Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
ÍNDICE
Conteúdo Págs.
01 Linguagem Literária....................................................................................... 03
02 Figuras de Linguagem.................................................................................... 03
03 Gêneros Literários.......................................................................................... 04
04 Formas Literárias............................................................................................ 05
05 Literatura........................................................................................................ 06
06 Estilo............................................................................................................... 06
07 Romantismo no Brasil.................................................................................... 07
08 Antonio Gonçalves Dias................................................................................. 08
09 José de Alencar............................................................................................... 09
10 O Realismo no Brasil..................................................................................... 09
11 Machado de Assis........................................................................................... 10
12 O Naturalismo................................................................................................ 10
13 Aluízio de Azevedo........................................................................................ 10
14 Pré-Modernismo............................................................................................. 11
15 Monteiro Lobato............................................................................................. 11
16 O Modernismo................................................................................................ 12
17 Manoel Bandeira............................................................................................ 14
18 Mário de Andrade........................................................................................... 15
19 Carlos Drummond de Andrade....................................................................... 16
20 Cecília Meireles.............................................................................................. 17
21 Jorge Amado................................................................................................... 19
22 José Lins do Rêgo........................................................................................... 20
23 Graciliano Ramos........................................................................................... 19
24 Érico Veríssimo.............................................................................................. 20
25 Clarice Lispector............................................................................................ 24
26 João Cabral de Melo Neto.............................................................................. 24
27 Tendências Contemporâneas.......................................................................... 26
28 Lista de Obras para Leitura............................................................................ 29
29 Textos para Interpretação............................................................................... 30
30 Produção de Texto – Dissertação................................................................... 38
31 Gramática – Verbos Irregulares – Exercícios ................................................ 43
32 Concordância Verbal...................................................................................... 48
33 Concordância Nominal................................................................................... 50
34 Regência Verbal............................................................................................. 52
35 Palavras e Expressões que Apresentam Dificuldades.................................... 55
36 Quadro de Resposta dos Exercícios............................................................... 60
37 Bibliografia..................................................................................................... 63
3
1 - LINGUAGEM LITERÁRIA
Denotação Conotação
E X E R C Í C I O Nº 1
1.1 - Diga em que sentido foi empregada a palavra assinalada (denotativo ou conotativo).
a) Ele é o cabeça da revolução.
b) Doía-lhe a cabeça e nem o médico descobria a causa.
c) A margem esquerda do rio era coberta por densa floresta.
d) Vivia à margem da sociedade, fugindo de todos.
e) Madame entregou as jóias.
f) Ela é uma jóia de menina.
2 - GÊNEROS LITERÁRIOS
Damos o nome de épico ou narrativo ao texto em que alguém (o narrador) conta uma
história na qual há personagens que executam suas ações num determinado espaço físico durante
5
certo tempo. O encadeamento dos fatos forma o enredo da narrativa. O texto narrativo pode ser
escrito em verso ou em prosa.
2.3 Gênero Dramático
Observação
Dificilmente uma obra se enquadra em apenas um gênero literário. Os
romances, por exemplo, apesar de narrativos (épicos, portanto), estão cheios de
lirismo.
3 - FORMAS LITERÁRIAS
3.1 Prosa
3.2 Verso
4 - LITERATURA
A palavra literatura surgiu do latim littera (letra) e significa, hoje, a arte que se expressa
através da escrita, explorando todas as suas potencialidades, todas as possibilidades dos signos
lingüísticos, dando-lhes um valor singular e combinando-os criativamente.
Antigamente, no entanto, denominava-se "literatura" tudo que se referisse à escrita, tanto
que esse termo chegou a ser considerado sinônimo de gramática. Só a partir do século XVIII, esses
conceitos se separam, tornando-se a gramática "o ensino da língua" e a literatura "a arte de se
expressar livremente através da palavra, usando a imaginação".
5.1 Poesia
Três gerações sucederam-se ao longo do Romantismo no Brasil.
a) 1ª Geração
Obras de temática religiosa e mística; poesia da natureza marcada por forte sentimento
nacionalista.
• Gonçalves de Magalhães
• Gonçalves Dias
8
b) 2ª Geração
Obras que revelam acentuado individualismo e subjetivismo. É a poesia da dúvida, da
desilusão, do negativismo diante da vida (mal do século).
Os poetas dessa geração também são chamados de byronianos, graças à influência neles
exercida por Lorde Byron, poeta inglês que cultuou a temática do amor e da morte.
• Álvares de Azevedo
• Cassimiro de Abreu
• Junqueira Freire
• Fagundes Varela
c) 3ª Geração (condoreira)
O nome provém de condor, ave que voa a grandes altitudes. A poesia condoreira busca palavras
de sentido vasto e elevado, de grande força expressiva, traduzindo a idéia de imensidão e infinito.
Temas de natureza social, como abolicionismo, inspiram seus autores.
• Castro Alves
5.2 Ficção
A prosa de ficção romântica foi constituída pelo romance, uma nova forma narrativa que
entre nós apresentou as seguintes variantes:
a) Romance Indianista: a natureza brasileira é o cenário desse tipo de romance que faz dos
indígenas as personagens centrais da trama, geralmente fantasiosa e poetizada.
• José de Alencar
b) Romance Urbano: ambientado na Corte do Rio de Janeiro, constituiu o registro da moral e dos
bons costumes da sociedade burguesa do Segundo Império.
• José de Alencar
• Joaquim Manoel Macedo
• Manoel Antônio de Almeida (obra ambientada no Vice-Reinado)
d) Romance Histórico: encontra seus temas e personagens na sociedade fidalga dos tempos
coloniais. Bandeirantes e aventureiros se destacavam na reconstituição imaginosa de nosso
passado histórico.
• José de Alencar
Estudou direito em Coimbra, leu os clássicos e os principais autores europeus, foi jornalista,
professor do Colégio Dom Pedro Segundo, no Rio de Janeiro, pesquisou os costumes e a língua dos
índios e foi um grande poeta romântico.
Acham-se presentes em seus versos:
• O ambiente e a terra brasileira;
• As tradições, a valentia e a honra dos índios;
• O amor lírico impulsivo e veemente, a saudade, a tristeza, a solidão, a religiosidade.
Obras:
Primeiros Cantos, Segundos Cantos, Últimos Cantos, Sextilhas do Frei Antão, Os Timbiras,
Dicionário da Língua Tupi etc.
JOSÉ DE ALENCAR
Alencar é considerado o maior romancista romântico de nossa literatura. Tem estilo poético,
lírico, livre, muito pessoal. Seus romances trazem os aspectos históricos da formação do nosso
povo, da nossa gente, com sua linguagem e seus costumes.
O meio ambiente e a paisagem são valorizados e o ser humano aparece integrado neles. Seus
romances abordavam vários aspectos, podendo mesmo ser catalogados assim:
a) romances indianistas, em que focaliza os primeiros donos do Brasil e seus contatos com a
civilização portuguesa colonizadora;
b) romances históricos, em que aparece o nosso passado histórico, com aspectos coloniais e
sentimento nativista
c) romances regionalistas, em que aparecem aspectos regionais, como o folclore, os costumes,
tipos tradicionais, as paisagens características;
d) romances urbanos, em que se revela o meio social carioca do tempo do Segundo Reinado. Ele
mostra o materialismo, a corrupção da alta sociedade da época.
Obras:
1- Romances indianistas: O Guarani, Iracema, Ubirajara.
2- Romances históricos: As Minas de Prata, A Guerra dos Mascates, Alfarrábios.
3- Romances regionalistas: O Gaúcho, o Sertanejo, o Tronco do Ipê, Til.
4- Romances urbanos: Cinco Minutos, A Viuvinha, Diva, Lucíola, Senhora, A Pata da Gazela,
Sonhos d'Ouro, Encarnação.
5- Crônica: Ao Correr da Pena.
6- Poema: Os Filhos de Tupã.
7- Teatro: Demônio Familiar, Verso e Reverso, As Asas de um Anjo, Mãe, O Jesuíta.
MACHADO DE ASSIS
São obras da segunda fase, na qual o autor chega à maturidade literária e entra de fato no
Realismo:
a) Romances: Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó,
Memorial de Aires.
b) Contos: Papéis Avulsos, Histórias sem Data, Relíquias de Casa Velha, Páginas Recolhidas,
Várias Histórias.
c) Crônica: A Semana.
d) Poesia: Ocidentais.
e) Crítica: crítica literária, crítica teatral.
6.1 O Naturalismo
Aluísio foi dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Escreveu muito, por
necessidade econômica. Sua linguagem simples (usa muito a ordem direta da frase) torna-o
comunicativo. Seus temas são os conflitos humanos, vistos à luz dos princípios do naturalismo (o
ser humano é produto do meio, da educação, dos joguetes do destino).
Suas obras principais são:
O Mulato, O Cortiço, Casa de Pensão (consideradas suas obras-primas), O Homem, O
Coruja, Uma Lágrima de Mulher, A Condessa Vésper, O Livro de uma Sogra, A Mortalha de
Alzira.
O Cortiço foi levado às telas do cinema, sob a direção de Francisco Ramalho Jr., com a atriz
Betty Faria, representando a personagem Rita Baiana.
Raul de Leoni, Augusto dos Anjos, Coelho Neto, Afrânio Peixoto, João Simões Lopes Neto,
Alcides Maia, Afonso Arinos, Valdomiro Silveira, Hugo de Carvalho Ramos, Alberto Torres,
Oliveira Viana, Farias Brito, Carlos Leat, Jackson de Figueiredo e Nestor Vitor.
Após ter sido fazendeiro por alguns anos, vende a fazenda, vem para São Paulo e entrega-se
às atividades literárias. Como editor, fez campanhas nacionalistas, sobretudo a favor do petróleo, do
ferro, da educação e da saúde. Monteiro Lobato é considerado o nosso maior escritor de literatura
infanto-juvenil.
Obras:
Urupês, Problemas Vitais, Cidades Mortas, Idéias de Jeca Tatu, Negrinha, A Onda Verde, O
Macaco que se Fez Homem, Mundo da Lua, O Choque das Raças ou O Presidente Negro, Ferro,
12
8 - MODERNISMO
8.1 A Semana
Nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, realizou-se a
histórica Semana, com recitais, conferências, musicais e exposições.
Vejamos como Manoel Bandeira reportou os acontecimentos importantes da Semana e seus
desdobramentos:
"Enchera-se à cunha o Teatro Municipal, os poetas deram ruidosos vaiados, mas sua ação
continuou depois da Semana, nas páginas da revista Klaxon e outras que se foram
sucedendo. Culminou a ousadia, degenerando em tumulto, quando no próprio seio da
Academia Brasileira e com grande escândalo de seus confrades acadêmicos, Graça
Aranha proferiu em 1924 um discurso inflamado, proclamando que a fundação da
Academia fora um 'equívoco e um erro'. Mas já que existia, acrescentava, 'que viva e se
transforme', admitisse nela as coisas desta terra informe, paradoxal, violenta, todas as
forças ocultas do nosso caos" (...).
Esse momento já havia sido preparado pelo Pré-Modernismo. A sucessão intempestiva das
vanguardas européias difundiu pelo mundo seus manifestos e suas pretensões.
A Semana de Arte Moderna foi o evento que assinalou oficialmente o início do Modernismo
brasileiro. No campo da literatura, surgiam Oswald e Mário de Andrade; na pintura, Anita
Malfatti, Tarsila do Amaral e Di Cavalcante; na música, Villa-Lobos; na escultura, Victor
Brecheret; e na arquitetura, Antônio Moya.
Antes dessa data, houve tentativas de inovação no plano formal, mas não com tanta força. O
Modernismo apresentou uma ruptura radical com os movimentos anteriores, desconhecendo desta
vez Portugal, pura e simplesmente. O tema da nacionalidade voltou a ocupar o primeiro plano nas
manifestações artísticas. A transplantação e a importação cultural deveriam urgentemente ser
revistas. Para tanto, o evento de 22 seria decisivo.
13
8.2 Características
Observe:
"... se alastrou pelo Brasil o espírito destruidor do movimento. Isto é o seu sentido
verdadeiramente específico. Porque, embora lançando inúmeros processos de idéias
novas, o movimento modernista foi essencialmente destruidor. (...)
Mas esta destruição não apenas continha todos os germes da atualidade, como era
uma convulsão profundíssima da realidade brasileira. O que caracteriza esta realidade que
o modernismo impôs é, a meu ver, a fusão de três princípios fundamentais: o direito
permanente à pesquisa estética; a atualização da inteligência artística brasileira e a
estabilização de uma consciência criadora nacional."
14
MANUEL BANDEIRA
Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu no Recife, em 1886. Buscou na própria
vida inspiração para seus grandes temas: de um lado, a família, a morte, a infância no Recife, o rio
Capibaribe; de outro, a constante observação da rua por onde transitam os mendigos, as prostitutas,
os pobres meninos carvoeiros, as Irenes pretas, os carregadores da feira-livre, todos falando o
português gostoso do Brasil. E, em tudo, o humor, certo ceticismo, uma ironia por vezes amarga, a
tristeza e a alegria dos homens, a idealização de um mundo melhor - enfim, um canto de
solidariedade ao povo.
A trajetória poética da Bandeira revela a busca constante de novas formas de expressão. Para
ter idéia desse dinamismo do escritor, leia dois fragmentos que tratam do mesmo assunto. Observe a
data de publicação de cada um deles:
MÁRIO DE ANDRADE
Mário Raul de Morais Andrade nasceu em São Paulo, em 1893, e morreu em 1945.
Além da participação ativa na Semana de Arte Moderna, dedicou-se a várias atividades
culturais, tendo sido inclusive diretor do Departamento de Cultura do Município de São Paulo.
O volume de estréia de Mário de Andrade - Há uma Gota de Sangue em Cada Poema -,
publicado em 1917, retrata a Primeira Guerra Mundial e mostra-nos o autor ainda influenciado
pelas escolas literárias anteriores à Semana, com poesias que obedecem às normas estéticas, como a
metrificação e a rima, de nítida influência parnasiana. Sua poesia manifesta-se modernista a partir
do livro Paulicéia Desvairada, rompendo com todas as estruturas ligadas ao passado. O livro tem
como musa inspiradora, ou melhor, como objeto de análise e constatação, a cidade de São Paulo e
seu provincianismo, o rio Tietê, o largo do Arouche, o Anhangabaú, a burguesia, a aristocracia, o
proletariado; uma cidade multifacetada, uma colcha de retalhos, uma roupa de arlequim - uma
cidade "arlequinal".
Poesia
Festa Familiar
"Em outubro de 1930
Nos fizemos - que animação! -
Um pic-nic com carabinas"
Cota zero
16
"Stop
A vida parou ou foi o automóvel!?"
(Carlos Drummond de Andrade)
Destacaram-se, entre outros, nesta fase:
Carlos Drummond de Andrade nasceu em 1902, em Itabira, Minas Gerais, região rica em
ferro.
(Confidência do Itabirano)
Fez seus primeiros estudos em Minas Gerais. Em 1918, estuda como interno no Colégio
Anchieta, da Companhia de Jesus, em Friburgo, sendo expulso no ano seguinte, após um incidente
com seu professor de Português. Forma-se em Farmácia, mas vive de lecionar Português e
Geografia em Itabira. Em 1934, transfere-se para o Rio de Janeiro, assumindo um cargo público no
Ministério da Educação.
A partir da década de 1950, Drummond dedica-se integralmente à produção literária. Além
de novos livros de poesia, contos e algumas traduções, intensifica o seu trabalho de cronista. Morre
no Rio de Janeiro, em 1987.
Carlos Drummond de Andrade é, sem dúvida, o maior nome da poesia contemporânea
brasileira. Sua obra poética acompanha a evolução dos acontecimentos, registrando todas as
"coisas" (síntese de um universo fechado, despersonificado) que o rodeiam e que existem na
realidade do dia-a-dia. São poesias que refletem os problemas do mundo, do ser humano brasileiro e
universal diante dos regimes totalitários, da Segunda Guerra Mundial, da Guerra Fria.
Entretanto, é na temática que se percebe uma nova postura do artista, que passa a questionar
com maior vigor a realidade e – fato extremamente importante – passa a se questionar tanto como
um indivíduo em sua "tentativa de exploração e de interpretação do "estar no mundo" como em seu
papel da artista. O resultado é uma literatura mais construtiva e mais politizada, que não quer e não
pode se afastar das profundas transformações ocorridas nesse período; daí também o surgimento de
um corrente mais voltada para o espiritualismo e o intimismo, como fruto dessa inquietação: é o
caso de Cecília Meireles, de uma fase de Murilo Mendes, Jorge de Lima e Vinícius de Morais.
17
E X E R C Í C I O Nº 2
Observe:
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou
o povo sumiu,
.............................
se você morresse...
Mas você não morre,
Você é duro, José!
...............................
você marcha, José!
José, para onde?
CECÍLIA MEIRELES
Motivo
1) a musicalidade
"Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada."
Retrato
Os dois textos de Cecília Meireles são marcados por uma preocupação constante em sua
obra: a fugacidade do tempo. Repare nos versos "Irmão da coisas fugidas", "Atravesso noites e
dias no vento" "- em que espelho ficou perdida a minha face?
EXERCÍCIO Nº3
Pesquise e resolva:
Em boa parte da obra de Cecília Meireles, a realidade exterior transportada para o poema
reduz-se quase exclusivamente a elementos móveis, etéreos, instáveis, efêmeros.
Esses elementos são metáforas para a falta de duração de tudo e, conseqüentemente, a falta de
sentido da própria existência.
Quando abandona esse recorte do mundo natural acima citado, e volta-se para nosso passado
histórico, Cecília Meireles produz a obra considerada por muitos o melhor livro da escritora. Essa
obra é:
a) Espectros
b) Retrato Natural
c) Escolha o seu Sonho
d) O Romanceiro da Inconfidência
Prosa
Período de construção, com idéias literárias inovadoras e coerentes. Abrem esta fase
construtiva Mário de Andrade, com a obra Macunaíma, e José de Almeida, com A Bagaceira. São
autores de relevo desta segunda etapa:
Na ficção regional: Érico Veríssimo, Jorge Amado, Graciliano Ramos, José Lins Faria, José
Geraldo Vieira, Cornélio Pena.
JORGE AMADO
que se misturam o sagrado e o profano, o homem e o mito, a realidade e o sonho (veja-se A Morte e
a Morte de Quincas Berro D'água) e dão contorno de lenda a uma gente e a uma geografia.
"Os cegos cantadores, amados e ouvidos pelo povo, porque tinham o que
dizer, tinham o que contar. Dizia-lhes então: imagino meus romances, tomo sempre
como modo de orientação o dizer das coisas como elas surgem na memória, com o
jeito e as maneiras simples dos cegos poetas."
Água-mãe e Euridice são os únicos romances de José Lins ambientados fora do Nordeste.
GRACILIANO RAMOS
escritor: bicho, ou, como no início de Vidas Secas, viventes, ou seja, aqueles que só têm uma coisa
a defender - a vida.
ÉRICO VERÍSSIMO
EXERCÍCIO Nº 4
Observe:
(Suplência, 1998)
E X E R C Í C I O Nº 5
Em Terra do Sem Fim, considerado o melhor romance de Jorge Amado, pode-se afirmar que
nele:
a) As famílias Amaral e Cambará disputam o poder político;
b) O escritor explora o absurdo e o fantástico, tendo como pano de fundo a história mais recente do
Brasil;
c) A ação sucede na região de Ilhéus e prende-se à luta pela conquista de terras pelo cultivo do
cacau. Dessa contenda surge a rivalidade entre o Coronel Horácio da Silveira e Juca Badaró,
chefe de uma família de plantadores de cacau;
d) O típico herói quixotesco, Capitão Vitoriano, que conduzido pela sede de justiça, apanha da
política e dos coronéis. Porém mantém sua dignidade altiva quando enfrenta os poderosos.
Prosa
Enriquecida por grande número de contos, crônicas e romances, a prosa do período dá
seqüência às três tendências básicas já observadas no segundo momento modernista, mas com
considerável renovação formal.
23
a) Prosa urbana:
Tratando do conflito entre o indivíduo e o meio social, aparece sobretudo nos contos. Dalton
Trevisan é o nome mais importante surgido na terceira fase. Destacam-se ainda as crônicas de
Rubem Braga e os romances e contos de Lygia Fagundes Telles.
b) Prosa intimista:
Também chamada de prosa de sondagem psicológica, concentra-se na análise do mundo
interior das personagens. Esboçada na segunda fase, a tendência intimista amadurece, gerando
textos cada vez mais complexos e penetrantes. Clarice Lispector é a melhor representante dessa
prosa. Destacam-se ainda Lygia Fagundes Telles e Antonio Olavo Pereira.
c) Prosa regionalista:
Uma das tendências mais duradouras de nossa literatura, a prosa regionalista - que surgira no
século XX com Bernardo Guimarães - vai ser retomada, porém, com grandes inovações
temáticas e lingüísticas. Destacam-se Humberto Sales, Mário Palmério, Bernardo Éllis, José
Cândido de Carvalho e Adonias Filho. Mas nenhum deles produziu prosa regionalista tão
inovadora e ousada como Guimarães Rosa, o grande renovador de nosso regionalismo.
É preciso não esquecer que grande parte dos escritores da fase anterior continuava em plena
produção artística
Poesia
Além da permanência de poetas das fases anteriores, muitos deles renovando-se
continuamente, a grande novidade do período foi um grupo de escritores que se autodenominaram
"Geração de 45".
No ano de 1944, publicou-se o livro Testamento de Uma Geração, em que 40 personalidades
de nossa vida cultural faziam um balanço de sua situação pessoal na cultura brasileira. Um dos
assuntos mais comentados por cada um dos entrevistados foi a Semana de 22, da qual se fazia agora
um retrospecto: a impressão geral de todos era de que o movimento pertencia ao passado.
A nova geração rompia com o movimento de 22, mas, ao mesmo tempo, reconhecia herdar
dele não só defeitos, mas qualidades.
Em 1948, realizou-se em São Paulo o I Congresso Paulista de Poesia. Nele, um poeta,
analisando a produção recente da poesia, defendia que 1945 fora o ano em que se pôde considerar
implantado um novo regime da poesia brasileira (...) o modernismo foi ultrapassado. Cabe,
portanto, aos poetas novos prosseguir o rumo que se anuncia, sem transigência com o passadismo e
sem compromisso com a Semana da Arte Moderna. Esse mesmo crítico empregaria pela primeira
vez a expressão "Geração 45". A literatura produzida por esses poetas revela as seguintes tendências:
1) Com reação ao que considerava "excessos" de 22, propunham a precisão de linguagem, o
equilíbrio de forma, o abandono do prosaísmo (falta de poesia no verso). Isso tudo implicava, de
certa forma, o abandono do verso livre e a retomada da metrificação.
2) O universalismo em oposição ao regionalismo dos poetas da primeira fase.
3) A poesia foi considerada agora um artefato, resultante da precisão formal e da correção de
linguagem. Repeliam-se, conseqüentemente, o poema-piada e as infrações à norma culta, que
eles consideravam um "falso" abrasileiramento da linguagem.
Muitos críticos viam nessas propostas um retorno ao Parnasianismo; por isso, a geração não define
com exatidão o grupo dos poetas do período, a heterogeneidade de posturas e tendências. Deve ser
entendido apenas como um marco cronológico para agrupar os que estrearam por volta daqueles anos. As
publicações que divulgaram os novos poetas foram a Revista Brasileira de Poesia, em São Paulo, e a
Revista Orfeu, no Rio de Janeiro. Entre muitos outros, surgiram nesse momento Bueno de Rivera,
Péricles Eugênio da Silva Ramos, Alphonsus de Guimaraens Filho, Ledo Ivo, Paulo Bonfim, Geir
Campos, Thiago de Mello. Além desses, três poetas desse período sobressaíram: Ferreira Gullar,
José Paulo Paes e o mais importante dos poetas dessa "geração", João Cabral de Melo Neto.
24
Balanço
CLARICE LISPECTOR
Obra:
Romances: Perto do Coração Selvagem (1949); O Lustre (1946), A Cidade Sitiada (1949);
A Maçã e o Escudo (1961); A Paixão Segundo G. H. (1964); Uma Aprendizagem ou Livro dos
Prazeres (1969); A Hora da Estrela (1977).
Contos e crônicas: Laços de Família (1960); A Legião Estrangeira (1964); Felicidade
Clandestina (1971); Imitação da Rosa (1973); A Via Crucis do Corpo (1974); A Bela e a Fera
(1979). Escreveu ainda literatura infantil.
O objetivo da escritora é atingir as regiões mais profundas da mente das personagens para ir
sondar complexos mecanismos psicológicos. É essa procura que determina características
específicas de seu estilo.
1) O enredo tem importância secundária. As ações - quando ocorrem - destinam-se a ilustrar
características psicológicas das personagens. São comuns em Clarice Lispector histórias sem
começo, meio ou fim. Por isso, ela se dizia, mais que uma escritora, "sentidora" porque
registrava em palavras aquilo que sentia. Mais que histórias, seus livros apresentam impressões.
2) Predomina, em suas obras, o tempo psicológico, visto que o narrador segue o fluxo do
pensamento das personagens. Logo, o enredo pode fragmentar-se.
3) Os espaço exterior também tem importância secundária uma vez que a narrativa concentra-se no
espaço mental das personagens.
4) As características físicas das personagens ficam em segundo plano. Muitas personagens
apresentam sequer nome.
5) As personagens criadas por Clarice Lispector descobrem-se num mundo absurdo; esta
descoberta dá-se normalmente diante de um fato inusitado - pelo menos inusitado para a
personagem. Esse fato provoca um desequilíbrio interior que mudará a vida da personagem para
sempre.
Para Clarice:
• "Não é fácil escrever. É duro quebrar rochas. Mas voam faíscas e lascas como
aços espelhados".
• "Mas já que se há de escrever, que ao menos não se esmaguem com as palavras
as entrelinhas".
Obras:
Pedra de Sono (1942), O Engenheiro (1945), Psicologia da Composição (1947), O Cão Sem
Plumas (1950), O Rio (1954), Morte e Vida Severina (1956), Paisagem Com Figuras (1956), Uma
Faca só Lâmina (1956), A Educação pela Pedra (1966), Museu de Tudo (1975), Auto do Frade
(1984), Agrestes (1985), Crime na Calle Relator (1987), Sevilha Andando (1990).
Em 1994, a editora Nova Aguilar publicou, em volume único, a obra completa do escritor.
25
João Cabral de Melo Neto inaugurou um novo modo de fazer poesia em nossa literatura. A
essência de sua atividade poética mostra a tentativa de desvendar os elementos concretos da
realidade, que se apresentam como um desafio para a inteligência do poeta. Sempre guiado pela
lógica, pelo raciocínio, seus poemas evitam a análise e exposição do eu e voltam-se para o universo
dos objetos, das paisagens, dos fatos sociais, jamais apelando para o sentimentalismo. Por isso, o
prazer estético que sua poesia pode provocar deriva, sobretudo, de uma literatura racional, analítica,
não do envelhecimento emocional com o texto.
Essas características levaram a crítica a ver na obra de João Cabral uma "ruptura com o
lirismo" ou a considerar sua expressão poética "antilírica". Não devemos, entretanto, supor que essa
relação do poeta com o mundo concreto, objetivo, produza apenas textos descritivos. Na verdade,
suas descrições ora acabam adquirindo valor simbólico ora acabam denunciando a crítica social que
o poeta pretende levar a efeito.
Apresentamos uma visão esquemática - portanto, simplificada - de sua trajetória poética,
através de comentários de algumas obras.
1) Pedra do Sono, o seu primeiro livro, apresenta elementos do surrealismo, a começar pelo título
(sono). Leia um fragmento desse livro:
Segundo o próprio poeta, o que se prendeu nesse livro foi "compor um buquê de imagens
em cada poema; as imagens revelam matéria surrealista no sentido de oníricas, subconscientes...".
O sono e o sonho são temas freqüentes e importantes nessas obras.
O próprio autor considera sua primeira obra "um livro falso", cujo rendimento artístico não o
satisfez.
2) O Engenheiro, embora inclua ainda poemas de caráter surrealista, traz já as bases de sua nova
concepção de poesia, segundo a qual o poema deve resultar de uma atitude racionalista,
objetiva, diante da realidade concreta. Uma atitude de quem controla racionalmente as emoções.
O Engenheiro
9 - TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS
a) Romance-reportagem
São obras que empregam a linguagem jornalística, criando enredos baseados em fatos
fictícios ou reais, em que se denuncia a violência social e política a que o país ficou submetido
durante longo período. Em meio ao relato de torturas, personagens e temas servem como veículo
para o protesto contra a opressão. Tudo num estilo direto, seco e objetivo.
Destacam-se Ignácio de Loyola Brandão (Zero, Não Verás País Nenhum), Antônio Calado
(Quarup, Reflexos do Baile); Roberto Drumont (Sangue de Coca-Cola); José Louzeiro (Lúcio
Flávio, o Passageiro da Agonia); Márcio Souza (Galvez, o Imperador do Acre), entre muitos
outros. Essa literatura é também conhecida como literatura-verdade.
Muitas vezes há obras escritas num estilo que carrega propositalmente e ao exagero os
traços narrativos, descritivos, numa linha hiper-realista. E o caso de alguns contos de Rubem
Fonseca, um dos mais importantes prosadores da atualidade.
b) Realismo fantástico.
Outros escritores preferem empregar uma técnica diferente para denunciar o mesmo estado
de coisas. Suas obras apresentam situações irreais, absurdas, que funcionam como metáfora para a
situação do país.
O pioneiro dessa tendência é Murilo Rubião (O Ex-Mágico, O Pirotécnico Zacarias).
Destacam-se ainda José J. Veiga (Sobra dos Reis Barbudos, A Hora dos Ruminantes) e Moacir
Scliar (A Balada do Falso Messias, Carnaval dos Animais), entre outros.
Obras:
27
Novelas Nada Exemplares (1959), A Morte na Praça (1964), Cemitério de Elefantes (1964),
O Vampiro de Curitiba (1968), Desastres do Amor (1968), A Guerra Conjugal (1969), O Rei da
Terra (1972), O Pássaro de Cinco Asas (1974), A Faca no Coração (1975), Abismo de Rosas
(1976), A Trombeta do Anjo Vingador (1977), Crimes da Paixão (1978), Virgem Louca, Loucos
Beijos (1979), Lincha Tarado (1980), Contos Eróticos (1984).
9.3 Prosa intimista
Na mesma linha de sondagem psicológica de Clarice Lispector, esse tipo de narrativa
apresenta personagens angustiadas, cujo interior o autor vasculha.
Enquadraram-se nessa tendência Lygia Fagundes Telles, Autran Dourado, Osman Lins, Lya Luft.
Observação:
Lygia Fagundes Telles, em grande parte de sua obra, apresenta personagens mergulhadas em
si mesmas, através das quais vasculha o interior do ser humano.
Décio Pignatari
28
O golpe militar de março de 1964 praticamente não molestou a produção cultural até 1969.
A esquerda continuou exercendo uma grande hegemonia cultural, mas o governo Castello Branco
tomou cuidado para que essa cultura não atingisse as massas. O teatro teve seu ponto alto com
espetáculos, como o Opinião, que denunciava a ditadura e a penúria das camadas populares.
O cinema estourava com o Cinema Novo. A música atraía grandes massas de estudantes aos
palcos para acompanhar os festivais promovidos pela televisão.
29
José de Alencar
José de
Senhora e/ou Iracema
Machado de Assis
Dom Casmurro
Dalton Trevisan
Vampiro de Curitiba
Graciliano Ramos
Vidas Secas
11 - APÊNDICE
Texto nº 1
O ASSALTO
Quando a empregada entrou no elevador, o garoto entrou atrás. Devia ter uns dezesseis anos,
dezessete anos. Desceram no mesmo andar. A empregada com o coração batendo. O corredor
estava escuro e a empregada sentiu que o garoto a seguia. Botou a chave na fechadura da porta de
serviço, já em pânico. Com a porta aberta virou-se de repente e gritou para o garoto:
– Não me bate!
– Senhora?
– Faça o que quiser, mas não me bate!
– Não senhora, eu...
A dona da casa veio ver o que estava havendo. Viu o garoto na porta e o rosto apavorado da
empregada e recuou, até pressionar as costas na geladeira.
– Você está armado?
– Eu? Não.
A empregada, que ainda não largara o pacote de compras, aconselhou a patroa sem tirar os
olhos do garoto:
– É melhor não fazer nada, madame. O melhor é não gritar.
– Eu não vou fazer nada, juro! - disse a patroa, quase aos prantos - Você pode entrar. Pode
fazer o que quiser. Não precisa usar de violência.
O garoto olhou de uma mulher para a outra. Apalermado. Perguntou:
– Aqui é o 712?
– O que você quiser. Entre. Ninguém vai reagir.
O garoto hesitou, depois deu um passo para dentro da cozinha. A empregada e a patroa recuaram
ainda mais. A patroa esgueirou-se pela parede até chegar à porta que dava para a saleta de almoço. Disse:
– Eu não tenho dinheiro, mas meu marido deve ter. Ele está em casa. Vou chamá-lo. Ele lhe
dará tudo.
O garoto também estava com os olhos arregalados. Perguntou de novo:
– Este é o 712? Me disseram que era para pegar umas garrafas no 712.
A mulher chamou com voz trêmula:
– Henrique!
O marido apareceu na porta do gabinete. Viu o rosto da mulher, o rosto da empregada e o
garoto e entendeu tudo. Chegou a hora, pensou. Sempre me indaguei como me comportaria no caso
de um assalto. Chegou a hora de tirar a prova.
– O que você quer? - perguntou, dando-se conta em seguida do ridículo da pergunta. Mas
sua voz estava firme.
– Eu disse que você tinha dinheiro - falou a mulher.
– Faço um trato com você - disse o marido ao garoto - dou tudo de valor que tenho em casa,
contanto que você não toque em ninguém.
E se as crianças chegarem de repente? pensou a mulher. Meu Deus, o que esse bandido vai
fazer com as minhas crianças? O garoto gaguejou:
31
EXPLORANDO O TEXTO 1
1) Luiz Fernando Veríssimo consegue com o tema relativamente comum, como é o caso de um
assalto, construir uma história bastante original ao centrá-la num "mal-entendido". Qual foi esse
"mal-entendido"?
2) Pouco a pouco o "mal-entendido" vai envolvendo a empregada, a patroa, o marido da patroa.
Como e por que se dá essa "reação em cadeia"?
32
3) As ações dos personagens e suas emoções vão crescendo em intensidade. Tudo começa por um
susto inicial. O que acontece na seqüência?
4) Ao longo de toda a narrativa há um contraste entre a atitude do suposto assaltante e dos supostos
assaltados. Que atitudes são essas?
5) O texto faz supor que a incidência de fatos de violência seja tão grande que o medo de ser assaltado
persiga a todo instante o personagem da narrativa. Comprove essa idéia com frase do texto.
6) Depois de afirmar pertencer à classe média alta, o dono da casa diz: "Qualquer dia também
começamos a assaltar para poder comer". O que o dono da casa objetivou com tal frase?
7) O texto acaba por retratar uma situação ridícula. Algumas frases situam esse ridículo.
Observe o exemplo:
"A empregada, que ainda não largara o pacote de compras, aconselhou a patroa..."
Retire do texto pelo menos mais duas frases semelhantes.
Refletindo sobre o texto 01
No texto, o marido agiu como um indivíduo precipitado, entregando as jóias e o dinheiro a
quem não tinha a menor intenção de assaltar e, no final da narrativa, considera-se um herói de
grande esperteza por impedir que o "assaltante" levasse seus dólares e marcos que estavam
guardados no cofre. O que você acha dessa atitude do marido?
Texto nº 02
1) Sabe-se que cada linha é chamada de verso e o conjunto de versos forma estrofes.
O "Poema de Sete Faces" apresenta (marque a alternativa correta):
A. Sete estrofes, equivalentes a "sete faces" a que se refere o título.
B. Vinte e nove versos que narram um fato ocorrido na vida do poeta
C. Sete estrofes que narram a vida de Carlos e Raimundo.
D. Vinte e nove versos, equivalentes às sete partes de uma única face do poeta.
2) No poema, Drummond se diz impotente diante do mundo. O verso em que ele faz essa
afirmação é :
A. "Vai, Carlos! ser gauche na vida".
B. "se sabias que eu era fraco".
C. "Porém meu olhos não perguntam nada".
D. "Tem poucos, raros amigos".
3) Observe:
" Não, meu coração não é maior que o mundo
É muito menor
Nele não cabem nem as minhas dores".
(Drummond).
Ao comparar os versos dessa questão com versos extraídos do "Poema de Sete Faces",
verifica-se a existência de sentimentos contrários em:
A. "A tarde talvez fosse azul
Não houvesse tantos desejos".
B. "O bonde passa cheio de pernas
pernas brancas pretas amarelas".
C. "Tem poucos, raros amigos.
O homem atrás dos óculos e do bigode".
D. "Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é o meu coração".
4) É comum os escritores citarem, em suas obras, passagens de outros livros. No "Poema de Sete
Faces", Drummond vale-se de uma passagem bíblica em:
A. "Se sabias que eu não era Deus".
B. "Botam a gente comovido como o diabo".
C. "Meu Deus, por que me abandonaste".
D. "Quando nasci, um anjo torto".
5) Observe:
"A tarde talvez fosse azul...". Nesse verso, o poeta passa a idéia de:
34
A. aspiração e desejo
B. monotonia e tradição
C. tranqüilidade e beleza
D. agitação e correria
Texto nº 03
as janelas e, três horas depois, lá estava Dario esperando o rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o
paletó, e o dedo sem a aliança. A vela tinha queimado até a metade e apagando-se às primeiras
gotas de chuva, que voltara a cair.
(Dalton Trevisan)
Explorando o texto nº 03
As cinco questões são de interpretação. Leia o texto, com atenção, antes de respondê-las.
5) "A cabeça agora na pedra, sem o paletó, o dedo sem aliança". (último parágrafo)
Lendo o texto com atenção e analisando o período acima chegamos à conclusão de que:
A. Dario era solteiro, pois não usava aliança.
B. Antes de morrer, Dario deixara cair a aliança e o paletó.
C. O povo, de forma impiedosa, praticou fria e macabra rapinagem contra o inerte
Dario.
D. O povo, num gesto de solidariedade humana, retirou a aliança e o paletó para
entregá-los à família.
VOLTA ÀS AULAS
Explorando o texto nº 04
1) Observe:
"Esse time percebeu que firma de primeira não pode ter funcionários de segunda".
2) Observe:
"as empresas nacionais acabam levando um banho de eficiência dos concorrentes."
De acordo com o texto, este fato ocorre porque o trabalhador brasileiro:
A. É muito preguiçoso e não possui o 1º grau completo.
B. Permanece na escola por um período inferior a quatro anos.
C. É analfabeto e mal remunerado.
D. Não é bem orientado para desempenhar suas funções.
4) Algumas frases do texto foram modificadas. Entre elas, a que se apresenta gramaticalmente
incorreta é:
A. São, diante do estrago gigantesco a ser consertado, números mínimos.
B. Agora, trabalho e vivo melhor.
C. Nunca as empresas foram tão informatizadas, confeccionaram produtos tão bons,
operaram a custos tão baixos..
D. O trabalhador no Brasil permanece na escola por um período curtíssimo.
5) Para evitar repetições de palavras, parte das frases extraídas do texto foi substituída por
pronomes. Entre as alternativas abaixo, a que se apresenta incorreta é:
A. Um funcionário com mais estudo entende-os melhor...
B. ... duas dezenas de colégios nas imediações da fábrica para atendê-los.
C. O compro todos os domingos.
D. ... convênios com duas dezenas de colégios nas suas imediações...
TEXTO PUBLICITÁRIO
Eles chegaram aqui no início do século. Uma gente brava, com a bagagem cheia de
esperança.
Em pouco tempo, os imigrantes descobririam um país receptivo à experiência e à cultura que
eles traziam no sangue.
Mas também descobriram um grande desafio.
E não perderam tempo. Dotados de um vontade férrea, trabalharam duro. E além de
sobrenome, legaram a seus descendentes a crença do ideal de progredir e vencer.
Estrangeiros que descobriam que para ser brasileiros bastava gostar do Brasil. Que
escreveram a história contemporânea deste país. Na indústria. Nos campos. Nas cidades.
Joaquins, Giovannis, Toshiros, Peters, Ganthers, Samires e Juans. Todos. Sem exceção.
A Shell veio para o Brasil mais ou menos nessa época. E, 75 anos depois, pode avaliar a
trajetória daqueles que se dispuseram a atravessar o mundo em busca de um futuro melhor.
E faz questão de homenagear as todos. Que vieram e ficaram.
(Revista Veja, nº 845. 1989)
Explorando o texto nº 05
1) Em "Eles chegaram aqui no início do século..." O pronome "Eles", que inicia a frase, no
texto, refere-se a:
A. Brasileiros.
B. Imigrantes.
C. Estrangeiros.
D. B e C estão corretas
2) Em: "E faz questão de homenagear a todos". O sujeito do verbo fazer, na frase acima,
retirada do texto é:
A. Brasil
B. Shell
C. Mundo
38
D. Futuro
5) As frases do texto foram alteradas. Entre elas a que apresenta sinonímia incorreta é:
A. ... à experiência e a cultura que eles traziam consigo.
B. ... parece querer homenagear a todos.
C. ... transmitiriam a seus descendentes a crença...
D. ... dotados de uma vontade inflexível.
Dissertação - A Argumentação
Imagine que você queira dissertar o seguinte tema: "O mundo moderno caminha atualmente
para sua própria destruição."
Sua primeira providência deve ser copiar este tema em uma folha de rascunho e fazer a
pergunta: POR QUÊ?
Ao iniciar sua reflexão sobre o tema proposto e sobre uma possível resposta para a questão,
procure recordar-se do que já leu ou ouviu a respeito dele. É quase certo que você tenha ao menos
uma noção acerca de qualquer tema que lhe vier a ser apresentado.
O ideal, para que sua dissertação explore suficientemente o assunto, é que você obtenha
duas ou três respostas para a questão formulada. Essas respostas chamam-se possibilidade, é pensar
que o mundo pode vir a destruir-se por causa dos inúmeros conflitos internacionais que têm
ocorrido nos últimos tempos. Assim, já teríamos o primeiro argumento:
Pensando um pouco mais sobre o porquê de estarmos à beira da destruição, podem ocorrer-
nos mais dois argumentos: o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio
ecológico, e permanece o perigo de uma catástrofe nuclear. Viu como é fácil? Os argumentos
selecionados são exaustivamente noticiados por qualquer meio de comunicação.
Dessa maneira, obtemos o seguinte quadro:
TEMA: "O mundo moderno caminha atualmente para sua própria destruição."
Você pode encontrar outros argumentos além desses apresentados acima que justifiquem a
afirmação proposta pelo tema. A única exigência é que eles se relacionem com o assunto sobre o
qual está escrevendo.
Uma vez estabelecido o tema e três argumentos, você já dispõe do necessário para, agora, na
folha definitiva, começar a redigir sua dissertação. Ela deverá constar de três partes fundamentais:
introdução, desenvolvimento e conclusão.
Vamos, agora, redigir o primeiro parágrafo, ou seja, a introdução, baseando-nos no quadro
da página anterior. Para compô-la, basta que você copie o tema e a ele acrescente os três
argumentos, assim como aparecem no quadro. Veja como poderia ser:
Tema
Argumento 1
Argumento 2
Argumento 3
Repare nas palavras “pois” e “além do mais”, colocadas neste texto para ligar as diferentes
partes da introdução. São elas que reúnem o tema aos argumentos. Depois de terminado o
parágrafo da introdução, você deverá passar para o desenvolvimento, explicando cada um dos
argumentos expostos acima.
Assim, no próximo parágrafo, escreva tudo que souber sobre o fato que tem havido
inúmeros conflitos internacionais.
Nestas últimas décadas, temos assistido, com certa preocupação, aos inúmeros
conflitos internacionais que se sucedem. Muitos trazem na memória a triste lembrança
das guerras do Vietnã e da Coréia, as quais provocaram grande extermínio. Em nossos
dias, testemunhamos conflitos no Oriente Médio que, envolvendo as grandes potências
internacionais, poderiam conduzir-nos a um confronto mundial de proporções
incalculáveis.
Como você pode perceber, convém, vez por outra, lançar mão de certos exemplos para
comprovar suas afirmações.
No parágrafo seguinte, desenvolve-se o segundo argumento:
Note a presença de uma expressão "outra ameaça constante...", no início do parágrafo, que
estabelece a ligação com o parágrafo anterior. Ela deve ser colocada para evidenciar o fato de que
os parágrafos se relacionam entre si.
Falemos agora do terceiro argumento:
Observe a expressão "além disso...", colocada no início desse parágrafo. Ela é o elemento de
ligação com o parágrafo anterior do desenvolvimento. Estabelece a conexão entre os argumentos
apresentados.
A conclusão
Para que sua dissertação fique completa, basta apenas elaborar um único parágrafo, que se
denomina conclusão. Para isso, é preciso que analisemos suas partes constitutivas.
A conclusão pode-se iniciar-se com uma expressão que remeta ao que foi dito nos
parágrafos anteriores (expressão inicial). A ela deve seguir-se uma reafirmação do tema proposto no
início da redação. No final
Em virtude do parágrafo,
dos fatos é interessante
mencionados, colocar
somos levados uma observação,
a acreditar fazendo um
na possibilidade
comentário sobre os fatos mencionados ao longo da dissertação.
Com base Expressão
nesta orientação,
inicialjá podemos redigir o parágrafo final, ou seja, a conclusão.
de estarmos a caminho do nosso próprio extermínio. É desejo de todos nós que algo
possa ser feito no sentido de conter essas diversas forças destrutivas, para podermos
sobreviver às adversidades e construir um mundo que, por ser pacífico, será mais
41
Observação:
Caso você deseje, é possível que a conclusão seja formada apenas pelo comentário final,
dispensando o início, constituído pela expressão inicial e reafirmação do tema. Eles atuam apenas
como reforço, como ênfase ao problema abordado.
Agora, reunindo todos os parágrafos escritos, temos a dissertação completa acrescida de um
título. Veja:
O mundo moderno caminha atualmente para sua própria destruição, pois tem havido
inúmeros conflitos internacionais, o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio
ecológico e, além do mais, permanece o perigo de uma catástrofe nuclear.
Nessas últimas décadas, temos assistido, com certa preocupação, aos inúmeros conflitos
internacionais que se sucedem. Muitos trazem na memória a triste lembrança das guerras do Vietnã
e da Coréia, as quais provocaram grande extermínio. Em nossos dias testemunhamos conflitos no
Oriente Médio que, envolvendo as grandes potências internacionais, poderiam conduzir-nos a um
confronto mundial de proporções incalculáveis.
Outra ameaça constante é o desequilíbrio ecológico, provocado pela ambição desmedida de
alguns, que promovem desmatamentos desordenados e poluem as águas dos rios. Tais atitudes
contribuem para que o meio ambiente, em virtude de tantas agressões, acabe por se transformar em
um local inabitável.
Além disso, enfrentamos sério perigo relativo à utilização de energia atômica. Quer pelos
acidentes que já ocorreram e podem acontecer novamente nas usinas nucleares, quer por eventual
confronto em uma guerra mundial, dificilmente poderíamos sobreviver diante do poder avassalador
desses sofisticados armamentos.
Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar na possibilidade de estarmos
a caminho do nosso próprio extermínio. É desejo de todos nós que algo possa ser feito no sentido de
conter essas diversas forças destrutivas, para podermos sobreviver às adversidades e construir um
mundo que, por ser pacífico, será mais facilmente habitado pelas gerações vindouras.
Caso você deseje uma dissertação um pouco menor, basta usar dois argumentos ao invés de
três.
Observação:
Você pode substituir essa expressão inicial utilizada na sua conclusão por qualquer outra
equivalente. Aqui estão algumas sugestões.
- Dessa forma...
- Sendo assim...
- Em vista dos argumentos apresentados...
- Em virtude do que foi mencionado...
42
- Assim...
- Levando-se em conta o que foi conversado...
- Por todas essas idéias apresentadas...
- Tendo em vista os aspectos apresentados...
- Por tudo isso...
- Dado o exposto...
3. Conclusão
- Assim sendo...
- Dessa forma...
- Concluindo...
- Nesse sentido...
Trabalhando o texto
A INVEJA
temos uma proximidade qualquer com alguém que parece desfrutar do que não possuímos.
Entender isso é só começo.
(Lisboa, Luiz Carlos. O Jejum do Coração)
Explorando o texto
1) Você concorda com a idéia expressa na introdução do texto A Inveja? Manifeste sua opinião a
respeito?
2) Proposta de redação
- Faça um texto dissertativo, subordinado ao tema A Inveja. Observe a sua estrutura. Não se
esqueça de atribuir um título adequado à dissertação que acabou de redigir.
13 - GRAMÁTICA
EXERCÍCIOS
BOM CONSELHO
(Chico Buarque de Holanda)
(1ª estrofe)
44
Venha se queimar
Faça como eu _____________ (dizer)
Faça como eu____________(fazer)
Aja duas vezes antes de pensar.
____________ atrás do tempo (correr)
Vim de não _____________ onde (saber)
Devagar é que não se ____________longe (vir)
Eu _____________ o vento na minha cidade (semear)
_______________ pra rua e bebo a tempestade (ir)
3) Observe o modo, o tempo, o número e a pessoa das formas verbais da frase modelo. A seguir,
complete as frases utilizando formas verbais flexionadas como as do modelo.
Não copio comportamento de ninguém; por isso, não quero que você copie.
a) Não _________________ meus produtos a prazo; por isso, não quero que
45
você____________________(negociar).
b) Não ______________ ninguém; por isso, não quero que você
_________(odiar).
c) Não ____________grandes riquezas; por isso, não quero que você
__________(ansiar).
d) Não_____________ tudo o que faço; por isso, não quero você__________(anunciar).
4) Reescreva as frases abaixo, substituindo os asteriscos pelos verbos entre parênteses no tempo
verbal adequado:
a) (*) quarenta anos, Aniceto de Castro não (*) dinheiro para casar com Mercedes. (haver, ter).
b) "O amor (*) um grande laço." (ser).
c) Mercedes (*) passando na rua, quando encontrou Gastão. (estar)
d) Carlos Drummond de Andrade (*) um dos poetas de maior destaque. (ser)
7) Siga o modelo:
Presente do indicativo.
Presente do subjuntivo
8) Siga o modelo:
9) Todas as palavras estacadas indicam ação, processo, fenômeno: indique o que for substantivo e
o que for verbo:
a) A colheita deste ano foi boa.
b) Passe a colher dados a seu respeito.
c) Seu sorriso não nos convenceu.
d) A mãe sorria satisfeita.
e) Choveu muito no sertão.
f) A chuva inundou o sertão.
10) Relacione a cada verbo destacado a idéia de ação, estado, mudança de estado, fenômeno natural:
a) O patrão botou-os para fora da terra
b) O príncipe virou mendigo.
c) A desgraça estava a caminho.
d) Relampejou durante a noite.
11) Reescreva as frases, substituindo cada asterisco pelas formas adequadas no verbo indicado entre
parênteses:
a) Não havia força que * com ela. (poder)
b) Se tivesse dinheiro certamente se * dali. (mudar)
c) Eu também fui escravo, mas não quero que meus filhos * escravos. (ser)
d) Ela estava parada na porta, olhando o retrato que o pai ainda * na parede. (pendurar)
e) Se a seca * , a plantação certamente morreria. (chegar)
f) Se a seca * , a plantação certamente morrerá. (chegar)
g) Amanhã todos * sobre a cidade para protestar. (marchar)
12) Escreva as frases, substituindo cada símbolo pelo verbo indicado, no imperativo afirmativo:
a) Já lhe avisei! # esse objeto com cuidado. (pegar)
b) Já te avisei! # esse objeto com cuidado. (pegar)
c) Vocês aí! # com mais entusiasmo! (cantar)
d) # aquela menina! Você sabe onde ela mora? (olhar)
e) # aquela menina! Tu sabes onde ela mora? (olhar)
13) Reescreva as frases, substituindo cada cifrão pela forma verbal adequada. Todos os verbos são
irregulares.
a) Talvez ele $ o vizinho. (odiar - pres. Subj)
b) Ele se $ mais uma vez. (contradizer - pret. Perf. Ind.)
c) Espero que você $ mais atenção a nós. (dar - pres. Subj.)
d) Viajem e # bastante. (passear - imperativo afirm.)
e) Êpa! Eu não $ nesta cadeirinha. (caber - pres. Ind.)
f) Se ela $ muita questão de ser educada, viria até aqui. (fazer - pret. Imperf. Subj)
g) Talvez eu também $ um casaco igual aos seus. (querer - pres. Do subj.)
h) Se nós $ sair poderíamos. (querer – pret. Imperf. Subj.)
48
i) Quando ela $ o namorado com outra, vai ficar uma fera! (ver - fut. Subj.)
j) Se ela $ aqui com o namorado, poderá se hospedar em casa. (vir - fut. Subj.)
15) Substitua os asteriscos pelo presente do indicativo ou pelo presente do subjuntivo dos verbos
indicados:
a) Tu * bom. (ser)
b) Você * que ela fique aqui? (querer)
c) Talvez você não * que ela fique aqui. (querer)
d) Dedica-se à natação, embora * mesmo de futebol. (gostar)
e) Receio que todos * a mesma coisa: dormir. (desejar)
16) Reescreva as frases, substituindo cada símbolo pelo futuro do subjuntivo dos verbos indicados:
a) Se # agora, talvez cheguemos a tempo. (ir)
b) Tudo estará sob controle enquanto # a calma. (manter)
c) Quando ela # , dê-lhe a notícia. Mas tenha calma! (vir)
d) Assim que ela # as fotografias, entenderá tudo. (ver)
e) Só podemos progredir se # oportunidade, ora essa! (ter)
f) Nós só te ouviremos quando tu # aqueles objetos no mesmo lugar. (repor)
g) Todo aquele que sempre # a verdade será digno de confiança. (dizer)
h) Se não # pelo menos cem pessoas nesta sala, teremos que procurar outro lugar para encenar-
mos a peça. (caber)
Regra 2
O professor e a professora preparam a prova.
Conclusão: O verbo vai a 3ª pessoa do plural caso o sujeito seja composto (3ª + 3ª) e anteposto ao
verbo.
Regra 3
Então falaram o aluno e a aluna.
Então falou o aluno e a aluna.
Conclusão: Se o sujeito composto é posposto ao verbo, este irá para o plural ou concordará com o
substantivo mais próximo.
Regra 4
Eu e tu sairemos de manhã.
Eu, tu e ele sairemos de manhã.
Você e ele sairão de manhã.
49
Conclusão: quando o sujeito for composto de pessoas diferentes, o verbo vai para o plural, de
acordo com a pessoa mais importante. (a 1ª pessoa é mais importante que a 2ª e a 2ª mais
importante que a 3ª.)
Regra 5
Há meses que não o vejo
Havia anos que este fenômeno não ocorria.
Faz horas que o trem partiu.
Residia na fazenda fazia anos.
Conclusão: o verbo haver, no sentido de existir ou referindo-se a tempo, é impesoal, não admite
sujeito. O mesmo sucede com o verbo fazer referindo-se a tempo. Estes verbos ficam na 3ª pessoa
do singular.
Regra 6
Rui ou Mário será o vencedor.
Ônibus ou trem passam por lá.
Conclusão: Havendo exclusão, o verbo fica no singular. Se o verbo se referir aos dois sujeitos, irá
para o plural.
Regra 7
A classe levantou-se quando o diretor apareceu.
Conclusão: o sujeito coletivo singular pede o verbo no singular.
Regra 8
Um bando de papagaios sobrevoou a floresta.
(sobrevoou concorda com um bando)
Um bando de papagaios sobrevoaram a floresta.
(sobrevoaram concorda com papagaios)
Conclusão: O verbo ficará no singular ou no plural se o sujeito coletivo for especificado com o
substantivo no plural.
Regra 9
Médicos, remédios, aplicações de raios, mudanças de clima, nada pôde curá-lo.
Conclusão: quando a palavra nada vier no fim de uma enumeração (como que a resumi-la), o
verbo fica no singular.
O mesmo acontece com as palavras tudo, ninguém etc.
Regra 10
Já deram onze horas? - Não, bateram dez horas. Soaram sete horas.
O sino do morro badalou seis horas.
O relógio bateu três horas.
Conclusão: Se aparecem os sujeitos expressos relógio, sino, campainha etc., o verbo concordará
com esses sujeitos. Se não aparecem sujeitos, o verbo concordará com a palavra hora ou horas.
Regra 11
Sou eu quem pago.
Sou eu quem paga
Conclusão: O verbo das orações concordará com o sujeito eu (tu, nós ...) ou com o pronome quem
na 3ª pessoa (eu – pago; quem - paga).
Regra 12
Na infância, tudo são alegrias.
50
Conclusão: Quando o sujeito for o pronome tudo, o verbo ser concorda com o predicativo. O
mesmo ocorre com os sujeitos isto, isso, aquilo.
Regra 13
A comida eram uns pedaços de pão velho.
Conclusão: quando o sujeito é um nome de coisa no singular e o predicativo estiver no plural, o
verbo ser vai para o plural, concordando com o predicativo.
EXERCÍCIOS
Nos exercícios a seguir, faça a concordância escolhendo a forma verbal adequada. Se estiver
em dúvida, consulte a regra cujo número se encontram nos parênteses.
1) _____________, naquele dia, cinco pessoas. (faltou/faltaram) (regra 1)
2) _____________, ainda, algumas vagas. (resta/restam) (regra 1)
3) _____________ o presidente e o ministro. (discursou/discursaram) (regra 3)
4) O presidente, o ministro _____________ . (faltou/faltaram) (regra 2)
5) Jogadores, técnicos, ninguém ______________ o regulamento. (leu/leram) (regra 9)
6) Ele, tu e eu _________________. (resolvi/resolvemos) (regra 4)
7) Tu e teus amigos _______________ à reunião. (comparecestes/compareceram) (regra 4)
8) Uma multidão ______________ na frente do teatro. (protestava/protestavam) (regra 8)
9) Grande parte dos alunos ______________ à aula. (faltou/faltaram) (regra 8)
10) Fui eu quem ______________ o problema. (resolvi/resolveu) (regra 11)
11) ___________ quatro horas no relógio da matriz. (bateu/bateram) (regra 10)
12) O relógio da praça ____________ doze horas. (deu/deram) (regra 10)
13) Isto ____________ intrigas da oposição. (é/são) (regra 12)
14) Isto tudo ____________ recordação. (é/são) (regra 12)
15) A Pátria ______________ nós. (é/somos) (regra 13)
16) Progresso ______________ as exportações. (é/são) (regra 13)
17) ________________milhares de torcedores no estádio. (havia/haviam) (regra 5)
18) ________________ quatro anos que não viajo. (faz/fazem) (regra 5)
19) ________________ faz dez meses que ela não aparece. (vai/vão) (regra 5)
20) Paris ou Munique ______________ a sede da próxima assembléia (será/serão) (regra 6).
21) A música popular ou a clássica _____________ apreciadas. (é/são) (regra 6)
Regra 1
" Mar, belo mar selvagem
Das nossas praias solitárias"
Conclusão: O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere.
Regra 2
As laranjas e os mamões maduros já foram colhidos
Os mamões e as laranjas maduras já foram colhidas.
51
Conclusão: O adjetivo posposto a dois ou mais substantivos de gênero e número diferentes ou vai
para o masculino plural ou concorda com o substantivo mais próximo.
Regra 3
Anotada a regra e as observações, os alunos poderiam retirar-se.
Conclusão: Anteposto a dois ou mais substantivos, o adjetivo concorda geralmente com o mais
próximo.
Regra 4
Admiro as torcidas palmeirense e corintiana.
Admiro a torcida palmeirense e a corintiana.
Conclusão: Quando dois adjetivos se referem ao mesmo substantivo precedido de artigo, podemos
escolher qualquer um dos modelos acima.
Regra 5
O mar está furioso.
Os mares estão furiosos.
Conclusão: O predicativo concorda em gênero e número com o sujeito.
Regra 6
A cobra e o jacaré são perigosos.
Conclusão: Quando o sujeito é composto de substantivos de gêneros diferentes, o predicativo terá
a forma do masculino plural.
Regra 7
Vossa Excelência está convidado.
Vossa Excelência está convidada.
Conclusão: O predicativo concorda com o sexo da pessoa a quem nos dirigimos quando o sujeito
for um pronome de tratamento.
Regra 8
É necessário prudência.
É preciso coragem
Chá de pariparoba é bom para o fígado.
Conclusão: As expressões é preciso, é necessário, é bom permanecem invariáveis quando não
houver artigo determinando o sujeito.
Regra 9
a) O juiz declarou
Nosso time vitorioso
Regra 10
A escola é foco de onde a luz irradia, a luz que aclara os tempos e as nações.
Conclusão: O artigo concorda com o substantivo em gênero e número.
Regra 11
Abriu a porta e fechou-a de imediato
Colheu pêssegos e ameixas, comeu-os, em seguida, por estar com fome.
Conclusão: O pronome concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere; caso
tenhamos dois substantivos de gêneros diferentes, vai para o masculino plural.
EXERCÍCIOS
2) Empregue os pronomes pessoais do caso oblíquo – o, os, as, a, as –, conforme a regra 11.
a) Quando acabar de ler as revistas, devolva ___________ao professor.
b) Possuía um carro e uma bicicleta. Vendeu ___________ ao ser transferido.
c) Faça o rascunho da redação. Depois passe ___________ no caderno.
5) De acordo com a norma culta do emprego de palavras e expressões, o correto está em:
a) É proibido a entrada de pessoas estranhas.
b) Bebida alcoólica é proibida
c) Pimenta é boa para tempero.
d) É proibido a venda de mercadorias estrangeiras.
(Suplência - 1998)
Como você observou pelos exemplos acima, há verbos que são completados com objeto
direto (exemplo 1) e verbos completados com objeto indireto (exemplo 2).
4) Esquecer/lembrar - Estes verbos admitem objeto direto ou indireto, por duas vezes com a elipse
do pronome reflexivo ou da preposição de:
Esqueci-me do recado.
7) Preferir - É transitivo indireto. Não se constrói com a locução conjuntiva do que e o adverbio
mais.
Prefiro sorvete a limonada. (Errado: do que a limonada)
Preferimos livros a revista .
Preferimos o teatro ao cinema.
EXERCÍCIOS
1) Segundo a norma padrão, as frases a seguir apresentam erros quanto à regência verbal.
Reescreva-as, corrigindo:
a) Alguns alunos desobedecem o regulamento.
_________________________________________________________________
b) O médico foi no cinema para assistir o filme.
_________________________________________________________________
c) Os amigos custaram a simpatizar-se com as novas idéias.
_________________________________________________________________
d) Prefiro mais ser punido do que obedecer os preconceitos impostos.
_________________________________________________________________
e) Não aspiro os títulos e honrarias.
_________________________________________________________________
f) A esposa não perdoou o marido
_________________________________________________________________
a) Eu _______amo
b) Somente os amigos ________ cumprimentaram pela vitória.
c) Suas palavras ________ agradaram.
d) Agradeci ________ pelo empréstimo.
e) Paguei ________ toda a divida.
f) Eu devia o ingresso. Paguei _______ antes da apresentação.
g) O padrinho queria ________ como seu próprio filho.
h) Ela não ________ quis para esposo.
i) O médico __________ assistia na hora da morte.
j) O ar desta cidade está poluído. Infelizmente, nós _________ aspiramos.
k) Não _______convidei para a festa.
l) Ensinarei ________ a gramática.
Antes de mais nada, é importante que você saiba que a palavra QUE quando estiver em final
de frase é um monossílabo tônico, portanto, deve ser acentuada graficamente.
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?
b) Quando depois dele vier escrita ou subtendida a palavra razão **. Se ocorrer no final da frase,
deverá ser acentuado.
Por que razão você não foi à festa?
Por que ela não compareceu à reunião?
Não sabemos por que ela faltou.
Você não veio por quê?
2) Escreve-se porque (junto e sem acento). Quando de trata de conjunção explicativa ou causal.
Nesse caso, geralmente equivale a pois.
Faltou à festa porque estava doente.
Não houve aula porque o professor faltou.
56
3) Escreve-se porquê (junto com acento) quando se trata de um substantivo. Nesse caso, virá
precedido de artigo ou outro determinante.
Ninguém entendeu o porquê da briga.
Nem o próprio ministro sabe o porquê da inflação
2 - Onde/aonde
Emprega-se aonde com os verbos que dão idéia de movimento. Equivale a para onde.
Aonde vai com tanta pressa?
Aonde nos leva com tal rapidez?
Evidentemente, com os verbos que não dão idéia de movimento devemos empregar onde.
Onde você fica nas férias?
Não sei onde você mora.
3 - Mal/mau
Mau é sempre um adjetivo (seu antônimo é bom). Refere-se, portanto, a um substantivo.
O senhor não é um mau aluno.
Escolheu um mau momento para sair.
4 - Cessão/sessão/secção/seção
a) Cessão - Significa ato de ceder, ato de dar.
Ele confirmou a cessão dos bens a uma instituição de caridade.
A cessão do terreno para a construção do estádio agradou os torcedores.
5 - Há/a
Na indicação de tempo, empregamos:
a) Há - para indicar tempo passado (equivalendo a faz).
Ele não come carne há dois meses.
Há um ano não vejo Sandra.
57
6 - Demais/de mais
5 - Mas/mais/más
Mas e mais - É um caso muito comum de erro de ortoépia, ou seja, pronuncia errada. O povo
brasileiro em geral pronuncia sempre mais, mesmo quando deve pronunciar mas.
Daí surgem dificuldades quando se escreve. Convém lembrar que:
a) Mas - é uma conjunção adversativa, indicando, evidentemente, uma adversidade ou uma
contrariedade. Quando falamos "Eu ia ao cinema, mas ...", nem precisamos terminar a idéia,
pois a conjunção adversativa já indica que não realizamos ação em conseqüência de uma
contrariedade qualquer.
Regra prática: O MAS pode ser substituído por outra conjunção adversativa,
como: porém, contudo, todavia, entretanto etc.
b) Mais - é uma advérbio de intensidade ("Ela é a mais bonita"). Também pode dar idéia de adição
ou acréscimo.
Regra Prática: na dúvida, substitua por menos e veja se a frase continua com
sentido (obviamente, inverso). Por exemplo, a uma propaganda de um banco que
afirma: "O banco que faz mais por você". É só substituir: "O banco que faz menos por
você". Continua com sentido.
6 - Traz/trás
a) Traz = Verbo trazer.
O cacique traz um sorriso de vitória.
58
8 - Talvez/através
a) Talvez - idéia de dúvida.
Talvez seja o jacaré.
b) Através - sinônimo de pelo
Iremos através do campo.
EXERCÍCIO
Algumas pessoas não determinam _________ provém sua insatisfação porque não sabem
___________ vão os sentimentos, nem __________ mora a consideração pelo próximo.
a) Donde - onde - onde.
b) Donde - aonde - onde
c) Aonde - onde - aonde
d) Onde - onde - onde
13) Siga o modelo:
CEDER CESSÃO
a) Conceder ________________
b) Agredir __________________
c) Progredir ________________
d) Imprimir _________________
e) Transgredir _______________
14 - RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
Exercício nº 1 - Pág. 4 4) a) há
1.1 a) Conotativo b) é
b) Denotativo c) estava
c) Denotativo d) foi
d) Conotativo
5) a) fôssemos/assumiríamos
e) Denotativo
b) trouxesse/consertaria/continuaria
f) Conotativo
c) coubessem/iria
1.2 a) Comparação d) desse/terminaria
b b) Metáfora e) fosse/ficaria
c) Metonímia
6) a) sabes/sabe/sabemos/sabeis/sabem
d) Prosopopéia
b) vês/vê/vemos/vedes/vêem
e) Hipérbole
b)vês c) vais/vai/vamos/ides/vão
f) Catacrese
g) Eufemismo 7) a) descreia
h) Prosopopéia b) leias
i) Metáfora c c) releia
j) Metonímia d d) perca
k) Hipérbole
8) a) recompuser/irá
l) Perífrase
b) puser/perceberá/caberá
m) Antítese
c) opuser/desistirá
n) Prosopopéia
9) a) substantivo
Exercício nº 2 - Pág. 15 - A b) verbo
Exercício nº 3 - Pág. 19 - C c) substantivo
Exercício nº 4 - Pág. 21 - D d) verbo
Exercício nº 5 - Pág. 23 - C e) verbo
Exercício nº 6 - Pág. 24 - C f) substantivo
10) a) ação
Texto nº 2. Pág. 37 IA - 2B - 3B - 4C - 5A
b) mudança de estado
Texto nº 3. Pág. 39 IC - 2B - 3A - 4C - 5C
c) estado
Texto nº 4. Pág. 41 IC - 2B - 3A - 4D - 5C
d) fenômeno
Texto nº 5. Pág. 42 ID - 2B - 3D - 4A - 5B
e) ação
61
16) a) fomos 3) a) o
r b) mantivermos b) as
s c) vier c) a
t d) vir d) o
u e) tivemos
v f) repuseres 4) a) necessário
w g) disser b) bom
x h) couberem c) a
y i) trouxer
z Regência Verbal - Pág. 60
62
3) a) a/o 6) a) porquê
b) a/o b) por quê
c) lhe aa c) por que
d) lhe bb d) por quê
e) lhe cc e) por que
f) o f) por que
g) lhe g) Por que/Porque/Por que/
h) o Porque/Por que/porque
i) o/a dd Porquê/porque
j) o
k) o
l) lhe 7) C
3) a) eu
b) mim
c) eu
d) mim
e) eu
f) mim
63
4) a) mais
b) mas
c) mais
d) más
e) más
f) más
5) a) talvez
b) através
c) talvez
d) talvez
e) através
64
15 - BIBLIOGRAFIA
CADORE, Luiz Agostinho. Curso Prático de Português. São Paulo, Ática, 1994
CUNHA, Celso. Gramática Moderna, 2ª Ed. Belo Horizonte, Bernardo Alves, 1970.
FARACO, C. Emílio e MOURA, FM. Língua e Literatura 2º Grau. v.3, 3ª Ed. São
Paulo, Ática, 1993.
GRANATIC, Branca. Técnicas Básicas de Redação. 8ª Ed. São Paulo, Scipione, 1992
PLATÃO & FIORIN. Para Entender o Texto: Leitura e Redação. São Paulo, Ática,
1991.
TERRA, Ermani & NICOLLA, José de. Gramática & Leitura para o 2º Grau, São
Paulo, scipione, 1995.
1. Interpretação de texto.
2. Fonética: Classificação dos fonemas, encontro vocálicos, encontros consonantais,
dígrafos, vocábulos quanto à sílaba tônica, divisão silábica.
3. Estrutura das palavras: raiz, radical, tema, afixos, desinências, vogal temática e
consoantes de ligação.
4. Processo de formação de palavras: composição e derivação
5. Ortografia.
6. Sinais de pontuação: emprego
7. Classes gramaticais:
7.1 Substantivo: classificação, flexão, emprego;
7.2 Adjetivo: classificação, adjetivo pátrio, locução adjetiva, flexão do
adjetivo;
7.3 Artigo: classificação, flexão, emprego (variação quanto ao emprego do
artigo "o" e "a" em alguns substantivos);
7.4 Numeral: classificação e flexão;
7.5 Pronome: classificação, flexão, emprego e colocação pronominal;
7.6 Verbo: classificação, flexão, formas nominais, vozes verbais,
conjugação verbal;
7.7 Advérbio: classificação, flexão, emprego, locução adverbial;
7.8 Preposição: classificação, combinação, contração;
7.9 Conjunção: classificação, emprego adequado;
7.10 Interjeição: classificação e locução interjeitiva;
8. Sintaxe:
8.1 Período simples: frase, oração e período, termos essenciais da oração
(sujeito e predicado); termos integrantes (objeto direto e indireto,
complemento nominal, agente da passiva, predicativo); Termos
acessórios (adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto, vocativo);
8.2 Período composto por coordenação;: orações coordenadas sindéticas e
assindéticas;
8.3 Período composto por subordinação: orações subordinadas
(substantivas, adjetivas e adverbiais).
9. Concordância:
9.1 Nominal: principais casos especiais (mesmo, próprio, só, obrigado, meio
e anexo);
9.2 Verbal: casos gerais, casos especiais, concordância com os verbos ser,
fazer, haver;
10. Regência: termo regente, termo regido, regência nominal, regência dos verbos
visar, assistir, aspirar etc.
11. Crase (emprego), acentuação (emprego), pontuação (emprego);
12. Semântica: significante, significado, sinonímia, conotação e denotação,
polissemia das palavras;
13. Estilística:
13.1 Figuras de palavras: matáfora, metonímia, catacrese e comparação;
13.2 Figuras de construção: elipse, zeugma, pleonasmo, anacoluto,
polissíndeto, inversão, silépse;
13.3 Figuras de pensamento: antítese, prosopopéia, ironia, eufemismo,
hipérbole;
14. Discurso direto e indireto;
15. Literatura: Movimentos literários brasileiros - Barroco, Arcadismo, Romantismo,
Realismo, Parnasianismo, Simbolismo, Modernismo (características de estilos,
principais autores e obras);
16. Redação: (dissertação de 15 a 35 linhas).
66
BIBLIOGRAFIA A CONSULTAR
3 - FARACO, Carlos Emílio e MOURA, Francisco Mário de. Língua e Literatura, 17ª
Ed. SP, Ática, 1991.
4 - LUFT, Celso Pedro. Moderna Gramática Brasileira. 9ª Ed. RJ. Globo, 1989.
8 - NICOLA, José de e INFANTE, Ulisses. Língua Literatura e Redação. 11ª Ed. SP,
Scipione, 1991.