Circuitos de Segunda Ordem

EA-513 – Circuitos Elétricos I DECOM-FEEC-UNICAMP
Capítulo 9
Circuitos de Segunda Ordem

9.1 Circuitos com Dois Elementos Armazenadores
Circuito com dois indutores, onde deseja-se obter a corrente de malha i2:
2H 8Ω
+
vg i1 4Ω i2 1H
−
di 1  di  d
− 4i1 + 1 2 + 4i2 = 0 i1 =  2 + 4i2   
dt 4  dt   dt 
di
2 1 + 12i1 − 4i2 = vg di1 1  d 2i2 di2 
= +4
dt dt 4  dt 2 dt 
2  d 2i2 di2  12  di2 

+4 +  + 4i2  − 4i2 = v g
4  dt 2 dt  4  dt 
1 d 2i2 di di
+ 2 2 + 3 2 + 12i2 − 4i2 = vg
2 dt 2 dt dt
d 2i2 di Equação diferencial

+ 10 2 + 16i2 = 2vg de 2ª ordem
dt 2 dt
Circuitos de 2ª ordem normalmente possuem 2 elementos armazenadores de

energia.
Existem exceções à regra de que circuitos com 2 elementos armazenadores

são representados por equações de 2ª ordem.
Exemplo:
1Ω 2Ω
vg +
− v1 v2
1F 1/4 F
dv v1 − vg dv1
+ v1 = vg
Equações nodais: 1 1+ =0
dt 1 dt
1 dv2 v2 − vg dv2
+ 2v2 = 2v g
+ =0
4 dt 2 dt
Com o nó de referência escolhido, as tensões v1 e v2 resultam em duas

equações diferenciais de 1ª ordem desacopladas.
9.2 Equações de 2ª Ordem
Equação genérica de 2ª ordem:
d 2x dx
+ a1 + a0 x = f (t )
dt 2 dt
onde os ai são constantes reais.
Solução: resposta completa é igual a soma da resposta natural com a resposta

forçada, x = xn + xf .
x deve conter também duas constantes arbitrárias para satisfazer as duas

condições impostas pela energia inicial armazenada em cada um dos elementos
armazenadores.
Resposta natural xn:
Resposta quando f(x) = 0, ou seja, a resposta deve satisfazer a equação:
d 2 xn dxn
+ a1 + a0 xn = 0
dt 2 dt
Como cada termo da equação contém xn, no mesmo grau, o membro da direita
pode ser assumido como 0xn (equação homogênea).
Resposta forçada xf:
A resposta deve satisfazer a equação original:
d 2x f dx f
+ a1 + a0 x f = f (t )
2 dt
dt
Somando as duas equações e rearranjando os termos, obtemos
d2
2
(xn + x f ) + a1 (xn + x f ) + a0 (xn + x f ) = f (t )
d
dt
dt
A resposta natural contém duas constantes arbitrárias e a resposta forçada não.
resposta natural ≡ solução complementar
resposta forçada ≡ solução particular

Exemplo: Mostre que x1 = A1 exp(− 2t ) e x2 = A2 exp(− 3t ) são soluções de
d 2x dx
+5 + 6x = 0
dt 2 dt
Substituindo x1 = A1 exp(− 2t ) na expressão acima resulta:
d2
2
[ A1 exp(− 2t )] + 5 [ A1 exp(− 2t )] + 6 A1 exp(− 2t ) =
d
dt dt
− 2 A1
d
[exp(− 2t )] − 10 A1 exp(− 2t ) + 6 A1 exp(− 2t ) =
dt
4 A1 exp(− 2t ) − 10 A1 exp(− 2t ) + 6 A1 exp(− 2t ) =
10 A1 exp(− 2t ) − 10 A1 exp(− 2t ) = 0
Substituindo x2 = A2 exp(− 3t ) na expressão anterior resulta:
d2
2
[ A2 exp(− 3t )] + 5 [ A2 exp(− 3t )] + 6 A2 exp(− 3t ) =
d
dt dt
− 3 A2
d
[exp(− 3t )] − 15 A2 exp(− 3t ) + 6 A2 exp(− 3t ) =
dt
9 A2 exp(− 3t ) − 15 A2 exp(− 3t ) + 6 A2 exp(− 3t ) =
15 A2 exp(− 3t ) − 15 A2 exp(− 3t ) = 0
9.3 Resposta Natural
A resposta natural xn deve satisfazer a equação homogênea:
d 2x dx
+ a1 + a0 x = 0
dt 2 dt
Evidentemente a função x = xn deve ser tal que esta não mude de forma quando
diferenciada.
Ou seja, a função, sua 1ª derivada e sua 2ª derivada devem ter todas a mesma
forma.
Possível solução:
xn = Ae st
A e s são constantes a serem determinadas.

Substituindo xn = Ae st na equação homogênea, obtemos
As 2e st + a1sAe st + a0 Ae st = 0
( )
Ae st s 2 + a1s + a0 = 0
Como Aest não pode ser 0, pois isto faria xn = 0, então
s 2 + a1s + a0 = 0 equação característica
Solução:
− a1 ± a12 − 4a0
s=
2
Portanto, temos duas soluções naturais:
xn1 = A1e s1t

A1 e A2 são arbitrárias
xn 2 = A2e s2t
Note que a soma das duas soluções também é uma solução, ou seja
xn = xn1 + xn 2 = A1e s1t + A2e s2t
é uma solução geral da equação homogênea, quando s1 e s2 são raízes

distintas da equação característica.
Exemplo: equação homogênea
d 2i2 di
+ 10 2 + 16i2 = 0
dt 2 dt
Equação característica:
s 2 + 10 s + 16 = 0
As raízes são s1 = -2 e s2 = -8.
E a solução geral é:
i2 = A1e − 2t + A2e −8t
Os números s1 = -2 e s2 = -8 são denominadas de freqüências naturais do

circuito.
As constantes de tempo dos dois termos são τ1 = 1/2 e τ2 = 1/8.

9.4 Tipos de Freqüências Naturais
As freqüências naturais são as raízes da equação característica, portanto, elas

podem ser reais, imaginárias ou complexas.
A natureza das raízes são determinadas pelo discriminante ∆ = a12 – 4a0.
> 0 raízes reais e distintas


∆ = a12 − 4 a0 = = 0 raízes reais e idênticas
< 0 raízes complexas

Exemplo: resposta é a tensão v.
4Ω
a
i
R +
vg +
− b v 1/4 F
-
1H
v − vg 1 dv 1 dv 
Nó a: +i+ =0 i = −  v − vg + 
4 4 dt 4 dt 
di
Equação da malha direita: Ri + =v
dt
R dv  1 d  dv 
−  v − vg +  −  v − vg +  = v
4 dt  4 dt  dt 
R R R dv 1 d 1 dvg 1 d 2v
− v + vg − − v+ − =v
4 4 4 dt 4 dt 4 dt 4 dt 2
d 2v dv dvg
+ ( R + 1) + ( R + 4 ) v = Rvg +
2 dt dt
dt
d 2vn dvn
Equação homogênea: + (R + 1) + ( R + 4 )vn = 0
dt 2 dt
Equação característica: s 2 + ( R + 1) s + ( R + 4 ) = 0
− (R + 1) ± (R + 1)2 − 4(R + 1) = − (R + 1) ± R 2 − 2 R − 15
Assim, s1,2 =
2 2
6 Ω s1 = −2, s2 = −5


R = 5 Ω s1 = s2 = −3 j = −1


1 Ω s1 = −1 + j 2, s2 = −1 − j 2
Raízes Reais e Distintas: Caso Superamortecido
Neste caso a resposta natural é dada por:
xn = A1e s1t + A2e s2t
Exemplo: se R = 6 Ω no exemplo anterior, temos
vn = A1e − 2t + A2e −5t
Raízes Complexas: Caso Subamortecido
As freqüências naturais são complexas do tipo:
s1,2 = α ± jβ
xn = A1e(α + jβ )t + A2e(α − jβ )t
Forma mais conveniente:
Fórmula de Euler: e jθ = cosθ + j sen θ ou e− jθ = cosθ − j sen θ
( j )t ( j )t
xn = A1e α + β + A2e α − β
α
( β β
= e t A1e j t + A2e− j t )
α
= e t [ A1(cos β t + j sen β t ) + A2 (cos β t − j sen β t )]
= eαt [( A1 + A2 ) cos β t + j ( A1 − A2 )sen β t ]
αt
xn = e (B1 cos β t + B2 sen β t ) Para circuitos reais, α < 0, a
resposta é amortecida com o
tempo.
onde B1 = A1 + A2 B2 = j ( A1 − A2 )
Exemplo: Se R = 1 Ω no exemplo anterior, temos
vn = e−t [B1 cos(2t ) + B2 sen (2t )]
onde B1 e B2 são arbitrários.
Raízes Reais e Iguais: Caso de Amortecimento Crítico
As freqüências naturais são reais do tipo:
s1 = s2 = k
xn = Aekt
Então, existe somente uma constante arbitrária independente.

Para se ter freqüências naturais idênticas, a equação característica deve ser
(s − k )2 = s 2 − 2ks + k 2 = 0
e portanto, a equação homogênea deve ser
d 2 xn dxn
− 2k + k 2 xn = 0
dt 2 dt
Como sabemos que Aekt é uma solução para A arbitrário, vamos tentar
xn = h(t )ekt
substituindo na expressão acima e simplificando obtemos
d 2h kt d 2h
e =0 =0 ∀t
2 2
dt dt
Isto é verdade se h(t) tiver a forma de um polinômio do 1º grau:
h(t ) = A1 + A2t
onde A1 e A2 são constantes arbitrárias. A solução geral no caso de raízes

idênticas é então:
xn = ( A1 + A2t )ekt
Exemplo: se R = 5 Ω no exemplo anterior, temos
vn = ( A1 + A2t )e−3t
9.5 A Resposta Forçada
A resposta forçada xf de um circuito genérico de 2ª ordem deve satisfazer:
d 2x f dx f
+ a1 + a0 x f = f (t )
2 dt
dt
e não conter constantes arbitrárias.
Exemplo: vg = 16 V
2H 8Ω
+
vg i1 4Ω i2 1H
−
d 2i2 di
+ 10 2 + 16i2 = 2vg
dt 2 dt
Fazendo i2 = x, temos
d 2x dx
+ 10 + 16 x = 32
dt 2 dt
Resposta natural:
xn = A1e− 2t + A2e −8t
Para a resposta forçada vamos tentar xf = A, onde A é uma constante a ser

determinada:
d2A dA
+ 10 + 16 A = 32
dt 2 dt
16 A = 32
ou seja, xf = A = 2.
Portanto, a solução geral é: A1 e A2 são obtidas a partir da
x = A1e− 2t + A2e−8t + 2 energia inicial armazenada nos

indutores.
No caso de funções de excitação constantes, pode-se obter xf do próprio

circuito:
Em regime permanente, o circuito se reduz a:
8Ω
+
16 V 4Ω i2
−
Note que a resposta forçada xf = i2 = 2 A

Exemplo: vg = 20cos(4t) e x = i2
2H 8Ω
+
vg i1 4Ω i2 1H
−
d 2x dx
+ 10 + 16 x = 40 cos(4t )
dt 2 dt
Resposta natural:
xn = A1e− 2t + A2e −8t
Resposta forçada:
tentativa: x f = A cos(4t ) + B sen (4t )

x f = A cos(4t ) + B sen (4t )
dx f
= −4 A sen (4t ) + 4 B cos(4t )
dt
d 2x f
= −16 A cos(4t ) − 16 B sen (4t )
2
dt
Substituindo em
d 2x dx
+ 10 + 16 x = 40 cos(4t )
dt 2 dt
e rearranjando os termos, obtemos
40 B cos(4t ) − 40 A sen (4t ) = 40 cos(4t )
Assim, 40B = 40 e –40A = 0, logo
B =1 A=0
Assim,
x f = sen (4t )
Portanto a solução geral é dada por:
x = A1e − 2t + A2e −8t + sen (4t )
Tentativas de respostas forçadas:
f(t) xf
k A
t At + B
t2 At 2 + Bt + C
eat Aeat
sen(bt), cos(bt) Asen(bt) + Bcos(bt)
eatsen(bt), eatcos(bt) eat [Asen(bt) + Bcos(bt)]
9.6 Excitação na Freqüência Natural
Suponha que a equação do circuito a ser resolvido é dada por:
d 2x dx
− (a + b ) + abx = f (t )
dt 2 dt
onde a ≠ b são constantes.
Equação característica: s 2 − (a + b )s + ab = 0
Portanto, s1 = a e s2 = b.
Resposta natural: xn = A1eat + A2ebt A1 e A2 são arbitrárias
Supor que a função de excitação contém uma freqüência natural, p. ex., f (t ) = e at
Procedimento usual para obter a resposta forçada: x f = Aeat e determinar A de

2
modo que xf satisfaça: d x dx
− (a + b ) + abx = eat
dt 2 dt
Entretanto, substituindo xf = Aeat em
d 2x dx
− (a + b ) + abx = eat
dt 2 dt
temos
(Aeat ) − (a + b ) (Aeat ) + ab(Aeat ) = e at

d2 d
dt 2 dt
Aa 2e at − Aa 2e at − bAaeat + abAe at = e at
0 = e at impossível!!
Motivo de não se poder usar xf = Aeat é que este possui a forma de um dos
componentes da resposta natural.
Vamos testar então xf = Ateat .

x f = Ateat
dx f
= A(at + 1)eat
dt
dx 2f
dt 2
( )
= A a 2t + 2a eat
d 2x dx
Substituindo em − (a + b ) + abx = eat
dt 2 dt
( )
Obtemos A a 2t + 2a eat − (a + b ) A(at + 1)e at + abAteat = eat A(a − b )e at = e at
1
A=
a−b
Solução geral:
1
xn = A1eat + A2ebt + te at
a −b
Exemplo: vg = 6exp(-2t) +32 e x = i2
2H 8Ω
+
vg i1 4Ω i2 1H
−
d 2x
+ 16 x = 12e − 2t + 64
dx
+ 10
dt 2 dt
Resposta natural:
xn = A1e− 2t + A2e −8t
Resposta forçada: Não se pode usar uma resposta

forçada que tenha a mesma forma de
x f = Ate−2t + B
tentativa: uma das partes da resposta natural.
Substituindo em
d 2x
+ 16 x = 12e − 2t + 64
dx
+ 10
dt 2 dt
e rearranjando os termos, obtemos
6 Ae− 2t + 16 B = 12e− 2t + 64
Assim, 16B = 64 e 6A = 12, logo
B=4 A=2
Portanto,
x f = 2te− 2t + 4
Solução geral:
xn = A1e− 2t + A2e −8t + 2te− 2t + 4

Vamos considerar o caso:
d 2x dx
− (a + b ) + abx = f (t )
dt 2 dt
onde a = b e f(t) é dada por f (t ) = e at , então
d 2x dx
− 2a + a 2 x = eat
dt 2 dt
Equação característica: s 2 − 2as + a 2 = 0
Solução: s1 = s2 = a
Resposta natural: xn = ( A1 + A2t )eat
Neste caso temos que tentar a resposta forçada: x f = At 2eat
Substituindo na expressão, obtemos: 2 Aeat = e at 1

A=
2
Modo prático geral para a obtenção da resposta forçada:
Se um termo de freqüência natural de xn está duplicado em xf, o termo em xf é

multiplicado pela menor potência de t que elimina a duplicação.
9.7 Resposta Completa
A resposta natural e a completa possuem constantes arbitrárias, que devem

satisfazer condições iniciais de energia armazenada.
Exemplo: calcular x(t) para t > 0 que satisfaça:
 dx(t ) t −3t
 dt + 2 x (t ) + ∫
5 x (t )dt = 16e
 0

 x(0 ) = 2
Diferenciando a primeira equação para eliminar a integral, obtemos:
dx 2
+ 5 x = −48e −3t
dx
+2
dt 2 dt
Equação característica: s 2 + 2 s + 5 = 0 s1,2 = −1 ± j 2

Resposta natural: xn = e −t [ A1 cos(2t ) + A2 sen (2t )]
Resposta forçada:
x f = Ae−3t
Substituindo em
dx 2
+ 5 x = −48e −3t
dx
+2
dt 2 dt
9 Ae −3t − 6 Ae −3t + 5 Ae −3t = −48e −3t
8 Ae−3t = −48e−3t
onde A = −6.
Resposta completa:
x = e −t [ A1 cos(2t ) + A2 sen (2t )] − 6e−3t

Determinação das constantes arbitrárias:
Necessitamos de 2 condições iniciais:
1) x(0) = 2
dx(0 ) 0
2) + 2 x(0 ) + 5 x(t )dt = 16e−3⋅0
∫
dt 0
dx(0 )
+ 2 ⋅ 2 + 5 ⋅ 0 = 16
dt
dx(0 )
= 12
dt
Aplicando a primeira condição inicial na resposta completa, obtemos:
x(0 ) = e− 0 [ A1 cos(2 ⋅ 0 ) + A2 sen (2 ⋅ 0 )] − 6e−3⋅0
2 = A1 − 6 A1 = 8
Diferenciando x = e−t [ A1 cos(2t ) + A2 sen (2t )] − 6e−3t obtemos:
= e−t [− 2 A1 sen (2t ) + 2 A2 cos(2t )] − e−t [ A1 cos(2t ) + A2 sen (2t )] + 18e−3t

dx
dt
dx(0 ) −0
= e [− 2 A1 sen (2 ⋅ 0 ) + 2 A2 cos(2 ⋅ 0 )] − e−0 [ A1 cos(2 ⋅ 0 ) + A2 sen (2 ⋅ 0 )] + 18e−3⋅0
dt
12 = 2 A2 − A1 + 18
Portanto A2 = 1.
Resposta final:
x = e −t [8 cos(2t ) + sen (2t )] − 6e −3t

Exemplo: Cálculo de v, t > 0, onde v1(0) = v(0) = 0 e vg = 5 cos(2000t) [V]
2 kΩ 1/8 µF
v1 2 kΩ
vg −
1 kΩ v
+
1 µF
Equação nodal de v1:

 1 1 
v + 10−6 1 = 0
1 1 1 dv
 + + v1 − vg −
 1 × 103 2 × 103 2 × 103  1 × 103 2 × 103 dt
4v1 − v + 2 × 10−3
dv1
= 10 cos(2000t )
dt
Equação nodal no nó inversor do op-amp:
v1 + × 10−6 = 0
1 1 dv
v1 = − × 10−3
1 dv
2 × 103 8 dt 4 dt
 1 dv  d 1 dv 
4 − × 10−3  − v + 2 × 10−3  − × 10−3  = 10 cos(2000t )
 4 dt  dt  4 dt 
d 2v dv
+ 2 × 103 + 2 × 106 v = −2 × 107 cos(2000t )
dt 2 dt
Equação característica: s 2 + 2 × 103 s + 2 × 106 = 0
Freqüências naturais: s1,2 = −1000 ± j1000
Resposta natural: vn = e−1000t [ A1 cos(1000t ) + A2 sen (1000t )]
Resposta forçada: v f = A cos(2000 t ) + B sen(2000 t )
Substituindo na equação diferencial, obtemos:
(− 2 A + 4 B )cos(2000t ) + (− 4 A + 2 B )sen(2000t ) = −20 cos(2000t )

Igualando os coeficientes resulta: − 2 A + 4 B = −20


− 4 A − 2 B = 0
onde obtemos A = 2 e B = −4.
Resposta completa:
v = e−1000t [ A1 cos(1000t ) + A2 sen (1000t )] + 2 cos(2000t ) − 4 sen (2000t )
Note que para t = 0+, temos:
( )
v1 0 + 1
= − × 10
( )
−3 dv 0
+
4 dt
Como v1(0+) = v1(0−) = 0, temos
( )
dv 0+
=0
dt
Note que v é a tensão sobre o capacitor de 1/8 µF, assim, v(0+) = v(0−) = 0, que
substituindo em
v = e−1000t [ A1 cos(1000t ) + A2 sen (1000t )] + 2 cos(2000t ) − 4 sen (2000t )
0 = e0 [ A1 cos(0 ) + A2 sen (0 )] + 2 cos(0 ) − 4 sen (0 )
A1 + 2 = 0 ⇒ A1 = −2
Derivando a equação acima e utilizando dv 0 +

= 0 , obtemos:
( )
dt
1000 A2 − 1000 A1 − 8000 = 0

onde A2 = 6
Resposta completa:
v = e−1000t [− 2 cos(1000t ) + 6 sen (1000t )] + 2 cos(2000t ) − 4 sen (2000t )

9.8 Circuito RLC Paralelo
i
+
ig R L v C
-
Em t = 0, existe:
• uma corrente inicial i(0) = I0 no indutor,
• uma tensão inicial v(0) = V0 no capacitor.
Equação de nó:
v(t ) 1 t dv(t ) d
+ ∫v(t )dt + I 0 + C = ig
R L 0 dt dt
d 2v1 dv 1 dig
C + + v=
2 R dt L dt
dt
Resposta natural:
d 2v 1 dv 1
C + + v=0
dt 2 R dt L
Equação característica:
1 1
Cs 2 + s+ =0
R L
Freqüências naturais:
1 1 4C
− ± − 2
R 2 L 1  1  1
s1,2 = R s1,2 = − ±   −
2C 2 RC  2 RC  LC
De acordo com o discriminante (1/R2 - 4C/L), existem 3 tipos de respostas:

superamortecido, subamortecido e amortecimento crítico.
Caso Superamortecido:
1 4C
− >0
R2 L
ou
L > 4 R 2C
Freqüências naturais são números reais e distintos, e temos o caso

superamortecido:
v = A1e s1t + A2e s2t
Das condições iniciais, para t = 0+, e do cálculo de
( )
v 0+ 1 0
+
+ v(t )dt + I 0 + C
dv 0+ ( )
R
+
L 0 ∫ dt
=0
( )= 0 ( ) = − V0 + RI0
Usada para
+ + determinar as
V0 dv 0 dv 0
+ I0 + C constantes
R dt dt RC
arbitrárias.
Exemplo: R = 1 Ω, L = 4/3 H, C = 1/4 F, V0 = 2 [V], I0 = -3 [A].
2
 
1  1 
2
1 1  1  1
s1,2 = − ±   − = ±   −
2 RC  2 RC  LC 2 ⋅ 1 ⋅ 1  2 ⋅ 1 ⋅ 1  4 1
⋅
4  4 3 4
onde s1 = −1 e s2 = −3, portanto
v = A1e−t + A2e−3t
Como,
v(0 ) = 2 [V ]
( )
dv 0+
= 4 [V/s ]
dt
podemos obter A1 = 5 e A2 = −3, resultando
v = 5e −t − 3e −3t
Esboço de v em função do tempo:
v
5e−t
v = 5e−t − 3e −3t
1 2 3 4 t
− 3e−3t
Note a falta de oscilações, o que é uma característica de superamortecimento.

Caso Subamortecido:
1 4C
− <0
R2 L
ou
L < 4 R 2C
Freqüências naturais são números complexos, e temos o caso subamortecido.

Neste caso a resposta contém senos e cossenos e portanto a resposta oscila.
Definições:
• Freqüência de ressonância: ω0 =
1
[rad/s]
LC
• Coeficiente de amortecimento: α =
1
[Np/s]
2 RC
• Freqüência amortecida: ωd = ω02 − α 2 [rad/s]
2
1  1  1
s1,2 = − ±   − = −α ± jωd
2 RC  2 RC  LC
Resposta:
v = e −αt [ A1 cos(ωd t ) + A2 sen (ωd t )]
que possui uma natureza oscilatória.

Exemplo: R = 5 Ω, L = 1 H, C = 1/10 F, V0 = 0 [V], I0 = −3/2 [A].

1 1
ω0 = = = 10
LC 1 ⋅ 1 / 10
1 1
α= = =1
2 RC 2 ⋅ 5 ⋅ 1 / 10
ωd = 10 − 1 = 3
assim,
v = e −t [ A1 cos(3t ) + A2 sen (3t )]
Das condições iniciais, temos v(0) = 0, dv(0+)/dt = 15, logo A1 = 0 e A2 = 5.
Portanto,
v = 5 e−t sen (3t )
v
5e−t
v = 5 e−t sen (3t )
2π/3 4π/3 t
− 5e−t
Note a natureza oscilatória da resposta. A resposta é zero nos pontos onde a

senóide é zero, que são determinados pela freqüência amortecida.
Caso de Amortecimento Crítico:
1 4C
− =0
R2 L
ou
L = 4 R 2C
Freqüências naturais são reais e iguais, dadas por s1 = s2 = α.
onde
α=
1
[Np/s]
2 RC
Resposta:
v = ( A1 + A2t )e−αt
Exemplo: R = 1 Ω, L = 1 H, C = 1/4 F, V0 = 0 [V], I0 = -1 [A].
1 1
α= = =2
2 RC 2 ⋅ 1 ⋅ 1 / 4
assim, A1 = 0 e A2 = 4.
Resposta:
v = 4t e − 2t
v = 4t e − 2t
1 2 t
Para cada caso do circuito RLC paralelo, o valor em regime permanente da

resposta natural é zero, porque a resposta contém um fator eat, onde a < 0.
9.9 Circuito RLC em Série
i L R
+ +
vg v C
− -
Em t = 0, existe:
• uma corrente inicial i(0) = I0 no indutor,
• uma tensão inicial v(0) = V0 no capacitor.
Equação do laço, para t > 0:

d
di 1 t dt d 2i di 1 dv g
L + Ri +
dt C 0 ∫
i dt + V0 = v g L
dt 2
+R + i=
dt C dt
2
R  R 1
s1,2 = − ±   −
2L  2L  LC
O circuito RLC em série está superamortecido se:
2
 R 1 C>
4L
  − >0
 
2 L LC R2
Resposta: i = A1e s1t + A2e s2t
O circuito RLC em série está criticamente amortecido se:
2
 R 1 C=
4L
  − =0
 2L  LC R2
Resposta: i = ( A1 + A2t )e s1t

O circuito RLC em série está subamortecido se:
2
 R 1 C<
4L
  − <0
 2L  LC R2
Freqüência de ressonância: ω0 =
1
[rad/s]
LC
Coeficiente de amortecimento: α=
R
[Np/s]
2L
Freqüência amortecida: ωd = ω02 − α 2 [rad/s]
Resposta: i = e−αt [ A1 cos(ωd t ) + A2 sen (ωd t )]

Exemplo: Encontrar v, para t > 0, onde v(0) = 6 V e i(0) = 2 A.

i 1H 2Ω
+ +
vg = 10 V v 1/5 F
− -
v = vn + v f
di t
1 + 2i + 5∫ i dt + 6 = 10
dt 0
dv 1 dv
mas i=C =
dt 5 dt
1 d 2v 2 dv 5
+ + v + 6 = 10
5 dt 2 5 dt 5
Resposta natural:
d 2v dv
+2 + 5v = 0
dt 2 dt
Podemos obter a equação característica: s 2 + 2 s + 5 = 0
cujas raízes complexas são: s1,2 = −1 ± j 2
Resposta natural: vn = e−t [ A1 cos(2t ) + A2 sen (2t )]
Resposta forçada:
Como o capacitor é um circuito aberto e o indutor é um curto circuito em regime

permanente, temos que if = 0 e vf = 10 V.
Resposta completa: v = e−t [ A1 cos(2t ) + A2 sen (2t )] + 10
Como v(0) = 6 V, temos 6 = e0 [ A1 cos(0 ) + A2 sen (0 )] + 10 = A1 + 10 A1 = −4
mas
( )
1 dv 0+
= i (0 ) = 2
( )
dv 0+
= 10 10 = 2 A2 − A1 A2 = 3
5 dt dt
assim,
v = e −t [− 4 cos(2t ) + 3 sen (2t )] + 10
Exemplo: Encontrar v, para t > 0, onde v(0) = 6 V e i(0) = 2 A.

i 1H 2Ω
+ +
vg = 4 cos(t) [V] v 1/5 F
− -
dv 1 dv
i=C =
dt 5 dt
di 1 d 2v
=
dt 5 dt 2
d 2v dv
+2 + 5v = 20 cos(t )
dt 2 dt
Resposta natural: vn = e−t [ A1 cos(2t ) + A2 sen (2t )]

Resposta forçada:
v f = A cos(t ) + B sen (t )
d2
2
[ A cos(t ) + B sen (t )] + 2 [ A cos(t ) + B sen (t )] + 5[ A cos(t ) + B sen (t )] = 20 cos(t )
d
dt dt
(4 A + 2 B )cos(t ) + (4 B − 2 A)sen (t ) = 20 cos(t )
Assim, obtemos A = 4 e B = 2.
Resposta completa: v = e−t [ A1 cos(2t ) + A2 sen (2t )] + 4 cos(t ) + 2 sen (t )
Condições iniciais: v(0) = 6 e i(0) = 2.
v(0 ) = e0 [ A1 cos(0 ) + A2 sen (0 )] + 4 cos(0 ) + 2 sen (0 ) = 6
A1 + 4 = 6 A1 = 2
( )
dv 0+
= 10 10 = 2 A2 − A1 + 2 A2 = 5
dt
v = e−t [2 cos(2t ) + 5 sen (2t )] + 4 cos(t ) + 2 sen (t )
9.10 Métodos Alternativos para a Obtenção das Equações Representativas
Dois métodos para simplificar os processos de obtenção da equação

representativa de um circuito RLC serão apresentados.
Uma única equação é necessária, que após a diferenciação, se torna a equação

representativa.
Entretanto, em circuitos de 2ª ordem podem existir duas equações simultâneas,

das quais a equação representativa é obtida por um processo de eliminação.
Exemplo: Para t > 0.

t=0 4Ω
a
i
6Ω
+ +
vg v 1/4 F
− 10 V v1
-
1H
b
v − vg referência
v − v1 1 dv
nó a: + + =0
4 6 4 dt
v1 − v t
nó v1: + ∫ v1dt + i(0) = 0
6 0
Para se obter a equação representativa em termos de v do circuito devemos
eliminar v1, assim, o resultado é:
d 2v dv dvg
+ 7 + 10v = + 6vg
2 dt dt
dt
1º Método:
d
Definição: operador de diferenciação: D =
dt
então, por exemplo,
dx
a + bx = aDx + bx = (aD + b )x
dt
Assim, reescrevendo as equações de nós, temos
v − vg v − v1 1 dv 1 5 1
+ + =0
1
 D + v − v1 = vg (3D + 5)v − 2v1 = 3vg
4 6 4 dt 4 12  6 4
d  v1 − v t  1 1 
+ ∫0 1
v dt + i (0 ) =0 − Dv +  D + 1v1 = 0 − Dv + ( D + 6 )v1 = 0
dt  6  6 6 
As variáveis não podem ser comutadas com os operadores nas expressões.

(D + 6)(3D + 5)v − 2(D + 6)v1 = 3(D + 6)vg

− 2 Dv + 2( D + 6 )v1 = 0
[(D + 6)(3D + 5) − 2 D ]v = 3(D + 6)vg
Multiplicando os operadores como se eles fossem polinômios, agrupando os

termos e dividindo por 3, resulta:
(D2 + 7 D + 10) v = (D + 6) vg
Substituindo o operador obtemos a equação representativa do circuito:
d 2v dv dvg
+7 + 10v = + 6vg
dt 2 dt dt
O procedimento pode também ser feito através de determinantes:
Regra de Cramer para obter v das equações:
(3D + 5)v − 2v1 = 3vg

− Dv + ( D + 6 )v1 = 0
∆
dada por v = 1
∆
onde
3D + 5 − 2
∆=
−D D+6
3vg −2
∆1 = = 3( D + 6 )vg
0 D+6
Então, ∆v = ∆1
2º Método:
O segundo método é uma mistura dos métodos de laço e de nó, onde

selecionamos as correntes de indutor e as tensões do capacitor como
incógnitas.
Em seguida, aplicamos a lei de Kirchhoff de tensões ao redor do laço que

contém um único indutor e a lei de Kirchhoff de correntes nos nós que tenham
somente um capacitor conectado.
Cada equação, portanto, possui somente uma derivada de corrente de indutor

ou de tensão de capacitor, e nenhuma integral.
Exemplo: i e v são incógnitas (variáveis de estado do circuito). Para t > 0.

t=0 4Ω
a
i
6Ω
+ +
vg v1 v 1/4 F
− 10 V
-
1H
v − vg 1 dv 1 dv v − v g
Nó a: +i+ =0 i=− −
4 4 dt 4 dt 4
di  1 dv v − v g  d  1 dv v − vg 
Malha direita: v = 6i + v = 6 − −  + dt − 4 dt − 4 
dt  4 dt 4   
d 2v dv dvg
+ 7 + 10v = + 6v g
2 dt dt
dt
Vantagens:
• não aparecem integrais.
• uma variável desconhecida é encontrada em função das outras.
• condições iniciais da primeira derivada são facilmente obtidas para uso

na determinação das constantes arbitrárias na solução geral.
Por exemplo, da figura anterior, temos i(0) = 1 A e v(0) = 6 V, assim substituindo

em:
v − vg 1 dv
+i+ =0
4 4 dt
obtemos:
6 − v g 0+ ( ) + 1 + 1 dv(0+ ) = 0 dv 0+( ) ( )
= vg 0+ − 10
4 4 dt dt
Este método pode ser grandemente facilitado pelo uso de teoria dos gráficos,
fazendo:
• indutores são colocados nos enlaces, cujas correntes constituem um

conjunto independente de correntes.
• capacitores são colocados na árvore, cujas tensões de ramo constituem

um conjunto independente de tensões.
Cada indutor L é um enlace com corrente i, que forma um laço onde os outros
elementos são unicamente ramos de árvore.
Portanto, a lei de Kirchhoff de tensões aplicada ao redor do laço conterá

somente um termo derivado L di .
dt
Este laço é único no gráfico se o único enlace adicional à árvore é L.
Por exemplo:
a
+
v1 v
vg
i
−
−
b
Laço que contém o indutor de 1 H: a, v1, b, a, que fornece:
di di
6i + −v =0 v = 6i +
dt dt
Cada capacitor é um ramo da árvore cuja corrente, em conjunto com as

correntes de enlace, constituem um conjunto de correntes saindo de um nó.
Se um capacitor é retirado do circuito, a árvore é separada em duas partes

conectadas apenas por enlaces.
As três correntes são mostradas atravessando a linha vermelha através do

capacitor, denominada v, e dois enlaces, somado com zero pela lei de Kirchhoff
de correntes, o que é descrito por:
a
+
+ v − vg 1 dv
+i+ =0
4 4 dt
v1 v
vg
i
−
−
b

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EA-513 – Circuitos Elétricos I DECOM-FEEC-UNICAMP

Circuitos de Segunda Ordem

9.1 Circuitos com Dois Elementos Armazenadores

2  d 2i2 di2  12  di2 

d 2i2 di Equação diferencial

Circuitos de 2ª ordem normalmente possuem 2 elementos armazenadores de

Existem exceções à regra de que circuitos com 2 elementos armazenadores

Com o nó de referência escolhido, as tensões v1 e v2 resultam em duas

9.2 Equações de 2ª Ordem

Equação genérica de 2ª ordem:

onde os ai são constantes reais.

Solução: resposta completa é igual a soma da resposta natural com a resposta

x deve conter também duas constantes arbitrárias para satisfazer as duas

Resposta natural xn:

Resposta quando f(x) = 0, ou seja, a resposta deve satisfazer a equação:

Resposta forçada xf:

A resposta deve satisfazer a equação original:

Somando as duas equações e rearranjando os termos, obtemos

A resposta natural contém duas constantes arbitrárias e a resposta forçada não.

resposta natural ≡ solução complementar

resposta forçada ≡ solução particular

Exemplo: Mostre que x1 = A1 exp(− 2t ) e x2 = A2 exp(− 3t ) são soluções de

Substituindo x1 = A1 exp(− 2t ) na expressão acima resulta:

4 A1 exp(− 2t ) − 10 A1 exp(− 2t ) + 6 A1 exp(− 2t ) =

Substituindo x2 = A2 exp(− 3t ) na expressão anterior resulta:

9 A2 exp(− 3t ) − 15 A2 exp(− 3t ) + 6 A2 exp(− 3t ) =

9.3 Resposta Natural

A resposta natural xn deve satisfazer a equação homogênea:

A e s são constantes a serem determinadas.

Substituindo xn = Ae st na equação homogênea, obtemos

Como Aest não pode ser 0, pois isto faria xn = 0, então

s 2 + a1s + a0 = 0 equação característica

xn1 = A1e s1t

xn = xn1 + xn 2 = A1e s1t + A2e s2t

é uma solução geral da equação homogênea, quando s1 e s2 são raízes

Exemplo: equação homogênea

As raízes são s1 = -2 e s2 = -8.

i2 = A1e − 2t + A2e −8t

Os números s1 = -2 e s2 = -8 são denominadas de freqüências naturais do

As constantes de tempo dos dois termos são τ1 = 1/2 e τ2 = 1/8.

9.4 Tipos de Freqüências Naturais

As freqüências naturais são as raízes da equação característica, portanto, elas

A natureza das raízes são determinadas pelo discriminante ∆ = a12 – 4a0.

> 0 raízes reais e distintas

Exemplo: resposta é a tensão v.

Raízes Reais e Distintas: Caso Superamortecido

Neste caso a resposta natural é dada por:

xn = A1e s1t + A2e s2t

Exemplo: se R = 6 Ω no exemplo anterior, temos

vn = A1e − 2t + A2e −5t

Raízes Complexas: Caso Subamortecido

As freqüências naturais são complexas do tipo:

Neste caso a resposta natural é dada por:

Forma mais conveniente:

Fórmula de Euler: e jθ = cosθ + j sen θ ou e− jθ = cosθ − j sen θ

= eαt [( A1 + A2 ) cos β t + j ( A1 − A2 )sen β t ]

Exemplo: Se R = 1 Ω no exemplo anterior, temos

vn = e−t [B1 cos(2t ) + B2 sen (2t )]

onde B1 e B2 são arbitrários.

Raízes Reais e Iguais: Caso de Amortecimento Crítico

As freqüências naturais são reais do tipo:

Neste caso a resposta natural é dada por:

Então, existe somente uma constante arbitrária independente.

Para se ter freqüências naturais idênticas, a equação característica deve ser