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Esta técnica é caracterizada predominante por radiografias, que são filmes sobre o qual
uma imagem radiográfica é exposta. No entanto, esse sistema que utiliza filme radiográfico,
conhecido como sistema tela-filme, tem sido gradualmente substituído por sistemas eletrônicos
filmless que, traduzido do inglês, significa “sem filme”. Esses sistemas filmless adquirem,
processam, arquivam e disponibilizam a visualização e a transferência das imagens, podendo
ser consideradas melhorias em relação ao tela-filme. Assim, pode-se verificar que o famoso
“filme radiográfico” já está sendo substituído e que as imagens fornecidas pelo equipamento de
raios X já estão ingressando no mundo das imagens digitais, assim como aquelas fornecidas
pelas outras técnicas como, por exemplo, a tomografia computadorizada, a ressonância
magnética nuclear, a ultra-sonografia e a medicina nuclear.
A imagem digital
A imagem digital, atualmente tão utilizada para diagnóstico médico, pode ser
considerada uma matriz. As linhas e colunas que constituem essa matriz identificam pontos na
imagem denominados pixels que, por apresentarem diferentes níveis de cinza, são
responsáveis pela formação da imagem digital.
As imagens médicas digitais podem ser dividas em modalidades, ou seja, aquelas que
se destinam à avaliação anatômica e aquelas destinadas à avaliação funcional. A radiologia
convencional, a tomografia computadorizada, a ressonância magnética nuclear e a ultra-
sonografia são técnicas de diagnóstico por imagem dedicadas à avaliação anatômica,
enquanto que a medicina nuclear é uma técnica que fornece avaliação funcional de um sistema
ou órgão.
Cada modalidade de imagem tem a sua peculiaridade, que faz com que seja mais ou
menos adequada para a avaliação de uma patologia. Na área de diagnóstico, a análise de
patologias através dessas imagens é comum, e avanços nos seus processamentos têm levado
ao desenvolvimento de novas tecnologias.
Processamento de imagens médicas
A função do processamento de imagem é melhorar a informação visual de uma imagem
para o olho humano e, também, processar os dados de uma imagem para a percepção
automática através de máquinas, obtendo informações que o olho humano não conseguiria
captar.
O processamento de imagens por computador vem demonstrando um grande
crescimento nas últimas décadas, estando presente em várias áreas da atividade humana.
Como exemplo, pode-se citar esse processamento na área acadêmica, sendo útil na
elaboração de dissertações e de teses; no cotidiano, através da popularização dos
computadores pessoais; na área industrial, utilizando, produzindo e comercializando
tecnologias para esse processamento e na área médica, por meio do uso de imagens para
diagnóstico de patologias.
Gerenciamento das imagens médicas
Após pensarmos sobre a evolução da tecnologia médica e entendermos um pouco mais
sobre imagem digital, como podem ser organizadas todas as imagens médicas produzidas em
instituições de saúde que fazem uso dessa tecnologia digital?
O volume de dados produzido por algumas clínicas e por hospitais de grande e médio
porte está em rápida ascensão, mostrando a crescente importância e utilização dos exames de
imagem. Assim, devido a esse aumento de demanda e, consequentemente, à grande
quantidade de dados, tem surgido a necessidade de armazenamento e indexação segura
dessas informações, gerenciando melhor essas imagens e possibilitando um acesso mais
rápido às suas informações. Resumindo, o que se verifica hoje é a tendência de eliminação de
determinadas etapas no processo de disponibilização de imagens, a fim de diminuir o número
de imagens perdidas em grandes centros de diagnóstico e melhorar a produtividade das
equipes médicas.
Atualmente, visando alcançar a melhoria desse gerenciamento, as instituições médicas
estão integrando os seus sistemas de informação, seguindo os conceitos mundialmente aceitos
e conhecidos, denominados: sistema de informação hospitalar (Hospital Information System –
HIS), sistema de informação em radiologia (Radiology Information System – RIS) e sistema de
comunicação e armazenamento de imagens (Pictures Archiving and Communication System –
PACS).
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IMAGEM DIGITAL
Imagem monocromática
Uma imagem monocromática pode ser definida como uma função bidimensional da
intensidade luminosa f(x,y), na qual o valor de função f indica a intensidade de luz, também
chamada de brilho, num determinado ponto correspondente às coordenadas espaciais x e y.
Para entender melhor essa função, observe o ponto no centro da imagem da figura
abaixo. Esse ponto tem uma intensidade luminosa ou brilho (f) e está posicionado em um
“endereço”, que é formado pelas coordenadas x e y. Assim, as coordenadas são um
“endereço” desse brilho.
Imagem digital
A imagem digital pode ser considerada uma imagem especial, na qual tanto o brilho
representado por f quanto as coordenadas x e y são discretos, isto é, apresentam valores
dentro de um conjunto de valores possíveis.
Essa modalidade de imagem é uma matriz, constituída por linhas e colunas de acordo
com as coordenadas x e y. Os elementos dessa matriz, formados a partir do cruzamento das
linhas e das colunas são denominados pixels, e os diferentes níveis de cinza presentes numa
imagem correspondem aos diversos valores desses pixels.
Hoje em dia ouve-se falar muito sobre pixel. Compramos uma câmera digital de acordo
com a quantidade de pixels. Mas qual é a sua definição? A palavra pixel é uma abreviação do
termo em inglês picture element que, traduzido para o nosso idioma, significa elemento de
imagem. O pixel é considerado a menor unidade na qual podemos realizar operações, podendo
ser representado matematicamente.
As figuras abaixo mostram, sequencialmente, uma representação matemática de uma
matriz, uma imagem divida de acordo com os pixels dessa matriz e os valores dos pixels
correspondentes aos diferentes níveis de cinza dessa imagem.
Vimos que uma imagem digital pode ser expressa matematicamente. Isso traz grandes
vantagens, pois através dos números é possível manipular seu conteúdo e também extrair
informações dessa imagem. Assim, o conjunto de operações aplicadas a uma matriz que
representa uma imagem é chamado de processamento de imagem.
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A IMAGEM DIGITAL NA RADIOLOGIA CONVENCIONAL
A radiologia convencional
A radiologia convencional é a técnica de diagnóstico por imagem mais antiga e é, ainda,
a modalidade de imagem que primeiramente pensamos quando se fala em diagnóstico de
patologias. Assim, é importante comentarmos um pouco sobre as suas transformações digitais.
Esta técnica utiliza um sistema tela-filme, no qual a imagem é formada. Para a formação
da imagem é necessário que haja a interação entre a radiação ionizante e o écran (tela),
resultando em emissão de luz visível. Por sua vez, essa luz sensibiliza os cristais de haletos de
prata imersos na sua emulsão, formando, assim, a imagem latente. Posteriormente esse filme
é então revelado, fixado, lavado e secado manualmente ou em uma processadora automática.
A finalização do processo ocorre com a famosa radiografia, isto é, a imagem radiográfica
associada ao filme.
A radiografia computadorizada
A radiografia computadorizada (RC), uma evolução da radiografia que utiliza filme
radiográfico, tem sido amplamente utilizada em hospitais de médio e grande porte e em
algumas clínicas. É possível utilizar a RC em todas as áreas que ainda utiliza sistema tela-
filme, ou seja, na radiologia geral, na radiologia contrastada, na radiologia móvel e na
mamografia.
A RC, à primeira vista, é muito semelhante ao sistema tela-filme. As técnicas de
posicionamento para a obtenção das diversas imagens, assim como a técnicas de exposição
devem ser as mesma utilizadas no sistema tela-filme. No entanto, dentro do chassi encontra-se
uma placa de imagem (PI) ao invés de um filme radiográfico.
A PI é revestida por uma camada de fósforo fotoestimulável. Os fótons de raios X são
absorvidos por essa camada e os elétrons do fósforo, por sua vez, são excitados e
permanecem aprisionados nesse estado maior de energia. Esses elétrons aprisionados
correspondem a uma imagem latente.
Ao invés dessa PI ser introduzida numa processadora automática, ela é lida através de
um feixe de laser no interior de um leitor. Durante essa ação do laser, os elétrons que estavam
aprisionados voltam aos seus estados de equilíbrio, emitindo energia na forma de luz, sendo a
intensidade da luz emitida proporcional à intensidade original dos raios X nas diversas regiões
da PI.
Essa luz liberada é, então, convertida em sinal elétrico, sendo digitalizada para posterior
manipulação, realce, observação e impressão quando desejado. Por fim, a PI é apagada com
uma luz branca, recolocada no chassi, estando pronta para a próxima exposição.