obra, da terra, do capital etc. Fixada a quantidade de recursos disponíveis, se duas
linhas de exploração são competidoras, o aumento de produção de uma só pode ser
conseguido diminuindo a produção da outra.
Linha de exploração complementar é aquela que fornece material ou serviço para
outra. Se duas linhas de exploração são complementares o aumento na produção de um
produto contribui para aumentar a produção do outro. Exemplos: forrageira para o gado
bovino; milho para porcos e aves; criações visando esterco para certas culturas.

Depois de escolher as linhas de exploração principais e complementares o empresário


deve verificar se existem recursos não utilizados que possam ser aproveitados numa linha de
exploração suplementar, isto é, uma criação ou cultura que não interfere na produção das
linhas de exploração já escolhidas. Exemplos: para aproveitar melhor a mão-de-obra o
agricultor pode criar algumas vacas leiteiras; para aproveitar a terra e mão-de-obra no inverno
pode ser interessante cultivar trigo.

2.6.5.2. Especialização Versus Diversificação


Para fins de administração rural consideramos especialização a produção baseada em
uma só linha de exploração, de modo que o agricultor que a pratica depende de uma única
fonte de renda.
É evidente que há poucas propriedades completamente especializadas no sentido
indicado acima. Tampouco são comuns as empresas que têm várias fontes de renda de igual
importância. Muitas empresas estão organizadas de tal modo a obter renda de um grupo
reduzido de produtos estreitamente relacionados; este tipo de organização pode ser
denominado semi-especializado. Quanto a empresa diversificada, a produção é baseada em
várias linhas de exploração.

17
18
Para medir o grau de especialização ou de diversificação de uma propriedade
podemos utilizar um dos seguintes valores:

a) número de linhas de exploração. esta medida só é útil quando não há


muita diferença de importância entre as linhas de exploração.
b) porcentagem da área de cultivo dedicada às culturas comerciais
importantes.
c) porcentagem das unidades produtivas de trabalho-homem dedicadas às
culturas ou criações importantes.
d) porcentagem da renda bruta proveniente das culturas ou criações
importantes. assim, se mais da metade da renda vem de uma única linha de
exploração, a fazenda se diz especializada.
e) número de explorações contribuem com mais de 10% da renda da
empresa. quanto maior esse número, maior o grau de diversificação.
f) índice de diversificação:
I = _ 1__
∑Fx²
onde Fx é a fração da renda bruta total proveniente da linha de exploração X.
Exemplo: Consideremos duas propriedades com igual número de linhas de
exploração. Cada linha de exploração contribui, entretanto, em cada empresa, com
diferentes porcentagens da renda bruta.

Porcentagem da Renda Bruta


Linhas de Exploração
Empresa A Empresa B
Cereais 12 16
Leite 53 16
Frutas 15 17
Ovinos 4 17
Engorda de novilhos 13 17
Aves 3 17

TOTAL 100 100

O índice de diversificação da propriedade A é


Ia = ______________1______________________ = 3,0
0,12² + 0,53² + 0,15² + 0,04² + 0,13² + 0,03²

O índice de diversificação da propriedade B é


Ib = ______________1______________________ = 6,0
0,16² + 0,16² + 0,17² + 0,17² + 0,17² + 0,17²

18
19
Analisaremos, a seguir, as vantagens das empresas diversificadas e das
especializadas.
Vantagens da especialização:
a) O princípio da vantagem comparativa indica que cada
propriedade deve dedicar-se à linha de exploração que melhor se adapte ao
local do ponto de vista econômico, tendo em vista a obtenção de lucros
máximos.
b) A especialização favorece o desenvolvimento da habilidade do
homem para efetuar determinados serviços, e, portanto, aumenta sua
eficiência. É verdade que as atividades agrícolas oferecem pouca
oportunidade para uma especialização profunda. Mesmo que o agricultor se
dedique a uma só linha de exploração deve executar diferentes tarefas no
decorrer do ano. Mas também é certo que quanto maior o número de linhas
de exploração existentes na empresa, menores serão as facilidades para que
o agricultor desenvolva maior habilidade e eficiência.
c) a especialização permite uma melhor aplicação do capital. Se
numa fazenda só se cultiva arroz será possível adquirir maquinaria eficiente
investindo uma quantidade moderada de capital por hectare de cultura. O
aumento do número de linhas de exploração tende a tomar a área dedicada
a cada cultura insuficiente para permitir o uso de máquinas de grande
capacidade.
d) a especialização facilita a administração da empresa.

Vantagens da diversificação:
a) diversificação, através da adequada combinação de linhas de
exploração principais, complementares e suplementares, determina o uso mais
completo dos recurso disponíveis. Assim, a diversificação favorece o uso mais
contínuo da mão-de-obra, evitando o problema social e econômico do
desemprego estacional (caso do volante ou safreiro).
b) a diversificação reduz os riscos devidos a preços desfavoráveis e a
condições meteorológicas prejudiciais.
c) permite rotação de culturas 1.

1
Rotação de Culturas: É a alternância de culturas em uma mesma área, num um determinado período.

19
20
Vantagens e Objetivos da Rotação de Culturas e/ou Pastagens
São muitas as vantagens da rotação de culturas e a maioria delas escapa ao âmbito
deste manual pois relaciona-se com outros campos de estudo. É o caso de vantagens como:
Na ordem técnica:
a) manter ou melhorar a fertilidade do solo
b) ajudar a controlar doenças e pragas
Na ordem econômica :

a) permite uma melhor distribuição da mão-de-obra e do uso das máquinas


b) permite obter rendas maiores e mais regulares
c) reduz os riscos relativos a perda de colheitas e queda dos preços.

A análise da rotação de culturas é feita não só na programação ao nível de


propriedades mas também na programação de regiões. Neste último caso, rotação pode ter por
finalidade o aproveitamento integral da água para irrigação, o aumento da demanda de mão-
de-obra etc. Numa rotação de culturas a área destinada às diferentes linhas de exploração é
igual em todos os anos; isso distingue uma verdadeira rotação de uma simples sucessão de
culturas. Na rotação distingue-se, muitas vezes, uma cultura principal, na qual se fazem as
adubações e operações de preparo do solo mais importantes.

Escolha do Programa de Rotação

Ao programar uma rotação é necessário levar em consideração os seguintes pontos:

a) informações básicas sobre o solo, relevo, disponibilidade de água para a


irrigação.
b) dados agronômicos e econômicos da região ou zona;
c) preços de produtos insumos;
d) exigências de insumos físicos das diversas linhas de exploração e variação
estacional da mão-de-obra e do uso do equipamento;
e) preferências pessoais do agricultor.
Com base nas informações anteriores devemos atualizar individualmente as linhas de
exploração. Avaliando a renda líquida que podem dar, a fim de escolher aquelas mais
lucrativas. É indispensável, ainda, levar em consideração as relações entre as linhas de
exploração (competidoras, complementares e suplementares). A taxa marginal de substituição
entre produtos e a relação entre seus preços é que permitem determinar o tamanho relativo de
cada linha de exploração no programa de rotação.

20
21
EXERCÍCIO/PESQUISA: CONFORME A PRODUTIVIDADE.............

Atividades 1 - Exercícios

01. O Incra quer mudar as regras do jogo no campo ( índices de produtividades). Realizar
texto com investigação, análise e discussão da proposta e o apresentar informações
sobre sua interferência no AGRONEGÓCIOS .

02. Apresentar a situação regional, nacional e mundial da produção, produtividades,


consumo e comércio dos produtos e subprodutos mais importantes do agronegócios.

............. Pesquisar no Apêndice 1. página:

21
22

3
. Diagnóstico e Inventário

22
23
1.INVENTÁRIO: CADASTRO DE EMPRESAS
1.1. Modelo Escrita Rural – Empresa EXEMPLO

NOME FANTASIA ENDEREÇO BAIRRO MUNICÍPIO UF CEP


FAZENDA PARANA PARANÁ Av. Iguaçu, 119 Centro TOLEDO PR 85900-970
SÍTIO CATUAÍ CATUAÍ Ramal Pimenta Novo LONDRINA PR 86900-000
FAZENDA SÃO PEDRO FSP Jd América, 200 América CASCAVEL PR 84777-000
AGROPECUÁRIA IPÊ AGROPEC Rua Bolívia, 350 Alto PALOTINA PR 87999-000
CHÁCARA BOA VISTA BOA VISTA Estrada do Sol Iguaçu JESUITAS PR 85900-000
FAZENDA LAGOA SECA LAGOA Lote 450 Canaã IBIPORÃ PR 85901-000

1.2. Cadastro das Empresas – Empresa ESTUDO

NOME: ......................................................................................................................................
FANTASIA ...............................................................................................................................
ENDEREÇO ............................................................................................................................
BAIRRO ...................................................................................................................................
MUNICÍPIO .............................................................................................................................

NOME: .....................................................................................................................................
FANTASIA ...............................................................................................................................
ENDEREÇO ............................................................................................................................
BAIRRO ..................................................................................................................................
MUNICÍPIO ............................................................................................................................

NOME: ......................................................................................................................................
FANTASIA ................................................................................................................................
ENDEREÇO .............................................................................................................................
BAIRRO ....................................................................................................................................
MUNICÍPIO .............................................................................................................................

NOME: .......................................................................................................................................
FANTASIA ................................................................................................................................
ENDEREÇO .............................................................................................................................
BAIRRO ....................................................................................................................................
MUNICÍPIO .............................................................................................................................

23
24
2. INVENTÁRIO DAS TERRAS
1.1. Modelo em hectare ( ha ) – Empresa EXEMPLO
ESPECIFICAÇÃO PRÓPRIA ARRENDADA OUTRAS TOTAL
LAVOURAS PERMANENTES 2 2
LAVOURAS TEMPORÁRIAS 110 5 5 120
PASTAGENS NATURAIS 3 3
PASTAGENS CULTIVADAS 2 2 4
MATAS NATIVAS 1 1
MATAS CILIARES
RESERVA LEGAL
FLORESTAS PLANTADAS 0
TERRAS INAPROVEITÁVEIS 1 1
ESTRADAS E RESIDÊNCIAS 1 1
AÇUDES E OUTRAS 0,5 0,5
TOTAL ÁREA 118,5 7 7 132,5
PREÇO MÉDIO DA TERRA – R$ / ha 15.000,00
VALOR TOTAL DA TERRA - R$ 1.777.500,00
VALOR ANUAL - 3 % 53.325,00

1.2. Modelo em hectare ( ha ) – Empresa ESTUDO


ESPECIFICAÇÃO PRÓPRIA ARRENDADA OUTRAS TOTAL
LAVOURAS PERMANENTES
LAVOURAS TEMPORÁRIAS
PASTAGENS NATURAIS
PASTAGENS CULTIVADAS
MATAS NATIVAS
MATAS CILIARES
RESERVA LEGAL
FLORESTAS PLANTADAS
TERRAS INAPROVEITÁVEIS
ESTRADAS E RESIDÊNCIAS
AÇUDES E OUTRAS
TOTAL ÁREA
PREÇO MÉDIO DA TERRA – R$ / ha
VALOR TOTAL DA TERRA - R$
VALOR ANUAL - 3 %

24
25
3. CROQUIS DA PROPRIEDADE
3.1. EMPRESA EXEMPLO
IDENTIFICAÇÃO
NOME : JOSÉ DA SILVA
PROPRIEDADE : FAZENDA PARANÁ
LOCAL : TOLEDO FONE ( 45 ) 35269 4444

ROTEIRO : BR 222 Toledo / Assis Chateaubriand, KM 25 primeira entrada às direita após


o trevo para o distrito de OURO PRETO. Propriedade localizada à 1 km.

CROQUIS

Assis Chateaubriand

Toledo Ouro Preto

LEGENDA ÁREA ( ha ) LEGENDA ÁREA ( ha ) LEGENDA ÁREA ( ha )


1. Lavoura 6. Pasto 11 Pasto
2. Lavoura 7. Pasto 12 Lavoura
3. Varzea 8. Sede 13
4. Lavoura 9. Pasto 14
5. Pasto 10. Pasto 15

25
26
3.2. COQUIS DA EMPRESA ESTUDO
IDENTIFICAÇÃO
NOME ................................................................................................................................
PROPRIEDADE .....................................................................................................................
LOCAL ........................................................................... FONE ( ) ...................................

ROTEIRO

CROQUIS

LEGENDA ÁREA ( ha ) LEGENDA ÁREA ( ha ) LEGENDA ÁREA ( ha )

1. _______ __________ 7. _______ __________ 13 ________ ___________


2. _______ __________ 8. _______ __________ 14 ________ ___________
3. _______ __________ 9. _______ __________ 15 ________ ___________
4. ______ _________ 10. _______ _________ 16 ________ __________
5. ______ _________ 11. _______ _________ 17 ________ __________
6. ______ _________ 12 _______ _________ 18 ________ __________

26
27
4. ACOMPANHAMENTO DE SAFRA AGRÍCOLA

4.1. HISTÓRICO DE PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE – EMPRESA EXEMPLO


ATIVIDADE - SOJA
ANO ÁREA/ha Produção Produtividade Produtividade Custo/sc Custo/ha
kg kg/ha sc/ha
89/90 109,0 281.400 2.582 43,03
90/91 382,3 621.450 1.626 27,09
91/92 522,7 725.130 1.387 23,12
92/93 476,7 1.218.930 2.557 42,62
93/94 392,0 1.186.560 3.027 50,45
94/95 380,0 1.339.194 3.524 58,74
95/96 467,0 1.829.580 3.918 65,30
96/97 512,0 1.820.180 3.555 59,25 15,28 565,30
97/98 500,0 1.107.915 2.216 36,93 15,15 560,49
98/99 500,0 1.610.001 3.220 53,67 10,27 552,34
99/00 139,0 427.792 3.078 51,29 11,00 560,39
00/01 532,4 1.881.368 3.534 58,90 12,46 731,43
01/02 572,3 2.021.143 3.532 58,86 12,45 731,43

ATIVIDADE - MILHO
ANO ÁREA/ha Produção Produtividade Produtividade Custo/sc Custo/ha
kg kg/ha sc/ha
89/90 331,0 1.428.552 4.316 71,93
90/91 181,0 495.000 2.735 45,58
91/92 109,0 396.900 3.641 60,69
92/93 73,0 57.753 791 13,19
93/94 109,0 534.600 4.905 81,74
94/95 -- --
95/96 133,0 685.440 5.154 85,89
96/97 65,0 516.499 7.946 132,44 5,27 579,15
97/98 80,0 527.709 6.596 109,94 5,27 579,25
98/99 80,0 292.760 3.660 60,99 9,75 594,52
99/00 86,0 174.938 2.034 33,90 21,42 726,15
00/01 43,0 341.206 7.935 132,25 7,16 947,57

ATIVIDADE - TRIGO
ANO ÁREA/ha Produção Produtividade Produtividade Custo/sc Custo/ha
kg kg/ha sc/ha
1998
1999 218,0 546.176 2.505 41,76 11,35 473,81
2000 139,0 474,36
2001 484,0 214.031 442 7,37 79,86 588,55

4.2. ACOMPANHAMENTO DE SAFRA - EMPRESA EXEMPLO


Talhão Área Híbrido / % Adubo Plantio Colheita Produção Rendiment
(ha) Variedade Kg/ha Inicio Término Início Término Kg Kg/ha
1 100 CD 201 20 250 15.out 16.out 27.ja 30.jan 350.000 3.500
2 100 CD 202 20 300 20.out 25.out 02.fe 05.fev 320.000 3.200
3 100 EM 48 20 280 25.out 28.out 03.fe 10.fev 250.000 2.500
4 100 EM 48 20 250 15.nov 19.nov 05.fe 05.fev 280.000 2.800
5 100 CD 201 20 300 16.nov 21.nov 15.fe 20.fev 300.000 3.000

Total # # # # # # # 1.500.000 3.000


27
28

4.3. HISTÓRICO DE PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE – EMPRESA ESTUDO


ATIVIDADE
ANO ÁREA/ha Produção Produtividade Produtividade Custo/sc Custo/ha
kg kg/ha sc/ha

ATIVIDADE
ANO ÁREA/ha Produção Produtividade Produtividade Custo/sc Custo/ha
kg kg/ha sc/ha

ATIVIDADE
ANO ÁREA/ha Produção Produtividade Produtividade Custo/sc Custo/ha
kg kg/ha sc/ha

4.4. ACOMPANHAMENTO DE SAFRA - EMPRESA ESTUDO


Talhão Área Híbrido / % Adubo Plantio Colheita Produção Rendiment
(ha) Variedade Kg/ha Inicio Término Início Término Kg Kg/ha

Total # # # # # # #

4.5. ACOMPANHAMENTO DE COLHEITA - EMPRESA ESTUDO


PRODUTO
DATA KG DATA KG DATA KG

TOTAL

28
29
5. ACOMPANHAMENTO DA PECUÁRIA DE CORTE

5.1. EVOLUÇÃO DO REBANHO

5.1.1. EMPRESA EXEMPLO


ÁREA / PERÍODO 01 / JANEIRO /2002 31 / DEZEMBRO /2002
AGRICULTURA 100 100
PECUÁRIA 600 600

TOTAL 700 700

PERÍODO 01 / JANEIRO / 31 / DEZEMBRO /


ANIMAIS N.º KG UA UA/ha nº UA N.º KG UA nº UA

TOUROS 12 600 1,33 0,8 16 12 600 1,33 16


MATRIZES 300 450 1,00 1,0 300 304 450 1,00 304
BEZERROS (0-1 a) 110 135 0,30 3,33 33 83 135 0,30 24,9
BEZERRAS (0-1 a) 100 135 0,30 3,33 30 78 135 0,30 23,4
NOVILHOS ( 1-2 a ) 95 200 0,44 2,27 41,8 103 200 0,44 45,32
NOVILHAS ( 1-2 a ) 80 200 0,44 2,27 35,2 31 200 0,44 13,64
NOVILHOS ( 2-3 a ) 68 340 0,75 1,33 51 84 340 0,75 63
NOVILHAS ( 2-3 a ) 56 340 0,75 1,33 42 31 340 0,75 23,25
BOIS ( + 3 a ) 93 450 1,00 1,0 93 121 450 1,00 121

TOTAL 914 --- 642 847 615,74


Lotação: UA/área --- 1,07 1,06

• Unidade Animal (UA) = Peso médio de uma vaca adulta girando em 450 Kg .
• UA/ha = Unidade Animal / hectare.

RESULTADO DE FLUXO - PERÍODO: 01/JAN/ 02 a 31/ DEZ/02


ANIMAIS NATALIDADE MORTALIDADE PLANTEL
INDICADORES DESMAME NASCIDOS 0 a 1 a Nascidos Outros VENDAS COMPRA
TOUROS ------- ------- ------ ------ 0 3 3
MATRIZES ------- ------- ------ ------ 6 20 0
BEZERROS (0-1 a) 103 101 7 18 ----- 0 0
BEZERRAS (0-1 a) 91 92 9 14 ----- 60 0
NOVILHOS ( 1-2 a ) ------ ------ ----- ----- 11 0 0
NOVILHAS ( 1-2 a ) ------ ------ ----- ----- 9 40 0
NOVILHOS ( 2-3 a ) ------ ------ ----- ----- 7 0 0
NOVILHAS ( 2-3 a ) ------ ------ ----- ----- 6 20 0
BOIS ( + 3 a ) ------ ------ ----- ----- 0 93 60
TOTAL 194 193 16 32 39 236 63
TOTAL / MORTALIDADE 87

29
30

5.1.2. EMPRESA ESTUDO

ÁREA / PERÍODO 01 / JANEIRO / 31 / DEZEMBRO /


AGRICULTURA
PECUÁRIA

TOTAL

PERÍODO 01 / JANEIRO / 31 / DEZEMBRO /


ANIMAIS N.º KG UA UA/ha nº UA N.º KG UA nº UA

TOUROS 1,33 0,8 600 1,33


MATRIZES 1,00 1,0 450 1,00
BEZERROS (0-1 a) 0,30 3,33 135 0,30
BEZERRAS (0-1 a) 0,30 3,33 135 0,30
NOVILHOS ( 1-2 a ) 0,44 2,27 200 0,44
NOVILHAS ( 1-2 a ) 0,44 2,27 200 0,44
NOVILHOS ( 2-3 a ) 0,75 1,33 340 0,75
NOVILHAS ( 2-3 a ) 0,75 1,33 340 0,75
BOIS ( + 3 a ) 1,00 1,0 450 1,00

TOTAL ---
Lotação: UA/área ---

• Unidade Animal (UA) = Peso médio de uma vaca adulta girando em 450 Kg .
• UA/ha = Unidade Animal / hectare.

RESULTADO DE FLUXO - PERÍODO: 01/JAN/ a 31/ DEZ/


ANIMAIS NATALIDADE MORTALIDADE PLANTEL
INDICADORES DESMAME NASCIDOS 0 a 1 a Nascidos Outros VENDAS COMPRA
TOUROS
MATRIZES
BEZERROS (0-1 a)
BEZERRAS (0-1 a)
NOVILHOS ( 1-2 a )
NOVILHAS ( 1-2 a )
NOVILHOS ( 2-3 a )
NOVILHAS ( 2-3 a )
BOIS ( + 3 a )
TOTAL
TOTAL / MORTALIDADE

30
31
6. INVENTÁRIO DE ANIMAIS
6.1. EMPRESA EXEMPLO

ESPECIFICAÇÃO QUANT. VALOR PESO VALOR


DOS ANIMAIS CABEÇA MÉDIO/CB MÉDIO TOTAL
Kg
TOUROS 5 1000,00 650 5.000,00
MATRIZES 100 700,00 450 70.000,00
BEZERROS (até 1 ano) 40 150,00 140 6.000,00
BEZERRAS (até 1 ano) 40 130,00 135 5.200,00
NOVILHOS (1-2 anos) 33 300,00 220 9.900,00
NOVILHAS (1-2 anos) 33 280,00 220 9.240,00
NOVILHOS (2-3 anos) 15 400,00 350 6.000,00
NOVILHAS (2-3 anos) 15 380,00 350 5.700,00
BOIS ( + 3 anos ) 20 600,00 460 12.000,00
VACAS 5 500,00 2.500,00
PORCAS CRIADEIRAS 2 180,00 360,00
PORCAS CRESCIMTO 20 40,00 800,00

TOTAL ----- ----- --- 132.700,00

6.2. EMPRESA ESTUDO

ESPECIFICAÇÃO QUANT. VALOR PESO VALOR


DOS ANIMAIS CABEÇA MÉDIO/CB MÉDIO TOTAL
Kg
TOUROS
MATRIZES
BEZERROS (até 1 ano)
BEZERRAS (até 1 ano)
NOVILHOS (1-2 anos)
NOVILHAS (1-2 anos)
NOVILHOS (2-3 anos)
NOVILHAS (2-3 anos)
BOIS ( + 3 anos )
VACAS
PORCAS CRIADEIRAS
PORCAS CRESCIMTO

TOTAL ----- ----- ---

31
32
7. CADASTRO DE EMPREENDIMENTO

7.1. ESCRITA RURAL – EMPRESA EXEMPLO

NOME UNIDADE PRODUÇÃO INÍCIO FIM


SOJA 120 ha Sc 7.200 01/09/2001 28/02/2002
MILHO SAFRINHA 50 ha Sc 4.000 01/03/2001 03/08/2001
TRIGO 70 ha Sc 2.800 01/03/2001 03/08/2001
SUÍNOS 1820 terminados/ano Kg 182.000 01/01/2001 31/12/2001
AVICULTURA Lotes 07 20/02/2001 20/02/2002

7.2. ESCRITA RURAL – EMPRESA ESTUDO

NOME UNIDADE PRODUÇÃO INÍCIO FIM

8. PATRIMÔNIO
8.1.1. BENFEITORIAS - EMPRESA EXEMPLO

ESPECIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS ESTADO VALOR (R$)


Casa de alvenaria 150 m² - ano 1900 Ótimo 35.000,00
Casa de madeira 10m x 17 m – ano 1979 Bom 12.000,00
Galpão de alvenaria 200 m² - ano 1997 Ótimo 25.000,00
Pocilga mista 50 m² - ano 1988 Regular 5.000,00
Valor Total 77.000,00

8.1.2. BENFEITORIAS - EMPRESA ESTUDO

ESPECIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS ESTADO VALOR (R$)

32
33
8.2.1. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS - EMPRESA EXEMPLO

ESPECIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS ESTADO VALOR (R$)


Trator de pneus 4x4 110 CV – ano 1996 Ótimo 55.000,00
Trator de pneus 4x2 75 CV – ano 1999 Bom 37.000,00
Plantadora plantio direto 9 linhas – ano 1996 Bom 22.000,00
Pulverizador 2000 l – ano 1999 Bom 18.000,00
Carreta agrícola 2 eixos 4 ton – ano 1990 Bom 3.000,00
Valor Total Máquinas 135.000,00

8.2.2. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS - EMPRESA ESTUDO

ESPECIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS ESTADO VALOR (R$)

9. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS - INVENTÁRIO / UTILIZAÇÃO


9.1. EMPRESA EXEMPLO
DATA MÁQUINA SERVIÇO CONTA / HORAS VALOR
ATIVIDADE R$
15/03/04 Trator 1– 110 CV Plantio Trigo 10
15/03/04 Plantadora 1 – PD Plantio Trigo 10
15/03/04 Pulverizador 2000l Herbicida Trigo 10
10/09/04 Colhedora Colheita Trigo 15

9.2. EMPRESA ESTUDO


DATA MÁQUINA SERVIÇO CONTA / HORAS VALOR
ATIVIDADE R$

33
34
10. ACOMPANHAMENTOS DE ESTOQUES
10.1. INSUMOS E PRODUTOS – EMPRESA EXEMPLO
ESPECIFICAÇÃO QUANTIDADE VALOR VALOR TOTAL
UNIDADE UNITÁRIO R$
Soja em Grãos 30.000 kg 0,50 15.000,00
Milho em Grãos 12.000 kg 0,25 3.000,00
Adubo 02-20-20 70 sc 40,00 2.800,00
Herbicida 10 litros 15,00 150,00
Óleo lubrificante 5 litros 5,00 25,00
Óleo Diesel 200 litros 1,50 300,00
Valor Total de Insumos/Prod 21.275,00

10.2. INSUMOS E PRODUTOS – EMPRESA ESTUDO


ESPECIFICAÇÃO QUANTIDADE VALOR VALOR TOTAL
UNIDADE UNITÁRIO R$

11. RESUMO / PATRIMÔNIO

11.1. EMPRESA EXEMPLO

ESPECIFICAÇÕES VALOR – R$
INVENTÁRIO DE TERRAS 1.777.500,00
INVENTÁRIO DE ANIMAIS 132.700,00
PATRIMÔNIO: BENFEITORIAS 77.000,00
PATRIMÔNIO: MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 135.000,00
ESTOQUES: INSUMOS E PRODUTOS 21.275,00
TOTAL 2.143.475,00

11.2. EMPRESA ESTUDO

ESPECIFICAÇÕES VALOR – R$
INVENTÁRIO DE TERRAS
INVENTÁRIO DE ANIMAIS
PATRIMÔNIO: BENFEITORIAS
PATRIMÔNIO: MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
ESTOQUES: INSUMOS E PRODUTOS

TOTAL

34
35
CAPÍTULO 2. Engenharia do Projeto

1. CUSTOS DE PRODUÇÃO

35
36

ANÁLISE DE CUSTOS

PERGUNTAS E RESPOSTAS:
• QUAL A QUANTIDADE MÍNIMA QUE SE DEVE
PRODUZIR E VENDER PARA NÃO TER PREJUÍZO ?

• QUAL PRODUTO É MAIS RENTÁVEL PARA ESTIMULAR


A PRODUÇÃO ?

• QUAL PRODUTO DEVEMOS CORTAR


CORTAR PARA AUMENTAR
A RENTABILIDADE ?

• CERTOS ITENS, É MELHOR PRODUZIR OU COMPRAR


DE TERCEIROS ?

• QUAL O PREÇO ADEQUADO PARA CADA PRODUTO?

• SOBRE QUAL ITEM DE CUSTOS DEVEMOS EXERCER


MELHOR CONTROLE ?

COMO REDUZIR CUSTOS ?? imediata


Necessidade imediata:“

FORMAÇÃO DE CENTROS DE CUSTOS DE CONTROLE “

36
37
TABELA 1 – CRITÉRIO DE RATEIO

CRITÉRIO DE RATEIO
1. ATIVIDADE AGRÍCOLA
ATIVIDADE ÁREA – HECTARE PROPORÇÃO
P/ RATEIO
Lavoura de arroz 1 150 25,00 %
Lavoura de soja 2 200 33,33 %
Lavoura de milho 3 250 41,67 %
600 100,00 %
TOTAL
2. ATIVIDADE PECUÁRIA POR UNIDADE / ANIMAIS EXISTENTES
ATIVIDADE UNIDADES / PROPORÇÃO
ANIMAIS P/ RATEIO
Cria 150 UA 30,00 %
Recria 150 UA 30,00 %
Engorda 200 UA 40,00 %
500 UA 100,00 %
TOTAL
3. CRITÉRIO DE HORAS TRABALHADAS PELO TRATOR
ATIVIDADE HORAS TRABALHO PROPORÇÃO
PELO TRATOR P/ RATEIO
Lavoura 1 - soja 100 Horas 22,22 %
Engorda 200 Horas 44,45 %
Lavoura 2 – milho 150 Horas 33,33 %
450 Horas 100,00 %
TOTAL
4. CRITÉRIO DE MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA
ATIVIDADE MOVIMENTAÇÃO PROPORÇÃO
FINANCEIRA P/ RATEIO
Lavoura 1 R$ 15.000,00 16,30 %
Lavoura 2 R$ 20.000,00 21,74 %
Lavoura 3 R$ 10.000,00 10,87 %
Cria R$ 10.000,00 10,87 %
Recria R$ 12.000,00 13,05 %
Engorda R$ 25.000,00 27,17 %
R$ 92.000,00 100,00 %
TOTAL
5. OUTROS CRITÉRIO
ATIVIDADE PROPORÇÃO
P/ RATEIO
Lavoura 1 16,00 %
Cria 30,00 %
Recria 20,00 %
Engorda 34,00 %
TOTAL 100,00 %

38
39
CUSTOS DE PRODUÇÃO NO AGRONEGÓCIOS

INTRODUÇÃO

Muito se fala em custo de produção no agronegócio e apesar dos esforços das diversas
instituições públicas e privadas que contribuíram substancialmente para maior uniformização
das metodologias utilizadas, conforme citado por OCEPAR (1998), o assunto ainda carece de
maior difusão junto aos principais agentes do agribusines, notadamente no segmento
“ campo “. A maioria das instituições elaboram planilhas de custos de produção e parcela
restrita dos produtores, de uma forma ou outra, elaboram seus próprios custos.
Entretanto, a metodologia de cálculo utilizada pelos diferentes agentes é divergente, o
que dificulta os estudos e impossibilita comparações entre custo de produção, elaboração sob
metodologia diversas.
Este capítulo, tem como objetivo estudar o custo de produção no agronegócio,
apresentado nos tópicos: ASPECTOS METODOLÓGICOS; DETALHAMENTO DAS
CONTAS; DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS E ORÇAMENTAÇÃO PARCIAL

1. ASPECTOS METODOLÓGICOS

O método de cálculo adotado, terá como referência o da CONAB (2007), que busca
contemplar todos os itens de dispêndios, explícitos ou não, que devem ser assumidos pelo
produtor, desde as fases iniciais de correção e preparo do solo até a fase inicial de
comercialização do produto.
Segundo conceitos abordados, o cálculo do custo de uma determinada cultura
estabelece custos de produção associados aos diversos padrões tecnológicos e preços de
fatores em uso nas diferentes situações ambientais. Desta forma, o custo é obtido mediante a
multiplicação da matriz de coeficientes técnicos pelo vetor de preços dos fatores.
Na formulação do método de cálculo dos custos de produção, o objetivo deliberado é a
determinação do custo médio por unidade de comercialização das principais atividades
constantes na empresa rural.
Como o cálculo do custo de produção envolve uma série de rotinas nem sempre de
fácil entendimento para todos, é importante que se faça uma descrição dos procedimentos
empregados pela CONAB na elaboração desses custos e uma adaptação para as realidades
locais e regionais.

39
40
1.1. Coeficientes Técnicos de Produção
No cálculo do custo de produção de uma determinada cultura deve constar como
informação básica a combinação de insumos, de serviços e de máquinas e implementos
utilizados ao longo do processo produtivo.
Esta combinação é conhecida como “ pacote tecnológico “ e indica a quantidade de
cada item em particular, por unidade de área, que resulta num determinado nível de
produtividade. Essas quantidades mencionadas, referidas a unidade de área (hectare) são
denominadas de coeficientes técnicos de produção, podendo ser expressas em toneladas,
quilograma ou litro (corretivos, fertilizantes, sementes e agrotóxicos), em horas (máquinas e
equipamentos) e em dia de trabalho (humano ou animal ).
Dados as peculiaridades da atividade agrícola, os referidos coeficientes são
influenciados diretamente pela diversidade de condições ambientais de clima, de fertilidade,
de tipo e topografia do solo, dentre outros, que moldam, na prática, uma grande variedade de
padrões tecnológicos de produção. Assim, para tornar possível o estabelecimento de
coeficientes técnicos e superar os problemas da extrema diversidade existente, faz-se
necessária a aceitação de alguns padrões genéricos que sejam representativos do conjunto de
tecnologias adotadas pelo produtores das diferentes regiões do País, desde que guardem certa
consistência entre eles.
A matriz de coeficientes técnicos devem ser adaptadas conforme os indicadores
regionais de desempenho e atualizados pelas entidades inseridas no agronegócio.

1.2. Sistema de Coleta de Preços


Outra variável essencial no cálculo de custo de produção é o vetor de preços dos fatores
que fazem parte do processo de produção, representado pelos preços médios efetivamente
praticados na área objeto do estudo. Diferentemente do que acontece com os coeficientes
técnicos, os preços dos insumos e serviços apresentam variações mais freqüentes, exigindo
levantamentos periódicos durante o ciclo produtivo, mesmo em período de baixa inflação.
Somente após este processo ocorrerá a utilização dos valores nos cálculos dos custos de
produção.
É importante ressaltar que há necessidade de se calcular uma estimativa de custos (
situação ex-ante ) antes que seja iniciado o preparo do solo, de maneira que o orçamento
podem auxiliar na administração e planejamento do sistema de produção daquele exercício,
assim como uma previsão de suas causas e conseqüências com devida antecedência. Em razão
disso, a pesquisa de preços de insumos enfrenta certas dificuldade, uma vez que, com a
sazonalidade no mercado de fatores agrícolas, os preços de alguns insumos nem sempre estão
disponíveis nesse momento. Essas dificuldade são contornadas caso a caso segundo critérios

40
41
estatísticos específicos, a exemplo de estudos de tendência de preços, com base em série
histórica e de relativos de preços.
Numa situação ex-post, o cálculo do custo de produção de produtos agropecuários é
determinado após o desenvolvimento da safra e são baseados em dados efetivamente
realizados. Para o produtor rural, sua importância é na identificação da rentabilidade dos
sistemas de produção daquele exercício, assim como, de suas causas e conseqüências.
O custo total de produção de um produto agropecuário representa a soma de todas as
despesas explícitas ( caixa ) e implícitas ( não caixa ), que podem ser atribuídas à produção
dessa exploração. O custo total é a soma dos custos fixos e dos custos variáveis.

1.3. Adequação dos Custos no Tempo


De um modo geral, a produção agrícola se desenvolve em etapas distintas: preparo do
solo, plantio, tratos culturais e colheita – exigindo, para tanto, períodos relativamente longos
para serem realizadas. Isso faz com que os insumos e serviços sejam incorporados à lavoura
em diferentes momentos, ao longo do processo produtivo. Consequentemente, surgem
dificuldades quanto à forma de se mensurar estes componentes fora de sua efetiva época de
utilização, mesmo em períodos de baixa inflação. por isso, em trabalhos de custos de
produção agrícola, é importante que se deixe claro a distinção entre orçamento ou estimativas
de custo e custo efetivo ou simplesmente custo, bem como a data-base ou de referência em
que os cálculos estão sendo realizados.
A metodologia empregada pela CONAB busca identificar corretamente os custos de
produção no tempo, contemplando, pelo menos, duas situações distintas:
a ) custo estimado, realizado de três a quatro meses antes do início das operações de
preparo de solo, visa subsidiar as decisões de política agrícola para a safra a ser
plantada, de modo a permitir a avaliação prévia do que plantar, que culturas
estimular e qual o montante de recursos necessários para o financiamento da safra.
b) custo efetivo, calculado a partir dos preços praticados na época oportuna de
utilização, determina o custo efetivamente incorrido pelo produtor e serve para
controle, avaliação, estudos de rentabilidade e subsídios às futuras políticas para o
setor.
No primeiro caso, o cálculo tem por base os preços correntes de todos os insumos e
serviços a serem utilizados no decorrer do processo produtivo, levantados num determinado
momento, independentemente da época em que os mesmos serão incorporados ao processo
produtivo, assumindo, assim que as possíveis variações dos mesmos serão captadas ao longo
do ciclo de produção e contemplados quando do cálculo do custo efetivo. Conforme

41
42
informado anteriormente, os preços que eventualmente não estão disponíveis nesse
momento, têm tratamento próprio, segundo critérios específicos.
No segundo caso, estes dispêndios vão sendo revistos, a cada instante, de acordo com o
desembolso efetivo em cada fase do ciclo produtivo, a saber: preparo do solo, plantio, tratos
culturais e colheita. Assim, a partir da utilização desse critério, é possível fazer-se cálculos
periódicos do custo durante todo o período de produção, bastando para isto eleger a data-base
desejada, bem como calcular o custo efetivo ao término da safra.
Neste contexto, vale dizer que, para a safra de verão, o ideal seria calcular os custos em,
pelo menos, quatro momentos distintos, a saber:
- antes do início do cultivo (abril/maio
- no início do cultivo (agosto/setembro);
- no decorrer do ciclo de cultivo (novembro/dezembro);
- após o término da colheita (abril).

1.4. Mensuração dos componentes de custos


Do ponto de vista da mensuração dos custos de oportunidades social, os critérios
adotados para sua determinação são os seguintes;
a) Custos explícitos, cujos valores podem ser mensurados de forma direta, são
determinados de acordo com os preços praticados pelo mercado, admitindo-se que os
mesmos representam seus verdadeiros custos de oportunidade social. Situam-se nesta
categoria os componentes de custo que são desembolsados pelo agricultor no decorrer
de sua atividade produtiva, tais como insumos (sementes, fertilizantes e agrotóxicos),
mão-de-obra temporária, serviços de máquinas e animais, juros, impostos e outros.

b) Custos implícitos – não são diretamente desembolsados no processo de produção,


visto que correspondem à remuneração de fatores que já são de propriedade da
fazenda, mas não podem deixar de ser considerados, uma vez que constituem, de fato,
em dispêndios. Sua mensuração se dá de maneira indireta, através da imputação de
valores que deverão representar o custo de oportunidade de seu uso. Nesta categoria
enquadram-se os gastos com depreciação de benfeitorias, instalações, máquinas e
implementos agrícolas e remuneração do capital fico e da terra.

42
43
1.5. Representatividade dos Custos
Quanto à representatividade estatística, os custos de produção calculados pela CONAB
buscam observar o comportamento médio dos diversos padrões tecnológicos praticados no
cultivo dos produtos amparados pela Política Governamental de Preço Mínimo, bem como
dos preços dos fatores de produção, ao nível das regiões geográficas: Sul, Sudeste e Centro-
Oeste, denominada Região Centro-Sul e ao nível da Região Norte/Nordeste.
Ao longo do tempo, as decisões de governo para a agricultura basearam-se via de regra,
em informações de caráter global, isto é, aquelas com níveis de agregação geográfica que
representam, em grande números, todas as zonas de produção agrícola. Recentemente, têm-se
observado decisões de política agrícola em planos mais regionalizados, o que, sem dúvida,
constituem-se em avanços, diante de um quadro de rápidas transformações tecnológicas na
agricultura.

2. DETALHAMENTO DAS CONTAS


As planilhas de custos estão organizados de maneira a separar os componentes de acordo
com sua natureza contábil e econômica.
Em termos contábeis, os custos variáveis são separados em despesas de custeio da
lavoura, despesas depôs-colheita e despesa financeira, esta última incide sobre o capital de
giro utilizado. Da mesma forma, os custos fixos são diferenciados em depreciação do capital
fixo e demais custos fixos envolvidos na produção e remuneração dos fatores terra e capital
fixo.
Em termos econômicos, os componentes do custo são agrupados, de acordo com sua
função no processo produtivo, nas categorias de custos variáveis, custos fixos, custo
operacional e custo total.
Nos custos variáveis são agrupados todos os componentes que participam do processo,
na medida que a atividade produtiva se desenvolve, ou seja, aqueles que somente ocorrem ou
incidem se houver produção. Enquadram-se aqui os itens de custeio, as despesas de pós-
colheita e as despesas financeiras. No planejamento de políticas econômicas adotada para
cada produto, os custos variáveis desempenham papel crucial na definição do limite inferior
do intervalo dentro do qual o preço mínimo deve variar, constituindo-se, no curto prazo, numa
condição necessária para que o produtor continue na atividade.
Nos custos fixos, enquadram-se os elementos de despesas que são suportados pelo
produtor, independentemente do volume de produção, tais como depreciação, juros sobre o
capital fixo, seguro, manutenção periódica de máquinas e outros.

43
44
O custo operacional é composto de todos os itens de custos variáveis (despesas
diretas ) e a parcela dos custos fixos diretamente associada à implementação da lavoura.
Difere do custo total apenas por não contemplar a renda dos fatores fixos, consideradas aqui
como remuneração esperada sobre o capital fixo e sobre a terra. É um conceito de maior
aplicação em estudo e análises que visam horizontes de médio prazo.
O custo total de produção, compreende o somatório do custo operacional mais a
remuneração atribuída aos fatores de produção.Numa perspectiva de longo prazo todos esses
itens devem ser considerados na formação de políticas para o setor.
Pode-se afirmar também que custo de produção é uma compensação que os donos dos
fatores de produção, utilizados por uma firma para produzir determinado bem, devem receber
para que eles continuem fornecendo estes fatores à mesma.
O termo “compensação “é utilizado no conceito de custo de produção, porque em
certos casos não ocorre pagamento formal, ou seja, nem todos os custos envolvem um
pagamento em dinheiro (custo caixa). Em muitos casos, alguns itens que compõem o custo
de produção de um bem não envolvem um desembolso de dinheiro (custo não caixa), como
por exemplo, a depreciação tecnológica de um trator ou o custo de oportunidade do capital
investido em máquinas.
Desta forma, no longo prazo, sempre deve haver um rendimento ao capital próprio no
montante que este poderia receber emprestando-o, por exemplo, a outras firmas. Caso
contrário, no longo prazo, o empresário será forçado a encerrar suas atividades pela
obsolescência de seu patrimônio.

44
45
2.1. Descrição dos itens que Compõem o Custo de Produção
Considerando os critérios de organização apresentados acima, os elementos do custo de
produção agrícola são reunidos segundo o plano de contas a seguir:

A – CUSTO VARIÁVEL
I- DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com aviões
2 - Operação com Máquinas
3 - Aluguel de Máquinas
4 - Mão-de-obra temporária
5 - Mão-de-obra permanente
6 - Sementes
7 - Fertilizantes
8 - Agrotóxicos
9 - Despesas Administrativas
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Máquinas / Colheita
2 - Transporte externo
3 - Classificação
4 - Recepção/Limpeza/Secagem/Armazenagem (30 dias)
5 - Despesas com PROAGRO
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros
2 - Impostos e Taxas
B - CUSTO FIXO
IV – DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias e instalações
2 - Depreciação de máquinas e implementos
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção Periódica de máquinas
2 - Encargos sociais
3 - Seguro do capital fixo
C - CUSTO OPERACIONAL ( A + B )
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo
2 - Terra
D - CUSTO TOTAL ( C + VI )

45
46
2.1.1. Operação com aviões
Algumas operações, por razão diversas, são realizadas com utilização de aviões, como
por exemplo, a aplicação de agrotóxicos nas lavouras irrigadas, onde o uso da máquina torna-
se praticamente impossível. Neste item são computadas as despesas que o produtor realiza na
contratação de aplicação aérea (agrotóxicos, fertilizantes, etc ). Assim como em qualquer item
das despesas de custeio, o dispêndio é obtido mediante a multiplicação do respectivo
coeficiente técnico pelo custo do serviço do aluguel do avião..

2.1.2. Operação com máquinas


O valor que aparece nesta conta resulta do somatória das despesas com operações
mecanizadas, com máquinas próprias, no preparo do solo (conservação de terraços, aração,
gradagem e aplicação de herbicidas PPI ); no plantio e adubação de manutenção, nos tratos
culturais (aplicação de agrotóxicos, capinas mecânicas e aplicação mecânica de adubo de
cobertura ), na colheita e no transporte interno. O dispêndio em cada operação é obtido
mediante a multiplicação do respectivo coeficiente técnico pelo custo horário da máquina.
O custo horário de máquina é calculado pela CONAB a partir dos índices de consumo
de óleo combustível, lubrificantes, filtros e salário do operador, de acordo com a potência de
cada máquina utilizada no processo produtivo, bastando, para tanto, conhecer os preços desses
insumos e serviços no momento desejado. Esses preços são pesquisados junto às revendas e
instituições técnicas do setor, sempre na primeira semana do mês.
Cabe enfatizar que, aos custos de operação de máquina, são adicionados os gastos
parciais com manutenção das mesmas no decorrer do ciclo da cultura que representa 40 % dos
gastos totais com este dispêndios, obtendo-se, assim, o custo/hora total. Estas despesas são,
portanto, apropriadas a essa categoria do custo variável, por representar um desembolso
imediato do agricultor.
Como as despesas com manutenção de máquinas tanto ocorrem ao longo do ciclo
produtivo da lavoura, como após o seu encerramento, o restante (60%) são computados no
custo fixo 1 .

2.1.3. Aluguel de máquinas


Só difere em relação ao item anterior – Operação com máquinas, porque o produtor,
por não possuir máquina própria, contrata os serviços de terceiros para realizar os serviços.

__________________________________________

1
Em razão da complexidade do cálculo de manutenção de máquina, este item é comentado à parte ( 2.1.13 )

46
47
2.1.4. Operação com animais
Representam os gastos relacionados às operações realizadas com animais de tração do
produtor. Segundo uma planilha própria, o cálculo deste custo contempla as despesas com
alimentação, operador, manejo e defesa sanitária (vacinas e medicamentos ), necessários à
manutenção e à sobrevivência do animal.

2.1.5. Mão-de-obra
De acordo com a metodologia de cálculo, são considerados dois tipos de mão-de-obra:
o trabalhador temporário e a mão-de-obra permanente. Tais despesas são apropriadas como
custo variável, uma vez que representa desembolso imediato para o agricultor.
Por trabalhador temporário entende-se aquele que é remunerado por dia de serviço
na execução de tarefas que não exigem maiores qualificações. Enquadram-se nesta categoria
diversos tipos de trabalhadores, desde os “ trabalhadores volantes “ (bóias frias) até os
pequenos proprietários que se assalariam para a complementação da renda familiar.
Sabe-se, contudo, que para realização de determinadas práticas em culturas anuais, o
trabalhador é melhor remunerado, seja pelos cuidados requeridos na sua execução, seja pela
oportunidade da realização das mesmas, onde o atraso pode implicar em queda de
produtividade e prejudicar a qualidade do produto colhido. Neste particular, é feito uma
diferenciação no caso da mão-de-obra requerida para as colheitas de algodão e de feijão.
O valor do salário pago ao diarista é obtido por meio de pesquisa de campo. Já a
remuneração paga pela colheita de algodão e de feijão é calculada através do critério de
comparação histórica do valor utilizado nessas operações com aquele pago ao diarista
(serviços gerais). Assim, comparando-se a média das remunerações pagas nos últimos anos
aos trabalhadores contratados para a operação de colheita dessas culturas com a média do
salário pago ao diarista, no mesmo período, observou-se que existe um comportamento
relativamente estável entre essas duas variáveis, que faz com que os gastos com essa operação
possam ser expressos como uma proporção do salário pago ao diarista. Nas duas últimas
safras, esta proporção foi da ordem de 25% do valor pago ao diarista, para se colher uma
arroba (15 kg) de algodão. Para a colheita de feijão a diária corresponde a 115% do valor de
uma diária comum.
Mão-de-obra Permanente: são dispêndios efetuados para a remuneração dos
trabalhadores permanentes (capatazia). Na medida que o trabalhador permanente de uma
propriedade agrícola tende a atender a propriedade como um todo, a mensuração do tempo e
do valor gasto em uma atividade específica torna-se difícil de ser aferido, exigindo, para tanto
que se adote alguns critérios que permitam a obtenção de uma aproximação razoável desse
gasto, durante o ciclo produtivo de uma determinada cultura.

47
48
Na metodologia da CONAB, como não se trata de uma propriedade em particular,
mas de uma estimativa genérica para o conjunto de propriedades existente para se determinar
o montante da mão-de-obra permanente usado em cada cultura, considera-se o valor de um
salário mínimo, pelo período de seis meses, rateado por 100 hectares. Este período é
entendido como sendo o tempo médio de duração dos ciclos das culturas anuais, enquanto
100 hectares seria o tamanho médio de uma propriedade, possível de ser administrada por um
capataz. Dessa forma, obtém-se o dispêndio com mão-de-obra permanente em cada hectare,
padrão a todas as culturas.
Operador: o salário do operador de máquina é contemplado diretamente no cálculo
do custo de hora/máquina ( item 2.1.2 ).

2.1.6. Insumos
Refere-se às despesas de aquisição de fertilizantes, agrotóxicos e sementes.
Fertilizantes e Agrotóxicos: os preços são obtidos através de pesquisas de campo e
referem-se aos insumos colocados na propriedade do agricultor. Estes preços pesquisados são
comparados com a série histórica, de maneira a testar sua compatibilidade com a tendência
histórica.
Sementes e Mudas: no momento em que se calcula o custo estimado, o mercado de
semente ainda não formou seu preço, exigindo, então, que se recorra a um critério específico,
que consiste em fazer um estudo comparativo entre os preços do grão e da respectiva semente,
de modo a se obter um relativo de preços que possa ser utilizado para se estimar o preço da
semente na época efetiva de sua comercialização, baseando-se nas expectativas de preços de
mercado para o grão.
Primeiramente, os preços nominais pagos pelos produtores na safra anterior, com a
aquisição de sementes na época de concentração da comercialização deste insumo, são
atualizados monetariamente para o mês de junho, através do IGP-DI. Em seguida, os preços
reais das sementes são ponderados pelos calendário de plantio dos principais estados
produtores, obtendo-se, assim, os preços reais médios pagos, ponderados para a safra.
Posteriormente, adota-se o mesmo procedimento para os preços recebidos pelos
produtores, mediante a tabulação dos preços nominais nos principais estados produtores, no
período de comercialização dos produtos, corrigindo-os pelo mesmo índice, também para o
mês de junho. Estes preços reais são ponderados pelos percentuais de colheita mensal e pelo
volume de produção obtida em cada um dos principais estados produtores, obtendo-se dessa
forma, os preços reais médios recebidos.

48
49
Os relativos sementes/grãos ou caroço são obtidos através da divisão dos preços
reais médios pagos pelas sementes, pelos preços reais médios recebidos com a venda dos
grãos ou caroços (algodão). A partir daí, faz-se a estimativa do preço de semente de duas
maneiras:
a) relativo encontrado na safra atual multiplicado pelo preço real ponderado do produto;
b) média dos relativos das safras anteriores e atual multiplicada pelo preço real do
produto.
Finalmente, faz-se o comparativo, mediante o confronto das estimativas de preços
previstos para a safra, com o preço mínimo de sementes, com os preços coletados na última
pesquisa de campo e com os fornecidos pela Associação Brasileira dos Produtores de
Sementes ( ABRASEM ), também em valores de junho, de modo a testar a consistência dos
preços obtidos.

2.1.7. Transporte externo


Refere-se às despesas realizadas com o transporte do produto da propriedade rural até
a estrutura de pré-beneficiamento ( limpeza e secagem ) e armazenamento. Nos custos
estimados, adota-se os preços reais de frete, praticados por ocasião da comercialização da
safra anterior, obtido através de pesquisa de campo. Quando o cálculo do custo final, no
encerramento da safra, é feita uma nova pesquisa, quando então são considerados os preços de
frete efetivamente praticados no decorrer do período de colheita.

2.1.8. CDO e Classificação


São itens específicos da lavoura de arroz, que ocorre na pré-comercialização, onde se
registram as despesas de CDO – Contribuição para Defesa da Orizicultura e para classificar o
produto.

2.1.9. Recepção, Limpeza, Secagem, Armazenagem ( 30 dias )


São computados aqui os gastos de pré-comercialização e outras complementações
necessárias à comercialização do produto. Esses gastos são mensurados com base nas tarifas
praticadas pela CONAB, no armazenamento de produtos de terceiros .

49
50
2.1.10. Despesas com PROAGRO
Considera-se a taxa de participação, por cultura, denominada adicional. ( Capítulo 7,
Seção 3, do Manual de Crédito Rural do BACEN ), compreendendo o seguintes percentuais:

Algodão herbáceo ................................... 7%


Arroz irrigado ......................................... 4,7 %
Arroz de sequeiro ................................... 11,7 %
Feijão ...................................................... 11,7 %
Milho ...................................................... 7,0 %
Soja ......................................................... 7,0 %

Essas alíquotas são acrescidas de 2%, a título de assistência técnica que o agricultor
deve contratar para se beneficiar do Programa e incidem uma única vez sobre o valor total de
custeio agrícola.

2.1.11. Juros
São considerados nesta rubrica os juros incidentes sobre os recursos necessários ao
custeio da lavoura, computados a partir das respectivas épocas de liberação ou de utilização.
A mensuração desse componente é feita a partir de estimativas de crédito que o agricultor
obtém com recursos do crédito rural oficial, portanto à taxa de juros preferenciais, e com
recursos provenientes de fontes alternativas (própria ou de terceiros) para a complementação
do financiamento da lavoura, remunerados pela taxa SELIC.

2.1.12. Depreciação

Depreciação é uma reserva contábil destinada a gerar fundos para a substituição do


capital investido em bens produtivos de longa duração. Trata-se pois, de uma forma que a
empresa possui de recuperar o bem de capital, repondo-o quando esse se torna
economicamente obsoleto e com problemas para a sua utilização.
Existe a depreciação física (desgaste físico) proporcionado pelo uso e a depreciação
econômica devido a inovação tecnológicas.
Segundo DOSSA ( 1995 ), as principais formas de cálculo são: Método Linear e
Recuperação de Capital.

50
51
a) Método Linear: É o mais utilizado.Neste método a depreciação é tida simplesmente
com a desvalorização do bem. Para o método linear, a fórmula de cálculo é a seguinte:

DEPRECIAÇÃO =( Valor Novo – Valor Sucata * ) ou Valor Atual – Valor Sucata *


Vida Útil Vida Útil Restante

* Valor de Sucata = Valor Residual

Na bibliografia especializada, existem tabelas, que fornecem estimativas sobre o


valor de sucata e sobre a vida útil total média dos principais bens utilizados na produção
agropecuária. O rateio dos custos indiretos decorrentes da depreciação dos ativos fixos é feito
obedecendo ao seguinte critério: máquinas e implementos, apropriada de acordo com o
número de horas trabalhadas na obtenção do produto; os demais itens, conforme participação
informada pelo usuário ( Anexo: Tabela )
TABELA . ESTIMATIVA DO VALOR DE SUCATA; VIDA ÚTIL E TAXA ANUAL DE
MANUTENÇÀO DE ALGUNS FATORES DE PRODUÇÃO

FATORES DE PRODUÇÃO VALOR DE VIDA ÚTIL TAXA ANUAL


SUCATA / HORAS / ANOS MANUTENÇÃO
RESIDUAL % ANOS HORAS
Trator de pneu 20 % 10 12.000 5,0 %
Colheitadora 25 % 10 4.000 7,0 %
Arados 10 % 10 3.000 3,5 %
Grades 10% 10 3.000 5,0 %
Sulcadores 10 % 10 3.000 2,5 %
Pulverizadores 10 % 10 2.500 3,5 %
Plantadora e Semeadora 10 % 10 2.500 7,0 %
Carreta agrícola 20 % 10 5.000 3,5 %
Ensiladeiras 30 % 10 2.500 7,0 %
Distribuidor de uréia 10 % 10 2.500 4,0 %
Roçadeiras 10 % 10 2.500 5,0 %
Rolo faca / Destorroador 10 % 10 2.500 4,0 %
Trilhadeiras 10 % 10 3.000 7,0 %
Debulhador 50/90 sc/h 10 % 10 2.500 7,0 %
Batedeiras de cereais 10 % 10 3.000 4,0 %
Misturador de alimentos 20 % 10 4.000 5,0 %
Motor estacionário (diesel ) 20 % 10 2.500 5,0 %
Lança chamas 5% 15 - 0,5 %
Carroça 4 rodas 5% 10 - 0,5 %
Camionetes diesel 25 % 15 - 3,0 %
Casas e galpão de Madeira 30 % 20 - 1,5 %
Casas e galpão de Alvenaria 30 % 30 - 1,5 %

OBS: TAXA DE MANUTENÇÃO E VALOR DE SUCATAS = % EM RELAÇÃO AO NOVO.

A CONAB, utiliza-se para cálculo das depreciações o método linear que considera a
depreciação como uma função da idade do bem, variando uniformemente ao longo da vida
útil. Consideram-se aqui as Depreciações de benfeitorias (= utilizando-se da vida útil do bem
definida em anos ) e Máquinas e Equipamentos (= vida útil do bem definido em horas ).

51
52
b ) Método da Recuperação de Capital (=Reavaliação anual e valor de
revenda): Neste método a depreciação é tida simplesmente como a diferença monetária entre
os valores das avaliações de determinado bem, realizada no início e no final de cada ano
agrícola, pelo seu valor de revenda no mercado.

Depreciação = Valor do bem no ano ( t ) - Valor do bem no ano ( t + 1 )

RECUPERAÇÃO DE UM CAPITAL – AMORTIZAÇÃO

n
i . ( 1 +i )
R = VP .
n
( 1 + i ) - 1

Onde: VP = PRINCIPAL ( P ) É o capital sobre o qual recaem os juros num


determinado período;

R = ANUIDADE OU AMORTIZAÇÃO ( R ) Envolve depósitos de


determinado valor de dinheiro, em certos intervalos de tempo, para um
determinado período.

I = TAXA DE JUROS ( i ) É o valor estabelecido para o uso do dinheiro

n = PERÍODO OU NÚMERO DE ANOS ( n ) É o tempo considerado


para viabilizar o empréstimo.

Exemplo: Um trator de $ 54.000 para efetuar amortizações anuais


Durante 3 anos. A taxa de juro é de 6 % ao ano. Qual o valor de cada amortização anual ?
Resposta: P = 54.000 x ( ( 0,06 x ( 1 + 0,06 ) - 1 ) / ( ( 1 + 0,06 ) – 1 ) logo: P =
20.195,00

Tabela . Valor de Recuperação do Capital - $ 1,00


Anos / taxa 1% 3% 6% 10 % 20 %
1 1,010 1,0300 1,0600 1,10 1,20
2 0,507 0,5226 0,5454 0,576 0,654
3 0,340 0,3535 0,3741 0,402 0,474
4 0,256 0,2690 0,2885 0,315 0,386
5 0,006 0,2183 0,2373 0,263 0,334
6 0,172 0,1845 0,2033 0,229 0,300
7 0,148 0,1605 0,1791 0,205 0,277
8 0,130 0,1424 0,1610 0,187 0,260
9 0,116 0,1284 0,1470 0,1736 0,2606
10 0,1055 0,1172 0,1358 0,1627 0,2480
11 0,0964 0,1080 0,1267 0,1539 0,2385
12 0,0888 0,1004 0,1192 0,1467 0,2252
20 0,0554 0,0672 0,0871 0,1174 0,2064
30 0,0387 0,0510 0,0726 0,1060 0,2008

52
53
1.1.13. Manutenção periódica de máquinas

Entende-se por manutenção de máquinas ao conjunto de dispêndios necessários à


conservação das mesmas. Estima-se que ao longo de sua vida útil, o produtor dispenda o
correspondente a 50 % do valor da máquina nova (ou 5% ao ano, considerando-se a vida útil
de 10 anos ). A CONAB, na categoria de custos fixos são contemplados apenas os gastos de
manutenção realizados após o término do ciclo produtivo da cultura, com o objetivo de
colocar o maquinário em condições de uso para a safra seguinte. Essas despesa correspondem,
em média, a 60% dos gastos totais com manutenção. Portanto representam o gasto necessário
para manter o bem em condições de uso (durante e após o término da atividade agrícola).
Muitas vezes a denominação utilizada é gastos com manutenção de máquinas, equipamentos e
benfeitorias.
A retífica de um motor, por exemplo, não é gasto com conservação e reparos.
trata-se de uma despesa extraordinária (investimento), pois aumenta o valor e a vida útil
restante do bem, devendo pois ser rateada no período de sua depreciação e entre as várias
atividades que dele se beneficiam.
Normalmente a estimativa para os gastos com manutenção de máquinas é
calculada a partir de um percentual do valor da máquina nova (= conforme anexo: Tabela ) e
varia entre 4 a 10 % ao ano ou 40 a 100 % para a vida útil total. No caso de benfeitorias, entre
1 a 3 % ao ano ou 30 a 90 % para a vida útil total.

Fórmula: Conservação e reparos = Valor Novo x Taxa anual de conservação e reparos

( Valor novo x taxa de conservação e reparos para a vida útil total )


Conservação e reparos =
vida útil total

Na bibliografia especializada, existem Tabelas ( conforme anexo: Tabela ), que


fornecem estimativas sobre os gastos com conservação e reparos dos principais bens
utilizados na produção agropecuária.

53
54
2.1.14. Encargos sociais
Nesta rubrica enquadram-se as despesas com férias, 13 º salário, INSS, FGTS
referente à mão-de-obra fixa, já que estas não se constituem em desembolsos
imediatos de recursos, uma vez que as despesas com pagamentos dos salários já foram
consideradas anteriormente no item 2.1.5. Estes encargos perfazem um acréscimo de
59 % sobre o total pago ao trabalhador permanente, o qual foi especificado nas
despesas de custeio da lavoura.

2.1.15. Seguro do capital fixo


Refere-se às despesas de contratação de seguro dos elementos componentes
do capital fixo. O prêmio cobrado é uma taxa média entre todos os elementos
segurados e é aplicados sobre a metade do valor total dos ativos cotados ao preço atual
de mercado do equipamento novo.
Fórmulas:
Seguro s/ capital fixo = Valor Médio x Taxa de seguro
Seguro s/ capital fixo = ( Valor Novo + Valor Sucata ) x Taxa de seguro
2

A taxa anual de seguro mais considerada no cálculo é de 6 % ao ano para Veículos ,


2 % ao ano para Máquinas e Implementos; 0,4 % ao ano para Benfeitorias e Casas; 12 % ao
ano para Camionete diesel; 1 % ao ano para Colhedora e 1 % ao ano para Galpão.

2.1.16. Remuneração Esperada Sobre o Capital Fixo


É a remuneração atribuída ao montante de capital fixo ( benfeitorias, instalações,
máquinas e equipamentos ) empregado na produção. Considera-se, para tanto, qual seria a
remuneração percebida pelo capital empregado em ativos fixos na produção, em seu melhor
uso alternativo. A CONAB, utiliza-se a taxa média real de 6% ao ano (remuneração paga às
aplicações em caderneta de poupança), como representativa do custo de oportunidade do
capital fixo empregado no processo de produção agrícola. Esta taxa de juros é aplicada sobre
a metade do valor total dos ativos fixos cotados ao preço atual de mercado do equipamento
novo. Para o método de cálculo do juro sobre o capital fixo, usa-se a seguinte fórmula:

Valor Médio x Taxa = ( Valor Novo + Valor Sucata ) x Taxa


2

• Terra = 3 % ao ano
• Máquinas, Equipamentos e Benfeitorias = 6 % ao ano

54
55
2.1.17. Remuneração do fator terra

Este é um ponto controvertido na administração rural, pois não se dispõe de um


método adequado que possa prever todas as diferentes situações encontradas. Embora a idéia
de custo de oportunidade seja válida, sua determinação não é tão simples. Pode-se destacar os
seguintes casos:
Primeiro caso: O empresário rural não é dono da terra e para usa-la paga aluguel
(= arrendamento ) a terceiro em dinheiro ou em percentual da produção.Neste caso a
remuneração do fator terra será o valor estipulado pelo aluguel ou no caso de aluguel em
espécie, usar o preço esperado para o produto, para calcular o valor monetário do aluguel.
Segundo caso: O empresário rural é proprietário da terra, porém ele tem a opção
entre plantar em sua propriedade ou arrenda-la a outrem. Se ele escolher a alternativa de
arrendar a terra, este caso se torna idêntico ao anterior. Porém, se o empresário decidir
cultivar sua própria terra ele deverá remunera-la de acordo com o uso alternativo que a terra
poderia ter. Normalmente considera-se como custo, o valor que poderia ser obtido com o
arrendamento dessa área. É importante lembrar que se a terra está ociosa e não existir
ninguém interessado em alugar ou comprar a área em estudo, seu custo de oportunidade é
zero.
BARROS (1945) argumenta que a legitimidade do juro como item que deve
integrar o custo da produção é reconhecido por todos, quando o juro recai sobre bens de
capital, tais como animais, benfeitorias, máquinas, implementos e equipamentos. Quanto ao
caso do juro sobre a terra muito se tem escrito a respeito, mas desde que se tome esta como
pertencente à categoria genérica do capital em conceito técnico, não há dúvida de que sobre
ela tem de pesar o ônus do juro. Invocando-se o conceito jurídico do capital vê-se de imediato
que seria absurdo não considerar legítima a cobrança de juros, por parte de particulares, desde
que se tem como reconhecida a propriedade privada. E tomando-se o capital no seu conceito
técnico, isto é, de fator da produção que presta relevantes serviços à empresa, possibilitando o
empresário obter vantagens, só temos que reconhecer que esse capital deve ser remunerado.
Nos EEUU, o United States Departament of Agricultura - USDA ( 1976) não
sugere uma única forma, mas calcula o custo da terra de 6 formas:
1. Valoriza a terra ao preço de mercado corrente, produzindo sempre o custo mais
elevado dos seis critérios;
2. Usa o preço de mercado ao tempo em que foi adquirido. Nestas duas situações
multiplica-se esses valores pela taxa determinada pelo “Federal Land Bank “para cada
distrito.
3. Toma o valor do arrendamento em espécie ou proporção fixa do produto.

55
56
4. Considera o arrendamento em dinheiro.
5. É uma composição das duas formas de arrendamento (proporção fixa e em dinheiro),
com valor correspondente de mercado;
6. É idêntico ao quinto,exceto que toma o valor corrente de aquisição no mercado

A OCEPAR, utiliza o seguinte fórmula para estimar o custo do uso da terra:

J = Vt x 3 %

Onde: J = juros anual sobre o fator de produção terra


Vt = Valor da terra nua

A CONAB, o valor da terra é obtido através de pesquisa semestrais elaboradas pelo


Fundação Getúlio Vargas. Para efeito de cálculo do custo, estima-se que a taxa de
remuneração da terra é de 3 % sobre o preço real médio histórico de venda da terra,
considerado por cultura. Assim , seleciona-se os principais estados produtores de cada cultura
com base em dados recentes de área cultivada, e utilizando-se esta informação como fator de
ponderação, obtém-se o preço real médio da terra por cultura
O rateio do custo da terra é feito de acordo com o tempo de uso do fator na obtenção
de cada produto.

2.1.18. Mão-de-obra do produtor


O cálculo deste item de custo tem gerado muita polêmica, porque não existe um
procedimento que permita avaliar com precisão a capacidade dos diferentes empresários
rurais.
Conforme OCEPAR (1988), não deve considerar a remuneração ao produtor, como
empresário, pois esse valor expressa o resultado do empreendimento, ou seja, o lucro ou o
prejuízo.
A maioria dos estudos considera que o tomador de decisões é o produtor rural neste
sentido, o parâmetro mais utilizado para expressar os seus custos é o salário médio pago no
mercado aos administradores de empresas rurais. A remuneração mensal varia de 1 a 10
salários mínimos (conforme o “porte “do produtor ), mas além do salário mensal deve-se
incluir também os encargos sociais, conforme legislação pertinente.
A remuneração atribuída ao produtor “ PROLABORE “, deve contar apenas o
tempo que ele se dedica a determinada atividade.

56
57
2.1.19. Taxas e impostos
As taxas e impostos fixos devem ser estimados conforme legislação pertinente.
Exemplo: Imposto Territorial Rural – ITR ( = valor da terra x 0,10 % ), cuja remuneração
depende do módulo regional definido pelo INCRA.

2.1.20. Critérios de rateio


No cálculo do custo do uso de fatores de produção que são utilizados por mais de
uma atividade simultaneamente, ou utilizados por mais de um ciclo produtivo. faz-se
necessário adotar critérios de rateio para apropria-los a determinado produto.
Os critérios mais adotados para o rateio (divisão ou apropriação) dos custos levam
em consideração o tempo de uso de cada fator de produção em cada uma das atividades da
propriedade. Outros critério adotado é a divisão dos custos de acordo com a participação de
cada atividade na renda bruta total da empresa.
Nos casos de atividades com intensidade de exploração muito semelhantes (como por
exemplo, a produção de grão), a área cultivada pode ser utilizada como parâmetro de rateio de
custos fixos de produção. Segue nos anexos: Tabela – Critérios de rateios .

3. DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS
Um dos principais objetivos da administração rural é apurar o resultado de uma
determinada atividade ou da empresa como um todo. A análise consiste, em geral, na
comparação da receita com o custo de produção. dessa equação monetária saem muitos
indicadores que mostram a eficiência do capital.

3.1. RECEITA BRUTA TOTAL

Receita caixa representa o resultado da atividade em valores monetários. Em sua


expressão mais simples, é a multiplicação do preço pela quantidade produzida. esta pode ser
formada pelos seguintes itens:
• produtos e subprodutos vegetais e animais vendidos durante o ano agrícola
• produtos e subprodutos produzidos e consumidos na propriedade
• receitas provenientes de arrendamentos de terras, aluguel de máquinas, etc
• receitas provenientes da venda de bens imobilizados

57
58
Receita não caixa representa o resultado da atividade em valores não
monetários. Esta pode ser formada pelos seguintes itens:
• aumento do valor do rebanho graças ao crescimento e engorda
• aumento do valor do inventário de máquinas, implementos, benfeitorias etc
graças à reforma ou compra
• aumento do valor do inventário da terra graças à sistematização ou correção do
solo;
• aumento do valor do inventário de insumos e produtos em estoque.

3.2. CUSTO VARIÁVEL


São todos aqueles que variam com a quantidade produzida. Destacam-se: Insumos;
Operações; Mão-de-obra temporárias; Recepção/Secagem/Limpeza; Serviços de máquinas e
equipamentos; Armazenagem; Assistência Técnica; Seguro agrícola (=Proagro) e juros sobre
o capital de giro.

3.3. CUSTOS FIXOS


Custos fixos são aqueles que “não variam “ com a quantidade produzida. Exemplo.:
Arrendamento Fixo; Juros sobre capital; Impostos ( ITR ); Seguros e Depreciação ( Máquinas,
Equipamentos e Benfeitorias ); Remuneração do produtor.

3.4. CUSTO OPERACIONAL


Segundo a CONAB (2006), o custo operacional envolve os custos variáveis e alguns
custos Fixos (= Depreciação de máquinas e equipamentos; depreciação de benfeitorias e
instalações; sistematização e correção de solo; seguro do capital fixo e mão-de-obra
permanente ).

3.5. CUSTO TOTAL


Envolve os Custos Operacionais e outros Custos Fixos (= Remuneração do Capital
próprio e Remuneração da Terra ). No Custo Total, temos a apropriação de todos os fatores
de produção, portanto representa a somatória dos custos variáveis com os fixos.

58
59
3.6. MARGEM BRUTA ( MB )
Representa a diferença entre a receita bruta ( RBt ) e os custos variáveis ( CV)
MB = RB - CV

3.7. MARGEM LÍQUIDA ( ML )


Representa a diferença entre a receita bruta ( RBt ) e o custo total ( CT ).

ML = RB - CT

3.8. PONTO DE EQUILÍBRIO


CUSTO TOTAL
• PREÇO =
PRODUTIVIDADE
CUSTO TOTAL
• PRODUÇÃO =
PREÇO UNITÁRIO

FIGURA 1 . RECEITA, CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS E PONTO DE EQUILÍBRIO

RT
R$

Lucro CV
PE

P COP ( BCD )
CFT ( AC )
C
Prejuízo CF Caixa ( BC )

P CF não caixa ( AB )

3.9. LUCRATIVIDADE BRUTA


MARGEM BRUTA
LB = X 100
RECEITA BRUTA TOTAL

3.10. LUCRATIVIDADE LÍQUIDA


MARGEM LÍQUIDA
LL = X 100
RECEITA BRUTA TOTAL

59
60

3.11. RELAÇÃO BENEFÍCIO / CUSTO

O RBC indica quantas unidades de capital recebido como benefício são obtidos para cada
unidade de capital investido. Quando esse índice é maior do que um, ele indica que o produtor
tem ganhos e deve efetuar a aplicação dos recursos. E que ele teria prejuízos na situação em
que o índice for inferior a unidade. De modo geral pode-se resumi-los na relação de
benefício custo a seguir:

Onde: Bn : Receitas no ano n Cn = Custos no ano n n = Período de n anos

4. ORÇAMENTAÇÃO

Orçamentação é a quantificação de um plano agrícola e a previsão do seu


resultado financeiro. Engloba os aspectos físicos e financeiros (custos e retornos esperados)
de um plano. Os parâmetros são calculados e / ou estimados para uma situação “ex-ante”. As
quantidades físicas representam tudo o que se pretende comprar (ou fazer) e os valores
monetários representam o produto das quantidades físicas pelos preços respectivos. existem
ao menos dois tipos básicos de orçamentos: o orçamento parcial por atividade e o orçamento
da propriedade.

O orçamento parcial diz respeito à avaliação das conseqüências de mudanças


que afetam apenas parte dos negócios da fazenda. No orçamento de atividade preocupa-se
com os custos e receitas previstas para uma determinada linha de exploração e sua
competitividade em relação a atividades concorrentes. Neste caso, pretende-se responder
questões do Tipo: Devo substituir parte da área plantada com milho, por soja ? Qual o preço
e a produtividade de nivelamento da lavoura de milho ?

No Orçamento total, todas as atividades da fazenda são analisadas


simultaneamente. Neste caso, procura-se estimar o resultado da empresa como um todo em
um determinado período de tempo.

60
61

ESTUDO DE CASOS

TABELAS

61
62
TABELA . ESTIMATIVA DO VALOR DE SUCATA; VIDA ÚTIL E TAXA ANUAL
DE MANUTENÇÀO DE ALGUNS FATORES DE PRODUÇÃO

FATORES DE PRODUÇÃO VALOR DE VIDA ÚTIL TAXA ANUAL


SUCATA / HORAS / ANOS MANUTENÇÃO
RESIDUAL % ANOS HORAS
Trator de pneu 20 % 10 12.000 5,0 %
Colheitadora 25 % 10 4.000 7,0 %
Arados 10 % 10 3.000 3,5 %
Grades 10% 10 3.000 5,0 %
Sulcadores 10 % 10 3.000 2,5 %
Pulverizadores 10 % 10 2.500 3,5 %
Plantadora e Semeadora 10 % 10 2.500 7,0 %
Carreta agrícola 20 % 10 5.000 3,5 %
Ensiladeiras 30 % 10 2.500 7,0 %
Distribuidor de uréia 10 % 10 2.500 4,0 %
Roçadeiras 10 % 10 2.500 5,0 %
Rolo faca / Destorroador 10 % 10 2.500 4,0 %
Trilhadeiras 10 % 10 3.000 7,0 %
Debulhador 50/90 sc/h 10 % 10 2.500 7,0 %
Batedeiras de cereais 10 % 10 3.000 4,0 %
Misturador de alimentos 20 % 10 4.000 5,0 %
Motor estacionário (diesel ) 20 % 10 2.500 5,0 %
Lança chamas 5% 15 - 0,5 %
Carroça 4 rodas 5% 10 - 0,5 %
Camionetes diesel 25 % 15 - 3,0 %
Casas e galpão de Madeira 30 % 20 - 1,5 %
Casas e galpão de Alvenaria 30 % 30 - 1,5 %

OBS: TAXA DE MANUTENÇÃO E VALOR DE SUCATAS = % EM RELAÇÃO AO NOVO.

1. DEPRECIAÇÃO =( Valor Novo – Valor Sucata ) ou Valor Atual – Valor Sucata )


Vida Útil Vida Útil Restante

2. JUROS S/ CAPITAL FIXO

=Valor Médio x Taxa = ( Valor Novo + Valor Sucata ) x Taxa


2
• Terra = 3 % ao ano
• Máquinas, Equipamentos e Benfeitorias = 6 % ao ano

3. SEGURO S/ CAPITAL FIXO

= Valor Médio x Taxa = ( Valor Novo + Valor Sucata ) x Taxa


2
• Veículos: Automóveis = 6 % ao ano
• Máquinas e Implementos = 2 % ao ano
• Benfeitorias: Casas = 0,4 % ano ano
• Camionete Diesel = 12 % ao ano
• Colhedora = 1 % ao ano
• Galpão = 1 % ao ano

4. MANUTENÇÃO = ( Valor Novo x Taxa Anual de Manutenção )

62
TABELA 3. CUSTOS FIXO DA PROPRIEDADE
1. TERRAS
FATOR DE PRODUÇÃO VALOR - R$ JUROS - % CUSTO ANUAL
Terras
2. BENFEITORIAS
FATOR DE PRDUÇÃO VALOR VALOR VIDA DEPRECIAÇÃO JUROS SEGURO MANUTENÇÃO CUSTO FIXO
NOVO SUCATA ÚTIL ANUAL
10

SUB – TOTAL

3. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
FATOR DE HORAS CUSTO VALOR VALOR VIDA DEPRECIAÇÃO JUROS SEGURO MANUTENÇÃO CUSTO FIXO
PRDUÇÃO ANO HORA NOVO SUCATA ÚTIL ANUAL
Trator 100.000,00 10
Colhedora 300.000,00 10
Plantadora 60.000,00 10
Pulverizador 22.345,00 10

SUB -
TOTAL

4. MÃO DE OBRA PERMANENTE

Encargos Sociais

5. PRÓ-LABORE DO PRODUTOR

Retirada mensal

6. IMPOSTOS E TAXAS (ITR, Contribuição Sindical )

Valor das terras x 0,10 %

CUSTO FIXO TOTAL ............................................................................................................................. R$ ___________________________

63
EXERCÍCIOS

CÁLCULO DE CUSTO HORA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Exercício 1. Decidi comprar um trator e pretendo utilizá-lo, cerca de 1.200 horas


por ano. Estimo portanto uma vida útil média de 10 anos. O valor atual do trator é de
R$ 80.000,00. Esse trator gasta 12 litros de diesel / hora com o preço do diesel à
R$ 1,60. Vou pagar para o operador R$ 4,00 por hora. Qual será meu custo hora ?

Exercício 2. Meu vizinho pretende comprar um trator igual, mas possui uma área
mecanizável menor, estimando utiliza-lo apenas 400 horas por ano. Com isso
pretende elevar a vida útil do trator para 25 anos. Os gastos com combustível e
operador são idênticos. Qual será o custo hora do trator?

64
65
Exercício 3. Tenho um trator próprio para aplicação de agrotóxicos, cujo valor
novo é de R$ 45.000,00 e um pulverizador com valor novo de R$ 20.000,00. O trator
trabalha em média 800 horas/ano e consome de combustível 10 litros/hora (= preço
do diesel à R$ 1,60 / litro ). O pulverizador é utilizado 500 horas/ano. O operador
ganha R$ 4,00/hora para aplicar agrotóxicos. Para prestar serviço para terceiro de-
sejo ganhar R$ 6,00/hora, quanto devo cobrar pela hora trabalhada pelo conjunto ?

Exercício 4. Tenho um trator,cujo valor novo é R$ 60.000,00 e uma plantadora de


R$ 30.000,00 nova. Quanto devo cobrar no mínimo para plantar para terceiro?
Dados: Consumo do trator = 12 litros/hora (=preço do diesel à R$ 1,60 / litro ). ;
Operador ganha R$ 4,00/hora; Ajudante ganha R$ 2,50/hora; Trator trabalha: 1200
horas/ano e a Plantadora: 400 horas/ano.

65
66
ANÁLISE DE CASO/TOMADA DE DECISÃO
ORÇAMENTAÇÃO

CENÁRIO: Agricultor com 500 ha de terra e lavoura de 200 ha de soja, com produtividade
de 2.600 kg/ha. O aluguel da colhedora custa 8 % (oito por cento) do produto
a ser colhido. O preço da soja é de R$ 0,175 / Kg. A compra da colhedora,
com capacidade de colheita de 10 ha/dia, é de R$ 80.000,00. A colhedora
irá trabalhar 10 horas/dia e o produtor possuindo a máquina, irá ter um
aumento de renda de 60 Kg de soja/ha..

CÁLCULO: 1. Você recomendaria a compra da colheitadeira, porquê ? 2. Se a resposta for


negativa, qual a área mínima de plantio que justifique aquisição da
colhedora ?

DADOS: Utilizar TABELA em anexo e outros valores abaixo


Mão de obra (operador) – R$ / ha .................................... R$ 1,50
Combustível: Consumo médio de 15 litros de Diesel / hectare
Preço do diesel – R$ / litro ............................................... R$ 1,96

66
67
MODELO DE CUSTOS DE PRODUÇÃO – SEAB / DERAL
ESTIMATIVA DO CUSTO DE PRODUÇÃO
SOJA PLANTIO DIRETO
Safra: 2006/07 Mês de Referência: AGO / 07
Sacos
Produtividade : 50 /ha.
Participação
Especificação R$/ha R$/60kg
(%)

1 - Operação de máquinas e implementos 197,47 3,95 14,11

2 - Despesas de manutenção de benfeitorias 13,37 0,27 0,96

3 - Mão-de-obra temporária 16,26 0,33 1,16

4 - Sementes 86,70 1,73 6,19

5 - Fertilizantes 176,40 3,53 12,60

6 - Agrotóxicos 111,19 2,22 7,94

7 - Fungicidas 117,64 2,35 8,40

8 - Despesas gerais 14,93 0,30 1,07

9 - Transporte externo 47,00 0,94 3,36

10 - Recepção/secagem/limpeza/armazenagem - - -

11 - Assistência técnica 15,23 0,30 1,09

12 - PROAGRO/SEGURO 22,25 0,45 1,59

13 - Juros 33,48 0,67 2,39

TOTAL DOS CUSTOS VARIÁVEIS (A) 851,92 17,04 60,86

1 - Depreciação de máquinas e implementos 149,56 2,99 10,68

2 - Depreciação de benfeitorias e instalações 18,10 0,36 1,29

3 - Sistematização e correção do solo 35,75 0,72 2,55

4 - Seguro do capital 11,61 0,23 0,83

5 - Mão-de-obra permanente 78,41 1,57 5,60

SUB-TOTAL (B) 293,43 5,87 20,96

6 - Remuneração do Capital próprio 109,37 2,19 7,81

7 - Remuneração da terra 145,13 2,90 10,37

SUB-TOTAL ( C ) 254,50 5,09 18,18

TOTAL DOS CUSTOS FIXOS (B+C) 547,93 10,96 39,14

CUSTO OPERACIONAL (A+B) 1.145,35 22,91 81,82

CUSTO TOTAL (A+B+C) 1.399,85 28,00 100,00


Fonte: SEAB / DERAL

67
68
MODELO DE CUSTO DE PRODUÇÃO - CONAB
CUSTO DE PRODUÇÃO ESTIMADO
SOJA - PLANTIO DIRETO
SAFRA DE VERÃO 2007/2008
LOCAL: CAMPO MOURAO
Produtividade Média: 3.000 kg/ha
A PREÇOS DE: 01-jul-07 PARTICI-
DISCRIMINAÇÃO PAÇÃO
(R$/ha) R$/60 kg (%)
I - DESPESAS DE CUSTEIO DA LAVOURA
1 - Operação com avião 0,00 0,00 0,00%
2 - Operação com máquinas 143,24 2,89 9,11%
3 - Aluguel de máquinas/serviços 15,51 0,31 0,99%
4 - Mão-de-obra temporária 13,59 0,31 0,86%
5 - Mão-de-obra fixa 34,20 0,68 2,18%
6 - Sementes 48,00 0,96 3,05%
7 - Fertilizantes 231,60 4,63 14,73%
8 - Defensivos 318,26 6,39 20,24%
Total das Despesas de Custeio da Lavoura (A) 804,40 16,17 51,16%
II - DESPESAS PÓS-COLHEITA
1 - Seguro da produção 23,33 0,47 1,48%
2 - Assistência técnica 16,09 0,32 1,02%
3 - Transporte externo 39,90 0,80 2,54%
5 - Armazenagem 0,00 0,00 0,00%
6 - CESSR 30,59 0,61 1,95%
Total das Despesas Pós-Colheita (B) 109,91 2,20 6,99%
III - DESPESAS FINANCEIRAS
1 - Juros 42,40 0,85 2,70%
Total das Despesas Financeiras (C) 42,40 0,85 2,70%
CUSTO VARIÁVEL (A+B+C = D) 956,71 19,22 60,85%
IV - DEPRECIAÇÕES
1 - Depreciação de benfeitorias/instalações 59,40 1,19 3,78%
2 - Depreciação de implementos 41,46 0,83 2,64%
3 - Depreciação de máquinas 57,54 1,15 3,66%
Total de Depreciações (E) 158,40 3,17 10,07%
V - OUTROS CUSTOS FIXOS
1 - Manutenção periódica de máquinas/implementos 33,45 0,67 2,13%
2 - Encargos sociais 20,18 0,40 1,28%
3 - Seguro do capital fixo 4,39 0,09 0,28%
Total de Outros Custos Fixos (F) 58,02 1,16 3,69%
Custo Fixo (E+F = G) 216,42 4,33 13,77%
CUSTO OPERACIONAL (D+G = H) 1.173,13 23,55 74,61%
VI - RENDA DE FATORES
1 - Remuneração esperada sobre capital fixo 39,13 0,78 2,49%
2 - Terra 360,00 7,20 22,90%
Total de Renda de Fatores (I) 399,13 7,98 25,39%
CUSTO TOTAL (H+I = J) 1.572,26 31,53 100,00%
Elaboração: CONAB/DIGEM/SUINF/GECUP

68
69
EXEMPLO: ESTUDO DE CASO

EMPRESA: FAZENDA VELHO PARANÁ - PCONVENCIONAL


EMPREENDIMENTO: SOJA 80 ha
SAFRA 2000/01

PERÍODO:16/05/2000 a 15/10/2001

VALOR
DATA HISTÓRICO UNITARIO VALOR/TOTAL
15/05/00 CALCÁRIO DOLOMÍTICO tipo C PRNT 75% - 40 toneladas R$ 1.840,00
15/04/01 VENDA DA PRODUÇÃO - 4000 sacas de 60 Kg R$ 108.800,00
15/09/00 SEMENTE DE SOJA EMBRAPA 48 - 128 sacas de 50 kg R$ 5.376,00
05/09/00 ADUBO 00-30-15 - 288 sacas de 50 Kg R$ 7.056,00
20/09/00 HERBICIDA SCEPTER - 80 LITROS R$ 3.610,00
20/09/00 HERBICIDA TRIFLURALINA PREMERLIM - 265 LITROS R$ 3.922,00
01/07/00 ARAÇÃO - 216 HORAS 17,58
21/09/00 APLICAÇÃO DE HERBICIDA - 40 HORAS 21,58
22/10/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 24 HORAS 21,58
22/11/00 INSETICIDA NUVACRON - 16 LITROS 18,70
26/12/00 INSETICIDA TAMARON - 64 LITROS 21,58
28/10/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 24 HORAS 21,58
20/09/00 PLANTIO CONVENCIONAL - 80 HORAS 30,01
15/03/01 COLHEITA ALUGADA - 8 % DA PRODUÇÃO
15/03/01 TRANPORTE - 1,5 % DA PRODUÇÃO
15/04/01 INSS - 2,2 % DA PRODUÇÃO
20/08/01 M.OBRA TEMPORÁRIA - 5 DIAS 10,00
02/07/00 GRADAGEM NIVELADORA 2 VEZES - 128 HORAS 17,71

EMPRESA: FAZENDA SÃO PAULO


EMPREENDIMENTO: MILHO 50 ha
SAFRA 2000/01

PERÍODO: 16/05/2000 a 15/10/2001

VALOR
DATA HISTÓRICO UNITARIO VALOR/TOTAL
01/07/00 CALCÁRIO DOLOMÍTICO tipo C PRNT 75% - 25 toneladas R$ 1.150,00
15/04/01 VENDA DA PRODUÇÃO - 6600 sacas de 60 Kg R$ 65.680,00
15/08/00 SEMENTE DE MILHO P 3063 - 45 sacas de 20 kg R$ 5.535,00
15/08/00 ADUBO 08-30-20 - 290 sacas de 50 Kg R$ 8.076,00
20/08/00 HERBICIDA PRIMEXTRA - 290 LITROS R$ 5.046,00
20/08/00 TRAT. DE SEMENTE SEMEVIN - 9 LITROS R$ 522,00
15/07/00 HERBICIDA ROUNDUP - 160 LITROS R$ 1.344,00
21/09/00 APLICAÇÃO DE HERBICIDA - 25 HORAS 21,58
22/10/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 15 HORAS 21,58
22/11/00 INSETICIDA LANATE - 50 LITROS 17,00
15/12/00 INSETICIDA KARATE - 8 LITROS 39,00
22/10/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 15 HORAS 21,58
21/09/00 PLANTIO DIRETO - 96 HORAS 32,79
15/03/01 COLHEITA ALUGADA - 6 % DA PRODUÇÃO
15/03/01 TRANPORTE - 1,5 % DA PRODUÇÃO
15/04/01 INSS - 2,2 % DA PRODUÇÃO
20/10/00 M.OBRA TEMPORÁRIA - 5 DIAS 10,00

69
70
EMPRESA: FAZENDA RIO GRANDE
EMPREENDIMENTO: TRIGO 40 ha
SAFRA 2000/01

PERÍODO: 16/03/2000 a 15/10/2000

VALOR
DATA HISTÓRICO UNITARIO VALOR/TOTAL
16/03/00 CALCÁRIO DOLOMÍTICO tipo C PRNT 75% - 20 toneladas R$ 920,00
15/10/00 VENDA DA PRODUÇÃO - 1600 sacas de 60 Kg R$ 25.760,00
15/04/00 SEMENTE DE TRIGO IAPAR 78 - 132 sacas de 50 kg R$ 3.960,00
15/04/00 ADUBO 04-20-20 - 132 sacas de 50 Kg R$ 3.699,60
20/04/00 HERBICIDA ALLY - 0,4 KG R$ 800,00
20/05/00 INSETICIDA PIRIMOR - 4 KG R$ 115,20
15/04/00 HERBICIDA ROUNDUP - 65 LITROS R$ 546,00
20/04/00 APLICAÇÃO DE HERBICIDA - 20 HORAS 21,58
20/05/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 12 HORAS 21,58
15/06/00 INSETICIDA NUVACRON - 16 LITROS 18,70
15/06/00 FUNGICIDA TILT - 20 LITROS 67,00
15/07/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 12 HORAS 21,58
15/04/00 PLANTIO DIRETO - 48 HORAS 32,79
07/09/00 COLHEITA ALUGADA - 8 % DA PRODUÇÃO
07/09/00 TRANPORTE - 1,5 % DA PRODUÇÃO
07/09/00 INSS - 2,2 % DA PRODUÇÃO
20/05/00 M.OBRA TEMPORÁRIA - 5 DIAS 10,00

EMPRESA: FAZENDA MODELO - PDIRETO


EMPREENDIMENTO: SOJA 80 ha
SAFRA 2000/01

PERÍODO:16/08/2000 a 15/10/2001

VALOR
DATA HISTÓRICO UNITARIO VALOR/TOTAL
15/05/00 CALCÁRIO DOLOMÍTICO tipo C PRNT 75% - 40 toneladas R$ 1.840,00
15/04/01 VENDA DA PRODUÇÃO - 4000 sacas de 60 Kg R$ 108.800,00
15/09/00 SEMENTE DE SOJA EMBRAPA 48 - 128 sacas de 50 kg R$ 5.376,00
05/09/00 ADUBO 00-30-15 - 288 sacas de 50 Kg R$ 7.056,00
20/09/00 HERBICIDA SCEPTER - 80 LITROS R$ 3.610,00
20/09/00 HERBICIDA TRIFLURALINA PREMERLIM - 265 LITROS R$ 3.922,00
15/08/00 HERBICIDA ROUNDUP - 160 LITROS R$ 1.344,00
15/08/00 APLICAÇÃO DE HERBICIDA - 40 HORAS 21,58
22/10/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 24 HORAS 21,58
22/11/00 INSETICIDA NUVACRON - 16 LITROS 18,70
26/12/00 INSETICIDA TAMARON - 64 LITROS 21,58
22/10/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 24 HORAS 21,58
20/09/00 PLANTIO DIRETO - 96 HORAS 32,79
15/03/01 COLHEITA ALUGADA - 8 % DA PRODUÇÃO
15/03/01 TRANPORTE - 1,5 % DA PRODUÇÃO
15/04/01 INSS - 2,2 % DA PRODUÇÃO
20/08/01 M.OBRA TEMPORÁRIA - 5 DIAS 10,00

70
71
ESTIMATIVA DO CUSTO DE PRODUÇÃO
PRODUTO SAFRA
LOCAL
PRODUTIVIDADE MÊS DE REFERÊNCIA:

Especificação Unidade Utilização Preço Custo %


ha e outros Unitário
1. Insumos - sub total 1

2. Serviços – sub total 2

3. Outros – sub total 3

Custo Variável ( 1+2+3 )

Produtividade Kg/ha sc/ 60 kg @ litros


Preço Kg sc/ 60 kg @ litros
Receita Total - RT = Produtividade x Preço
Custo Variável
Margem Bruta - MB = RT - Custo variável
Produtividade. Equilíbrio Kg/ha e / ou = Custo variável / Preço
Preço Equilíbrio Kg/ha e / ou = Custo variável / Produtividade
RBC = RT / Custo Variável
CUSTO / UNIDADE = Custo Variável / Produtividade
LUCRATIVIDADE = Margem Bruta / RbT x 100

71
72
ESTIMATIVA DO CUSTO DE PRODUÇÃO
PRODUTO SAFRA
LOCAL
PRODUTIVIDADE MÊS DE REFERÊNCIA:

Especificação Unidade Utilização Preço Unitário Custo %


ha e outros
1. Insumos-Serviços-Outros

2. Despesas Pós-Colheita

3. Despesas Financeira

Custo Variável ( A )
2. Depreciação Máquina/Equipam
3. Depreciação de Benfeitorias
4. Seguro do Capital Fixo
5. Encargos Sociais

Custo Fixo ( B )
Custo Operacional ( A + B )
6. Remuneração do Capital Próprio
7. Remuneração da Terra
Custo Fixo ( C )
Custo Total Fixo ( B + C )
Custo Total ( A + B + C )
Produtividade Kg/ha sc/ 60 kg @ litros
Preço Kg sc/ 60 kg @ litros
Receita Bruta Total - RbT = Produtividade x Preço
Custo Variável
Custo Operacional
Custo Total
Margem Bruta - MB = RT - Custo Variável
Margem Líquida - ML = RT - Custo Total
Produtividade Equilíbrio Kg/ha e / ou = Custo Variável / Preço
Preço Equilíbrio Kg e /ou = Custo Variável / Produtividade
RBC s/ custo Variável = RT / Custo Variável
RBC s/ custo total = RT / Custo total
LUCRATIVIDADE BRUTA = Margem Bruta / RbT x 100
LUCRATIVIDADE LÍQUIDA = Margem Líquida / RbT x 100

72
73
ANÁLISE : SOJA – 1 hectare
Indicadores Unidade Baixa Média Alta
Produtividade Sc/60 kg 35 50 65
Preço R$ / sc
Receita Bruta Total - RbT R$
Custo Variável R$
Custo Operacional R$
Custo Total R$
Margem Bruta - MB R$
Margem Líquida - ML R$
Produtividade de Equilíbrio s/ Custo Varia. Sc/ha
Produtividade de Equilíbrio s/ Custo Op. Sc/ha
Produtividade de Equilíbrio s/ Custo Total Sc/ha
Preço de Equilíbrio s/ Custo Variável R$/sc
Preço de Equilíbrio s/ Custo Op. R$/sc
Preço de Equilíbrio s/ Custo Total R$/sc
RBS s/ Custo Variável #
RBC s/ Custo operacional #
RBC s/ Custo Total #
LUCRATIVIDADE BRUTA %
LUCRATIVIDADE LÍQUIDA %

ANÁLISE : MILHO – 1 hectare


Indicadores Unidade Baixa Média Alta
Produtividade Sc/60 kg 40 100 150
Preço R$ / sc
Receita Bruta Total - RbT R$
Custo Variável R$
Custo Operacional R$
Custo Total R$
Margem Bruta - MB R$
Margem Líquida - ML R$
Produtividade de Equilíbrio s/ Custo Varia. Sc/ha
Produtividade de Equilíbrio s/ Custo Op. Sc/ha
Produtividade de Equilíbrio s/ Custo Total Sc/ha
Preço de Equilíbrio s/ Custo Variável R$/sc
Preço de Equilíbrio s/ Custo Op. R$/sc
Preço de Equilíbrio s/ Custo Total R$/sc
RBS s/ Custo Variável #
RBC s/ Custo operacional #
RBC s/ Custo Total #
LUCRATIVIDADE BRUTA %
LUCRATIVIDADE LÍQUIDA %
DADOS:

73
74
ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
ESTUDO DE CASO
EXEMPLO 1 – ANÁLISE
CULTURA: SOJA PREÇO R$ 10,00
CULTURA Índice
PRODUTIVIDADE Sc/ha 40 44 36 40
% - 100 % 110 % 90 % 100 %
RECEITA R$ 400,00 440,00 360,00 400,00
CUSTO TOTAL R$ 200,00 200,00 200,00 180,00
% - 100 % 100 % 100 % 90 %
LUCRO / ha R$ 200,00 240,00 160,00 220,00
GANHO LÍQUIDO R$ --- 40,00 - 40,00 20,00

CULTURA: SOJA PREÇO R$ 5,00


CULTURA Índice
PRODUTIVIDADE Sc/ha 40 44 36 40
% - 100 % 110 % 90 % 100 %
RECEITA R$ 200,00 422,00 180,00 200,00
CUSTO TOTAL R$ 200,00 200,00 200,00 180,00
% - 100 % 100 % 100 % 90 %
LUCRO / ha R$ 0 20,00 - 20,00 20,00
GANHO LÍQUIDO R$ --- 20,00 - 20,00 20,00

CONCLUSÕES:

- Grandes produções somente não são a resposta para uma Agricultura Eficiente. Altas
produtividades sozinhas não garantem o Lucro. Com preços agrícolas baixos, os
custos de produção devem ser contidos para assegurar algum lucro.
- Dicas para ser eficiente na agricultura: Tecnologia regional / testada; Utilização de
Manejo Integrado Cultural; Sustentabilidade; Análise de Custos de produção;
Estratégias de Comercialização; Análise Técnico x Econômico x Financeira por
Atividades e áreas.

EXEMPLO 2 – ESTUDO DE CASO

CULTURA Índice SOJA MILHO TRIGO


PRODUTIVIDADE Sc/ha
PREÇO R$/sc
RECEITA BRUTA R$
CUSTO TOTAL R$
% -
LUCRO / ha R$
% -

74
75

2 Análise econômica da
propriedade rural

75
76
2. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Para que se possa controlar e administrar os recursos financeiros e uma empresa, o


administrador deve conhecer:

• CAPITAL DE GIRO
• FLUXO DE CAIXA
• APURAÇÃO DE RESULTADOS
• CONTROLE DE CUSTOS E PREÇOS
• AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
• INDICADORES DA SAÚDE ECONÔMICO-FINANCEIRO.

O QUE É E PARA QUE SERVE :

certamente o seu objetivo na atividade de administrar as finanças de uma empresa é ter os


recursos necessários aos menores custos possíveis, e assim obter melhor retorno do capital
aplicado nos negócios. a administração financeira compreende a tomada de decisões
importantes relativas a :

- concessão de créditos;
- formação de preço;
- empréstimos e outras captações de recursos;
- controle de custos;
- aplicação dos recursos

2.1. CAPITAL DE GIRO

Capital de Giro é a soma dos valores que a sua empresa utiliza para movimentar os negócios
no seu dia-a-dia, ou seja: o financiamento a clientes através do contas a receber e o somatório
dos recursos aplicados em estoques.

76
77
EXEMPLO DE ESTRUTURA DO CAPITAL DE GIRO

A. NECESSIDADE OU APLICAÇÕES DO CAPITAL DE GIRO

- Caixas e Bancos ............................................................ $ 500,00


- Contas a Receber .......................................................... $ 10.000,00
- Estoques ........................................................................ $ 15.000,00
- Outros ............................................................................ $ ---
$ 25.500,00 = 100 %

B. COBERTURAS OU FONTES EXTERNAS DO CAPITAL


DE GIRO
- Fornecedores ............................................................... $ 15.000,00
- Outras Contas a Pagar ................................................ $ 1.500,00
- Duplicatas Descontadas .............................................. $ ----
- Financiamentos a Curto Prazo .................................... $ ----
$ 16.500,00 = 65 %

C. CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO ( A – B )


- Parte do Patrimônio Líquido que não está cobrindo
o imobilizado ............................................................. $ 9.000,00
$ 9.000,00 = 35 %

RESUMO

NECESSIDADES OU APLICAÇÕES DO CAPITAL DE GIRO 100 %

( - ) COBERTURAS EXTERNAS 65 %

= CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO 35 %

# CAPITAL DE GIRO:

1. AÇÕES QUE AUMENTAM A NECESSIDADE: Compras à Vista;


Redução dos prazos dos fornecedores; Vendas a prazo longo; Ineficiência nas
Cobranças; Níveis elevados de estoques; Dinheiro parado em caixa.

2.AÇÕES QUE DIMINUEM A NECESSIDADE: Venda à Vista; Cobrança


eficiente; Venda de Imobilizado desnecessário; Aumento de capital com
recursos próprios; Lucratividade; Aumento dos prazos com fornecedores;
Redução de tempo de produção e rotação de estoque.

77
78
2.2. AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

JUSTIFICATIVA
Nesses tempos de agricultura moderna, competitividade, eficiência e economia
globalizada, a análise do balanço patrimonial, é uma das ferramentas mais importante da
administração rural para nortear os planos do produtor. a análise do balanço patrimonial é
uma das melhores formas de se entender as condições financeiras de um produtor ou uma
propriedade. mais do que uma “ fotografia “ da situação econômica, o balanço patrimonial é
uma verdadeira “radiografia “ da saúde financeira do produtor, mostrando por dentro, em
detalhes as relações entre o que se tem e o que se deve, e as verdadeiras dimensões do
patrimônio do produtor.

AVALIAÇÃO
Uma boa maneira de avaliar e evolução de seu negócio é através da análise do valor
líquido do patrimônio da sua empresa ( PL ).

Bens Direitos Obrigações

- caixas - bancos - impostos


PL = - estoques + - contas a receber - - dívidas com
- máquinas - aplicações bancos
- móveis etc financeiras - salários à pagar
- fornecedores, etc.

OBS.: O patrimônio líquido também é chamado de capital próprio. As obrigações são “


capital de terceiros “ . A forma mais usual de subdividir os itens que formam a avaliação
patrimonial é a seguinte:

ATIVO = BENS E DIREITOS


PASSIVO = OBRIGAÇÕES

78
79

2.2.1. PATRIMÔNIO LÍQUIDO ( PL ) = DIFERENÇA ENTRE ATIVO E PASSIVO.


EXEMPLO:
ATIVO PASSIVO

1 - Caixa e Bancos....................... 1.000,00 1 - Fornecedores........................ l0.000,00


vencidas 2.000,00
à vencer 8.000,00

2 - Contas a Receber.................. 12.000,00 2 - Impostos................................. 2.000,00


vencidas 2.000,00
à vencer 10.000,00

Estoques ......................... ........16.000,00 Empréstimos .......... ..................6.000,00


matérias primas 12.000,00
produto ou mercadorias 4.000,00

4 - Imobilizados..........................33.000,00 4 - Salários.....................................8.000,00
máquinas 12.000,00
móveis 3.000,00
instalações 18.000,00

5 - Outras Obrigações....................6.000,00

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 30.000,00

TOTAL 62.000,00 TOTAL 62.000,00

Obs: Se, ao final de cada mês, for levantado o valor de patrimônio líquido ( PL ),
transformando-o em valor estável (dólar, UFIR, TR etc ) e comparando-o com o dos meses
anteriores, você terá uma visão bastante clara da evolução financeira da empresa.
EXEMPLO:

JANEIRO PL = 48.000,00 : US$ 1,42 = US$ 33.802,82


FEVEREIRO PL = 57.000,00 : US$ 1,67 = US$ 34.131,74
MARÇO PL = 74.000,00 : US$ 2,00 = US$ 37.000,00

ESTA EMPRESA TEVE UM CRESCIMENTO REAL EM FEVEREIRO, DE 0,97 % E, EM


MARÇO DE 8,40 %.

79
80

ANÁLISE DO BALANÇO PATRIMONIAL - EXEMPLO


ATIVO PASSIVO

ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE

2. $$$ Caixa / curto prazo 15. Financiamento custeio


3. Contas a receber 16. Contas a pagar no ano
4. Produtos / subprodutos para vendas 17. Parcelas anuais de financiamento
5. Culturas pré-colheita de longo prazo
6. Animais para venda 18. Arrendamento
7. Insumos comprados para o ano
8. TOTAL
Pastagens / Silagem / FenoPASSIVO
feitos CIRCULANTE ( 3 )

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO


TOTAL ATIVO CIRCULANTE ( 1 ) 19. Financiamento a longo prazo
20. Securitização

9. Máquinas Implementos TOTAL EXIGÍVEL LONGO PRAZO ( 4 )


10. Benfeitorias/ Construções
11. Terras PATRIMÔNIO LÍQUIDO
12. Animais de cria =Passivo Total – Passivo Circulante –
13. Culturas perenes Exigível a Longo Prazo
14. Outros

TOTAL PATRIMÔNIO LÍQUIDO ( 5 )


TOTAL ATIVO FIXO ( 2 )
PASSIVO TOTAL = ATIVO TOTAL
ATIVO TOTAL = 1 + 2

O quadro 1 nos mostra o formato geral do Balanço Patrimonial para uma propriedade.
Semelhante aos de qualquer empresa, o Balanço Patrimonial tem como base a relação entre
Ativo e Passivo. Ativo refere-se a tudo que o produtor tem em forma de bem ou capital, ou
tudo aquilo que tenha e que possa a curto prazo ser transformado em capital. Já o Passivo é a
origem desses bens ou desse capital, de onde saiu originalmente o capital. Por definição, o
Ativo Total é igual ao Passivo Total, o que simplesmente significa que todos os bens de um
produtor (Ativo) tem que ter tido uma origem (Passivo).
O Ativo Total é composto pelo Ativo Circulante + Ativo Fixo. O Ativo Circulante é tudo
aquilo que é “cash “ (dinheiro vivo) ou que possa ser transformado em tal a curto prazo, ou
seja, dentro daquele ano fiscal. São exemplos de ativo Circulante numa propriedade: dinheiro
em conta; grãos armazenados; Insumos já comprados; contas a receber; animais para venda;
culturas anual a ser colhida, etc. Já, o Ativo Fixo é composto por bens que geralmente não
são transformáveis em dinheiro a curto prazo, pois estão lá para serem usados por vários anos.
Ex.: máquinas, implementos, benfeitorias, animais de cria, terra, etc.

80
81
O Passivo Total é formado pela somado Passivo Circulante, Passivo Exigível de
Longo Prazo e Patrimônio Líquido. Passivo Circulante são todas as formas de dívidas,
empréstimos ou financiamentos que devem ser pagos dentro daquele ano. Ex. Financiamento
de custeio, arrendamento, insumos comprados para pagamento na safra, etc. O Passivo
Exigível de Longo Prazo, como o nome diz, são dívidas ou financiamentos de longo prazo
que não tem que ser pago dentro daquele ano.
Entretanto uma dívida securitizada, por exemplo, deve ser lançada como Exigível deLongo
prazo, a parcela a ser paga no ano se inclui no Passivo Circulante.
Finalmente, a diferença entre o Passivo Total e os Passivos Circulantes e de Longo Prazo é o
que indica o verdadeiro Patrimônio Líquido, o tanto de tudo que se possue que realmente
pertence ao produtor !!!!!!
Ao se fazer a análise do Balanço Patrimonial pode-se usar uma série de indicadores (quadro2)
que sinalizam o verdadeiro estado financeiro do produtor. Além disso, ao se realizar essas
análise todos os anos, e comparando-os, o produtor tem uma idéia exata do crescimento ou
diminuição, de seu patrimônio e de suas Dívidas, do seu grau de liquidez e imobilização, se
deve vender algo (desmobilizar) ou se ao contrário, deve fazer investimentos, e de que tipo.

INDICADORES FINANCEIROS - RESUMO


Capital Circulante Líquido Ativo Circulante – Passivo Circulante

Indica o saldo de caixa do ano

Índice de Liquidez Corrente Ativo Circulante / Passivo Circulante

Indica liquidez e fluxo de Caixa


Grau de Endividamento Passivo Circulante + Passivo Longo Prazo / Ativo Total

Indica nível de endividamento; nível adequado até - 20


%
Imobilizado / Disponível Ativo Circulante ou Ativo Fixo / Ativo Total

Indica grau de disponibilidade para giro de imobilizado

Rentabilidade Lucro Operacional x 100 / Patrimônio Líquido

Indica o quanto rende mensalmente o Patrimônio Líquido


“Capital Próprio da empresa”

81
82

ANÁLISE DO BALANÇO PATRIMONIAL - EXEMPLO

ATIVO PASSIVO
1. CIRCULANTE R$ 4. CIRCULANTE R$
1.1 CAIXA BANCOS 4.1 EMPRÉSTIMO DE CUSTEIO
1.2 APLICAÇÕES FINANCEIRAS 4.2 EMPREST. INVEST. ( parc. Ano )
1.3 CADERNETA DE POUPANÇA 4.3 SECURITIZAÇÃO ( parac. Ano )
1.4 CONTAS A RECEBER 4.4 OUTRAS CONTAS À PAGAR
1.5 PRODUTOS P/ VENDA
1.6 ANIMAIS P/ VENDA
1.7 CULTURAS ANUAIS
1.8 INSUMOS EST. P/ CUSTEIO
TOTAL circulante TOTAL circulante

2. REALIZ. L / PRAZO 5. EXIGÍVEL L / PRAZO


2.1 CONTAS À RECEBER ( + 360 d ) 5.1 EMPR. INVESTIMENTO ( Saldo )
2.2 PROD. EM ELABORAÇÃO 5.2 SECURITIZAÇÃO ( Saldo )
TOTAL realiz. L / Prazo TOTAL exigível L / Prazo
TOTAL EXIGÍVEL ( 4 + 5 )

3. FIXO/PERMANENTE 6. PATRIMONIO LÍQUIDO


3.1 MÁQ. IMPLEM. VEÍCULOS 6.1 CAPITAL PRÓPRIO
3.2 BENF. CONSTRUÇÕES ( ATIVO TOTAL - TOTAL EXIGÍVEL )
3.3 TERRAS
3.4 ANIMAIS PRODUTORES TOTAL patrimônio Líquido
3.5 OUTROS INVESTIMENTOS
3.6 MAT. EST. INVESTIMENTOS
3.7 ANIMAIS DE SERVIÇOS
3.8 CULT. PAST. PERENES
TOTAL fixo

TOTAL ATIVO TOTAL PASSIVO

INDICADORES ECONÔMICOS ÍNDICES ANÁLISE

CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 1


INDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE 2
ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL 3
GRAU DE ENDIVIDAMENTO 4
IMOBILIZADO / DISPONÍVEL 5

ANÁLISES
1. Indica o saldo de caixa do ano
2. Indica liquidez e fluxo de caixa (=capacidade de pgto curto prazo )
3. Índice de liquidez geral (=capacidade de pgto longo prazo )
4. Indica nível de endividamento ( < 20 % ): capacidade de pagto longo prazo.
5. Indica grau de disponibilidade para giro de imobilização

FÓRMULAS
1. Capital Circulante Líquido: ( Ativo Circulante - Passivo Circulante )
CCL = AC - PC
2. Índice de Liquidez Corrente : ( Ativo Circulante / Passivo Circulante )
ILC = AC / PC ( Capacidade de pagto Curto Prazo )
3. Índice de Liquidez Geral ; ( Ativo Circulante + Realizado Longo Prazo / Passível Exigível )
ILG = ( AC + RLP ) / PE ( Capacidade de pgto Longo Prazo )
4. Grau de Endividamento do Patrimônio : ( Passivo Circulante + Pass. Exig. Longo Prazo )
(( Passivo Circulante + Passível Exig. Longo Prazo ) / Ativo Total ) x 100
GEP = (( PC + ELP ) / AT ) X 100 ( Capital de terceiros )
5. Imobilizado / Disponível : Ativo Circulante ou Ativo Fixo / Ativo Total
Imobilizado / Disponível = AC e ou AF / AT ( Indica o grau de disponibilidade para giro de imobilização

82
83
2.3 . FLUXO DE CAIXA
Fluxo de caixa é um instrumento que você deve usar para projetar as prováveis
entradas e saídas de dinheiro referentes a um determinado período. ao elaborar o fluxo de
caixa de uma empresa, o empresário pode saber se vai faltar ou sobrar dinheiro e quanto
dispondo dessa informação antecipada, é possível tomar as decisões acertadas e em tempo.

MODELO DE UM FLUXO DE CAIXA NUM PERÍODO ANUAL PELO MÉTODO


DIRETO
DESCRIÇÃO JANEIRO FEVEREIR DEZEMBRO
O ..............
1. Receitas
1.1. Venda de produtos 25.000,00 2.000,00
1.2. Venda de animais 800,00 10.000,00
1.3. Empréstimos bancários
1.4. Arrendamento
1.5. Aluguel de máquinas 600,00 500,00
1.6.
1.7.
1.8.
Total de Receitas 1.400,00 25.500,00 12.000,00
2. Desembolsos
2.1. Compra de Adubos 1.500,00 6.000,00
2.2. Aquisição de Matrizes 1.000,00
2.3. Compra de medicamentos 600,00 200,00
2.4.
2.5.
2.6.
2.7.
2.8.
Total dos desembolsos 3.100,00 200,00 6.000,00
SALDO MENSAL - 1.700,00 25.300,00 6.000,00
SALDO ACUMULADO - 1.700,00 23.600,00 29.600,00
Fonte: Sebrae ( 2000 )

83
MODELO DE UM FLUXO DE CAIXA MENSAL -CONTROLE FINANCEIRO
DATA DESCRIÇÃO ATIVIDADE RECEITA DESPESA SALDO

01/01 Saldo anterior 10.870,00


03/01 Ração 18 % PB – 20 sc x 24,80 Leite 496,00 10.374,00
03/01 Sal mineral – 5 sc x 39,90 Leite 199,50 10.174,50
03/01 Sal comum – 15 sc x 7,60 Leite 114,00 10.060,50
05/01 Energia Elétrica – 500 kwh x 0,27 Geral 135,00 9.925,50
05/01 Gasolina – 50 l x 2,30 Geral 115,00 9.910,50
10/01 Mercado – alimentos e mat. Limp Família 230,00 9.580,50
10/01 Roupas e calçados Família 300,00 9.280,50
10/01 Farmácia – remédios Família 73,00 9.207,50
10/01 Inseticida soja – 3 l x 63,90 Soja 191,70 9.015,80
10/01 Conserto pneu veículo Geral 5,00 9.010,80
15/01 Cheque Leite – 6218 l x 0,47 Leite 2.922,46 11.933,26
15/01 Frete do leite Leite 87,00 11.846,26
20/01 Telefone Geral 85,46 11.760,80
20/01 Colégio Família 350,00 11.410,80
20/01 Dízimo Família 25,00 11.385,80
23/01 Medicamentos diversos Leite 187,00 11.198,80
23/01 Sêmen e Inseminação Leite 370,00 10.828,80
23/01 Eletrificador de cercas Leite 64,00 10.764,80
25/01 Venda 2 leitões – 35 kg x 5,00 Suínos 175,00 10.939,80
25/01 Festa na comunidade – bolo Família 100,00 10.839,80
27/01 Óleo diesel e lubrificantes Geral 240,00 10.599,80
27/01 Bateria para trator Geral 125,00 10.474,80
28/01 Pescaria com amigo Família 70,00 10.404,80
29/01 Lona preta e pregos Leite 105,00 10.299,80
29/01 Fungicida soja – 5 l x 137,00 Soja 685,00 9.614,80
30/01 Venda 2 vacas – 700 kgs x 3,00 Leite 2.100,00 11.714,80
30/01 Despesas gerais manutenção Geral 80,00 11.634,80

31/01 TOTAL / MÊS - 5.197,46 4.432,66 764,80


Fonte: Senar / 2005

84
85
2.4. MATEMÁTICA FINANCEIRA

UMA MOEDA (REAL OU DÓLAR ), HOJE, TEM UM VALOR DIFERENTE SE


QUALQUER UMA DELAS FOR RECEBIDA NO FUTURO. DUAS SÃO AS RAZÕES
PRINCIPAIS: A INFLAÇÃO E O CUSTO DE OPORTUNIDADE DO PERÍODO,
MEDIDO, NESTE CASO, PELA TAXA DE JUROS.

INFLAÇÃO É A PERDA DO PODER AQUISITIVO DA MOEDA

JURO É UM VALOR DE PAGAMENTO QUE ESTIMULA O INDIVÍDUO A DEIXAR DE


CONSUMIR HOJE PRA FAZÊ-LO NO FUTURO. E UMA PARCELA DELE OBJETIVA
NEUTRALIZAR OS RISCOS.

QUANDO SE EFETUA O PAGAMENTO DE UMA DÍVIDA, AS PRESTAÇÕES SE


COMPÕEM DE DUAS PARCELAS: JUROS E AMORTIZAÇÃO.

OS JUROS PODEM SER SIMPLES OU COMPOSTOS.

2.4.1. JUROS SIMPLES

O regime de juros simples ou de capitalização simples é aquele em que a taxa de


juros incide somente sobre o capital inicial.

J= P . i . n

Onde P = PRINCIPAL ( P ) É o capital sobre o qual recaem os juros


num determinado período;

i = TAXA DE JUROS ( i ) É o valor estabelecido para o uso do


dinheiro

n = PERÍODO OU NÚMERO DE ANOS ( n ) É o tempo


considerado para viabilizar o empréstimo.

Exemplo: A dívida de R$ 600,00 deverá ser liquidada em 1 ano após o vencimento, à

Taxa de juros de 20 % ao ano. Calcule os juros simples a serem pagos ?

Resposta: J = P . i . n Logo: J = 600,00 . 0,20 . 1


J = R$ 120,00

85
86
2.4.2. JUROS COMPOSTOS

1. ACUMULAÇÃO DE CAPITAL ( VF ) A PARTIR DE UM MONTANTE ÚNICO


n
VF = VP . ( 1 + i )

Onde: VF = MONTANTE ( S ) É a soma do Valor de uma aplicação financeira,


Computando-se os juros no período considerado;

VP = PRINCIPAL ( P ) É o capital sobre o qual recaem os juros num


determinado período;

i = TAXA DE JUROS ( i ) É o valor estabelecido para o uso do dinheiro

n = PERÍODO OU NÚMERO DE ANOS ( n ) É o tempo considerado


para viabilizar o empréstimo.

Exemplo: Um produtor deposita $ 5.000 em uma poupança que rende juros de 6 % ao


ano (a.a.). Após 5 anos, quanto terá ?
n 5
Resposta: S = P . ( 1 + .i. ) ; logo: S = 5.000 . ( 1 + 0,06 )
S = 6.690,00

Tabela do Valor Futuro pela Acumulação de Capital - $ 1,00

Anos / taxa 1% 4% 6% 10 % 20 %
1 1,010 1,040 1,060 1,10 1,20
2 1,020 1,082 1,124 1,210 1,440
3 1,030 1,125 1,191 1,331 1,728
4 1,040 1,170 1,263 1,464 2,074
5 1,051 1,217 1,338 1,610 2,488
6 1,061 1,265 1,419 1,771 2,986
7 1,072 1,316 1,504 1,949 3,583
8 1,082 1,369 1,594 2,143 4,30
9 1,093 1,423 1,689 2,357 5,159
10 1,104 1,480 1,790 2,593 6,191

86
87
EXERCÍCIOS 1 a 2 - MATEMÁTICA FINANCEIRA

1. Calcular o montante de uma aplicação de R$ 50.000,00 por um prazo de 6


meses num regime de juros compostas e com taxa de 4 % ao mês ?

2. Quanto possuirá um produtor que deposita R$ 8.000,00 numa conta corrente


que paga 20 % a . a . de taxa de juros por um período de 5 anos ?

87
88
2. DESCONTOS DE CAPITAL , VALOR PRESENTE ( VP ) APARTIR DE UM
MONTANTE ÚNICO

1
VP = VF .
n
( 1 + i )

Onde: VF = MONTANTE ( S ) É a soma do Valor de uma aplicação financeira,


Computando-se os juros no período considerado;

VP = PRINCIPAL ( P ) É o capital sobre o qual recaem os juros num


determinado período;

i = TAXA DE JUROS ( i ) É o valor estabelecido para o uso do dinheiro

n = PERÍODO OU NÚMERO DE ANOS ( n ) É o tempo considerado


para viabilizar o empréstimo.

Exemplo: Um produtor pode receber $ 6.690 daqui a 5 anos. Ele pode obter juros de
6 % ao ano. Quanto deverá pagar hoje por esse valor futuro ?
1
Resposta: P = S . n
( 1 + .i. )
5
logo: P = 6.690 . 1 / ( 1 + 0,06 )
P = 5.000
Tabela do Valor Presente pela Acumulação de Capital - $ 1,00
Anos / taxa 1% 4% 6% 10 % 20 %
1 0,990 0,962 0,943 0,909 0,843
2 0,980 0,925 0,890 0,826 0,694
3 0,970 0,889 0,840 0,751 0,579
4 0,960 0,885 0,792 0,683 0,482
5 0,950 0,822 0,747 0,621 0,402
6 0,940 0,790 0,705 0,564 0,335
7 0,930 0,760 0,665 0,513 0,279
8 0,920 0,731 0,627 0,467 0,233
9 0,914 0,702 0,591 0,424 0,193
10 0,905 0,675 0,558 0,385 0,161

88
89
EXERCÍCIOS 3 a 4 - MATEMÁTICA FINANCEIRA

3. Um produtor deve pagar um pulverizador de R$ 6.000,00 no final de dois


anos. Se ele pagar a vista recebe um desconto de 20 % ao ano. Quanto ele deve
pagar hoje para ter esse mesmo valor no final daquele período ?

4. Qual o valor que corresponde hoje um montante de R$ 10.000,00 que foi


capitalizado anualmente a uma taxa de juros de 6 % a . a . durante 8 anos ?

89
90
3. SÉRIES DE PAGAMENTOS UNIFORMES : VALOR FUTURO DE
ANUIDADE DE UMA SÉRIE UNIFORME

n
( 1 +i ) - 1
S = R .
i

Onde: S = MONTANTE ( S ) É a soma do Valor de uma aplicação financeira,


Computando-se os juros no período considerado;

R = ANUIDADE OU AMORTIZAÇÃO ( R ) Envolve depósitos de


determinado valor de dinheiro, em certos intervalos de tempo, para um
determinado período.

i = TAXA DE JUROS ( i ) É o valor estabelecido para o uso do dinheiro

n = PERÍODO OU NÚMERO DE ANOS ( n ) É o tempo considerado


para viabilizar o empréstimo.

Exemplo: Um produtor resolve depositar 1.000 unidades monetárias anuais,numa


Poupança num período de 5 anos visando a compra de equipamento. A taxa
de juros é de 6 % ao ano. Quanto de capital ele terá acumulado ?
5
Resposta: S = 1.000 x ( ( 1 + 0,06 ) - 1 ) / 0,06 )
S = 5.637

Tabela do Valor Futuro de uma Anuidade - $ 1,00


Anos / taxa 1% 4% 6% 10 % 20 %
1 1,000 1,000 1,000 1,00 1,000
2 2,010 2,040 2,060 2,100 2,200
3 3,030 3,122 3,184 3,310 3,640
4 4,060 4,246 4,375 4,641 5,368
5 5,100 5,416 5,637 6,105 7,442
6 6,152 6,633 6,975 7,716 9,930
7 7,213 7,898 8,394 9,487 12,916
8 8,285 9,214 9,898 11,436 16,499
9 9,368 10,582 11,491 13,579 20,798
10 10,462 12,00 13,180 15,937 25,958

90
91
EXERCÍCIOS 5 a 6 - MATEMÁTICA FINANCEIRA

5. Quanto pode acumular de capital durante um período de 3 anos um produtor


que deposita R$ 1.400,00 ao ano, num banco que lhe paga uma taxa de
juros anuais de 10 % ?

6. O Banco do Brasil paga 10 % de juros ao ano para depósitos anuais de R$


10.000,00. Quanto pode acumular um produtor no final de um período de 4 anos
?

91
92
4. SÉRIES DE PAGAMENTOS UNIFORMES:VALOR PRESENTE DE ANUIDADE
DE UMA SÉRIE UNIFORME

n
( 1 +i ) - 1
VP = R .
n
i . ( 1 + i )

Onde: VP = PRINCIPAL ( P ) É o capital sobre o qual recaem os juros num


determinado período;

R = ANUIDADE OU AMORTIZAÇÃO ( R ) Envolve depósitos de


determinado valor de dinheiro, em certos intervalos de tempo, para um
determinado período.

i = TAXA DE JUROS ( i ) É o valor estabelecido para o uso do dinheiro

n = PERÍODO OU NÚMERO DE ANOS ( n ) É o tempo considerado


para viabilizar o empréstimo.

Exemplo: Um produtor deve efetuar o pagamento de 5 notas promissórias de

$ 1.000
Com vencimentos anuais. Se ele resolver efetuar o pagamento hoje, vai
receber um desconto correspondente a 6 % ao ano. Qual o valor que ele
deve pagar ?
5 5
Resposta: P = 1.000 x ( ( 1 + 0,06 ) - 1 ) / ( (0,06 x ( 1 + 0,06 ) )
P = 4.212,00

Tabela do Valor Presente de uma Anuidade - $ 1,00


Anos / taxa 1% 4% 6% 10 % 20 %
1 0,990 0,962 0,943 0,909 0,833
2 1,970 1,886 1,883 1,736 1,528
3 2,940 2,775 2,673 2,487 2,106
4 3,901 3,630 3,465 3,170 2,589
5 4,854 4,452 4,212 3,791 2,991
6 5,795 5,242 4,917 4,355 3,326
7 6,728 6,002 5,582 4,868 3,605
8 7,651 6,733 6,210 5,335 3,837
9 8,56 7,435 6,801 5,759 4,030
10 9,47 8,110 7,360 6,144 4,192

92
93
EXERCÍCIOS 7 a 8 - MATEMÁTICA FINANCEIRA

7. Um produtor deposita R$ 800,00 durante 4 anos para a compra de um


equipamento. Pagamento à vista ele teria uma taxa de desconto de 10 % ao ano.
Qual seria o valor do pagamento que ele teria de efetuar ?

8. Produtor deve pagar 5 notas promissórias de R$ 500,00 com vencimentos


anuais, se ele decidir pagar hoje, o banco lhe fornece uma taxa de desconto de 6
% ao ano. Quanto será o valor dessa operação?

93
94
5. RECUPERAÇÃO DE UM CAPITAL - AMORTIZAÇÃO

n
i . ( 1 +i )
R = VP .
n
( 1 + i ) - 1

Onde: VP = PRINCIPAL ( P ) É o capital sobre o qual recaem os juros num


determinado período;

R = ANUIDADE OU AMORTIZAÇÃO ( R ) Envolve depósitos de


determinado valor de dinheiro, em certos intervalos de tempo, para um
determinado período.

I = TAXA DE JUROS ( i ) É o valor estabelecido para o uso do dinheiro

n = PERÍODO OU NÚMERO DE ANOS ( n ) É o tempo considerado


para viabilizar o empréstimo.

Exemplo: Um produtor deve um trator de $ 54.000 para pagar em prestações anuais


Durante 3 anos. A taxa de juro é de 6 % ao ano. Qual o valor de cada
Prestações anuais ?
Resposta: P = 54.000 x ( ( 0,06 x ( 1 + 0,06 ) - 1 ) / ( ( 1 + 0,06 ) – 1 )
P = 20.195,00

Tabela do Valor de Recuperação do Capital - $ 1,00


Anos / taxa 1% 3% 6% 10 % 20 %
1 1,010 1,0300 1,0600 1,10 1,20
2 0,507 0,5226 0,5454 0,576 0,654
3 0,340 0,3535 0,3741 0,402 0,474
4 0,256 0,2690 0,2885 0,315 0,386
5 0,006 0,2183 0,2373 0,263 0,334
6 0,172 0,1845 0,2033 0,229 0,300
7 0,148 0,1605 0,1791 0,205 0,277
8 0,130 0,1424 0,1610 0,187 0,260
9 0,116 0,1284 0,1470 0,1736 0,2606
10 0,1055 0,1172 0,1358 0,1627 0,2480
11 0,0964 0,1080 0,1267 0,1539 0,2385
12 0,0888 0,1004 0,1192 0,1467 0,2252
20 0,0554 0,0672 0,0871 0,1174 0,2064
30 0,0387 0,0510 0,0726 0,1060 0,2008

94
95
EXERCÍCIOS 9 a 10 - MATEMÁTICA FINANCEIRA

9. Um produtor rural necessita saber o valor de cada prestação de uma


colhedora no valor de R$ 130.000,00 que carrega uma taxa de juros anual de 18
%, para um período de 5 anos ?

10. Um produtor compra uma plantadora de R$ 12.000,00. Ele deve pagá-la em


3 anos. A taxa de juros do banco é de 16 % ao ano. Qual será o valor de cada
prestação ?

95
96
6. SISTEMAS DE AMORTIZAÇÕES – SAC; PRICE e PRESTAÇÃO FIXA.

Amortização ( pagamentos ) é extinguir (=dívida) aos poucos ou em prestações, conforme


pagamentos correspondentes.
Saldo devedor: É a diferença entre o valor financiado reajustado e o valor total que já foi
pago até o momento.
SAC ( Sistema de Amortização Constante ): As parcelas são calculadas de maneira que o
valor da parcela diminui a cada mês. Porém, o valor das parcelas no início é bastante alto.
Essa prestação tem juros de 12% ao ( exemplo no setor imobiliário 2007 ), mais reajuste de
TR ( Taxa Referencial ), que em 2006 no Brasil foi de cerca 2% ao ano, e a correção
monetária que é de pouco mais de 0,1% ao mês.
Tabela Price : Usada normalmente pelo setor imobiliário, a prestação pela tabela Price,
contém a taxa de juros do mercado (11,5% em julho de 2007). A taxa é fica com diferença
que o reajuste é feito em cima de índice que normalmente tem valores maiores como o IGP-
M, índice baseado na inflação do período. Em março de 2007, o IGP-M acumulado era de
4,2% ao ano.
Prestação Fixa : Essa prestação não muda de valor durante a todo o financiamento. Sua taxa
de financiamento (que é calculada em cima dos mesmos parâmetros da SAC ) é de cerca de
18% ao ano ( exemplo no setor imobiliário 2007 )

EXEMPLO DE APLICAÇÃO DE UM FINANCIAMENTO PELO SISTEMA SAC:

Aquisição de uma enfardadeira, no valor de R$ 15.000,00 ; amortização em


6 anos; com taxas de juros de 6 % a . a. Com subsídios de 50 % dos encargos financeiros.

Dados: valor da enfardadeira : R$ 15.000,00 ; prazo: 6 anos


Juros : 6 % a .a Indexadores Monetários : TJLP 8% a. a
Subsídios : 50 % dos encargos financeiros ( = 14 % a.a : 2 = 7 % a.a. )
* SEM CARÊNCIA = PREÇO DO MILHO: R$ 6, 00 / sacas de 60 kg
ANO VALOR PRESTAÇÃO AMORTIZAÇÃO JUROS SALDO
ANTER.
0 15.000,00
1 592 3.550,00 2.500,00 1.050,00 12.500,00
2 563 3.375,00 2.500,00 875,00 10.000,00
3 534 3.200,00 2.500,00 700,00 7.500,00
4 504 3.025,00 2.500,00 525,00 5.000,00
5 475 2.850,00 2.500,00 350,00 2.500,00
6 446 2.675,00 2.500,00 175,00 0.000,00
TOTAL
* COM CARÊNCIA DE 2 ANOS = PREÇO DO MILHO: R$ 6, 00 / sacas de 60 kg
ANO VALOR PRESTAÇÃO AMORTIZAÇÃO JUROS SALDO
ANTER.
0
1
2
3
4
5
6

TOTAL

96
97

3 Análise de investimentos
agropecuários

97
98
3. ANÁLISE DE INVESTIMENTO: INDICADORES ECONÔMICOS -
FINANCEIROS E CRITÉRIOS DE DECISÃO

Em análise de balanços os termos econômico e financeiro precisam ser bem definidos


para não gerar conclusões confusas.
Econômico: diz respeito ao lucro, no sentido dinâmico, de movimentação.
Estaticamente refere-se a patrimônio liquido.
Financeiro: Refere-se a dinheiro. Dinamicamente representa a variação de Caixa.
Estaticamente, representa o saldo de caixa. O Termo financeiro tem significado amplo e
restrito. Quando encarado de forma restrita, refere-se ao Caixa; quando seu significado é
amplo, refere-se a Caixa circulante Liquido.
Resultado econômico é sinônimo de lucro (ou prejuízo). O lucro não representa a
disponibilidade de dinheiro, ele aumenta o Patrimônio Liquido, explica MATARAZZO
(2003).
Segundo BRAGA (1989) , quando o empresário precisa decidir, ele sempre se
encontra entre mais de uma opção existente. Por isso, é interessante que a empresa adote uma
filosofia de contabilidade de custos separada da contabilidade financeira. Este exemplo de
política traduz um novo posicionamento. O objetivo “ lucro imediato “ passa a ser substituído
pelo objetivo “ máximos ganhos em determinado horizonte de análise “. Para uma análise sob
este enfoque é necessário introduzir o conceito de Custo de Recuperação do Capital.
Três são os métodos básicos da análise de investimento que se ajustam aos conceitos
descritos;
1. Método do Valor Anual Uniforme Equivalente ( VAUE );
2. Método do Valor Presente Líquido ( VPL )
3. Método da Taxa Interna de Retorno ( TIR ).
Estes métodos são equivalentes e, se bem aplicados conduzem ao mesmo resultado,
apenas que cada um se adapta melhor a determinado tipo de problema. Os métodos mais
difundidos para avaliar propostas de investimentos como sendo: taxa média de retorno, prazo
de retorno, valor atual liquido, taxa interna de retorno.
A taxa média de retorno envolve prazo de retorno (Payback). O valor atual líquido é
composto pelo Índice de Lucratividade, há ainda a Taxa interna de Retorno(TIR).
Para realização do estudo, faz-se necessário apresentar os seguintes itens: TMA, VPL,
TIR, TIRm, IL, TR, VAUE, RBC, Ponto de Equilíbrio e Payback.

3.1. TAXA MÉDIA DE ATRATIVIDADE ( TMA )

98
99
Para se fazer uma analise financeira de um projeto, é necessário que se defina uma
taxa mínima de atratividade (TMA) como fonte de comparação em relação ao investimento
que se pretende efetuar.
Sendo assim, “entende-se por Taxa Mínima de Atratividade (TMA) a taxa mínima a ser
alcançada em determinado projeto; caso contrário, o mesmo deve ser rejeitado.” (KASSAI,
2005, p. 58).
Atualmente a TMA utilizada nos projetos, corresponde às utilizadas pelos agentes
financeiros. Como exemplo, tivemos no ano de 2006 as predominantes de 8,75% a.a., que
segundo o Banco do Brasil seria a taxa de juros aplicado a uma linha de crédito rural.

3.2. VALOR PRESENTE LÍQUIDO ( VPL )

O valor presente líquido é uma ferramenta muito utilizada e sofisticada para que se
possam avaliar propostas de investimento de capital, como também mostra a riqueza em
valores monetários do investimento medida pela diferença entre o valor presente das entradas
e saídas de caixa, descontados por uma determinada taxa (KASSAI 2005).
Este método estima o valor de hoje, o fluxo de caixa futuro ( ΣBn), usando para isso
uma taxa mínima de atratividade do capital.
O VPL é compreendido como a quantia equivalente, na data zero, de um fluxo
financeiro, descontado a taxa de juros determinada pelo mercado. A taxa utilizada para
descontar o fluxo (trazer ao Valor Presente ) é a TMA.

REGRA DE DECISÃO: A melhor alternativa é aquela que representa a soma do(s)


fluxo(s) de caixa(s) mais elevado(s) no período em análise e que o retorno é igual ou superior
ao investimento inicial.
Exemplo:

104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59

2.335.918,27

Cálculo na HP
2.335.918,27 CHS g Cf0

99
100
104.246,59 g Cfj
15 g Nj
8,75%

F NPV = (1.483.072,43)

3.3. TAXA INTERNA DE RETORNO ( TIR )


A TIR é a uma taxa de desconto no qual o VPL dos benefícios é igual ao VPL dos custos
econômicos. Ela pode ser considerada como a taxa de juros que anula o VPL de um fluxo de
caixa. A TIR representa a eficiência marginal do capital e corresponde em última análise, à
taxa de lucratividade esperada dos projetos de investimento.
Esta taxa é considerada há muitos anos como o indicador fundamental para a seleção de
propostas de investimento em novos projetos. Ressalta-se que ela é menos robusta que o VPL,
isto porque num determinado horizonte ela pode apresentar vantagem de um projeto,
enquanto num período diferente esta vantagem pode ser ultrapassada por outro projeto. Para
neutralizar as distorções da TIR, é necessário considerar um orçamento de capital definido
pelo projeto de maior investimento inicial.

REGRA DE DECISÃO: A taxa obtida deve ser maior que as taxas de juros do mercado
financeiro.
Resolução: Pode ser resolvido utilizando-se uma planilha eletrônica. Por exemplo, no
EXCEL basta colocar-se os valores numa seqüência de células e efetuar a operação com a
fórmula: = TIR ( A1: An) e teclar ENTER. Quando não se possui um computar ou uma
calculadora financeira para calcular a raiz do polinômio, sugere-se o método das tentativas.

 atenção :

Somente ter-se-ão investimentos Viável, se a TIR for maior que a taxa de juros no mercado
financeiro
• A escolha de um investimento deve, necessariamente, recair sobre aquele que tiver a
maior TIR
• Decisão de investimento é sempre subjetiva, pois depende de previsões para o futuro

100
101
• O administrador moderno não pode se dar ao luxo de se comportar sempre de uma
forma objetiva. Ele deve ter o talento e coragem de desenvolver um raciocínio
projetante.
Exemplo:
104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59

2.335.918,27

Cálculo na HP:

2.335.918,27 CHS g Cf0


104.246,59 g Cfj
15 g Nj
8,75 i

F NPV = (1.483.072,43)
F IRR = (4,6%)

3.4. TAXA INTERNA DE RETORNO MODIFICADA ( TIRm )


Retorna a taxa interna de retorno modificado para uma série de fluxos de caixa
periódicos. TIRm considera o custo do investimento e os juros recebidos no reinvestimento do
capital.
Exemplo:
104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59

2.335.918,27

Cálculo:
104.246,59 g Cfj 852.845,83 PV
15 g Nj 8,75 i
8,75 i 15 n
F NPV = 852.845,83 FV = 3.001.300,73

TIRM:
2.335.918,27 CHS PV
3.001.300,73 FV
15 n
i = 1,7%

101
102
3.4. ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE ( IL ) E TAXA DE RETORNO ( TR )
O índice de lucratividade refere-se à relação entre os fluxos de caixa positivos que
entram no caixa e os fluxos negativos que saem do caixa, ou seja, para cada R$ 1,00 investido
quanto que retorna para a empresa, sendo considerado atraente todo investimento que tenha
índice de lucratividade igual ou maior que 1,00 (NETO 2000).
Exemplo: IL = PV (retornos) = 2.348.884,48 = 1,006
PV (investimento) 2.335.918,27

O índice de lucratividade do negócio que se propõe é praticamente igual a 1, sendo


considerado atraente.
Segundo o mesmo autor, a TR (taxa de retorno) de um investimento e representada
por valores relativos, ou seja, porcentagem, onde se considera atraente todo investimento que
tiver uma taxa de retorno maior ou igual a zero.
A taxa de retorno sobre investimento e dada pela seguinte formula:
TR= IL – 1 x 100
TR= 1,006 – 1 x 100
TR= 0,56%
Evidencia-se a que a taxa de retorno e maior que zero, atingindo os valores
considerados atraentes.
Exemplo:
104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59

2.335.918,27

104.246,59 g Cfj Então: IL = PV (retornos) = 852.845,83 = 0.37


15 g Nj PV (investimento) 2.335.918,27
8,75 i
F NPV = 852.845,83
Taxa de retorno: 0,37 – 1 * 100 = (63%)

3.6. VALOR ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE ( VAUE )


Este método consiste em achar a série uniforme anual ( A ) equivalente ao fluxo de
caixa dos investimentos à Taxa de Mínima Atratividade ( TMA ), ou seja, acha-se a série
uniforme equivalente a todos os custos e receitas para cada projeto utilizando-se a TMA. O
melhor projeto é aquele que tiver o maior saldo positivo.

102
103
Exemplo 1.
Uma empresa dispõe de R$ 18.000,00 e conta com duas alternativas de investimentos em um
tipo de equipamento industrial:
- Equipamento da Marca A: exige um investimento inicial de R$ 14.000,00 e proporciona um
saldo líquido anual de R$ 5.000,00 por sete anos;
- Equipamento de Marca B: investimento inicial de R$ 18.000,00 e saldo líquido de R$
6.500,00 por sete anos.
Calcular qual a alternativa mais econômica, sabendo que a Taxa Mínima de Atratividade da
Empresa é de 30 % ao ano.
Vê-se portanto que:
- Alternativa A :
Considerando-se negativos os desembolsos de dinheiro e positivas as entradas, o Valor
Anual Uniforme Equivalente da alternativa A é:
VAUE A = -14.000,00 ( A / P; 0,3; 7 ) + 5.000,00
VAUE A = -4.996,2309 + 5.000,00 = 3,7691
O cálculo do VAUE consiste em determinar o que renderia o capital empregado à taxa
mínima de atratividade e subtrair este valor, no caso 4.996,2309 dos saldos líquidos anuais. A
alternativa A é, portanto, economicamente viável, pois o capital empregado rende 30 % a.a.
mais um saldo líquido anual de R$ 3,7691

- Alternativa B:
VAUE B = -18.000,00 ( A / P; 0,3; 7 ) + 5.500,00 = 76,2745
A alternativa B é mais viável do que a alternativa A, pois apresenta um VALUE maior.
Três considerações importantes merecem ser feitas:
1. Entre as alternativas A e B existe uma diferença de R$ 4.000,00. Se a empresa optasse
por A. ainda iria dispor de R$ 4.000,00, que possivelmente seriam aplicados à TMA.
Ocorreria um fluxo de caixa incremental. Que evidentemente possui um valor nulo.
2. O VAUE da alternativa “ A “ é extremamente baixo, pois representa 0,027 % do
investimento. o VAUE da alternativa “ B “ é de 0,424 % do investimento. Isto
significa que, na prática, as duas alternativas são equivalentes, pois a própria
sistemática de projeção dos saldos anuais já pode trazer erros, superiores aos
percentuais relacionados. Numa situação destas, outros fatores não ponderáveis ou de
risco poderiam determinar a escolha.
3. O Fator Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é analisado pelo empresários como
critério de decisão.

103
104
Exemplo 2.
104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59

2.335.918,27
Cálculo na HP:
104.246,59 g Cfj
15 g Nj
8,75 i
F NPV = 852.845,83

852.845,83 CHS PV 2.335.918,27 CHS PV


15 n 15 n
8,75 i 8,75 i
PMT(+) = 104.246,59 PMT(-) = 285.528,17

VAUE = PMT(+) – PMT(-) = 104.246,59 – 285.528,17 = (181.281,58)

3.7. RELAÇÃO BENEFÍCIO / CUSTO ( RBC )


O índice que relaciona os benefícios aos custos (RBC ) se transforma num indicador de
eficiência econômica-financeira por sugerir o retorno dos investimentos a partir da relação
entre a receita total e as despesas efetuadas para viabiliza-la.
O RBC indica quantas unidades de capital recebido como benefício são obtidos para cada
unidade de capital investido. Quando esse índice é maior do que um, ele indica que o produtor
tem ganhos e deve efetuar a aplicação dos recursos. E que ele teria prejuízos na situação em
que o índice for inferior a unidade.
De modo geral pode-se resumi-los na relação de benefício custo a seguir:

Onde: Bn = Receitas no ano n Cn = Custos no ano n n = Período de n anos

QUADRO – CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS MÉTODOS DE ANÁLISE DE


INVESTIMENTO E INDICAÇÕES DE DECISÃO PARA AS ATIVIDADES
VPL VPLA TIR IBC DECISÃO
=0 =0 =0 =1 INDIFERENÇA
> 0 > 0 > 0 > 1 ATIVIDADE VIÁVEL
< 0 < 0 < 0 < 1 ATIVIDADE INVIÁVEL

104
105
3.8. PONTO DE EQUILÍBRIO
Segundo BRAGA (1995, p.179) “Sob a ótica contábil, o ponto de equilíbrio
corresponde ao certo nível de atividades onde o lucro será nulo. À medida que o volume de
operações se deslocar acima do ponto de equilíbrio surgirão lucros crescentes; abaixo desse
ponto ocorrerão prejuízos cada vez maiores.”
Entende-se então que o ponto de equilíbrio é o momento em onde ocorre o
nivelamento entre a produção necessária para cobrir as despesas e custos gerados.
Exemplo: Estudo de Caso .......
Cf = R$ 302.700,08 CT = CF + CV
Cv = R$ 129.832,88 / 249.610 sc = 0,52/un CT = R$ 302.700,08 + 0,52x
RT = R$ 603.870 / 249.610 sc = 2,42/un RT = 2,42x
Ponto de equilíbrio:
RT = CT
2.42x = R$ 302.700,08 + 0,52x
2.42x – 0,52x = R$ 302.700,08
1,90x = R$ 302.700,08
x = R$ 302.700,08
1,90
x = 159.315,83 sc

Legenda: Cf = Custo Fixo; Cv = Custos Variáveis; RT = Receita Total e CT = Custo Total


sc = Sacas de 60 kg e un = Unidade.

O ponto de equilíbrio necessário para que cubra todos os custos em relação a


faturamento sobre a diferença de preço que se consegue ganhar fica em 159.315,83 sacas de
produto, sendo que neste momento não haverá prejuízo e nem ganhos.

3.9 PERÍODO DE RECUPARAÇÃO DO CAPITAL ( PRC ) - Período Payback


O período Payback é considerado o período de tempo exato necessário para que se
possa recuperar o capital investido em um projeto, contando com as entradas de caixas anuais
(GITMAN 2002).
Com análise deste índice financeiro, fica fácil para constatar o período ou tempo que
uma empresa irá necessitar para que consiga recuperar aquilo que investiu anteriormente,
tendo uma melhor visão do negocio que se propõe.
A seguir temos exemplos de cálculo dos métodos de análise de investimento.

105
106
Exemplo:
104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59 104.246,59

2.335.918,27
Tabela ... – Período Payback
N Investimento Resultados do Exercício Resultados Financeiros
0 (2.335.918,27) (2.335.918,27)
1 104.246,59 (2.231.671,68)
2 104.246,59 (2.127.425,09)
3 104.246,59 (2.023.178,50)
4 104.246,59 (1.918.931,91)
5 104.246,59 (1.814.685,32)
6 104.246,59 (1.710.438,73)
7 104.246,59 (1.606.192,14)
8 104.246,59 (1.501.945,55)
9 104.246,59 (1.397.698,96)
10 104.246,59 (1.293.452,37)
11 104.246,59 (1.118.205,78)
12 104.246,59 (1.084.959,19)
13 104.246,59 (980.712,60)
14 104.246,59 (876.466,01)
15 104.246,59 (772.219,42)

Fonte: Autores do projeto.

Neste item pode ser observado que o período payback não foi alcançado em 15 anos,
sendo que os fluxos anuais de caixa não conseguem recuperar o capital investido em nenhum
momento.
Apesar de não ser um método baseado no critério de fluxo de caixa descontado, o
período de “ Payback “ se destaca pela sua simplicidade e ampla utilização pelas unidades
decisórias. O método convive com duas deficiências:
a) Não Leva em conta os fluxos de caixa que ocorrem após o período de “ payback “;
b) Não leva em conta as magnitudes dos fluxos de caixa e sua distribuição nos
períodos que antecedem ao período de “payback “.
Diante dessas restrições, é recomendado que o período de payback seja determinado
através do critério de fluxo de caixa descontado, sendo a dimensão do “ payback “ o tempo
gasto para que o VPL passe de negativo para positivo. No processo de decisão, o período é
comparado com o padrão estabelecido pela empresa.

106
107
3.10. EXEMPLO PRÁTICO I

VALOR PRESENTE LÍQUIDO OU VALOR ATUAL

1. UM PRODUTOR PEDE AO BANCO O VALOR DE R$ 10.000 PARA A COMPRA DE


UMA PLANTADORA. ELA PODE PROPORCIONAR UM CUSTO DE
OPORTUNIDADE CORRENTE DE 5.000 AO ANO EM TRÊS ANOS. COM TAXAS DE
JUROS DE 10 %, 20%, 25% E DE 30 % AO ANO É CONVENIENTE O PRODUTOR
EFETUAR ESTE EMPRESTIMO EM QUAL(IS) TAXAS?

RESOLUÇÃO:
2 3
TAXA 10 % VA = - 10.000+(5.000/(1+0,1)+(5.000/(1+0,1)+ (5.000/(1+0,1)
2 3
TAXA 20 % VA = - 10.000+(5.000/(1+0,2)+(5.000/(1+0,2)+(5.000/(1+0,2)
2 3
TAXA 25 % VA = - 10.000+(5.000/(1+0,25)+(5.000/(1+0,25)+(5.000/(1+0,25)
2 3
TAXA 30 % VA = - 10.000+(5.000/(1+0,3)+(5.000/(1+0,3)+(5.000/(1+0,3)

CONCLUSÃO:

107
108
EXEMPLO PRÁTICO II
ANÁLISE DE INVESTIMENTO USANDO A RAZÃO BENEFÍCIO/CUSTO -
VALOR PRESENTE LÍQUIDO E TIR.

EXEMPLO. UM PRODUTOR DESEJA EFETUAR INVESTIMENTOS EM


NOVAS ATIVIDADES. ELE ESTÁ EM DÚVIDA SOBRE A PRODUÇÃO
DA MELHOR DAS QUATRO ALTERNATIVAS: GRÃOS, LEITE, AVES E
SUÍNOS. PARA SE INTRODUZIR EM CADA UMA DELAS ELE
NECESSITA INVESTIR RESPECTIVAMENTE R$ 100.000, R$ 80.000, R$
40.000 E R$ 55.000. A TAXA DE JUROS NO MERCADO É DE 16 % AO
ANO SEGUNDO OS CÁLCULOS DE UM ESPECIALISTA ELE PODE
OBTER COMO MARGEM ANUAL OS RESULTADOS DA TABELA
ABAIXO.

ATIVIDADE\RECEB INVESTIMENT ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5


GRÃOS 100.000 51.000 56.000 57.000 33.000 31.000
LEITE 80.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000
AVES 40.000 18.000 17.000 19.000 20.000 16.000
SUÍNOS 55.000 10.000 20.000 25.000 25.000 10.000

QUAIS SÃO AS VPL s, TIR s e IBC para cada uma das atividades?

TABELA
ESPECIFICAÇÕES VPL TIR RBC RBC
Receitas Fluxos Líquidos
GRÃOS
LEITE
AVES
SUÍNOS

108
109
CAPÍTULO 3. Comercialização Agroindustrial

3 Comercialização

109
110
CAPÍTULO 3. Comercialização Agroindustrial

Introdução

Comercialização pode ser entendida como uma série de atividades de transformação,


onde bens e serviços são transferidos dos produtores aos consumidores. Essas transformações
ou mudanças podem ser de posse (transferência de propriedade), forma ( da matéria-prima
para o produto processado ), tempo (conservar o produto da safra para consumo na
entressafra), espaço (deslocamento da região de produção para locais de consumo ) e Funções
Auxiliares (padronização e classificação; financiamentos, seguro, informações de
mercado, marketing ).
. No mercado de produtos agropecuários de commodities1, o processo de comercialização
geralmente ocorre em três fases distintas: conforme pode ser visto no fluxo de
comercialização.

Objetivos específicos

Ao finalizar esta unidade, você deverá ser capaz de :

• Obter uma visão macroeconômica do setor rural, sua inserção no sistema global com
as principais características da agropecuária;
• Saber usar a Especificidade do setor agropecuário na análise de projetos, programas e
estudos da comercialização no agronegócio
• Trabalhar melhor o produto agrícola no planejamento do mix de comercialização.
• Estabelecer estratégias de comercialização mais apropriadas e aprimoradas no
agronegócio.
• Tomar decisões de comercialização mais eficientes.

1 commodities são mercadorias com características específicas. Tais como: Padronização; Nível mínimo
de variação; pouca perecibilidade; Armazenada ou transportada para entrega futura; ampla escala de
consumo; Grande disponibilidade para transação; Deve ter fluxo livre e negociado pelo preço de
equilíbrio; Pode ser negociada em Bolsas de Mercadorias e Futuros.

110
111
1. FUNDAMENTOS DOS MERCADOS AGROPECUÁRIOS

O mercado de produtos agrícolas, devido às especificidades do produto e da produção


e do consumo é também um mercado peculiar ou específico, diferente dos mercados de
produtos industriais, principalmente os bens duráveis e não alimentícios.
A oferta e a demanda de produtos agrícolas com característica fortemente preço-
inelásticas fazem com que os preços e quantidades dificilmente se ajustem um ao outro,
gerando um desequilíbrio ou instabilidade no mercado com efeito perverso para todos que
atuam na cadeia produtiva 1, mais especificamente para produtores e consumidores que
geralmente não têm nenhum poder de impor ou controlar os mesmos.
Além dos graves problemas que resultam das variações freqüentes nos preços, o
mercado agrícola se caracteriza por outros tipos de problemas advindos, ultimamente, da
presença de mudanças muito rápidas e freqüentes nos padrões e formatos de consumo. Novos
hábitos e preferências numa população fortemente influenciada pelos meios de comunicação
televisivo e informativo que impõem novos padrões culturais, comportamentais e globais de
consumo são assimilados e adotados rapidamente por todos que passam a desprezar o antigo,
o usual, na busca frenética do novo, do diferente, do moderno.
Assim, nota-se que produtos básicos, como arroz, feijão, fubá tem perdido, a passo
largos, seus espaços nas mesas da maioria da população em favor de produtos como pizzas,
sanduíches, cereais matinais, iogurtes, leite, queijos e hortaliças. Também preferem cada vez
mais produtos já processados e de fácil consumo.
Um mercado é um grupo de compradores e vendedores que interagem entre si,
resultando na possibilidade de trocas. Os compradores e vendedores podem ser tanto
empresas quanto pessoas. As empresas compram matéria-prima ou insumos e vendem
produtos e serviços. As pessoas compram produtos e serviços e vendem a capacidade de
trabalho.
Os compradores compõem a demanda de mercado e os vendedores fazem parte da oferta.
A margem de comercialização ( Mc ) é definida como a diferença no preço do produto nos
diferentes níveis de mercado. É a diferença entre o preço de varejo ( Pv ) e o preço do
produtor ( Pp ). É também representada pela distância vertical entre as curvas de demanda
( D ) ou oferta, como na figura 16.

2 Cadeias produtivas é a soma total das operações de produção e distribuição, de insumos agrícolas, as
operações de produção nas unidades agrícolas, armazenamento, e distribuição dos produtos agrícolas e itens
com eles produzidos.

111
112
Figura 16. OFERTA, DEMANDA, MARGENS E VALOR ADICIONADO

1.1. MECANISMO DE MERCADO

Mecanismo de mercado é a tendência, em mercados integralmente competitivos, de que


o preço modifique até que a quantidade ofertada (vendida ) e demandada (comprada) se
tornem iguais. Neste ponto não há escassez e nem excedente de oferta, e o preço tende a
estabilizar em torno de um valor.
Quando os produtores produzem e vendem quantidades maiores daquelas desejadas
pelos compradores, forma-se um excedente, que para ser vendido é necessário que o preço se
reduza.
Por outro lado, quando os consumidores não conseguem comprar toda a quantidade que
desejam por um tal preço, então temos uma situação de escassez. Caso os consumidores se
disponham a pagar mais, então há uma pressão altista sobre os preços.
No caso do excedente, que levaria a preços menores, a demanda aumentaria e a
quantidade ofertada diminuiria, até que o mecanismo de mercado, representado pelo preço de
equilíbrio, fosse alcançado.
No caso da escassez, se os produtores expandirem a produção pelo estímulo do preço
maior, então o preço iria cair até que o mecanismo de mercado encontrasse um preço de
equilíbrio.

Atividades n.o. 1

1. Tome um produto agropecuário qualquer com o qual você esteja familiarizado e então:
a) Descreva as características gerais desse produto.
b) Descrever as características do processo produtivo desse produto
c) Determine as característica do mercado desse produto.

112
113
d) Mostre, a partir da análise feitas nos itens anteriores ( a, b e c ), quais são os
desafios ou problemas, que, normalmente, os empresários que lidam com a produção
e comercialização desse produto têm que enfrentar.
Sugestões:
• Procure seguir de perto as características apresentadas no texto
• Busque em revistas, jornais especializados, como sites (= em anexo ), para o
produto que está descrevendo

1.2. FLUXO DE COMERCIALIZAÇÃO

É caminho e quantidades da mercadoria, da fazenda ao consumidor final e sua


influência sobre a tendência dos preços e as decisões de comercialização.

COOPERATIVAS ATACADISTAS ATACADISTAS


TRANSPORTADORAS CORRETORES BENEFICIADORES
BOLSAS
INDUSTRIAS
c
o
p V n
r A s
o R u
d MERCADO m
TERMINAL MERCADO E
u PRIMÁRIO i
SECUNDÁRIO J
d I d
o S o
r T r
e EQUILÍBRIO e
A
s S s
CONCENTRAÇÃO DISPERSÃO

• PRIMEIRA FASE: É o mercado primário, onde ocorre a concentração da produção,


em que os produtores vendem pequenos lotes de produto aos atacadistas locais, que
reúnem lotes maiores e os vendem aos atacadistas do mercado terminal.

• SEGUNDA FASE: É o mercado terminal, onde ocorre um processo de igualização ou


equilíbrio que consiste no beneficiamento, industrialização, padronização, embalagem,
etc., além do armazenamento que regula o fluxo de produção ( sazonal ) em função da
taxa de consumo (mais ou menos constante ao longo do ano ).

113
114
• TERCEIRA FASE: É o mercado secundário, onde ocorre o processo de
dispersão, em que os produtos são vendidos aos atacadistas distribuidores em grandes
lotes, que passam em lotes menores a um grande número de varejistas (ou retalhistas),
que os passam em volumes pequenos e subdivididos, no lugar, no tempo e na forma
desejada pelos consumidores.

1.3. CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO


São os diversos caminhos que os produtos percorrem até atingir o consumidor. Os
atacadistas e varejistas são considerados intermediários no processo de comercialização. Às
vezes mal vistos pelo produtor. Porém, eles assumem funções importantes no processo, como
financiadores, transportadores, como responsáveis pela armazenagem, seleção e classificação,
beneficiamento e distribuição do produto durante o ano todo.
Figura. Canais de Comercialização do Produto, da propriedade rural até o consumidor final.

Propriedade
PROPRIEDADE rural
RURAL

P C Atcacadista
E O
S M
Q U
U N
I I
S C
A A Varejista
Ç
A
O

CONSUMIDOR Consumidor
Final

2 . TIPOS DE MERCADOS
a) Mercado Físico “ spot “: Ou disponível, em que são negociados produtos em troca de
recebimentos de dinheiro em um ponto. Por exemplo, o mercado de boi em Araçatuba é um
mercado físico, onde o produtor entrega seu produto e recebe pagamento por isto (a vista ou a
prazo ), outro exemplo são os comercializados em feiras livres.

¹ trading,: Empresas de comércio exterior, especializadas em importação e exportação de mercadorias.

114
115
b) Mercado a Termo:
Uma forma comum é o produtor acertar um preço e efetuar a venda antes mesmo de
dispor do produto. Esse tipo de contrato é normalmente referido como a termo e pode ou não
envolver adiantamento de recursos por conta da venda antecipada da produção. O ponto
fundamental é que deverá haver a entrega (e o recebimento ) do produto ao preço combinado.
c) Mercados Futuros
Os contratos futuros evoluíram a partir dos contratos a termo e, por isso, possuem
algumas condições semelhantes. Um contrato futuro é uma obrigação, legalmente exigível,
de entregar ou receber uma determinada quantidade de uma mercadoria, de qualidade
preestabelecida, pelo preço ajustado no pregão. Desde sua origem nos século XIX, a
negociação com futuros tem sofrido alterações no que diz respeito aos objetivos dos agentes
envolvidos. A diferença fundamental é que no início, a principal utilização do mercado era
para viabilizar a entrega da mercadoria, sendo que hoje, menos de 2 % dos negócios são
concretizados com a entrega física da mercadoria.
d) Mercado de Opção
Em que se negociam contratos de opções. Nesses mercados paga-se certo valor para
se ter o direito, mas não a obrigação, de se escolher determinado curso de ação no mercado
(comprar um produto a um preço predeterminado, por exemplo ).
e) Mercado de Swap
Negocia-se a troca de rentabilidade entre dois bens (mercadorias ou ativos
financeiros). Pode-se definir o contrato de swap como um acordo entre duas partes, que
estabelecem a troca de fluxo de caixa tendo como base a comparação da rentabilidade
entre dois bens.

3. ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO

3.1. Venda na época da colheita


• produto agrícola: produção sazonal > preço sazonal
• normalmente: preço de safra < preço de entressafra;
• dificuldades: fatores que tem levado produtor ä optar por esta estratégia.
- falta de capacidade de estocagem (=própria ou regional );
- altas taxas de juros;
- falta de recursos (=próprios ou de terceiros), para financiar estocagem.

115
116
3.2. Estocagem para especulação
• vender agora ou no futuro ?
Resposta: desde que os aumentos de preços até a época de venda sejam pelo menos
suficientes para cobrir os custos de estocagem, adicionados dos juros implícitos sobre o
capital investido em estoque, de forma a obter ganhos complementares naquele período.

n
VF = VP * ( 1 + i ) + CA

Onde: VF = preço futuro VP = preço presente


n = período CA = custo de armazenagem
i = taxa de juros

exemplo. Qual o preço que viabiliza a estocagem para venda futura ?

preço atual do milho ( 01/04/98 ) = r$ 6,00 / sc


preço esperado do milho ( 01/11/98 ) = ?
período = 7 meses
custo de armazenagem = r$ 0,08 sc / mês
taxa de juros = 3 % a.m.
n
Vf = Vp * ( 1 + i ) + CA
7
VF = 6,0 * ( 1 + 0,03 ) + 0,56

VF = R$ 7,94

3.3. Preço a fixar


• Uma das principais alternativas de comercialização utilizada atualmente.

• O produtor deposita sua produção em um armazém de sua confiança de sua confiança


mas não efetua a venda imediatamente, tendo o privilégio de fixar o preço mais tarde ä
hora que desejar;

• Venda parcelada, conseguindo um preço médio de venda maior.

3.4. Preço autorizado


• Opção de vendas = pacotes.

3.5. Estocagem com recursos de crédito rural


• AGF: Aquisição do Governo Federal

• EGF: Empréstimo do Governo Federal


Modalidades: - COV = Com Opção de Venda (= EXTINTO )
- SOB = Sem Opção de Venda
• Preço Mínimo

116
117
3.6. Vendas em comum
• praticado na integração: leite, fumo, frango, suínos e mercados de laranja, cana-de-açucar.
• atua com preços médios: dedução de custos e margens.

3.7. Vendas antecipadas


• Compromisso por escrito: o comprador especifíca uma determinada quantidade de
produto que será entregue num local (=armazém) e período pré-fixado.
• Sistema de troca x troca;
• CPR : pode ou não ser negociável em bolsa; título
negociável, necessita a entrega física “ não aceita
a amortização financeira”;
• Garantia para o comprador “ indústria “;

3.8. Mercado de Termo


Uma forma comum é o produtor acertar um preço e efetuar a venda antes mesmo de
dispor do produto. Esse tipo de contrato é normalmente referido como a termo e pode ou não
envolver adiantamento de recursos por conta da venda antecipada da produção. O ponto
fundamental é que deverá haver a entrega (e o recebimento ) do produto ao preço combinado.
Como exemplo de contrato a termo, pode-se citar uma situação em que um trading ¹
fecha um contrato e vai precisar de 117.000 sacas de soja em 93 dias para exportar.
Caso se decida por um contrato a termo, a empresa consulta o mercado de futuros para agosto
e desconta para o valor presente a cotação do produto naquela data.
Neste mesmo momento, uma cooperativa situada em Campo Grande estava precisando de
recursos e resolveu vender antecipadamente a mesma quantia de sacas de soja. Por intermédio
de seus corretores, ambos fecham num preço de entrega de R$ 10,63 / por saca de 60 kg, com
a exportadora adiantando 41,5 % do valor do negócio em moeda atual.
O contrato a termo resolve o problema básico de achar um comprador para um vendedor e
vice-versa, mas não resolve o problema de variações imprevisíveis nos preços, causadas por
quebra de safras, armazenagem inadequada ou fatores econômicos adversos. Além disso, os
contratos são muito particulares e seus termos podem não satisfazer a terceiros em caso de
transferência de titularidade, apresentam mais riscos e por esta razão, tendem a ser mais
onerosos do que os contratos futuros.

117
118
3.9. Mercados Futuros

3.9.1. Definição
• Mercado organizado " bolsas " ;
• Negociadas em quantidades e especificações padronizadas para entrega numa data futura.
• Contratos / Padronização: quantidade; qualidade; local de entrega e meses de entrega.
• Negociação pública: todos os interessados tem acesso aos termos do contrato;
• Demandas e ofertas futuras;
• O participante pode sair do negócio sem a entrega física (final) do produto, basta realizar a
operação inversa ä inicial.
3.9.2. Vantagens:
• fixa preço antes de plantar;
• garantia de lucratividade;
• maior suporte de estocagem;
• deixa de pressionar inflação;
• garantia de abastecimento;
• baixa custo de produção
• cria competitividade e mais recursos para agricultura.

3.9.3. Operação: “ HEADING “

- As operações de hedge, nos mercados derivativos, visam não a especulação, mas sim a
redução de riscos diante de variações de preços;
- As operações de compra são feitas para evitar prejuízos decorrentes de elevações nos
preços, enquanto as operações de venda objetivam evitar prejuízos decorrentes de
quedas de preços.
- Os usuários desse tipo de operação são: produtores agrícolas; exportadores; interme-
diários; cooperativas.

# EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO DE OPERAÇÕES:

DATA MERCADO FÍSICO MERCADO FUTURO

07/02 Compra : R$ 12,00 Vende : R$ 16,00 (maio/98)


07/04 Vende : R$ 10,50 Compra : R$ 15,00

RESULTADO - 1,5 + 1
HEDGING - 0,5

118
119
3.10. Mercado por Opção

O mercado de opções funciona como um seguro de preços para o produtor. Nele, o


lançador disponibiliza contratos de opção – de venda ou de compra – para o
produtor/cooperativa (chamados compradores ou titulares). Desta forma, o lançador, mediante
o recebimento de um prêmio, concede ao comprador da opção o direito de comprar ou vender
o produto a um preço previamente fixado, chamado preço de exercício, até a data de
vencimento do contrato. O governo “ oferta “ em leilões públicos e o custo de vender, chama-
se “ prêmio 3 “.

¹ trading,: Empresas de comércio exterior, especializadas em importação e exportação de mercadorias.


3
O prêmio é o valor da opção que é negociado entre as partes no pregão de viva voz, sistema eletrônico ou em
mercado de balcão. É o valor pago pelo titular para ter o direito e o valor recebido pelo vendedor. este terá,
portanto uma obrigação com o titular

119
120
CAPÍTULO 4. Recursos Humanos

4 Recursos Humanos

120
121
Cumprimento da Legislação Trabalhista
I - Requisitos Trabalhistas

Definição:

O produtor rural que trabalha com empregados


obriga-se atender à legislação trabalhista do país, para garantir os direitos
trabalhistas dos trabalhadores.

Quem está obrigado a cumprir estes requisitos:

Todo proprietário rural que trabalhe com empregados.

Penas:

• multa administrativa.

Procedimentos do produtor:

• celebrar o Contrato de Trabalho;


• anotar a Carteira de Trabalho e Previdência Social;
• manter um Livro de Registro de Empregados;
• manter um Livro de Inspeção do Trabalho;
• enviar sempre que demitir ou admitir empregados o Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados - CAGED;
• cadastrar o empregado no PIS/PASEP;
• fazer a Relação Anual de Informações Sociais – RAIS (ANUAL);
• respeitar a jornada de trabalho;
• manter a Folha de Pagamento;
• pagar 13º salário;
• conceder férias;
• recolher o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS;
• recolher o INSS;
• manter os locais de trabalho e de vivência asseados e protegidos
contra intempéries;
• atentar para quesitos de segurança no trabalho para evitar
acidentes, fornecendo os equipamentos necessários para proteção
individual e coletiva;
• atender o estabelecido em convenção coletiva de trabalho firmada;
• não praticar, em hipótese alguma, delitos como trabalho forçado
e/ou degradante – trabalho escravo ou análogo.

121
122
CAPÍTULO 5. Planejamento Estratégico

5 Planejamento Estratégico

122
123

1. COMO GERIR A PROPRIEDADE ESTRATEGICAMENTE

A Gestão da propriedade rural é realizada por meio de um conjunto de funções, que são
aplicadas dia-a-dia no desenvolvimento das atividades existentes.
Essas funções formam a base da administração e são:
• Planejamento
• Organização
• Direção
• Controle

1.1. PLANEJAMENTO

1.1.1. Planejamento estratégico

Planejar é procurar elaborar antes as ações do futuro. Com o planejamento, o produtor


tem os seus objetivos mais claros e pode coordenar melhor os esforços para atingir esses
objetivos. Para que um objetivo seja atingido, planeja-lo estrategicamente é fundamental. Por
meio de um Planejamento cuidadoso é possível analisar as necessidades que deverão ser
satisfeitas, as dificuldades que surgirão durante o percurso e os resultados que efetivamente
serão atingidos. Traçamos a melhor rota com os recursos disponíveis para atingirmos o
objetivo proposto. Mais que isso, verificamos se há vantagens reais na mudança ou
implementação de novos processos. Grande parte das iniciativas empreendedoras não é bem-
sucedida por falta de autoconhecimento. Pequenas e médias empresas precisam se organizar,
conhecer os seus próprios números, custos, receitas e despesas, além de saber como estes
serão distribuídos; qual o seu ranking de clientes, entre outras informações para depois pensar
em alçar vôo em novos mercados ou produtos. Aqui não existe mágica, apenas estudos e
pesquisas. No planejamento estratégico devemos observar o tempo de maturação de cada fase,

123
124
ou seja, quanto tempo é necessário para sua execução. Cada etapa deve estar estruturada
de forma a se encaixar uma na outra como em uma linha de montagem. A cronologia é
necessária a fim de não desperdiçarmos tempo e recursos.
Parece complicado, mas não é. Um planejamento pode viabilizar, ou não, um projeto. Se
malfeito, a aplicação de recursos financeiros fora do tempo, como treinamentos fora do
tempo, como treinamentos e compra de equipamentos, poderá imobilizar recursos que seriam
necessárias em etapas futuras. Tornando penosa a gestão do projeto que termina, às vezes,
inviabilizado, comprometendo a sobrevivência da própria empresa. Por isso, é necessário
responder a algumas perguntas ao realizar o seu planejamento:

1. Qual o Objetivo que queremos alcançar?


2. Em quanto tempo desejamos alcança-lo ?
3. Quantos recursos financeiros temos disponíveis para investir nesse projeto, por mês,
ano ou período ?

1.1.2. Planejamento Tático


Uma parcela significativa do processo se refere à parte técnica, onde são
necessário conhecimentos do segmento mercadológico da empresa, conhecimento dos
recursos técnicos e humanos disponíveis. Conforme o objetivo, poderá ser necessário o
levantamento das necessidades para a implantação do projeto, estudo de alternativas e quanto
isso custará. O tempo poderá ser prorrogado se os recursos financeiros não forem suficientes
para a sua execução no período solicitado pela diretoria. Nesse caso, o corpo gerencial deverá
oferecer um leque de opções e negocia-las com a cúpula da empresa.
O gestor do processo deverá cobrar informações periodicamente,
acompanhando o desenvolvimento do projeto e avaliando o cenário a cada nova informação.
Sua principal atividade é a de garantir a execução do projeto como previsto, criando
alternativas para cada dificuldade apresentada.

1. Que recursos serão necessários?


a. Técnico;
b. Humanos / Conhecimento;
c. Materiais
2. Avaliar se há necessidade de treinamento de pessoal interno?
3. Avaliar se há necessidade de contratação de pessoal especializado ou consultoria.
4. Avaliar a necessidade de ampliação da infra-estrutura instalada.
5. Quanto tempo será preciso para adquirir os itens necessários ?

124
125
6. Quanto custará cada um ?
7. Qual a seqüência em que deverão ser implementados (cronograma) ?
8. Os recursos financeiros disponíveis são suficientes para a implantação das
etapas, dados o volume de investimento e a periodicidade do projeto? Se não,
negociar com a cúpula mais investimento ou a prorrogação do tempo destinado à
implantação do projeto ?
9. Planejar com quem ficará cada etapa.
10. Quem será o responsável pela gestão do cronograma, verificando se cada etapa
está sendo cumprida e se será realizada no tempo previsto.
11. Plano “ B “. Criação de alternativas caso haja falha de fornecedores,
colaboradores e outros recursos, evitando a parada e atraso do processo.
12. Os responsáveis foram suficientemente instruídos e preparados ?

1.1.3 Execução
Aqui, a disciplina e a comunicação são as coisa mais importante. Disciplina
para cumprir prazos, evitando falta de sincronismo com as outras etapas e a geração de custos
não previstos; comunicação eficaz sobre o que está sendo executado para que o gestor do
processo possa avaliar o progresso de cada etapa observando se há ou não necessidade de
intervenção ou da execução do “ Plano B “.

1. Recebemos o planejamento do processo ?


2. O nosso pessoal compreendeu sua participação e importância no projeto ?
3. Todos acreditam na possibilidade de execução no tempo previsto ?
4. Todos estão capacitados a realizar suas tarefas ?
5. Todos sabem a quem recorrer em caso de imprevistos ?

125
126
1.1.4. Etapas do Planejamento

P LANEJAMENTO

Reconhecimento da situação atual = Diagnóstico

Definição da situação ideal desejada = Futuro

Identificação do que falta para chegar lá = problema

Levantamento de soluções possíveis = Melhor

Organização dos recursos e serviços = programação

Direção = Prática e exercício da programação

Controle= Acompanhamento

Avaliação dos resultados

126
127
1.1.5. Etapas do Planejamento no Setor Rural – Adaptação prática

ETAPAS FINALIDADE E PASSOS

LEVANTAMENTO 1* PASSO
DA . APROFUNDAR O CONHECIMENTO DA PROPRIE-
PROPRIEDADE DADE PARA SERVIR DE REFERÊNCIA DE ANÁLISE.

2* PASSO
DIAGNÓSTICO DO . IDENTIFICAR OS PROBLEMAS (dentro da propried.)
SISTEMA DE PRO- . IDENTIFICAR AS POTENCIALIDADES;
DUÇÃO DA PRO- . IDENTIFICAR AS RESTRIÇÕES;
PRIEDADE . ANALISAR TÉCNICA/ECONOMICAMTE O SISTEMA

3* PASSO
. IDENTIFICAR AS PRINCIPAIS CADEIAS PRODU-
DIAGNÓSTICO TIVAS QUE O SISTEMA PARTICIPA;
DA CADEIA . IDENTIFICAR OS PROBLEMAS DE COMPRA;
PRODUTIVA ARMAZENAGEM, TRANSPORTE, ETC.
. IDENTIFICAR PROBLEMAS NO PROCESSAMEN-
DA PRODUÇÃO;
. IDENTIFICAR PROBLEMAS NA ORGANIZAÇÃO
DOS PRODUTORES;
. ANALISAR O MERCADO DOS PRODUTOS AGRÍ-
COLAS DO SISTEMA.

PLANEJAMENTO 4* PASSO
. SELECIONAR PRIORIDADES;
. ESTABELECER OBJETIVOS - O que fazer ?

5* PASSO
ORGANIZAÇÃO . APLICAR 5 S;
. ORGANIZAR AÇÕES: Como fazer ? (estratégia )
Quem faz ? (responsável) - Quando faz ? (época) -
Onde faz ? (propriedade, etc. )

6* PASSO
DIREÇÃO . PRÁTICA E EXERCÍCIO DA PROGRAMAÇÃO;
E . IMPLANTAR UNIDADE DEMONSTRATIVAS /
EXECUÇÃO ANÁLISE DE DESEMPENHO

7* PASSO
CONTROLE . ACOMPANHAR OS MEIOS E METAS;
. REGISTRAR AS AÇÕES EXECUTADAS.

8* PASSO
AVALIAÇÃO . AVALIAR OS RESULTADOS FRENTE AOS
OBJETIVOS; MENSURAR OS EFEITOS DA AÇÃO.

127
128
1.2. Organização

Organização física: É uma função voltada a organizar as máquinas, os equipamentos, as


benfeitorias e o uso da terra.
Organização pessoal: É uma função voltada a organizar o uso da mão-de-obra. (contratada e
familiar ).
Organização contábil: É uma função voltada a organizar os registros (fiscais e gerenciais ) da
propriedade.

1.3. Direção
Está relacionada a liderança exercida pelo produtor (ou gerente), as formas de comunicação
utilizadas na propriedade e a motivação dos trabalhadores.

1.4. Controle
O controle compreende o registro de informações Técnicas e, ou gerenciais das principais
atividades a fim de verificar se as ações planejadas foram executadas. Tem como objetivo
monitorar o desempenho e o resultado das atividades desenvolvidas pela empresa, e a
avaliação dos resultados obtido comparando com o que foi planejado. Ela é fundamental para
auxiliar no desempenho de cada ação por meio de correções em tempo oportuno. A maior ou
menor complexidade dos sistema de registros agrícolas a serem implantados na propriedade
rural depende fundamentalmente do interesse do produtor nos seus resultados.
Sugestões de Fichas apresentadas no inventário:
1. Inventário das terras; 2. Inventário das benfeitorias e melhoramentos; 3. Inventários de
máquinas, equipamentos, veículos; 4. Inventário dos animais de produção e de trabalho; 5.
Inventário do estoque (insumos, produtos, culturas. ); 6. Inventário das finanças; 7. Controle
mensal de mão-de-obra fixa e temporária; 8. Controle mensal do uso de máquinas e de
equipamentos (uso próprio = despesas ); 9. Controle mensal do uso de máquinas e de
equipamentos (prestação de serviços = receitas ); 10. Controle anual da produção, consumo e
comercialização na propriedade; 11. Controle anual dos reparos (manutenção ) nas máquinas
e nos equipamentos; 12. Controle mensal de despesas gerais na propriedade; 13. Fluxo anual
de caixa; 14. Fluxo de caixa por atividade; 15. Planilha de cálculo de custos fixos da empresa
rural.

128
129
1.5. Resumo do Processo Produtiva - PDCA

1. PLANEJAMENTO

1.1. ESTRATÉGICO : O que fazer; Qual tamanho/Volume; Quanto produzir; Como


comercializar.

1.2. OPERACIONAL : Como fazer ? Com quais/ Recursos ? Quando ? Com quem ?.

2. ORGANIZAÇÃO: Administração dos Recursos Produtivos; Financeiros; Comerciais e


Humanos (= Definições de funções; Controle e Tecnologia ).

3. DIREÇÃO : Execução das Operações programada, ao alcance dos Objetivos


estabelecidos através da Comunicação e Liderança.

4. CONTROLE: Medir e Corrigir o desempenho das atividades para assegurar-se de que


os objetivos e planos poderão ser cumpridos.

PDCA

O PDCA é um MÉTODO para a GERÊNCIA DE PROCESSOS. É mais que um CÍRCULO:


é um CÍCLO !

* CICLO – “ Período, ao fim do qual se devem repetir, na mesma ordem, os fatos


observador. “ – Dicionário: Aurélio ).
O “ embrião” do PDCA nasceu com Taylor (1900). Na forma em que hoje é conhecido, foi
idealizado por SHEWHART ( 1930 ) e aperfeiçoado por DEMING, que o utilizou pela
primeira vez no Japão, onde esteve conduzindo um Week Seminar, patrocinado pela JUSE –
Japan Union of Scientists and Engineers, em 1950 (fase de reconstrução do país ).
SIGNIFICADO das letra P D C A:]
P de PLAN = Planejar Elaborar um plano
D de DO = Executar Executar como previsto em P
C de CHECK = Verificar Verificar se o executado está de acordo com o planejado
A de ACT = Atuar Atuar nos desvios detectados “ Corrigir “.

129
130
2. ANÁLISE SWOT

Este estudo tem caráter muito estratégico para a empresa, pois pode definir questões

prioritárias para o bom funcionamento da empresa, melhorando ou amenizando aspectos ruins

e aproveitar aspectos favoráveis à empresa.

Conforme COSTA (2003, p. 112), “está análise deriva da técnica conhecida como SWOT (de
strengths, weaknesses, opportunities e threats, ou PFOA (respectivamente, potencialidades ou
pontos fortes, fragilidades ou pontos fracos, oportunidades e ameaças).”
“As oportunidades podem ser classificadas de acordo com a atratividade e a probabilidade de
sucesso.”
Ameaças, “é um desafio decorrente de uma tendência ou desenvolvimento desfavorável que
levaria, na ausência de ação defensiva de marketing, a deterioração das vendas ou lucro.”
Pontos fortes segundo COSTA (2003, p. 111,112) “são aquelas características positivas de
destaque, na instituição, que a favorecem no cumprimento do seu propósito”. Já os pontos fracos,
“são características negativas, na instituição, que a prejudicam no cumprimento do seu propósito.”

Análise interna (= exemplo de avaliação: Instalação de uma Unidade Armazenadora ):

 Pontos Fortes:
 Maior rentabilidade para o associado na comercialização;
 Agilidade na colheita, pelo fato do armazem ficar próximo das
propriedades;
 Qualidade do produto;
 Comercialização em escala;
 Assessoria administrativa por profissional da área, melhorando os
processos internos e externos.
 Pontos fracos:
 Cultura individualista que dificulta o consenso da sociedade,
atrapalhando tomadas de decisão;
 Falta de conhecimento no processo de armazenagem;
 Pragas que podem prejudicar a qualidade dos grãos nos armazéns;
 Baixa qualidade dos produtos entregue pelos associados (Trigo sem
qualidade de comercialização);

130
131
Análise externa (=exemplo de avaliação: Instalação de uma Unidade Armazenadora )

 Oportunidades:
 Poder de barganha de comercialização;
 Oportunidade de conhecimento, pois o administrador estará sempre
buscando as informações e as disponibilizando aos associados;
 Comercialização direta com consumidor final, atingindo maiores
cotações; e
 Possibilidade de gerenciamento da produção e comercialização da
produção.

 Ameaças:
 Excesso de oferta dificultando a comercialização e diminuindo a
cotação do grão;
 Problemas com epidemias com doenças (Influenza Aviária), que
afetaria o fluxo ou demando do produto;
 Políticas econômicas (Câmbio) não compatíveis com a realidade do
agronegócio;
 Ausências de recursos para o setor ou taxas altas de juros
proporcionando dificuldades de financiamento;

131
132
2.1. CHECK LIST

PROPRIEDADE :

ÁREA DE PRODUÇÃO FORTE FRACO PONTOS


TERRA: Fertilidade, Correção, Manejo, Rotação, ...
ANÁLISE DE SOLO: Uso de Fertilizantes, ...
ÍNDICES DE EFICIÊNCIA: Produtividade, Qualidade, ...
INSTALAÇÕES: Estado, Dimensionamento, Arranjo, ...
MÁQUINAS/EQUIP: Dimensionamento, Manutenção, ...
CONTROLES: Inventário, Registros, ...
INSUMOS: Aquisições, Estoques, Armazenagem, ...
PECUÁRIA: Plantel, Manejo, Alimentação, ...
CUSTOS DE PRODUÇÃO: Operacional, Total, ...

ÁREA DE FINANÇAS FORTE FRACO PONTOS


CONTROLE CONTÁBIL: Notas Fiscais, Guias, ...
CONTROLE FINANCEIRO: Registros, Livro Caixa, ...
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS: Viabilidade, ...
CAPITAL DE GIRO: Crédito, Financiamentos, ...

ÁREA DE COMERCIALIZAÇÃO FORTE FRACO PONTOS


Estratégias de Comercialização: Compra e Venda, ...
Conhecimento de Mercado: Informações, Futuro, ...
Processamento e Transformação
Padronização e Embalagem
Transporte e Armazenagem

ÁREA DE RECURSOS HUMANOS FORTE FRACO PONTOS


GERENCIA: Liderança, Motivação, Comunicação, ...
CAPACITAÇÃO: Treinamento da Mão-de-obra, ...
SEGURANÇA: Prevenção de Acidentes, Uso de EPI, ...
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA: Contratos, ...
QUALIDADE TOTAL: Descarte, Organização, Limpeza, ...

A) TOTAL DE PONTOS DA EMPRESA =

B) NUMERO DE ITENS AVALIADOS ( )x4 =

AVALIAÇÃO:

0 = PÉSSIMO 1 = RUIM 2 = REGULAR 3 = BOM 4 = EXCELENTE

ANÁLISE: Resultados em % = (Item A x 100) ÷ (Item B) =


00 a 30 % - SOFRÍVEL 50 a 60 % - REGULAR
31 a 49 % - RUIM 61 a 80 % - BOM 81 A 100 % - EXCELENTE

132
133
2.3. Estabelecimento da estratégia competitiva do negócio

Segundo KOTLER e KELLER (2006 p. 54), “estratégia é um plano de ação para


chegar lá. Para atingir suas metas, todos os negócios devem preparar estratégias, as quais
consistem em uma estratégia de marketing, uma estratégia de tecnologia e uma estratégia de
busca de recursos compatíveis”.
Para CHURCHILL e PETER (2003 p. 48) vantagem competitiva é “a capacidade de
ter um desempenho melhor que o dos concorrentes na oferta de algo que o mercado valorize”.
DIAS (2003 p. 103 e 104) ainda salienta:
“A diferenciação poderá ser alcançada de cinco maneiras, a saber:
- Diferenciação por preços: vantagem competitiva em custos e não pode ser imitada pela concorrência;
- Diferenciação por atributos e benefícios do produto: a empresa deve manter sua diferenciação por
meio de melhorias em seus atributos, como novas versões de produto, novas embalagens;
- diferenciação por serviços agregados: entrega a domicilio, treinamento, assistência técnica, serviço de
estacionamento, troca ou conserto de produtos;
- Diferenciação por canal de distribuição: quando os produtos são distribuídos por meio de canais
exclusivos;
- Diferenciação por imagem: criar na mente do público uma imagem diferenciada e valorizada para a
marca”.

2.3.1. Análise das variáveis internas da empresa rural – Plano de Ação para mudanças

I. No tópico mais significativo e com nota baixa, qual a situação ideal


para sua empresa? Quem deveria estar conhecendo e pondo em
prática esse conhecimento ?
Determine em anexo : ........................................................................
.................................................................................................................
.................................................................................................................
.................................................................................................................

II. Quais são as ações que irá implementar para corrigir esta área ?
Determine em anexo : .......................................................................
.................................................................................................................
.................................................................................................................

133
134
2.4. Consultoria

ADMINISTRAÇÃO RURAL
DIAGNÓSTICO TÉCNICO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO

CONSULTOR ................................................................................

1. QUAIS OS PROBLEMAS DO SISTEMA DE PRODUÇÃO DA PROPRIEDADE


QUANTO A : INFRAESTRUTURA, RECURSOS NATURAIS, PRODUÇÃO VEGE-
TAL, PRODUÇÃO ANIMAL, MÃO-DE-OBRA, APROVEITAMENTO DOS
FATORES DE PRODUÇÃO DISPONÍVEIS E FLUXO DE RECEITAS MÊS A MÊS ?

2. QUAIS OS PROBLEMAS OBSERVADOS FORA DA PORTEIRA (CADEIA PRO-


DUTIVA )? PROBLEMAS DE COMPRAS, VENDAS, TRANSPORTE, COMERCIA-
LIZAÇÃO, ARMAZENAGEM, ETC.

3. QUAIS AS ATIVIDADES QUE O AGRICULTOR IRÁ EXECUTAR INDIVIDUAL


MENTE COM SUA FAMÍLIA E EM COOPERAÇÃO OU EM GRUPO ?

4. QUAIS AS RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS EM FUNÇÃO DOS PROBLEMAS


OBSERVADOS ?

134
135
2. PLANO ESTRATÉGICO

3.1. Estudo de Caso – Empresa Exemplo

1. IDENTIFICAÇÃO: Fazenda Paraná Proprietário: José da Silva


2. DIAGNÓSTICO

2.1. OBJETIVO :
PRODUÇÃO DE 1.500 litros DE LEITE / DIA NUM PRAZO DE 5 ANOS
(= ano 2000/2005)

2.2. DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITOS

INSUMOS MÁQUINAS MEDIDAS


Exames -
genética - Ordenhadeira - Fichas -
Pastagem - Resfriador - Itens de Controle -
Silagem - Semeadora - Metas -
Alimentação - Custos -
BAIXA
PRODUTIVIDADE
LEITEIRA
Solo / Silagem - Especialização Planejamento -
Análise Solo - Motivação - Informações -
Resíduos - Salário - Procedimento -
Baixa produtividade Estudo de Mercado -
MEIO AMBIENTE Mão de Obra MÉTODOS

2.2.. PLANO DE AÇÃO (= O que fazer ? Quem ? Quando ? ) * MetaS : Cenários


Otimista, Normal e Pessimista

ITENS O QUE FAZER ? QUEM ? QUANDO ?

Fichas e Anotações: Inventário; Indicadores de Rodrigo 18/07/00


eficiência

Aquisição de 01 Resfriador, capacidade de 3.500 Luiz 15/05/02


litros

Treinamento e Capacitação: Cursos de Ordenhadeira Maria 18/07/00

Custos de Produção da Atividade de Leite Rodrigo 18/08/00

Análise de Solo / Talhões Luiz 20/07/00

Exames semestrais para Brucelose, tuberculose e Rodrigo 18/07/00


mastite

135
136
3.2. Estudo de Caso – Empresa Estudo

1. IDENTIFICAÇÃO:
2. DIAGNÓSTICO

2.2. OBJETIVO :

2.2. DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITOS

INSUMOS MÁQUINAS MEDIDAS

MEIO AMBIENTE Mão de Obra MÉTODOS

2.2.. PLANO DE AÇÃO (= O que fazer ? Quem ? Quando ? ) * MetaS : Cenários


Otimista, Normal e Pessimista

ITENS O QUE FAZER ? QUEM ? QUANDO ?

136
137

6. Bibliografia

137
138
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR, R. D. PINHO, J.B. O Agronegócio Brasileiro: Desafios e Perspectivas. Poços


de Caldas: XXXVI Congresso da SOBER, 1998,

BRAGA, R. Fundamentos e técnicas de administração financeira. 1. ed. São Paulo: Atlas,


1989.

CHURCHILL, JR.; GILBERT, A.; PETER, J. P. Marketing: Criando valor para clientes.
2.ed. São Paulo: Saraiva. 2003.

COSTA, E. A. da. Gestão Estratégica. São Paulo: Saraiva, 2003.


CUSTOS DE PRODUÇÃO AGRICOLA – CONAB. Disponível em:
< http://www.agricultura.gov.br/conab > Acesso em : 20 maio. 2005.

CUSTOS DE PRODUÇÃO AGRICOLA – SEAB / DERAL. Disponível em:


< http://www.pr.gov.br/seab > Acesso em : 15 janeiro. 2008.

DIAS, S. R. Gestão de Marketing. São Paulo: Saraiva, 2003.


DOSSA, D.; DUIMARÃES, F.; CANZIANI, F.R. Administração rural: Manual do
Instrutor. Curitiba: SENAR, 1995. p. 220.

DUTRA, J. S. Gestão de pessoas: Modelo, processos, tendências e perspectivas. 1. ed. São


Paulo: Atlas, 2002.

DRUCKER, P. F. O melhor de Peter Drucker: o homem. São Paulo: Nobel,


2001
FILHO, N. C.; KOPIHKE, B. H. Análise de investimentos. 8.ed. São Paulo: Atlas, 1998.
p.458.

GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 7 ed. São Paulo: Harbra, 2002.


KASSAI, J. R; CASANOVA, S. P; SANTOS, A; NETO, A. A. Retorno de investimento.
Abordagem matemática e contábil do lucro empresarial. São Paulo: Atlas, 2005.

KOTLER, P. Administração de marketing. Tradução de: Ailton Bomfim Brandão. 3. ed.


São Paulo: Atlas, 1993.

MARQUES, P. V.; MELLO, P.C.de. Mercados futuros de commodities agropecuárias.


São Paulo: Bolsa de Mercadorias & Futuros, 1999. p. 208

MARQUES, P. V. & P. C. MELLO. Mercados futuros de commodities agropecuárias


( exemplos e aplicações aos mercados brasileiros). Piracicaba, Série Didática no. 114, 1996

MATARAZZO, D. C. Analise financeira de balanços. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003

OCEPAR. Sistema de Acompanhamento de propriedades – SAP 2.0. Manual Técnico de


Operação. Curitiba: Senar, 1998. p. 64

RODRIGUES, R. Prefácio. In: RAÍCES, C. Guia Econômico – Valor de Agronegócios. São


Paulo: Globo, 2003. p 1

138
139

SANTOS, G. J. dos; Marion, J.C.; SEGATTI, S. Administração de Custos na Agrope-


cuária. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002. p. 165

SEBRAE. Orientação para o crédito – Empreendedores rurais. Curitiba: Sebrae, 2000.


p.47

SENAR. Tabalhador na Administração Rural – Custos. Curitiba: SENAR- PR, 2000. p. 72

THOMPSON, A. A. Planejamento estratégico – elaboração, implementação e execução.


Tradução de: Francisco Roque Monteiro Leite. São Paulo: Pioneira, 2004.

WEYDMANN, C. L. Comercialização e Marketing Rurais e Agroindustriais. Floriano-


polis: UFSC, 1999. p. 7-115

Mensagem

“ O SEGREDO DO SUCESSO NÃO É PREVER O FUTURO, MAS


CRIAR UMA ORGANIZAÇÃO QUE PROSPERARÁ EM UM FUTURO
QUE NÃO PODERÁ SER PREVISTO “
Michael Hammer ( = Pai da Reengenharia )

Remetente: V. A . Z . EVENTOS S/C


A/C Vanderley de Oliveira
Rua General Rondon, 2416 – Jardim La Salle
85902-090 - Toledo – PR

FONE ( 0 xx 45 3054 – 5805 e 3269 – 1205 ) Celular: 45 9911 – 0013


vanderley_olivei@uol.com.br

139
140

APÊNDICE 1. Indicadores Técnicos: Produtividade e Desempenho

1 . Indicadores Técnicos

140
141
APÊNDICE 1. 1.1. GERENCIAMENTO TÉCNICO DA AGRICULTURA -
INDICADORES DE PRODUTIVIDADE DA AGRICULTURA DO OESTE
PARANAENSE ( SAFRA 2001 / 2002 ).

Rendimento por hectare


ÍNDICES
Unidade Menor Médio Maior Empresa
SOJA Kg 2.704 3.150 4.200
MILHO NORMAL Kg 3.352 7.000 11.434
MILHO SAFRINHA Kg 2.400 3.000 7.400
TRIGO Kg 1.882 2.216 3.000
ALGODÃO Kg 2.983 2.250 2.475
CAFÉ Kg 773 1.800
ARROZ SEQUEIRO Kg 3.243 2.100
ARROZ IRRIGADO Kg # 4.400
GIRASSOL Kg # 1.250
SORGO Kg 1.857 4.000
CANA ( 4 CORTES MÉDIA ) Ton 67,51 80
CANA ( ANO/MEIO: 1ºCORTE ) Ton # 150
FEIJÃO ( ÁGUAS ) Kg 705 1.800
FEIJÃO ( SECA ) Kg # 1.500
FEIJÃO ( IRRIGADO ) Kg # 2.400
LARANJA ( CX de 40,8 Kg ) Cx # 600
FUMO Kg 1.871 # 3.000
* Índices: Menor; Médio e Maior = Maior atingido/região

INDICADORES DE PRODUTIVIDADE DA AGRICULTURA NACIONAL;


PARANAENSE ; REGIONAL E EMPRESA – SAFRA 2004/2005

Rendimento por hectare


ÍNDICES
Unidade Nacional Paraná Região Empresa
SOJA Kg 2.820 3.000
MILHO NORMAL Kg
MILHO SAFRINHA Kg
TRIGO Kg

PRODUÇÃO DE SOJA NOS EUA, BRASIL, ARGENTINA E PARANÁ (*)


PAÍS PRODUÇÃO PRODUTIVIDADE Participação na
(mil t ) (kg/ha ) produção mundial %
EUA 84.000 2.540 36,7
BRASIL 66.000 2.820 29,6
ARGENTINA 39.000 2.620 17,5
PARANÁ 12.300 3.000 -----
Fonte: USDA, Conab e Seab PR – Estimativa para a safra 2004/2005

141
142
1.2. INDICADORES DE PRODUTIVIDADE DA AGRICULTURA – ÚLTIMA
SAFRA AGRÍCOLA DO MUNICÍPIO EM ESTUDO

Rendimento por hectare


ÍNDICES
Unidade Menor Médio Maior Empresa
SOJA Kg
MILHO NORMAL Kg
MILHO SAFRINHA Kg
TRIGO Kg
ALGODÃO Kg
CAFÉ Kg
ARROZ SEQUEIRO Kg
ARROZ IRRIGADO Kg
GIRASSOL Kg
SORGO Kg
CANA ( 4 CORTES MÉDIA ) Ton
CANA ( ANO/MEIO: 1ºCORTE ) Ton
FEIJÃO ( ÁGUAS ) Kg
FEIJÃO ( SECA ) Kg
FEIJÃO ( IRRIGADO ) Kg
LARANJA ( CX de 40,8 Kg ) Cx
FUMO Kg
* Índices: Menor; Médio e Maior = Maior atingido/região

INDICADORES DE PRODUTIVIDADE DA AGRICULTURA NACIONAL;


PARANAENSE ; REGIONAL E EMPRESA – ÚLTIMA SAFRA

Rendimento por hectare


ÍNDICES
Unidade Nacional Paraná Região Empresa
SOJA Kg
MILHO NORMAL Kg
MILHO SAFRINHA Kg
TRIGO Kg

PRODUÇÃO DE SOJA NOS EUA, BRASIL, ARGENTINA E PARANÁ - ATUAL

PAÍS PRODUÇÃO PRODUTIVIDADE Participação na


(mil t ) (kg/ha ) produção mundial %

EUA
BRASIL
ARGENTINA
PARANÁ
Fonte: USDA, Conab e Seab PR – Estimativa para a safra

142
143
1.3. INDICADORES TÉCNICO-ECONÔMICO: BOVINOCULTURA DE
CORTE e LEITE – PROGRAMA DE DESEMPENHO PECUÁRIO (= FAEP / 2004 )

Objetivo: Excelência na produção de leite e carne paranaense

BOVINOCULTURA DE CORTE

Indicador Referência Atual Meta

TAXA DE NATALIDADE 55 % 75 %
MORTALIDADE NO 1 º CRIA 3a5% 2%
TAXA DE LOTAÇÃO DE PASTAGENS 1,4 U.A. 4 U.A
IDADE MÉDIA 1 º CRIA 48 meses 24 meses
INTERVALO ENTRE PARTOS 14,5 meses 12 meses
PRODUÇÃO DE CARNE 75 kg/ha/ano 200 Kg/ha/ano
IDADE DE ABATE 48 meses 24 a 15 meses
RENDIMENTO DE CARCAÇA 52 % › 54 %
PESO DE CARCAÇA 225 kg 250 kg
TAXA DE DESFRUTE 20 % 30 %

BOVINOCULTURA DE LEITE
Indicador Referência Atual Meta

VACAS LACTAÇÃO / VACAS TOTAL 60 % › 70 %


VACAS LACTAÇÃO / REBANHO 30 % › 50 %
IDADE MÉDIA 1 º CRIA 30 meses 24 meses
INTERVALO ENTRE PARTOS 15 meses 13
PRODUÇÃO MÉDIA / VACAS 1.600 LT/vaca/ano › 4.000 LT/ANO
CONTAGEM BACTERIANA ‹ 150 ml
CÉLULAS SOMÁTICAS 750.000 - de 300.000
TEOR DE PROTEÍNAS › 3,4 %
TEOR DE GORDURA › 3,9 %

Fonte: FAEP/SENAR – Boletim Informativo n º 780 de 10/10/2003

143
144
4. INCRA: Módulo Fiscal, Graus de Utilização da Terra – GUT e de Eficiência na
Exploração – GEE.

Diário Oficial - Nº224 - Seção 1, quarta-feira, 20 de novembro de 2002


INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 10, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2002

Estabelece diretrizes para fixação do Módulo Fiscal de cada Município de que trata o Decreto n.º 84.685, de 6 de
maio de 1980, bem como os procedimentos para cálculo dos Graus de Utilização da Terra - GUT e de Eficiência
na Exploração GEE, observadas as disposições constantes da Lei n.º 8.629, de 25 de fevereiro de 1993.
O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA, no uso das
atribuições que lhe confere o art. 18 do Decreto n° 3.509, de 14 de junho de 2000, e art. 22 do Regimento
Interno, aprovado pela Portaria/MDA/N° 164, de 14 de julho de 2000, resolve:

Do Módulo Fiscal
Art. 1.º O Módulo Fiscal expresso em hectares será fixado para cada município de conformidade com os fatores
constantes do art. 4.º do Decreto n.º 84.685, de 06 de maio de 1980.
§ 1.º Será considerado predominante o tipo de exploração especificado na alínea ¿a¿ do art. 4º do Decreto nº
84.685 de 6 de maio de 1980, que ocorrer no maior número de imóveis.
§ 2.º Para atender ao disposto nas alíneas ¿b¿, ¿c¿ e ¿d¿ do art. 4º do referido Decreto, será utilizado o módulo
médio por tipo de exploração constante da Tabela III - Dimensão do Módulo por Categoria e Tipo de
Exploração, da Instrução Especial INCRA n.º 5-A de 6 de junho de 1973, calculado para cada imóvel.
§ 3.º A fixação do Módulo Fiscal de cada município levará em conta, ainda, a existência de condições
geográficas específicas que limitem o uso permanente e racional da terra, em regiões com:
a) terras periodicamente alagáveis;
b) fortes limitações físicas ambientais; e
c) cobertura de vegetação natural de interesse para a preservação, conservação e proteção ambiental.
Art. 2.º O número de Módulos Fiscais do imóvel rural de que trata o art. 4.º da Lei n.º 8.629/93, será calculado
dividindo-se sua área total pelo módulo fiscal do município de sua localização, com precisão de centésimos.
Parágrafo Único - No caso de imóvel rural situado em mais de um município, o número de módulos fiscais será
calculado com base no Módulo Fiscal estabelecido para o município no qual estiver cadastrado, observados os
critérios inerentes ao procedimento cadastral.
Do Imóvel Rural
Art. 3.º Para efeito do disposto no art. 4º da Lei nº 8.629/93, considera-se:
I - Imóvel Rural - o prédio rústico de área contínua qualquer que seja a sua localização, que se destine ou possa
destinar à exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal, florestal ou agro-industrial;
II - Pequena Propriedade - o imóvel rural de área compreendida entre 1 (um) e 4 (quatro) Módulos Fiscais;
III - Média Propriedade - o imóvel rural de área superior a 4 (quatro) e até 15 (quinze) Módulos Fiscais;
IV - Grande Propriedade - o imóvel rural de área superior a 15 (quinze) Módulos Fiscais.
Da Produtividade
Art. 4.º Considera-se propriedade produtiva para fins do disposto no art. 6.º da Lei n.º 8.629/93, aquela que
explorada econômica e racionalmente, atinge, simultaneamente, Grau de Utilização da Terra - GUT igual ou
superior a 80% (oitenta por cento) e Grau de Eficiência na Exploração - GEE igual ou superior a 100% (cem por
cento).
Do Grau de Utilização da Terra
Art. 5.º O Grau de Utilização da Terra - GUT, de que trata o art. 6.º da referida lei será fixado mediante divisão
da área efetivamente utilizada pela área aproveitável do imóvel, multiplicando-se o resultado por cem para
obtenção do valor em percentuais.
§ 1.º Considera-se área efetivamente utilizada para fins do disposto no § 3.º do art. 6.º da Lei n.º 8.629/93:
I - as áreas plantadas com produtos vegetais;
II - as áreas de pastagens nativas e plantadas, observado o índice de lotação por zona de pecuária, constante da
Tabela n.º 5 em anexo;
III - as áreas de exploração extrativa vegetal ou florestal, observados os índices de rendimento constantes da
Tabela n.º 3 em anexo, respeitada a legislação ambiental;
IV - as áreas de exploração florestal nativa, observadas as condições estabelecidas no plano de exploração
devidamente aprovado pelo órgão federal competente; e

144
145
V - as áreas sob processo técnico de formação e ou recuperação de pastagens e de culturas permanentes,
tecnicamente conduzidas e devidamente comprovadas mediante apresentação da documentação pertinente e do
respectivo termo de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, desde que satisfeitas as seguintes condições:
a) no caso de processo técnico de formação de pastagens que as áreas tenham sido submetidas a tratos culturais
adequados, com o plantio ou semeadura de forrageiras;
b) no caso de processo técnico de formação de culturas permanentes que as áreas tenham sido submetidas a
tratos culturais adequados, com o plantio ou semeadura de culturas consideradas permanentes, ou seja, aquelas
com ciclo vegetativo superior a 12 (doze) meses;
c) no caso de processo técnico de recuperação de pastagens que as áreas tenham sido submetidas a tratos
culturais adequados, visando restaurar a capacidade de suporte do pasto ou a produção de massa verde;
d) no caso de processo técnico de recuperação de culturas permanentes que as áreas tenham sido submetidas a
tratos culturais adequados, que possibilitem restabelecer os níveis de rendimentos econômicos aceitáveis.
§ 2.º No caso de consórcio ou intercalação de culturas, considera-se efetivamente utilizada a área total do
consórcio ou de intercalação.
§ 3.º A área efetivamente utilizada com pecuária será a menor entre a área declarada e a obtida pelo quociente
entre o número total de Unidades Animais - UA do rebanho e o índice de lotação mínimo constante da Tabela n.º
5, observada a Zona de Pecuária - ZP do município de localização do imóvel.
§ 4º O número total de Unidades Animais - UA do rebanho, será obtido multiplicando-se o número de cabeças
de cada categoria existentes no imóvel pelo correspondente fator de conversão constante da Tabela n.º 6 em
anexo, encontrando-se o número de Unidades Animais de cada categoria. A soma dos resultados então obtidos
corresponderá ao número total de Unidades Animais - UA.
§ 5º A área efetivamente utilizada com exploração extrativa vegetal ou florestal, será a menor entre a área
declarada e a obtida pelo quociente entre a quantidade colhida e o índice de rendimento mínimo por hectare para
cada produto, constante da Tabela n.º 3 em anexo.
§ 6.º Será considerada efetivamente utilizada independentemente do índice de rendimento mínimo por hectare, a
área coberta com floresta nativa desde que explorada de conformidade com as condições estabelecidas no Plano
de Manejo Florestal Sustentado de Uso Múltiplo, devidamente aprovado pelo órgão federal competente, ou por
órgãos afins, que estejam credenciados por força de convênio ou de qualquer outro instrumento similar.
Art. 6.º Consideram-se áreas não aproveitáveis para fins do disposto na Lei n.º 8.629/93:
I -ocupadas com construções e instalações, excetuadas aquelas destinadas a fins produtivos, tais como estufas,
viveiros, sementeiros, tanques de reprodução e criação de peixes e outros similares.
II -comprovadamente imprestáveis para qualquer tipo de exploração agrícola, pecuária, florestal ou extrativa
vegetal;
III - sob efetiva exploração mineral;
IV - protegidas por legislação ambiental e as de efetiva preservação permanente nos termos da lei;
Art. 7.º A área aproveitável do imóvel será aquela correspondente à diferença entre sua área total e sua área não
aproveitável.
Art. 8.º Para os efeitos desta Instrução Normativa não poderão ser consideradas como áreas efetivamente
utilizadas e nem como áreas não aproveitáveis:
I - as áreas protegidas por legislação ambiental que estejam sendo utilizadas em desacordo com as disposições
legais a que estiverem submetidas; e
II - as áreas com projeto de lavra mineral não exploradas efetivamente com atividades minerais e que não
estejam sendo utilizadas para fins agropecuários, desde que não haja impedimento de natureza legal ou técnica.
Parágrafo Único As áreas caracterizadas de conformidade com as disposições constantes deste artigo, não
poderão ser utilizadas para fins de cálculo do Grau de Utilização da Terra - GUT previsto no art. 5.º, tampouco
como subtraendo do cálculo da área aproveitável total do imóvel, definido no art. 7º.
Do Grau de Eficiência na Exploração
Art. 9.º O Grau de Eficiência na Exploração - GEE de que trata o art. 6.º da Lei n.º 8.629/93, será obtido de
acordo com a seguinte sistemática:
I - para os produtos vegetais, divide-se a quantidade colhida de cada produto pelos respectivos índices de
rendimento, constantes da Tabela n.º 1 em anexo; e
II - para os produtos extrativos vegetais e florestais, divide-se a quantidade colhida de cada produto pelos
respectivos índices de rendimento, constantes da Tabela n.º 2 em anexo;
III - para apuração do rebanho, divide-se o número total de Unidades Animais - UA do imóvel, pelo índice de
lotação constante da Tabela n.º 4 em anexo, observada a Zona de Pecuária - ZP do município de localização do
imóvel;
IV - para as áreas sob processo técnico de formação, recuperação ou de renovação de pastagens tecnicamente
conduzidas e devidamente comprovadas mediante apresentação da documentação pertinente e do respectivo
termo de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, adotar-se-ão essas áreas como resultado do cálculo
previsto no inciso III deste artigo;
V - para as áreas sob processos técnicos de formação ou recuperação de culturas permanentes tecnicamente
conduzidas e devidamente comprovadas mediante apresentação da documentação pertinente e do respectivo
termo de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, adotar-se-ão essas áreas como resultado do cálculo
previsto no inciso I deste artigo;

145
146
VI - para os produtos que não tenham índices de rendimento prefixados, adotar-se-á a área plantada com tais
produtos como resultado do cálculo previsto no inciso I deste artigo; e
VII - o somatório das áreas calculadas na forma dos incisos I, II, III, IV, V e VI deste artigo, dividido pela área
efetivamente utilizada de cada imóvel e multiplicada por 100 (cem), determina o Grau de Eficiência na
Exploração - GEE.

§ 1.º - A quantidade colhida dos produtos vegetais e dos produtos extrativos vegetais ou florestais, proveniente
da utilização indevida de áreas protegidas pela legislação ambiental, observado o disposto no art. 8.º inciso I
desta Instrução, não será considerada para efeito de cálculo do GEE previsto nos incisos I e II deste artigo;
§ 2.º - Existindo área de pastagem plantada ou de pastagem nativa indevidamente utilizada pelo efetivo pecuário
do imóvel inserida em área protegida por legislação ambiental, observado o disposto no art. 8º, inciso I desta
Instrução, o número total de Unidades Animais - UA a ser considerado para efeito de cálculo do GEE previsto
no inciso III deste artigo, será o menor entre:
a)o calculado na forma do § 4.º do art. 5.º desta Instrução; e
b)o resultado da multiplicação da área efetivamente utilizada com pecuária, calculada na forma do § 3.º do art.
5.º desta Instrução por 3 (três) vezes o Índice de Lotação em UA constante na Tabela n.º 4 em anexo, observada
a Zona de Pecuária - ZP do município de localização do imóvel.
Art. 10 Não perderá a qualificação de propriedade produtiva o imóvel rural que por razões de força maior, caso
fortuito, ou de renovação de pastagens tecnicamente conduzida e desde que devidamente comprovado pelo órgão
competente, deixar de apresentar no ano respectivo os Graus de Eficiência na Exploração, exigidos para a
espécie.
§ 1.º Considera-se caso fortuito ou de força maior, a ocorrência de intempéries ou de calamidades que resultem
na frustração de safras ou na destruição de pastos, desde que tais fatos sejam devidamente comprovados pelo
INCRA.
§ 2º Considera-se renovação de pastagens tecnicamente conduzida a eliminação de pastagens degradadas
mediante emprego de tratos culturais adequados, procedendo-se nova semeadura ou plantio de forrageiras.
Das Disposições Gerais
Art. 11 Não será passível de desapropriação para fins de reforma agrária, o imóvel que comprovadamente esteja
sendo objeto de implementação de projeto técnico de exploração, que atenda aos seguintes requisitos:
I - seja elaborado por profissional legalmente habilitado e identificado;
II - esteja cumprindo o cronograma físico-financeiro originalmente previsto, não admitidas prorrogações dos
prazos;
III - preveja que, no mínimo, 80% (oitenta por cento) da área total aproveitável do imóvel esteja efetivamente
utilizada em, no máximo, 3 (três) anos para as culturas anuais e 5 (cinco) anos para as culturas permanentes;
IV - Os prazos de que trata o inciso III deste artigo poderão ser prorrogados em até 50% (cinqüenta por cento)
desde que o projeto seja anualmente reexaminado e aprovado pelo órgão competente para fiscalização e, ainda,
que tenha sua implantação iniciada no prazo de 6 (seis) meses contado de sua aprovação; e
V - tenha sido aprovado pelo órgão federal competente na forma estabelecida em regulamento, no mínimo seis
meses antes da comunicação de que tratam os §§ 2.º e 3º do art. 2.º da Lei n.º 8.629/93;
§ 1º Nos casos em que pela natureza do projeto não haja obrigatoriedade de sua aprovação pelo órgão federal
competente, considerar-se-á para efeito de data de aprovação aquela em que o projeto de exploração tenha sido
registrado junto ao Conselho Regional da categoria a que o profissional estiver vinculado, juntando-se o
respectivo termo de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, para fins de prova.
§ 2º O INCRA poderá realizar, a qualquer tempo, vistoria nos imóveis rurais submetidos a projeto técnico de
exploração, para fins de verificação do regular cumprimento das condições estabelecidas nos incisos II e III deste
artigo.
Art. 12 Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 13 Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Instrução Especial INCRA n.º 19, de 28 de
maio de 1980.

SEBASTIÃO AZEVEDO

146
147
ANEXO : TABELA N.º 1 -ÍNDICES DE RENDIMENTOS PARA PRODUTOS AGRÍCOLAS
RENDIMENTOS POR
L1 PRODUTOS REGIÃO UNIDADE
HECTARE
L2 Abacate (frutos) Todo País Cento Frutos 300
L3 Abacaxi (frutos) Todo País Cento Frutos 120
L4 Agave ou Sisal (fibras) Todo País Ton. 0,70
L5 Alfafa Todo País Ton. 6,00
Algodão Arbóreo (em
L6 Norte / Nordeste Restante do País Ton. Ton. 0,20 0,60
caroço)
Algodão Herbáceo (em Norte / Nordeste/ Sudeste (exceto SP) Ton. Ton.
L7 0,30 0,60 1,20
caroço Restante do País Ton.
L8 Alho Todo país Ton. 3,00
L9 Amendoim (em casca) Norte / Nordeste Restante do País Ton. Ton. 1,00 1,50
Arroz de Sequeiro (em
L10 Sul Restante do País Ton. Ton. 1,30 0,90
casca)
Arroz de Várzea (em Rio Grande do Sul Santa Catarina Ton. Ton.
L11 3,40 2,50 1,40
casca) Restante do país Ton.
L12 Banana Todo país Cachos 700
L13 Batata Doce Todo Pais Ton. 6,00
São Paulo/ Minas Gerais/Paraná Ton. Ton.
L14 Batata Inglesa 12,00 9,00 5,00
Restante do País Ton.
L15 Cacau (em caroço) Todo País Ton. 0,70
L16 Café (em côco) Sul / Sudeste Restante do País Ton. Ton. 1,50 1,00
L17 Caju (frutos) Todo País Cento Frutos 500
L18 Cana de Açúcar São Paulo/Paraná Restante do País Ton. Ton. 70,00 50,00
L19 Cebola Todo País Ton. 7,00
L20 Chá (em folha verde) Todo País Ton. 5,00
L21 Côco da Bahia Todo País Cento Frutos 20
L22 Fava Todo País Ton. 0,30
L23 Feijão Sul Restante do País Ton. Ton. 0,60 0,30
L24 Fumo (em folha seca) Sul Restante do País Ton. Ton. 1,40 0,80
L25 Juta (fibras) Todo País Ton. 1,30
L26 Laranja Todo País Cento Frutos 800
L27 Limão Todo País Cento Frutos 1.000
L28 Linho Fibras Todo País Ton. 0,60
L29 Mamona (sementes) Nordeste Restante do País Ton. Ton. 0,60 1,20
L30 Mandioca Norte / Nordeste Restante do País Ton. Ton. 7,00 12,00
L31 Manga Todo País Cento Frutos 500
Sul / São Paulo Norte / Nordeste Ton. Ton.
L32 Milho (em grão) 1,90 0,60 1,30
Restante do País Ton.
L33 Pêssego Todo País Cento Frutos 600
L34 Pimenta do Reino Norte Restante do País Ton. Ton. 3,20 1,20
Paraná / São Paulo Sul (exceto PR) Ton. Ton.
L35 Soja (sementes) 1,90 1,40 1,20
Restante do País Ton.
L36 Tangerina Todo País Cento Frutos 700
L37 Tomate Sul / Sudeste Restante do País Ton. Ton. 30,00 20,00
L38 Trigo (em grão) Rio Grande do Sul Restante do País Ton. Ton. 0,80 1,00
L39 Uva Sul / São Paulo Restante do País Ton. Ton. 12,00 8,00

147
148
TABELA N.º 2
ÍNDICES DE RENDIMENTOS PARA PRODUTOS EXTRATIVOS VEGETAIS E FLORESTAIS
L1 PRODUTO REGIÃO UNIDADE RENDIMENTOS POR HECTARE
L2 ACÁCIA NEGRA Todo País Ton. 8,00
L3 BABAÇU Todo País Ton. 0,10
L4 BORRACHA NATURAL Todo País Quilo 2,00
L5 CARNAÚBA (cera) Todo País Ton. 0,05
L6 CASTANHA DO PARÁ Todo País Quilo 20,00
L7 GUARANÁ (sementes) Todo País Ton. 0,10
L8 MADEIRA Todo País M3 50,00

TABELA N.º 3
ÍNDICES DE RENDIMENTOS MÍNIMOS PARA PRODUTOS EXTRATIVOS VEGETAIS E FLORESTAIS
L1 PRODUTO REGIÃO UNIDADES RENDIMENTOS MÍNIMOS POR HECTARE
L2 ACÁCIA NEGRA Todo País Ton. 3,00
L3 BABAÇU Todo País Ton. 0,03
L4 BORRACHA NATURAL Todo País Quilo 1,00
L5 CARNAÚBA (cera) Todo País Ton. 0,01
L6 CASTANHA DO PARÁ Todo País Quilo 5,00
L7 GUARANÁ (sementes) Todo País Ton. 0,03
L8 MADEIRA Todo País M3 10,00

TABELA N.º 4
ÍNDICES DE RENDIMENTO PARA PECUÁRIA
L1 ZONA DE PECUÁRIA ÍNDICE DE LOTAÇÃO (Unidades Animais/ha)
L2 1 1,20
L3 2 0,80
L4 3 0,46
L5 4 0,23
L6 5 0,13

TABELA N.º 5
ÍNDICES DE RENDIMENTOS MÍNINOS PARA PECUÁRIA
L1 ZONA DE PECUÁRIA ÍNDICE DE LOTAÇÃO (Unidades Animais/ha)
L2 1 0,60
L3 2 0,46
L4 3 0,33
L5 4 0,16
L6 5 0,10

148
149

TABELA N° 6
L1 Fatores de Conversão de Cabeças do Rebanho para Unidades Animais - UA, segundo a Categoria Animal.

Número
L1 CATEGORIA Número Fator de Fator de Fator de
de
L2 ANIMAL de Conversão Conversão Conversão Unidades
(Sul, Sudeste e Centro-
L3 Cabeças (Norte) (Nordeste)** Animais
Oeste)*
L4 Bovinos

L5 Touros( Reprodutor) 1,39 1,32 1,24

L6 Vacas 3 anos e mais 1,00 0,92 0,83

L7 Bois 3 anos e mais 1,00 0,92 0,83

L8 Bois de 2 a menos de 3 anos 0,75 0,69 0,63

L9 Novilhas de 2 a menos de 3 anos 0,75 0,69 0,63

L10 Bovinos de 1 a menos de 2 anos 0,50 0,47 0,42

L11 Bovinos menores de 1 ano 0,31 0,28 0,26

L12 Novilhos Precoces


Novilhos precoces de 2 anos e
L13 1,00 0,92 0,83
mais
Novilhas precoces de 2 anos e
L14 1,00 0,92 0,83
mais
Novilhos precoces de 1 a menos
L15 0,87 0,80 0,72
de 2 anos
Novilhas Precoces de 1 a menos
L16 0,87 0,80 0,72
de 2 anos
L17 Bubalinos

L18 Bubalinos 1,25 1,15 1,05

L19 Outros

L20 Eqüinos 1,00 0,92 0,83

L21 Asininos 1,00 0,92 0,83

L22 Muares 1,00 0,92 0,83

L23 Ovinos 0,25 0,22 0,19

L24 Caprinos 0,25 0,22 0,19

* Exceto regiões do Vale do Jequitinhonha e Pantanal do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, cujos fatores de
conversão devem ser iguais aos do Nordeste.
** Exceto para a região da Zona da Mata, cujos fatores devem ser iguais aos do Norte.

149
150
APÊNDICE 2. TABELAS DE CONVERSÕES

Distância
l polegada 2,54 centímetros 1 milímetro 0,03937 polegadas
1 pé 0,3048 metros 1 centímetro 0,3937 polegadas
1 jarda 0,9144 metros 1 metro 1,094 jardas
l milha 1,6093 quilômetros 1 quilômetro 0,6214 milhas
1 milha náutica 1,8532 quilômetros 1 quilômetro 1,539 milhas náuticas
Superfície / Área
1 polegada quadrada 6,4516 centímetros 1 centrímetro quadrado 0,1550 polegadas
1 pé 0,0929 metros 1 metro 10,76 pés
1 jarda 0,8361 metros 1 metro 1,196 jardas
1 acre 0,407 hectare 1 hectare 2,4711 acres
1 alqueire 110 m x 220 m 2,42 hectare 1 hectare 0,00386 milhas
1 alqueirão 220 m x 440 m 9,68 hectare
1 milha 259,0 hectare 1 hectare 10.000 m2
1 litro 0,06 hectare 11 x 55 metros 5 x 25 braças
Volume / Capacidade
1 polegada cúbica 16,387 centímetros 1 centímetro cúbico 0,061 polegadas
1 pé 0,0283 metros 1 decímetro 0,035 pés
1 jarda 0,746 metros 1 metro 1,308 jardas
Medidas
Sistema Imperial para métrico Sistema dos EUA para métrico
1 pint 0,551 litros 1 US pint (EUA) 0,473 litros
1 quart 1,136 litros 1 US quart 0,9463 litros
1 gallon (galão ) 4,546 litros 1 US gallon 3,785 litros
1 bushel 26,369 litros 1 US bushel 35,24 litros
1 bushel ( Soja/Trigo) 60 libras 1 bushel ( Soja/Trigo) 27,216 kg
l bushel ( Milho ) 56 libras 1 bushel ( Milho ) 25,401 kg
Sistema de Pesos Avoirdupois
1 ounce (onça ) 28,35 gramas 1 grama 0,035 onças
1 pound (libra ) 453,59 gramas 1 quilograma 2,205 libras
1 hundred weight 45,36 quilogramas 1 tonelada 0,984 ton
1 ton 1,016 toneladas
Temperatura
Celsius = ( Fº - 32) : 1,8 Fahrenheit = º C x 1,8 + 32
Velocidade
1 milha por hora 1,6093 quilômetros/hor
1 pé por minuto 0,3048 metros / minuto

Energia
1 Joule 0,220 calorias 1 Caloria 4,184 Joules
Medidas Métricas
1 picograma = 10-12 g 1 palmo = 22 cm
1000 picogramas = 1 nanograma (ng ) 1 arroba = 14,689 kg
1000 nanogramas = 1 micrograma ( ug ) 1 alqueire mineiro = 48.400 m2
1000 microgramas = 1 miligrama (mg) 1 alqueire do norte = 27.255 m2
1000 miligramas = 1 grama (g) 1 alqueire paulista = 24.200 m2
1000 gramas = 1 quilograma ( kg ) 1 légua Sesmaria = 6.000 m
ppm = mg / kg 1 légua marítima = 55.555,55 m

150
151
2.1. TRANSFORMAÇÃO DE MEDIDAS DE ÁREA - NOTAS:

1. Se você não sabe a área de sua propriedade em hectare, deverá usar a Tabela para
transformar a unidade de medida de área que você utiliza, em hectares.
Exemplo: Caso você possua uma área de 500 alqueires paulistas, veja na última coluna da
Tabela, que 1 alqueire paulista é igual a 2,42 hectares.
Assim, você deve multiplicar a área existente pelo número encontrado na Tabela. Logo, seu
imóvel mede: 500 x 2,42 = 1.210,0 hectares.

2. Se a unidade de medida que você utiliza é o “ metro quadrado ( m² )”, transforme para
HECTARE, dividindo por 10.000 (dez mil ).
Exemplo: Se o seu imóvel tem área de 122.370 m², transforme assim:
122.370 m² ÷ 10.000 = 12,2 ha

3. Informe as áreas sempre em HECTARE utilizando apenas uma casa decimal, como no
exemplo acima, pois o resultado seria 12,237, e será reduzido para 12,2.

NOME DA MEDIDA BRAÇAS METROS HECTARES


ALQUEIRÃO 100 X 200 220 X 440 9,68
ALQUEIRE 75 X 75 165 X 165 2,72
ALQUEIRE MINEIRO OU 100 X 100 220 X 220 4,84
ALQUEIRE GEOMÉTRICO
ALQUEIRE PAULISTA 50 X 100 110 X 220 2,42
BRAÇA LINEAR ------ 2,20 ------
BRAÇAS QUADRADA ------ 2,20 X 2,20 0,000484
DATA 10 X 200 22 X 44 0,10
LÉGUA DE SESMARIA 3000 X 3000 6.600 X 6.600 4.356,00
LÉGUA LINEAR 2400 5280 ------
LÉGUA LINEAR ------ 6000 ------
LÉGUA QUADRADA ------ 6000 X 6000 3.600,00
LITRO 5 X 25 11 X 55 0,06
METRO QUADRADO ------ ------ 0,0001
MIL COVAS 25 X 25 55 X 55 0,30
QUADRA 60 X 60 132 X 132 1,74
QUADRA 100 X 100 220 X 220 4,84
QUARTA 50 X 50 110 X 110 1,21
TAREFA 25 X 25 55 X 55 0,30
TAREFA BAIANA 30 X 30 66 X 66 0,44
Fonte : IBAMA, 2000

151
152
ANEXO 1. Estudo de Caso: Fazenda Paraná

2 Estudo de Caso: Fazenda


Paraná

152
153
2. ANÁLISE ECONÔMICA DE UMA EMPRESA RURAL
1. DIAGNÓSTICO
1.1. IDENTIFICAÇÃO : FAZENDA PARANÁ

1.2. INVENTÁRIO DAS TERRAS-ha PRÓPRIA ARRENDADA OUTRAS TOTAL


LAVOURA PERMANENTE
LAVOURA TEMPORÁRIA 200
PASTAGENS NATURAIS 5
PASTAGENS CULTIVADAS
MATAS NATIVAS 10
MATAS CILIARES
RESERVA LEGAL
FLORESTAS PLANTADAS 2
TERRAS EM DESCANSO
TERRAS INAPROVEITÁVEIS
ESTRADAS E RESIDÊNCIAS 3
AÇUDES E OUTRAS

TOTAL / ÁREA - ha
PREÇO MÉDIO DA TERRA - R$ / ha 12.400,00
VALOR TOTAL DA TERRA - R$
VALOR ANUAL - 3 %

1.3. INVENTÁRIO DE ANIMAIS

ESPECIFICAÇÕES DOS ANIMAIS QUANTIDADE VALOR MÉDIO PESO M. VALOR


TOUROS 6 2.000,00 12.000,00
MATRIZES 230 700,00 161.000,00
BEZERROS ( ATÉ 1 ANO )
BEZERRAS ( ATÉ 1 ANO )
NOVILHOS ( 1 A 2 ANOS )
NOVILHAS ( 1 A 2 ANOS )
NOVILHOS ( 2 A 3 ANOS )
NOVILHAS ( 2 A 3 ANOS )
BOIS ( + 3 ANOS )
PORCAS / MATRIZES
SUÍNOS EM TERMINAÇÃO
VACAS LEITEIRAS
CAVALOS
VALOR TOTAL DO REBANHO
VALOR ANUAL DO REBANHO Estoque = 6 %

1.4. INVENTÁRIO DE BENFEITORIAS

Data BENFEITORIAS CARACTERÍSTICA VALOR INICIAL VALOR ATUAL


05/12/80 Casa do proprietário Alvenaria 200 m2 25.000,00 25.000,00
05/12/81 Casa do empregado Madeira 70 m2 12.000,00 12.000,00
05/01/82 Garagem de Máquinas Pré-Moldado 400 m2 25.000,00 25.000,00
05/01/82 Galpão de Insumos Madeira 120 m2 10.000,00 10.000,00
10/05/00 Galpão de Terminação P/ 500 suinos 65x8,5 m 44.200,00 44.200,00
10/05/00 Galpão / Creche P/ 500 leitões 20 x 9 m 20.000,00 20.000,00
10/05/00 Galpão / Maternidade P/ 90 matrizes 20 x 9 m 24.000,00 24.000,00
10/05/00 Galpão / Gestação P/ 90 matrizes 30 x 9 m 25.000,00 25.000,00
TOTAL

153
154
1.5. INVENTÁRIOS DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Data MÁQUINAS / EQUIP. CARACTERÍSTICA VALOR INICIAL VALOR ATUAL


05/02/00 TRATOR John Deer -2003 80.000,00 80.000,00
05/02/01 TRATOR 4 X 2 70 cv 45.000,00 45.000,00
05/03/02 COLHEDORA TC 59 230.000,00 230.000,00
05/02/82 PLANTADORA 35.000,00 35.000,00
10/05/00 PULVERIZADOR 2000 litros 20.000,00 20.000,00
10/06/00 SEMEADORA 23.000,00 23.000,00
10/08/00 CAMIONETE Diesel 50.000,00 50.000,00
10/09/00 DISTRIBUIDOR/URÉIA 4.000,00 4.000,00
TOTAL

1.6. INVENTÁRIO DE ESTOQUES

Data PRODUTO/ESTOQUE UNIDADE QUANTIDADE VALOR VALOR


UNITÁRIO TOTAL
30/12/00 Soja Sc/60 kg 1.120 40,00 44.800,00
30/12/00 Bezerros –animais unidade 80 330,00 26.400,00
30/12/00 Vacas descarte Unidade 2 715,00 1.430,00
30/12/00 Adubo 00-20-20 Sc/60 kg 20 33,00 660,00
30/12/00 Roundup Litros 10 18,00 180,00
30/12/00 Eucalipto M3 180 25,00 4.500,00
30/12/00 Lascas de carcas Unidade 120 70,00 8.400,00
TOTAL

1.7. INVENTÁRIO DAS FINANÇAS

Data DESCRIÇÃO CRÉDITO DÉBITO SALDO


30/12/00 Caixa/Bancos 2.000,00
30/12/00 Aplicações Financeiras 10.000,00
30/12/00 Poupanças 4.000,00
30/12/00 Cotas Cooperativa 6.000,00
30/12/00 Saldos à Receber 30.000,00
30/12/00 Dívidas de Custeio 62.000,00
30/12/00 Dívidas de Investiment 70.000,00
30/12/00 Dívidas Securitização 1.600,00
30/12/00 Dívidas de Terras 25.000,00
TOTAL

TOTAL PATRIMÔNIO
1.8. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES - DESPESAS GERAIS DA EMPRESA
Lubrificantes = 10 % das despesas com óleo combustível;
Salário mínimo: R$ 240,00 e Salário de tratorista: R$ 300,00
01 empregado permanente = R$ 300,00 por mês .
Encargos sociais do empregado permanente: 70 % sobre o salário da categoria;
Pró-labore do produtor = 10 salários mensais;
Energia Elétrica = R$ 120,00 mensais, sendo 50 % nas residências;
Telefone = R$ 100,00 mensais, sendo 60 % relacionado às atividades.
Combustível da Camionete = R$ 150,00 mensais, sendo 50 % com as atividades
Despesas Gerais = 1,0 % sobre os custos variáveis.
Assistência Técnica = 2,0 % sobre os custos variáveis.
Contribuição previdenciária rural = 2,3 % sobre o valor da venda/produção.
Frete = 3% da produção
Recepção/Limpeza/Secagem = 2,0 % da produção
Manutenção de terraços = R$ 5,00 / ha / ano
Correção de solo = R$ 25,00 / ha / ano

154
155
HISTÓRICO DE PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE
ATIVIDADE : SOJA
ANO ÁREA/ha Produção-kg Produtividade-kg/ha Produtiv.-sc/ha Custo/sc Custo/ha
1999/00 200 480.000 12,6
2000/01 200 540.000 13,3
2001/02 200 600.000 18,2
2002/03 200 720.000 25,2

ATIVIDADE : MILHO SAFRINHA


ANO ÁREA/ha Produção-kg Produtividade-kg/ha Produtiv.-sc/ha Custo/sc Custo/ha
2000 50 275.000 7,2
2001 80 400.000 7,8
2002 100 600.000 9

ATIVIDADE : TRIGO
ANO ÁREA/ha Produção-kg Produtividade-kg/ha Produtiv.-sc/ha Custo/sc Custo/ha
2000 80 192.000 9,5
2001 120 216.000 8,5
2002 100 270.000 10,5

3 HISTORICO DE VENDAS E PREÇOS


PRODUTO SOJA
SALDO ANTERIOR 500.000 KG – 8.333 SC
VENDAS
SALDO ATUAL 100.000 KG - 1.666 SC
400.000 KG - 6.666 SC
DATA QUANTID PREÇO VALOR OBSERVAÇÃO
25/02/02 500 SC 17,00 8.500,00
20/04/02 200 SC 20,00 4.000,00
15/05/02 400 SC 22,00 8.800,00
14/09/02 566 SC 27,00 15.282,00

TOTAL 1.666 SC 36.582,00


MÉDIA 21,96

155
156
4. 1 ANÁLISE DE ATIVIDADES
ATIVIDADE ÁREA / UN PRODUTIVIDADE PRODUÇÃO PREÇO RECEITA BRUTA
SOJA 200 ha 12.000 sc 30,00
MILHO SAFR 100 ha 6.000 sc 13,00
TRIGO 100 ha 4.500 sc 18,00
SUÍNOS 500 leitões 45.000 kg 1,35
TOTAL

4.2 COEFICIENTES TÉCNICOS


ITENS UNIDADE COEFICIENTES ITENS UNIDADE COEFICIENTES
Plantio / semeadura Horas / ha 1,0 h / ha Colhedora Litros / hora 20 litros
Aplicação defensivos Horas / ha 0,4 h / ha Trator c/ 100 cv Litros / hora 12 litros
Aplicação de Uréia Horas / ha 0,8 h / ha Trator c/ 70 cv Litros / hora 10 litros
Colheita Horas / ha 1,0 h / ha

4.3 DEMONSTRATIVO DOS CUSTOS FIXOS


TERRA
Benfeitorias
Máquinas e Eqquipamentos
Mâo de Obra Permanente - Encargos
Pró-Labore
Impostos e Taxas
TOTAL DOS CUSTOS FIXOS

4.4 DEMONSTRATIVO DOS OUTROS CUSTOS VARIÁVEIS P/ RATEIOS


Energia Elétrica
Telefone
Combustível
TOTAL DE OUTROS GASTOS

4.5. DEMONSTRATIVO DE RATEIOS / ATIVIDADES


ITENS VALOR – R$ SOJA MILHO TRIGO
CUSTOS FIXOS
OUTROS CUSTOS
CRITERIO/RATEIO ÁREA – hectare
% ÁREA / ha

4.6 DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS


ITENS SOJA / ha MILHO / ha TRIGO / ha TOTAL DA
EMPRESA
ÁREA : hectare #######
Produtividade : sc/ha #######
Preços : R$ / sc #######
Receita Bruta Total: RB=Prod x Preço
Custo Variável: CV= Atividade
Custo Variável: CV= Custo+outros
Margem Bruta: MB = RB – CV
Produtividade de Equilíbrio: CV / Preço #######
Preço de Equilíbrio: CV / Produtividade #######
IBC: RB / Custo Variável
Lucratividade [(RBT – CV ) / RBT] x 100
Custo Fixo: CF= Custo Fixo
Custo Total: CT = CV + CF
Margem Líquida: ML = RB – CT
Produtividade de Equilíbrio: CT / Preço #######
Preço Equilíbrio: CT / Produtividade #######
IBC ou RBC : RB / Custo Total
Lucratividade [(RBT – CT ) / RBT] x 100

156
157
TABELA . ESTIMATIVA DO VALOR DE SUCATA; VIDA ÚTIL E TAXA ANUAL
DE MANUTENÇÀO DE ALGUNS FATORES DE PRODUÇÃO

FATORES DE PRODUÇÃO VALOR DE VIDA ÚTIL TAXA ANUAL


SUCATA / HORAS / ANOS MANUTENÇÃO
RESIDUAL % ANOS HORAS
Trator de pneu 20 % 10 12.000 5,0 %
Colheitadora 25 % 10 4.000 7,0 %
Arados 10 % 10 3.000 3,5 %
Grades 10% 10 3.000 5,0 %
Sulcadores 10 % 10 3.000 2,5 %
Pulverizadores 10 % 10 2.500 3,5 %
Plantadora e Semeadora 10 % 10 2.500 7,0 %
Carreta agrícola 20 % 10 5.000 3,5 %
Ensiladeiras 30 % 10 2.500 7,0 %
Distribuidor de uréia 10 % 10 2.500 4,0 %
Roçadeiras 10 % 10 2.500 5,0 %
Rolo faca / Destorroador 10 % 10 2.500 4,0 %
Trilhadeiras 10 % 10 3.000 7,0 %
Debulhador 50/90 sc/h 10 % 10 2.500 7,0 %
Batedeiras de cereais 10 % 10 3.000 4,0 %
Misturador de alimentos 20 % 10 4.000 5,0 %
Motor estacionário (diesel ) 20 % 10 2.500 5,0 %
Lança chamas 5% 15 - 0,5 %
Carroça 4 rodas 5% 10 - 0,5 %
Camionetes diesel 25 % 15 - 3,0 %
Casas e galpão de Madeira 30 % 20 - 1,5 %
Casas e galpão de Alvenaria 30 % 30 - 1,5 %

OBS: TAXA DE MANUTENÇÃO E VALOR DE SUCATAS = % EM RELAÇÃO AO NOVO.

1. DEPRECIAÇÃO =( Valor Novo – Valor Sucata ) ou Valor Atual – Valor Sucata )


Vida Útil Vida Útil Restante

2. JUROS S/ CAPITAL FIXO

=Valor Médio x Taxa = ( Valor Novo + Valor Sucata ) x Taxa


2
• Terra = 3 % ao ano
• Máquinas, Equipamentos e Benfeitorias = 6 % ao ano

3. SEGURO S/ CAPITAL FIXO

= Valor Médio x Taxa = ( Valor Novo + Valor Sucata ) x Taxa


2
• Veículos: Automóveis = 6 % ao ano
• Máquinas e Implementos = 2 % ao ano
• Benfeitorias: Casas = 0,4 % ano ano
• Camionete Diesel = 12 % ao ano
• Colhedora = 1 % ao ano
• Galpão = 1 % ao ano

4. MANUTENÇÃO = ( Valor Novo x Taxa Anual de Manutenção )

157
158
CUSTOS FIXO DA PROPRIEDADE
1. TERRAS
FATOR DE PRODUÇÃO VALOR - R$ JUROS - % CUSTO ANUAL
Terras

2. BENFEITORIAS
FATOR DE PRODUÇÃO VALOR VALOR VIDA DEPRECIAÇÃO JUROS SEGURO MANUTENÇÃO CUSTO FIXO
NOVO SUCATA ÚTIL ANUAL
Casa proprietário – alvenaria
Casa empregado – madeira
Garagem máquinas – alvenaria
Galpão de insumos – madeira
SUB – TOTAL
3. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
FATOR DE HORAS CUSTO VALOR NOVO VALOR VIDA DEPRECIAÇÃO JUROS SEGURO MANUTENÇÃO CUSTO FIXO
PRDUÇÃO ANO HORA SUCATA ÚTIL ANUAL
Trator 100 CV
Trator 70 CV
Colhedora
Plantadora
Pulverizador
Semeadora
Camionete
Distr. / Uréia
SUB - TOTAL

4. MÃO DE OBRA PERMANENTE


Encargos Sociais

5. PRÓ-LABORE DO PRODUTOR
Retirada mensal

6. IMPOSTOS E TAXAS (ITR, Contribuição Sindical )


Valor das terras x 0,10 %

CUSTO FIXO TOTAL ................................................................................................................................... R$ _________________________________

158
EMPREENDIMENTO: SOJA 200 ha SAFRA 2000/01 15/08/00a15/10/01
DATA HISTÓRICO VALOR/UNIT. VALOR/TOTAL
15/05/00CALCÁRIO DOLOMÍTICO tipo C 100 toneladas R$ 4.600,00
15/04/01VENDA DA PRODUÇÃO - 12.000 sacas/60 Kg R$ 360.000,00
15/09/00SEMENTE DE SOJA EMBRAPA 48 - 320 sacas/50 kg R$ 13.440,00
05/09/00ADUBO 00-30-15 - 720 sacas de 50 Kg R$ 17.640,00
20/09/00HERBICIDA SCEPTER - 200 LITROS R$ 9.025,00
20/09/00HERB. TRIFLURALINA PREMERLIM - 663 LITROS R$ 9.812,40
15/08/00HERBICIDA ROUNDUP - 400 LITROS R$ 3.360,00
15/08/00APLICAÇÃO DE HERBICIDA - 80 HORAS R$ 21,58
22/10/00APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 80 HORAS R$ 21,58
22/11/00INSETICIDA NUVACRON - 40 LITROS R$ 18,70
26/12/00INSETICIDA TAMARON - 160 LITROS R$ 21,58
22/10/00APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 60 HORAS R$ 21,58
20/09/00PLANTIO DIRETO - 200 HORAS R$ 32,79
15/03/01COLHEITA ALUGADA - 8 % DA PRODUÇÃO
15/03/01TRANPORTE - 1,5 % DA PRODUÇÃO
15/04/01INSS - 2,3 % DA PRODUÇÃO
20/08/01M.OBRA TEMPORÁRIA - 15 DIAS R$ 10,00

EMPREENDIMENTO: MILHO Safrinha 100 ha SAFRA 2000/01 15/05/00 a 15/10/01


DATA HISTÓRICO VALOR/UNIT. VALOR/TOTAL
01/07/00 CALCÁRIO DOLOMÍTICO tipo C - 50 toneladas R$ 2.300,00
15/04/01 VENDA DA PRODUÇÃO - 6.000 sacas / 60 Kg R$ 78.000,00
15/08/00 SEMENTE DE MILHO P 3063 - 90 sacas/ 20 kg R$ 11.070,00
15/08/00 ADUBO 08-30-20 - 550 sacas de 50 Kg R$ 15.316,00
20/08/00 HERBICIDA PRIMEXTRA - 580 LITROS R$ 10.092,00
20/08/00 TRAT. DE SEMENTE SEMEVIN - 18 LITROS R$ 1.044,00
15/07/00 HERBICIDA ROUNDUP - 200 LITROS R$ 1.680,00
21/09/00 APLICAÇÃO DE HERBICIDA - 50 HORAS R$ 21,58
22/10/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 30 HORAS R$ 21,58
22/11/00 INSETICIDA LANATE - 100 LITROS R$ 17,00
15/12/00 INSETICIDA KARATE - 16 LITROS R$ 39,00
22/10/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 30 HORAS R$ 21,58
21/09/00 PLANTIO DIRETO - 100 HORAS R$ 32,79
15/03/01 COLHEITA ALUGADA - 6 % DA PRODUÇÃO
15/03/01 TRANPORTE - 1,5 % DA PRODUÇÃO
15/04/01 INSS - 2,3 % DA PRODUÇÃO
20/10/00 M.OBRA TEMPORÁRIA - 10 DIAS R$ 10,00

EMPREENDIMENTO: TRIGO 100 ha 15/05/000 a 15/10/00


DATA HISTÓRICO VALOR/UNIT VALOR/TOTAL
16/03/00 CALCÁRIO DOLOMÍTIC tipo C - 50 toneladas R$ 2.300,00
15/10/00 VENDA DA PRODUÇÃO - 4.500 sacas/ 60 Kg R$ 81.000,00
15/04/00 SEMENTE DE TRIGO IAPAR 78 - 330 sacas/50 kg R$ 9.900,00
15/04/00 ADUBO 04-20-20 - 330 sacas de 50 Kg R$ 13.036,00
20/04/00 HERBICIDA ALLY - 1, 0 KG R$ 2.000,00
20/05/00 INSETICIDA PIRIMOR - 10 KG R$ 288,00
15/04/00 HERBICIDA ROUNDUP – 160 LITROS R$ 1.344,00
20/04/00 APLICAÇÃO DE HERBICIDA - 50 HORAS R$ 21,58
20/05/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 30 HORAS R$ 21,58
15/06/00 INSETICIDA NUVACRON - 40 LITROS R$ 18,70
15/06/00 FUNGICIDA TILT - 50 LITROS R$ 67,00
15/07/00 APLICAÇÃO DE INSETICIDA - 30 HORAS R$ 21,58
15/04/00 PLANTIO DIRETO - 120 HORAS R$ 32,79
07/09/00 COLHEITA ALUGADA - 8 % DA PRODUÇÃO
07/09/00 TRANPORTE - 1,5 % DA PRODUÇÃO
07/09/00 INSS - 2,2 % DA PRODUÇÃO
20/05/00 M.OBRA TEMPORÁRIA - 15 DIAS R$ 10,00

159
160
ESTIMATIVA DO CUSTO DE PRODUÇÃO
PRODUTO SAFRA
LOCAL
PRODUTIVIDADE MÊS DE REFERÊNCIA:

Especificação Unidade Utilização Preço Custo %


ha e outros Unitário
1. Insumos - sub total 1

2. Serviços – sub total 2

3. Outros – sub total 3

Custo Variável ( 1+2+3)

Produtividade Kg/ha sc/ 60 kg @ litros


Preço Kg sc/ 60 kg @ litros
Receita Bruta Total - Rbt = Produtividade x Preço
Custo Variável ( 1+2+3 ) = Custo Variáveis
Margem Bruta - MB = RT - Custo Variável
Produtividade de Equilíbrio = Custo Variável / Preço
RBC = RT / Custo Variável
CUSTO / UNIDADE = Custo Variável/ Produtividade
RENTABILIDADE = Margem Bruta / RT x 100

160
161
ESTIMATIVA DO CUSTO DE PRODUÇÃO
PRODUTO SAFRA
LOCAL
PRODUTIVIDADE MÊS DE REFERÊNCIA:

Especificação Unidade Utilização Preço Custo %


ha e outros Unitário
1. Insumos - sub total 1

2. Serviços – sub total 2

3. Outros – sub total 3

Custo Variável ( 1+2+3)

Produtividade Kg/ha sc/ 60 kg @ litros


Preço Kg sc/ 60 kg @ litros
Receita Bruta Total - Rbt = Produtividade x Preço
Custo Variável ( 1+2+3 ) = Custo Variáveis
Margem Bruta - MB = RT - Custo Variável
Produtividade de Equilíbrio = Custo Variável / Preço
RBC = RT / Custo Variável
CUSTO / UNIDADE = Custo Variável/ Produtividade
RENTABILIDADE = Margem Bruta / RT x 100

161

Das könnte Ihnen auch gefallen