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Fı́sica Estatı́sica - O Modelo de Ising 2D 1

O Modelo de Ising 2D

Lucas Modesto da Costa


Instituto de Fı́sica, Departamento de Fı́sica Geral - USP

O modelo de Ising é uma ferramenta importante para o estudo de materiais com propriedades
magnéticas definindo que cada elemento pode estar em dois estados. Apesar das aproximações con-
sideradas no problema, o modelo apresenta resultados próximos a realidade. Usando um tratamento
estatı́stico, obtemos as grandezas desejadas a partir das medias no decorrer da simulação de Monte
Carlo usando o algoritmo de Metrópolis. Determinaremos a magnetização do sistema para diferentes
tamanhos de rede e temperaturas afim de verificar o seu comportamento perto da transição de fase.

I. INTRODUÇÃO HISTÓRICA de interação entre magnética fica


µ0
O modelo de Ising trata o comportamento de elemen- E= [~
µ1 · µ
~ 2 − 3(~
µ1 · rb)(~
µ2 · rb)] .
4πr3
tos individuais como os componentes de spins, presença
de átomos ou moléculas em sı́tios, atividade neural, etc6 . Porém, substituindo as variáveis pelos valores encon-
Esses elementos modificam suas propriedades de acordo trados na literatura observaremos que o resultado não
com os outros elementos da vizinhança e também com chegam nem perto dos valores experimentais.
o ambiente que está presente, no caso dos spins o am- A melhor explicação para esses efeitos consiste em con-
biente interfere com a temperatura e campo mangnético siderar usando conceitos quânticos2 , referente ao spin
externo. Devido a essa grande variedade de aplicações eletrônico. Simplificando o sistema para 2 elétrons em
podemos considerar um modelo de sucesso, usado em cada sı́tio (considerando que cada sı́tio possui 1 ı́on), no
diferentes situações e problemas, com mais de 12.000 pub- qual são férmions e que estão sujeitos ao princı́pio de ex-
licações entre 1969 e 1997. clusão de Pauli. Esses elétrons podem ser encontrados
O modelo foi proposto por Wilhelm Lenz em 1920 em dois estados:
para o estudo de fenômenos magnéticos em materiais e ψa (1)ψb (2) + ψa (2)ψb (1)
foi resolvido exatamente para uma dimensão pelo estu- • singleto: ψS (1, 2) = √
2
dante Ernst Ising em 1925. Ising ficou seriamente de-
sapontado por que o caso de uma dimensão não tinha ψa (1)ψb (2) − ψa (2)ψb (1)
transição de fase e magnetização espontânea. O nome • tripleto: ψT (1, 2) = √
2
“Modelo de Ising” foi concebido em uma publicação5
de 1936 de R. Peierls com o tı́tulo “On Ising’s Model A diferença de energia entre esses dois estados vem da
of Ferromagnetism” no qual demostra que a magne- integral de troca
tização espontânea pode existir no caso bidimensional. Z
Lars Onsager resolveu o modelo para duas dimensões na 2J = ES − ET = 2 db r2 ψa∗ (1)ψb∗ (2)Hψa (2)ψb (1).
r1 db
ausência de um campo magnético em 1944 e demonstrou
a transição de fase. Sem nenhuma aproximação, a solução
Lembrando que o operador momento angular de spin é
analı́tica tanto para duas como para três dimensões se b a energia do sistema será formada por um termo que
torna impossı́vel. Embora seja um problema em aberto, S,
sabe-se que é possı́vel provar a existência da magnetização representa uma energia média mais um termo de acopla-
espontânea a baixas temperaturas para os casos de duas mento:
e três dimensões. 1
E= b1 · S
(ES + 3ET ) − (ES − ET )S b2.
4

II. DEFINIÇÕES PRELIMINARES Dessa forma, obtemos o hamiltoniano


X
H=− bi · S
Jij S bj .
Devido a variedade de aplicações do Modelo de Ising, i,j
vamos tratar apenas a referente a orientação momentos
magnéticos. Sabe-se que qualquer material magnético Ao tratar muitos elétrons o problema se torna bastante
perde o estado ordenado3 quando a temperatura é maior complicado. O método descrito acima trata a interação
do que a temperatura crı́tica (Tc ) ou também conhecida aos pares e por esse motivo o termo dois foi eliminado.
Temperatura de Curie. Acima deste ponto, o fenômeno A maioria dos materiais possuem esses spins distribui-
de histerese não pode mais ser observado. Quando um dos de forma desorganizada, da forma que o campo
material é catalogado como magnético está intrı́nseco que magnético do material é nulo. Mas existem alguns ma-
os ı́ons que o compõem possuem um momento magnético teriais com uma distribuição de momentos altamente al-
expressivo e se existe alguma interação entre esses mo- inhado, possuindo um campo magnético intenso. Temos
mentos de tal forma que é forçada alguma ordenação ao os seguintes estados nos quais os materias com traços
sistema. magnéticos podem estar:
Uma definição clássica é que essa interação ocorre en-
tre os dipolos magnéticos dos elementos com um campo • Paramagnéticos - possuem spins desemparelha-
externo. Porém esse campo externo sofre influência dos dos e que quando na presença de um campo
dipolos dos elementos vizinhos. Dessa forma, a energia magnético os mesmos se alinham, provocando um

1
2 Fı́sica Estatı́sica - O Modelo de Ising 2D

leve aumento na intensidade do valor do campo


magnético. Esses materiais são fracamente atraı́dos
pelos ı́mãs. Exemplos na temperatura ambiente: o
alumı́nio, o magnésio, o sulfato de cobre, etc.

• Diamagnéticos - são materiais que na presença de


um campo magnético tem seus spins orientados no
sentido contrário ao campo aplicado, diminuindo a
intensidade do mesmo campo. Exemplos na tem-
peratura ambiente: o bismuto, o cobre, a prata, o
chumbo, etc.

• Ferromagnéticos - possuem spins alinhados ou


que na presença do campo magnético externo se or-
ganizam facilmente, aumentando a intensidade do Figura 1: os elementos em cinza são apenas imagens das bordas
campo magnético. Exemplos na temperatura am- para o cálculo da energia.
biente: ferro, cobalto, nı́quel, etc.
P −βEµ
Dada a função de partição Z = µe , podemos
III. METODOLOGIA obter o calor especı́fico da seguinte forma
kB β 2 ∂ 2 ln Z
O modelo de Ising estudado nesse trabalho consiste c= (5)
num plano com N spins espalhados nos sı́tios de uma N ∂β 2
rede quadrada. Os spins não podem sair de seus sı́tios 1
e para cada um deles, associamos um valor referente a com β = . A suscetibilidade magnética é dada na
kB T
orientação clássica. A hamiltoniana do sistema é forma
X X
H=− Jij σi σj − H σi (1) ∂m kB T ∂ 2 ln Z
χ= = . (6)
<i,j> i ∂H N ∂H 2
No processo de simulação, as grandezas fı́sicas são obti-
com σ = ±1 e a condição de primeiros vizinhos
das simplesmente calculando a média de seus valores du-
( rante os passos de Monte Carlos sob as mesmas condições
J se i, j forem vizinhos como temperatura (T ) e tamanho da rede (N ). Para
Jij = (2)
0 caso contrário. obter a probabilidade P (α), usa-se um processo marko-
viano gerando uma matriz estocástica4 . A intenção é
Estamos considerando o campo magnético externo fazer a probabilidade depender apenas da diferença de
igual a zero, logo H = 0. Não há energia cinética na energia entre dois estados, um estado inicial e um final.
equação 1 e a mesma contém informação sobre a ori- Desta forma, a função de partição pode ser desconsider-
entação do spin e da distribuição na rede. ada.
Magnetização no modelo de Ising é dada simplesmente Segue agora o procedimento de simulação do algoritmo
pela soma de cada de todos os spins. M é definido como de Metrópolis ao partir de uma rede com todos os spins al-
X inhados. Descreveremos como a simulação trabalha para
M= σi . (3) uma determinada temperatura (T ) e número de spins
i (N = l2 ):

Como vamos tratar diferentes números de spins (N ), é • seleciona um spin aleatóriamente:


conveniente tratar a densidade de magnetização, m = M N.
Teremos um problema ao calcular a energia próximo 1. calcula ∆E de uma possı́vel mudança de ori-
das bordas da caixa de simulação, já o modelo trás a de- entação;
pendência dos vizinhos. Para contornar essa situação, us- 2. se ∆E ≤ 0, então ocorre uma mudança de
amos as condições periódicas de contorno para que os ele- orientação. Caso contrário, fazemos prob =
mentos de uma borda, interagem com os outros elementos −∆E
T :
e
da borda oposta. Assim, nossa simulação corresponde a
uma pequena região contida em um grande sistema de – caso rand ≤ prob, muda a orientação do
dimensão infinita. Conforme a figura 1, a condição de spin;
contorno usada repete os elementos do limites da caixa – caso rand > prob, não ocorre mudanças
no lado oposto, como se fosse uma folha de papel que no sistema.
possui as bordas casadas. 3. atualiza a energia e magnetização;
Sabemos que a probabilidade que o estado especı́fico
ocorrer é dada pela função de distribuição de Boltzmann 4. escolha um spin aleatório novamente e repita
o processo acima.
−Eα
1 k T • após selecionar N spins, incrementa o passo de
P (α) = e B . (4) Monte Carlo;
Z

2
Fı́sica Estatı́sica - O Modelo de Ising 2D 3

• atualiza os valores de E e M . Histograma de |m| para l=10 e T=1.0 Histograma de |m| para l=10 e T=1.5

rand é um número aleatório gerado na simulação de


intervalo 0 < rand < 1 que faz o papel de probabilidade.
O procedimento acima é repetido conforme o número de
passos de Monte Carlos. Esse algorimo acima é chamado
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
de Metrópolis.
Histograma de |m| para l=10 e T=2.0 Histograma de |m| para l=10 e T=2.25
Podemos obter propriedades como c e χ, usamos as flu-
tuações dos valores da energia e magnetização respectiva-
mente. Trabalhando com unidades reduzidas, definimos
J = 1 e kB = 1. Dessa forma, temos

1 £ 2 2
¤
c= 2 hE i − hEi (7) 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
NT Histograma de |m| para l=10 e T=2.5 Histograma de |m| para l=10 e T=3.0

1 £ 2 ¤
χ= hM i − hM i2 . (8)
NT

Para encontrar a temperatura crı́tica, Tc , num sistema


0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
infinito, devemos aplicar o limite termodinâmico para al-
Histograma de |m| para l=10 e T=5.0
guma propriedade que demostre um comportamento pe-
culiar e bem definido, como os picos formados no calor
especı́fico ou na suscetibilidade magnética. Fazendo um
gráfico de Tc (N ) de c ou χ em função de N −1 , esperamos
obter uma curva tal que o coeficiente linear definirá a tem-
peratura crı́tica. A temperatura crı́tica já é conhecida no 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
meio cientı́fico e seu valor é
Figura 2: histogramas para diferentes temperaturas na rede de
2 spins com N = 100.
Tc = p ≃ 2, 2691853 (9)
ln (1 + (2))
Histograma de |m| para l=20 e T=1.0 Histograma de |m| para l=20 e T=1.5

Como nesse trabalho estamos trabalhando apenas com


a magnetização, é interessante tratar a hipótese de es-
cala para sistemas finitos. Definindo ε = T −T TC , temos a
C

relação do valor da magnetização em função da temper-


atura e do número de spins do sistema
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

M =N − −β
2ν c(εN − −β
M 2ν ), (10) Histograma de |m| para l=20 e T=2.0 Histograma de |m| para l=20 e T=2.25

onde ν, β são expoentes crı́ticos e para o caso de duas


dimensões tem os valores ν = 1 e β = 0.125. M c é uma
função tal que é uma constante quando ε = 0.
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

Histograma de |m| para l=20 e T=2.5 Histograma de |m| para l=20 e T=3.0

IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ressaltamos que todas as grandezas estão em unidades


reduzidas e que a magnetização está dividida pelo número
de spins, ou seja, estamos tratando a densidade de mag-
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
netização (m). O número de passos de Monte Carlo é
igual a 106 onde foram desprezados 10%. Como primeiro Histograma de |m| para l=20 e T=5.0

resultado, mostramos o histograma da magnetização para


diferentes temperaturas e tamanhos de rede nas figuras 2,
3 e 4. Essa função de distribuição demostra claramente
que o valor médio da magnetização converte para o valor
esperado.
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Estamos trabalhando apenas o módulo da magne-
tização por dois motivos: Figura 3: histogramas para diferentes temperaturas na rede de
spins com N = 400.
• padronização de resultados, já que não há uma
definição de orientação inicial e valor dessa ori-
entação; • no decorrer de um passo de Monte Carlo, todos os

3
1ã)(iMtm
0oçaengz0,,4862 N=421065
012Tempratu3(T)45
4 Fı́sica Estatı́sica - O Modelo de Ising 2D

Histograma de |m| para l=40 e T=1.0 Histograma de |m| para l=40 e T=1.5

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

Histograma de |m| para l=40 e T=2.0 Histograma de |m| para l=40 e T=2.25

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

Histograma de |m| para l=40 e T=2.5 Histograma de |m| para l=40 e T=3.0

Figura 5: magnetização media em função da temperatura para


diferentes tamanhos de rede.

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 o aumento da temperatura, alguns spins mudam de sen-
Histograma de |m| para l=40 e T=5.0 tido e ao passar pela Tc , o sistema tenderá anular a mag-
netização total. Observando que a curva da figura 5 é
mais suave para sistemas pequenos e apresenta grande
flutuação. Para sistemas grandes, a curva é mais fechada.
A curva terá uma assı́ntota no limite N → ∞ ao chegar
a temperatura crı́tica. Esse resultado mostra a transição
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
de fase para a amostra que inicialmente estava no estado
Figura 4: histogramas para diferentes temperaturas na rede de
ferromagnético e ao passar pelo ponto crı́tico se torna
spins com N = 1600. paramagnético.
O comportamento da magnetização é praticamente o
mesmo para diferentes número de spins: estável até
elementos podem mudar de orientação como uma chegar na temperatura crı́tica e depois decresce forma de
transição espontânea. Apesar do fenômeno não mu- forma mais aguda dependendo do tamanho do sistema.
dar a magnitude da magnetização, poderá ocorrer Após essa temperatura, a magnetização deve aproximar
falhas durante o calculo da média. mais ainda do zero quanto maior for o sistema. Com
relação a a barra de erros, são tão pequenas que nesses
Ao trabalhar dessa forma, temos um problema ao tratar gráficos quase é impossı́vel de enxergar-las. Observa-se
uma rede com número de spins par. Observando as fig- na tabela I que os valores da barra de erro são bem pe-
uras 2, 3 e 4, o valor do histograma quando m = 0 sofre quenos. Os maiores valores são encontrados próximo da
uma queda comparado ao valor da vizinhança. Isso se temperatura crı́tica de cada tamanho de rede. Clara-
deve porque temos a magnetização discretizada em 2N +1 mente, um número menor de passos de MC contribuem
valores, e os valores diferentes de m = 0 serão somados para o aumento da barra de erro.
aos pares m e −m. O valor do histograma quando m = 0
não terá nenhum acréscimo e passará a imagem de ter N T = 1.0 T = 3.0 T = 2.25 T ∗ = 2.25
metade da probabilidade dos outros valores. 25 1.1725·10−5 7.3431·10−4 4.7887·10−4 2.0058·10−3
Com relação a curva de distribuição da magnetização, 100 6.8286·10−6 4.6612·10−4 1.1017·10−3 3.8690·10−3
podemos verificar que quanto maior a rede, mais estreito 400 3.6005·10−6 4.4921·10−4 1.8162·10−3 5.4985·10−3
1600 8.3631·10−7 1.1950·10−4 3.6467·10−3 5.3255·10−3
será essa curva. Com o aumento da caixa, o sistema terá
mais estados possı́veis de ocupar, quebrando uma mesma Tabela I: valores da barra de erro para diferentes situações. T ∗ =
barra do histograma de um sistema pequeno em diversas 2.25 é uma simulação realizada com um décimo do número de passos
outras com probabilidades diferentes entre si. Assim, os de MC.
estados mais prováveis serão contabilizados muito mais
que os outros. Essa diferença de probabilidades dos novos Aplicando o logaritmo na equação 10 e trabalhando na
valores de m que geram esse afinamento no histograma. temperatura de T = 2.27, que é bem próxima da crı́tica,
Observa-se também que quanto maior a rede, mais flu- obtemos uma função linear. A partir dos resultados da
tuações aparecem na curva gerada pelo histograma. Es- figura IV envolvendo o coeficiente angular da curva Tc ,
sas pequenas flutuações, ou ruı́dos, são criadas quando o obtemos que β = 0.12424 ± 0.00302. Esse valor do ex-
número de passos de Monte Carlo é pequeno comparado poente crı́tico é bem próximo do esperado, demonstrando
ao tamanho da rede. Isso significa que para cada rede que o processo é muito coerente.
que contenha n spins tem que ter um número de passos Podemos obter a energia em função da temperatura
de MC proporcional ao mesmo n. e veremos que o seu comportamento é parecido com
Em temperaturas baixas, dificilmente os spins trocam da magnetização. Ao calcular o calor especı́fico e a
de orientação pois a probabilidade é desfavorável. Com suscetibilidade magnética, veremos um ponto no qual es-

4
,oçaengz00,,49865371T=2.0957(TC)
0ã)(iMtm
2103Núm1e0rodespin10(N)1e+04
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para cada tamanho de rede e demonstra a temperatura


crı́tica do sistema de N spins. Obtendo essas temper-
aturas em função de N , poderemos aplicar o limite ter-
modinâmico e assim obter a temperatura de Curie. Outro
estudo que pode ser efetuado é a correlação do sistema
em função do tamanho da rede e da temperatura.

Seria interessante adicionar o campo magnético ex-


terno para ver o comportamento e comparar com o caso
do campo nulo. Poderiamos também fazer esse mesmo
tratamento usando o algoritmo de Wang-Landau, no qual
tenta obter de forma precisa a densidade de estados g(E)
produzindo um histograma no espaço de energia. Usando
este método, nos não iremos apenas evitar a repetição em
múltiplas temperaturas, mas seremos capazes de estimar
Figura 6: ln da magnetização media em função do ln do número a energia livre e a entropia, quantidades que não são obti-
de sı́tios da rede para diferentes temperaturas. das diretamente usando simulação de Monte Carlo, além
de obter propriedades já conhecida como energia, mag-
netização, calor especı́fico e suscetibilidade magnética em
sas curvas não serão contı́nuas. Esse ponto é diferente função da temperatura.

1
K. Binder and D. W. Heermann: Monte Carlo Methods in Statistical Physics, Springer-Verlag (1992).
2
N. W. Ashcroft and N. D. Mermin: Sólid State Physics, Holt, Rinehart and Winston (1976).
3
M. J. de Oliveira: Termodinâmica, Ed. Livraria da Fı́sica (2005).
4
T. Tomé and M. J. de Oliveira: Dinâmica Estocástica e Irreversibilidade, Ed. USP (2001).
5
R. Peierls, Proc. Cambridge Phil. Soc. 32 (1936) 477.
6
S. Salinas: Introdução à Fı́sica Estatı́stica, Ed. USP (1999).

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