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História do números

Como surgiram os números?

Certamente já imaginaste que um dia alguém teve uma ideia genial e de repente
inventou o número. Mas não foi bem assim.

A descoberta do número não aconteceu de repente,


nem foi uma única pessoa a responsável por essa façanha. O número surgiu da
necessidade que as pessoas tinham de contar objectos e coisas.
Nos primeiros tempos da humanidade, para contar eram usados os dedos, pedras,
os nós de uma corda, marcas num osso...
Com o passar do tempo, este sistema foi-se aperfeiçoando até dar origem aos
números.
Hoje sabemos lidar com os mais diferentes tipos de números:

Contando objectos com outros objectos


Há mais de 30.000 anos, o homem vivia em pequenos
grupos, morando em grutas e cavernas para se esconder dos animais selvagens e
proteger-se da chuva e do frio.
Para registar os animais mortos numa caçada, eles limitavam-se a fazer marcas
numa vara. Nessa época o homem alimentava-se daquilo que a natureza oferecia:
caça, frutos, sementes, ovos. Quando descobriu o fogo, apreendeu a cozinhar os
alimentos e a proteger-se melhor contra o frio.

A escrita ainda não tinha sido criada. Para contar, o homem fazia riscos num
pedaço de madeira ou em ossos de animais.
Um pescador, por exemplo, costumava levar consigo um osso de lobo. A cada peixe
que conseguia tirar da água, fazia um risco no osso.

Mais ou menos há 10.000 anos, o homem começou a modificar bastante o seu


sistema de vida. Em vez de apenas caçar e coleccionar frutos e raízes, passou a
cultivar algumas plantas e criar animais. Era o início da agricultura, graças à qual
aumentava a variedade de alimentos de que podia dispor.
E para se dedicar às actividades de plantar e criar animais, o homem não podia
continuar a deslocar-se de um lugar para outro como antes. Passou então a fixar-se
num determinado lugar, geralmente nas margens de rios e cavernas e desenvolveu
uma nova habilidade: a de construir a sua própria moradia.

Começaram a surgir as primeiras comunidades organizadas, com chefe, divisão do


trabalho entre as pessoas etc. Com a lã das ovelhas eram tecidos panos para a
roupa. O trabalho de um pastor primitivo era muito simples. De manhã bem cedo,
ele levava as ovelhas para pastar. À noite recolhia as ovelhas, guardando-as dentro
de um cercado.
Mas como controlar o rebanho? Como ter certeza de que nenhuma ovelha havia
fugido ou sido devorada por algum animal selvagem?
O jeito que o pastor arranjou para controlar o seu rebanho foi contar as ovelhas
com pedras. Assim:
Cada ovelha que saía para pastar correspondia a uma pedra. O pastor colocava
todas as pedras num saquinho. No fim do dia, à medida que as ovelhas entravam
no cercado, ele ia retirando as pedras do saquinho. Que susto levaria se após todas
as ovelhas estarem no cercado, sobrasse alguma pedra!
Esse pastor jamais poderia imaginar que milhares de anos mais tarde, haveria um
ramo da Matemática chamado Cálculo, que em latim quer dizer contas com pedras.

Construindo o conceito de número

Foi contando objectos com outros objectos que a humanidade começou a construir
o conceito de números.
Para o homem primitivo o número cinco, por exemplo, estaria sempre ligado a
alguma coisa concreta: cinco dedos, cinco peixes, cinco bastões, cinco animais, e
assim por diante.
A ideia de contagem estava relacionada com os dedos da mão.
Assim, ao contar as ovelhas, o pastor separava as pedras em grupos de cinco.
Do mesmo modo os caçadores contavam os animais abatidos, traçando riscos na
madeira ou fazendo nós numa corda, também de cinco em cinco.

Para nós, hoje, o número cinco representa a propriedade comum de infinitas


colecções de objectos: representa a quantidade de elementos de um conjunto, não
importa se se trata de cinco bolas, cinco skates, cinco discos ou cinco aparelhos de
som.
É por isso que esse número, que surgiu quando o homem contava objectos usando
outros objectos, é um número concreto.

Os egípcios criaram os símbolos (?)

Por volta do ano 4.000 a.C., algumas comunidades


primitivas aprenderam a usar ferramentas e armas de bronze. Aldeias situadas nas
margens de rios transformaram-se em cidades. A vida ia ficando cada vez mais
complexa. Novas actividades iam surgindo, graças sobretudo ao desenvolvimento
do comércio.
Os agricultores passaram a produzir alimentos em quantidades superiores às suas
necessidades. Com isso algumas pessoas puderam dedicar-se a outras actividades,
tornando-se artesãos, comerciantes, sacerdotes, administradores... Como
consequência desse desenvolvimento surgiu a escrita. Era o fim da Pré-História e o
começo da História.
Os grandes progressos que marcaram o fim da Pré-História verificaram-se com
muita intensidade e rapidez no Egipto.
Para fazer os projectos de construção das pirâmides e dos templos, o número
concreto não era nada prático.
Também não ajudava muito na resolução dos difíceis problemas criados pelo
desenvolvimento da indústria e do comércio.

Como efectuar cálculos rápidos e precisos com pedras, nós ou riscos num osso?
Foi partindo dessa necessidade imediata que estudiosos do Antigo Egipto passaram
a representar a quantidade de objectos de uma colecção através de desenhos – os
símbolos.
A criação dos símbolos foi um passo muito importante para o desenvolvimento da
Matemática.
Na Pré-História, o homem juntava 3 bastões com 5 bastões para obter:. 3 + 5 = 8

Hoje sabemos representar esta operação por meio de símbolos. Muitas vezes não
sabemos nem que objectos estamos a somar. Mas isso não importa: a operação
pode ser feita da mesma maneira. Mas como eram os símbolos que os egípcios
criaram para representar os números?

Contando com os egípcios

Há mais ou menos 3.600 anos, o faraó do Egipto tinha um súbdito chamado


Aahmesu, cujo nome significa “Filho da Lua”.
Aahmesu ocupava na sociedade egípcia uma posição muito mais humilde que a do
faraó: provavelmente era um escriba. Hoje Aahmesu é mais conhecido do que
muitos faraós e reis do Antigo Egipto. Entre os cientistas, ele é chamado de
Ahmes. Foi ele quem escreveu o Papiro Ahmes.

O papiro Ahmes é um antigo manual de Matemática. Contém 80 problemas, todos


resolvidos.

A maioria envolve assuntos do dia-a-dia, como o preço do pão, a armazenagem de


grãos de trigo, a alimentação do gado.
Observando e estudando como eram efectuados os cálculos no Papiro Ahmes, não
foi difícil aos cientistas compreenderem o sistema de numeração egípcio. Além
disso, a decifração dos hieróglifos – inscrições sagradas das tumbas e
monumentos do Egipto – no século XVIII também foi muito útil.
O sistema de numeração egípcio baseava-se em sete números-chave:

1 10 100 1.000 10.000 100.000 1.000.000

Os egípcios usavam símbolos para representar esses números.

Um traço vertical representava 1 unidade:


Um osso de calcanhar invertido representava o número 10:
Um laço valia 100 unidades:
Uma flor de lótus valia 1.000:
Um dedo dobrado valia 10.000:
Com um girino os egípcios representavam 100.000 unidades:
Uma figura ajoelhada, talvez representando um deus, valia 1.000.000:

Todos os outros números eram escritos combinando os números-chave.


Na escrita dos números que usamos actualmente, a ordem dos algarismos é muito
importante.
Se tomarmos um número, como por exemplo:

256

e trocarmos os algarismos de lugar, vamos obter outros números completamente


diferentes:

265 526 562 625 652


Ao escrever os números, os egípcios não se preocupavam com a ordem dos
símbolos. Observe no desenho que apesar de a ordem dos símbolos não ser a
mesma, os três garotos do Antigo Egipto estão escrevendo o mesmo número: 45

Os papiros da Matemática

Quase tudo o que sabemos sobre a Matemática dos antigos egípcios baseia-se em
dois grandes papiros: o Papiro Ahmes e o Papiro de Moscovo.
O primeiro foi escrito por volta de 1.650 a.C. e tem aproximadamente 5,5 m de
comprimento e 32 cm de largura. Foi comprado em 1858 por um antiquário escocês
chamado Henry Rhind. Por isso é conhecido também como Papiro de Rhind.
Actualmente encontra-se no British Museum, de Londres.
O Papiro de Moscovo é uma estreita tira de 5,5 m de comprimento por 8 cm de
largura, com 25 problemas. Encontra-se actualmente em Moscovo. Não se sabe
nada sobre o seu autor.

A técnica de calcular dos egípcios

Com a ajuda deste sistema de numeração, os egípcios conseguiam efectuar


todos os cálculos que envolviam números inteiros.
Para isso, empregavam uma técnica de cálculo muito especial: todas as
operações matemáticas eram efectuadas através de uma adição.
Por exemplo, a multiplicação 13 * 9 indicava que o 9 deveria ser adicionado
treze vezes.

13 * 9 = 9 + 9 + 9 + 9 + 9 + 9 + 9 + 9 + 9 + 9 + 9 + 9 + 9

A tabela abaixo ajuda a compreender como os egípcios concluíam a


multiplicação:
Número de parcelas Resultado
1 9
2 18
4 36
8 72

Eles procuravam na tabela um total de 13 parcelas; era simplesmente a soma das


três colunas destacadas:

1 + 4 + 8 = 13

O resultado da multiplicação 13 * 9 era a soma dos resultados desta três


colunas:

9 + 36 + 72 = 117

Os egípcios eram realmente muito habilidosos e criativos nos cálculos com números
inteiros.
Mas, em muitos problemas práticos, eles sentiam necessidade de expressar um
pedaço de alguma coisa através de um número.
E para isso os números inteiros não serviam.

Descobrindo a fracção

Por volta do ano 3.000 a.C., um antigo faraó de nome Sesóstris...

“... repartiu o solo do Egipto nas margens do rio Nilo entre os seus habitantes .Se o
rio levava qualquer parte do lote de um homem, o faraó mandava funcionários
examinarem e determinarem por medida a extensão exacta da perca.”

Estas palavras foram escritas pelo historiador grego Heródoto, há cerca de 2.300
anos.

O rio Nilo atravessa uma vasta planície.

Uma vez por ano, na época das cheias, as águas do Nilo sobem muitos metros
acima do seu leito normal, inundando uma vasta região ao longo das suas
margens. Quando as águas baixam, deixam descoberta uma estreita faixa de terras
férteis, prontas para o cultivo.

Desde a Antiguidade, as águas do Nilo fertilizam os campos, beneficiando a


agricultura do Egipto. Foi nas terras férteis do vale deste rio que se desenvolveu a
civilização egípcia.
Cada metro de terra era precioso e tinha de ser muito bem cuidado.

Sesóstris repartiu estas preciosas terras entre uns poucos agricultores privilegiados.
Todos os anos, durante o mês de Junho, o nível das águas do Nilo começava a
subir. Era o início da inundação, que durava até Setembro.
Ao avançar sobre as margens, o rio derrubava as cercas de pedra que cada
agricultor usava par marcar os limites do terreno de cada agricultor.

Usavam cordas para fazer a medição.


Havia uma unidade de medida assinalada na própria corda. As pessoas
encarregadas de medir esticavam a corda e verificavam quantas vezes aquela
unidade de medida estava contida nos lados do terreno. Daí, serem conhecidas
como estiradores de cordas.

No entanto, por mais adequada que fosse a unidade de medida escolhida,


dificilmente cabia um número inteiro de vezes nos lados do terreno.
Foi por essa razão que os egípcios criaram um novo tipo de número: o número
fraccionário.
Para representar os números fraccionários, usavam fracções.

As complicadas fracções egípcias

Os egípcios interpretavam a fracção somente como uma parte da unidade. Por isso,
utilizavam apenas as fracções unitárias, isto é, com numerador igual a 1.
Para escrever as fracções unitárias, colocavam um sinal oval alongado sobre o
denominador.
As outras fracções eram expressas através de uma soma de fracções de numerador
1.
Os egípcios não colocavam o sinal de adição - + - entre as fracções, porque os
símbolos das operações ainda não tinham sido inventados.
No sistema de numeração egípcio, os símbolos repetiam-se com muita frequência.
Por isso, tanto os cálculos com números inteiros quanto aqueles que envolviam
números fraccionários eram muito complicados.
Assim como os egípcios, outros povos também criaram o seu próprio sistema de
numeração. Porém, na hora de efectuar os cálculos, em qualquer um dos sistemas
empregados, as pessoas esbarravam sempre nalguma dificuldade.
Apenas por volta do século III a.C. começou a formar-se um sistema de numeração
bem mais prático e eficiente do que os outros criados até então: o sistema de
numeração romano.

Contando com os romanos

De todas as civilizações da Antiguidade, a dos romanos foi sem dúvida a mais


importante.
O seu centro era a cidade de Roma. Desde da sua fundação, em 753 a.C., até ser
ocupada por povos estrangeiros em 476 d.C., os seus habitantes enfrentaram um
número incalculável de guerras de todo o tipo: inicialmente, para se defenderem
dos ataques de povos vizinhos; mais tarde nas campanhas de conquista de novos
territórios.
Foi assim que, pouco a pouco, os romanos foram conquistando a península Itálica e
o resto da Europa, além de uma parte da Ásia e o norte de África.

Apesar de a maioria da população viver na miséria, em Roma havia luxo e muita


riqueza, usufruídas por uma minoria rica e poderosa. Roupas luxuosas, comidas
finas e festas grandiosas faziam parte do dia-a-dia da elite romana.
Foi nesta Roma de miséria e luxo que se desenvolveu e aperfeiçoou o número
concreto, que vinha sendo usado desde a época das cavernas.
Como foi que os romanos conseguiram isso?

O sistema de numeração romano

Os romanos foram espertos. Eles não inventaram símbolos novos para representar
os números; usaram as próprias letras do alfabeto.

I V X LC D M

Como será que eles combinaram estes símbolos para formar o seu sistema de
numeração?
O sistema de numeração romano baseava-se em sete números-chave:

I tinha o valor 1.
V valia 5.
X representava 10 unidades.
L indicava 50 unidades.
C valia 100.
D valia 500.
M valia 1.000.

Quando apareciam vários números iguais juntos, os romanos somavam os seus


valores.
II = 1 + 1 = 2
XX = 10 + 10 = 20
XXX = 10 + 10 + 10 = 30

Quando dois números diferentes vinham juntos, e o menor vinha antes do maior,
subtraíam os seus valores.

IV = 4 porque 5 - 1 = 4
IX = 9 porque 10 – 1 = 9
XC = 90 porque 100 – 10 = 90

Mas se o número maior vinha antes do menor, eles somavam os seus valores.

VI = 6 porque 5 + 1 = 6
XXV = 25 porque 20 + 5 = 25
XXXVI = 36 porque 30 + 5 + 1 = 36
LX = 60 porque 50 + 10 = 60

Ao lermos o cartaz, ficamos a saber que o exército de Roma fez numa determinada
época MCDV prisioneiros de guerra. Para ler um número como MCDV, veja os
cálculos que os romanos faziam:

Em primeiro lugar buscavam a letra de maior valor.

M = 1.000

Como antes de M não tinha nenhuma letra, buscavam a segunda letra de maior
valor.

D = 500

Depois tiravam de D o valor da letra que vem antes.

D – C = 500 – 100 = 400

Somavam 400 ao valor de M, porque CD está depois e M.

M + CD = 1.000 + 400 = 1.400


Sobrava apenas o V. Então:

MCDV = 1.400 + 5= 1.405

Os milhares

Como acabou de ver, o número 1.000 era representado pela letra M.


Assim, MM correspondiam a 2.000 e MMM a 3.000.
E os números maiores que 3.000?
Para escrever 4.000 ou números maiores que ele, os romanos usavam um traço
horizontal sobre as letras que representavam esses números.
Um traço multiplicava o número representado abaixo dele por 1.000.
Dois traços sobre o M davam-lhe o valor de 1 milhão.
O sistema de numeração romano foi adoptado por muitos povos. Mas ainda era
difícil efectuar cálculos com este sistema.
Por isso, matemáticos de todo o mundo continuaram a procurar intensamente
símbolos mais simples e mais apropriados para representar os números.
E como resultado dessas pesquisas, aconteceu na Índia uma das mais notáveis
invenções de toda a história da Matemática: O sistema de numeração
decimal.

Afinal os nossos números

No século VI foram fundados na Síria alguns centros de cultura grega. Consistiam


numa espécie de clube onde os sócios se reuniam para discutir exclusivamente a
arte e a cultura vindas da Grécia.
Ao participar numa conferência num destes clubes, em 662, o bispo sírio Severus
Sebokt, profundamente irritado com o facto de as pessoas elogiarem qualquer coisa
vinda dos gregos, explodiu dizendo:

“Existem outros povos que também sabem alguma coisa!Os hindus, por
exemplo, têm valiosos métodos de cálculos.São métodos fantásticos! E
imaginem que os cálculos são feitos por apenas nove sinais!”.

A referência a nove, e não dez símbolos, significa que o passo mais importante
dado pelos hindus para formar o seu sistema de numeração – a invenção do zero
- ainda não tinha chegado ao Ocidente.
A ideia dos hindus de introduzir uma notação para uma posição vazia – um ovo de
ganso, redondo – ocorreu na Índia, no fim do século VI . Mas foram necessários
muitos séculos para que esse símbolo chegasse à Europa.
Com a introdução do décimo sinal – o zero – o sistema de numeração tal qual o
conhecemos hoje estava completo.
Até chegar aos números que nós aprendemos a ler e escrever, os símbolos criados
pelos hindus mudaram bastante.
Hoje, estes símbolos são chamados de algarismos indo-arábicos.
Se foram os matemáticos hindus que inventaram o nosso sistema de numeração, o
que é que os árabes têm a ver com isso?
E por que é que os símbolos

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

se chamam algarismos.

Os árabes divulgam ao mundo os números hindus

Simbad, o marujo, Aladim e sua lâmpada maravilhosa, Harum al-Raschid são


nomes familiares para quem conhece os contos de As mil e uma noites.

Mas Simbad e Aladim são apenas personagens do livro. Harum al-Raschid existiu
realmente. Foi o califa de Bagdad, do ano 786 até 809.
Durante o seu reinado os povos árabes travaram uma série de guerras de
conquista.

E como prémios de guerra, livros de diversos centros científicos foram levados para
Bagdad e traduzidos para a língua árabe.

Em 809, o califa de Bagdá passou a ser al-Mamum, filho de Harum al-Rahchid.


Al-Mamum era muito vaidoso. Dizia com toda a convicção.

Como era um apaixonado da ciência, o califa procurou


tornar Bagdad o maior centro científico do mundo, contratando os grandes sábios
muçulmanos da época.
Entre eles estava o mais brilhante matemático árabe de todos os tempos: al-
Khowarizmi.
Estudando os livros de Matemática vindos da Índia e traduzidos para a língua
árabe, al-Khowarizmi surpreendeu-se a princípio com aqueles estranhos símbolos
que incluíam um ovo de ganso!
Logo, al-Khowarizmi compreendeu o tesouro que os matemáticos hindus haviam
descobertos. Com aquele sistema de numeração, todos os cálculos seriam feitos de
um modo mais rápido e seguro. Era impossível imaginar a enorme importância que
essa descoberta teria para o desenvolvimento da Matemática.

Al-Khowarizmi decidiu contar ao mundo a boa nova. Escreveu um livro chamado


Sobre a arte hindu de calcular, explicando com detalhes como funcionavam os
dez símbolos hindus.
Com o livro de al-Khowarizmi, matemáticos do todo mundo tomaram conhecimento
do sistema de numeração hindu.
Os símbolos – 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 – ficaram conhecidos como a notação de al-
Khowarizmi, de onde se originou o termo latino algorismus. Daí o nome
algarismo.
São estes números criados pelos matemáticos da Índia e divulgados para outros
povos pelo árabe al-Khowarizmi que constituem o nosso sistema de numeração
decimal conhecidos como algarismos indo-arábicos.

Os números racionais

Com o sistema de numeração hindu ficou fácil escrever qualquer número, por maior
que ele fosse.

13

35

98

1.024

3.645.872

Como estes números foram criados pela necessidade prática de contar as coisas da
natureza, eles são chamados de números naturais.
Os números naturais simplificaram muito o trabalho com números fraccionários.
Não havia mais necessidade de escrever um número fraccionário por meio de uma
adição de dois fraccionários, como faziam os matemáticos egípcios.
O número fraccionário passou a ser escrito como uma razão de dois números
naturais.
A palavra razão em matemática significa divisão. Portanto, os números inteiros e
os números fraccionários podem ser expressos como uma razão de dois números
naturais. Por isso, são chamados de números racionais.
A descoberta dos números racionais foi um grande passo para o desenvolvimento
da Matemática.

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