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Fisiologia Digestiva dos

Ruminantes II

Rui J. B. Bessa
Ecossistema

retículo-ruminal
Ecossistema Retículo-ruminal
Secreção Salivar e Sua Função

Funções:

- Humedicimento e lubrificação dos alimentos

- Constitui 70 a 90 % dos líquidos contidos no rúmen

- Neutralização da acidez provocada pela produção de

ácidos orgânicos

- Manter o pH entre 5,8 e 7

- Possui substancias anti-espumantes

- Neutralização de taninos

- Reciclagem de N ( ureia )
Secreção Salivar e Sua Função

Controlo da secreção

- Secreção salivar contínua

- Aumenta com a ingestão e a ruminação

- Estimulação das papilas gustativas

- Estimulação mecânica do esófago, cárdia, oríficio

retículo-omasal, retículo e prega rumino-reticular

- Núcleos salivares no bulbo raquidiano


Secreção Salivar e Sua Função
Secreção Salivar e Sua Função
Secreção Salivar e Sua Função
Tamponamento

Retículo-ruminal
Tamponamento

Retículo-ruminal
Absorção da mucosa retículo-ruminal

Absorção de AGV

A maioria dos AGV é absorvida no retículo-rúmen

pH 6 - 7 , 95 % dos AGV estão sob a forma ionizada

Taxa de
pH
Absorção

• Difusão simples das formas não ionizadas

• Difusão facilitada das formas ionizadas


Metabolismo dos AGV no epitélio ruminal

Acetato (C2)

Æ pouco metabolizado no ep. ruminal (1 a 30%)

Propionato (C3)

Æ pouco metabolizado no ep. ruminal ( 5 a 30%)

Æ convertido a lactato

Butirato (C4)

Æ extensa metabolização (90%)

Æ conversão a acetoacetato, β-hidroxibutirato


Absorção através da mucosa retículo-ruminal

Absorção de ácidos gordos cadeia média e longa

• Até C10 são absorvidos

• A partir de C12 já não são absorvidos


Absorção através da mucosa retículo-ruminal

Absorção de Amónia

Base fraca com pKa = 9

pH 6 - 7 , 99 % da amónia está sob a forma ionizada

Taxa de
pH
Absorção

Difusão simples da forma não ionizada


Absorção através da mucosa retículo-ruminal

Absorção de Amino ácido e peptideos

• AA - pouco expressiva (baixas concentrações


ruminais)
• Peptideos - alguma

Absorção de vitaminas

• Pouco expressiva

Absorção de Minerais

• 80% do magnésio é absorvido no rúmen


• Sódio, Cálcio, Enxofre
Secreção de ureia

Difusão simples

População microbiana com ureases na parede ruminal

Regulação da permebilidade do epitélio à ureia


Micropopulação aderente ao epitélio

retículo-ruminal
Motricidade dos Compartimentos gástricos

Ciclos contracteis retículo-ruminais: contrações cíclicas e


espontâneas da parede retículo-ruminal com duração de 10 a
20 s e frequência de 1 por min.

Funções:
• Essenciais para a fermentação
• Mistura da saliva e microrganismos com os alimentos
• Prevenção de acumulações locais de AGV
• Favorece a absorção de produtos finais
• Eructação, regurgitação
• Propulsão (saída de conteúdo ret-ruminal para o omaso
Motricidade dos Compartimentos gástricos

Ciclo primário: ( simples, de mistura)

Inicia-se por uma contração bifásica do retículo

1ª fase- de mistura

2ª fase- de evacuação

Contrações do saco dorsal e fundo de saco dorsal

Ciclo secundário (ou eructativo)

Inicia-se no Saco ventral posterior


Controlo dos Movimentos Retículo-Ruminais

Mecanismos centrais e reflexos

Inervação extrínseca

• Vago
• Nervos esplâncnicos

Centros gástricos Bulbo raquidianos ( Nucleo dorsal do vago )

• Frequência do ciclo primário (acumulação de estimulos

até atingir o limiar de activação)

• Amplitude e duração da contracção (estímulo

instantâneo presente durante a activação)

Não têm um ritmo fixo, nem actividade expontânea

Não há actividade vagal tónica


Controlo dos Movimentos Retículo-Ruminais

Estímulos excitatórios

• Receptores de tensão no Ret. Rúmen

• Receptores ácidos do abomaso

• Receptores mecânicos bucais

Estímulos inibitórios

Receptores epiteliais do retículo rúmen

Receptores de tensão do abomaso

A dor, febre, hipocalcémia, anestésicos, atropina,

depressores do SNC ----- Inibem

Temperaturas baixas -----Estimula


Controlo dos Movimentos Retículo-Ruminais

Mecanismos intrínsecos
Actividade ritmica (20s)

Plexo mioentérico

Mecanismos Hormonais

Gastrina (- freq)

CCK (-freq)
Bombesina (+ freq.)
+ -
Ingestão Saciedade

Stress Febre

Frio Anestesia

Centros
superiores

Centros
gástricos

-
+ Distenção severa do
Distenção Ret.rúmen
moderada do
AGV não dissocados
Ret.Rúmen
dor
pH abomasal
distenção abomasal

Retículo-rúmen

Abomaso
Eructação

Def. - Evacuação cíclica do gás produzido no retículo rúmen.

Produção de gás:

( 60 a 80 % CO2 e 20 a 40 % CH4 )

Bovinos – 25 litro gás/h (70 a 120 l)

Ovinos – 2,5 litro gás/h


Eructação

Etapas retículo-ruminais da eructação

Está associada ao ciclo contráctil secundário do rúmen

O gás é empurrado para o cárdia

Mecanismo passivo na passagem do cárdia

Estímulo: Aumento da tensão ruminal

Receptores no átrium do rúmen

A abertura do cárdia não se verifica se estiver


obstruída por líquido ou espuma.
Eructação

Etapas esofágicas da eructação:

1ª Fase de enchimento: (1 s)

0,5 a 1, 7 litros de gás expelido /eructação

2ª Fase contráctil antiperistalticas (0,2 a 0,3 s)

o esfincter naso-faríngico fecha-se por via reflexa


mas a glote permanece aberta o que permite que a
maioria do gás entre na traqueia

3ª Fase contráctil peristaltica (de esvazizamento).

Gás residual que permanece no esofago é reconduzido


ao retículo rúmen.
Eructação

Controlo da eructação

Frequência e amplitude dos ciclos contrácteis secundários


ruminais varia com:

• Produção gasosa – tensão exercida contra as paredes


ruminais

• Tensio-receptores no retículo e saco dorsal anterior


Contração secundária

do

rúmen
Regurgitação - Ruminação

Def. Ruminação – Retorno à boca da digesta gástrica para


ser submetida a nova mastigação

Sequência de ruminação:

a) paragem da mastigação
b) Regurgitação
c) Filtração e deglutição da fase líquida
d) Mastigação – 40 a 60 s
e) Deglutição do bolo

Ciclos de 40 a 70 segundos
Regurgitação - Ruminação

Regurgitação:

¾ Extracontração reticular (antes da contracção bifásica reticular)

• Eleva o nível do conteúdo digestivo à altura do cárdia

• Elevação da pressão reticular

¾ Esforço inspiratório de glote fechada– efeito de aspiração

¾ Abertura do cárdia e relaxamento da parte terminal do

esófago

¾ Onda anti-peristáltica esofágica


Regurgitação - Ruminação

• Estímulos mecânicos – zonas reflexogénicas:

Cárdia
Prega retículo-ruminal
Oríficio retículo-omasal

Funções da Ruminação:

Fase auxiliar da digestão dos alimentos fibrosos – Aumenta a


laceração do alimento com maior área para o ataque
microbiano.

Tempo gasto a ruminar: 6 a 10 h

8 h a pastar : 8 h a ruminar : 8 h a descansar


Regurgitação - Ruminação
Motricidade do Omaso

a) Motricidade do oríficio retículo-omasal

Esfinter do Orificio Retículo-omasal relaxado durante a 2ª


contração retícular

b) Canal
Contrações α e β são síncronas com as contrações primarias e
secundárias do rúmen

Contrações γ - mais prolongadas, propagam-se às lâminas.

c) Motricidade das lâminas omasais

Contrações do sentido oral-aboral, e do bordo livre até à base.

Frequência de 3 por minuto.


Regulação da Motricidade omasal

Persiste após vagotomia e durante anestesia central

No entanto:

a abertura sincronizada do orifício retículo-omasal com a contracção


retícular está sobre controlo vagal.

O volume e tipo de conteúdo de digesta influenciam a motilidade:

Tensio-receptores presentes no canal:

(+) motilidade do Omaso


(-) motilidade do Retículo-rúmen

AGV - (+) motricidade das lâminas


Pentagastrina - (+) motilidade do omaso
Circulação da digesta através do Omaso

Orgão sempre cheio de conteúdo pobre em líquidos e logo pouco móvel.

3 factores determinam a entrada de digesta para o Omaso:

• Abertura do oríficio retículo-omasal (ORO)

• Existencia de uma pressão (+) entre o retículo e folhoso

• Presença de uma cavidade dilatável para receber a digesta


Circulação da digesta através do Omaso

Abertura do ORO:

O diametro do ORO determina a quantidade de digesta que entra no omaso.

Abertura máxima durante a segunda contracção bifásica do retículo.

Duração da abertura do ORO: Ovinos ( 2 a 3 s) < Bovinos (15 a 20 s)


Circulação da digesta através do Omaso

Gradiente de Pressão:

Contracção reticular + relaxamento do canal e corpo do omaso

Aspiração omasal ???

Cavidade dilatável:

• Enchimento do canal e dilatação da parede anterior

• Contracção do canal, seguido de contracção laminar e dilatação do


corpo

• Contracção do corpo.
Papel de filtração e selecção da digesta:

As partículas maiores permanecem no canal e podem regressar ao


retículo.

Ao Abomaso chega:

• Fase aquosa - após prensagem e filtração pelo circuito


antero-posterior contra a parede omasal e entre as lâminas.

• Fase sólida - após "triagem" omasal

• Digesta que chega ao omaso entre as contracções


reticulares e que escapa ao circuito omasal

Tempo de retenção no Omaso:

Fase líquida - 30 a 40 min.

Fase sólida - 1 a 4,5 h


Absorção e secreção no Omaso

Epitélio Omasal ≅ ao Ep. Ruminal

Epitélio Pavimentoso, estratificado, queratinizado

Mucosa fortemente vascularizada.

Papilas cornificadas

Capacidade Absortiva:

• Água

• Bicarbonato

• Amónia

• Na, K , Mg

• CO2

• AGV (Produção e Absorção)

• Cloro (Secreção)

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