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Iniciamos esta semana a série de posts que tratará do , a etiqueta no  
. A
demora pela publicação de novos posts aqui no Karate Sciencese deu devido aos
compromissos do semestre e a demora para construir todo este material que irei
postando semanalmente sobre a etiqueta. Espero que beneficie a todos, principalmente
aos iniciantes que às vezes tem dificuldades de encontrar bons materiaissobre isto.
Tentarei apresentar matériais mais gerais, evitando algumas especificidades de dos
estilos. Fora esta limitação que temos, espero contribuir para a melhora na qualidade das
atividades de todos, boa leitura!

 
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(pronúncia: ritsu-ree)

Flexão de coluna à frente de 30º, mantendo a coluna ereta de forma harmônica, o


movimento se á apenas na base da coluna. O olhar tranquilo não se mantém a frente, o
que causaria movimento desarmônico na coluna cervical.
Após a saudação, ao receber o comando de preparação ( !) o praticante se coloca em
posição natural/ de alerta ( ).

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1ª Saudação: ao fundador ou à assistência: 



(em silêncio)

2ª Saudação: ao professor: 



(Pronuncia-se o µOSu¶)

3ª Saudação: aos colegas: Ã 



(Pronuncia-se o µOSu¶)
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Toda vez que um exercício é encerrado, o instrutor profere dois comandos: Yame (parar)
e Yasume (descansar)

Ao comando de parada os alunos retomam a posi o de alerta natural (Sh en-Ta), e ao


receber o comando para descansar, antes de relaxar, os alunos realizam o cumprimento
em pé ( su-re), para ent o poderem descansar. A saudação conota o agradecimento
pelo conhecimento recebido do Sense.

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Na prática dos exercícios de luta (um e), ao posicionar-se frente à frente com um
colega, deve-se realizar o r su-re (saudação em pé) toda vez que for dado início ao
exercício ou quando este acaba. O mesmo deve acontecer numa competição, onde os
adversários se saúdam no início e no final de cada disputa.

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O Sha-jo (área de treinamento), o local do Dojo (academia ou salão de treinamento e


desenvolvimento espiritual) onde são realizados os treinos das técnicas e onde estão
instalados os tatames, deve ser tratado com o devido respeito. A entrada e saída do
Sha-jo deve ser feita com o r su-re (cumprimento de pé) e de forma que, para entrar
se pise primeiro com o pé direito nos tatames e para sair se pise primeiro com o pé
esquerdo fora dos tatames. O caminhar fora dos tatames deve ser feito com o  or
(chinelo), ou outro calçado que evite que sujeiras sejam trazidas ao Sha-jo.

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A saudação em pé (r su-re) é realizada no início das categorias, no início de cada
disputa, ao término de cada disputa e ao término de cada categoria. Os árbitros
sinalizam o momento apropriado para realização da saudação e esta ocorre também
durante a abertura oficial.

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O estado de alerta, concentração e foco de atenção (¦anshn) deve ser demonstrado
durante toda competição pelo ara e-a como sinal de sobriedade e comprometimento
com o evento. Falta de ¦anshn acarretará derrota no a a e possivelmente
desclassificação no um e antes do fim da disputa. Esta atitude também deve ser
perseguida em todos os treinamentos, onde o ara e-a realmente pode cultivá-la.

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Bom pessoal, seguimos falando dos procedimentos formais para etiqueta no j , esta
semana as saudações e exercícios na posição sentado, ou . Boa leitura.

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No Karate, como em outras artes marciais japonesas, o modo correto de sentar e


levantar são muito importantes, fazendo parte do ritual de início e término dos
treinamentos. É um conhecimento que demonstra não apenas o respeito pelas tradições
e pelos colegas, mas também o refinamento da etiqueta pessoal, junto de todos os outros
cuidados já citados que vem sendo cultivado desde o período dos primeiros guerreiros
do Japão.

Para sentar, o pé esquerdo é levado atrás, colocando-se primeiro o joelho esquerdo no


chão. Depois disso o joelho direito repousa no solo, e se senta sobre os calcanhares,
com as pontas dos dedos hálux se tocando.

Os homens devem sentar com os joelhos afastados, repousando as palmas das mãos
sobre as coxas, com as pontas dos dedos para dentro.
As mulheres, por sua vez, posicionam os joelhos de forma que os mesmos se toquem e
apontem para frente, repousando as mãos sobre os joelhos com as pontas dos dedos para
frente.

Para levantar, o joelho direito é erguido antes e no movimento de levantar é que o


joelho esquerdo é erguido e o pé alinhado com o direito. Deve-se passar da posição
 (sentado), diretamente à posição de  
 (em  ) para realização
das últimas reverências.

 
   
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)

Para iniciar o ritual de saudação, após o alinhamento dos alunos, o professor comandará
ÎSe¦a  (sentar-se).

1 ± am¦a ± o local à fente do Shomen (onde fica o retrato do fundador ou outros


adornos). É o lugar onde o professor (sense) se coloca.
2 ± Shmo¦a ± o local onde os alunos com graduação  u (mudansha) perfilam em
ordem de faixas.
3 ± Jose ± é o local onde os alunos udansha (faixas pretas) ou alunos adiantados se
sentam.
4 ± Shmo¦e ± é a extremidade contrária ao Jose, onde os alunos mais novos devem
estar.

Da mesma forma que no cumprimento em pé (r su-re), quando o ¦a-re é realizado,


são pronunciados os mesmo comandos: Shomen-n-re 
(saudação ao fundador ou ao
público), Sense-n-re (saudação ao professor) e aga-n-re (saudação entre os
colegas). A primeira

flexão é feita em sil ncio e as outras duas são seguidas da
verbalização Î SU 

Após a realização do ritual, o professor comanda Îr su  (levantar-se). Depois de


todos os alunos porem-se em pé, é feita uma última vez uma saudação r su-re.

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mouso é o comando para a prática de meditação/internalização no Karate. Geralmente


realizado junto ao ritual de início e término da sessão de treinamento, é o momento onde
se reflete sobre as ações antes do treinamento (o dia-a-dia) e dentro do treinamento
(eo). É um exercício deveras importante para acalmar o corpo e prepará-lo para
iniciar uma nova prática. Numa prática mais ostensiva da meditação, o seu real objetivo
pode ser alcançado, e este é o estado mental chamado mushn (mente liberta).
A prática deve ser realizada de forma que busquemos esvaziar a mente de pensamentos,
(mesmo que isso seja difícil, o objetivo maior leva a sucesso em tarefas não menos
importantes) de imagens ou sons que circulem pela mente. No início deve-se colocar no
ponto de vista do observador (como se fôssemos realmente um observador externo,
como se assistíssemos a um programa de televisão), percebendo a gama de
pensamentos que viajam pela mente. Com o tempo, após reconhecer estes pensamentos
devemos procurar 'deletar' aqueles que percebemos inadequados, mantendo apenas os
que servem para a tarefa a ser realizada a seguir. Apesar de estarmos tratando de Karate-
Do, e por isso mesmo no momento em que nos propomos a meditar no início dos
treinamentos buscamos preservar apenas os pensamentos relativos aos exercícios que
praticaremos, não é menos importante 'limpar' a mente de pensamentos inadequados em
qualquer tarefa do dia que estivermos realizando. É esta falta de habilidade em nos
concentrarmos e focalizarmos nossa atenção apenas no que é importante que diversas
pessoas sofrem de 'transtornos e atenção' e vários outros 'males' da 'vida moderna'.

Além disso, o  u (respiração) adequado é necessário. Assim, emprega-se em geral
uma regra para aprender o ritmo que depois torna-se natural. Neste ritmo, inspira-se
pelas narinas por quatro segundos, segura-se o ar por um segundo e expira-se pela boca
por mais quatro, mantendo-se mais um segundo Îesvaziado . Pessoas com mais prática
chegam a ficar até 10 segundos (às vezes mais) realizando as fases de
expiração/inspiração, devido a seu elevado poder de ventilação pulmonar.
Durante a prática, a atenção deve se voltar para o fluxo de energia no hara (abdômen), e
a postura deve ser a mais harmônica possível.

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ÃSU!

Bem pessoal, vamos encerrando hoje nossa série de posts sobre o reigi, a etiqueta do
ara e-Do. Há alguns aspectos que não abordaremos por serem mais interessantes ao
longo de outras análises, mas fecho hoje com uma abordagem de aspectos culturais
sobre dois gestos usados no Karate, oriundos de contextos históricos não menos
interessantes. Boa leitura

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Certa vez um aluno me questionou: ÎSense, porque fazemos essa saudação estranha e
simplesmente não damos a mão? Talvez a maioria dos professores fosse responder
(como acabei fazendo): ÎAh, isso é costume de japonês. Mas não é bem por aí, esse
movimento característico surgiu no Japão apenas depois de 1200 d.C., com a
solidificação de uma classe social chamada ue. O ue era formado pelos ush (os
guerreiros). Após diversos acontecimentos importantes (um processo que levou alguns
séculos) esta classe guerreira tornou-se de longe a mais poderosa do país, tendo
inclusive direitos assegurados pela lei como o de matar qualquer um que desrespeitasse
um de seus membros. Até aí tudo bem, todos sabemos que os ³samura´ (termo oriundo
da expressão hra-¦amoura que surgiu muito depois de ush e não era muito usado)
controlavam o Japão, então você pode perguntar: Îo que isso tem a ver com etiqueta?
Tudo pequeno gafanhoto Devido a esse poder ameaçador, garantido por lei, todas as
pessoas de outras classes deviam prostrar-se perante um ush, fazendo exatamente o
mesmo gesto que fazemos até hoje numa sessão de treinamento ou competição de arte
marcial japonesa. A flexão de coluna à frente, acompanhada por um olhar de
recolhimento, era a forma que os populares tinham de dizer ao guerreiro: ÎConfio-lhe
minha vida, portanto se desejares decapita minha cabeça. E ai de quem não se
prostrasse diante de um guerreiro que tinha conseguido uma lâmina nova e estava louco
para testá-la...
c su-re é, portanto, uma alegoria que nos remete à repressão dos samura (ou melhor,
dos ush, membros do ue) à população, em especial aos hemn (camponeses).

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Uma importante simbologia dentro dos a a Jion, Ji'in, Jitte e Chinte é oriunda de seu
gesto técnico de abertura e finalização. Esse gesto, onde uma mão fechada é coberta
pela outra mão, remete a um cumprimento chinês, que representava na antiguidade
Îrespeito aos sábios e aos homens das artes marciais , onde a mão cerrada simbolizava
os guerreiros e a mão aberta, que a cobria, os sábios. Com a ascensão do Império Ming
(1368 d.C. a 1644 d.C., período em que Okinawa era um Estado vassalo a esse
Império), esse gesto mudou de significado. A partir de então, a mão curvada
representava o dia e a mão cerrada representava a Lua, os símbolos usados no
ideograma para Ming. A ascensão da dinastia Ming foi importante para a China, pois
representou o fim da dinastia Yuan, através da qual os mongóis governavam o Îpaís do
meio . Vale lembrar que foi exatamente no período desta dinastia que militares como
Kung Sian Chun (ushanu) estiveram em Okinawa nos Sapposh, ensinando artes
marciais. Entendemos, portanto, que esse gesto é mais uma alegoria que corrobora para
percebermos a grande influência do uan Fa chinês no desenvolvimento do ara e-Do,
pois um gesto da etiqueta das artes marciais chinesas ainda está presente nos a a de
Karate, mesmo após um longo processo de Îniponização da arte.

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Oi pessoal, hoje estou lançando o último post sobre a etiqueta deste nosso ano de 2010. Vamos tentar
colocar mais alguns detalhes sobre o assunto e adicionei também uma figura que, acredito,vai clarear um
pouco mais nossas ideias sobre o que está sendo discutido.

Como vimos ao longo dos posts, a prática do Karate tem pouco ou nada a ver com o pensamento militar
ou ligado a uma ideia de intervenção pedagógica liberal tradicional observada na atuação de muitos
professores (como no estudo de Lopes e Tavares que ocorreu no Espírito Santo em 2008). Em primeira
instância lembramos a própria organização tradicional dos praticantes num dōjō (o salão de prática e
treinamento): enquanto que em artes voltadas a um aspecto militar, como a maioria das artes chinesas, em
que os praticantes se organizam em fileiras atrás do professor (da mesma forma que os soldados se
organizam nos pelotões) em um ambiente que reflete a matriz cultural japonesa a organização se dá em
uma espécie de círculo (veja a comparação na figura). O sense fica numa extremidade (que podemos
chamar de norte, a direção principal ou shomen), onde fica o am¦a (local elevado); os alunos adiantados
ficam no leste, ou no jōse, o assento superior; os praticantes novatos, por ordem de graduação vão se
colocando na direção sul, de frente para o shomen, no shmo¦a, até ocupar o espaço da direção oeste,
denominado shmo¦e. Como pode uma prática que difere tanto do modelo militar e da educação liberal
tradicional ter sido distorcida produzindo o Karate que vemos hoje? Espero ter apontado a maioria das
razões nos posts, mas ainda retomaremos várias delas em uma série de artigos onde lançaremos um olhar
psicológico sobre o nosso Karate, e que sirvam de reflexões para repensarmos, enquanto professores de
Karate, de artes marciais, nossa prática profissional.

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ANDRETTA, D. A. C.& '  


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