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Modismo Tecnológico

Diego Fernandes de Araújo


Universidade Estadual da Paraíba – UEPB

Resumo
Sabe-se que em pleno Século XXI, as tecnologias da informação (TICs)
surgiram como trunfo no auxílio e estímulo à educação. Porém, entregues nas
mãos de pessoas despreparadas acabam por não cumprir seu papel. Esse
documento, busca demonstrar como são (geralmente) mal utilizadas as TICs, e
através disso apontar a necessidade da parceria das instituições de ensino
com uma nova categoria de licenciados que vem surgindo: os licenciados da
computação.

Palavras-chave: Modismo Tecnológico, Licenciatura, Computação

1. INTRODUÇÃO

Uma professora com um computador em mãos anuncia a seus alunos:


“Boa notícia, temos computador!”; o ambiente em que se passa tal fato é uma
escola rural com condições precárias, onde há rachaduras nas paredes,
janelas quebradas e teto caindo.
Essa é a descrição de uma charge, a qual relata uma crítica a respeito
de um dos mais novos modismos: o tecnológico. De maneira cômica, o autor
da charge procura demonstrar o status de salvador da educação que é dado ao
computador e tecnologias em geral. Porém falta em grande maioria das
escolas públicas brasileiras a compreensão e maturidade necessários para se
utilizar tais recursos tecnológicos.

2. TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO, SALVAÇÃO?

A educação precisa de estímulos, e um desses estímulos está na (boa)


aplicação das tecnologias da informação no contexto educacional, como
sugerem Lepeltak e Claire em, (DELORS, 2005, p. 206):
“A política da educação deve ter como objetivos principais melhorar os
programas de estudo e tornar a trajetória educacional mais eficaz, reduzindo as
taxas de abandono. As tecnologias da informação podem facilitar a aplicação
dessa política.”
Porém as tecnologias da educação que trazem consigo um significado
importante para o auxílio/estímulo da educação em geral, mostram-se
ineficazes nas mãos de docentes despreparados.

3. FALTA DE PREPARO TECNOLÓGICO

O despreparo tecnológico relatado linhas acima é bastante visível em uma


das escolas públicas estaduais da cidade de Patos na Paraíba, a Escola
Monsenhor Manuel Vieira; o que leva a essa falta de preparo é o fato de que
grande parte dos docentes da instituição não teve durante sua graduação
algum contato com computadores, e por isso não procuram dinamizar suas
aulas fazendo uso dos laboratórios de informática da escola. Quando alguns
utilizam do laboratório, acabam fazendo de maneira equivocada, às vezes
levando seus alunos para visualizarem vídeos em um dos computadores,
atividade essa que poderia muito bem ser realizada em uma das salas de vídeo
da escola. Essa é uma das várias situações de uso incorreto do laboratório, e
tais situações ocorrem muitas vezes, não por que o professor não saiba utilizar
o computador, mas sim, por que não tem ideia de que recursos da máquina
empregar para tornar a sua aula dinâmica e ao mesmo tempo produtiva.

4. MEDO DO “NOVO”

Como já relatado, a maioria dos professores não teve contato com a


informática durante sua graduação, pensando nessa problemática a própria
escola hoje procura oferecer um curso preparatório de informática exclusivo
para os seus docentes, porém, grande parte deles não se interessa por tal
curso. Dentre os vários motivos que levam os professores a não usufruírem do
curso, percebeu-se por meio de entrevistas, que existe neles um certo “medo
do novo”, como se estivessem conformados com sua maneira de ensinar, e
isso acaba refletindo na educação que seus alunos estão tendo acesso, uma
educação há muito falida, como diz De Meis em (DE MEIS, 2002, p. 123):
“Continuamos ensinando da mesma forma que o fazíamos antes da
revolução científica e o anacronismo da situação faz que a desinformação se
inicie já nos primeiros anos escolares.”

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como então fazer com que os recursos tecnológicos sejam bem


aproveitados? Baseando-se nas limitações da maioria dos docentes das
instituições públicas de ensino, surge a justificativa de que é necessário nos
dias de hoje a presença de um licenciado da computação no corpo docente de
tais instituições, um profissional que com sua formação estará apto a decidir
juntamente com os outros professores, a melhor maneira não apenas de utilizar
a informática, mas também a didática ligada a seu uso, pondo fim então ao uso
das tecnologias da informação como simples modismo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DE MEIS, Leopoldo. Ciência, Educação e o conflito humano-tecnológico.

DELORS, Jacques. A educação para o século XXI: questões e


perspectivas. Porto Alegre. Artmed, 2005.

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