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, INTRODUÇÃO
Relatos históricos nos fazem perceber que a Defesa Pessoal, ou a necessidade de alto
defesa, foi a mãe das Artes Marciais, estas, variando em muitos aspectos como, cultura,
religião, características estrutural de um povo etc. Mas em todos os estilos objetiva-se a
garantia da integridade pessoal. Seja utilizadas em guerras, seja por indivíduos pacatos que
pretendem garantir seu direito de paz, mesmo que para isso tenham que se utilizar da força
necessária. Isso nos traz a outra garantia que temos sobre a origem da Defesa Pessoal: ela
foi criada para que pessoas mais fracas, através do conhecimento técnico, possam
superar pessoas mais fortes em um combate ou situação de risco. Como exemplo, temos a
história da origem do Jiu-Jítsu, arte marcial de origem indiana, mas difundida mundialmente
pelo estilo brasileiro da família Gracie. Há cerca de 2500 anos, nascia, ao norte da Índia, o
príncipe SIDDHARTHA GAUTAMA, membro da tribo SAKYA. Homem culto e de grande
inteligência, lançou as bases da religião que traria o seu nome e logo desenvolve-se por toda
a Índia. Dentre seus seguidores – monges de longínquos monastérios obrigados a percorrer
pelo interior da Índia, em longas caminhadas, tendo de se defender contra assaltos de
bandidos que infestavam a região – apareceram aqueles que realmente são os criadores da
luta que permitia sua defesa sem o uso de armas atentatórias à moral de sua religião. Assim
nasceu o JIU-JITSU – com o espírito de defesa que é a sua essência.
A aplicação de leis físicas, tais como “sistema de alavanca, momento de força, equilíbrio,
centro de gravidade e o estudo minucioso dos pontos vitais do corpo humano” propiciou a
seus criadores fazer do JIU-JITSU uma arte científica de luta. Vale salientar que dessa
mesma origem, dessa mesma semente, saíram vários estilos de Autodefesa, como por
exemplo, o Aikido e outras Artes que, como o Judô, que tem em sua essência os princípios
das alavancas e da utilização da força do oponente contra ele mesmo.
Porém tal poder não pode ser utilizado de forma discricionária, e isso é regido tanto pela
Constituição Federal de 1988, quanto por códigos e leis que procuram regulamentar,
fundamentando as atitudes cabíveis para determinadas situações.
O estudo do Uso Progressivo da Força é composto por uma série de princípios e escalas de
atitudes que o Agente Público responsável pela segurança da sociedade deve ter em mente,
de forma quase que automática, para que, em questão de segundos, pensem qual a medida
legal cabível dentro de tal situação de risco.
Fazendo uma breve análise do que seria essa escala gradual do Uso Progressivo da Força,
temos, desde a simples presença do Agente Publico, passando pelo comando verbal,
contenção física,..., armamentos menos letais, até a utilização da força letal, nesse caso
respaldado apenas no que diz o artigo 23 do Código Penal Brasileiro (CPB) em seu inciso II
(legítima defesa).
A tabela abaixo retrata de forma resumida as situações e medidas cabíveis a ela, valendo
salientar que a percepção e fatores externos podem justificar atitudes fora desse
organograma, já que têm que ser levadas em consideração as incertezas e a não
previsibilidade do cotidiano funcional do Agente de Segurança Publica.
Princípio da repetição: Deve ser exercitado até se tornar automaticamente perfeito em sua
reação, e mesmo assim continuar com a sua manutenção e treinamentos constantes.
Princípio da dor: A dor é o domínio sobre seu adversário, quanto maior a dor, maior o
domínio. Podemos imobilizá-lo, distraí-lo ou lesioná-lo gravemente tirando-o de combate.
Princípio da mudança: Quando uma técnica não der certo, mude para outra.
Preferencialmente utilizando as barreiras de uma como alavanca para outra.
Princípio da versatilidade: Uma técnica para várias situações, e várias técnicas para uma
situação.
Dentre os principais PONTOS SENSÍVEIS (ou VITIAIS), podemos atribuir, de forma não
engessada (rígida) suas utilizações na DEFESA PESSOAL POLICIAL.
P.S.: O chamado “EFEITO SUPRESA” ocorre quando não se possibilita o estudo mínimo da
“CENA CRÍTICA”, fragilizando, e muito, a eficácia da DEFESA PESSOAL POLICIAL.
CONCLUSÃO
Não podemos definir um bom treinamento, visando à obtenção de uma boa técnica de
defesa pessoal, se não treinarmos, além de repetições exaustivas de inúmeras
técnicas, os fatores perceptivos do meio e do estado psicológico.