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AMOG - ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRO REGIÃO DA BAIXA MOGIANA

Fundada em 08.01.1976
Rua Joaquim Augusto Ferreira, nº 12 – Parque das Orquídeas – CEP 37.800-000.
Telefax: 35.3551.5664 – e-mail: amog@veloxmail.com.br
GUAXUPÉ – MINAS GERAIS

DIREITO CONSTITUCIONAL E A
FORMAÇÃO DO ESTADO
AUTOR: PROF. MS. MAKVEL REIS NASCIMENTO

1ª EDIÇÃO
PARTE 1

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA


MUZAMBINHO-MG
www.maz.ifsuldeminas.edu.br

ROTEIRO DE CURSO
2011

Alterosa, Arceburgo, Areado, Botelhos, Bom Jesus da Penha, Cabo Verde, Conceição da Aparecida, Guaranésia,
Guaxupé, Jacuí, Juruaia, Monte Belo, Muzambinho, Nova Resende, São Pedro da União.
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I – NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

Não raro sentimos dificuldades em apreender a disciplina Direito Constitucional pelo


fato de a encararmos como um conjunto de artigos, parágrafos, alíneas, etc.

O Direito Constitucional não se confunde com a própria Constituição Federal de 1988.


Esta é, obviamente, fortemente influenciada por aquele, mas o DIREITO CONSTITUCIONAL
DEVE SER ENCARADO COMO ALGO MUITO MAIS AMPLO, INCLUSIVE COMO UMA FORTE

FERRAMENTA NA LUTA POR UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA .

O Direito Constitucional é ligado embrionariamente a conceitos e construções políticas


que lhe servem, até hoje, de base.

I.1 – DO DIREITO CONSTITUCIONAL E DA CONSTITUIÇÃO

I.1.1 – DIREITO CONSTITUCIONAL

É o ramo do Direito Público que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e normas


fundamentais do Estado; é a ciência positiva das constituições; tem por Objeto a constituição
política do Estado, cabendo a ele o estudo sistemático das normas que integram a constituição
(José Afonso da Silva)

O conteúdo científico do Direito Constitucional abrange à seguintes disciplinas:

- Direito Constitucional Positivo ou Particular: é o que tem por objeto o estudo dos
princípios e normas de uma constituição concreta, de um Estado determinado;
compreende a interpretação , sistematização e crítica das normas jurídico-constitucionais

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desse Estado, configuradas na constituição vigente, nos seus legados históricos e sua
conexão com a realidade sócio-cultural.

- Direito Constitucional Comparado: é o estudo teórico das normas jurídico-


constitucionais positivas (não necessariamente vigentes) de vários Estados, preocupando-
se em destacar as singularidades e os contrastes entre eles ou entre grupo deles.

- Direito Constitucional Geral: delineia uma série de princípios, de conceitos e de


instituições que se acham em vários direitos positivos ou em grupos deles para
classifica-los e sistematizá-los numa visão unitária; é uma ciência, que visa generalizar os
princípios teóricos do Direito Constitucional particular e, ao mesmo tempo, constatar
pontos de contato e independência do Direito Constitucional Positivo dos vários
Estados que adotam formas semelhantes do Governo.

I.1.2 – CONSTITUIÇÃO

Anote-se que é inviável se falar em direito constitucional sem entender seu objeto, a
Constituição Federal.

Constituição é a lei maior, é a reunião de todos os valores supremos de um Estado,


instituída para regular a atuação governamental, as relações jurídicas existentes na sociedade,
bem como proteger os indivíduos de abusos do poder público.

Para Alexandre de Moraes,

“deve ser entendida como a lei fundamental e suprema de um Estado, que


contém normas referentes à estruturação do Estado, à formação dos poderes
públicos, forma de governo e aquisição do poder de governar, distribuição de
competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos”.

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Celso de Mello, por sua vez, entende a constituição como “um complexo de regras que
dispõem sobre a organização do Estado, a origem e o exercício do Poder, a discriminação das
competências estatais e a proclamação das liberdades públicas”.

Considerada sua lei fundamental, seria, então, a organização dos seus elementos
essenciais: um sistema de normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que regula a forma do
Estado, a forma de seu governo, o modo de aquisição e o exercício do poder, o
estabelecimento de seus órgãos, os limites de sua ação, os direitos fundamentais do homem e
as respectivas garantias; em síntese, é o conjunto de normas que organiza os elementos
constitutivos do Estado (José Afonso da Silva).

A constituição é algo que tem, COMO FORMA , um complexo de normas; COMO

CONTEÚDO , a conduta humana motivada das relações sociais; COMO FIM , a realização dos
valores que apontam para o existir da comunidade; e, finalmente, COMO CAUSA CRIADORA E

RECRIADORA , o poder que emana do povo; não podendo ser compreendida e interpretada, se
não tiver em mente essa estrutura, considerada como CONEXÃO DE SENTIDO , como é tudo
aquilo que integra um conjunto de valores.

Na visão de Canotilho1, o sentido jurídico da CONSTITUIÇÃO pode ser entendido como:

“A Lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas referentes à


estruturação do Estado, à formação dos poderes públicos, forma de governo e
aquisição do poder de governar, distribuição de competências, direitos,
garantias e deveres dos cidadãos. Além disso, é a Constituição que individualiza
os órgãos competentes para a edição de normas jurídicas, legislativas ou
administrativas”.

Veja-se que, com base no conceito de Canotilho, pode-se perceber que todo o
ordenamento jurídico deve ter íntima relação com a Constituição, ou seja, as normas

1
CANOTILHO, J. J. Gomes, MOREIRA, Vital. Fundamentos da Constituição. Coimbra: Coimbra Editora, 1991, p.
41.

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infraconstitucionais, não podem se desvincular dos preceitos e princípios embutidos na Carta


Magna, sob pena de serem declarados inconstitucionais2.

Embora a Constituição seja uma lei, a mesma merece uma apreciação destacada dentro
do ordenamento jurídico, à vista do conjunto de peculiaridades que singularizam suas normas.

Luís Roberto Barroso3 destaca 04 peculiaridades das normas constitucionais:

a) superioridade hierárquica;
b) natureza da linguagem;
c) conteúdo específico;
d) caráter político.

O mesmo autor explica que a SUPERIORIDADE OU SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO é a


nota mais essencial do processo de interpretação constitucional. É ela que confere à Lei Maior
o caráter paradigmático e subordinante de todo o ordenamento, de forma tal que nenhum ato
jurídico possa subsistir validamente no âmbito do Estado se contravier seu sentido. Neste
contexto de supremacia, José Afonso da Silva4 comenta que:

“Nossa Constituição é rígida. Em conseqüência, é a lei fundamental e suprema


do Estado brasileiro. Toda autoridade só nela encontra fundamento e só ela
confere poderes e competências governamentais. Nem o governo federal, nem
os governos dos Estados, nem os dos Municípios ou do Distrito Federal são
soberanos, porque todos são limitados, expressa ou implicitamente, pelas
normas positivas daquela lei fundamental. Exercem suas atribuições nos termos
nela estabelecidos. Por outro lado, todas as normas que integram a ordenação
jurídica nacional só serão válidas se se conformarem com as normas da
Constituição Federal”.

2
A própria Constituição da República tratou do controle de constitucionalidade das normas, de duas formas:
inconstitucionalidade por ação (atuação – produção de atos legislativos ou administrativos que venham a contrariar
normas ou princípios da constituição) e inconstitucionalidade por omissão (nos casos em que não sejam praticados atos
legislativos ou administrativos requeridos para tornar plenamente aplicáveis normas constitucionais).
3
BARROSO, Luís Roberto. Interpretação e Aplicação da Constituição. Saraiva: São Paulo, 2004, p. 107.
4
DA SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros, 2001, p. 46.

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Sobre a NATUREZA DA LINGUAGEM , Barroso5 explica que o texto da Carta Magna,


apresenta maior abertura, maior grau de abstração e, como conseqüência, menor densidade
jurídica, devido à veiculação de normas principiológicas e esquemáticas, tais como os conceitos
de igualdade, moralidade, função social da propriedade, justiça social, dignidade da pessoa
humana, dentre outros, conferem um significativo espaço de discricionariedade.

O CONTEÚDO ESPECÍFICO DOS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS refogem à estrutura típica


das normas dos demais ramos do Direito. Especificadamente, o texto constitucional contém
carga excessiva de normas de conduta6, normas de organização7 e normas programáticas8.

O CARÁTER POLÍTICO DA CONSTITUIÇÃO resulta do poder político fundamental que a


constitui - o Poder Constituinte Originário.

Ao manifestar sobre o caráter político da Constituição, Seabra Fagundes 9 explica que o


PODER CONSTITUINTE é a manifestação mais alta da vontade coletiva, pois cria ou reconstrói o
Estado, através da Constituição. Este caráter político materializa a tentativa de conversão do
poder político para o poder jurídico, visando a juridicização do fenômeno político.

O Poder Constituinte vem a ser, como a própria nomenclatura indica, o poder


responsável por constituir algo, onde, na realidade, constitui a própria estrutura de um Estado.
O Poder Constituinte é também denominado ORIGINÁRIO , uma vez que não há outro
poder anterior a ele.

A partir do Poder Constituinte é que serão criadas as demais espécies normativas, que
comporão a legislação de um Estado. Todavia, ele mesmo não se encontra descrito em seu
texto.

5
Ob. Cit., p. 107.
6
Normas que regulam os comportamentos, em função de valores aflorados na sociedade, gerando direitos e
obrigações.
7
Visam estruturar organicamente o Estado.
8
São aquelas que contem disposições indicadoras de valores a serem preservados e fins sociais a serem alcançados.
9
FAGUNDES, M. Seabra. O Controle dos Atos Administrativos pelo Poder Judiciário. Rio de Janeiro: Forense, 1979,
p. 3.

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Analisando as características pertinentes ao Poder Constituinte, Canotilho 10 descreve


afirmando que:

“... na teoria de Sieyès, seria um Poder inicial, autônomo e onipotente. É inicial


porque não existe, antes dele, nem de fato nem de direito, qualquer outro
Poder. É nele que se situa, por excelência, à vontade do soberano (instância
jurídico-política, dotada de autoridade suprema). É um Poder autônomo: a ele e
só a ele compete decidir-se, como e quando deve “dar-se” uma Constituição à
Nação. É um Poder onipotente, incondicionado: o Poder Constituinte não está
subordinado a qualquer regra de forma ou de fundo”.

O Poder Constituinte surgirá, com suas características, sempre que ocorrer a


necessidade de profunda alteração na ordem constituída, substituindo-a por outra. Tal
substituição faz-se, geralmente, pela deposição de uma ordem por outra.

Todavia, no Brasil, não se tem vivido tal regra, pois no que tange ao atual texto
constitucional, ocorreu mera substituição de ordens, advinda de movimentação social e não de
convulsão social. Aqui, a concretização recente do Poder Constituinte para a elaboração do
novo texto constitucional decorreu de anseio popular, que se manifestou com o intuito de
eleger um Presidente da República e, ainda, em decorrência de forte crise econômica, gerada
pela inflação incontrolável, apesar dos esforços eivados pelos diversos e sucessivos planos
econômicos.

A CONSTITUIÇÃO ESTÁ INTIMAMENTE LIGADA À QUESTÃO DA LEGITIMIDADE NÃO SÓ DO

PODER QUE A PRODUZIU COMO TAMBÉM DOS PRECEITOS POR ELA TRAÇADOS .

Em realidade, é possível a existência de uma Constituição legítima, porque produzida


pelo Poder Constituinte, mas ilegítima do ponto de vista do manancial por ela abordado em
seu texto11.

10
Ob. Cit., p. 94.
11
Há de se destacar que a Constituição nasce do ideário do povo sendo sua existência justificada por intermédio deste
anseio popular.

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Desta forma, para haver a efetividade legítima, sua essência deverá ser composta pelos
anseios dessa sociedade.

I.2 – PODER CONSTITUINTE

Poder Constituinte nada mais é do que a reunião de pessoas eleitas pelo titular da
Constituição, que é o povo, para criar ou alterar a mesma, ou seja, estabelecer a organização
jurídica fundamental e regras quanto à forma de Estado, à forma de governo, ao modo de
aquisição, exercício e perda do poder de governar, ao estabelecimento de seus órgãos e aos
limites de sua ação.

Uma constituição pode derivar dos trabalhos de uma Assembléia Nacional Constituinte,
de um processo histórico ou até mesmo revolucionário. O poder que institui inicialmente uma
constituição é o chamado PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO , visto que irá compor o texto
constitucional sem se vincular a nenhuma regra, valor ou norma anterior. Esse poder tem
caráter eminentemente excepcional, dado que sua existência pressupõe derrubar/apagar a
Constituição anterior, sendo absoluto e ilimitado.

Tal poder geralmente nasce em virtude de guerras, conflitos graves, revoluções ou no


caso de Estados recém criados, o que não deixa de ser uma mudança drástica no panorama
social, político e econômico de uma sociedade.

O PODER CONSTITUINTE DERIVADO é poder de reformar a constituição e de elaborar


constituições estaduais. Esse poder existe, em primeiro lugar, porque o constituinte originário
sabe que a constituição não é um documento perfeito, mas sim algo que precisa ser
aperfeiçoado e, em segundo lugar, porque a sociedade muda, evolui, devendo, portanto, ser
mudada também a constituição.

No Brasil, o poder constituinte derivado é aquele que o Congresso Nacional ou os


órgãos máximos do Poder Legislativo Estadual exercem por meio de emendas à Constituição,

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pelas revisões constitucionais e pela confecção das Constituições estaduais, sendo em quaisquer
casos subordinado e condicionado.

O PODER CONSTITUINTE DERIVADO PODE SER CLASSIFICADO COMO DECORRENTE OU DE

REFORMA : podendo este último ser definido como de emenda ou de revisão.

As EMENDAS são modificações que podem ser feitas desde que seguidas as regras
definidas na constituição.

As REVISÕES são oportunidades que o constituinte originário deu ao constituinte


derivado de, após um determinado período de tempo, fazer a revisão da constituição por meio
de um processo mais simplificado que o da emenda constitucional. O constituinte deu um
prazo de 5 anos para que fossem analisados os pontos merecedores de reforma na
Constituição. Assim, tal como previsto no art. 3º do ADCT – Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias –, ocorreu em 7 de junho de 1994 a edição de seis emendas
constitucionais de revisão. Esse processo simplificado de alteração constitucional requereu
penas a votação da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional em sessão
unicameral.

O PODER CONSTITUINTE DECORRENTE é o exercido pelos Estados-membros na confecção


de suas Constituições estaduais. Desse processo advém o elemento legitimador, que garante o
poder da Constituição: o fato de esta derivar de uma assembléia constituinte formada de
parlamentares eleitos democraticamente, ou seja, o povo, indiretamente, faz a Constituição.
Não estamos dizendo que somente democraticamente se imponha uma constituição,
mas com certeza essa foi a opção da atual Constituição Federativa do Brasil.

I.3 – H IERARQUIA DAS NORMAS JURÍDICAS

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A pirâmide representa a hierarquia das normas dentro do ordenamento jurídico. Esta


estrutura exige que o ato inferior guarde hierarquia com o ato hierarquicamente superior e,
todos eles, com a Constituição, sob pena de ser ilegal e inconstitucional - chamada de relação
de compatibilidade vertical

CF

LEIS

ATOS

1.3.1 – SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos


Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático
de Direito e tem como fundamentos:

As “COLUNAS” básicas da Constituição Federal são: a REPÚBLICA e a


FEDERAÇÃO.

Forma de Estado: FEDERAÇÃO

A forma de Estado objetiva a estruturação da sociedade estatal. Etimologicamente,


significa pacto, união, aliança.

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Suas principais CARACTERÍSTICAS são:

o Autonomia – financeira, administrativa e política;


o Repartição de Competências – competência para legislar e cobrar impostos;
o Rigidez Constitucional – p/ alterações na CF, necessita quorum qualificado;
o STF – órgão que controla a aplicação da CF;
o Intervenção Federal – mecanismo de proteção do Federalismo;
o Unidade de Nacionalidade – a CF vale para todos os cidadãos, em todo País.

AUTONOMIA ESTADOS DF MUNICÍPIOS

Organizacional Constituição Estadual Lei Orgânica Lei Orgânica

Governamental Governador Governador Distrital Prefeito

Administrativa Orçamento Orçamento Orçamento

Legislativa Assembléia Legislativa Câmara Legislativa Câmara Municipal

 Forma de Governo: REPÚBLICA

 A forma de governo tem como finalidade organizar politicamente um Estado.

Etimologicamente, significa  RES – coisa, PUBLICO – povo, ou seja “coisa do povo, para o
povo”. São características básicas:

“REPRESO”

Representatividade - o povo escolhe seus representantes;


Eletividade - a escolha é feita através do voto, de eleições;
Periodicidade - o representante exerce mandato temporário (4 anos);

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Responsabilidade - dever de probidade administrativa;


Soberania popular - o poder emana do povo e por ele é exercido.

Fundamentos da República Federativa do Brasil 

 Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.
 São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e
o Judiciário.

Os “ALICERCES” da Constituição Federal são os FUNDAMENTOS

“SOCI DIVA PLU”

I- SOberania;
II - CIdadania;
III - DIgnidade da pessoa humana;
IV - VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V- PLUralismo político.

OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 

Os “TIJOLOS” da Constituição Federal são os OBJETIVOS FUNDAMENTAIS

“COGAERPRO”

I- COnstruir uma sociedade livre, justa e solidária;


II - GArantir o desenvolvimento nacional;
III - ERradicar a pobreza e a marginalização; reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - PROmover o bem de todos, sem quaisquer preconceitos ou discriminação;

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Princípios que regem as Relações Internacionais 

A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e


cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana
de nações.
Os “VIZINHOS” da Constituição Federal são os PAÍSES AMIGOS

“AINDA NÃO CONPREI RECOOS”

I- A utodeterminação dos povos;


II - IN dependência nacional;
III - DE fesa da paz;
IV - NÃO -intervenção;
V- COM cessão de asilo político.
VI - PRE valência dos direitos humanos;
VII - I gualdade entre os Estados;
VIII - RE púdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - COO peração entre os povos para o progresso da humanidade;
X- S olução pacífica dos conflitos;

A Constituição é a mais alta expressão jurídica da soberania popular e nacional. É o


instrumento seguro para a manutenção do Estado de Direito. Daí este significar a submissão de
todos os indivíduos e dos próprios órgãos do Estado ao Direito, à lei, remontando, em última
instância, à submissão à Lei Magna.

A Carta Magna é a lei fundamental, o meio mediante o qual uma sociedade se organiza
e restringe atos ou exige prestações estatais, seja prescrevendo direitos, deveres e garantias, seja
conferindo o fundamento de validade de todas as leis e atos normativos.

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Neste sentido explica José Afonso da Silva:

A constituição é algo que tem, como forma, um complexo de normas (escritas


ou costumeiras); como conteúdo, a conduta humana motivada pelas relações
sociais (econômicas, políticas religiosas, etc.); como fim, a realização dos valores
que apontam para o existir da comunidade; e; finalmente, como causa criadora
e recriadora, o poder que emana do povo.

Os preceitos ou normas (regras e princípios, na acepção de José Joaquim Gomes


Canotilho) que integram a Constituição, em razão de suas características e objetivos, acham-se
num grau hierárquico supremo face a todas as demais normas jurídicas que compõem um dado
ordenamento jurídico.
A Constituição encontra-se no ápice do sistema jurídico de qualquer país, nela se
encontrando a própria estrutura e as normas fundamentais do Estado que a sedia.

Segundo Hans Kelsen, uma norma jurídica para ser válida necessita buscar seu
fundamento de validade em uma norma superior. Sobre este assunto discorreu largamente o
Mestre da Escola de Viena, de forma a assentar a sua teoria escalonada do ordenamento
jurídico. Da sua Teoria Pura do Direito destaca-se o trecho a seguir:

A ordem jurídica não é um sistema de normas jurídicas ordenadas no mesmo


plano, situadas umas ao lado das outras, mas é uma construção escalonada de
diferentes camadas ou níveis de normas jurídicas. A sua unidade é produto da
relação de dependência que resulta do fato de a validade de uma norma, se
apoiar sobre essa outra norma, cuja produção, por seu turno, é determinada
por outra, e assim por diante, até abicar finalmente na norma fundamental–
pressuposta. A norma fundamental hipotética, nestes termos – é, portanto, o
fundamento de validade último que constitui a unidade desta interconexão
criadora.

Sendo assim, todas as normas devem se adequar aos parâmetros constitucionais, sob
pena de resultarem inconstitucionais e não poderem pertencer ao ordenamento jurídico
vigente.

Em síntese, o sistema jurídico que se apresenta nessa estrutura escalonada tendo em seu
vértice a Constituição, deve ser coerente e racional. Qualquer conflito que agrida o postulado

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da Carta Magna viola pelo menos um princípio essencial, qual seja, justamente o da Supremacia
da Constituição, comprometendo assim a harmonia do ordenamento.

Logo, a compreensão da Constituição como lei fundamental implica o reconhecimento


da sua supremacia na ordem jurídica, bem como a existência de mecanismos suficientes para
garanti-la juridicamente contra agressões. Para assegurar tal supremacia, necessário se faz um
controle sobre as leis e os atos normativos, o chamado CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE .

CONTROLAR A CONSTITUCIONALIDADE significa impedir a eficácia de normas contrárias


à Constituição e, para tanto, a defesa da Carta Maior pressupõe a existência de garantias e
institutos destinados a assegurar a observância, a aplicação, a estabilidade e a conservação das
suas normas.

Nas palavras de José Joaquim Gomes Canotilho:

O Estado Constitucional democrático ficaria incompleto e enfraquecido se não


assegurasse um mínimo de garantias e de sanções: garantias de observância,
estabilidade e preservação das normas constitucionais, sanções contra atos dos
órgãos de soberania e de outros não conformes com a constituição. A idéia de
proteção, defesa, tutela ou garantia da ordem constitucional tem como
antecedente a idéia de defesa do Estado, que, num sentido amplo e global, se
pode definir como o complexo de institutos, garantias e medidas destinadas a
defender e proteger, interna e externamente, a existência jurídica e fática do
Estado. Desta forma, o objeto de defesa não é pura e simplesmente a defesa do
Estado e sim da forma de Estado tal como ela é constitucionalmente formada.

A IDÉIA DE CONTROLE ESTÁ INTIMAMENTE VINCULADA À DE RIGIDEZ CONSTITUCIONAL .

Somente em constituições rígidas, em relação às quais se entende que nenhum ato normativo
delas decorrentes pode modificá-las, é possível verificar-se a superioridade da norma
constitucional em face às demais normas.

O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE É DEFINIDO como o ato de submeter à


verificação de compatibilidade normas de um determinado ordenamento jurídico com os
comandos do parâmetro constitucional em vigor, formal e materialmente (forma, procedimento
e conteúdo), retirando do sistema jurídico (nulificando ou anulando) aquelas que com eles
forem incompatíveis.

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Deste modo, o controle de constitucionalidade CARACTERIZA -SE como uma


concretização e um desenvolvimento do direito constitucional, mediante a fiscalização da
observância e cumprimento das normas e princípios constitucionais vigentes. Tal afirmativa
propicia o entendimento de que os atos normativos devem estar subordinados, formal,
procedimental e substancialmente, ao parâmetro constitucional. É o que se verá mais adiante.

Portanto, de nada adiantaria a existência da soberania constitucional se não fosse


realizado um sistema eficiente de defesa da Constituição, para que ela prevalecesse sempre
soberana diante das leis e de outros atos normativos que eventualmente a antagonizassem.
Para isso, o controle de constitucionalidade é o principal mecanismo, o meio de reação
mais eficiente nos países de constituição rígida. Por ele é possível garantir a unidade e eliminar
os fatores de desarmonia, que são as leis e atos normativos que se opõem ao texto
fundamental, conflitando com os seus princípios e demais comandos. Vale dizer ainda, como
Zeno Veloso, que

O controle de constitucionalidade serve também como barreira para os


excessos, abusos e desvios de poder, garantindo as liberdades públicas, a
cidadania, os direitos e garantias fundamentais.

MAS QUAIS SÃO OS SISTEMAS EXISTENTES NA TEORIA CONSTITUCIONAL PARA A

REALIZAÇÃO DA DEFESA DA CONSTITUIÇÃO?

Existem dois: o controle dito político e o jurisdicional.

O CONTROLE POLÍTICO é aquele exercido pelo próprio órgão criador da norma ou por
outro ad hoc, o qual não detém garantias de independência, caracterizando-se como preventivo
e discricionário.

Em contrapartida, o CONTROLE JURISDICIONAL é aquele exercido por órgãos detentores


de garantias de independência, como o Poder Judiciário, os quais não participam da criação das
leis, agindo por provocação ou ex lege, de forma definitiva e com pouca discricionariedade.

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Para melhor entender-se a distinção entre estes dois sistemas de controles, destaca-se os
ensinamentos de José Afonso da Silva:

O controle político é o que entrega a verificação da inconstitucionalidade a


órgãos de natureza política, tais como: o próprio Poder Legislativo, solução
predominante na Europa no século passado; ou um órgão especial, como o
Presidium do Soviete Supremo da ex- União Soviética (Constituição da URSS,
art. 121, n.º 4) e o Conseil Constitutionnel da vigente Constituição francesa de
1958 (arts. 56 a 63). O controle jurisdicional, generalizado hoje em dia,
denominado judicial review nos Estados Unidos da América do Norte, é a
faculdade que as constituições outorgam ao Poder Judiciário de declarar a
inconstitucionalidade de lei e de outros atos do Poder Público que contrariem,
formal ou materialmente, preceitos ou princípios constitucionais.

Ainda acerca do tema, citam alguns autores, como o mestre recém nominado, a
existência de UM TERCEIRO TIPO DE CONTROLE , DENOMINADO SISTEMA MISTO , o qual se dá
quando da submissão da análise da inconstitucionalidade tanto a um controle político como a
um controle jurisdicional, dependendo da categoria da lei ou do ato normativo, como ocorre
na Suíça, por exemplo.

Em suma:

Rigidez e supremacia constitucional: A rigidez decorre da maior


dificuldade para sua modificação do que as demais; dela emana o
princípio da supremacia da constituição, colocando-a no vértice do
sistema jurídico.

Supremacia da Constituição Federal: por ser rígida, toda


autoridade só nela encontra fundamento e só ela confere poderes
e competências governamentais; exerce, suas atribuições nos
termos dela; sendo que todas as normas que integram a ordenação
jurídica nacional só serão válidas se se conformarem com as
normas constitucionais federais.

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2 – Repartição dos Poderes

“Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o


Legislativo, o Executivo e o Judiciário.”

A Constituição Federal de 1988, como de tradição, adotou o sistema tripartido de


separação dos poderes. A separação dos poderes, doutrina defendida por Montesquieu em seu
livro O Espírito das Leis, teve sua origem de longa data, na Grécia. Essa doutrina determina
a divisão das funções estatais em basicamente três, que são as de administrar, legislar e julgar.
No Brasil, essas três funções são exercidas pelo Poder Executivo, Legislativo e Judiciário,
respectivamente. Essa separação procura, principalmente, evitar abusos de poder, já que um
poder fiscaliza e limita a atuação do outro. Esse sistema denomina-se “freios e contrapesos”.

A divisão dos poderes, no entanto, não é absoluta, sendo que cada um dos poderes
exerce, em menor ou maior grau, todas a funções. Por exemplo, o Legislativo julga os crimes
de responsabilidade do Presidente da República, o Executivo legisla quando cria medidas
provisórias e o judiciário administra quando gerencia seu próprio orçamento.

Com a criação do Conselho Nacional de Justiça, muito se discute a respeito de uma


possível quebra no esquema constitucional de tripartição dos poderes, já que teríamos um
órgão externo fiscalizando, controlando o Poder Judiciário. O Constituinte derivado, ao editar
tal emenda, não inseriu, na composição dos conselhos, membros componentes do Executivo
ou do Legislativo, o que contribui para a tese de constitucionalidade da Emenda Constitucional
nº 45/2004. De qualquer forma, somente o tempo e o Supremo Tribunal Federal poderão nos
dizer, exatamente, qual o papel, a importância e o reflexo do Conselho Nacional de Justiça.

3 – DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Os direitos e garantias fundamentais se constituem em um amplo rol em que estão


inseridos os direitos de defesa do indivíduo perante o Estado, os direitos políticos, os relativos
à nacionalidade e os direitos sociais, dentre outros.

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Também conhecidos como Liberdades Públicas, Direitos Humanos, etc, os Direitos e


Garantias funcionam como freios e limitadores ao poder do Estado frente às pessoas, bem
como de uma pessoa contra outra.

3.1 – Direitos

São Prerrogativas legais que visam concretizar a convivência digna, livre e igual de todas
as pessoas. Representam, por si só, certos bens e vantagens prescritos na norma constitucional.

Exemplo: 5º, III e IV. São também conhecidas como disposições meramente
declaratórias, pois apenas imprimem existência legal aos direitos reconhecidos.

3.2 – Garantias

Destinam-se a assegurar a fruição desses bens. Os direitos são principais, as garantias são
acessórias.

Ex: art. 5º, VI e XXXVII (direito: juízo natural; garantia: veda a instituição de juízo ou
tribunal de exceção). São as disposições assecuratórias, pois se colocam em defesa dos direitos,
limitando o poder do Estado ou de outra pessoa.

Se faz salutar o estudo deste tema com a leitura direta da Constituição Federal. Para
tanto, indicamos as leituras dos artigos que tratam desta matéria:

Direitos Individuais (art. 5º)


Direitos Coletivos (art. 5º).
Direitos Sociais (art. 6º a 11 e art. 193 e seg.)
Direitos à Nacionalidade (art. 12)
Direitos Políticos (art. 14 a 17)

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O rol de direitos e garantias inseridos nesse tópico, balizam e estruturam o convívio


social, além de, ao mesmo tempo, por serem consagrados constitucionalmente, apresentarem-se
como marcos perenes a obstacularem injusta investida do Estado ou de outro particular contra
a liberdade, a segurança ou o patrimônio de outrem.

Desta forma, tais direitos, no entender de Manoel Gonçalves Ferreira Filho, são
constituídos de direitos explícitos e implícitos. Estes últimos são “decorrentes do regime e dos
princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do
Brasil seja parte”. Os explícitos, por sua vez, são de cinco categorias, cujos objetivos imediatos
são a vida, a igualdade, a liberdade, a segurança e a propriedade, já que, o objeto mediato de
todas é sempre a liberdade. Assim dispostos, a proibição da pena de morte (inciso XLVII); a
proteção à dignidade humana (inciso III), se referem à proteção do direito à vida, já o princípio
da isonomia (art. 5°, caput e inciso I) constituem proteção ao direito à igualdade, o direito de
locomoção (incisos XV e LXVIII); de pensamento (incisos IV, VI, VII, VIII e IX); de reunião
(inciso XVI); de associação (incisos XVII A XXI); de profissão (inciso XIII); de ação (inciso II),
são direitos que visam assegurar a liberdade; enquanto do domicílio (inciso XI); em matéria
penal (incisos XXXVII a LXVII); dos direitos subjetivos em geral (inciso XXXVI), são direitos
que visão assegurar a segurança, e a propriedade em geral (inciso XXII); de propriedade
artística, literária e científica (incisos XXVII a XXIX); hereditária (XXX e XXXI), são direitos que
visão assegurar a propriedade.

4 – Organização político-administrativa da União, Estados Federados, Municípios e Distrito


Federal

Do ponto de vista político-administrativo, a República Federativa do Brasil se divide em


União (não confundir com governo federal), Estados, Distrito Federal e Municípios, sendo
todos entes autônomos, ou seja, possuem capacidade de autoorganização, autogoverno e de
auto-administração.

Nenhum dos entes políticos anteriormente citados pode:

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1º) Estabelecer, patrocinar, impedir o funcionamento e/ou criar dependência a cultos


religiosos ou igrejas.
2º) Recusar fé a documentos públicos. Os documentos públicos são dotados de
presunção de legitimidade, o que significa que se presumem verdadeiros os dados
neles constantes. Não pode, portanto, qualquer órgão da administração negar
validade a um documento público, como, por exemplo, uma certidão de
nascimento ou uma escritura de imóvel, salvo se provada alguma irregularidade.
3º) Criar regras que estabeleçam privilégios para alguns brasileiros, em detrimento do
restante do povo, ou entre os entes autônomos entre si.

4.1 - Elementos do Estado

Território - Espaço físico delimita por fronteiras naturais ou não.


Povo – Número determinado ou não de indivíduos que habitam o território unidos por uma
mesma língua, objetivos e cultura.
Soberania – Poder de um país de dizer e aplicar o Direito dentro de seu território com efeito
erga omnes.

4.2 – Entidades Federativas

União – Entidade federativa autônoma, cabe-lhe exercer as atribuições da soberania do Estado


brasileiro. Não se confunde com Estado federal, pois este é pessoa jurídica de direito
internacional. A União age em nome de toda a Federação quando representa o país no plano
internacional ou quando intervém em um Estado membro, no plano interno.

Estados membros – Auto-organizam-se por meio do exercício de seu poder constituinte


derivado decorrente e, posteriormente, por meio de sua própria legislação. O art. 25 da
Constituição Federal, em consonância com o artigo 11, caput, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, permite aos Estados membros a auto-organização, por meio de
Constituições estaduais, desde que observados os princípios estabelecidos por nossa Lei Maior.

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Municípios – Consagrados como entidades federativas indispensáveis a nosso sistema


federativo, integram-se na organização político-administrativa cercados de plena autonomia. A
criação, incorporação, fusão e desdobramento do Município depende de lei estadual, dentro do
período determinado por lei complementar federal, assim como de consulta prévia, mediante
plebiscito, às populações interessadas, após a divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal,
apresentados e publicados na forma da lei.

Distrito Federal – A Constituição garante ao Distrito Federal a natureza de ente federativo


autônomo, vedando-lhe a possibilidade de subdividir-se em Municípios. Dessa forma, não é
Estado membro nem tampouco Município, tendo, em regra, todas as competências legislativas
e tributárias reservadas aos Estados e Municípios.

5 – PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS

Na lição de Celso Bastos, PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS são aqueles que guardam os


valores fundamentais da ordem jurídica. Isso só é possível na medida em que estes não
objetivam regular situações específicas, mas, sim, desejam lançar sua força sobre todo o mundo
jurídico.

5.1 - Efeitos

Os princípios alcançam esta meta à proporção que perdem o seu caráter de precisão de
conteúdo, isto é, conforme vão perdendo densidade semântica, eles ascendem a uma posição
que lhes permite sobressair, pairando sobre uma área muito mais ampla do que uma norma
estabelecedora de preceitos. Portanto, ensina esse mestre, o que o princípio perde em carga
normativa ganha em força valorativa a espraiar-se por cima de um sem-número de outras
normas.

5.2 – Definição de princípio

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Na lição de Uadi Lamêgo Bulos, a noção genérica de princípio leva à sua compreensão
como um enunciado lógico extraído da ordenação sistemática e coerente de diversas
disposições normativas, aparecendo como uma norma de validade geral e dotada de maior
generalidade e abstração do que as normas jurídicas singularmente tomadas.

5.2.1 - Definição de princípio constitucional

Ainda na lição de Uadi Lamêgo Bulos, é o enunciado lógico que serve de vetor para a
interpretação da Constituição, conferindo coerência geral ao sistema constitucional.

5.2.2. - Distinção entre norma e princípio

A doutrina distingue norma constitucional de princípio constitucional. A norma seria


mais específica, mais precisa, de conteúdo mais objetiva mente definido, destinada a reger as
situações às quais expressamente se refira. O princípio, por outro lado, seria um enunciado
mais abstrato, mais impreciso, que atuaria como elemento de harmonização da Constituição,
cujos efeitos seriam auxiliar na superação interpretativa das lacunas e contradições lógicas
existentes no texto constitucional, orientar o legislador e orientar o julgador, sempre de forma
a preservar a ordem constitucional, a coerência e a harmonia da Constituição.

Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos


Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático
de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.

Parágrafo único - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos
ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Comentário:

Este primeiro artigo da Constituição é rico em conceitos técnicos. São eles:

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REPÚBLICA:

Forma de governo cuja principal característica é a temporariedade do mandato de


governo e a eletividade. É forma contraposta à monarquia, onde o mandato de governo é
vitalício e o acesso a ele não se dá pelo voto, mas por direito de linhagem ou divino. Também
opõem república à monarquia a possibilidade de responsabilização do governante, que a
monarquia não admite, e a justificativa do poder, pois, na monarquia, ele é exercido por direito
pessoal próprio, de linhagem ou divino, ao passo que, na república, ele é exercido em nome do
povo.

PROTEÇÃO DA FORMA REPUBLICANA :

A forma republicana não está expressamente protegida pelas cláusulas pétreas da


Constituição (art. 60, § 4°), mas, nem por isso encontra-se despida de proteção. Primeiro
porque a agressão à forma republicana pode levar à intervenção federal, nos termos do art. 34,
VII, por ser ela princípio constitucional sensível. Segundo porque a doutrina a entende como
limitação material implícita ao poder de reforma da Constituição.

FEDERATIVA:

A federação é uma forma de organização do Estado que se opõe ao Estado unitário.


Enquanto neste todo o poder é centralizado, havendo apenas subdivisões internas puramente
administrativas, sem poder de comando, na federação existe uma unidade central de poder, que
é soberana, e diversas subdivisões internas com parcelas de poder chamadas autonomias. O
Brasil adota o tipo de federação chamada orgânica, por ser mais rígida que o modelo norte-
americano, o que significa dizer que, no Brasil, a parcela de poder deixado com Estados,
Distrito Federal e Municípios é pequena, existindo ainda uma tendência centralizadora por parte
do governo central.

AUTONOMIA DAS ENTIDADES ESTATAIS NA FEDERAÇÃO :

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A autonomia é a capacidade de cada entidade estatal (no caso brasileiro, a União, os


Estados, o Distrito Federal e os Municípios) gerir os seus interesses dentro de um âmbito
jurídico e territorial previamente determinado pelo poder soberano.

Segundo Uadi Lamêgo Bulos, a autonomia tem como aspectos essenciais:

a) a capacidade de autoorganização (a entidade federativa deve possuir


Constituição própria);
b) a capacidade de autogoverno (eletividade de seus representantes políticos);
c) a capacidade de auto-legislação (poder de edição de normas gerais e abstratas
pelos respectivos Legislativos); e
d) a capacidade de autoadministração (prestação e manutenção de serviços
próprios). A esses acrescentaríamos a capacidade tributária (poder de criar e
cobrar impostos, taxas e contribuições de melhoria).

UNIÃO INDISSOLÚVEL :

Essa locução informa que as partes materialmente componentes da República não


poderão dela se dissociar, o que implica dizer que qualquer tentativa separatista é
inconstitucional.

É importante notar que a União não faz parte desse rol por não ter ela existência
material, mas apenas jurídica, ou, nos termos do art. 18, político-administrativa.

ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO:

O conceito de Estado de Direito nasceu em oposição ao Estado em que o poder era


exercido com base, unicamente, na vontade do monarca. Para impor limites a esse governo de
insegurança, nasceu, na Inglaterra a doutrina de acordo com a qual o rei governaria a partir de
leis, comprometendo-se a cumpri-las. Chegou-se, assim, ao Estado de Direito. Houve, contudo,

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GUAXUPÉ – MINAS GERAIS

distorção desse conceito. Como conseqüência, passou-se a entender que o Estado de Direito
seria o governo a partir de leis, mas de qualquer lei. Para renovar o conceito, foi ele
incorporado da noção de "Democrático', em função de que não bastavam as leis, mas era
necessário que elas tivessem um conteúdo democrático, ou seja, que realmente realizassem o
ideal de governo a partir do poder do povo, em nome deste e para este.

Este artigo também indica os CINCO FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA .

Fundamentos são os alicerces, as bases ideológicas sobre as quais


está construída a República Federativa do Brasil.

São eles:

1 - SOBERANIA:

Não se trata aqui da soberania do Estado brasileiro, entendida como poder supremo
dentro dos limites territoriais do Brasil. Essa soberania de que fala o artigo é a soberania
popular, ou seja, o reconhecimento de que a origem de todo o Poder da República brasileira é
o seu povo, e que toda a estrutura do Estado, dada pela Constituição, foi formada em
atendimento a esse princípio.

2 - CIDADANIA

População, povo e cidadão não são termos sinônimos. População é a soma de todas as
pessoas que habitam determinado território, em determinado momento. Povo é a soma dos
naturais desse território. Cidadão é a parcela do povo que é titular de capacidade eleitoral ativa,
ou seja, do poder de votar, e assim interferir nas decisões políticas e na vida institucional do
Brasil, direta ou indiretamente.

3 - DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

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GUAXUPÉ – MINAS GERAIS

O Brasil é estruturado com base na consciência de que o valor da pessoa humana,


enquanto ser humano, é insuperável. Em vários artigos a Constituição mostra como pretende
assegurar o respeito à condição de dignidade do ser humano, como por EXEMPLO no art. 5°,
III, onde se lê que ninguém será submetido a tortura ou a tratamento desumano ou
degradante, ou no art. 6°, onde se encontra uma lista de direitos sociais da pessoa.

4 - VALORES SOCIAIS DO TRABALHO

O trabalhador foi visto e entendido, por muito tempo, como uma espécie de
engrenagem num mecanismo de produção de riqueza. A atual Constituição não aceita esse
entendimento, e impõe que o trabalho seja, além de gerador de riquezas para o empregador e
para o Brasil, instrumento do trabalhador para obter todos os direitos sociais que estão
assegurados no art. 6°.

4.1 - L IVRE INICIATIVA

Aqui se assegura um direito ao brasileiro empresário, ao partícipe efetivo da vida


econômica do Estado, que nela poderá disputar o seu espaço protegido contra práticas ilícitas
de mercado, monopólios e oligopólios.

5 - PLURALISMO POLÍTICO

Além da liberdade de expressar sua concepção política, reunindo-se com seus iguais em
qualquer partido político, o brasileiro também pode exercer o direito ao pluralismo político
reunindo-se em associações, em sindicatos, em igrejas, em clubes de serviço. Segundo Norberto
Bobbio, o pluralismo persegue formar uma sociedade composta de vários centros de poder,
mesmo que em conflito entre si, aos quais e atribuída a função de limitar, contrastar e
controlar, até o ponto de eliminar, o centro de poder dominante, historicamente identificado
com o Estado.

5.1 - EXERCÍCIO DIRETO E INDIRETO DO PODER :

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O parágrafo único deste artigo assegura o princípio básico das democracias ocidentais.
O povo é o titular primeiro e único do poder do Estado. Esse poder pode ser exercido através
de representantes que esse mesmo povo, agora cidadão, elege (deputados, senadores,
governadores, prefeitos, vereadores, Presidente da República), ou também pode o povo exercer
o poder de que é titular diretamente, sem intermediários. Esse exercício direto de poder pelo
povo caracteriza a democracia direta, e a Constituição brasileira vigente é abundante em
exemplo, como o poder de sufrágio e voto (art. 14, caput), o plebiscito (art. 14, I), o referendo
(art. 14, II), a iniciativa popular de leis (art. 14, III; art. 61, § 2º; art. 27, § 4º, art. 29, XIII), o
direito de informação em órgãos públicos (art. 5º, XXXIII), o direito de petição administrativa
(art. 5º, XXXIV), a ação popular (art. 5º, LXXIII), o mandado de injunção (art. 5º, LXXI), a
denúncia direta ao TCU (art. 74, § 2º) e a fiscalização popular de contas públicas (art. 31, § 3º),
dentre outros.

DIFERENÇA ENTRE ESTADO E PAÍS: O Estado é formado classicamente por povo, território e
governo soberano. O País, na lição de Uadi Lamêgo Bulos, é conceito que se refere à paisagem,
aos aspectos físicos e naturais do território do Estado, à fauna e à flora, às crenças, às lendas,
aos mitos e às tradições, conferindo uma unidade geográfica, histórica e cultural ao povo.

Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre


si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

UNICIDADE DO PODER:

Os Poderes não são três, mas um só, e seu titular é o povo, soberanamente.

A tripartição de que fala este artigo é orgânica, das funções estatais, isto é, são os três
órgãos que exercem, cada um, uma das três funções básicas do poder uno do povo. São essas

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funções a legislativa, a administrativa e a judiciária, e a cada uma delas corresponde a uma


estrutura, uma instituição, que a exerce com precipuidade, mas não exclusivamente.

Por não ser exclusivo o exercício das funções estatais por nenhum poder é que se pode
afirmar que os três Poderes exercem as três funções estatais (legislar, administrar e julgar), mas
cada um deles exerce uma dessas funções em grau maior que os demais.

FUNÇÕES TÍPICAS DOS PODERES :

As funções típicas do Poder Legislativo, segundo a Constituição e o Supremo Tribunal


Federal, são a legislativa (elaboração de comandos normativos genéricos e abstratos) e a
fiscalizatória (CF, art. 49, IX e X, 70, caput, e 71, caput), da qual, inclusive, a investigatória,
através das Comissões Parlamentares de Inquérito (art. 58, § 3°) é, segundo o STF, correlata. A
função típica do Poder Executivo é a de aplicação das leis a situações concretas, às quais se
destinem, vindo daí, inclusive, a permissão constitucional de uso do poder regulamentar, que
consta no art. 84, IV, da CF. A função típica do Poder Judiciário é a de aplicação da lei a
situações concretas e litigiosas, e, também, a de proteção da autoridade das Constituições
Federal e Estaduais e da Lei Orgânica do Distrito Federal no julgamento dos processos
objetivos de controle de constitucional idade em tese.

FUNÇÕES ATÍPICAS DOS PODERES:

O Poder Legislativo, de forma atípica, administra o seu quadro de pessoal (arts. 51, IV e
52, XIII) e julga determinadas autoridades nos crimes de responsabilidade (art. 52, I e II). O
Poder Judiciário administra o seu quadro de pessoal e elabora os regimentos internos dos
Tribunais, que são leis em sentido material (art. 96). O Poder Executivo julga os processos
administrativos-disciplinares e os litígios do contencioso tributário administrativo e legisla na
elaboração de medidas provisórias e de leis delegadas, nos termos dos arts. 62 e 68.

Função Judiciária: José dos Santos Carvalho Filho opina que, das três funções estatais
básicas, a Judiciária é a única que não é exercida fora do Judiciário, à vista do monopólio da

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jurisdição assegurado pelo art. 5°, XXXV. A afirmação, parece-nos, admite temperamento já
que há julgamento em processo administrativo-disciplinar, na esfera executiva, principalmente,
e, sem dúvida, o Legislativo julga em hipóteses determinadas nos crimes de responsabilidade,
conforme consagrado no art. 52, I e II, e seu parágrafo único. Os julgamentos administrativos
não fazem, no Brasil, coisa julgada, admitindo discussão judicial plena. Os julgamentos políticos
realizados pelo Senado Federal não poderão ter o seu mérito apreciado pelo Judiciário, por se
constituir em decisão interna corporis, mas é fora de dúvida que o procedimento e as fases
processuais poderão sê-lo, à vista do devido processo legislativo.

Modelo positivo brasileiro: Segundo o Supremo Tribunal Federal, o princípio da


separação e independência dos Poderes não possui fórmula universal apriorística e completa.
Por isso, quando erigido, como no modelo brasileiro, em dogma constitucional de observância
compulsória, o que se há de impor como padrão não são concepções abstratas ou experiências
concretas de outros países, mas sim o modelo brasileiro vigente de separação dos Poderes,
como concebido e desenvolvido na Constituição da República. (ADI 183, de 7/8/97)

Sujeição de convênios à aprovação do Legislativo: O Supremo Tribunal Federal decidiu


que ofende a separação e a independência dos Poderes a submissão de convênios celebra dos
pelo Poder Executivo à aprovação prévia do Legislativo. (ADI 770, de 1°/7/2002)

Autorização de dívidas que excedam o mandato: O Supremo Tribunal Federal decidiu


pela inconstitucional idade de dispositivo de Constituição Estadual que atribuía à Assembléia
Legislativa competência para autorizar dívidas da administração pública direta e indireta cujo
prazo de resgate exceda o término do mandato dos contratantes. (ADI 177, de 1°/7/1996)

Sujeição de atos executivos ao Legislativo: A jurisprudência do Supremo Tribunal


Federal mostra que é inconstitucional, por ofensa ao princípio da separação dos Poderes, artigo
de Constituição Estadual que submeta à Assembléia Legislativa a apreciação de convênios e
ajustes firmados por entidades da administração pública e pelo Governador do Estado. (ADI
1857, de 5/2/2003)

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Fixação de prazo ao Executivo: O Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucional


idade do artigo de Constituição Estadual que fixava prazo de quarenta e cinco dias para que o
Governador encaminhasse à Assembléia Legislativa projeto de lei sobre as transgressões a que
estão sujeitos militares dos Estados. Essa prescrição, segundo o STF, ofende o princípio da
separação dos Poderes, já que não pode o Legislativo assinar prazo para que outro Poder
exerça prerrogativa que lhe é própria. (ADI 2393, de 13/2/2003)

Art. 3º - Constituem objetivos fundamentais da República


Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;


II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Comentário:

Os objetivos fundamentais deste art. 3° são diferentes dos fundamentos do art. 1o.
Lá, tratava-se das bases da República. AQUI, O ASSUNTO SÃO OS OBJETIVOS QUE A REPÚBLICA
DEVE BUSCAR COM A SUA ATUAÇÃO , AS METAS A ATINGIR . A moderna doutrina
constitucionalista vem reconhecendo, também neste artigo, a nítida característica de norma
programática de seus dispositivos, que não consagram um direito ou uma garantia, mas apenas
sinalizam ao Poder Público uma meta, um objetivo a atingir. Neste ponto, o constituinte
brasileiro foi inspirar-se na Constituição de Portugal, em cujo art. 9º encontram-se comandos
semelhantes.

Note que todos os quatro incisos indicam uma ação a ser desenvolvida (construir,
garantir, erradicar, reduzir, promover), pois o que quer a Constituição é que o governa,
agindo, busque alcançar esses objetivos. De outra parte, reconhece que nenhum deles ainda está
atingido plenamente.

Art. 4º - A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações


internacionais pelos seguintes princípios:

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I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único - A República Federativa do Brasil buscará a integração
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à
formação de uma comunidade latinoamericana de nações.

Comentário:

Aqui se trata dos princípios que vão reger a atuação da República brasileira no plano
internacional, ou seja, nas suas relações com outros Estados soberanos.

INDEPENDÊNCIA NACIONAL

É uma expressão que não possui definição no campo do Direito, a não ser que se
pretenda uma aproximação, como quer Celso de Albuquerque Mello, com a palavra
"soberania", pelo que, no plano interno de um Estado, ter-se-ia autonomia; no externo,
independência.

DE QUALQUER MANEIRA , É POSSÍVEL BUSCAR UM SENTIDO ÚTIL A ESTE PRINCÍPIO , QUAL

SEJA , O ENTENDER -SE NELE NÃO A INDEPENDÊNCIA NACIONAL BRASILEIRA , MAS AS

INDEPENDÊNCIAS NACIONAIS DOS OUTROS ESTADOS .

PREVALÊNCIA DOS DIREITOS HUMANOS

Também é um princípio de CONTEÚDO JURÍDICO IMPRECISO . É possível ver nele,


contudo, duas FACES ROBUSTAS : a primeira é a importância dos direitos humanos no contexto
internacional atual, e, ao se reconhecer-lhe prevalência, admite-se que esses direitos humanos
estejam em posição hierárquica mais elevada do que qualquer outro bem jurídico local.

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SÃO ESSES DIREITOS HUMANOS PREVALENTES , ALIÁS , QUE AUTORIZAM , COMO TÊM

AUTORIZADO , A INTERFERÊNCIA DE OUTROS ESTADOS EM UM DETERMINADO , ONDE OS

HABITANTES LOCAIS ESTEJAM SENDO DESPOJADOS DESSES DIREITOS ELEMENTARES , como no caso
dos curdos do Iraque, dos hutus e tsutis no Zaire e arredores, dos ex-iugoslavos nas diversas
regiões em que foi transformada a unidade anterior da terra de Tito.

Nesses casos, e em outros, os direitos humanos foram prevalentes à própria soberania.

AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS

É princípio que tem origem no princípio das nacionalidades, segundo Celso de


Albuquerque Mello. Esse princípio foi tratado após a 1a Guerra Mundial por Lenin e Woodrow
Wilson, e, após a 2a Guerra, pela ONU, em Assembléia Geral (1952 e 1962).

Diretamente, a autodeterminação dos povos é encontrada, como premissa básica, nos


Pactos Internacionais de Direitos Econômicos- Sociais e Culturais, de 1967, da ONU.

NÃO -INTERVENÇÃO

É princípio fundamental de Direito Internacional Público, e foi mencionada pela primeira


vez no século XVIII, por Christian Wolff e Emmanuel Kant.

Consagrada nas Cartas da ONU (art. 2°, alínea 7) e da OEA (art. 18), a não-intervenção
não escapa de seu perfil mais político do que jurídico, e parece dar razão ao comentário
formulado no início deste século, segundo o qual a justificação da intervenção é o seu sucesso.

IGUALDADE ENTRE OS ESTADOS

Para nós, não é uma igualdade absoluta, mas relativa, na medida de suas desigualdades,
que são mais claras no plano econômico, sendo que o GATT (Acordo Geral de Tarifas e
Comércio) é uma tentativa de diminuir essa distância entre uns e outros Estados.

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Como premissa fundamental de Direito Internacional Público, a igualdade está


intimamente associada ao princípio da reciprocidade. Celso de Albuquerque Mello, citando
Decaux, explica que pode-se dizer que a reciprocidade é o meio e a igualdade é o resultado, e,
mais, que a igualdade não é uma igualdade estática, mas uma igualdade obtida por reação, após
uma troca ou uma resposta, pelo que a reciprocidade é a igualdade dinâmica. A igualdade entre
os Estados está citada em várias passagens dos documentos supremos da ONU e da OEA,
principalmente no art. 2°, n° 1 (ONU) e no art. 9° (OEA), e também no item I da ata de
Helsinque, de 1970.

DEFESA DA PAZ

É princípio que pode ser entendido de duas maneiras, ainda de acordo com Celso
Albuquerque Mello. Por uma linha, é conflito armado nacional (ou seja, guerra), internacional,
ou qualquer combate armado, sendo preferível esta segunda interpretação. MAS A DEFESA DA

PAZ , DE QUE FALA A CONSTITUIÇÃO , NÃO É SOMENTE EVITAR OU FINALIZAR UM CONFLITO

ARMADO .

A expressão abrange também os direitos de solidariedade, também chamados de novos


direitos do homem ou 3a geração de direitos humanos, que são o direito ao desenvolvimento,
direito à autodeterminação dos povos e direito à paz no sentido mais estrito, todos, vê-se, de
expressão coletiva.

SOLUÇÃO PACÍFICA DOS CONFLITOS

É PRINCÍPIO QUE RECONHECE, LOGICAMENTE , A EXISTÊNCIA OU POTENCIALIDADE DE

CONFLITOS INTERNACIONAIS , mas prescreve o seu equacionamento pela via pacífica, no que,
aliás, complementa o princípio anterior.

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Um instrumento muito utilizado para preservar essa via pacífica de solução de conflitos
foi o arbitramento ou arbitragem, no qual os Estados em litígio escolhem um outro, não
envolvido, para intermediar as conversações e encaminhar uma solução aceitável.

REPÚDIO AO TERRORISMO E AO RACISMO

Pode ser entendido como a rejeição a essas duas espécies de condutas vis. As definições
do que sejam terrorismo e racismo não são, contudo, desprovidas de dificuldades.

TERRORISMO , já se disse, é a arma do fraco, e mistura-se com freqüência a elementos


políticos, e, dependendo do ângulo pelo qual se olhe, pode-se chamar o mesmo movimento de
terrorista ou de guerrilha. Por isso, não há uma definição jurídica clara do que seja, exatamente,
o terrorismo, ficando-se, apenas para fins didáticos, na constatação, enunciada por Sottile, de
que caracteriza-se ele pelo uso de método criminoso e violência, visando a atingir um fim
determinado.

No PLANO INTERNACIONAL (principalmente na Europa, a partir de 1977, por ato do


Conselho da Europa), SÃO IDENTIFICADAS TRÊS ÁREAS DE TERRORISMO REPRIMIDAS POR

TRATADOS : O SEQÜESTRO DE EMBAIXADORES , A TOMADA DE REFÉNS E O APODERAMENTO ILÍCITO

DE AERONAVES .

Já o racismo encontra definição no art. 1° de uma convenção da ONU de 1966, onde se


lê que a DISCRIMINAÇÃO RACIAL SIGNIFICARÁ QUALQUER DISTINÇÃO , EXCLUSÃO , RESTRIÇÃO OU

PREFERÊNCIA BASEADAS EM RAÇA , COR, DESCENDÊNCIA OU ORIGEM NACIONAL OU ÉTNICA QUE

TENHA POR OBJETIVO OU EFEITO ANULAR OU RESTRINGIR O RECONHECIMENTO , GOZO OU

EXERCÍCIO NUM MESMO PLANO , EM IGUALDADE DE CONDIÇÕES , DE DIREITOS HUMANOS E

LIBERDADES FUNDAMENTAIS .

COOPERAÇÃO ENTRE OS POVOS PARA O PROGRESSO DA HUMANIDADE

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É princípio que impõe, de plano, uma limitação aos conceitos de soberania e de


independência nacional, uma vez que cooperar é interagir. Essa interação pelo progresso da
humanidade tem raízes no dever de solidariedade e de auxílio mútuo.

CONCESSÃO DE ASILO POLÍTICO ,

Ou melhor, de asilo diplomático. Esse asilo é concedido a quem esteja sendo perseguido
por motivos políticos ou de opinião. Tal estrangeiro, a Constituição brasileira, no art. 5°, LII,
faz inextraditável, justamente para garantir o instituto do asilo diplomático ou político.

A Declaração Universal dos Direitos do Homem já prevê essa figura no seu art. XIV. No
continente americano, o asilo diplomático está tratado no documento da convenção de
Caracas, de 1954, onde se lê que todo Estado tem o direito de conceder asilo, mas não se acha
obrigado a concedê-lo, nem a declarar porque o nega.

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