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1. História
Em 1972, o Departamento de Engenharia Elétrica e da Ciência da Computação (EECS) da
Universidade da Califórnia, Berkeley, publicou a primeira versão do programa SPICE
(Simulation Program with Integrated Circuit Emphasis). O Chefe do Departamento, Donald
Pederson, decidiu, na época, que o programa seria distribuído gratuitamente. O SPICE foi
escrito originalmente em FORTRAN e recebeu várias atualizações, tais como o SPICE2,
em 1975, e a versão atual, SPICE3 de 1985, escrita em linguagem C. Atualmente, versões
modificadas do SPICE são comercializadas por várias companhias usando vários nomes.
Algumas modificações, como adaptações para uso em PC’s ou Mac’s, são normais e úteis,
outras são feitas, apenas, para deixar as várias versões incompatíveis entre si. Os
programas fonte, no entanto, são essencialmente os mesmos. Variantes, como o HSPICE e
o XSPICE, também estão no mercado.
2. Descrição
O programa SPICE foi desenvolvido originalmente para propiciar aos projetistas de
circuitos integrados analógicos a possibilidade de testar seus projetos em uma bancada
virtual de laboratório. Sem a existência de simuladores, a criação de circuitos complexos e
avançados seria praticamente impossível, principalmente com o advento da eletrônica
CMOS submicrométrica. Nos dias atuais, o SPICE é extensivamente usado para
praticamente todas as áreas da eletrônica, incluindo eletrônica discretizada de potência e de
comunicações em altas freqüências. É, portanto, uma ferramenta imprescindível para o
engenheiro eletrônico moderno. As principais versões comerciais de simuladores
disponíveis no mercado são:
http://www.cadence.com/orcad/
http://www.electronicsworkbench.com/
P. R. Veronese 1 SEL-EESC-USP
Simuladores de Circuitos Eletrônicos
http://www.intusoft.com/
http://www.spectrum-soft.com
http://www.catena.uk.com
http://www.aimspice.com/
http://www.winspice.co.uk/
http://www.linear.com/designtools/softwareRegistration.jsp
P. R. Veronese 2 SEL-EESC-USP
Simuladores de Circuitos Eletrônicos
http://ltspice.linear.com/software/scad3.pdf
3. O LTSpice/SwCADIII
Simuladores baseados no SPICE são programas capazes de retratar o funcionamento e o
comportamento de circuitos eletrônicos com grande precisão. São, na verdade, bancadas
virtuais de laboratório. O simulador não é um programa de síntese de circuitos, isto é, não é
adequado para o desenvolvimento de projetos. É, por outro lado, uma poderosa ferramenta
de análise de circuitos. A precisão dessa análise, no entanto, está atrelada à precisão dos
modelos usados para representar os diversos elementos do circuito. O SPICE faz,
corriqueiramente, quatro tipos de análise de circuitos:
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Simuladores de Circuitos Eletrônicos
3.a. Análise .OP ≡ Esta análise, chamada de ponto de operação, calcula as grandezas
quiescentes ou grandezas de repouso do circuito. É, na verdade, uma análise estática em
DC (corrente contínua). O circuito da Figura 1, por exemplo, apresenta as grandezas
quiescentes ou de repouso calculadas pelo simulador e apresentadas na Figura 2. Essa
análise é muito importante para se determinar o ponto de polarização de circuitos
eletrônicos ativos. Para que essa simulação seja obtida, deve-se solicitar: Simulate → Edit
Simulation Cmd → DC op pnt → OK → ou .
3.b. Análise .DC não linear ≡ Esta análise é semelhante à anterior, mas executada em
vários pontos, com uma, duas ou três grandezas contínuas do circuito admitidas como
variáveis. No circuito da Figura 1, por exemplo, a tensão da fonte V1 poderia ser estipulada
variável na faixa 0 ≤ V1 ≤ 12 V e as grandezas apresentadas na Figura 2 seriam calculadas
dentro dessa variação. O resultado seria apresentado em forma de um gráfico que iria
mostrar a variação da grandeza desejada em função da variação de V1. Essa análise pode ser
não linear porque obedece equações de modelagem dos vários dispositivos eletrônicos, que
possuem, na maioria das vezes, características não lineares. Para que essa simulação seja
obtida, deve-se solicitar: Simulate → Edit Simulation Cmd → DC sweep → OK →
ou . Na análise DC sweep, os valores adequados de nome da fonte (V1), valor inicial,
valor final e incremento da variação, devem ser acertados.
3.c. Análise .TRAN não linear ≡ Esta análise é feita variando-se uma grandeza
elétrica do circuito em função do tempo. Para isso, uma fonte de excitação, como V1, por
exemplo, deve ser variável no tempo (senóide, pulso, onda quadrada, onda triangular, etc.).
O resultado é apresentado em forma de um gráfico que mostra a variação da grandeza
desejada em função do tempo. Como no caso anterior, essa análise pode ser não linear
porque obedece equações de modelagem dos vários dispositivos eletrônicos, que possuem,
na maioria das vezes, características não lineares. Para que essa simulação seja obtida,
deve-se solicitar: Simulate → Edit Simulation Cmd → Transient → OK → ou .
Deve ser acertado, para essa análise, pelo menos o tempo total de simulação (Stop Time).
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Simuladores de Circuitos Eletrônicos
3.d. Análise .AC linear ≡ Essa análise é feita através da excitação do circuito por uma
grandeza elétrica fixa em amplitude, como, por exemplo, 1,0 V, mas variável em
freqüência. O resultado dessa simulação é plotado em forma de diagrama de Bode, isto é,
variação de amplitudes e fases de grandezas elétricas solicitadas versus freqüência. Essa
análise é sempre linear porque, mesmo que os dispositivos sejam não lineares, o simulador
os substitui por modelos linearizados de pequenos sinais e, posteriormente, calcula as
variáveis do circuito. Para que essa simulação seja obtida, deve-se solicitar: Simulate →
Edit Simulation Cmd → AC Analysis → OK → ou . A variação da freqüência,
nesse caso, pode ser logarítmica (em oitavas ou em décadas) ou linear. Devem ser
acertados, então, o número de pontos da análise linear ou o número de pontos da análise por
oitava ou por década, a freqüência inicial e a freqüência final da simulação. Pode-se,
também alternativamente, ser fornecida uma lista discreta de freqüências a serem analisadas
(list).
Outras análises que podem ser executadas por esse simulador são: análise térmica
(.TEMP), análise de ruído (.NOISE) e análise de Fourier (.FOUR). Uma análise linear de
transferência em DC, para pequenos sinais, também pode ser solicitada através de: Simulate
→ Edit Simulation Cmd → DC Transfer → OK → ou . Nesse caso, deve ser
designada a fonte de excitação (Source) e o ponto no qual deve ser feita a análise (Output).
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Simuladores de Circuitos Eletrônicos
4. Usando o LTSpice
4.a. Área de Trabalho
4.b.1. Passivos
f=10-15 , p=10-12 , n=10-9 , u=10-6 , m=10-3 , (-)= 100 , k=103 , meg=106 , g=109 , t=1012 .
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4.b.2. Ativos
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Simuladores de Circuitos Eletrônicos
O menu de valores apresentará a opção Pick New ...... que deverá ser clicada. Uma
biblioteca de modelos será, então, aberta. Deve-se escolher o componente desejado
clicando-se sobre o seu nome e em seguida clicando-se em OK. O componente fica assim
selecionado. A Figura 5 mostra uma área de trabalho com vários componentes ativos
inseridos.
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Simuladores de Circuitos Eletrônicos
Fontes de tensão de excitação ou de sinal podem ser obtidas de três modos: sinal, gerador
ou signal. As fontes sinal e gerador são restritas a sinais senoidais, com amplitudes e
freqüências ajustáveis. A fonte sinal é ideal, isto é, apresenta resistência interna nula, e a
fonte gerador apresenta resistência interna de 600 Ω. A fonte signal é uma fonte de tensão
de excitação mais eclética, com resistência e capacitância internas selecionáveis. Ela pode
ser ajustada como fonte senoidal (SINE), fonte pulsada (PULSE), fonte de sinal modulado
em freqüência (SFFM), fonte de sinal aleatório (PWL), fonte de subida e decaimento
exponencial (EXP) ou fonte de tensão DC (none). A Figura 6 também mostra esses tipos de
fonte. A fonte signal também pode ser selecionada pelo nome voltage.
Tais como as fontes independentes de tensão, fontes independentes de corrente, contínuas
ou alternadas, podem ser solicitadas. A fonte selecionada por current, por exemplo, é
equivalente à fonte signal, mas fornecendo corrente, ao invés de tensão, e com uma
resistência interna muito alta ou infinita.
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Simuladores de Circuitos Eletrônicos
Este tipo de fonte, designado pela letra E, apresenta em sua saída uma tensão igual a Aυ
vezes a tensão entre dois outros pontos do circuito, sendo Aυ o ganho de tensão da fonte. A
sintaxe genérica de declaração desse tipo de fonte é:
Este tipo de fonte, designado pela letra F, apresenta em sua saída uma corrente igual a Ai
vezes a corrente que passa em um outro ramo do circuito, sendo Ai o ganho de corrente da
fonte. A sintaxe genérica de declaração desse tipo de fonte é:
Fxxx n+ n- <Vnome> Ai
P. R. Veronese 10 SEL-EESC-USP
Simuladores de Circuitos Eletrônicos
Este tipo de fonte, designado pela letra G, apresenta em sua saída uma corrente igual a gm
vezes a tensão entre dois outros pontos do circuito, sendo gm a transcondutância da fonte. A
sintaxe genérica de declaração desse tipo de fonte é:
Este tipo de fonte, designado pela letra H, apresenta em sua saída uma tensão igual a hr
vezes a corrente que passa em um outro ramo do circuito, sendo hr a transresistência da
fonte. A sintaxe genérica de declaração desse tipo de fonte é:
Hxxx n+ n- <Vnome> hr
4.e. Subcircuitos
Subcircuitos, ao contrário dos primitivos que são individualizados, são blocos compostos
por vários componentes, incluindo primitivos e fontes, formando um circuito mais
complexo. Muitos blocos analógicos modernos, como os amplificadores operacionais,
estabilizadores de tensão, os transistores Darlingtons, os IGBT’s, as chaves eletrônicas
TRIAC’s e SCR’s e mesmo MOSFET’s com modelos mais elaborados e válvulas são
modelados em forma de subcircuitos. Circuitos passivos como chaves, transformadores,
lâmpadas, alto-falantes, relês, pontes retificadoras, etc., também são modelados em forma
de subcircuito. A aquisição desses componentes é feita clicando-se sobre o ícone Inserir
Componentes da Biblioteca. O usuário deve saber, no entanto, o nome comercial do
componente, como, por exemplo, LM741, para poder selecioná-lo.
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Simuladores de Circuitos Eletrônicos
P. R. Veronese 12 SEL-EESC-USP
Simuladores de Circuitos Eletrônicos
A Figura 7 mostra alguns nós com nomes estipulados por a, b e out. No menu de nomeação
de nós existem quatro de tipos (Port Type): None, Input, Output e Bi-Direct.. A opção None
simplesmente escreve o nome do nó ao lado do fio, como está mostrado nas fontes CCCS e
VCCS da Figura 7 e na Figura 1. Se for selecionada a opção Output, o nome do nó fica
inserido em uma seta apontando para fora do terminal, como nas fontes VCVS e CCVS da
Figura 7. Se for selecionada a opção Input, o nome do nó fica inserido em uma seta
apontando para dentro do terminal, como nos nós a e b da Figura 7. A opção Bi-Direct.
escreve o nome do nó dentro de uma seta bidirecional. Essas opções não possuem função
elétrica no circuito, mas, apenas, função estética.
4.g. Simulação
Quando o esquemático estiver pronto, o circuito poderá ser analisado pelo simulador. Para
isso, uma das quatro principais simulações (.OP; .TRAN; .AC ou .DC Sweep) descritas na
Secção 3, deve ser solicitada. O tipo de simulação exigido dependerá do tipo de circuito e
das funções que ele exerce. Em um circuito alimentado por uma tensão senoidal, como a
rede de 60 Hz, por exemplo, as simulações .OP; .AC e .DC Sweep não fazem sentido. Em
um circuito no qual apenas grandezas contínuas estão presentes, como o circuito da Figura
1, por exemplo, as simulações .AC e .TRAN não fazem sentido. As fontes de excitação
devem ser apropriadas para os diversos tipos de simulação, ou sejam:
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Simuladores de Circuitos Eletrônicos
.OP ≡ O circuito deve estar alimentado por pelo menos uma fonte DC, de tensão ou
de corrente. Como é uma simulação estática, os resultados não são apresentados em forma
de curvas ou gráficos, mas sim, em forma de uma tabela que abre automaticamente após a
simulação mostrando as tensões e correntes em todos os nós e ramos do circuito,
respectivamente. Informações adicionais podem ser obtidas clicando-se: View → SPICE
Error Log.
.DC Sweep ≡ O circuito deve estar alimentado por pelo menos uma fonte DC, de
tensão ou de corrente. Até três grandezas contínuas do circuito podem ser admitidas como
variáveis. No menu dessa simulação devem ser declarados: nome da 1a fonte que irá variar,
tipo de variação (linear, em oitavas, em décadas ou lista), valor inicial da fonte, valor final
da fonte, incremento da variação. Se houver mais do que uma fonte variável, as outras
devem ser declaradas de maneira análoga à da primeira. O resultado da simulação será
apresentado em forma de curvas ou gráficos, plotando as grandezas solicitadas em função
das fontes variáveis apresentadas. O circuito da Figura 9, por exemplo, foi simulado para
três grandezas variáveis:
O resultado da simulação, solicitado para a grandeza Id, está mostrado na Figura 10. As
duas curvas superiores são para Vs = 0 V e as duas curvas inferiores são para Vs = 5 V.
.AC ≡ Neste caso, o circuito, além de possíveis fontes DC de polarização, deverá ser
excitado por uma fonte de sinal (signal), a qual deverá ter o seu valor, no menu Small
signal AC analysis (.AC), ajustado para: AC Amplitude = 1 e AC Phase =0. Esse menu
pode ser aberto clicando-se o botão direito do mouse sobre o símbolo da fonte. A análise foi
ajustada para .AC em décadas, com 1001 pontos de análise por década, com freqüência
inicial de análise igual a 10 Hz e com freqüência final de análise igual a 1 MHz. A Figura
11 ilustra uma análise desse tipo. É a análise do ganho de um amplificador operacional
LM741, excitado com 1 V na entrada. Como, teoricamente, o ganho de tensão desse circuito
vale Gυ = 1 + R1/R2, é de se esperar que a tensão de saída, em função da freqüência, seja
igual a 101 V. O gráfico da Figura 12 mostra que isso é verdade pelo menos até a
freqüência em torno de 10 kHz, a partir da qual o LM741 tem seu ganho reduzido.
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Simuladores de Circuitos Eletrônicos
P. R. Veronese 15 SEL-EESC-USP
Simuladores de Circuitos Eletrônicos
5. Pós-processador ou Probe
Tão logo a simulação esteja concluída, o simulador apresenta um menu de grandezas
elétricas, tensões de nós ou correntes de ramos, que podem ser plotadas. Clicando-se sobre
as grandezas desejadas (Ctrl-Click se forem várias), o pós-processador abrirá uma janela
gráfica e traçará as curvas selecionadas. Operações algébricas também são aceitas, como,
por exemplo, V(in)/I(R1), que traça a curva correspondente à razão entre a tensão do nó in e
a corrente no resistor R1. Para isso deve-se abrir um menu de inserção com Alt-duplo click
sobre a grandeza desejada no menu de variáveis elétricas. Esse menu, se não estiver
disponível, pode ser aberto clicando-se em View → Visible Traces ou no ícone . Traços
também podem ser eliminados clicando-se no ícone da tesoura na barra de ferramentas e,
posteriormente, clicando-se sobre o nome da curva que deve ser eliminada. Em linhas
gerais, clicando-se o botão direito do mouse em qualquer ponto do gráfico o menu de
atuação (zoom, ajuste de escalas e de cores, inserção ou remoção de traços, etc.) pode ser
acionado.
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Simuladores de Circuitos Eletrônicos
6. Comandos Extras
Vários comandos extras podem ser adicionados à área de trabalho do simulador, ou para
facilitar a simulação ou para exigir simulações adicionais. Esses comandos são chamados
de Comandos Pontuados, pois todos são iniciados por um ponto. A lista completa desses
comandos está relacionada em: Help → Help Topics → LTspice → Dot Commands.
Comandos desse tipo devem ser inseridos no esquemático através da habilitação Edit →
SPICE Directive. Por exemplo, se a análise de Fourier sobre a tensão do nó V(saída) for
desejável na freqüência de 1 kHz, deve-se escrever: .four 1kHz V(saída) no SPICE
Directive e adicionar esse menu ao esquemático. Se no menu SPICE Directive for
selecionada a opção Comment, o comando torna-se apenas um comentário textual.
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Simuladores de Circuitos Eletrônicos
7. Bibliografia
- P. Antognetti and G. Massobrio – Semiconductor Device Modeling with SPICE,
McGraw-Hill, 1993.
- A. Vladimirescu – The Spice Book, Wiley, 1993.
- J.G. Tront – PSpice for Basic Circuit Analysis, McGraw-Hill/Engineering/Math,
2004.
- J.W. Nilsson and S. Riedel – Electric Circuits w/ PSpice, 7th Edition, Prentice
Hall, 2004.
P. R. Veronese 18 SEL-EESC-USP