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- Franklin Delano Roosevelt foi acometido de poliomielite que o deixou paralítico e sofreu várias derrotas
eleitorais antes de ser eleito Presidente dos Estados Unidos da América;
- Albert Einstein era um estudante medíocre antes de sua “Teoria da Relatividade”;
- Leonardo da Vinci teve projetos que nunca foram realizados e nem mesmo funcionariam mas, apontaram
soluções e possibilidades em campos nos quais nenhum homem sequer sabia que havia problemas;
- Woody Allen, ator, escritor, produtor e diretor premiado pela Academia, quando estava na universidade,
teve seu trabalho cinematográfico rejeitado.
O fato é que a maioria destas pessoas não tinha a palavra “fracasso” em seu vocabulário. Eles
usavam sinônimos atenuantes ou resignificações inteligentes para estas situações.
Thomas Edison sempre respondia aos seus críticos: “Não foi mais um fracasso; na verdade,
descobri mais uma maneira de como não inventar a lâmpada elétrica.” Thomas Edison deteve o recorde de
mais de dois mil “fracassos” antes de alcançar seu sucesso.
Uma das mais importantes metodologias aplicadas ao gerenciamento de projetos é baseada nas
orientações do PMI Project Management Institute, uma das principais organizações do setor, que propõe, a
aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas originadas em nove áreas de
conhecimento, (Escopo, Tempo, Custos, Qualidade, Recursos Humanos, Comunicações, Riscos,
Aquisições e Integração), a fim de atender ao propósito para o qual os projetos estão sendo executados.
Como definição clássica, descrita por Ricardo Viana Vargas em seu livro “Plano de Gerenciamento
de Projetos”, Editora Brasport, 2006, “um projeto é um empreendimento temporário com o objetivo de se
criar um produto ou serviço único”. Porém, permitam-me atrever propor uma definição própria e
diferenciada: Projeto seria então “todo e qualquer empreendimento único que alguém imagine, acredite e
queira realizar em local e tempo determinados, utilizando-se de conhecimento apropriado e que, estabeleça
o equilíbrio ecológico do sistema em que se encontra”.
Pensar que somos capazes é quase sê-lo; decidir sobre uma realização é muitas vezes a própria
realização. Falar positivamente é direcionar as energias cósmicas em favor da meta.
“Se você fica dizendo que as coisas vão ficar ruins, tem boa chance de se tornar um profeta”
Isaac Bachevis Singer
Existe uma nova área de pesquisa que estuda a estrutura do pensamento, a linguagem e a
comunicação que envolve tudo isto: A Programação Neurolinguística. Hoje, um profissional de
Gerenciamento de Projetos, preocupado com o desenvolvimento de suas habilidades pessoais e
profissionais, deve usar a Programação Neurolinguística como uma utilíssima ferramenta de apoio aos seus
desafios diários de comunicação intra e interpessoal. O Gerente de Projeto deve utilizar-se destes
conhecimentos disponíveis e, como líder, aplicá-los a sua equipe, clientes e fornecedores para que, todos
os envolvidos no projeto, sem exceção, passem a vislumbrar cada etapa e sua respectiva participação,
como degraus de uma escada rolante contínua que levará o projeto e a todos a um sucesso inquestionável.
Como estudioso das técnicas de Programação Neurolinguística, quero neste artigo, sem qualquer
conotação presunçosa ou desrespeitosa, propor a utilização de mais um processo na metodologia PMBoK,
que poderia ser o de número 45, o qual descrevo adiante.
3. Os conceitos da PNL
Richard Bandler e John Grinder nos anos 70, utilizaram suas observações sobre a estrutura da
linguagem, associando a ciência da informação e da computação à lingüística, e deram origem à PNL
Programação Neurolinguística. Estudaram o comportamento de pessoas que demonstravam eficiência de
desempenho em comunicação e relacionamentos, e que alcançaram ótimos níveis de excelência em suas
atividades. Essas observações, baseadas na modelagem de estratégias, resultaram na criação de técnicas
que tornaram possível a qualquer pessoa alcançar os mesmos resultados.
A PNL estuda o funcionamento da mente humana, permitindo a descoberta de nossos “mapas
mentais” e o efeito que isso tem em nossas vidas. A PNL descreve nossas formas de aprender, comunicar
consigo mesmo e com os outros, adquirir novas habilidades e obter os resultados que desejamos, levando-
nos a uma profunda reestruturação e ampliação da percepção do mundo.
O Processo PNL - Programação Neurolinguística é uma ferramenta a ser utilizada para se modelar
comportamentos do Gerente de Projetos e ainda, para fazer com que os Stakeholders envolvidos criem foco
adequado, dirigido sem distorções, ao sucesso do empreendimento.
A PNL é o moderno e eficaz modelo capaz de observar como nós, neurologicamente processamos
informações e o efeito disto nos nossos sentimentos e conseqüentes comportamentos e ações. O que isso
quer dizer, é que nossa experiência é traduzida de sentidos que se, adequadamente trabalhados podem,
em vez de limitantes, tornarem-se potencializadores. As pessoas criam suas experiências internas e
influenciam seu próprio comportamento externo.
Aprender a fazer com que experiências subjetivas que acontecem ao acaso, sejam dirigidas de modo que
elas funcionem da maneira como queremos, e não como não queremos, é um dos objetivos. A PNL é então
uma nova abordagem e uma forma de arte pessoal que nos oferece ferramentas para influenciar processos
específicos pelos quais nós criamos nossa experiência subjetiva do mundo real.
- Hardware/Software: Todas as pessoas tem o mesmo aparelho mental, embora com programas e
habilidades diferentes. Estes programas podem ser modelados e transferidos para outras pessoas,
superando suas limitações.
- Não se precisa saber o conteúdo do pensamento de outrem para facilitar mudanças de comportamento.
- A melhor maneira de mudar o outro é mudar a si mesmo.
- Se uma ação não obtém os resultados desejados, o indivíduo flexível varia seu comportamento até
conseguir o que quer.
- Se não se consegue o que se deseja é por falta de acesso aos recursos internos necessários, pois não
existem estados incapazes e nem estados sem recursos.
- A mesma ação nem sempre gera o mesmo resultado em um sistema complexo (Teoria do Caos). A
flexibilidade necessária para adaptar-se e sobreviver, é proporcional à complexidade do sistema.
- Não se pode deixar de influenciar nem de ser influenciado, pois nenhuma parte pode ser isolada da outra.
Tudo é sistêmico e tem influência recíproca.
- Conhecer o “mapa” do outro, ou seja, a forma como ele percebe a situação, possibilita melhorar a
comunicação e o relacionamento entre ambos.
As Ferramentas:
O Processo consiste na prática das técnicas abaixo, orientadas por um Master em PNL contratado como
“profissional especializado”:
1- Calibração
2- Rapport
3- Backtracking
4- Associação e Desassociação
5- Posições Perceptuais (Eu/Outro/Observador)
6- Estado de Presença (Conexão ao corpo e ao ambiente)
7- Ancoragens
8- Sub-modalidades VAC – mudanças por recursos disponíveis
9- Alinhamento de Níveis Neurológicos
10- Gerador de Novos Comportamentos
11- Auxiliares Lingüísticos
12- POC - Porque? Onde? Como?
13- Meta ESPERTA
14- METAMODELO
15- SWOT – Grade de Metas e Ponto de Alavancagem
16- Padrão do Chocolate Godiva
17- O Modelo ROLE
As Saídas:
- Identificar o que é importante (Propósito, Valores, Critérios e Fatores Críticos de Sucesso), a razão de ser
de um determinado sistema (pessoas e/ou organizações);
- Transformar as idéias abstratas em objetivos e metas congruentes e específicos de um determinado
sistema (pessoas e/ou organizações);
- Mobilizar os recursos necessários para a realização dos objetivos e metas;
- Estabelecer e implementar políticas e estratégias coerentes e que levem o sistema em direção à conquista
dos seus objetivos e metas;
- Realizar a Gestão de Resistências Internas (do Sistema) e Externas (do Ambiente);
- Monitorar o comportamento do sistema e do ambiente onde ele está inserido, com o auxílio de indicadores;
- Realizar os ajustes necessários nas políticas e estratégias para se manter o sistema avançando na direção
desejada;
- Escopo: estabelecer a coerência das metas e objetivos propostos;
- Melhorar a auto-estima e auto-confiança de cada envolvido no projeto;
- Permitir auto-conhecimento a fim de gerar comportamentos equilibrados principalmente em momentos de
crise;
- Identificar formas de pensamentos e assim melhorar a comunicação com os outros;
- Substituir crenças limitantes por outras potencializadoras.
- Propor soluções em situações de risco ao projeto, baseadas na visualização do pensamento ao “estado
desejado”
a. Calibração
Estados diferentes são constituídos de padrões diferentes de fisiologia, comportamento e processos
cognitivos. Muita informação é expressa através de linguagem não-verbal (cerca de 93%) e portanto, a
sincronicidade de tom de voz e linguagem corporal entre os interlocutores deve ser calibrada para que a
comunicação entre eles flua com a máxima facilidade.
b. Rapport
O “rapport” é a harmonia na comunicação que permite estabelecer com a outra pessoa uma “dança”
na qual comportamentos verbais e não-verbais são espelhados com extrema discrição, elegância e sutileza.
Para se obter o “rapport”, uma das pessoas faz o espelhamento comportamental do outro, criando uma
“ponte” até ele, estabelecendo contato e maior nível de compreensão.
Quando se tiver estabelecido um bom “rapport”, poderá então, o Gerente de Projetos por exemplo, começar
a mudar seu comportamento, fazendo com que, muito provavelmente, o outro, seu membro de equipe, o
acompanhe, permitindo então conduzi-lo na direção pretendida.
c. Backtracking
O “Backtracking” é a habilidade de reafirmar pontos-chave usando as próprias palavras da pessoa
com quem está sendo feita a comunicação, acompanhando-a inclusive com o mesmo tom de voz e
linguagem corporal. Em reuniões, negociações ou apresentações de projetos, o “Backtracking” pode
mostrar que se está atento ao que está sendo dito, checar um acordo, reduzir mal entendidos, entre outros
benefícios.
d. Associação e Desassociação
Quando alguém recebe uma crítica ou percebe-se em uma situação desconfortável, ou ainda, está
com um problema aparentemente sem solução, esta prática permite alterar o foco, mudar a perspectiva,
criar uma nova posição fazendo com que a pessoa perceba outras formas para lidar com a mesma questão.
g. Ancoragens
Um dos objetivos desta técnica é permitir que o Gerente de Projeto ou qualquer integrante de sua
equipe, possa trazer sensações positivas já experimentadas anteriormente como recursos auxiliares que
irão ajudar a resolver uma situação específica.
Uma âncora é qualquer estímulo que evoca um padrão de resposta consistente em uma pessoa. Pode ser
qualquer estímulo recebido por qualquer um dos cinco sentidos ou combinação deles. A ancoragem é a
tendência de qualquer elemento de uma experiência trazer de volta toda a experiência com suas
respectivas sensações. Você pode ancorar a si próprio ou ajudar outra pessoa a ancorar-se.
k. Auxiliares Lingüísticos
As palavras são poderosas, sugerem, pressupõem e insinuam significados. A linguagem dirige
nossos pensamentos para direções específicas e, de alguma maneira, ela nos ajuda a criar nossa realidade,
potencializando ou limitando nossas possibilidades. A habilidade de usar a linguagem com precisão é
essencial para nos comunicarmos melhor. Devemos estar atentos a algumas palavras e expressões pois
elas podem nos atrapalhar na concretização de objetivos
m. Meta ESPERTA
Esta técnica tem por objetivo definir as metas de um Projeto, baseando-se na análise de temas
altamente pertinentes, compostos pelas letras da palavra ESPERTA: E de Específica, (o que você vê, sente
e ouve em relação a sua meta), S de Sistêmica, (valores pessoais coerentes com sua meta), P de Positiva,
(meta assertiva), E de Evidência, (o que vou estar vendo quando atingi-la), R de Recursos, (coragem,
motivação, dinheiro...), T de Tamanho, (meta alcançável) e A de Alternativas, (criar opções).
n. METAMODELO
A brincadeira “telefone sem fio” é um exemplo de comunicação “truncada”, onde uma criança conta
algo à seguinte, que repassa também, e assim por diante, até a última, que, sempre termina por contar algo
totalmente diferente do inicial. O Metamodelo é um conjunto de padrões de linguagem que conectam-na
com a experiência sensorial, visando recuperar informações alteradas por omissões, distorções e
generalizações da linguagem. A técnica de Metamodelo pode ser usada para colher informações, clarificar
significados, identificar limitações em modelos sistêmicos e criar novas opções e escolhas.
q. O Modelo R.O.L.E.
O Modelo ROLE é uma maneira simples mas eficiente de organizar as informações sobre como
alguém está pensando. As distinções indicadas pelo modelo ROLE devem ser identificadas em cada passo
significativo na estratégia de pensamento que está sendo modelada. As letras ROLE representam os
elementos Representações Internas, Orientação, Ligação e Efeito.
Listo abaixo as habilidades consideradas principais em um gerente de projetos e, acrescento no
final, mais uma que passo agora a considerar totalmente pertinente.
Liderança: Estabelecer direção, alinhar diretrizes, motivar equipe, inspirar colaboradores.
Negociação: Discutir com outros para se chegar a um acordo ou termo comum diretamente ou com a
assistência de uma arbitragem ou mediador e ainda, observar questões envolvidas nas negociações tais
como: objetivo e/ou mudanças do escopo, custo e programação, termos e condições contratuais,
designações e recursos.
Resolução de problemas: Primeiramente deve-se definir o problema e para tal necessita-se distinguir
sintonia e causa, em segundo lugar é preciso “tomar a decisão” através da análise, identificação de
soluções, escolha e implementação da(s) mesma(s).
Influência na organização: Básicamente é, de maneira clara e coloquial: “conseguir que as coisas sejam
feitas”. É entender os mecanismos de poder e política, influenciar comportamentos, mudar o curso dos
eventos, sobrepujar resistências e fazer com que as pessoas façam o que não faziam normalmente.
Comunicação: Através da PNL Programação Neurolinguística o Gerente de Projetos deverá ser capaz de,
utilizando as técnicas apresentadas, identificar os sistemas representacionais de pensamento,
comportamentos, capacidades, crenças e valores de todos os stakeholders e, com isso, por meio da
linguagem e mudanças de estado adequadas, fazer com que crenças limitantes tenham sua influência
reduzida ou substituída e as ações positivas sejam potencializadas ao máximo, conduzindo todos à
visualização das metas projetadas como realizadas com sucesso.
“Não adianta falar inglês com alguém que pensa em chinês, pois a comunicação ideal é feita em um mesmo
nível de compreensão e a PNL é o caminho que leva a este nivelamento”.
A.Dahis, arquiteto e pós-graduando em Gerenciamento de Projetos – SEGRAC/UFRJ
7. Conclusão
O modelo atual do Guia PMBoK - A Guide of the Project Management Body of Knowledge é, na
minha opinião, burocrático. Imagino que ele foi elaborado por técnicos, engenheiros, matemáticos,
economistas, administradores, contadores, e mais uma infinidade de especialistas em ciências exatas pois é
um ferramental cartesiano, numérico e documental.
Apesar de minhas reservas com relação à praticidade diária na utilização de todos os 44 processos
pertinentes, faço menção por meio deste, a uma visão mais humana, holística e comportamental, que
acredito, quando interponho minha experiência de vida, poder tornar tais processos como um todo e alguns
em particular, mais ajustados aos meus conceitos pessoais e profissionais de pensamentos, atitudes,
capacidades, crenças, identidade e missão.
Nos dias de hoje faz-se necessária uma maior flexibilidade para que os profissionais gerentes de
projetos, além de todos os processos disponíveis, possam também recorrer a esta importante ferramenta,
dando-lhes maior assertividade e confiança em atingir as metas propostas.
A Programação Neurolinguística é está ao alcance de todos os seres humanos, independente de sua
posição social, econômica ou filosófica, e deveria ser usada não só como mais uma ferramenta para auxiliar
os Gerentes, mas para todos que buscam o sucesso pretendido em seus projetos de vida.
Essa flexibilidade deve ser tal, a ponto de alterar suas posturas como seres humanos, pois, como
considerou Jean-Paul Sartre, filósofo francês, (1905-1980): “O homem é aquilo que imagina ser” e, Anton
Pavlovich Chekhov, escritor russo, (1860-1904) nos completou dizendo: “O homem é aquilo que acredita
ser”, qualquer um em geral e, o Gerente de Projetos em particular, pode transformar o que imagina e
acredita, transformando também o que os outros imaginam e acreditam. Sonhos em realidade, projetos
idealizados em obras concluídas.
“A maior revolução de nossos tempos é a descoberta de que ao mudar as atitudes internas de suas mentes,
os seres humanos podem mudar os aspectos externos de suas vidas.”
Willian James (1842-1910)
Psicólogo e filósofo americano
8. Referências bibliográficas